ANGOLA, MOÇAMBIQUE e BRASIL

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1 ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5512 DE 18 DE SETEMBRO DE 2012 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Investir em ANGOLA, MOÇAMBIQUE e BRASIL Conheça as regras para investir com sucesso Edson Chagas/Expansão Empresários querem mais portugueses no Brasil Energia e portos são a nova aposta em Moçambique Para investir no Brasil é necessário negociar com os sindicatos

2 II Diário Económico Terça-feira 18 Setembro 2012 INVESTIR EM ANGOLA, MOÇAMBIQUE E BRASIL Para muitas empresas já é ponto assente que mercados, como o brasileiro, angolano e moçambicano poderão ser terras de oportunidades para quem queira investir. Nadine Hutton Empresários reforçam aposta em Angola e Brasil Com a Europa em crise, as empresas procuram alternativas para fazerem negócios e Angola e Brasil são os preferidos. ANTÓNIO DE ALBUQUERQUE antonio.albuquerque@economico.pt Aeconomia mundial está incerta porque nenhum país está imune ao risco de uma recessãooudeumperíodo de baixo crescimento económico como aquele que se verificouem2007.eécom este enquadramento que os empresários portugueses estão a ser confrontados no seu diaa-dia. Acresce que a economia nacional tem um desafio estratégico que consiste em incrementar as suas exportações de forma a reduzir o défice externo. Agora a questão que se coloca, sobretudo para os empresários é: vender, mas para a onde? Sobretudo, quando perto de 70% das exportações das empresas portuguesas são canalizadas para a Europa, um mercado que está praticamente estagnado. Mas uma coisa é certa: as empresas sabem o que querem para garantirem a sua competitividade. E a confirmação disto mesmo está nas contas ao comércio externo elaboradas pelo Instituto Nacional de Estatística. No primeiro semestre de 2008, as exportações extracomunitárias representavam 23,5% do total; agora, já valem 28%. Para muitas empresas já é ponto assente que mercados como o brasileiro, angolano e moçambicano poderão ser terras de oportunidades para quem queira investir. Entre 2007 e 2011, o Brasil passou de 17º a 10º cliente de Portugal, representando as vendas para este mercado 1,4% do total exportado em Mas para se ter sucesso há que conhecer as especificidades do mercado para não ter surpresas de última hora. Aprender e compreender são as palavras- -chave a ter em conta se os empresários querem fazer um caminho mais longo mas mais seguro (0,7% em 2007), salienta a AICEP numa análise às relações comerciais entre os dois países. Mas a primazia cabe inteiramente a Angola entre os países terceiros, ou seja, fora do espaço da União Europeia, já que este país ocupa o quarto lugar no ranking de clientes (5,5% das exportações em 2011). Moçambique, por seu turno, tem vindo a assumir uma maior relevância enquanto cliente de Portugal, tendo ocupado, em 2011, a 26ª posição no ranking (com uma quota de 0,51% das exportações portuguesas), quando em anos recentes se situava no 35º lugar (ver infografia). Aliás, o INE constata que os blocos para onde Portugal mais reforçou as suas exportações no primeiro semestre deste ano foram a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP, crescimento de 31,8%) e os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP, aumento de 30,4%). Refira-se ainda que as exportações de bens de Portugal cresceram 9% no primeiro semestre deste ano, mas o crescimento para países fora da União Europeia foi muito maior, atingindo os 25%. Conhecer os mercados Mas para se ter sucesso há que conhecer as especificidades do mercado, para não ter surpresas de última hora. Aprender e compreendersãoaspalavras-chaveateremcontaseos empresários querem fazer um caminho mais longo mas mais seguro. Informações que até agora estavam muito confinadas a entidades públicas começam ser produzidas por sociedades de advogados, empresas e universidades. Destaque-se, por exemplo, o trabalho desenvolvido por oito alunos do IPAM Instituto Português de Administração de Marketing, escola do Porto, que elaboraram um verdadeiro guia de apoio aos empresários que pretendem investir nos mercados externos. Para além dos PALOP, foram seleccionados todos os países com quotas de exportação superiores a 0,05% das exportações portuguesas em 2011, o que significa que os países com conteúdos representam 98,5% das exportações portuguesas. Dificuldades acrescidas Mas as dificuldades das empresas no acesso ao crédito com custos mais equilibrados estão a comprometer todo o esforço dos empresários, como confessam as empresas ouvidas pelo Diário Económico. Trata-se de uma questão transversal ao tecido empresarial, mas que está a afectar, sobretudo empresas cujo ciclo produtivo é temporalmente alargado. Mas a falta de crédito não é o único handicap das empresas. Existem ainda os custos energéticos, os seguros de crédito, o financiamento às empresas, as muitas questões alfandegárias com que se debatem, bem como os apoios à internacionalização.

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4 IV Diário Económico Terça-feira 18 Setembro 2012 INVESTIR EM ANGOLA, MOÇAMBIQUE E BRASIL Infografia: Marta Carvalho marta.carvalho@economico.pt

5 Terça-feira 18 Setembro 2012 Diário Económico V PUB OPINIÃO Uma nova (e inovadora) dimensão empresarial OPINIÃO:???????????????????????????????????????????????? É essencial trabalhar em parceria com os empresários dos vários países. Ao longo dos últimos 20 anos, com o crescimento da economia portuguesa e a sua integração na Europa, com a consolidação da paz em Angola e Moçambique e com o despertar do gigante Brasil, as relações entre os países lusófonos ganharam uma dimensão económica e uma relevância empresarial absolutamente inéditas. Variadíssimas empresas dos quatro países se instalaram e passaram a desenvolver a sua actividade nalgum dos outros, ou em todos, internacionalizando-se por essa via. Desta forma se alcançaram, em todos estes países, progressos assinaláveis, consequência do avanço tecnológico, da capacidade, dos saberes específicos que alguns de nós tivemos primeiro e disponibilizamos fraternalmente aos outros. A história recente está repleta de bons exemplos. Das telecomunicações à indústria aeronáutica, das grandes infra-estruturas de transporte à exploração dos recursos naturais, dos serviços financeiros à indústria do laser. E, como as empresas são pessoas, este fenómeno gerou uma mobilidade entre os países até agora desconhecida e que produzirá efeitos que perdurarão para as próximas gerações. Efeitos que perdurarão tanto mais se formos capazes de promover entre as empresas - e os empresários - destes países, uma nova dimensão de relação. Com o grau de conhecimento e de confiança entretanto gerados, é hoje possível trabalhar em parceria, cruzar participações de capital, fazer de cada um destes mercados, mercados domésticos para todos. Ganhar dimensão e massa crítica para podermos também olhar, com outra escala, para os mercados que cada um destes nossos países abre, seja a União Europeia, a SADC ou o Mercosul. Desta forma alcançarão as empresas de cada um destes países acesso a consumidores, recursos, tecnologia e investimentos que, de outra forma, lhes seriam inacessíveis. Implica uma atitude inovadora que passa por partilhar a gestão e por focar-se mais na rentabilidade dos negócios do que na sua titularidade exclusiva. Este é um desafio especialmente relevante para os empresários portugueses, independentemente da sua dimensão porque todos precisam de clientes, mercados e rentabilidade. E é um desafio que só os próprios podem ganhar empresa a empresa, projecto a projecto. LUÍS PARREIRÃO Gestor Comograude conhecimento e de confiança entretanto gerados, é hoje possível trabalhar em parceria, cruzar participações de capital, fazer de cada um destes mercados, mercados domésticos para todos.

6 VI Diário Económico Terça-feira 18 Setembro 2012 INVESTIR EM ANGOLA, MOÇAMBIQUE E BRASIL Eleições permitem continuidade Estabilidade política leva empresários a reforçarem aposta no país de José Eduardo dos Santos. ANTÓNIO DE ALBUQUERQUE antonio.albuquerque@economico.pt Para os empresários portugueses as últimas eleições em Angola reforçaram o sentimento de estabilidade no país de José Eduardo dos Santos. E acreditam que, mesmoqueofuturogoverno queira proteger as empresas angolanas, estas continuarão a escolher parceiros portugueses. É que o mercado angolano assume, cada vez mais, uma importância crescente para as empresas portuguesas, acrescida com a actual crise das dívidas soberanas que assola a Europa. Hoje, Angola assume-se como uma potência regional no contexto da África Subsariana, convergindo para uma economia de mercado com um rendimento anual per capita da ordem dos 4,5 mil euros. Entre 2005 e 2007 a taxa média de crescimento económico situou-se em cerca de 20% ao ano, o que colocou Angola no topo dos países com maior crescimento a nível mundial. A partir de 2008 com a crise financeira houve apenas um abrandamento do ritmo de crescimento. O investimento tem crescido a uma velocidade assombrosa nos últimos anos, liderado pelos EUA, Reino Unido, China e Portugal. Portugal, que desde sempre tem mantido relações económicas e comerciais fortes com Luanda, mantém uma atitude positiva que se tem traduzido numa média anual de quase mil milhões de euros, tendo em atenção os anos de 2007 até Ao nível das empresas portuguesas, a atracção por Angola situa-se em três eixos prioritários: indústria, banca e serviços. As construtoras e as cimenteiras, atentas ao potencial do país, sobretudo a partir do início do processo de paz edaassinaturadosacordosdeluena,em 2002, entraram em força no país. Os bancos também intensificaram a sua presença e fortaleceram os laços que os ligam a investidores angolanos. Mas também as empresas de telecomunicações e as cervejeiras com a Sagres e a Super Bock a transportarem para aquele país a competição que mantêm em Portugal rumaramaangola,assimcomoosoperadores turísticos e os advogados. A novidade dos últimos anos tem sido o investimento de empresas e empresários angolanos em Portugal. A Sonangol entrou primeiro no capital da Amorim Energia, um dos principais accionistas da Galp, seguindo-se o BCP. Isabel dos Santos participa, através das suas empresas, na Amorim Energia, e no BPI. Os dois partilham o investimento nos bancos portugueses presentes em Angola, desde o Millennium Angola ao BESA, ao BIC e ao BFA. Mais recentemente, a CGD e a Sonangol decidiram criar um banco de fomento para projectos de investimento em Angola. Acresce que Angola tem sido ainda um destino de eleição para muitos quadros portugueses em busca de novas oportunidades. Engenheiros, advogados, economistas, gestores, médicos e outros técnicos têm rumado a Luanda em busca do emprego que teima em escassear em Portugal. INVESTIMENTO No período compreendido entre 2007 e 2011, o valor médio anual do investimento directo português em Angola ascendeu a 567,2 milhões de euros. 567,2 milhões de euros Ao nível das empresas portuguesas a atracção por Angola situa-se em três eixos prioritários: indústria, banca e serviços. Portugal, que desde sempre tem mantido relações económicas e comerciais fortes com Luanda OPINIÃO PEDRO METELLO DE NÁPOLES Sócio, Angola Desk PLMJ (Mais) um ponto de viragem? Eleições realizadas, Angola prepara-se para iniciar mais um ciclo. Quais os grandes desafios? Desenvolver a produção nacional e criar uma verdadeira classe média. Não obstante os vastos recursos de que dispõe e talvez por causa disso Angola importa praticamente tudo o que consome. Há neste momento uma preocupação no sentido de inverter essa tendência, atraindo investimento estrangeiro, mas assegurando a participação dos empresários nacionais no processo. O resultado será, no futuro, mais emprego e o reforço da classe média (actualmente muito identificada com o funcionalismo público). Essa classe média será o motor do consumo da produção nacional e consequentemente do crescimento da economia. Acompanhadas de uma política cambial que permita reforçar o Kwanza enquanto divisa e que receba bem o investimento estrangeiro, o que tem sido uma preocupação nos últimos anos, este parece ser inequivocamente o caminho correcto, que permitirá a médio prazo fazer de Angola uma das potências económicas de África. Os últimos anos foram anos de investimento estrangeiro em Angola e não há dúvidas que, respeitando as regras e objectivos do País, os próximos anos também o poderão ser, queiram os investidores Portugueses. Paulo Alexandre Coelho

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8 VIII Diário Económico Terça-feira 18 Setembro 2012 INVESTIR EM ANGOLA, MOÇAMBIQUE E BRASIL Cinco sectores onde investir ANTÓNIO DE ALBUQUERQUE antonio.albuquerque@economico.pt TURISMO RENDE 5 MIL MILHÕES DE DÓLARES Agora que o país alcançou a paz, as autoridades angolanas esperam que o sector do turismo atinja nos próximos dez anos 5 mil e 500 milhões de dólares de facturação. O governo está a apostar nesta actividade que, por enquanto, corresponde a uns modestos 0,5% da riqueza gerada e representa 550 milhões de dólares por ano. O objectivo é que passe a representar 10% do PIB. A criação de empregos é consequência desejada resultante do crescimento do sector. Segundo Carlos Borges, consultor do Ministério da Hotelaria e Turismo, os próximos dez anos serão fundamentais para alterar este quadro negativo. O Plano Director do Turismo em Angola estabelece metas: receber cerca de 4,7 milhões de turistas até 2020 (um crescimento de mais de mil por cento em relação aos números actuais) e colocar o país, já em 2015, entre as principais rotas do turismo internacional. O Plano indica que Portugal é o país que mais alavancou o sector do turismo no país. Finbarr O Reilly/Reuters ENERGIA E ÁGUA PARA TODOS Em Luanda há milhares de geradores que compensam, actualmente, a insuficiência dos fornecimentos de energia das barragens de Cambambe e Capanda, inclusivamente para alimentar a iluminação pública. Daí que o processo de reabilitação das infra-estruturas básicas, de energia, água e a construção de barragens hidro eléctricas, com vista ao aumento da produção/distribuição de energia e água ao país, seja uma das prioridades do executivo. Este esforço financeiro ascenderá a 20 mil milhões de dólares até 2017, a ser suportado por um fundo alimentado com receitas do petróleo. Outro sector com grande potencial de crescimento, com necessidades que vão desde o desenvolvimento de projectos até à sua implementação, é o sector das água e saneamento. Grande parte da população não tem acesso a água potável e, até 2012, o governo traçou a meta de uma taxa de cobertura de 100% nas zonas urbanas e 80% nas rurais. A aposta nos serviços de abastecimento de água e no tratamento seguro de águas residuais é encarada como uma prioridade já que põe em causa um valor essencial que é o da saúde pública. Kuni Takahashi/Bloomberg Amr Abdallah Dalsh/Reuters PRODUÇÃO INDUSTRIAL URGENTE Canalizações, cimentos, resinas: a lista é infindável e Angola importa quase tudo de que necessita para a sua reconstrução. Ora, as autoridades angolanas querem alterar esta realidade, criando indústria no país, geradora de novos postos de trabalho e de modernização na economia nacional. Nesse sentido, foram criadas as Zonas Económicas Especiais, a primeira das quais Luanda-Bengue, com vista a albergar estas indústrias. Os empresários angolanos têm prioridade, mas as empresas estrangeiras podem abrir portas nestas ZEE desde que os seu sectores de actividade sejam comércio e serviços, indústria transformadora e agropecuária. Criar postos de trabalho e dar formação aos seus colaboradores é condição essencial. O POTENCIAL DAS TELECOMUNICAÇÕES E TI O mercado das telecomunicações e TI em Angola apresenta um grande potencial de crescimento para os operadores angolanos e estrangeiros. O sector das telecomunicações está em mudança com vista a desenvolver a sociedade da informação e do conhecimento entre 2010 e O Livro Branco das TIC dá um enquadramento legal que visa garantir concorrência no sector e com ela qualidade a preços competitivos. A aposta na criação de infra-estruturas e na abertura do sector aos operadores privados é hoje evidente em Angola. Nadine Hutton/Bloomberg FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO EM FALTA A falta de qualificação da mão-de-obra é muito significativa em Angola, sendo, dentro de uma política de médio e longo prazo, muito importante a aposta plena na formação de quadros locais, por contrapartida com os expatriados que, pelos seus elevadíssimos custos e estadias muitas vezes de curto ou médio prazo, não garantem, por si, a sustentabilidade dos projectos. Por isso, defende o presidente da CCIPA, os técnicos exteriores devem ser utilizados apenas quando não existe alternativa da mesma qualidade e especialização. É outra área prioritária para as autoridades angolanas. Daniel Acker/Bloomberg

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10 X Diário Económico Terça-feira 18 Setembro 2012 INVESTIR EM ANGOLA, MOÇAMBIQUE E BRASIL Empresários portugueses queixam-se das burocracias nos vistos. Bel Pedrosa/Embratur Empresários querem mais trabalhadores portugueses no Brasil As restrições e a burocracia que envolvem a passagem de vistos de entrada e permanência de portugueses no Brasil é vista como um dos principais entraves às relações comerciais. ANTÓNIO FREITAS DE SOUSA antonio.sousa@economico.pt Os empresários portugueses esperam que a política de vistos entre Portugal e o Brasil seja flexibilizada no âmbito da realização do Ano deportugalnobrasiledo Brasil em Portugal - que tem início hoje, dia da Independência brasileira, e que finalizará no Verão do próximo ano. Ao lado das pesadas taxas aduaneiras praticada pelo Brasil aos produtos importados, nomeadamente de Portugal, as restrições e a burocracia que envolvem a passagem de vistos de entrada e permanência de portugueses no Brasil é vista como um dos principais entraves ao desenvolvimento de interesses empresariais comuns. Jorge Martins, da Martifer, para quem a questão dos vistos é fundamental, vai mesmo mais longe: Porque não acabar com os vistos?, pergunta. Jorge Gonçalves, responsável do Fundo Vallis - que tem vindo a comprar empresas da área da construção, as últimas das quais foram a MonteAdrianoeaHagen-consideraque todos gostaríamos de ver maior liberdade de circulação, mas alerta para a dificuldade de Armindo Monteiro, da Compta, afirma que a flexibilização dos vistos é uma boa medida, mas nota que os brasileiros querem reciprocidade e isso iria chocar com os acordos de Schengen. abordagem desses acordos internacionais. Por seu turno, Armindo Monteiro, da Compta, afirma que a flexibilização dos vistos é uma boa medida, mas nota que os brasileiros querem reciprocidade e isso iria chocar com os acordos de Schengen - que obrigam os países da União Europeia que o assinaram a assumir uma postura comum nestas matérias. Nada que, de qualquer modo, não pudesse ser ultrapassado: Pode haver um acordo no âmbito da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), tal como o Reino Unido tem acordos nesta área com os países da Commonwealth. EstemesmocaminhoéopropostoporNelson Faria de Oliveira, advogado brasileiro, líder de um escritório instalado (entre outros locais) em Lisboa, Rio de Janeiro e S. Paulo: Maior facilidade de importação e exportação entre os dois países e maior flexibilidade na concessão de vistos devem ser acordados no âmbito da CPLP. Faria de Oliveira vai mesmo mais longe: Há abertura política no actual governo brasileiro para abordar estas matérias, não seria difícil convencer alguns altos responsáveis. E especifica: José Eduardo Martins Cardozo, um luso-descendente, é um deles. Abertura do lado português Do lado português também há abertura para a introdução do tema. Miguel Horta e Costa, comissário do evento, disse ao Diário Económico, sobre o tema específico dos vistos, que estas iniciativas vão abrir oportunidade para que todas essas questões possam ter um espaço propício a serem ultrapassadas. Horta e Costa avançou ainda que o fim por trás da iniciativa é trazer ao Brasil o Portugal novo, moderno e jovem, para acabar de vez com a velha imagem de um país pobre e atrasado que ainda prevalece. Cultura, economia, educação, ciência e desporto, são, neste âmbito, as áreas que o programa entendeu privilegiar. Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, em recente visita ao Brasil para tomar parte no lançamento da iniciativa. Na pasta, levava a criação de uma incubadora para empresas portuguesas na cidade de São Paulo, que deve começar a funcionar em As empresas precisam de aconselhamento jurídico e alfandegário para se instalarem noutro local, e é esse o objectivo da incubadora, afirmou, citado pela Lusa.

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12 XII Diário Económico Terça-feira 18 Setembro 2012 INVESTIR EM ANGOLA, MOÇAMBIQUE E BRASIL >> PERFIL Sólon Cunha é sócio de um dos escritórios de advogados mais conceituados do Brasil, Machado Meyer. É professor universitário e especialista na área do Direito Trabalhista. Foi entre 1999 e 2007 Presidente do Sindicato das Sociedades de Advogados nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Entre conferências e acompanhamento de clientes viaja pelo mundo e não deixou de partilhar a sua grande paixão que são as motas. Paulo Figueiredo ENTREVISTA SÓLON CUNHA, SÓCIO DO ESCRITÓRIO DE ADVOGADOS MACHADO MEYER No Brasil os investidores têm de negociar com os sindicatos Os empresários terão de escolher muito bem a localização do seu investimento. ANTÓNIO DE ALBUQUERQUE antonio.albuquerque@economico.pt Sólon Cunha é um dos principais especialistas em direito do trabalho no Brasil. Esteve em Portugal a convite da sociedade portuguesa de advogados Miranda Correia, Amendoeira & Associados. Chama a atenção para o poder dos sindicados brasileiros e aconselha os investidores a negociar com as estruturas representativas dos trabalhadores a priori. E avisa: quem não o fizer pode procurar outro pais para investir. Como avalia a legislação laboral no Brasil? É amiga do investimento estrangeiro? A legislação trabalhista (laboral) é de 1943, do presidente Getúlio Vargas, uma legislação antiga. Mas que ao longo do tempo tem vindo a ser emendada. Há, depois, uma grande influência dos tribunais trabalhistas na interpretação das normas, isto porque as lacunas da lei são preenchidas por jurisprudência do tribunal. Apesar de não ser moderna, acabou por se adaptar aos tempos. Acresce que o sindicalismo no Brasil é muito forte, as relações sindicais são muito importantes para os empresários e é a negociação colectiva As nossas leis são muito parecidas com o que acontece comoresto do mundo. Não existe nada de assustador. Nós, por exemplo, não temos protecção contra o despedimento com justa causa. que pauta a relação entre empresários e trabalhadores. No Brasil existe a obrigação de cumprir a norma de negociar com os trabalhadores, através dos acordos colectivos. Aliás, costumo dizer aos meus alunos que a negociação colectiva é uma ferramenta de gestão empresarial. Em que momento? No Brasil os investidores têm que negociar a priori com os sindicatos. Terão de examinar as condições sindicais muito bem, concretamente a região onde pretendem fixar-se, porque no Brasil os sindicatos também são regionais, têm uma base territorial que no mínimo é um município e que depois estão ligados às centrais sindicais, através da filiação. Mas que resulta também de uma contribuição obrigatória por parte do trabalhador para o sindicato. Nós no Brasil costumamos dizer que um dia de trabalho por ano é para o sindicato. Existe então um desequilíbrio de forças? As nossas leis são muito parecidas com o que acontece com o resto do mundo. Não existe nada de assustador. Nós, por exemplo, não temos protecção contra o despedimento com justa causa. Existe multa financeira muito significativa caso o despedimento não tenha sido por justa causa. Mas no Brasil existem muitos litígios? Muitos. Existe um perfil muito litigioso. A justiça no Brasil é gratuita e fica muito barato interpor uma acção. Processar uma empresa na área laboralédefactomuitobarato. E quem é que ganha normalmente esses litígios? È difícil de dizer. Já lá vai aquela fase em que as empresas perdiam sempre. Hoje já não é bem assim, porque as empresas estão profissionalizadas, têm bons departamentos de recursos humanos. Hoje as coisas acontecem de uma forma mais correcta. Contudo, no Brasil existe uma instituição que é muito forte. Trata-se do Ministério Público do Trabalho que executa a designada acção civil pública e que tem causado transtornos aos empresários. Uma denúncia de um trabalhador ou de um sindicato leva o ministério público a abrir um inquérito civil para apurar irregularidades, para as quais obriga antes o empresário a assinar um termo de justa conduta com o ministério público, e depois os empresários recebem uma acção civil pública.

13 Terça-feira 18 Setembro 2012 Diário Económico XIII PUB Nós não temos a protecção colectiva contra o despedimento arbitrário O despedimento é fácil no Brasil porque não obriga a pagamento de indemnizações. Para o especialista existe uma expectativa que a legislação laboral possa ser alterada, mas só num segundo mandato de Dilma Rousseff. A que modalidades os empresários podem recorrer para contratar colaboradores? Existe o contrato de experiência, que tem um prazo máximo de noventa dias, depois existem os contratos a prazo determinado, com uma duração de dois anos e que são uma excepção, pois existem causas muito concretas para os empresários aderirem a esta modalidade, como por exemplo obras certas. Trata-se de um contrato de transição dentro de uma empresa. Nós não temos a protecção colectiva contra o despedimento arbitrário. Com justa causa não há direito a indemnizações? Sim. Como é feito o cálculo das indemnizações? Temos o fundo de garantia pelo tempo de serviço do trabalhador. Todos os meses o empregador deposita como um custo social 8% do salário do empregado numa conta vinculada. O empregado mudadeempresaeodinheiroacompanha-o. Quando é que pode resgatá-lo? Quando vai para a reforma. Pode levantar antes? Se for despedido sem justa causa. Agora o que aconteceéquenãoéumsegurodeemprego.por exemplo, caso um trabalhador seja despedido da empresa A e for trabalhar para a empresa B ele pode levantar o dinheiro da empresa onde trabalhou, mas só pode levantar o saldo positivo e apenas para situações muito concretas como doença ou incêndio da casa. E não é possível penhorar estes montantes por dívidas a terceiros do trabalhador. Quantocustaemtermosdeimpostosumcolaborador no Brasil? Quando me fazem essa pergunta, normalmente recorroàdoutrinaquesedivideemtrês.ocusto de impostos, o custo de impostos mais providência social e ainda o custo sem trabalho, como feriados ou descanso semanal remunerado. A Segurança Social é paga entre 28% e 30%, dependendo da actividade da empresa. Se a empresa tem uma actividade de alto risco, como uma empresa na área dos explosivos, paga mais do que por exemplo uma empresa de serviços. Em relação à contribuição patronal, ela varia entre os 26,5% e os 29,07%. Depois temos 8% do fundo de garantia, como referi, e ainda o 13º salário e é pago um terço pelos 30 dias de férias. São contribuições equilibradas,tendo presente que o Brasil quer afirmar-se como uma potência mundial? A segurança social é muito cara e isso origina muitas fraudes, através de contratações irregulares, muito parecidas como os vossos recibos verdes. São expectáveis alterações legislativas nesta matéria? Desde a eleição de Lula da Silva que existe uma expectativa muito grande na alteração da legislação, mas o presidente acabou por não a agendar. Será Dilma Rousseff a fazê-la? Não acredito muito, talvez num segundo mandato. A Segurança Social é paga entre 28% e 30%, dependendo da actividade da empresa. Se a empresa tem uma actividade de alto risco, como uma empresa na área dos explosivos, paga mais do que por exemplo uma empresa de serviços.

14 XIV Diário Económico Terça-feira 18 Setembro 2012 INVESTIR EM ANGOLA, MOÇAMBIQUE E BRASIL João Paulo Dias (Arquivo Económico) Bruno Barbosa A nova fábrica da Sumol+Compal nos arredores de Maputo, Moçambique, vai iniciar produção em Novembro. Grande parte dos produtos continuarão a ser fornecidos pelo mercado português. AEfacecganhou uma nova encomenda da EDM num investimento de 20 milhões de euros. Energia e portos são a nova aposta em Moçambique REN, Sumol+Compal, Efacec e uma nova empresa luso-moçambicana para gerir infra-estruturas ferro-portuárias são os novos investimentos. ANTÓNIO DE ALBUQUERQUE antonio.albuquerque@economico.pt Acriação de uma congénere da REN em parceria com o Governo moçambicano e de uma outra empresa para desenvolver projectos de infraestruturas ferro-portuárias juntam-se a mais dois anúncios de investimento naquele país africano. A Sumol+Compal vai construir uma fábrica e a Efacec ganhou um negócio de 20 milhões de euros. Foi o próprio primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, quem anunciou a criação da nova empresa de infra-estruturas eléctricas uma empresa, que vai ter por missão estruturar todas as ligações eléctricas, em particular um projecto muito importante conhecido em Moçambique como espinha dorsal e no qual a REN será também participante. Mais recentemente, outro governante, António Almeida Henriques, secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, numa visita àquele país, anunciou a criação de uma empresa de capitais mistos para desenvolver projectos de infra-estruturas ferro- -portuárias. A lógica é dar resposta às várias vertentes do projecto de desenvolvimento de infra-estruturas, referiu o mesmo governante. Uma boa aposta de investimento O banco britânico Barclays considerou a economia moçambicana uma boa aposta, apesar de fortemente influenciada pela banca portuguesa, que a instituição financeira pretende evitar por receio de contágio, por alegado risco de redenominação. Este risco é explicado pelos financeiros do banco com as potenciais perdas com a mudança de divisa destes países para moeda local e consequente desvalorização. A maior quota da banca moçambicana é detida por bancos de capitais de origem lusa. A nova fábrica da Sumol+Compal nos arredores de Maputo, Moçambique, vai iniciar produção em Novembro. Grande parte dos produtos continuarão a ser fornecidos pelo mercado português, nomeadamente algumas das frutas usadas na confecção de sumos e néctares, como por exemplo a pêra rocha, tida como um dos sabores preferidos dos moçambicanos. Este investimento de dez milhões de dólares (oito milhões de euros) vai criar 70 postos de trabalho e visa abastecer o mercado moçambicano e dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, que tem um potencial de 170 milhões de consumidores. A Efacec ganhou uma nova encomenda da EDM para aumentar a capacidade de fornecimento de energia eléctrica a Maputo e arredores, em Moçambique, num investimento de 20 milhões de euros. O projecto vai ser financiado através da linha da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para a área da cooperação. A remodelação e reforço da rede eléctrica de Maputo vai envolver a subcontratação de outras empresas nacionais - como a Cabelte, a Solidal, a Fisola, a Tovisi e a Electro AS - e a criação de cerca de uma centena de postos de trabalho para levar a cabo a obra. OPINIÃO MIGUEL SPÍNOLA Associado Sénior, Moçambique Desk PLMJ O papel dos Advogados Durante a última década, Moçambique tem sofrido um dos maiores crescimentos económicos da região. Dotada de ricos e abundantes recursos naturais, a economia actual Moçambicana possui um enorme potencial. Paralelamente, o mercado da advocacia em Moçambique encontra-se tambémeleapassarporumafasedetransição e de grandes mudanças. O crescente interesse internacional por Moçambique, aliado a uma língua e sistema jurídico comuns, levaram a que as sociedades de advogados portuguesas tenham vindo a desenvolver Parcerias institucionais com escritórios de advogados moçambicanos. O papel dos Advogados nestes mercados emergentes assume uma importância que vaiparaládameraassessoriatécnico-jurídica. Para além de uma Assistência Jurídica Internacional completa, eficaz e de elevada qualidade, garantindo, em função das solicitações dos Clientes uma cobertura jurídica em várias jurisdições internacionais, nas mais variadas vertentes de Direito, os Advogados têm igualmente de proporcionar uma plataforma capaz de assegurar um ambiente de negócios dinâmico e seguro, facilitando a integração e o conhecimento desses mercados por parte desses investidores, papel esse que só é possível assumir através de uma estreita cooperação internacional entre os Advogados que actuam no âmbito dessas parcerias e redes internacionais.

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16 XVI Diário Económico Terça-feira 18 Setembro 2012 INVESTIR EM ANGOLA, MOÇAMBIQUE E BRASIL OPINIÃO Vantagens de Investir em Moçambique PAULO VARELA Presidente do Conselho de Administração de Moçambique Com o PIB a crescer na ordem dos 7% ao ano, a Pérola do Indico está mais pujante do que nunca, apresentando variadas oportunidades de investimento, nos seus 800 mil km2, que albergam cerca de 24 milhões de habitantes.dotado de recursos naturais de grande dimensão, que começam a ser explorados, Moçambique possui belezas naturais ainda pouco conhecidas, com diversos setores ávidos de investimento estrangeiro. O arranque da exploração de carvão mineral em Tete e a pesquisa e exploração de hidrocarbonetos nas bacias de Moçambique e do Rovuma, constituem uma janela de oportunidade para outros investimentos, tendo em conta a necessidade de assegurar a logística de transporte para escoamento e a prestação de serviços complementares às atividades de extração eprospeção. Mas o potencial de Moçambique vai para lá do território nacional. Quem aqui investe cria condições para ingressar na SADC Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral um mercado de 250 milhões de consumidores. O crescimento de Moçambique tende a acontecer de forma acelerada, e os empresários portugueses têm know-how, tecnologias e a facilidade da língua que constituem vantagens na concretização dos investimentos. O empresário português que queira investir em Moçambique tem um quadro legislativo que lhe oferece muitas vantagens. Moçambique e Portugal estabeleceram acordos bilaterais de proteção recíproca e para evitar a dupla tributação. Para além da possibilidade de repatriamento de lucros, há benefícios fiscais quanto a IVA e direitos aduaneiros na importação de equipamentos bem como nas exportações para a Europa. O Grupo Visabeira há mais de 20 anos que se integra de forma consistente no mercado moçambicano, definindo-se como um grupo multinegócio, que projeta e desenvolve atividades determinantes para o progresso do país, em áreas como as telecomunicações, multimédia, engenharia de redes de telecomunicações, construção e reabilitação de redes de transporte e distribuição de energia elétrica, sistemas de rega e de distribuição de água, infraestruturas ferroviárias,turismodelazeredenegócios, construção civil e promoção, intermediação e gestão imobiliária. Pela experiencia vivida, a mensagem que deixamos é de investirem em Moçambique, em qualquer área, com um projeto de longo prazo, que acrescente valor, com adequadas parcerias e com apropriados sistemas de controlo de gestão. É fundamental que o investimento seja alicerçado por sólida formação profissional de quadros e técnicos moçambicanos. Bruno Barbosa FERRAMENTAS DE APOIO O projecto apresenta conteúdos para cerca de 70 países, cujo critério de selecção tem na base a importância relativa dos países para as exportações portuguesas. 70 países >> ESTUDANTES CRIAM GUIA PARA EMPRESÁRIOS Sobeolema paraolugarparaonde queres ir, informa-te antes de partir oito alunos do IPAM Instituto Português de Administração de Marketing, escola do Porto, concretizou um projecto de apoio aos empresários que pretendem investir nos mercados externos. Da esq. para a dir., Hugo Sousa, Patricia Mouta, António Calafate, Joaquim Barbosa, Carlos Santos, Tatiana Martins acompalhados do professor Francisco Coelho orientador do trabalho. Mais informação para investirem no estrangeiro Multiplicam-se as iniciativas com ferramentas de apoio aos investimento no estrangeiro. ANTÓNIO DE ALBUQUERQUE antonio.albuquerque@economico.pt Acrise económica e financeira na zona euro está a levar os empresários portugueses a procurarem outras paragens para venderem os seus produtos e serviços. Apoiar os empresários a responder às questões de para onde e como exportar é essencial para um investimento de sucesso. Assim, estão a multiplicar-se as iniciativas que visam ajudar os empresários com a melhor informação económica e social para suportar as decisões estratégicas dos gestores. Informações que até agora estavam muito confinadas a entidades públicas. A sociedade de advogados PLMJ, por exemplo, acaba de lançar dois guias de apoio às decisões de investimento, concretamente para Angola e para Moçambique. Isto depois do mesmo escritório de advogados ter lançado um outro para potenciais investidores na China. Os guias têm informação sobre o quadro legal, económico e social, como funciona o regime fiscal, a legislação laboral, as formas de contratação pública, as PPP s, a lei cambial, quais são as entidades que apoiam e incentivam o investimento estrangeiro e ainda quais as regras aplicadas ao comércio internacional. Um outro exemplo vem do Porto. Sob o lema para o lugar para onde queres ir, informa-te antes de partir, oito alunos do IPAM Instituto Português de Administração de Marketing, escola do Porto, desenvolveram um projecto de apoio aos empresários que pretendem investir nos mercados externos. O projecto, que já contou com o apoio da AICEP, apresenta conteúdos para cerca de 70 países, cujo critério de selecção tem na base a importância relativa dos países para as exportações portuguesas. Além dos PALOP, foram seleccionados todos os países com quotas superiores a 0,05% das exportações portuguesas em 2011, o que significa que os países com conteúdos representam 98,5% das exportações portuguesas. Construíram uma base de dados online com o endereço em português, onde reuniram um conjunto de informações detalhadas sobre aspectos culturais e idiossincráticos dos diferentes territórios, de vários países. O objectivo é proporcionar uma ferramenta de trabalho para empresários e gestores que pretendam investir nos mercados externos, por forma a melhorarem as suas estratégias, projectos ou conhecimentos.

17 Terça-feira 18 Setembro 2012 Diário Económico XVII OPINIÃO Angola e Moçambique: O Regresso Definitivo Leve a sua melhor equipa. Procure parceiros certos que o ajudem a entender o mercado. Como crianças numa birra, a partir brinquedos, destruímos este jardim à beira mar. Atribuímos regalias e direitos por decreto. E a economia sem crescer. Esta requer empresários confiantes, estabilidade legislativa, concorrência, impostos baixos e paz social. Fizemos o contrário. Brincámos aos governos, aos défices, gastámos o que não tínhamos e onde não devíamos. Pedindo mais impostos. 40 anos após Abril de74, estamos sem norte. O povo na rua. Uma mão à frente, outra atrás. As Descobertas fizeram-se por uma pequena nação, em crise, que venceu o Adamastor. Deportados, prisioneiros e mercenários, deram hoje lugar a desempregados, jovens licenciados e empresários. Saibamos PAULO ANDRÉ Managing Partner da Baker Tilly Portugal Falam a nossa lígua, torcem pelos três grandes, têm familiares a viver em Portugal mas a sua cultura tem traços próprios. competir, inovando. Brasil, China, Índia, e muitos outros, espreitam estes mercados. Tenhamos engenho para reeditar a história. Mas na aldeia global, os mercados já não se conquistam com armas, mas sim com estratégias e parcerias. Falam a nossa língua, torcem pelos três grandes, têm familiares a viver em Portugal mas a sua cultura tem traços próprios. Negoceiam com regras diferentes e de forma particular. Adapte-se à sua cultura e modo de fazer negócio. Integre-se na sociedade. Há muitas oportunidades. A sua democracia consolida-se. Nova legislação (fiscal, financeira, sectorial) define as regras de jogo. Desenvolve-se uma bolsa de PME s. Nasce uma nova classe média e empresários com capital para investir, abertos a parcerias. Mas não basta ter uma ideia, é precisa uma estratégia, um Plano de Negócio estruturado e realista e os parceiros certos, bem como um modelo de operação. Aqui estão os maiores problemas a implementação no terreno (a falta de recursos humanos e logísticos, as instalações, a burocracia, o processo de venda). Leve a sua melhor equipa. Procure parceiros certos que o ajudem a entender o mercado. Envolva equipas multidisciplinares, compostas por Portugueses, Angolanos e Moçambicanos. Dê atenção às questões financeiras, operacionais e organizacionais. Analise o investimento nas suas várias dimensões, avalie o modelo de negócio e identifique riscos e oportunidades. Delegue mas mantenha o controlo financeiro eoperacional. Angola e Moçambique esperam por si. De que está à espera? PUB

18 XVIII Diário Económico Terça-feira 18 Setembro 2012 INVESTIR EM ANGOLA, MOÇAMBIQUE E BRASIL OPINIÕES A advocacia na era da globalização O desafio que nos é colocado é ir ao encontro das necessidades dos clientes em diversas jurisdições. Na era da globalização, o comércio e o fluxo dos investimentos não conhecem fronteiras físicas e também os advogados necessitam de pensar a sua internacionalização, se quiserem acompanhar os investimentos no estrangeiro dos seus clientes. O desafio que nos é colocado é ir ao encontro das necessidades dos clientes em diversas jurisdições e cobrindo várias áreas do direito. Mais do que nunca, nos dias que correm, os advogados têm de estar preparados para dar uma resposta pronta e de valor acrescentado, a custos controlados, actuando em representação dos clientes e procurando fidelizá-los como se estivessem em Portugal. Dadas as afinidades culturais e linguísticas, o investimento português tem privilegiado os países/regiões de língua portuguesa, como Angola, Brasil, Cabo-Verde, Moçambique, entre outros, e os advogados tendem a seguir à bolina, os bons ventos de internacionalização dos seus clientes. Neste contexto e no âmbito da sua estratégia de internacionalização, a Abreu Advogados lançou a marca umbrella Abreu International Legal Solutions. Esta marca agrega os serviços prestados a nível internacional através das suas parcerias com sociedades locais. Em Angola, a FBL Advogados, em Moçambique, a Ferreira Rocha & Associados, na China, Macau, a C&C Advogados e no Brasil, através de Parcerias estratégicas. Cada parceiro local da Abreu Advogados actua sob os valores da marca umbrella Abreu International Legal Solutions, que espelham os padrões de qualidade praticados pela Abreu Advogados, mantendo no entanto a sua identidade própria. A internacionalização da advocacia deve ser encarada como um projecto, um caminho, nem sempre fácil, a longo prazo e de forma sustentável. PEDRO PAIS DE ALMEIDA Advogado Sócio e Co-Responsável pela Mozambican Desk da Abreu Advogados Dadas as afinidades culturais e linguísticas, o investimento português tem privilegiado os países/regiões de língua portuguesa, como Angola, Brasil, Cabo-Verde, Moçambique, entre outros. Peter Foley/Reuters Tempos modernos: estagnação vs. internacionalização De África à Ásia, passando pela América (Sul e Norte) existe uma rede bem urdida de gente experiente. Éjá um lugar-comum dizer que as empresas portuguesas têm de apostar na sua internacionalização para garantir a sua subsistência. Então porque vale a pena voltar ao tema? Três ideias a explorar: (1) visão estratégica é agora imperativo económico; (2) espaços naturais de crescimento; e (3) as redes de conhecimento para protecção da expansão. A primeira ideia trata-se em poucas linhas. Após o advento da democracia em 1975, Portugal e o seu tecido empresarial contrariam uma tradição de séculos e fecham-se sobre si próprios e, numa segunda fase, a Europa. Só quem antecipou a exiguidade e limitações do mercado se preocupa em descobrir outros espaços de crescimento. Desse esforço, aparentemente extemporâneo, nasceram os poucos sobreviventes imunes à doença que os mercados financeiros recentemente se encarregaram de fazer alastrar para todos os sectores da economia a uma velocidade internáutica. A maka financeira estalou e o ambiente leve-leve dos corredores aeroportuários virou uma babilónica de linguajares, com dissonâncias que só os pioneiros conseguem destrinçar. A crise é global, mas novos mercados geram um mundo de oportunidades. As muitas necessidades, de parte a parte, e o bom discernimento dos de lá cada vez mais e dos de cá com algum caminho a percorrer, tornam os PALOP num espaço de (re)encontro histórico entre velhos conhecidos. É o espaço natural das empresas nacionais. Mas o esforço é enorme e o resultado incerto. Aqueles que em devido tempo exportaram e adquiriram conhecimento, têm agora relações sólidas estabelecidas em todo o espaço de crescimento das empresas. De África à Ásia, passando pela América (Sul e Norte), existe uma rede bem urdida de gente experiente e empreendedora, a qual tem como única função aconselhar e proteger os investidores na expansão e consolidação dos seus negócios. Em Angola, Brasil e Moçambique, as empresas não têm de lutar contra o desconhecido ou dificuldades aparentemente insuperável. É essa a segurança e proteção que os mais velhos podem garantir a quem recentemente começou ou quer iniciar o seu esforço de internacionalização nos PALOP. JOÃO AFONSO FIALHO Sócio da Miranda Correia Amendoeira & Associados Aqueles que em devido tempo exportaram e adquiriram conhecimento, têm agora relações sólidas estabelecidas em todo o espaço de crescimento das empresas. Arquivo Económico

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