PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

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1 CAMPINAS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS I Simpósio Internacional de Pesquisa em Psicoterapia TRABALHOS E RESUMOS 2006 Campinas/SP Brasil

2 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS Pró-Reitoria de Pesquisa Programa de Pós-Graduação em Psicologia MANTENEDORA Sociedade Campineira de Educação e Instrução GRÃ-CHANCELARIA Dom Bruno Gamberini REITORIA Prof. Pe. Wilson Denadai PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Profa. Dra. Vera Engler Cury DIRETORA DO CENTRO CIÊNCIAS DA VIDA Profa. Dra. Miralva Aparecida de Jesus Silva COORDENADORA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA Profa. Dra. Raquel Souza Lobo Guzzo PRESIDENTE DO EVENTO Profa. Dra. Elisa Medici Pizão Yoshida

3 Sumário Apresentação.... ii Programação... iii Comissão Organizadora e Comissão Científica... v Apoio e Promoção... vi Trabalhos Resumos Índice de Trabalhos e Resumos i

4 Apresentação O Programa de Pós Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas abriga, atualmente, seis grupos de pesquisa que têm entre seus objetivos a pesquisa em psicoterapias. O trabalho de cada um vem se intensificando nos últimos anos, dando origem a uma ampla produção científica que necessita ser socializada e discutida. O Simpósio tem como objetivo abrir um espaço para que alunos e professores possam debater sobre as pesquisas em curso no Programa, estabelecendo um diálogo que certamente será profícuo a todos. Além disso, traz convidados pesquisadores externos para apresentar as pesquisas em psicoterapias de diferentes orientações teóricas, possibilitando o enriquecimento e a interlocução do Programa com outras instituições de pesquisas, inclusive de âmbito internacional. Comissão Organizadora ii

5 Programação 8:00 / 8:30h INSCRIÇÕES 8:30 / 9:00h ABERTURA 9:00 / 10:30h CONFERÊNCIA 10:30/11:00h INTERVALO Dia 21 Profa. Dra. Vera Engler Cury - Pró-reitora de Pesquisa e Pós Graduação PUC-Campinas e Profa.do Programa de Pós Graduação em Psicologia; Profa. Dra. Miralva Aparecida de Jesus Silva - Diretora do Centro de Ciências da Vida da PUC-Campinas; Prof. Dr. José Gonzaga T. de Camargo, Diretor-Adjunto do Centro de Ciências da Vida da PUC-Campinas; Profa. Dra. Raquel Souza Guzzo - Coordenadora e Profa. do Programa de Pós Graduação em Psicologia da PUC-Campinas. "Da terapia comportamental à terapia cognitivo comportamental: uma história de 35 anos." / Prof. Dr. Bernard Pimentel Rangé UFRJ. - Quando o corpo reclama: a terapia cognitivo comportamental de distúrbios psicofisiológicos / Profa.Dra. Marilda Emmanuel Novaes Lipp - PUC- Campinas (coordenadora); 11:00/ 12:30h MESA REDONDA Pesquisas em psicoterapia cognitivo comportamental - Comprovações biológicas do treino de controle do stress: abordagem cognitivo-comportamental / Profa. Dra. Lúcia Emmanoel Novaes Malagris - UFRJ; - A terapia cognitivo-comportamental aplicada à infância e à adolescência / Profa. Dra. Valquíria Aparecida Cintra Trícoli - Associação Brasileira de Stress; 12:30 /13:30h ALMOÇO 13:30/ 15:00h CONFERÊNCIA 15:00/ 15:30h INTERVALO 15:30 /17:00h 17:00/ 18:00h MESA REDONDA A pesquisa em psicoterapia sob a perspectiva da análise do comportamento: SESSÃO DE PÔSTERES - O tratamento do stress - Prof. Dr. Jose Antonio Carrobles Isabel - Universidad Autônoma de Madrid. O acesso a eventos encobertos na pesquisa clínica em análise do comportamento / Prof. Dr. Roberto Alves Banaco - PUC-SP. - Pesquisas do laboratório de análise do comportamento, saúde e reabilitação / Profa. Dra.Vera Lúcia Raposo do Amaral - PUC- Campinas (coordenadora); - Terapia analítico-comportamental / Prof. Wilton de Oliveira - PUC- Campinas; - Análise do comportamento e o transtorno dismórfico corporal / Ms. Kátia Perez Ramos - PUC-Campinas. Páteo sob o Prédio Administrativo iii

6 Dia 22 9:00 /10:30h CONFERÊNCIA 10:30/11:00h 11:00 /12:30h INTERVALO MESA REDONDA Pesquisas em Psicoterapia Humanista: desafios e perspectivas 12:30 /13:30h ALMOÇO 13:30/ 15:00h CONFERÊNCIA 15:00/ 15:30h INTERVALO MESA REDONDA Psicoterapia humanista e a contemporaneidade/ Profa. Dra. Maureen Müller O Hara - Saybrook Institut, São Franciso, CA. - Pesquisa fenomenológica do Laboratório de Psicologia Clínica Social/ Profa. Dra. Vera Engler Cury- PUC-Campinas; -Abordagem centrada na pessoa e o plantão psicológico/ Profa. Dra. Marcia Alves Tassinari - U.Estácio de Sá; -A psicoterapia é uma antropologia?/ Prof. Dr. Mauro Martins Amatuzzi- PUC- Campinas. La investigacion de procesos y resultados em psicoterapia psicodinâmica focal / Profa. Dra. Denise Defey - Universidad de la Republica, Uruguai. - Pesquisa psicanalíticas do Laboratório de Psicologia Clínica Social/ Profa.Dra. Tânia Aiello Vaisberg - Puc-Campinas/ USP (coordenadora); 15:30 /17:00h 17:00/ 18:00h Pesquisas em psicoterapias psicanalíticas e psicanálise SESSÃO DE PÔSTERES - À guisa de resultados de pesquisa /Profa. Dra. Jussara Falek Brawer - USP e Prof. Dr. Jean Pierre Pétard - Université de Nantes; Psicanálise baseada na evidência:sintomas e relacionamentos/ Prof. Dr. José Tolentino Rosa- USP/UMESP. Páteo sob o Prédio Administrativo. Dia 23 9:00 / 10:30h CONFERÊNCIA 10:30/11:00h 11:00 / 12:00h INTERVALO MESA REDONDA Pesquisas em psicoterapia psicodinâmica 12:00 /13:00h ALMOÇO 13:00/ 14:00h SESSÃO DE PÔSTERES 14:00/ 15:00h CONFERÊNCIA 15:00/ 15:30h INTERVALO 15:30 /17:00h MESA REDONDA O aparelho Psíquico grupal:construções de grupos 17:00/ 18:00h ENCERRAMENTO Mudança em Psicoterapia Breve Infantil / Profa Irani Tomiatto de Oliveira - Universidade Presbiteriana Mackenzie - Avaliação de mudança em psicoterapia:processo intensivo de caso único / Profa. Dra. Elisa Medici Pizão Yoshida PUC-Campinas (coordenadora); - Delineamentos metodológicos e a pesquisa de psicoterapias/ Profa. Dra. Maria Leonor Espinosa Enéas - U. Presbiteriana Mackenzie; - Psicoterapias psicodinâmicas breves com enfoque preventivo: pesquisa de resultados e acompanhamento/ Prof. Dr. Tales Vilela Santeiro -Universidade de Franca. Páteo sob o Prédio Administrativo Construções para uma teoria dos grupos / Prof. Pablo de Carvalho Godoy- Castanho USP - Estudos psicanalíticos sobre grupos / Prof. Dr. Antonios Térzis - PUC- Campinas (coordenadora); - O grupo de casais / Ms. Eliane Vergínia Rovigatti Gasparini - PUC-Campinas; - Experiências com grupos nas instituições Márcio Chevis Svartman / PUC- Campinas. Profa. Dra. Raquel Souza Guzzo - Coordenadora do Programa de Pós Graduação em Psicologia da PUC-Campinas. iv

7 Comissão Organizadora Elisa Medici Pizão Yoshida Pontifícia Universidade Católica de Campinas Tânia Ailleo Vaisberg Pontifícia Universidade Católica de Campinas Vera Engler Cury Pontifícia Universidade Católica de Campinas Comissão Científica Antonios Terzis Pontifícia Universidade Católica de Campinas Berenice Victor Carneiro Centro Universitário Padre Anchieta Denise Defey Universidade da República do Uruguai Gláucia Mitsuko Ataka da Rocha Universidade Presbiteriana Mackenzie Lúcia Novaes Malagris Universidade Federal do Rio de Janeiro Luis Fernando Galvão Pontifícia Universidade Católica de Campinas Maria Leonor Espinosa Enéas Universidade Presbiteriana Mackenzie Marilda Emmanuel Novaes Lipp Pontifícia Universidade Católica de Campinas Mauro Martins Amatuzzi Pontifícia Universidade Católica de Campinas Sebastião Elyseu Júnior Pontifícia Universidade Católica de Campinas Vera Lúcia Raposo do Amaral Pontifícia Universidade Católica de Campinas v

8 Apoio Elisa Frederich Penteado Fabrícia Medeiros Sanches Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva Ítor Finotelli Júnior Departamento de Comunicação Pontifícia Universidade Católica de Campinas Promoção Pontifícia Universidade Católica de Campinas Centro de Ciências da Vida Programa de Pós Graduação em Psicologia vi

9 Trabalhos 1

10 A Arteterapia como um novo campo do conhecimento Irene Gaeta Arcuri Marília Ancona-Lopez Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Temos arte para que a realidade não nos mate Nietzsche A Arteterapia é um novo campo do conhecimento, um campo de interfaces, interdisciplinar por natureza. Ao se constituir como um novo campo do saber, a Arteterapia se depara com a interlocução entre várias áreas do conhecimento: antropologia, arte, psicologia, neurologia, psiquiatria, filosofia, sociologia, etc, enfim, fazendo várias interlocuções, sem que seja possível que não seja assim. Inter é sufixo latino que significa entre, no meio de. O termo interface carrega em si a idéia de que há uma superfície de contato, de articulação entre espaços de realidades diferentes, que pode ser mais ou menos amplo e que varia de momento para momento, ou seja, nunca é estanque. E para que dois elementos funcionem em conjunto é necessária uma conexão, ou várias. Desta maneira podemos pensar que se trata de uma área do conhecimento interdisciplinar por excelência, a qual não pretende a unidade de conhecimentos, mas a parceria e a mediação dos conhecimentos parcelares na criação de saberes. Trata-se de um exercício que requer responsabilidade pelo pensamento, pelas idéias, pelas ações e pelos sentimentos, viabilizando o conhecimento por meio de competências multifacetadas, incluindo uma racionalidade aberta e acolhedora, pois a emergência das emoções e também da intuição deve necessariamente estar incluída no processo como um todo. Certamente, não se trata de uma proposta simples, já que, neste sentido, a Arteterapia não apresenta um escopo de conhecimento básico exclusivamente seu, como seria o caso da biologia, por exemplo, ou da psicopatologia, entrando então estas em contato com outras disciplinas; o que ocorre, a meu ver, é o surgimento de um novo saber a partir de múltiplos outros saberes, o que suscitaria porventura o termo transdisciplinaridade como o mais correto para designar o caminho que se descortina à nossa frente. 2

11 A perspectiva transdisciplinar requer a eficácia de uma dialógica, abertura para escutar o que se passa em outras esferas do conhecimento, mesmo mantendo posição divergente, pois é impossível saber tudo e, diferentemente da ciência cartesiana, na Arteterapia, conhecimentos divergentes não são necessariamente excludentes. A transdisciplinaridade aparece como um movimento de reconhecimento do espírito e da consciência, uma consciência nova de realidade e, a bem da verdade, uma nova realidade. È uma conciliação que resulta da compreensão e do re-equilíbrio entre o saber produzido e as necessidades interiores do Homem. Portanto, a transdisciplinaridade instala-se na interação entre o sujeito e o objeto, na compreensão de que a realidade é multidimensional, ou parafraseando Jung (1964, p.23), diante do infinitamente grande e do infinitamente pequeno: não importa até onde o Homem estenda os seus sentidos, sempre haverá um limite à sua percepção consciente, e a Arteterapia busca, no próprio cerne do seu nascimento, do seu desenvolvimento e da sua proposta, transcender este limite. Fazendo uso da arte como ferramenta de trabalho, a Arteterapia exalta e liberta as qualidades do indivíduo na práxis da vida, ajudando-o a sentir-se, pensar-se e a agir de acordo consigo mesmo, criando um canal de comunicação entre seus conteúdos conscientes e seus conteúdos inconscientes, ao longo de sua existência. Trabalhando a criatividade, dando forma, cor, expressão aos sentimentos inonimados, conexões são feitas e novos significados podem ser atribuídos a velhas situações vividas que não puderam ter livre canal de expressão no momento em que ocorreram. A arte devolve a liberdade à alma aprisionada pelo vazio, pelo medo, ou ainda pelos sentimentos não nomeados (Arcuri, 2004), e leva à concretização dos anseios das necessidades interiores do ser humano. Arteterapia pode ser considerada como a utilização de recursos artísticos em contextos terapêuticos, baseando-se na percepção de que o processo criativo envolvido na atividade artística é terapêutico e enriquecedor da qualidade de vida das pessoas. Age a serviço das leis da necessidade interior do Homem e facilita o entrar em contato com o poder criador de cada um, permitindo transpor para o exterior o que ocorre via de regra, de maneira caótica no interior, levando assim o paciente a poder observar, refletir, interagir, dialogar e elaborar. Proporciona o reconhecimento da dinâmica psíquica que é uma via de acesso à totalidade de ser. O arteterapeuta amplia e desdobra o potencial do processo de criação do ser humano, como que num processo alquímico, ou como diria são Tomáz de Aquino 3

12 citando Avicenna em seu Tratado da Pedra Filosofal: tudo aquilo que existe em potência pode ser reduzido em ato. As percursoras da Arteterapia foram Margaret Naumburg, em 1941, e Edith Kramer, em Naumburg foi responsável por sistematizar a Arteterapia. Começou a desenvolver sua teoria a partir do âmbito educacional e fez algumas relações com trabalhos realizados de forma espontânea. Suas técnicas de Arteterapia eram baseadas na pressuposição de que todo individuo pode projetar seus conflitos em formas visuais. Com abordagem psicanalítica, fazia uso da associação livre no trabalho de arte espontâneo, o qual era compreendido como uma projeção do inconsciente. Posteriormente Janie Rhyne em 1973, e Natalie Rogers, em 1974, contribuíram de forma significativa para a história da Arteterapia explicando como o processo criativo acontece. Rhyne uniu a teoria gestáltica ao trabalho com arte. O foco do seu trabalho foi a experiência vivida no presente, na teoria do contato, na sensibilização e no conceito praticamente intraduzível de awareness. Na experiência gestáltica de arte, o processo criativo acontece na medida em que as pessoas expressam suas emoções, confiando e usando suas percepções sensoriais. A Arteterapia surge então como uma profissão e, em 1969, foi fundada a American Art Therapy Association. No Brasil, em 1925, Osório César começou a utilizar a Arteterapia no Juqueri e, posteriormente, a psiquiatra Nise da Silveira, em 1946, começou a desenvolver também um trabalho arteterapeutico no Rio de Janeiro, particularmente no atendimento de esquizofrênicos, criando mais tarde o Museu do Inconsciente. Atualmente temos vários cursos de Arteterapia distribuídos por todo o país; os mesmos têm crescido de forma rápida, e podemos dizer que a emergência e a consolidação do ensino e da pesquisa em Arteterapia no âmbito da Universidade e fora dela é um significativo evento científico dos últimos dez anos no Brasil. Este crescimento tão rápido parece ocorrer para atender as demandas do ser humano que, na atualidade, podem estar entorpecidos pela tecnologia e pelas doutrinas materialistas com suas tendências meramente utilitárias. A Arteterapia pode prover a alma de sua necessidade de libertação. A expressão artística, muitas vezes, exprime indivisíveis emoções, levando à concretização dos anseios e das necessidades do ser humano. Emoções que não encontram uma maneira socialmente aceitam de expressão, que se introvertem, 4

13 criando fendas nas profundidades do psiquismo, e deformando suas estruturas básicas. Certamente a linguagem abstrata presta-se a dar forma a segredos pessoais, satisfazendo uma necessidade de expressão sem que os outros os devassem. A linguagem abstrata cria-se a si própria a cada instante, ao impulso das forças em movimento no inconsciente. (SILVEIRA,1981, p.19) O que garante o Homem sadio contra o delírio, a depressão e o sofrimento psíquico de ordens diversas não é a sua crítica, mas a estruturação do seu espaço. O sofrimento, muitas vezes, é oriundo do estreitamento do espaço vivido, do enraizamento das coisas no nosso corpo, da vertiginosa proximidade do objeto. Nos sintomas neuróticos, as experiências da espacialidade são essencialmente determinadas pelo tom afetivo dominante no momento. O espaço adquire qualidades peculiares de acordo com o estado emocional do individuo: sensação de plenitude ou de vazio, de espaço amplo ou opressor, iluminado ou sombrio. A expressão artística, muitas vezes, exprime indivisíveis emoções, levando à concretização dos anseios e das necessidades do ser humano. Emoções que não encontram uma maneira socialmente aceitam de expressão, que se introvertem, criando fendas nas profundidades do psiquismo, e deformando suas estruturas básicas. Minkowski (1968) aponta que vivemos em dois mundos, ou seja, dois sistemas de percepção totalmente diferentes: percepção de coisas externas, por meio dos sentidos, e percepção de coisas internas, por meio das imagens do inconsciente. A expressão plástica pode tornar real esse fenômeno psicológico por meio das imagens realizadas no ateliê terapêutico, permitindo que a nebulosidade de sentimentos e pensamentos ou a clareza de afetividade se torne visível. Se os conteúdos internos entram em intensa atividade, sua forte carga energética subverte a ordem espacial estruturada pelo consciente. Nesse sentido, podemos concluir que toda obra de arte pode ser considerada um documento psíquico, e é pela expressão artística que podemos entender as relações do individuo com o meio em que vive e também a idéia que ele tem da ordem cósmica. Silveira (1981) alerta para o fato de que o espaço imaginário e o espaço da realidade estão estreitamente interligados. A reconstrução do espaço cotidiano acompanha a reconstrução do ego. Como o corpo tem necessidade de trabalho, de um fortalecimento muscular, a alma também necessita ser fortalecida. O trabalho por 5

14 meio da arte proporciona o reconhecimento da dinâmica psíquica, tornando-se uma via de acesso à totalidade do ser, fortalecendo a alma. Tem-se substituído a alma pela palavra psique. Mas será que a psique substitui a alma? Jung(1985) nos fala que realmente é impossível fazer o tratamento da alma e da personalidade humana isolando umas partes do resto (pg.91). Desta forma, podemos pensar que a Arteterapia pode possibilitar a ampliação da consciência, pois, ao promover o reconhecimento da dinâmica psíquica, um diálogo com os conteúdos inconscientes pode ocorrer e os mesmos podem ser trazidos à consciência. Esta ampliação da consciência permite que as projeções sejam recolhidas do mundo exterior e integradas. Não é o sujeito que se projeta, mas o inconsciente. Por isto não se cria a projeção, ela já existe de antemão. A conseqüência deste processo é o isolamento do sujeito em relação ao mundo exterior, pois, em vez de uma relação real, o que existe é uma ilusão. As projeções levam a um estado de ensimesmamento, no qual se sonha com um mundo cuja realidade é inatingível. Quanto mais projeções se interpõem entre o sujeito e o mundo exterior, tanto mais difícil se torna para o Eu perceber suas ilusões. Entendemos por Eu aquele fator complexo com o qual todos os conteúdos conscientes se relacionam, diferenciando-o do Self, no qual também os conteúdos inconscientes se relacionam. Este fator se constitui como o centro do campo da consciência e é o sujeito de todos os atos conscientes da pessoa. O Eu considerado como conteúdo consciente em si, não é um fator simples, elementar, mas extremamente complexo, sendo impossível, portanto, descrevê-lo com exatidão. O Eu possui livre-arbítrio, embora apenas dentro dos limites do campo da consciência, possibilitando, entretanto, um sentimento subjetivo de liberdade. O Eu é o sujeito de todos os esforços de adaptação do ser humano. Mediados pela Arte, estes fenômenos da ampliação da consciência podem ser expressos de forma a adequar significados na vida da pessoa. Ou seja, a arte surge como potencialização, um recurso que propicia olhar a experiência vivida, atribuindo-lhe um sentido singular. A experiência arteterapêutica pode acolher e dar forma e significado ao que antes se apresentava como um desconforto. Para Delefosse:...a consideração da interação que auxilia a explicitação do vivido, tratase, portanto de um trabalho interativo que visa, de um lado, favorecer a atividade de construção do sentido do mundo vivido através de uma situação dialógica reflexiva e de outro lado, produzir conhecimentos psicológicos a partir deste material (p

15 Ainda segundo Delefosse: compreender nas ciências do Homem é rejeitar a busca de formulas e leis universais, pelo menos enquanto objetivo principal, e buscar colher a partir do interior a subjetividade significante. A retomada da criatividade possibilita transformações e atribuições de novos significados às experiências vividas, frustradas, ou simplesmente sonhadas. Desta forma as experiências dolorosas e suas cicatrizes podem ser integradas numa consciência ampliada. Grof (2000) sugere que no estado de consciência cotidiana identificamo-nos com apenas uma fração de quem realmente somos. Nos estados que chamou de holotrópicos, o que significa caminhar em direção à totalidade do próprio ser, podemos transcender as fronteiras restritas no ego corporal e reivindicar uma identidade total. Nos estados holotrópicos, ocorre uma mudança qualitativa de consciência de forma profunda e fundamental. Desenvolver um estado holotrópico de consciência leva o indivíduo a mudanças de percepção em todas as áreas sensoriais. No entanto, a consciência quando se amplia tem acesso a informações antes inconscientes, e libera um quantum de energia emocional que estava ligada a processos traumáticos do passado, e então retorna ao estado de vigília anterior, embora acrescida destas experiências e de seus conteúdos. Segundo Grof (2000): Um aspecto particularmente interessante dos estados holotrópicos é seu efeito sobre os processos de pensamento. O intelecto não fica debilitado, mas opera de uma forma significativamente diferente do seu modo de funcionamento diário. Esse tipo de experiências holotrópicas é a principal fonte de cosmologias, mitologias, filosofias e sistemas religiosos que descrevem a natureza espiritual do cosmo e da existência. Elas são as chaves para a compreensão da vida ritual e espiritual da humanidade, desde o xamanismo e as cerimônias sagradas das tribos aborígenes, até as grandes religiões do mundo (p.19). Cézanne, pintor francês, tratava os objetos como homens e descobria a vida interior em tudo. Até mesmo uma taça transformava-se em um ser dotado de alma. A arte pode ser uma força capaz de levar o homem além do vazio. É uma linguagem capaz de estabelecer uma conexão com a psique e é a única capaz de compreendê-la. A arte devolve a liberdade à alma aprisionada pelo vazio, pelo medo ou ainda pelos sentimentos que não têm nome. E ela leva à concretização dos anseios da necessidade interior do ser humano. Rollo May (1995) define criatividade como um processo altamente emotivo que decorre da experiência da auto-realização da nossa potencialidade com um intenso encontro com uma idéia. Kandínsky (1985), ao analisar as diferenças 7

16 culturais, aponta que o silêncio é sentido como morte para os chineses cristãos enquanto os chineses não cristãos consideram o silêncio como a primeira fase em direção a uma linguagem nova. Depois de buscar esse silêncio interior atingimos o ponto zero, que possibilita a entrada na criação do novo. Este novo pode ser expresso pela modelagem em argila. A argila rompe a inércia, enaltecendo o princípio feminino da criação, gestando vida, possibilitando a vivencia simultânea dos quatro elementos da natureza: ar, água, fogo, terra. Gouveia (1989) descreve:...quando em certos pedaços de barro, ele consegue achar sombras vivas que se movem e tudo o mais que for necessário para simbolizar os seus medos profundos, o cotidiano de sua vida em comum com os restos dos mortais, quando encontra a criança escondida na angustia da adolescência e da idade adulta... e modela o que capta para além da aparência (p.56). Em relação ao vazio existencial, o medo profundo sinaliza uma dependência psicológica. Esta carência, a sensação de falta que se dá em todo ser humano, pode encontrar na Arteterapia, com a expansão da consciência, uma modificação de sentimentos, de visões e atitudes frente ao mundo, possibilitando uma transformação eficiente, uma transição menos dolorosa para um estado de inteireza do ser, porque o mesmo encontra um canal de expressão que pode conter o sofrimento. Kandisky (1985) afirma:...como qualquer ser vivo é dotado de poderes ativos, e a sua força criadora não se esgota, vive, age e participa na criação de uma atmosfera espiritual (p.113). A arte é, portanto é uma linguagem capaz de criar um canal de comunicação com a psique, é capaz de compreendê-la na sutileza dos seus nuances. Ao considerar a dimensão espiritual da psique humana encaminhamos a nossa discussão para a questão da Psicologia que estuda atualmente o fenômeno da ampliação da consciência, muito presente nos processos arteterapeuticos. Os precursores da Psicologia Transpessoal concentraram-se no estudo da consciência e pesquisaram os fenômenos e as experiências não ordinárias de consciência. Dentro da perspectiva transpessoal a consciência comum é considerada como um estado contraído e defensivo. Neste sentido, nossa consciência opera inundada por um fluxo contínuo de pensamentos e fantasias que acorrem para atender as demandas de nossas defesas cotidianas. Dentro desta visão, a ampliação da consciência se daria por meio do abandono dessa contração defensiva e da remoção dos obstáculos ao reconhecimento do potencial de encontro com os 8

17 mundos interno e externo, sempre presente no apaziguamento da mente e na redução da distorção perceptiva. Diferentemente da concepção ocidental que considera apenas uma gama limitada de estados de consciência, fundamentalmente o estado onírico e o estado desperto, a Psicologia Transpessoal considera que há um amplo espectro de estados de consciência. Grof (1987) sugere que, no estado de consciência cotidiana identificamo-nos com apenas uma fração de quem realmente somos. Nos estados que chamou de holotrópicos podemos transcender as fronteiras restritas no Ego corporal e reivindicar uma identidade total. Nos estados holotrópicos de consciência, ocorre uma mudança qualitativa de consciência, profunda e fundamental. Desenvolver um estado holotrópico de consciência leva o indivíduo a mudanças de percepção em todas as áreas sensoriais. Assim, explica Grof: Um aspecto particularmente interessante dos estados holotrópicos é seu efeito sobre os processos de pensamento. O intelecto não fica debilitado, mas opera de uma forma significativamente diferente do seu modo de funcionamento diário. Esse tipo de experiência holotrópica é a principal fonte de cosmologias, mitologias, e sistemas religiosos que descrevem a natureza espiritual do cosmo e da existência. Elas são as chaves para compreensão da vida ritual e espiritual da humanidade, desde o xamanismo e as cerimônias sagradas das tribos aborígines, até as grandes religiões do mundo (2000 p. 19). Ao longo de nossa existência, em momentos de crise podemos re-desenvolver, romper ou ampliar as fronteiras do Eu. Isto significa que, a todo o momento, reconstruímos ou destruímos nossa identidade. Uma das metas da terapia transpessoal seria a tentativa de rompimento com o estado de estagnação da consciência nas porções da personalidade que impedem que outras esferas do ser se manifestem, e, por meio deste rompimento, permitir que a personalidade integral exerça cada vez mais efeito nas atividades cotidianas do indivíduo. O resultado bem sucedido da terapia transpessoal pode ser descrito então como um senso ampliado de identidade, em que o Eu é visto como o contexto da experiência de vida, considerada como conteúdo, sem um grau de restrição tão dramático, como o que ocorre na experiência usual dominada pelo ego. O conteúdo transpessoal inclui quaisquer experiências em que a pessoa transcenda as limitações da identificação exclusiva com o ego ou com a personalidade, o que termina por se constituir então num objetivo fundamentalmente similar ao da Arteterapia. Também inclui os domínios míticos arquetípicos e 9

18 simbólicos da experiência interior, que podem vir à consciência por meio de imagens e de sonhos. As experiências transpessoais têm uma posição especial na cartografia da psique humana. Os níveis rememorativo-analítico e o inconsciente individual são de natureza claramente biográfica. A dinâmica perinatal parece representar uma intersecção ou fronteira entre o pessoal e o transpessoal. Isto se reflete em sua profunda associação com o nascimento e a morte o início e o fim da existência humana individual, fenômenos que, no momento, estão além de nossa compreensão. (Grof, 1997). Porém, tudo que podemos dizer é que no processo de desdobramento perinatal parece ocorrer um estranho retorno qualitativo e, por meio dele, a auto-exploração profunda e o inconsciente individual tornam-se um processo de aventuras e experiências no universo, que envolvem o que pode ser melhor descrito como consciência cósmica ou mente superconsciente. Os sintomas emergentes refletem o esforço do organismo para livrar-se dos antigos estresses e das marcas traumáticas, e simplificar seu funcionamento. Este desenvolvimento é, ao mesmo tempo, um processo de descoberta da própria e verdadeira identidade e também das dimensões do próprio ser, que converte o individualismo com todo o cosmos e que são proporcionais a toda existência. 10

19 A escolha profissional na prática psicoterapêutica: pesquisando um enquadre clínico diferenciado Christiane Isabelle Couve de Murville Camps 1 Universidade de São Paulo Tânia Maria José Aiello Vaisberg 2 Pontifícia Universidade Católica de Campinas christiane.camps@serefazer.com.br Palavras-chave: adolescentes; enquadres diferenciados; psicanálise do self; Winnicott; trabalho. O aprofundamento da concepção winnicottiana da psicoterapia como superposição de áreas do brincar nos conduziu à proposição dos enquadres diferenciados Ser e Fazer a partir do uso paradigmático do Jogo do Rabisco. Na Ser e Fazer : Oficinas Psicoterapêuticas de Criação, temos desenvolvido pesquisas sobre psicoterapia buscando investigar o potencial transformador de enquadres psicanalíticos diferenciados, capazes de atender as demandas de sofrimento que surgem na atualidade, a partir de uma interlocução constante e aprofundada com o pensamento de D.W.Winnicott. Levando em conta que existem diferentes possibilidades de intervenções, em função da necessidade do paciente e da situação vivida, realizamos diferentes atendimentos clínicos em instituições como escolas, hospitais e empresas, estendendo, deste modo, os benefícios do conhecimento psicanalítico a outros segmentos populacionais, para além do dispositivo tradicional concebido para o tratamento individual de pacientes neuróticos. Em nossos atendimentos, valorizamos o brincar como meio de favorecer o desenvolvimento emocional e não apenas como substituto a dificuldades de verbalização, que inviabilizariam a associação livre, concebida estreitamente como discurso. O brincar deu entrada, no campo psicanalítico, a partir do momento em que se pensou em incluir, como pacientes, crianças e psicóticos, que não tinham 1 Mestre e Doutoranda em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. 2 Professora Livre Docente do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Coordenadora da Ser e Fazer, Orientadora do Programa de Pós Graduação em Psicologia Clínica do IPUSP, Orientadora do Programa de Pós Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, e Diretora Presidente do NEW Núcleo de Estudos Winnicottianos de São Paulo. 11

20 condições de verbalização, a qual permitiria acesso ao inconsciente recalcado (Aiello-Vaisberg, 2004). Entretanto, encontramos na obra de Winnicott, uma valorização do brincar em si mesmo, como posição existencial brincante, vale dizer como expressão do ser e fazer que por si só facilita o amadurecimento pessoal. Para Winnicott (1967) o brincar diz respeito a uma experiência criativa, que permite a aproximação do self verdadeiro, lugar teórico, mas verdadeiro, a partir do qual emerge o gesto espontâneo. Desde essa perspectiva, o brincar não corresponde a uma atividade, pois neste registro pode acontecer como manifestação do falso-self. Embasando o nosso ser e fazer clínico, tomamos como referência a psicopatologia implícita no pensamento winnicottiano, que entende a sanidade como possibilidade de alcançar um viver mais espontâneo e autêntico, levando o indivíduo a se sentir vivo, real, e capaz de gestualidade no mundo, superando eventuais estratégias defensivas que ocasionam a organização falso-self. Dentro dessa perspectiva, cabe perguntarmos se ajudar o jovem em seu processo de escolha profissional pode ser pensado como prática essencialmente psicoterapêutica. Para Carvalho (2000), a orientação profissional assemelha-se a uma terapia breve que tem a escolha profissional como foco. O caráter terapêutico da orientação vocacional é apontado, também, por Bohoslavsky (1975), que propôs uma estratégia clínica, que inclui um conjunto de tarefas, que articulam dimensões psicológicas e pedagógicas, fundamentado-se num referencial psicanalítico kleiniano, segundo o qual toda escolha tem sentido reparatório. Concordamos com os autores que abordam a orientação vocacional como prática clínica. Entretanto, embora de acordo com uma abordagem clínica psicanalítica, adotamos um referencial psicanalítico diverso, que consiste em uma leitura particular que fazemos de Winnicott, a partir do pensamento de Bleger. Este referencial, que adotamos, critica a noção de tratamento psicanalítico como meio de promover aumento de auto-conhecimento, o que remete a um trabalho com feições pedagógicas ao informar o paciente sobre si. Entendemos que as práticas psicanalíticas pautadas na interpretação, ou na tentativa de recuperar fantasias inconscientes, ou ainda que buscam, através de situações transferenciais, resgatar acontecimentos que não foram vividos, em última instância, sempre encobrem a intenção de promover no paciente um aprendizado sobre si, conferindo, deste modo, um caráter pedagógico ao trabalho realizado (Aiello-Vaisberg, 2004). Desde este ponto de vista, as propostas de trabalho em orientação profissional, que deixam transparecer esse caráter pedagógico, seja dando ênfase à transmissão de informações ou à promoção de auto-conhecimento, 12

21 contrapõem-se à nossa clínica Ser e Fazer na escolha profissional, que, acreditando no potencial criativo do ser humano, visa favorecer a emergência do gesto espontâneo e um viver mais livre, autêntico e criativo. Esse modo de entender a orientação profissional subentende a concepção winnicottiana de ser humano como essencialmente criador e capaz de ação no mundo, diferentemente de uma visão que acredita que as pessoas devem ser sempre informadas e educadas. Entretanto, observamos que os cuidados direcionados aos jovens, no momento da escolha de uma profissão, ficam muitas vezes associados a atividades pedagógicas, que muitas vezes compreendem cursos, com conceitos e assuntos pré-determinados a serem tratados. Também notamos, em nossa prática clínica, que este modo pedagógico de entender a orientação profissional estende-se a muitos jovens e seus pais. Freqüentemente somos procurados por pessoas interessadas em obter informações a respeito do curso de orientação profissional. A experiência clinica e a observação de diversas situações humanas tem indicado que, no imaginário social, o trabalho do psicólogo, no campo da escolha profissional, é figurado, atualmente, em termos de atividades pedagógicas, que compreendem cursos estruturados em termos de transmissão de informações. Notamos, também, que em alguns meios ainda persiste, no imaginário social, a idéia de que testes podem revelar a vocação, entendida como sendo um atributo interno. É, no entanto, importante lembrar Bleger (1963) para esclarecer que não existe tal coisa como um homem isolado, não social, nem tampouco uma interioridade desvinculada do mundo e em oposição à uma realidade entendida como exterior. Podemos pensar que falar de orientação profissional como curso talvez seja uma forma de lidar com a situação da escolha profissional de modo mais intelectualizado, remetendo a estratégias defensivas diante de eventuais dificuldades sentidas. Reconhecemos que a atividade intelectual, bem como o conhecimento a respeito de si e do que se apresenta no mundo como possibilidades de carreira, estudo, etc., podem ser muito valiosos e ajudar na tomada de decisão a respeito da profissão a seguir. No entanto, acreditamos que esses elementos não são o que de fato favorece o engajamento no processo de escolha profissional. Entendemos que para ajudar o jovem a tomar sua decisão são necessárias intervenções clínicas que valorizem as dimensões afetivas e vivenciais. Deste modo, afastamo-nos de uma visão de intervenção em orientação profissional que dá ênfase ao tratamento intelectualizado de dados e à análise das possibilidades no ambiente vivido. Entendemos que o trabalho em orientação vocacional pode e deve ser 13

22 entendido como prática psicoterapêutica. Neste sentido, contamos com a companhia de Bleger (1976) quando diz que cabe ao psicólogo clínico promover a saúde mental da população propondo intervenções, seja em uma perspectiva psicoprofilática, ou direcionadas a momentos de crise e de dificuldades. Nesta linha de pensamento,a escolha de uma profissão configura-se como momento de crise vital, que aponta para algo de novo, diferente do que antes existia (Bohoslavsky 1977). Levando em conta essas considerações, temos proposto atendimentos clínicos, que pautados no modelo do jogo de rabiscos de Winnicott, favorecem um brincar capaz de promover a comunicação emocional, numa relação inter-humana, intersubjetiva, que rompe o paradigma sujeito-objeto. No contexto dos cuidados direcionados a jovens em momento de escolha profissional, empregamos o teatro da espontaneidade desde uma perspectiva winnicottiana, como enquadre diferenciado capaz de favorecer a criação de um rabisco (Winnicott, 1968) coletivo em forma de peça teatral. Expressando-se coletivamente, os jovens aproximam-se da dramática existencial inerente à escolha profissional. O uso paradigmático do Jogo do Rabisco consiste na apresentação de uma mediação que favorece o brincar ou o desenvolvimento da capacidade de brincar. Quando o brincar não pode acontecer, apesar da sustentação oferecida pelo terapeuta presente, em virtude das falhas ocorridas no processo de amadurecimento emocional, a psicoterapia deixa de ser a superposição de áreas do brincar, cabendo ao terapeuta buscar favorecer o desenvolvimento dessa capacidade Winnicott (1971). Em nossos atendimentos em orientação profissional costumamos apresentar aos jovens uma mala como mediação brincante com vestimentas variadas, que os convidam a brincar mundos profissionais. O uso da mala e de seus objetos fundamenta-se no conceito winnicottiano de apresentação, que surge no contexto do estudo da relação mãe-bebê, para descrever um evento de grande importância, denominado primeira mamada teórica (Winnicott, 1945). Tal evento é bem sucedido quando a mãe delicadamente apresenta o seio no momento em que a criança está pronta para viver a experiência ilusória de criá-lo/ encontrá-lo. Entendemos que este conceito de apresentação de objeto define o modo como se estabelece a relação do indivíduo com a realidade, remetendo à possibilidade de gesto espontâneo na presença de um outro que oferece a oportunidade de viver a ilusão. Análoga, mas precisamente, buscamos, em nosso trabalho com os jovens, oferecer oportunidades de vivência da experiência ilusória de criação e encontro, em 14

23 um mundo transicional, favorecendo a emergência do gesto espontâneo e criativo. Nossa proposta de atendimento, em momento de escolha profissional visa, portanto, ajudar o jovem a alcançar uma posição existencial mais livre e criativa, que subentende um desenvolvimento emocional, e a partir da qual seja possível fazer uma escolha autêntica. Nesse contexto, o holding, como um modo sensível e particular do terapeuta ser e estar na presença dos jovens, permite garantir a sensação de continuidade de ser, convidando os jovens a arriscarem seus movimentos. Em ambiente humano, sustentado pela terapeuta presente, a comunicação emocional pode acontecer como brincar, tornando possível a surpresa diante do vivido no grupo, levando ao encantamento e à satisfação de se perceber capaz de circunscrever o drama encenado sob o gesto criativo, conferindo-lhe novo destino. Já tivemos oportunidade de realizar atendimentos psicoterapêuticos, para jovens em momento de escolha profissional, em diferentes ambientes tais como escolas, cursinhos pré-vestibular e consultório particular. De modo singular, cada grupo tem trazido temas relacionados à escolha da profissão, à inserção no mundo adulto do trabalho, aproximando-se do universo do trabalho de forma menos racionalizada e mais integrada. Em um setting acolhedor, os jovens podem compartilhar expectativas, dúvidas e impressões, o que parece contribuir para que o ingresso no mundo profissional e adulto possa ser vivido como um processo que não interrompe dramaticamente a continuidade do viver. 15

24 Referências AIELLO-VAISBERG, T. M. J. Ser e fazer: interpretação e intervenção. In: Ser e Fazer: Enquadres diferenciados na clínica winnicottiana. São Paulo: Idéias e Letras, p BLEGER, J. (1976) Psico-higiene e psicologia institucional. Tradução de Emilia de Oliveira Diehl. Porto Alegre: Artes Médicas, p.. (1963) Psicologia da conduta. Tradução de Emilia de Oliveira Diehl. Porto Alegre: Artes Médicas, p. BOHOSLAVSKY, R. (1977) Orientação profissional. Tradução de José Maria Bojart. São Paulo: Martins Fontes, p. BOHOSLAVSKY, R. (1975) Primeira aula do curso sobre Orientação Vocacional - Estratégia Clínica Labor - Revista do Laboratório de Estudos sobre Trabalho e Orientação Profissional, Universidade de São Paulo, Editora Vardi, n. 0, p , CARVALHO, M. M.M. J. (2000) Entrevista. Labor - Revista do Laboratório de Estudos sobre Trabalho e Orientação Profissional, Universidade de São Paulo, Editora Vardi, n. 0, p. 9-20, WINNICOTT, D. W. (1971). Brincar e realidade. Tradução de José Octávio de Aguiar Abreu e Vanede Nobre. Rio de Janeiro: Imago, p (1945). Desenvolvimento emocional psimitivo. In: Da pediatria à Psicanálise. Tradução de Davi Bogomoletz. Rio de Janeiro: Imago, p (1968). O jogo de rabiscos. In: WINNICOTT, C.; SHEPHERD, R.; DAVIS, M. (Orgs.). Explorações psicanalíticas. Tradução de José Otávio de Aguiar Abreu. Porto Alegre: Artes Médicas, p

25 Alexitimia e sintomas psicopatológicos em pessoas idosas Eduardo Khater 1 Elisa Medici Pizão Yoshida Pontifícia Universidade Católica de Campinas ekhater@yahoo.com Palavras- chave: terceira idade; emoções; ansiedade; depressão. Resumo Considerando que alexitimia e sintomas psicológicos podem contribuir para o comprometimento do bem estar de pessoas idosas, hipotetiza-se que sua ocorrência deva ser maior em idosos de população clínica se comparados aos de população não clínica. Estabeleceu-se, portanto como objetivo, verificar o grau de associação entre alexitimia e sintomas psicopatológicos (psicotismo, obsessividade-compulsividade, somatização e ansiedade) em pessoas idosas hospitalizadas e não hospitalizadas O envelhecimento é um processo universal, inerente a todos os seres vivos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a idade de 60 anos como o início da terceira idade. Esta idade é questionável, pois alguns autores concordam com esse limite e outros consideram como pertencentes a essa faixa etária apenas os adultos com mais de 70 anos. Entretanto, é importante ressaltar que a denominação dessa fase adulta é comumente relacionada ao envelhecimento. É natural, portanto que haja divergências entre os profissionais acerca do início da terceira idade. Essa definição depende dos critérios utilizados para denominar determinada camada da sociedade de velhos ou idosos. Do ponto de vista biológico, a velhice corresponde a uma fase da vida humana em que alguns traços de senilidade, tais como a diminuição da acuidade visual e auditiva, tornam-se mais aparentes. Já do ponto de vista econômico, a terceira idade está ligada a uma fase improdutiva da vida humana, isto é, após a aposentadoria. No entanto, alguns psicólogos gerontologistas, sociólogos e educadores vêm dando um tratamento mais humanista ao assunto, procurando ressaltar as potencialidades dos adultos em sua idade madura. 17

26 Uma velhice bem-sucedida revela-se em idosos que mantêm autonomia, independência e envolvimento ativo com a vida pessoal, com a família, com os amigos, com o lazer, com a vida social. Revela-se em produtividade e em conservação de papéis sociais adultos. Traduz-se em auto-descrições de satisfação e de ajustamento. Reflete-se em reconhecimento social às pessoas porque oferecem contribuições à sociedade ou ao grupo familiar e por serem modelos de velhice boa e saudável. O número de pessoas capazes de atingir completamente esse padrão é muito pequeno, porque além da genética, o estilo de vida e as condições sócioeconômicas e culturais podem impor restrições ao alcance de tal resultado. No entanto, sua existência é útil para balizar as aspirações individuais e sociais e para sinalizar que velhice pode ser um período de desenvolvimento (Neri & Yassuda,2004). Em muitos casos, no entanto, isto não se verifica. Principalmente em situações de doença maus tratos físicos e psicológicos podem comprometer o bem estar do idoso. Neste sentido, as condições que cercam o idoso têm merecido especial atenção nos últimos anos. Ao envelhecer, os indivíduos precisam de maior cuidado e atenção. A Organização Mundial de Saúde (2001) considera abuso ao idoso: qualquer ato isolado ou repetido, ou a ausência de ação apropriada ocorrendo em qualquer relacionamento onde haja uma expectativa de confiança que cause dano ou incômodo a uma pessoa idosa. Esta definição inclui: abuso físico: provocação de dor ou lesão; coerção física; restrição física ou química; abuso psicológico/emocional; imposição de angustia mental; abuso financeiro/material: exploração imprópria ou ilegal e/ou uso de fundos ou recursos; abuso sexual: contato não consensual de qualquer tipo com pessoa idosa; negligência: a recusa ou falha em cumprir obrigação de qualquer cuidado incluindo esforço consciente e intencional de infringir dor física ou emocional à pessoa idosa (Machado, Gomes & Xavier, 2001). As restrições biológicas não são os únicos fatores que impedem uma vida plena na terceira idade, mas as condições sociais da velhice também afetam as relações de poder e de auto-estima dos indivíduos que ultrapassam os limites etários estabelecidos como etapa produtiva de vida. 1 Projeto de pesquisa de Bacharelado em Psicologia. 18

27 As condições sociais dos idosos no âmbito das relações familiares, nos contatos sociais com amigos e vizinhos bem como, nos atendimentos prestados a eles nas unidades de saúde são muitas vezes alarmantes. No contexto familiar, eles se sentem desprezados e sem atenção, não fazem nenhum tipo de passeio com seus parentes, têm convivência difícil, o que acaba piorando seu estado de saúde, deixando-os mais nervosos e angustiados; sentem-se abandonados ou esquecidos e consideram o tratamento que recebem dos parentes como sendo ruim, relatam que até os profissionais da saúde os tratam melhor que seus parentes (Cruz, et al 2003). Os idosos estão demonstrando um elevado índice de reprovação para a forma como a sua família e sociedade os tratam, conscientes da condição que estão vivenciando, embora se tenha observado poucos esforços para se organizar, em seus grupos de idosos ou de saúde que freqüentam, com o objetivo de construir caminhos para melhorar tais condições. As situações de maus tratos com os idosos são mais freqüentes quando estes são doentes crônicos, pois necessitam de cuidados e atenção especial com dietas específicas, bem como medicação no momento certo; o que acaba por aumentar sua dependência de outras pessoas. Em relação aos maus tratos, foram evidenciados o abandono, o isolamento, a negligência, a exploração financeira e a agressão verbal, até a falta de carinho e atenção, especialmente quanto aos cuidados com a saúde do idoso, o que lhes proporciona revolta, depressão, desgosto e amargura. A carência afetiva é outra questão muito importante, os idosos são percebidos como sendo pessoas carentes de atenção, carinho e afeto, além de serem tristes e se sentirem solitários. Alguns idosos são sobrecarregados nas atividades domésticas, pois são designados a realizar tarefas que vão desde os serviços do lar até os cuidados com netos. Como os filhos têm que trabalhar, os idosos acabam tomando conta das crianças (avós cuidadores), sendo que na verdade, em muitos casos, quem precisa ser cuidado, tratado com atenção e paciência são eles. Profissionais de saúde também relataram perceber os idosos como sendo pessoas poliqueixosas e somatizadoras. Pessoas que reclamam excessivamente de dores pelo corpo, ou ainda que desenvolvem doença por conta de problemas emocionais. 19

28 O meio urbano, ao gerar diferentes dinâmicas de relacionamento entre os indivíduos, tende a marginalizar os idosos, retirando-lhes qualquer visibilidade social. Eles acabam ficando cada vez mais sós. O respeito tornou-se menos profundo. Mesmo tendo experiência acabam sendo ultrapassados pelos jovens em matéria de conhecimentos; o que acaba fazendo com que os chefes de pessoal optem por alguém mais jovem, deixando o idoso com a sensação de inutilidade. Como conseqüência das vicissitudes impostas pela vida, muitos idosos desenvolvem características psicológicas específicas como forma de enfrentamento, que nem sempre são consideradas bem adaptativas. Entre elas incluem-se, a alexitimia e os sintomas psicopatológicos, objetos mais específicos desta pesquisa. O termo alexitimia vem do grego: a (significa ausência), lexis (palavra) e thymos (emoção). O conceito de Alexitimia foi formulado em conseqüência das observações clinicas em Paris e de Sifneos em Boston nos anos de 1960, sobre uma condição que resultava em certo déficit em pacientes que sofriam de alguma condição psicossomática. Trata-se de uma marcante dificuldade para a expressão apropriada da língua, para descrever os sentimentos próprios e para relatar as sensações corporais, uma dificuldade para fantasiar e uma maneira prática e utilitária de pensar (pensamento operante), ou seja, é um termo que diz respeito à marcante dificuldade para usar a comunicação verbal apropriada para expressar e descrever sentimentos, bem como das sensações corporais. Nos dias atuais é muito comum encontrar pessoas com essas características. Por fim, o alexitímico sofre de incapacidade de descrever sentimentos próprios ou de reconhecer os sentimentos daqueles à sua volta. Não sabem discriminar emoções e nem distinguir emoções de sensações físicas, ou seja, podem reclamar de um determinado sintoma físico como dor de estômago ou coceira e não conseguem detectar sua ansiedade ou sua necessidade de contato corporal. A percepção, avaliação e expressão da emoção abrangem desde a capacidade de identificar emoções em si mesmo, em outras pessoas e em objetos ou condições físicas, até a capacidade de expressar essas emoções e as necessidades a elas relacionadas, e ainda, a capacidade de avaliar a autenticidade de uma expressão emocional detectando sua veracidade, falsidade ou tentativa de manipulação. 20

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