Produção de feijão-caupi e gergelim consorciado com mamoneira no Semiárido paraibano

Transcrição

1 Revist Verde de Agroecologi e Desenvolvimento Sustentável V.12, Nº 1, p. 1-6, 217 Poml, PB, Grupo Verde de Agroecologi e Aelhs DOI: ARTIGO CIENTÍFICO Produção de feijão-cupi e gergelim consorcido com mmoneir no Semiárido prino Production of cowpe nd sesme intercropped with cstor en in semirid region of Pri Guilherme de Freits Furtdo 1, Anielson dos Sntos Souz 2, Rodolfo Rodrigo de Almeid Lcerd 3, Lúci Helen Gróflo Chves 4, José Rimundo de Sous Júnior 5, Jônts Rulino Mrques de Sous 6 Resumo: Ojetivou-se vlir os componentes de produção do feijão-cupi e gergelim, consorcido com mmoneir no semiárido prino. O experimento foi desenvolvido no período de mrço novemro de 211 em condições de cmpo em Poml, Prí. Relizou-se so delinemento experimentl em locos o cso com três sistems de cultivo em dois ensios experimentis: feijão-cupi (cv. BRS Nover) e gergelim (cv. BRS Sed) em monocultivo, consórcio com mmon cv. IAC 228 e consórcio com mmon cv. BRS Nordestin, com 4 repetições, totlizndo 12 prcels experimentis em cd ensio. O consórcio com mmoneir reduz os componentes de produção e produtividde do feijão-cupi e gergelim, sendo cv. BRS Nordestin mis competitiv. Considerndo s vriáveis estudds, melhor opção pr cultivo consorcido do feijão-cupi ou gergelim n região é cv. IAC 228. Plvrs-chve: Ricinus communis L., Sesmum indicum L., sistem de cultivo, Vign unguicult (L.) wlp. Astrct: The ojective ws to evlute yield components of cowpe nd sesme grown s secondry crops, intercropping with cstor en in the semirid region of Pri. The experiment ws crried out from Mrch to Novemer 211 under field conditions in Poml, Prí stte. Three experimentl systems were used in rndomized lock design in two experimentl trils: cowpe (cv. BRS Nover) nd sesme (cv. BRS Sed) in monoculture, intercropping with cstor en cv. IAC 228 nd intercropping with cstor en cv. BRS Nordestin, with 4 replictes, totling 12 experimentl plot in ech tril. The intercrop with cstor en reduces yield components nd yield of cowpe nd sesme, with n cv. BRS Nordestin more competitive. Considering the vriles studied, the est option for intercropping cowpe or sesme in the region is the cv. IAC 228. Key words: cropping system, Ricinus communis L., Sesmum indicum L., Vign unguicult (L.) wlp. *Autor pr correspondênci Receido pr pulicção em 15/1/217; provdo em 3/3/217 1 Eng. Agro. doutorndo do progrm de pós-grdução em Engenhri Agrícol, UAEA/UFCG, Cmpin Grnde-PB, gfreitsgro@gmil.com. 2 Eng. Agro. Dr. Sc., Professor Adjunto d Unidde Acdêmic de Ciêncis Agráris CCTA/UFCG Universidde Federl de Cmpin Grnde, Poml- PB. E-mil: nielson@cct.ufcg.edu.r 3 Eng. Agro. doutorndo do progrm de pós-grdução em Agronomi /fitotecni, PGFITO/UFERSA, Mossoró-RN, rodolfo-lcerd@hotmil.com 4 Eng(). Agro. Dr. Sc., Professor titulr d Universidde Federl de Cmpin Grnde, UAEA/UFCG, lhgroflo@hotmil.com 5 Eng. Agro. Mestre em Engenhri Agrícol, UAEA/UFCG, Cmpin Grnde-PB, jrssjunior@gmil.com. 6 Eng. Agro. doutorndo do progrm de pós-grdução em Engenhri Agrícol, UAEA/UFCG, Cmpin Grnde-PB, jontsrulyno@gmil.com. Revist Verde - ISSN (Poml - PB) v. 12, n.1, p.1-6, jn.-mr, 217

2 Precipitção (mm) Guilherme de Freits Furtdo et l. INTRODUÇÃO O consórcio de culturs é um ds prátics mis comuns utilizds nos sistems grícols sustentáveis, que tem um ppel importnte no umento d produtividde e d estilidde do rendimento, fim de otimizr utilizção dos recursos e dos ftores mientis (ALIZADEH et l., 29). Ess prátic consiste sicmente n explorção simultâne de dus ou mis culturs n mesm áre de plntio, ocorrendo intensificção d explorção grícol no tempo e no espço. Segundo Lithourgidis et l. (211), os sistems consorcidos proporcionm vntgens em relção o monocultivo por umentr o rendimento ds culturs em virtude d utilizção mis eficiente os recursos disponíveis. O feijão-cupi (Vign unguicult (L.) wlp.) é um leguminos de elevdo vlor socioeconômico pr o Brsil, como suprimento limentr, n fixção de mão de or no cmpo e como componente d produção grícol (BEZERRA et l., 28; ROCHA et l., 29). N Prí, o feijão é cultivdo em quse tods s microrregiões, totlizndo um áre de 174,2 mil hectres, produção de 37,8 mil tonelds e ocupndo o quinto lugr em áre plntd no Nordeste (IBGE, 211). É mplmente cultivdo por pequenos gricultores em sistem de consórcio com outrs culturs, como, milho, mndioc e, mis recentemente, com mmon. Nesse sentido, o consórcio dess leguminos tornse um lterntiv viável pr produção em pequens proprieddes, notdmente no semiárido prino. O gergelim (Sesmum indicum L) é um oleginos muito cultivd no mundo por possuir óleo de qulidde superior às demis oleginoss comumente usds pr limentção humn (LAYANEZ-GARSABALL; MÉNDEZ- NATERA, 26). Segundo ddos d FAO (212) produção mundil estimd foi de 4,16 milhões de tonelds, otids em 8,5 milhões de hectres, com produtividde de 517,5 kg h -1, sendo Chin, Índi e Mynmr responsáveis por 43,93% d produção mundil. O Brsil é um pequeno produtor, com 6 mil tonelds produzids em 1 mil hectres e rendimento de 6 kg h -1. É stnte produtivo em regiões com precipitções entre 4 65 mm, sendo muito tolernte curtos períodos de estigem o que torn um cultur em potencil pr o semiárido rsileiro (FERREIRA; BELTRÃO, 213). A mmoneir (Ricinus communis L.) é um plnt rústic, que consegue lcnçr elevd produção de iomss em lugres de ix precipitção pluvil (COSCIONE; BERTON, 29). O cultivo convencionl, entretnto, expõe o miente de cultivo prolems de erosão e de interferênci de plnts dninhs pel menor tx de coertur vegetl otid. Prolems dess nturez podem ser minimizdos com o cultivo interclr de outrs espécies. Conforme Azevedo et l. (27), o consórcio entre culturs de háitos de crescimento diferentes tem sido muito utilizdo em regiões tropicis como estrtégi pr mitigr os efeitos d irregulridde climátic. Algums pesquiss têm evidencido vntgens do sistem consorcido entre mmoneir e outrs culturs, quis sejm: mmon + feijão-cupi, milho ou sorgo (AZEVEDO et l., 27); mmon + gergelim (BELTRÃO et l., 21); mmon + mendoim (BELTRÃO et l., 21; DUTRA et l., 215); mmon + gergelim ou milho (PINTO et l., 211); mmon + feijão-cupi ou milho (OLIVEIRA FILHO, et l., 216). N litertur s informções disponíveis sore sistems consorcidos com mmoneir não refletem o desempenho produtivo ds culturs em consórcio. Nesse sentido, vlição desses mteriis, soressi em importânci, especilmente pr melhor inferir-se sore o seu potencil de produtividde, qundo se usc mximizr eficiênci de ms s culturs. Dinte do exposto, ojetivou-se vlir os componentes de produção do feijão-cupi e gergelim, cultivdos como culturs secundáris, consorcido com mmoneir em condições de semiárido nordestino. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi conduzido em condições de cmpo, n Comunidde Monte Alegre, loclizdo no município de Poml, Prí, situdo 6 46 de ltitude sul e de longitude oeste, com ltitude de 184 m (BELTRÃO et l., 25) no período de mrço novemro de 211. O clim, segundo clssificção de Köppen, é Aw, ou sej, quente e úmido com chuvs de verão/outono, precipitções pluviis nuis em torno de 8 mm e mplitude térmic inferior 5º C (PEEL et l., 27). No período experimentl precipitção pluvil foi de 563 mm (Figur 1), com distriuição irregulr, concentrndo-se nos meses de mrço julho e de outuro novemro. Figur 1. Precipitção pluvil n áre experimentl durnte o no de 211, comunidde Monte Alegre. Poml, Prí Fonte: EMATER (211) MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV Meses O solo d áre foi clssificdo como Neossolo Flúvico. Previmente à semedur ds culturs foi relizd mostrgem do solo n profundidde de -3 cm pr fins de crcterizção físico-químic do solo e d áre de cultivo (EMBRAPA, 26). Relizrm-se mostrgens simples pr otenção de um mostr compost cujos resultdos form: ph (CC l2 ) = 6,17; P = 11 mg dm -3 ; K + =,23 cmolc dm -3 ; Al 3+ =, cmolc dm -3 ; C 2+ = 4,1 cmolc dm -3 ; Mg 2+ = 2,2 cmolc dm -3 ; N + =,5 cmolc dm -3 ; H + Al = 2,15 cmolc dm - 3 ; mtéri orgânic = 26 g kg -1 ; rei, silte e rgil corresponderm 755; 87 e 158 g kg -1, respectivmente. O delinemento experimentl utilizdo foi o de locos csulizdos, com três sistems de cultivo (monocultivo; consórcio com mmon cv. IAC 228 e consórcio com mmon cv. BRS Nordestin) e dus culturs, feijão-cupi (cv. BRS Nover) e gergelim (cv. BRS Sed), com qutro repetições, totlizndo 12 prcels experimentis em cd ensio com rus entre locos e prcels de 1, m. As prcels Revist Verde, v.12, n.1, p.1-6, 217

3 Mss de cem grãos (g) Produtividde (kg h -1 ) Comprimento de vgem (cm) Diâmetro de vgem (mm) Número de grãos por vgem Produção de feijão-cupi e gergelim consorcido com mmoneir no Semiárido prino consorcids form composts por dus fileirs de feijãocupi ou gergelim com 7 m de comprimento intercldo entre três fileirs de mmon espçds de 2, m, os quis form semedos 15 dis pós semedur d mmoneir. As prcels em monocultivo form constituíds de 3 fileirs de 7 m nos seguintes espçmentos: feijão-cupi -,5 x,5 m (4. plnts h -1 ) e gergelim -,5 x,1 m (2. plnts h -1 ). No consórcio populção de plnts pr o feijão-cupi e gergelim foi mesm pr o monocultivo e pr mmon foi de 5. plnts h -1 (2 x 1 m). O prepro do solo foi relizdo de form convencionl por meio de rção e grdgem um profundidde de 3 cm, cinco dis ntes d semedur. A mmon e o feijão-cupi form semedos em covs com 3 5 cm de profundidde, com 3 sementes por cov. O gergelim foi semedo em linh com 3 5 cm de profundidde, com 2 sementes m -1. A dução foi relizd em covs pr mmon e feijão-cupi e em linh pr o gergelim, sendo plicdos 6 kg h -1 de nitrogênio, 4 kg h -1 de fósforo e 4 kg h -1 de potássio, respectivmente, utilizndo-se como fontes urei, superfosfto simples e cloreto de potássio, conforme vlores indicdos pel UFC (1993). A dução de fundção foi relizd no momento d semedur plicndo-se todo o fósforo e potássio e 1/3 do nitrogênio recomenddo. O restnte do N foi prceldo em dus vezes e plicdo em coertur os 4 e 6 dis pós semedur (DAS). A colet dos ddos do feijão-cupi e gergelim form relizdos, respectivmente os 8 e 1 DAS (finl do ciclo), coletndo-se um áre de 1 m ds dus fileirs centris ns prcels em monocultivo e em consórcio. No feijão-cupi form vlidos os ddos de comprimento de vgem (mm); diâmetro de vgem (mm); número de grãos por vgem; mss de 1 grãos medinte metodologi propost por Brsil (29); e produtividde de grãos (kg h -1 ). No gergelim form vlidos os ddos de ltur de inserção do primeiro fruto (cm); número de frutos por plnt; e produtividde de grãos (kg h -1 ). Os ddos otidos form sumetidos à nálise d vriânci pelo teste F, e qundo verificd significânci dos trtmentos, relizou-se o teste de Tukey (p,5 e p,1), utilizndo-se do softwre esttístico SISVAR (FERREIRA, 211). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os miores vlores dos componentes de produção do feijão-cupi form otidos qundo se cultivou em sistem de monocultivo (Figur 2). No entnto, não houve diferenç significtiv no sistem consórcio com cv. IAC 228, provvelmente, porque este cultivr possui porte ixo, inferior do cv. BRS Nordestin, limitndo de form menos expressiv os recursos do meio. Segundo Portes (1996) competição por águ, nutrientes e luz fet o rendimento ds culturs consorcids, sendo luz um dos principis, senão o principl ftor limitnte e que constitui importnte empecilho à utilizção de consórcios. Cost et l. (21) citm que o sistem consorcido interfere negtivmente em tods s crcterístics gronômics do feijoeiro. Figur 2. Comprimento de vgens - cm (A), diâmetro de vgens - mm (B), número de grãos por vgem (C), mss de cem grãos - g (D) e produtividde de grãos (kg h -1 ) (E) do feijão-cupi cultivdo em diferentes sistems de cultivo A B C Monocultivo Cupi + IAC Cupi + BRS Sistems de Cultivo Monocultivo Cupi + IAC Cupi + BRS Sistems de Cultivo D Monocultivo Cupi + IAC Cupi + BRS Sistems de Cultivo E Monocultivo Cupi + IAC Cupi + BRS Monocultivo Cupi + IAC Cupi + BRS Sistems de Cultivo Sistems de Cultivo As letrs diferentes em cd colun indicm diferenç esttístic entre s médis do trtmento pelo teste de Tukey (p,5) Considerndo os sistems consorcidos, os menores vlores form otidos no consórcio com cv. BRS Nordestin hvendo um redução de 27,67% pr o comprimento de vgem (CV) (Figur 2A), 13,23% pr Revist Verde, v.12, n.1, p.1-6, 217

4 Altur de Inserção (cm) Número de frutos por plnt Produtividde (kg h -1 ) Guilherme de Freits Furtdo et l. diâmetro de vgem (DV) (Figur 2B), 45,34% pr o número de grãos por vgem (NGV) (Figur 2C), 16,72% pr mss de 1 grãos (Figur 2D) em relção o monocultivo. Estes resultdos possivelmente ocorrerm em virtude d competição interespecífic indicndo tmém que cv. BRS Nordestin é mis competitiv que cv. IAC 228. De cordo com Arújo et l. (214) competição interespecífic entre s culturs envolvids em um groecossistem consorcido, em gerl, reduz, em mior ou menor gru, o rendimento de cd um dels em cultivo isoldo. A mior produtividde de grãos foi otid no monocultivo do feijão-cupi (25 kg h -1 ) (Figur 2E), no entnto, esse vlor é muito ixo d médi Nordestin que foi de 584 kg h -1 (CONAB, 211). Sntos et l. (211) vlindo o comportmento de cultivres de feijão-cupi ns condições edfoclimátics do Brejo Prino otiverm produtividde médi de grãos secos com cultivr BRS Mrtoã de kg h -1. Esse resultdo pode estr relciondo à ix precipitção pluviométric ocorrid no período de condução do experimento (563 mm) (Figur 1). Com relção os sistems consorcidos, verific-se redução de produtividde de 42,6% e 48,3%, respectivmente pr o consórcio com cv. IAC 228 e BRS Nordestin. Tis resultdos corroorm com os otidos por Cost e Silv (28), que oservrm redução de rendimento do feijoeiro entre 5 e 8% qundo cultivdo em sistem consorcido. Bhtti et l. (213) verificrm reduções de rendimento do feijoeiro entre 13 e 38% qundo cultivdo em consórcio com gergelim. Aluquerque et l. (215) oservrm reduções de 52,82% n produtividde do feijão-cupi com mndioc. A ltur de inserção do primeiro fruto (AIF) não diferiu esttisticmente entre os sistems de cultivo, oservndo-se um vlor médio de 6,48 cm (Figur 3A), sendo este superior os vlores reportdos por Pereir et l. (22), os quis verificrm AIF de 52,8 cm. Em termos solutos oservse conforme os resultdos d Figur 3A mior competição entre o gergelim e cultivr BRS Nordestin, verificndo-se um redução de 11,82% e 8,5% d AIF, qundo se compr s plnts cultivds em sistem de monocultivo e consorcids com cv. IAC 228, respectivmente. O mior número de frutos por plnt (NFP) foi produzido qundo o gergelim foi cultivdo em monocultivo com 79,7 frutos por plnt (Figur 3B). Anlisndo os sistems consorcidos, verific-se redução de 62,4% (29,97 frutos por plnt) e 64,11% (28,6 frutos por plnt) em relção o monocultivo, respectivmente pr cv. IAC 228 e BRS Nordestin. Figur 3. Altur de inserção do primeiro fruto (cm) (A), número de frutos por plnt (B), e produtividde de grãos (kg h -1 ) (E) do gergelim em diferentes sistems de cultivo A 1 B 2 C Monocultivo Gergelim + Gergelim + IAC BRS Monocultivo Gergelim + Gergelim + Monocultivo Gergelim + Gergelim + IAC BRS IAC BRS Sistems de Cultivo Sistems de Cultivo Sistems de Cultivo As letrs diferentes em cd colun indicm diferenç esttístic entre s médis do trtmento pelo teste de Tukey (p,5) De cordo com Távor et l. (27) s plnts qundo grupds no cmpo, competem entre si pelos ftores de crescimento e produção (luz, CO2, águ e nutrientes mineris), o que consequentemente pode interferir em seu rendimento. Assim como o número de frutos por plnt produtividde de grãos do gergelim tmém foi superior no sistem de monocultivo (1674,3 kg h -1 ) (Figur 3C). Esse resultdo é superior os otidos por Silv et l. (213) em estudo envolvendo sistems de cultivos consorcidos com gergelim no semiárido prino, os quis otiverm em monocultivo, produtividde de 633,7 kg h -1. Com relção os sistems consorcidos, verific-se redução de 53,55% (777,5 kg h -1 ) e 71,72% (443,38 kg h -1 ), respectivmente pr cv. IAC 228 e BRS Nordestin. Beltrão et l. (21) verificrm redução médi de 38,46% n produção de grãos de gergelim qundo consorcido com mmoneir (cv. BRS Nordestin). Resultdos semelhntes são reportdos por Pinto et l. (211) os quis otiverm produtividde médi do gergelim em consórcio com mmon de 535,67 kg h -1. Oserv-se ind que cv. BRS Nordestin promoveu mior redução de produtividde do gergelim, confirmndo mis um vez hipótese que ess cultivr é mis competitivo em relção cv. IAC 228. De cordo com Azevedo et l. (27) os rendimentos ds culturs qundo consorcids tendem reduzir, crescendo pens com o umento de su populção. CONCLUSÕES O consórcio com mmoneir reduz os componentes de produção e consecutivmente de produtividde do feijãocupi e gergelim, sendo cv. BRS Nordestin mis competitiv. Considerndo s vriáveis estudds, melhor opção pr cultivo consorcido do feijão-cupi ou gergelim n região é cv. IAC 228. AGRADECIMENTO Ao CNPq e Universidde Federl de Cmpin Grnde (UFCG) pelo poio e finncimento o projeto e pel concessão ds olss de inicição científic e de produtividde. Revist Verde, v.12, n.1, p.1-6, 217

5 Produção de feijão-cupi e gergelim consorcido com mmoneir no Semiárido prino REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, J. A. A.; OLIVA, L. S. C.; ALVES, J. M. A.; UCHÔA, S.C. P.; MELO, D. A. Cultivtion of cssv nd cowpe in intercropping systems held in Rorim s svnnh, Brzil. Revist Ciênci Agronômic, v.46, n.2, p , 215. ALIZADEH, Y.; KOOCHEKI, A.; NASSIRIMAHALLATI, M. Yield, yield components nd potentil weed control of intercropping en (Phseolus vulgris L.) with sweet sil (Ocimum silicum L.). Irnin Journl of Field Crops Reserch, v.7, n.2, p , 29. ARAÚJO, A. C.; ALOUFA, M. A. I.; SILVA, A. J. N. S.; COSTA, A. A.; SANTOS, I. S. Análise não destrutiv de crescimento do gergelim consorcido com feijão cupi em sistem orgânico de cultivo. Revist Brsileir de Agroecologi, v.9, n.1, p , 214. AZEVEDO, D. M. P.; BELTRÃO, N. E. M.; SEVERINO, L. S.; SANTOS, J. W.; LEÃO, A. B. Arrnjos de fileirs no consórcio mmoneir com milho no semiárido prino. Revist Brsileir de Oleginoss e Fiross, v.11, n.2, p.97-15, 27. AZEVEDO, D. M. P.; BELTRÃO, N. E. M.; SEVERINO, L. S.; SANTOS, J. W.; LEÃO, A. B. Rendimento e Eficiênci Agronômic do Consórcio d Mmoneir com Cereis e Feijão cupi no Semi-árido Nordestino. Revist Brsileir de Oleginoss e Fiross, v.11, n.3, p , 27. BELTRÃO, B. A.; SOUZA JUNIOR, L. C.; MORAIS, F.; MENDES, V. A.; MIRANDA, J. L. F. Dignóstico do município de Poml. Projeto cdstro de fontes de stecimento por águ suterrâne. Recife: Ministério de Mins e Energi/CPRM/PRODEM p. BELTRÃO, N. E. M.; VALE, L. S.; MARQUES, L. F.; CARDOSO, G. D.; SOUTO, J. S. Consórcio mmon e mendoim: opção pr gricultur fmilir. Revist Verde de Agroecologi e Desenvolvimento Sustentável, v.5, n.4, p , 21. BELTRÃO, N. E. M.; VALE, L. S.; MARQUES, L. F.; CARDOSO, G. D.; MARACAJÁ, P. B. Époc reltiv de plntio no consórcio mmon e gergelim. Revist Verde de Agroecologi e Desenvolvimento Sustentável, v.5, n.5, p.67-73, 21. BEZERRA, A. A. C.; TÁVORA, F. J. A. F.; FREIRE FILHO, F. R.; RIBEIRO, V. Q. Morfologi e produção de grãos em linhgens moderns de feijão-cupi sumetids diferentes densiddes populcionis. Revist de Biologi e Ciêncis d Terr, v.8, n.1, p.85-93, 28. BHATTI, I. H.; AHMAD, R.; JABBAR, A; NADEEM, M.; KHAN, M. M.; DIN, W. U. D.; VAINS, S. N. Agronomic performnce of msh en s n intercrop in sesme under different plnting ptterns. Emirtes Journl of Agriculturl Sciences, v.25, n.1, p.52-57, 213. BRASIL. Regrs pr nálise de sementes. Ministério d Agricultur, Pecuári e Astecimento. Secretri de Defes Agropecuári. Brsíli: Mp/ACS, p. CONAB. Compnhi Ncionl de Astecimento. Acompnhmento d sfr rsileir de grãos Disponível em: Acesso em: 22 Fev CORRÊA, M. L. P.; TÁVORA, F. J. A. F.; PITOMBEIRA. J. B. Comportmento de cultivres de mmon em sistems de cultivo isoldos e consorcidos com cupi e sorgo grnífero. Revist Ciênci Agronômic, v.37, n.2, p.2-27, 26. COSCIONE, A. R.; BERTON, R. S. Brium extrction potentil y mustrd, sunflower nd cstor en. Scienti Agricol, v.66, n.1, p.59-63, 29. COSTA, A. S. V.; SILVA, M. B. Sistems de consórcio milho-feijão pr região do vle do Rio Doce, Mins Geris. Ciênci e Agrotecnologi, v.32, n.2, p , 28. COSTA, D. S.; BARBOSA, R. M.; SÁ, M. E. Sistems de produção e cultivres de feijoeiro em consórcio com milho. Scienti Agrri, v.11, n.6, p , 21. DUTRA, A. F.; MELO, A. S.; DUTRA, W. F.; SILVA, F. G.; OLIVEIRA, I. M.; SUASSUNA, J. F.; VÉRAS NETO, J. G. Agronomic performnce nd profitility of cstor en (Ricinus communis L.) nd penut (Archis hypoge L.) intercropping in the Brzilin semirid region. Austrlin Journl of Crop Science, v.9, n.2, p , 215. EMBRAPA. Centro Ncionl de Pesquis de Solos. Sistem Brsileiro de Clssificção de Solos. 2 ed. Rio de Jneiro: Emrp Solos, 26. EMATER. Empres de Assistênci Técnic e Extensão Rurl. Precipitção pluvil n Prí. Cmpin Grnde: EMATER, 211. FAO (Rom). FAOSTAT Disponível em: Acesso em: 25 Jun FERREIRA, D. F. Sisvr: computer sttisticl nlysis system. Ciênci e Agrotecnologi, v.35, n.6, p , 211. FERREIRA, L. L.; BELTRÃO, N. E. M. (ed.) Aspectos fisiológicos e ecofisiológicos pr cultur do gergelim. In: BELTRÃO, N. E. M.; FERREIRA, L. L.; QUEIROZ, N. L.; TAVARES, M. S.; ROCHA, M. S.; ALENCAR, R. R.; PORTO, V. C. N. O gergelim e seu cultivo no semiárido rsileiro. Ntl: IFRN, 213. p IBGE. Produção grícol municipl Disponível em: Acesso em: 6 Jul LAYANEZ-GARSABALL, J. A.; MÉNDEZ-NATERA, J. R. M. Efectos de extrctos cuosos del follje del corocillo (Cyperus rotundus L.) sore l germinción de semills y el Revist Verde, v.12, n.1, p.1-6, 217

6 Guilherme de Freits Furtdo et l. crecimiento de plántuls de jonjolí (Sesmum indicum L.) cv. Arptol S-15. Idesi, v.24, n.2, p.61-75, 26. LITHOURGIDIS, A. S.; DORDAS, C. A.; DAMALAS, C. A.; VLACHOSTERGIOS, D. N. Annul intercrops: n lterntive pthwy for sustinle griculture. Austrlin Journl of Crop Science, v.5, n.4, p , 211. WANG, Q.; WU, Y.; ZHAO, L.; CHEN, P.; TIAN, D. Reserch on Efficiency improving technology for intercropping sesme (Sesmun indicum) nd penut (Archis hypogee). Agriculturl Science & Technology, v.13, n.2, p , 212. OLIVEIRA FILHO, A. F.; BEZERRA, F. T. C.; PITOMBEIRA, J. B.; DUTRA, A. S.; BARROS, G. L. Eficiênci gronômic e iológic nos consórcios d mmoneir com feijão-cupi ou milho. Revist Ciênci Agronômic, v.47, n.4, p , 216. PEEL, M. C.; FINLAYSON, B. L.; MCMAHON, T. A. Updted world mp of the Köppen-Geiger climte clssifiction. Hydrology nd Erth System Sciences Discussions, v.11, n.5, p , 27. PEREIRA, J. R; BELTRÃO, N. E. M.; ARRIEL, N. H. C.; SILVA, E. S. B. Adução orgânic do gergelim, no Seridó prino. Revist rsileir de oleginoss e fiross, v.6, n.3, p , 22. PINTO, C. M.; SIZENANDO FILHO, F. A.; CYSNE, J. R. B.; PITOMBEIRA, J. B. Produtividde e índices competição d mmon consorcid com gergelim, lgodão, milho e feijão cupi. Revist Verde de Agroecologi e Desenvolvimento Sustentável, v.6, n.2, p.75 85, 211. PORTES, T. A. Produção de feijão nos sistems consorcidos. Goiâni: Emrp CNPAF, p. ROCHA, M. M.; CARVALHO, K. J. M.; FREIRE FILHO, F. R.; LOPES, A. C. A.; GOMES, R. L. F.; SOUSA, I. S. Controle genético do comprimento do pedúnculo em feijãocupi. Pesquis Agropecuári Brsileir, v.44, n.3, p , 29. SANTOS, J. F.; GRANGEIRO, J. I. T.; OLIVEIRA, M. E. C. Produção de cultivres de feijão-mcáçr no Brejo prino. Revist Tecnologi & Ciênci Agropecuári, v.5, n.2, p.17-21, 211. SILVA, G. S.; OLIVEIRA, R. A.; QUEIROZ, N. L.; SILVA, M. N. B.; SOUSA, M. F.; SILVA, S. A. Desempenho gronômico de lgodão orgânico e oleginoss consorcidos com plm forrgeir. Revist Brsileir de Engenhri Agrícol e Amientl, v.17, n.9, p , 213. TÁVORA, F. J. A. F.; SILVA, C. S. A.; BLEICHER, E. Sistems de consórcio do milho, sorgo e feijão-cupi em séries de sustituição. Revist Brsileir Agrociênci, v.13, n.3, p , 27. TEIXEIRA, I. R.; SILVA, G. C.; TIMOSSI, P. C.; SILVA, A. G. Desempenho gronômico de cultivres de feijão-comum consorcido com mmon. Revist Cting, v.24, n.4, p.55-61, 211. UFC. Universidde Federl do Cerá. Recomendções de dução e clgem pr o Estdo do Cerá. Fortlez: UFC/CCA p. Revist Verde, v.12, n.1, p.1-6, 217