CONTROLE QUÍMICO DAS DOENÇAS FOLIARES EM CULTIVARES DE TRIGO CHEMICAL CONTROL OF FOLIAR DISEASE IN WHEAT CULTIVARS

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1 CONTROLE QUÍMICO DAS DOENÇAS FOLIARES EM CULTIVARES DE TRIGO CHEMICAL CONTROL OF FOLIAR DISEASE IN WHEAT CULTIVARS Lucas Navarini 1 ; Leandro José Dallagnol 2 ; Ricardo Silveiro Balardin 3 ; Henrique T. Didone 4 ; Guilherme Rubin 4 RESUMO Para verificar a resposta das cultivares de trigo BRS 49, OR 1, BR 16 e CEP 27 ao controle químico das doenças foliares e avaliar a eficácia de diferentes ingredientes ativos realizou-se este experimento. Os tratamentos utilizados foram Tebuconazole 250, nas dosagens de 50, 75, 100 e 125mL.ha -1, Tebuconazole 200 com 120 ml.ha -1, a mistura Tebuconazole 250 e Propiconazole nas doses de 75 e 62,3mL.ha -1, Propiconazole e Cyproconazole com 62,3 e 62,5 ml.ha -1, Azoxystrobin com 200 e 100 ml.ha -1. Foram avaliados a severidade de Oídio (Blumeria graminis), Mancha da folha (Bipolaris sorokiniana), Ferrugem (Puccinia triticina) e Mancha das Glumas (Stagnospora nodorum), a área foliar remanescente e o rendimento através do peso da área útil das parcelas. A cultivar OR1 foi a mais responsiva ao tratamento químico sendo o maior rendimento das cultivares obtido com o tratamento Tebuconazole 250 (125 ml.ha -1 ), exceto para a cultivar BRS 49. Palavras-chave: Mancha, Fungicidas, Eficiência, Rendimento. ABSTRACT This experiment was carried out in order to evaluate the efficiency among different fungicides on the control of foliar diseases on wheat and the yield response by the cultivars BRS 49, OR 1, BR 16 e CEP 27. Treatments used were Tebuconazole 250, in doses 50, 75, 100 e 125mL.ha -1, Tebuconazole 200 with 120 ml.ha -1, the mixture Tebuconazole 250 and Propiconazole in doses of 75 e 62.3mL.ha -1, Propiconazole and propiconazole with 62.3 and 1 Eng. Agr. Aluno, Pós Graduação, Agronomia, UFSM. 2 Graduando. Agronomia, UFSM. Bolsista PIBIC-CNPq. 3 Prof. Adj. PhD. Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM. 4 Acadêmico do curso de agronomia da UFSM.

2 35 Controle químico mL.ha -1, Azoxystrobin and Nimbus with 200mL.ha -1, Azoxystrobin and Nimbus with 100mL.ha -1. Blumeria graminis, Bipolaris sorokiniana, Puccinia triticina, Stagnospora nodorum severity were evaluated. The leaf area and yield was evaluated trough the weight of parcels useful area. The best yield response among the cultivars was reached by the treatment Tebuconazole 250 (125 ml.ha -1 ), except to the cultivar BRS 49 and the cultivar OR1, was the most responsive to the chemical control where was found the greatest difference in the results when compared to the check. Key words: Spots, Fungicides, Efficiency, Yield. INTRODUÇÃO A região Sul é a maior produtora de trigo do Brasil com 5,59 milhões de toneladas na safra 2003, porém a região Centro-oeste vem aumentando consistentemente a área cultivada safra após safra (AGRIANUAL, 2005). Reduções significativas na produtividade são causadas pelas doenças, destacando-se as manchas foliares causadas por Bipolaris sorokiniana, ferrugem (Puccinia triticina), oídio (Blumeria graminis) e giberela (Giberella zeae)(boewe, 1960). O oídio, segundo LINHARES (1988), FERNANDES et al. (1988) e REIS et al. (1997), pode ocasionar perdas de até 62% no rendimento de grãos de trigo. CASA et al (2002) verificaram reduções de até 79% no rendimento de grãos causados pelo oídio na cultivar OR1. Para a ferrugem da folha, perdas de até 80% em rendimento de grãos na cultivar suscetível BR 34 foram relatadas FERNANDES (1994), PICININI (1995). BALARDIN, (2001) verificou aumentos 43,35% no rendimento de grãos pelo controle de giberela e 49,36% pelo controle de doenças foliares (BALARDIN, 2001b), e no peso de mil sementes e no peso hectolítrico (GOULART & PAIVA, 1991; AZEREDO et al 2001). As perdas em rendimento de grãos dependem do estádio de desenvolvimento em que ocorre a doença, também da severidade, que é função da suscetibilidade da cultivar, da virulência da raça fisiológica do patógeno e das condições ambientais. Genes de resistência de planta adulta podem conferir resistência parcial a plantas de trigo contra a ferrugem da folha, entretanto estes genes não protegem a planta durante todo o seu ciclo BARCELOS (2002). Devido ao aumento na incidência e severidade das doenças fúngicas na cultura do trigo e da ausência da resistência genética ou de outro meio de controle eficaz, os fungicidas apresentam-se como alternativas para aumentar o potencial

3 Navarini, L. et al. 36 produtivo de trigo no Brasil (REIS & LUZ, 1976; PICININI & FERNANDES, 1988, 1992; PICININI et al., 1993). O potencial produtivo, tanto quanto a reação às doenças são características genéticas peculiar de cada cultivar. Para verificar a resposta de diferentes cultivares de trigo do controle das doenças foliares e a eficácia de controle de diferentes fungicidas, foi desenvolvido este trabalho. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido durante a safra 2003, utilizando as cultivares BRS 49, OR 1, BR 16 e CEP 27. A cultura foi conduzida conforme Indicações Técnicas da Comissão Sul- Brasileira de Pesquisa de trigo (2003). Foi utilizado delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições. A parcela experimental constou de doze linhas espaçadas de 0,17m e 5,0m de comprimento, com uma área total de 10,20m 2. Para área útil (5,44m 2 ) foram descartadas as duas linhas externas da parcela e 0,5m de cada cabeceira. Os tratamentos utilizados foram Tebuconazole 250, nas dosagens de 50, 75, 100 e 125mL.ha -1, Tebuconazole 200 com 120 ml.ha -1, as misturas Tebuconazole 250 mais Propiconazole nas doses de 75 e 62,3mL.ha -1, Propiconazole mais Cyproconazole com 62,3 e 62,5 ml.ha -1, Azoxystrobin mais Nimbus com 200 ml.ha -1, Azoxystrobin mais Nimbus com 100 ml.ha -1, e testemunha. As aplicações foram realizadas com pulverizador costal, propelido a CO 2, e barra de pulverização com quatro bicos tipo cone (TXVS - 10 / TEEJET) com uma pressão de trabalho de 40 libras.pol -2 e uma velocidade de caminhamento de 1m.s -1, com volume de calda de 150 L.ha -1. Após a aplicação de cada um dos tratamentos todo o equipamento foi lavado com solução à base de acetona (10%), seguida de tríplice lavagem com água. As aplicações foram realizadas nos estádios de emborrachamento e florescimento, conforme escala de Large As avaliações de severidade das doenças foram realizadas vinte dias após a aplicação do ultimo tratamento. As doenças avaliadas foram oídio, mancha da folha, ferrugem e mancha das glumas. A patometria utilizada foi a percentagem de área foliar com sintomas típicos da doença, medida nas folhas bandeira e bandeira-1. As avaliações foram realizadas em todas as plantas da área útil da parcela experimental. A área foliar remanescente foi realizada com base em todas as plantas da área útil da parcela experimental, sendo considerado a permanência das folhas bandeira e bandeira-1.

4 37 Controle químico... O rendimento foi obtido a partir de plantas da área útil da parcela experimental, cortadas e trilhadas em trilhadeira estacionária marca Triton. O volume total de grãos foi pesado e determinada a umidade, sendo esta convertida a 13%, para o cálculo do rendimento final. Os dados obtidos foram submetidos ao teste de comparação múltipla de Duncan, ao nível de 5% de probabilidade através do software PlotIT, versão 3.2 para ambiente Windows, sendo utilizadas as sub-rotinas Análise Fatorial e ANOVA. RESULTADOS E DISCUSSÃO A aplicação de fungicidas para o controle das doenças foliares em trigo resultou em acréscimos no rendimento de grãos, porem variáveis entre as cultivares. As doenças foliares também afetaram o peso de mil sementes, sendo a cultivar mais responsiva ao controle químico a que sofreu maior dano no peso das sementes. No controle das manchas foliares a mistura Tebuconazole 250 (75 ml.ha -1 ) + Propiconazole (62,3 ml.ha -1 ) proporcionou a maior eficácia no controle da mancha da folha e mancha das glumas em todas as cultivares (Tabela 1). Variação na dose de Tebuconazole 250, não influenciou na eficácia de controle do oídio, porém a redução na dose de Azoxystrobin provocou uma redução na eficácia de controle de oídio, distinguindo-o de todos os demais tratamentos. A eficácia de controle de mancha das glumas na cultivar CEP 27, não apresentou variação entre os tratamentos. Entretanto a cultivar BRS 49 apresentou variação da doença entre os tratamentos. O tratamento Propiconazole (62,3 ml.ha -1 ) + Cyproconazole (62,5 ml.ha -1 ) na cultivar CEP 27, diferiu da testemunha, porem com menor eficiência que os demais tratamentos. A maior eficácia no controle da ferrugem foi obtida por Tebuconazole 250 (125mL.ha -1 ) na cultivar BR 16. Para as cultivares OR1 e BRS 49 o melhor resultado foi obtido com a aplicação de Azoxystrobin (200 ml.ha -1 ) + Nimbus. Na cultivar BRS 49 não foram observadas variações significativas entre os tratamentos Tebuconazole 250 (75 ml.ha -1 ) + Propiconazole (62,3 ml.ha -1 ), Azoxystrobin (200 ml.ha -1 ) + Nimbus e Azoxystrobin (100 ml.ha -1 ) + Nimbus. A aplicação dos tratamentos Tebuconazole 250 (125 ml.ha -1 ), Tebuconazole 200 (120 ml.ha -1 ) e Azoxystrobin (200 ml.ha -1 ) + Nimbus, apresentaram uma área foliar residual maior que 80% na cultivar BRS 49 a qual atingiu os maiores percentuais dentre as cultivares utilizadas. Os melhores resultados para a cultivar OR1 foram alcançados com os

5 Navarini, L. et al. 38 tratamentos Propiconazole (62,3 ml.ha -1 ) + Cyproconazole (62,5 ml.ha -1 ) e Tebuconazole 200 (120 ml.ha -1 ), resultando em uma área foliar remanescente de 23,6 e 31,1%, respectivamente. Na cultivar CEP 27 os tratamentos atingiram médias entre 10 e 20% de área foliar remanescente, exceto para Azoxystrobin (200 ml.ha -1 ) + Nimbus e Tebuconazole 250 (75 ml.ha -1 ) + Propiconazole (62,3mL.ha -1 ) que alcançaram resultados menos eficientes, entretanto os mais eficientes para a cultivar BR 16 foram Azoxystrobin (200 ml.ha -1 ) + Nimbus e Azoxystrobin (100 ml.ha -1 ) + Nimbus com 43 e 32,5% de área foliar remanescente, respectivamente. O maior rendimento das cultivares foi obtido com o tratamento de Tebuconazole 250 (125 ml.ha -1 ), exceto para a cultivar BRS 49, onde o Tebuconazole 250 (100 ml.ha -1 ) proporcionou o maior ganho. A cultivar OR 1 foi a mais responsiva ao tratamento químico, onde se observou a maior diferença no rendimento de grãos quando comparado a testemunha. A falta de uma relação entre a severidade observada em cada cultivar e a resposta ao controle químico demonstra que determinados fatores genéticos podem estar atuando, tanto ao nível de rusticidade como ao nível de tolerância da cultivar. Os diferentes níveis de controle bem como a resposta ao controle químico das cultivares demonstra que para a obtenção dos melhores resultados torna-se necessária a combinação de ingrediente ativo, reação da cultivar e momento da aplicação do fungicida. CASTRO et al (2004) verificaram interação significativa entre cultivar, fungicida e ano. Houve aumento no peso de mil sementes para a maioria dos tratamentos. As maiores diferenças em relação a testemunha foram verificadas na cultivar OR 1, corroborando a tendência verificada no rendimento. A cultivar BR 16 apresentou incremento no peso de mil sementes, entretanto não diferiu do tratamento testemunha. Conforme a Tabela 4 é possível inferir que o dano causado pelas doenças na cultivar OR 1 foi devido a redução do peso das sementes, já na cultivar BR 16 o dano deve estar relacionado com o numero de grãos produzidos, pois a correlação entre o rendimento e o peso de mil sementes foi baixa. CONCLUSÕES O comportamento apresentado pelas cultivares demonstra que características genéticas relacionadas a tolerância expressam diferentes respostas em cada cultivar quando infectadas por organismos patogênicos. Este fato indica a necessidade

6 39 Controle químico... de adequação de programas de controle das doenças foliares para cada cultivar. REFERÊNCIAS AGRIANUAL, FNP: Anuário da Agricultura Brasileira 10º edição p. AZEREDO, J.A. LANG, R., BELTRAO, L. TOMAZZI, D., ZANOTELLI, V. Ensaio cooperativo de competição de fungicidas para o controle de moléstias foliares do trigo, cv.embrapa 16. E.P.P. de São Borja/Fepagro,2000. XXXIII REUNIAO DA COMISSAO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DO TRIGO.Atas e Resumos. Passo Fundo, pág,112. BALARDIN, R.S. Eficiência de Folicur 200E, Juno, Artea, Stratego, PE 11200, JAU 6476 no controle de Giberela na cultivar BRS 49 de trigo (Triticum aestivum). XXXIII REUNIAO DA BALARDIN, R.S. Eficiência de Metconazole, Stratego, PE 11200, Artea, Foliur 200 CE, Juno+Orius 250 CE, Horizon, JAU CE no controle de mancha na folha na cultivar BR 16 de trigo (Triticum aestivum). XXXIII REUNIAO DA COMISSAO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DO TRIGO.Atas e Resumos. Passo Fundo, pág,118. BARCELLOS,A.L. Ferrugem da folha do trigo: resistência de planta adulta (RPA). Passo Fundo: Embrapa Trigo, folder. BOEWE, G.H. Diseases of wheat, oats, barley and rye. Urban: Natural History Survey Division, (Illinois Natural History Survey - Circular, 48) p. CASA, R.T., HOFFMANN, L.L., PANISSON, E., MENDES, C.C. & REIS, E.M. Sensibilidade de Blumeria graminis f.sp. tritici a alguns fungicidas. Fitopatotologia Brasileira 27: CASTRO, R.L.; ZAZNOTELLI, V.; SOARES, R.M. TOMAZZI, D.; GABE, N.L. Ganho de produtividade em trigo com aplicação de fungicida na parte aérea, em São Borja-RS. Fitopatologia Brasileira 29. pág (suplemento) FERNANDES, J.M.C., ROSA, O.S. & PICININI, E.C. Perdas no potencial de rendimento de linhas quase isogênicas de trigo devidas ao oídio. Fitopatologia Brasileira 13: (Resumo). GOULART, A C. P. & PAIVA, F.de A. Avaliação de fungicidas no controle das ferrugens do trigo. Pesq. Agropec. Brás.,

7 Navarini, L. et al. 40 Brasília, 26 (11/12): , nov/dez pág INDICAÇÕES TÉCNICAS DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO. Passo Fundos RS: Embrapa Trigo, pág,119. LINHARES, W.I. Perdas de produtividade ocasionadas por oídio na cultura de trigo. Fitopatologia Brasileira 13: de grãos da cultivar de trigo BR 34 tratada com fungicidas. Fitopatologia Brasileira19:286p (Resumo) PICININI, E.C. & FERNANDES, J.M.C. Efeito de diferentes fungicidas sobre o rendimento de grãos, sobre o peso do hectolitro e sobre o controle da ferrugem da folha (Puccinia recondita f. sp. tritici), em trigo, cultivar BR 34. Fitopatologia Brasileira 20: (Resumo). LARGE, E.C Growth stages in cereals. Plant Pathol. 3: PICININI. E.C. & FERNDES, J.M.C. Ensaios preliminares e cooperativos de fungicidas- resultados obtidos no Centro Nacional de Pesquisa de trigo no período Passo Fundo: EMBRAPA- CNPT, Documentos, PICININI, E.C., FERNANDES, J.M.C. & IGNACZAK, J.C. Effect of propiconazole spraiyng on yields of wheat and barley in southern Brazil during 1981 to INTERNATIONAL CONGRESS OF PLANT PATHOLOGY, 6. Montreal, (Abstract). REIS, E.M. & LUZ, W.C. da. Controle químico de doenças do trigo. Reunião Anual Conjunta de Pesquisa de Trigo 8. Ponta Grossa, PR REIS, E.M., CASA, R.T. & HOFFMANN, L.L. Efeito de oídio causado por Erysiphe graminis f. sp. tritici, sobre o rendimento de grãos de trigo. Fitopatologia Brasileira 22: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL- BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 33.: 2001: Passo Fundo,RS). Indicações da Comissão Sul-Brasileira de Pesquisa de trigo. Passo Fundo, RS: Embrapa Trigo, p. PICININI, E.C. & FERNANDES, J.M.C. Efeito da ferrugem da folha (Puccinia recondita f. sp. tritici) sobre o rendimento

8 41 TABELA 1. Severidade das doenças foliares em plantas de cultivares de trigo submetidas a diferentes programas de aplicação de fungicidas. Santa Maria-RS, Tratamento Mancha das Mancha da folha Ferrugem da Folha Oídio Glumas BR 16 CEP 27 OR1 BRS 49 BR 16 OR1 BRS 49 OR1 BRS 49 CEP 27 Tebuconazole 250 (50 ml.ha -1 ) 17.2 d bc 37.8 d 37,5 ef 2.4 c 8.4 c 8,3 cd 0,4 ab 0,7 a 0.9 a Tebuconazole 250 (75 ml.ha -1 ) 17.9 de 16.2 cd 37.3 d 34,6 e 2.7 cd 8.5 c 8,4 cd 4,2 c 0,9 a 0.2 a Tebuconazole 250 (100 ml.ha -1 ) 12.4 b 11.6 abc 12.6ab 23,4 cd 1.4 ab 6.9 bc 6,9 bc 0,5 ab 1,1 a 0.1 a Tebuconazole 250 (125 ml.ha -1 ) 11.6 b 7,9 ab 28.8 c 18,1 bc 0.8 a 8.6 c 10,1 e 1,0 b 0,6 a 0.0 a Tebuconazole 200 (120 ml.ha -1 ) 12.7 b 8.4 ab 25.8 c 32,5 e 2.0 bc 4.1 ab 8,6 d 0,5 ab 0,9 a 0.5 a Tebuconazole 250 (75 ml.ha -1 ) + Propiconazole (62,3 ml.ha -1 ) 8.5 a 6.5 a 11.9 a 5,1 a 1.9 bc 7.9 c 3,4 a 0,0 a 0,7 a 0.0 a Propiconazole (62,3 ml.ha -1 ) + Cyproconazole (62,5 ml.ha -1 ) 13.3 bc 9.9 ab 37.1d 12,5 b 1.3 ab 8.6 cd 6,6 b 0,4 a 3,3 b 0.6 a Azoxystrobin (200 ml.ha -1 ) + Nimbus 17.5 d 8.2 ab 17.8 b 21,5 cd 2.4 c 1.7 a 4,8 a 0,0 a 1,1 a 1.9 a Azoxystrobin (100 ml.ha -1 ) + Nimbus 15.8 cd 8.4 ab 39.3 de 25,4 d 2.5 c 4.7 ab 3,5 a 0,5 ab 1,0 a 4.7 b Testemunha 45.6 f 44.7 e f 60,1 g e e 16,7 f 8,1 d 10,7 c c C.V.(%) 10, , ,94 1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Duncan ao nível de 5% de significância; Análise estatística realizada com dados não transformados. Controle químico...

9 TABELA 2. Efeito da aplicação dos tratamentos sobre o rendimento das cultivares OR1, CEP-27, BRS 49 e Embrapa 16 de trigo. Santa Maria-RS, Tratamentos OR-1 Dif. % CEP-27 Dif. % BRS 49 Dif. % BR 16 Dif. % Tebuconazole 250 (50 ml.ha -1 ) 1790,4 cde 1 67, ,4 ef 22, ,6 bc 8, ,9 b 15,79 Tebuconazole 250 (75 ml.ha -1 ) 1881,4 cde 75, ,9 e 20, ,7 bc 8, ,1 b 16,05 Tebuconazole 250 (100 ml.ha -1 ) 1865,6 cde 74, ,9 fg 26, ,8 c 16, ,2 c 38,41 Tebuconazole 250 (125 ml.ha -1 ) 2041,4 e 90, ,5 h 36, ,7 c 12, ,7 c 40,83 Tebuconazole 200 (120 ml.ha -1 ) 1988,9 dc 85, ,7 c 10, ,3 c 14, ,1 c 37,65 Tebuconazole 250 (75 ml.ha -1 ) ,5 cde 78, ,0 d 14, ,2 c 12, ,7 b 18,43 Propiconazole (62,3 ml.ha -1 ) Propiconazole (62,3 ml.ha -1 ) ,4 bcd 61, ,8 ab 2, ,0 c 11, ,6 a 3,27 Cyproconazole (62,5 ml.ha -1 ) Azoxystrobin (200 ml.ha -1 ) + Nimbus 1663,6 bc 55, ,4 b 4, ,0 c 11, ,8 b 21,63 Azoxystrobin (100 ml.ha -1 ) + Nimbus 1483,5 b 38, ,0 a -0, ,4 ab 1, ,2 b 15,50 Testemunha 1071,7 a 0, ,6 a 0, ,0 a 0, ,3 a 0,00 C.V. (%) Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Duncan ao nível de 5% de significância; Análise estatística realizada com dados não transformados. Navarini, L. et al. 42

10 43 Controle químico... TABELA 3 - Efeito da aplicação dos tratamentos sobre o peso de 1000 sementes das cultivares OR1, CEP-27, BRS 49 e Embrapa 16 de trigo. Santa Maria-RS, Tratamentos OR-1 CEP-27 BRS 49 BR 16 Tebuconazole 250 (50 ml.ha -1 ) 30,8 bc 1 34,7 cd 33,8 b 30,2 a Tebuconazole 250 (75 ml.ha -1 ) 31,3 bc 34,6 cd 32,4 ab 29,7 a Tebuconazole 250 (100 ml.ha -1 ) 31,1 bc 35,3 d 32,9 ab 30,8 a Tebuconazole 250 (125 ml.ha -1 ) 31,9 bc 34,6 cd 33,7 b 29,5 a Tebuconazole 200 (120 ml.ha -1 ) 30,8 bc 34,7 cd 33,1 ab 29,4 a Tebuconazole 250 (75 ml.ha -1 ) + Propiconazole (62,3 ml.ha -1 ) 32,2 c 34,5 bcd 32,0 ab 30,7 a Propiconazole (62,3 ml.ha -1 ) + Cyproconazole (62,5 ml.ha -1 ) 31,4 bc 34,0 abcd 31,4 ab 29,0 a Azoxystrobin (200 ml.ha-1) + Nimbus 30,6 bc 33,1 ab 30,9 a 30,1 a Azoxystrobin (100 ml.ha-1) + Nimbus 28,0 ab 33,3 abc 31,2 a 29,6 a Testemunha 25,5 a 32,7 a 30,7 a 29,3 a C.V. (%) Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Duncan ao nível de 5% de significância; Análise estatística realizada com dados não transformados. TABELA 4 - Correlações entre o rendimento de grãos e o peso de mil sementes de cultivares de trigo submetidas ao controle químico das doenças foliares. Santa Maria, Cultivar Equação Coeficiente de correlação (R 2 ) BR 16 y = -125,22x ,2x ,1414 BRS 49 y = -40,217x ,1x ,4731 CEP 27 y = 45,242x2-2845,4x ,6144 OR 1 y = 130,94x ,5 0,8797 BR 16 CEP 27 OR 1 BRS 49 Area Foliar Residual (%) Tratamentos* * Tratamentos aplicados: 1 - Tebuconazole 250 (50); 2 - Tebuconazole 250 (75); 3 - Tebuconazole 250 (100); 4 - Tebuconazole 250 (125); 5 - Tebuconazole 250 (75) + Propiconazole (62,3); 6 - Propiconazole (62,3) + Cyproconazole (62,5); 7 - Azoxystrobin (200) + Nimbus; 8 - Azoxystrobin (100) + Nimbus; 9 - Tebuconazole 200 (120); 10 Testemunha. FIGURA 1 - Variação na área foliar residual devido à aplicação de diferentes fungicidas para controle de doenças nas cultivares OR1, CEP-27, BRS 49 e Embrapa 16 de trigo. Santa Maria-RS, 2005.