PIB do Agronegócio BRASIL. Novembro/2016. GDP Agribusiness Brazil Outlook
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- Luzia Gesser Valgueiro
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1 Novembro/2016 PIB do Agronegócio BRASIL GDP Agribusiness Brazil Outlook
2 Relatório PIBAgro-Brasil GDP AGRIBUSINES BRAZIL OUTLOOK O Relatório PIB Agro Brasil é uma publicação mensal resultante da parceria entre o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Esalq/USP, e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O cálculo do PIB do agronegócio é feito pela ótica do valor adicionado, a preços de mercado, computando-se os impostos indiretos líquidos de subsídios. A quantificação dessa medida reflete a evolução do setor em termos da renda real, a qual se destina à remuneração dos fatores de produção: trabalho (salários e equivalentes), capital físico (juros e depreciação), terra (aluguel e juros) e lucros. Considera-se, portanto, no cômputo do PIB do agronegócio o crescimento tanto do volume produzido como dos preços, já descontada a inflação. O agronegócio é entendido como a soma de quatro segmentos: (a) insumos para a agropecuária, (b) produção agropecuária básica ou, como também é chamada, primária ou dentro da porteira, (c) agroindústria (processamento) e (d) serviços. A análise desse conjunto de segmentos é feita para o setor agrícola (vegetal) e para o pecuário (animal). Ao serem somados, com as devidas ponderações, obtém-se a análise do agronegócio. É importante destacar que este relatório considera os dados disponíveis preços observados e estimativas anuais de produção até o seu fechamento. Em edições futuras, ao serem agregadas informações mais atualizadas, pode, portanto, haver alteração dos resultados de meses e também de anos passados. Recomenda-se, portanto, o uso do relatório mais atualizado. Os cálculos sobre a variação do volume partem das mais recentes projeções de safra para o ano em curso. Essas quantidades são confrontadas com as projeções de volume correspondentes do ano anterior. A variação obtida entre os dois anos é, então, usada para o cálculo da taxa mensal de variação do volume, bem como da taxa acumulada a partir de janeiro do ano em curso. No final do ano, a taxa acumulada por esse procedimento coincidirá com a taxa de variação do volume (confirmado e não mais projetado) entre o ano corrente e o anterior. Quanto aos preços, a comparação é feita entre a média real do período (número de meses) transcorrido no ano corrente e a média real do mesmo período do ano anterior. Essa variação anual é, então, usada para o cálculo da taxa mensal e da taxa acumulada desde janeiro do ano em curso. NOTA: O impacto da revisão do PIB brasileiro divulgada em março de 2015 pelo IBGE sobre o agronegócio ainda está em avaliação pelo Cepea. Em relatórios futuros serão destacadas, caso haja, as mudanças decorrentes da nova metodologia do IBGE. EQUIPE RESPONSÁVEL: Coordenação Geral: Geraldo Sant Ana de Camargo Barros, Ph.D, Pesquisador Chefe/Coordenador Científico do Cepea/ Esalq/USP. Pesquisadores do Cepea: Dra. Adriana Ferreira Silva, Dr. Arlei Luiz Fachinello, Ma. Nicole Rennó Castro, Me. Leandro Gilio e Bel. Gustavo Ferrarezi Giachini.
3 SUMÁRIO AGRONEGÓCIO Com queda no ramo pecuário, alta no PIB se limita a 0,05% em nov/ Figura 1 - Taxa de crescimento do PIB do Agronegócio... 5 SEGMENTO DE INSUMOS Rações de rações seguem em alta... 6 Figura 2 - Variação anual do volume, dos preços e do faturamento (janeiro a outubro 2016/2015)... 7 SEGMENTO PRIMÁRIO Ramo agrícola e preços em alta sustentam elevação do segmento primário... 8 Figura 3 - AGRICULTURA: Variação anual de volume, preços e faturamento (janeiro a novembro /2015) Figura 4 - PECÚARIA: Variação anual do volume, dos preços e do faturamento (janeiro a novembro /2015) SEGMENTO INDUSTRIAL Indústria pecuária recua em novembro Figura 5 - AGROINDÚSTRIAS: Variação anual do volume, preços e faturamento (janeiro a novembro 2016/2015) SEGMENTO DE AGROSSERVIÇOS CONCLUSÕES Tabela 1 - Variação do PIB do agronegócio nacional (%) Tabela 2 - Variações Mensais e Acumulada no ano (%) da Agroindústria Tabela 3 - PIB do agronegócio brasileiro de 1994 a 2016 (R$ bilhões de 2016*)... 22
4 4 AGRONEGÓCIO COM QUEDA NO RAMO PECUÁRIO, ALTA NO PIB SE LIMITA A 0,05% EM NOV/16 OProduto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, estimado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, com o apoio financeiro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), apresentou ligeiro crescimento de 0,05% em novembro, acumulando alta de 4,39% de janeiro a novembro de O ramo agrícola cresceu 0,18% no mês, com alta de 5,60% no acumulado do ano, enquanto o pecuário apresentou queda de 0,25% em novembro, mas ainda acumulando crescimento de 1,82% em 2016 Figuras 1 e 2. Quanto aos segmentos do ramo agrícola, primário, indústria e serviços apresentaram elevação em novembro, de 0,46%, 0,02% e de 0,26%, respectivamente; já insumos registrou queda, de -0,17% Figura 1. No acumulado de janeiro a novembro, o movimento foi de alta para todos os segmentos, com destaque para o primário (10,32%), seguido por serviços (5,80%), insumos (3,03%) e indústria (2,94%) Figura 2. No ramo pecuário, apenas o segmento de insumos apresentou crescimento (0,26%) em novembro, enquanto primário, indústria e serviços caíram 0,06%, 0,98% e 0,50%, respectivamente Figura 1. Já no acumulado do ano, as altas são de 3,98% para insumos, de 2,08% para primário, de 0,25% indústria e de 0,93% para serviços Figura 2.
5 Taxas de crescimento do PIB do agronegócio (%) Fonte: Cepea/USP e CNA Agropecuária Agricultura Pecuária Janeiro a novembro 2015/2016 3,98 3,43 3,03 INSUMOS 0,01 Novembro/16 frente ao mês anterior 0,26-0,17 PRIMÁRIO 6,57 10,32 2,08 0,23 0,46-0,06 2,94 0,02 INDÚSTRIA 2,58 0,25-0,11-0,98 SERVIÇOS 4,26 5,80 0,93 0,03 0,26-0,50 4,39 5,60 5 AGRONEGÓCIO 1,82 0,05 0,18-0,25
6 6 INSUMOS SEGMENTO DE PIB do Agronegócio Brasil NOVEMBRO/2016 PREÇOS DE RAÇÕES SEGUEM EM ALTA O segmento de insumos agropecuários apresentou estabilidade em novembro, com leve alta de 0,01%, acumulando crescimento de 3,43% de janeiro a novembro de 2016 (Figuras 1 e 2). Entre as indústrias de insumos acompanhadas pelo Cepea, fertilizantes e adubos tiveram recuo no faturamento anual, de 15,59%, motivado, principalmente, pela redução dos preços reais (-14,13%), na comparação entre janeiro e novembro de 2016 e o mesmo período de 2015, e pela expectativa de redução da produção anual, de 1,55% Figura 3. A indústria de rações apresentou variação positiva no faturamento anual, em decorrência do aumento na projeção anual de produção (1%) e da elevação nos preços (11,33%), já descontada a inflação. Segundo o Sindirações, a alta nas cotações reais foram influenciadas pela forte elevação nos preços do milho e do farelo de soja, conforme já destacado em relatórios anteriores. Para a indústria de combustíveis e lubrificantes, a estimativa de variação negativa do faturamento anual, de 17,70%, foi motivada pela queda dos preços (-10,25%), na comparação entre janeiro e novembro de 2016/2015, e da expectativa de redução na quantidade produzida para o ano (-8,30%) Figura 3.
7 INSUMOS: Variação anual do volume, dos preços e do faturamento janeiro a novembro 2016 / 2015 (%) Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborador a partir dos dados do IBGE,FGV, ANDA e Sindirações) Valor Preço Quantidade COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES -10,25-8,30-17,70 FERTILIZANTES E ADUBOS -14,13-1,69-15,59 ALIMENTOS PARA ANIMAIS 12,73 11,61 1,00 7
8 SEGMENTO PRIMÁRIO 8 RAMO AGRÍCOLA E PREÇOS EM ALTA SUSTENTAM ELEVAÇÃO DO SEGMENTO PRIMÁRIO O segmento primário do agronegócio cresceu 0,23% em novembro, acumulando alta de 6,57% de janeiro a novembro de Entre os ramos, o segmento primário da agricultura acumulou crescimento de 10,32% no mesmo período (Figura 2). O resultado positivo veio do aumento registrado nos preços reais médios da agricultura, de 17,16%, embora haja expectativa de redução na produção anual média (-4,04%) entre as atividades agrícolas acompanhadas. O comportamento das culturas agrícolas com base nas estimativas anuais de safra e na relação entre os preços de janeiro a novembro de 2016 em comparação com o mesmo período de 2015 é apresentado na Figura 4. Com base nas informações publicadas até o fechamento deste relatório, as lavouras que apresentaram crescimento no faturamento anual são: banana (49,18%), batata (19,84%), café (18,66%), cana-de-açúcar (17,05%), feijão (18,42%), laranja (40,16%), mandioca (112,53%), milho (20,70%), soja (3,21%) e trigo (29,87%). Para o café, o aumento na renda esperada de 18,66% para o ano é reflexo do aumento da produção (18,81%), visto que os preços reais recuaram 0,13% no período acompanhado. Conforme já destacado em relatórios anteriores, o aumento da produção cafeeira em 2016, segundo a Conab, deve-se ao crescimento em áreas e produtividade nas lavouras. A Companhia destaca que houve a agregação de áreas que estavam em formação e a renovação decorrente de podas. Além disso, a produtividade foi influenciada positivamente pelo clima favorável e pelo ciclo de bienalidade positiva na maioria dos estados e principais regiões produtoras de arábica. Vale destacar que a produção brasileira de café robusta apresentou significativa queda no período analisado, em decorrência da seca em importantes estados produtores da variedade, como Espirito Santo, Rondônia e Bahia. Para a cana-de-açúcar, a variação positiva no faturamento anual é reflexo da elevação nas cotações reais (12,17%) e do aumento de 4,35% esperado para a produção no ano. De acordo com a Conab, o clima favoreceu o desenvolvimento da cana durante o período, já que elevou a umidade do solo em São Paulo, Paraná e regiões do Nordeste. No caso da laranja, o aumento das cotações reais (46,85%) sustentou o resultado
9 positivo do faturamento anual esperado para a cultura, embora a projeção da produção tenha registrado queda, de 4,56%. Segundo a equipe Hortifruti/Cepea, a baixa oferta do produto e a elevada demanda continuaram impulsionando os preços da laranja em novembro, que atingiram patamar recorde nominal da série do Cepea, iniciada em Para a soja, o aumento no faturamento anual é reflexo da alta registrada nos preços (4,07%), dado que a expectativa para a quantidade produzida recuou 0,82% para o ano de De acordo com a equipe Grãos/Cepea, os preços da oleaginosa voltaram a subir em novembro em decorrência da desvalorização do Real frente ao dólar e da firme demanda norte-americana pelo grão. Quanto ao milho, o aumento dos preços (53,52%), já descontada a inflação, no acumulado de janeiro a novembro de 2016 em comparação com 2015, foi responsável por sustentar a variação positiva no faturamento anual esperado, dado que a quantidade produzida recuou 21,38%. Segundo a equipe Grãos/Cepea, apesar da expressiva alta de preços no acumulado de 2016, os preços caíram em novembro pelo quarto mês consecutivo, pressionados pela redução das exportações e pelo recuo dos compradores domésticos, que procuraram fazer uso de estoques, à espera de queda maior no preço. No caso da mandioca, o faturamento esperado para o ano foi garantido pela forte elevação de preços (106,74%), no acumulado de janeiro a novembro de 2016 frente ao mesmo período de 2015, e pelo aumento da expectativa de produção anual (2,80%). De acordo com pesquisadores da equipe Mandioca/Cepea, em novembro, a falta de chuvas dificultou o avanço da colheita em todas as regiões acompanhadas, ao mesmo tempo em que a expectativa de alta de preços fez com que produtores postergassem a comercialização. Com a oferta restrita, as cotações fecharam em alta no período. Os produtos com projeção de queda no faturamento anual, considerando-se informações disponíveis até o fechamento deste relatório, são: algodão (8,37%), arroz (4,15%), cacau (12,86%), cebola (13,20%), fumo (22,49%), tomate (41,41%) e uva (23,97%) Figura 4. No caso do algodão, a redução no faturamento deve-se à queda de 17,54% na produção prevista para 2016, já que os preços reais aumentaram 11,12% na comparação entre períodos. Segundo a Conab, a queda na produção está relacionada à menor produtividade, ao clima desfavorável à cultura e à redução da área semeada, conforme destacado em relatórios anteriores. Para o arroz, a queda no faturamento esperado anual atrela-se à queda na quantidade produzida, estimada em 14,80%, apesar de os preços terem aumentado 12,50% na comparação entre janeiro e novembro de 2016/2015. De acordo com a Conab, o excesso de chuvas atrasou o plantio, prejudicando a produção e a produtividade do arroz no Rio Grande do Sul, conforme já destacado em relatórios anteriores. Com relação ao tomate, a queda nos preços reais (-34,36%), na comparação entre janeiro e novembro de 2016 frente ao mesmo período de 2015, foi decisiva para que a variação no faturamento projetada para o ano fosse negativa. Além disso, a redução na quantidade produzida esperada é estimada em (-10,74%). De acordo com a equipe Hortifrúti/Cepea, o clima frio e chuvoso prejudicou a produção de tomate. Além disso, a queda nos preços é reflexo do elevado patamar registrado em 2015, conforme destacado em relatórios anteriores. Na Figura 4, são apresentadas as variações de volume estimadas para o ano, de preços reais (na comparação de janeiro a novembro de 2016 comparado ao mesmo período de 2015) e de faturamento real das atividades primárias da agricultura. 9
10 AGRICULTURA: Variação anual do volume, dos preços e do faturamento janeiro a outubro / 2015 (%) Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do IBGE, Conab, IEA/SP, FGV, Cepea, Seagri/BA, UDOP) Valor Preço Quantidade 11,12 10 ALGODÃO -8,37-17,54 ARROZ -4,15 12,50-14,80 BANANA 49,18 46,66 1,72 BATATA 19,84 17,78 1,75 10,84 CACAU -12,86-21,38 CAFÉ 18,66 18,81-0,13
11 AGRICULTURA: Variação anual do volume, dos preços e do faturamento janeiro a novembro / 2015 (%) Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do IBGE, Conab, IEA/SP, FGV, Cepea, Seagri/BA, UDOP) Valor Preço Quantidade PIB do Agronegócio Brasil NOVEMBRO/2016 CANA 17,05 12,17 4,35 CEBOLA -13,20-19,75 8,16 FEIJÃO 18,42 51,15-21,66 FUMO -22,49-0,41-22,17 LARANJA 40,16 46,85-4,56 MANDIOCA 112,53 106,74 2,80 53,52 MILHO 20, ,38
12 AGRICULTURA: Variação anual do volume, dos preços e do faturamento janeiro a outubro / 2015 (%) Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do IBGE, Conab, IEA/SP, FGV, Cepea, Seagri/BA, UDOP) Valor Preço Quantidade PIB do Agronegócio Brasil NOVEMBRO/2016 SOJA 3,21 4, ,82 TOMATE -10,74-34,36-41,41 TRIGO 29,87 6,86 21,53 UVA -23,97 15,34-34,08
13 No segmento primário da pecuária, houve queda de 0,06% em novembro, mas ainda acumulando elevação de 2,08% de janeiro a novembro de Os resultados estão atrelados à redução esperada na produção anual média das atividades acompanhadas, embora os preços médios reais das atividades tenham aumentado. Para o preço médio ponderado, estima-se elevação de 2,86% no ano, enquanto que, para a produção, a expectativa é de redução, de 0,44%. Para a bovinocultura de corte, a queda esperada no faturamento anual é reflexo da redução na produção esperada, estimada em 2,05%, e do recuo nos preços reais (-4,57%), considerando-se neste caso o acumulado de janeiro a novembro de 2016 com relação a Segundo a equipe Boi/Cepea, os preços registraram pequenas variações ao longo de novembro. Apesar de oferta reduzida de animais, os preços se mantiveram estáveis, dado que a demanda interna ficou desaquecida. Na avicultura de corte, o aumento dos preços reais, de 1,41% no acumulado de janeiro a novembro de 2016 frente ao mesmo período de 2015, e a projeção de aumento na produção (2,36%) resultaram em variação positiva (3,80%) no faturamento anual. Para a avicultura de postura, o destaque foi o aumento de 16,7% no preço na comparação entre períodos. Para a produção, espera-se crescimento de 5,36% em relação a Segundo a equipe Ovos/Cepea, os preços foram impulsionados pela elevação dos custos e pelo aumento da demanda, efeito da crise econômica que resultou em maior substituição das carnes pelo ovo, conforme já destacado em relatórios anteriores. Com relação à suinocultura, a queda no faturamento anual esperado ocorre devido à retração observada nos preços reais (-7,78%), na comparação entre janeiro e novembro de 2016/15, visto que a produção aumentou 7,03% na projeção anual. De acordo com a equipe de Suínos/ Cepea, apesar da baixa acumulada no ano, os preços em novembro voltaram a reagir após três meses em estabilidade, influenciados pelo aquecimento da demanda interna. Na Figura 5, estão as variações dos preços reais, dos volumes produzidos e do faturamento das atividades da pecuária em 2016, no comparativo com
14 PECUÁRIA: Variação anual do volume, dos preços e do faturamento janeiro a novembro 2016 / 2015 (%) Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do Cepea e do IBGE) VALOR PREÇO QUALIDADE 14 BOI GORDO -6,52-4,57-2,05 3,80 FRANGO 1,41 2,36 20,04 LEITE 14,18-4,88 22,96 16,70 OVOS 5,36 7,03 SUÍNOS -1,30-7,78
15 SEGMENTO PIB do Agronegócio Brasil NOVEMBRO/2016 INDUSTRIAL INDÚSTRIA PECUÁRIA RECUA EM NOVEMBRO A agroindústria nacional recuou 0,11% em novembro, mas segue acumulando alta de 2,58% de janeiro a novembro de 2016 frente ao mesmo período de 2015 (Figuras 1 e 2). Esse cenário observado em novembro é reflexo da variação negativa nas atividades de processamento animal (-0,98%), já que o processamento vegetal registrou elevação de 0,02%. Para o acumulado de 2016, ambos os ramos apresentam crescimento no segmento, de 2,94% para agrícola e de 0,25% o pecuário. Na indústria de base agrícola, assim como observado para o segmento primário deste ramo, o resultado positivo decorre da alta de preços elevação real média de 6,66%, visto que houve redução de 3,17% na média ponderada da produção. No acumulado de janeiro a novembro de 2016, as indústrias que apresentaram aumento no faturamento foram: celulose e papel (1,50%), elementos químicos (etanol) (3,76%), café (7,39%), açúcar (50,23%), óleos vegetais (3,91%) e outros alimentos (5,29%) ver Tabela 2. Para a agroindústria de celulose e papel, a receita anual esperada foi sustentada pela maior produção (2,35%), já que os preços se reduziram (-0,57%) no acumulado de janeiro a novembro de 2016 frente ao mesmo período de Quanto aos preços, observou-se uma desaceleração no decorrer do ano, resultando em variação negativa em novembro. De acordo com a equipe de Economia Florestal/ Cepea, a queda nos preços da celulose durante o ano no mercado interno impactou significativamente na renda desta indústria, conforme destacado em relatórios anteriores. No mercado de etanol, estimou-se uma queda na quantidade produzida para o ano, de 8,53%. Segundo a Conab, o aumento da produção de açúcar diminuiu o volume de cana destinada à produção de etanol, dado o elevado preço do adoçante no mercado internacional. Os preços registraram crescimento de 13,82% em termos reais na comparação entre janeiro e novembro de 2016 com mesmo período de Com relação a preços a equipe Etanol/Cepea destaca que o mercado registrou baixa liquidez em novembro. Do lado das usinas, muitas unidades do Centro-Sul do País já finalizaram a moagem de cana-de-açúcar da safra 2016/17. Entre as usinas ativas, algumas cederam a valores menores em meados do mês, por conta da necessidade de fazer caixa para arcar com despesas de final de safra. Na indústria açucareira, o aumento da receita anual é reflexo da elevação dos preços reais (31,12%) e da expectativa de aumento na produção anual (18,89%). Segundo a equipe Açúcar/Cepea, embora tenha se observado aumento dos preços na comparação entre períodos, especificamente no mês de novembro, os valores recuaram, pressionados pela demanda interna, que se manteve mais restrita, e pela queda nas cotações externas. Para as demais indústrias de base agrícola, houve retração acumulada no período: madeira e mobiliário (-10,75%), têxtil (-5,05%), vestuário (-10,61%) e beneficiamento de produtos vegetais (-1,97%) ver Tabela 2. O desempenho negativo nessas indústrias atrela-se, principalmente, a quedas na produção anual estimada, decorrentes da diminuição da demanda interna, devido à crise econômica do País. Na Figura 6, são apresentadas as variações de volume, preços reais e de faturamento das principais agroindústrias de janeiro a novembro de 2016, com relação ao mesmo período de
16 AGROINDÚSTRIAS: Variação anual do volume, preços e faturamento janeiro a novembro 2016 / 2015 (%) Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do IBGE, FGV, Conab, Abic, MDIC, Abiove e Cepea) PIB do Agronegócio Brasil NOVEMBRO/2016 Valor Preço Quantidade 16 MADEIRA MOBILIÁRIO -11,67-3,94-8,09 CELULOSE, PAPEL, GRÁFICA 1,63-0,57 2,35 13,82 ELEM. QUÍMICOS (ETANOL) 4,11-8,53 1,29 TÊXTIL -5,49-6,70 VESTUÁRIO -11,51-3,51-8,30 CAFÉ 8,09 4,13 3,80
17 AGROINDÚSTRIAS: Variação anual do volume, preços e faturamento janeiro a novembro 2016 / 2015 (%) Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do IBGE, FGV, Conab, Abic, MDIC, Abiove e Cepea) Valor Preço Quantidade PIB do Agronegócio Brasil NOVEMBRO/2016 BENEF. PROD. VEGETAIS -2,14 3,37-5,31 55,89 AÇÚCAR 31,12 18,89 8,43 ÓLEOS VEGETAIS 4,27-3,85 OUTROS ALIM. 5,78 5,93-0,29 CALÇADOS -5,07 3,37 1,72 17 ABATE ANIMAIS -2,92-2,77-0,20 LATICÍNIOS 8,57 13,68-4,50
18 18 No caso do segmento industrial da pecuária, a indústria de laticínios foi a única a apresentar crescimento no período (7,83%). Já as indústrias de abate de animais e de calçados apresentaram quedas, de 2,68% e de 4,66%, respectivamente ver Tabela 2. Para a indústria de laticínios, a variação positiva no faturamento anual esperada foi impulsionada pelo aumento dos preços verificados na indústria, de 13,68% na comparação entre os 11 primeiros meses de 2016 com relação ao mesmo período de 2015, dado que a produção recuou 4,50% no ano. De acordo com a equipe Leite/Cepea, o alto patamar de preços, relacionado à valorização da matéria- -prima ao longo do ano, tem enfraquecido a demanda, fato que tem elevado os estoques e pressionado as cotações dos derivados. Na indústria do abate, a variação negativa no faturamento anual é reflexo de menores preços (-2,76%) na comparação entre janeiro e novembro de 2016 frente ao mesmo período de 2015, e de queda na produção esperada para o ano, estimada em -0,19%. Com uma economia em recessão, consumidores PIB do Agronegócio Brasil NOVEMBRO/2016 brasileiros têm buscado alternativas no consumo de proteína (ovos e frango), o que tem resultado em queda nas vendas e pressionado as cotações do setor ao longo do ano. Segundo a equipe Boi/Cepea, embora a oferta de animais tenha se mantido reduzida durante o mês, a demanda interna esteve desaquecida, impedindo aumento nos preços em novembro. As exportações brasileiras atingiram o menor volume de 2016, com redução de carne bovina in natura de 9% entre outubro e novembro. No acumulado de janeiro a novembro, os embarques somaram 990,4 mil toneladas, 1,5% acima do mesmo período de Para a indústria de couro e calçados, a redução da receita é reflexo da queda esperada na produção anual (-1,72%) e da baixa nos preços (-3,37%), já descontada a inflação, entre janeiro e novembro de 2016 frente ao mesmo período de O atual cenário econômico brasileiro e a redução da demanda interna têm gerado reduções no faturamento desta indústria, conforme destacado em relatórios anteriores. SEGMENTO DE AGROSSERVIÇOS O segmento de serviços do agronegócio, que compreende todos os serviços de comercialização e distribuição dos produtos agropecuários/agroindustriais, registrou crescimento de 0,03% em novembro, acumulando alta de 4,26% de janeiro a novembro de No mês, o movimento está atrelado ao crescimento do ramo agrícola, que apresentou uma elevação de 0,26%, e do ramo pecuário, com queda de -0,50% no mês, resultando num acumulado do ano positivo em 0,93%. Para os serviços referentes à agricultura, a alta registrada no acumulado do ano foi de 5,80%.
19 PIB do Agronegócio Brasil NOVEMBRO/2016 CONCLUSÕES D e janeiro a novembro de 2016, o PIB do agronegócio brasileiro acumulou alta de 4,39%. O ramo agrícola seguiu em alta, com elevação de 0,18% em novembro, enquanto o pecuário recuou 0,25%, dados que resultaram em pequena variação positiva de 0,05% no agronegócio no mês. A valorização real acumulada de preços, especialmente para os segmentos primários, segue contribuindo para a manutenção do desempenho positivo no acumulado, uma vez que, em volume, o cenário segue em baixa para atividades importantes. No segmento de insumos, o destaque positivo tem sido a indústria de rações, impulsionada principalmente pelos maiores preços, devido à elevação das cotações do milho e farelo de soja. Em contrapartida, verificam-se quedas em fertilizantes e combustíveis e lubrificantes, tanto de preços quanto de quantidades. No primário agrícola, destacam-se as elevações reais de preços da mandioca, milho e feijão, que acumularam crescimento acima dos 50% de janeiro a novembro de 2016 com relação a Já com relação ao volume de produção, café e trigo apresentam as elevações mais significativas. No segmento primário da pecuária, enquanto a avicultura segue positiva, a bovinocultura de corte tem pressionado o desempenho do segmento. Tal fato reflete, em certa medida, a substituição do consumo de proteínas mais caras pelas de menor valor. A atividade industrial apresentou resultado negativo em novembro, mas ain- da mantendo valor positivo no acumulado de Tal resultado foi puxado pelo processamento de origem animal, que, apesar de ter apresentado recuo na projeção do mês, ainda registra resultado positivo no acumulado do ano, sustentado principalmente pela alta de preços da indústria de laticínios. Processamento vegetal permaneceu quase estável na projeção de novembro (pequena elevação de 0,02%), influenciada pelo destaque positivo da atividade sucroenergética, que vem beneficiando-se das altas cotações do açúcar no mercado global. Com relação ao ambiente macroeconômico brasileiro, a conjuntura de 2016 confirmou-se desfavorável e 2017 ainda segue no campo da incerteza, ainda que as projeções do mercado, até o momento, já deem sinais de recuperação. De acordo com o relatório Focus do Banco Central (de 13 de janeiro de 2016), prevê-se crescimento de 0,5% do PIB brasileiro em 2017, com IPCA próximo ao centro da meta de inflação, e taxa de câmbio a um patamar próximo ao atual. Tais projeções indicam melhora nas expectativas do mercado, mas ainda observam-se a resiliência da crise político-institucional brasileira e a incerta eficácia das reformas apresentadas pelo governo até o momento, que, aliados à elevação sistemática da taxa de desemprego e à queda de renda da população, ainda não permitem a configuração de perspectivas otimistas. 19
20 Tabela 1 - Variação do PIB do agronegócio nacional (%) AGROPECUÁRIA /2015 Insumos Primário (A) Indústria Serviços Agronegócio Global (B) Novembro 0,48 0,46 0,74 0,60 0,58 Dezembro 0,42 0,65 0,12 0,17 0,33 Janeiro 0,28 0,51 0,36 0,31 0,38 Fevereiro 0,43 0,64 0,89 0,80 0,73 Março -0,04 0,11 0,50 0,20 0,23 Abril 0,17 0,30 0,28 0,33 0,29 Maio 0,23 0,37 0,18 0,27 0,27 Junho 0,85 1,21 0,21 0,56 0,69 Julho 0,41 0,60-0,70 0,11 0,07 Agosto 0,64 1,07 0,49 0,77 0,77 Setembro 0,29 0,58 0,51 0,58 0,53 Outubro 0,13 0,74-0,04 0,24 0,31 Novembro 0,01 0,23-0,11 0,03 0,05 Acum. no Período (2016) 3,43 6,57 2,58 4,26 4,39 Obs.: (A) Envolve as atividades primárias: dentro da porteira ; (B) Engloba os quatro segmentos: insumos, primário, indústria e Serviços. AGRICULTURA 2016/2015 Insumos Primário (A) Indústria Serviços Agronegócio Global (B) Novembro 0,88 1,00 0,84 0,89 0,90 Dezembro 0,69 1,12 0,15 0,22 0,46 Janeiro 0,61 1,20 0,44 0,57 0,68 Fevereiro 0,50 0,92 1,02 1,08 0,96 Março -0,10 0,29 0,58 0,34 0,37 Abril -0,01 0,39 0,35 0,48 0,36 Maio 0,27 0,71 0,18 0,37 0,37 Junho 1,05 1,90 0,21 0,69 0,85 Julho 0,28 0,95-0,89 0,02-0,04 Agosto 0,25 1,06 0,49 0,77 0,69 Setembro 0,02 0,80 0,54 0,74 0,62 Outubro 0,28 1,20-0,03 0,34 0,42 Novembro -0,17 0,46 0,02 0,26 0,18 Acum. no Período (2016) 3,03 10,32 2,94 5,80 5,60 Obs.: (A) Envolve as atividades primárias: dentro da porteira ; (B) Engloba os quatro segmentos: insumos, primário, indústria e Serviços.
21 PECUÁRIA 2016/2015 Insumos Primário (A) Indústria Serviços Agronegócio Global (B) Novembro -0,06-0,17 0,08-0,02-0,08 Dezembro 0,03 0,09-0,07 0,04 0,05 Janeiro -0,19-0,30-0,20-0,25-0,26 Fevereiro 0,32 0,32 0,03 0,18 0,24 Março 0,04-0,10-0,07-0,10-0,08 Abril 0,42 0,20-0,18 0,00 0,13 Maio 0,18-0,04 0,19 0,04 0,05 Junho 0,56 0,36 0,21 0,26 0,34 Julho 0,59 0,16 0,53 0,30 0,31 Agosto 1,18 1,08 0,50 0,75 0,93 Setembro 0,65 0,30 0,32 0,23 0,34 Outubro -0,08 0,16-0,07 0,02 0,06 Novembro 0,26-0,06-0,98-0,50-0,25 Acum. no Período (2016) 3,98 2,08 0,25 0,93 1,82 Obs.: (A) Envolve as atividades primárias: dentro da porteira ; (B) Engloba os quatro segmentos: insumos, primário, indústria e Serviços. Fonte: CEPEA-USP e CNA Tabela 2 - Variações Mensais e Acumulada no ano (%) da Agroindústria 2016 INDÚSTRIA 2016/2015 Madeira e Mobiliário Celulose, Papel e Gráfica Elementos Químicos Têxtil Vestuário Café Novembro -1,90 0,44 2,45-2,47-1,69 0,28 Dezembro -2,20 0,73 2,03-1,81-2,70 0,31 Janeiro -1,19 0,61 1,67-1,37-1,40 0,06 Fevereiro -1,15 0,84 1,61-1,44-1,22-0,11 Março -1,49 0,65 2,46-1,73-1,30 0,13 Abril -1,49 0,33 0,28-1,63-1,13 0,21 Maio -1,74 0,43 0,23-1,21-1,29 0,27 Junho -1,83-0,10 0,77-1,14-1,78 0,36 Julho -1,36-0,43-3,99-0,48-1,30 0,50 Agosto -0,80-0,51 0,68 0,31-1,49 0,61 Setembro -0,72-0,45 0,74 0,99-0,43 0,40 Outubro -0,02-0,13 0,15 1,10-0,41 2,48 Novembro 0,50 0,25-0,77 1,50 0,61 2,29 Acum. no Período (2016) -10,75 1,50 3,76-5,05-10,61 7,39 21
22 INDÚSTRIA /2015 Beneficiamento de Produtos Vegetais Açúcar Óleos Vegetais Outros Alimentos Calçados Abate de Animais Laticínios Novembro 2,01 0,75 0,99 0,45-1,31 0,30 0,02 Dezembro -2,01 1,39 1,03-0,19-1,79 0,11 0,02 Janeiro -0,71 3,12 1,66-0,01-0,89-0,22 0,05 Fevereiro 3,64 2,88 1,49 0,22-0,66-0,04 0,36 Março -1,19 2,00 0,51 0,23-0,89-0,24 0,49 Abril 1,63 2,35 0,75 0,38-0,73-0,42 0,47 Maio -0,34 2,64 1,06 0,55-0,82-0,10 1,05 Junho -1,05 3,46 0,98 0,63-0,74-0,11 1,10 Julho -1,14 7,76 0,47 1,07-1,12 0,16 1,68 Agosto 0,52 4,29-0,51 0,93 0,31-0,01 1,56 Setembro 0,66 4,43-0,13 0,76-0,01-0,42 1,84 Outubro -2,42 4,64-2,01 0,17 0,53-0,36 0,33 Novembro -1,44 4,01-0,38 0,25 0,29-0,96-1,33 Acum. no Período (2016) -1,97 50,23 3,91 5,29-4,66-2,68 7,83 Fonte: CEPEA-USP e CNA Tabela 3 - PIB do agronegócio brasileiro de 1994 a 2016 (R$ bilhões de 2016*) AGROPECUÁRIA INSUMO BÁSICO INDÚSTRIA SERVIÇOS TOTAL ,47 216,09 303,11 302,90 902, ,99 221,47 325,21 304,28 928, ,83 213,03 310,92 311,09 913, ,76 210,00 312,68 305,36 905, ,38 223,10 296,21 309,36 911, ,51 222,84 304,23 311,25 927, ,22 220,93 307,34 308,24 928, ,95 231,09 305,02 312,91 944, ,00 258,59 322,77 336, , ,74 289,17 332,02 350, , ,46 286,67 348,79 362, , ,71 258,72 349,25 350, , ,69 253,20 359,08 353, , ,93 284,05 374,71 378, , ,00 325,73 384,59 398, , ,09 301,01 369,61 381, , ,31 333,88 394,15 406, , ,23 373,31 388,73 421, , ,74 362,71 373,64 409, , ,86 395,16 386,05 425, , ,72 411,99 384,04 429, , ,42 420,85 386,79 433, , ,16 448,48 396,79 451, ,97
23 AGRICULTURA INSUMO BÁSICO INDÚSTRIA SERVIÇOS TOTAL ,54 126,32 256,31 216,91 651, ,11 126,36 273,34 213,96 662, ,92 125,66 258,64 221,69 656, ,76 125,41 262,98 218,98 658, ,35 131,98 248,58 218,46 652, ,11 125,16 255,85 216,05 653, ,53 116,23 258,40 209,72 639, ,73 126,15 254,90 212,30 652, ,40 148,76 271,81 232,55 721, ,77 172,50 281,58 243,87 776, ,55 169,51 296,79 253,36 799, ,57 143,30 298,32 243,84 753, ,73 142,92 310,57 252,62 772, ,99 160,44 322,42 266,42 825, ,53 187,57 329,79 276,83 886, ,68 170,29 320,56 269,34 839, ,31 191,07 343,26 288,54 906, ,20 216,96 337,22 297,61 945, ,93 216,56 326,00 293,85 930, ,42 222,24 335,23 297,04 948, ,83 222,94 332,02 293,25 942, ,39 229,04 335,78 296,42 958, ,34 252,68 345,65 313, ,28 PECUÁRIA INSUMO BÁSICO INDÚSTRIA SERVIÇOS TOTAL ,93 89,77 46,79 85,99 251, ,89 95,11 51,86 90,31 266, ,92 87,37 52,28 89,39 256, ,00 84,59 49,70 86,38 247, ,03 91,11 47,63 90,89 258, ,40 97,68 48,38 95,20 274, ,69 104,70 48,94 98,53 288, ,22 104,94 50,12 100,61 292, ,60 109,83 50,96 104,28 306, ,97 116,67 50,44 106,59 318, ,91 117,16 52,01 109,08 324, ,14 115,42 50,93 106,53 318, ,96 110,28 48,50 101,30 303, ,95 123,61 52,29 111,69 335, ,47 138,15 54,80 121,18 367, ,40 130,72 49,05 111,71 341, ,01 142,80 50,89 117,96 364, ,03 156,35 51,50 123,84 391, ,81 146,15 47,64 115,20 367, ,44 172,92 50,82 128,35 416, ,89 189,05 52,02 136,24 446, ,03 191,81 51,01 136,65 449, ,82 195,80 51,14 137,92 457,69 23 Fonte: CEPEA-USP e CNA. *Tomando-se como base a taxa de crescimento acumulada em 2016
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