Pesquisa Fecomércio de Turismo - Verão em Florianópolis

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2 Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina Pesquisa Fecomércio de Turismo - Verão em Florianópolis Turismo de Verão em Florianópolis 2015 Núcleo de Pesquisas Fecomércio SC Março de 2015

3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO PERFIL DO TURISTA E AVALIAÇÃO DO DESTINO Perfil Pessoal... 3 Demanda e Gastos do turista Avaliação do Turista IMPACTO ECONÔMICO NAS CIDADES C Impacto econômico no setor de comércio e serviços Impacto econômico no setor de hotelaria CONCLUSÃO

4 INTRODUÇÃO A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio SC), com o intuito de mapear o perfil do turista que vem desfrutar dos encantos de Florianópolis e o impacto do verão para os empresários, realiza pesquisa com esses públicos durante as temporadas de verão desde Nesta edição, comemorativa dos 289 anos da cidade de Florianópolis, apresenta-se um estudo comparativo com base nos dados apurados ao longo destas quatro temporadas. Foi realizada a compilação das informações apuradas em pesquisas sistemáticas realizadas pelo Núcleo de Pesquisas da Fecomércio SC, utilizando procedimentos metodológicos uniformizados. A pesquisa 2015 foi elaborada e conduzida seguindo duas etapas distintas: uma pesquisa com os turistas que envolveu mais de 479 pessoas, e uma pesquisa com 243 empresários dos setores do comércio, serviços, turismo e hotelaria. A quantidade de turistas entrevistados representa, para um nível de significância de 95%, um erro amostral calculado de 4,4%. Na segunda etapa, com uma amostra de 243 empresas, calcula-se que 95% dos intervalos de confiança estimados, com semiamplitude máxima igual a 4,5%, contendo as verdadeiras frequências apuradas. A coleta de dados ocorreu entre os dias 2 de janeiro e 8 de fevereiro de 2015, com os turistas, e nos dias 10 e 12 de fevereiro, com os empresários. Para as entrevistas com os turistas, os pesquisadores foram alocados nas praias, em pontos de grande fluxo de pessoas e nos principais centros de comércio e serviços da cidade, seguindo a distribuição: Florianópolis Jurerê Canasvieiras Santinho Ingleses Campeche Armação Lagoa da Conceição Barra da Lagoa Centro Comércio, Aeroporto e Rodoviária. 2

5 PERFIL DO TURISTA E AVALIAÇÃO DO DESTINO Com a finalidade de compreender as características dos turistas que frequentam Florianópolis, foram realizadas perguntas para conhecer o perfil do visitante, o gasto do turista durante as férias e a sua avaliação da temporada. Perfil Pessoal O turista entrevistado em Florianópolis foi predominantemente feminino. Entre 2012 a 2014, a distribuição do sexo apresenta certo equilíbrio, contudo, em 2015, a presença feminina supera a masculina em 25,2 pontos percentuais. A predominância é de um público adulto, principalmente na faixa dos 31 aos 50 anos, mas também se destaca o percentual de jovens entre 18 e 25 anos. Sendo que algumas particularidades foram percebidas quando a investigação detalhou a evolução dos dados pesquisados desde Sexo Sexo Feminino 50,0% 44,5% 51,9% 62,6% Masculino 50,0% 55,5% 48,1% 37,4% Total Geral 100% 100% 100% 100% A evolução dos dados mostra uma tendência de queda na frequência de turistas da faixa etária de 31 a 40 anos e aumento da faixa de 18 a 25 anos. Em 2015, a distribuição ficou bem equilibrada entre todas as idades. Faixa Etária Faixa Etária De 18 a 25 anos 11,9% 20,5% 21,5% 22,5% De 26 a 30 anos 16,3% 13,3% 18,9% 14,0% De 31 a 40 anos 33,8% 28,3% 22,8% 21,5% De 41 a 50 anos 21,9% 20,5% 18,9% 23,4% De 51 a 60 anos 11,0% 10,3% 13,0% 11,5% Acima de 60 anos 5,3% 6,2% 4,9% 6,9% NS/NR 0,9% 0,2% Total Geral 100% 100% 100% 100% 3

6 O estado civil dos turistas que frequentaram Florianópolis foi predominantemente formado por dois grupos, os casados ou em união estável (48,3%) e os solteiros (42,4%). Estado Civil (2015) 42,4% 48,3% 5,5% 3,7% 0,2% Solteiro Casado/ União estável Separado ou divorciado Viúvo Outro Fonte: Nucleo de Pesquisas Fecomércio SC A distribuição dos turistas por renda média familiar mensal em 2015 concentra 63% na faixa de R$ e R$ 6.506, indicando predomínio da classe C. Renda média familiar mensal (2015) De 0 a R$ 946 1,7% De R$ 947 a R$ ,2% De R$ a R$ ,0% De R$ a R$ ,0% De R$ a R$ De R$ a R$ ,5% 7,3% De R$ ou mais 0,6% Recusa 7,7% 4

7 Para uniformizar a avaliação ao longo da série histórica foi utilizada a comparação por classes socioconômicas. Neste contexto, a evolução dos dados mostra um sutil declínio na quantidade de turistas das classes A e B+. Classes Socioeconômicas oeconômicas 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Classe E 1,0% 3,7% 3,3% 1,7% Classe D 9,8% 8,2% 9,2% 13,2% Classe C 61,1% 53,4% 57,5% 63,0% Classe B- 11,0% 7,3% 9,0% 6,5% Classe A e B+ 15,1% 14,1% 9,7% 7,9% Recusa 2,1% 13,3% 11,3% 7,7% Com a observação da série histórica da origem dos turistas é possível constatar o aumento da presença de turistas estrangeiros, principalmente argentinos, cuja participação cresceu 6,3 p.p., de 2012 para Em relação ao turista brasileiro, verifica-se o aumento na quantidade de turistas procedentes dos estados da Região Sul, que na temporada de 2015 somaram 53,8% de participação. 5

8 Origem do turista País e estado de origem do turista Brasil 85,7% 81,8% 83,1% 78,9% RS 17,1% 22,0% 30,2% 35,0% PR 13,6% 13,6% 7,7% 9,2% SC 18,9% 12,9% 16,1% 9,6% SP 15,2% 18,9% 17,9% 11,9% MG 3,8% 2,3% 2,9% RJ 3,0% 3,1% 0,8% Outros estados 20,9% 7,6% 5,9% 9,4% Argentina 9,4% 14,4% 11,8% 15,7% Uruguai 2,1% 3,1% 2,3% Paraguai 1,3% 1,3% 0,6% Chile 0,4% 0,3% 1,5% Outros 4,9% 0,5% 1,0% Total Geral 100% 100% 100% 100% Ainda com relação à origem dos turistas brasileiros, o destaque fica por conta do percentual de turistas do estado de São Paulo veraneando em Florianópolis, 11,9%. De maneira geral, os veículos próprios vêm sendo o meio de transporte mais utilizado pelos turistas para chegar a Florianópolis. Sendo que, na temporada de 2015, foi significativo o número de turistas que chegaram à cidade por meio de ônibus convencional e avião, além de veículo próprio. Meio de transporte Meio de Transporte Veículo próprio 68,9% 47,0% 44,4% 38,2% Veículo alugado 0,2% 0,2% 1,4% 0,4% Ônibus regular 9,8% 18,5% 24,4% 37,2% Ônibus fretado 2,1% 1,4% 0,5% 1,0% Avião 18,3% 32,0% 25,1% 23,0% Outro 0,7% 0,9% 4,1% 0,2% Total Geral 100% 100% 100% 100% Outra parte importante do perfil do turista refere-se aos grupos de viagem: a maioria dos turistas viajou em grupos familiares (52,4%), estes compostos por 4 pessoas em média; e outros 15,7% viajaram em casais. Os grupos de amigos representaram 17,1% e foram formados, em média, por 4,3 pessoas. 6

9 Grupo de viagem Grupo de Viagem Família 52,4% 75,0% 68,9% 67,0% Casal 15,7% Amigos 20% 18% 13,3% 17,1% Sozinho 4% 12% 16,1% 14,8% Colegas de trabalho/ escola 0% 0% 1,5% 0,0% Outros 1% 1% 2,0% 0,0% Total Geral 100% 100% 100% 100% O tamanho médio dos grupos de viagem em Florianópolis foi de 3,3 pessoas em Tamanho do grupo de viagem Tamanho médio dos grupos de viagem Amigos 5,0 4,4 4,3 Colegas de trabalho/ escola 3,0 4,5 Família 4,0 3,6 4,1 Casal 2,0 Sozinho 1,0 1,0 1,0 Outros 2,5 2,0 Total Geral 3,9 3,4 3,6 3,3 Os turistas ficaram bem distribuídos entre os principais tipos de hospedagem em 2015: 34,5% em casas de parentes e amigos, 22,9% em pousadas, 22,3% em casas alugadas e 15,8% em hotéis. Tipo de hospedagem Tipo de Hospedagem Casa alugada 20,8% 17,6% 19,7% 22,3% Casa de Parentes e amigos 28,9% 30,2% 30,7% 34,5% Pousadas 21,3% 20,1% 19,4% 22,9% Imóvel próprio 5,1% 3,7% 5,6% 1,7% Hotel 20,2% 18,1% 18,4% 15,8% Camping 1,3% 1,4% 1,5% 0,6% Quarto e café em casa de família 1,3% 0,4% 0,5% 0,4% Outros 1,0% 8,4% 4,1% 1,9% Total Geral 100% 100% 100% 100% A média de duração da estada dos turistas foi de 10,4 dias em 2015, período inferior ao ano anterior, mas ainda assim dentro dos extremos já apurados. 7

10 Duração da estada (dias de permanência) Média de dias de permanência Total Geral 9,6 10,1 12,1 10,4 Os turistas que veranearam em Florianópolis nesta temporada, em sua maioria (63%), não o fizeram pela primeira vez. Primeira vez na cidade? 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 34,0% 31,3% 28,1% 37,0% 66,0% 68,7% 71,9% 63,0% Sim Não Foi investigada a intenção dos turistas em visitar outras localidades do Estado a fim de identificar o deslocamento deles pelas rodovias e roteiros preferidos. Constatou-se que a maioria dos turistas hospedados em Florianópolis demonstrou interesse em se deslocar para outras cidades. 8

11 Pretensão de visitar outra cidade de Santa Catarina 100% 90% 80% 70% 60% 50% 95,0% 90,0% 83,1% 91,6% Sim 40% Não 30% 20% 10% 0% 16,9% 5,0% 10,0% 8,4% Neste ano, também foi apurado qual a principal influência na escolha do destino turístico no caso Florianópolis: no caso, o conhecimento prévio do local e os comentários de amigos e parentes. Principal influência para a escolha do destino (2015) Já conhecia o local Comentário de amigos e parentes Internet Propagandas Televisão ou rádio Agência de viagem Outros 3,4% 1,5% 1,7% 0,0% 6,1% 43,2% 44,1% 9

12 Demanda e Gastos do turista É extremamente importante levantar para onde se destinarão e quais são os gastos dos turistas durante a temporada de férias. Para isso, a Fecomércio SC também perguntou aos entrevistados quais seriam os locais de comércio visitados pelos mesmos. Como cada turista poderia visitar o comércio de diferentes regiões da cidade, a questão foi de múltipla escolha. Seguem abaixo os resultados: Intenção de visitar o comércio da cidade (2015) Comércio das praias 54,9% Centro da Cidade 33,8% Não tem intenção de visitar 10,2% Outro 0,8% NS/NR 0,2% A média de gastos no comércio manteve-se estável desde o ano de 2013, com pequena oscilação chegando a R$375,06, em R$450,00 R$400,00 Média de gastos no comércio R$350,00 R$300,00 R$384,64 R$362,51 R$375,06 R$250,00 R$200,00 R$253,

13 Com relação ao gasto médio dos turistas com a temporada, foram analisados os itens hospedagem, alimentação, transporte e lazer, sendo que o gasto mais elevado é com hospedagem, seguido pelos gastos com alimentação. No geral, percebe-se a redução dos gastos dos turistas com a temporada de verão de Florianópolis. Média de gastos g com a temporada Gastos com a temporada Lazer R$ 256,44 R$ 508,48 R$ 396,00 R$ 281,09 Alimentação R$ 376,78 R$ 675,29 R$ 866,27 R$ 601,28 Transporte R$ 396,92 R$ 535,61 R$ 764,05 R$ 494,35 Hospedagem R$ 538,93 R$ 1.734,68 R$ 1.075,92 R$ 1.271,89 Total Geral * R$ 3.161,39 R$ 3.102,24 R$ 2.211,62 Nota: o gasto geral não foi apurado na pesquisa realizada em 2012 Avaliação do Turista Fator bastante importante para apontar os pontos positivos e negativos das cidades durante a temporada para os turistas é a avaliação que eles fazem sobre diversos pontos de relevância. A partir destas informações, é possível procurar elementos a serem melhorados e identificar acertos a serem repetidos nas próximas temporadas. No geral, a avaliação do turista quanto à sua estada em Florianópolis na temporada de verão de 2015 foi positiva. Os itens melhor avaliados foram a receptividade dos moradores e o comércio. Os itens que merecem atenção, segundo a avaliação dos turistas foram: o serviço de orientação ao turista, serviços de hospedagem e a infraestrutura viária. 11

14 Avaliação do turista em relação à temporada Florianópolis Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo Não Utilizou Avaliação Comércio 20% 67% 8% 3% Bares e restaurantes 19% 63% 10% 3% 5% Avaliação da Hospedagem 22% 41% 7% 1% 29% Opções de lazer 18% 52% 11% 4% 15% Infraestrutura das praias 11% 43% 24% 15% 5% 2% Salva-vidas nas praias 9% 58% 17% 12% 3% Infraestrutura viária 7% 52% 15% 18% 5% 4% Segurança pública 7% 59% 17% 14% 2% Serviço de orientação ao turista 3% 26% 8% 10% 51% Receptividade dos moradores 30% 59% 7% 2% Total Geral 15% 52% 12% 8% 2% 12% O reflexo da boa avaliação por parte dos turistas está no grande percentual da manifestação na intenção de voltar ao destino turístico em outra oportunidade. Mais de 91% dos entrevistados responderam sim à pergunta: Pretende retornar no próximo ano?. 12

15 Intenção de voltar 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 95,0% 90,0% 83,1% 91,6% 5,0% 10,0% 16,9% 8,4% Sim Não O principal motivo daqueles que não têm a intenção de retornar é o desejo de conhecer outros lugares. Motivo para não retornar Motivo para não retornar 2015 Deseja conhecer outros lugares 43,9% Muito caro 22,0% Praias sem estrutura 4,9% Dificuldade de acesso 12,2% Muito longe 7,3% Cidade muito cheia 4,9% Praia muito suja 0,0% Falta de informação turística 2,4% Falta de segurança 2,4% Total Geral 100,0% 0,0% Destaca-se também que 22% dos turistas consideraram a possibilidade de não retornar em virtude dos elevados custos (muito caro) e 12,2% pela dificuldade de acesso. 13

16 IMPACTO ECONÔMICO NA CIDADE Para estudar o impacto da temporada de Verão 2015 para os empresários do comércio da cidade de Florianópolis, a Fecomércio SC também realizou uma série de perguntas aos comerciantes. Foram entrevistados 243 estabelecimentos comerciais, distribuídos entre todas as regiões e setores comerciais. A distribuição das entrevistas pode ser observada no quadro que segue: Setor (ramo em que a empresa atua) Setor Florianópolis Hotéis e pousadas 19,3% Vestuário, artigos esportivos e de praia. 26,7% Bares, restaurantes, lanchonetes e sorveterias. 21,0% Padarias e confeitarias 11,5% Farmácias 6,6% Calçados 3,7% Supermercados 2,9% Ag. Turismo 3,3% Presentes e souvenir 0,8% Livrarias e revistarias 2,1% Outros 2,1% Total Geral 100,0% Impacto econômico no setor de comércio e serviços Buscando captar os efeitos da temporada de verão no mercado de trabalho, a pesquisa da Fecomércio SC foi encontrar junto às empresas do comércio a média de contratação de novos colaboradores para o período. Com o percentual geral de 35,5% dos estabelecimentos contratando colaboradores extras para o Verão 2015, percebe-se a perspectiva de aumento no movimento para este período. 14

17 Contratação de colaboradores extra para a temporada de verão Contratação de colaboradores extra para a temporada de verão Não 59,7% 56,7% 64,5% Sim 40,3% 43,3% 35,5% Total Geral 100,0% 100,0% 100,0% Como é possível ver na tabela abaixo, o número de trabalhadores extras contratados é significativo em todas as temporadas. Quantidade média de colaboradores extra para a a temporada de verão Colaboradores extra contratados Média 2,4 7,5 5,6 7,3 Já em relação ao movimento, as avaliações dos empresários em todas as temporadas foram positivas, com a maioria das opções de resposta para muito bom e bom. Os dados podem ser vistos abaixo: Avaliação do movimento deste ano para seu estabelecimento Avaliação do movimento Muito bom 9,5% 16,5% 14,5% Bom 50,2% 42,6% 43,4% Irrelevante 18,5% 17,3% 19,0% Negativo 14,7% 16,5% 18,2% Péssimo 6,2% 7,0% 5,0% NS/NR 0,9% Total Geral 100,0% 100,0% 100,0% Investigando as ações ou planos publicitários que os empresários realizaram para atrair consumidores a seus estabelecimentos, percebe-se que muitos não praticaram qualquer ação. Mesmo assim, as campanhas de divulgação na internet, os descontos e a facilidade nas formas de pagamento foram as opções mais citadas pelos comerciantes. 15

18 Ação para atrair o consumidor e/ou fazer publicidade na temporada de verão Não realizou ação e/ou publicidade Descontos 33,3% 35,4% Divulgação em jornal/ folders 7,0% Divulgação na internet 22,6% Divulgação na TV/ rádio 5,3% Atendimento personalizado Facilidade nas formas de pagamento Sorteio de prêmio ou brindes temáticos 1,2% 0,8% 0,0% Outro 6,6% Nota: : respostas múltiplas, percentual total superior a 100% Em relação à estrutura desses estabelecimentos, os serviços que os mesmos oferecem e as ações que realizaram durante o período de veraneio de 2015, os gráficos a seguir dão conta de demonstrar tais características: Serviços oferecidos aos clientes na temporada de verão Colaboradores capacitados ao atendimento Banheiro para clientes Cartão de crédito internacional Estacionamento 83,1% 87,7% 86,0% 77,0% Ambiente para deficientes físicos Colaborador fala espanhol Colaborador fala inglês 56,0% 59,7% 56,4% Ambiente para idosos Pagamento em moeda estrangeira (dólar/peso/euro) 30,9% 28,0% Área para fumantes 3,7% Nota: respostas multiplas, percentual superior a 100% 16

19 A evolução da média de gastos por cliente durante a temporada de verão mostra aumento pouco expressivo nos setores de comércio e serviços e, em contrapartida, o setor de hotelaria vivenciou um aumento bastante significativo, de 78%, na passagem de 2014 para Gasto médio por cliente, por compra, durante a temporada de verão. v Ticket médio em R$ Gasto médio por cliente durante a temporada Gasto médio por cliente nos setores de comércio e serviços (exceto hotelaria) * R$ 213,02 R$ 225,40 R$ 293,44 Gasto médio por cliente nos setores de hotelaria R$ 196,30 R$ 676,24 R$ 851,13 R$ 1.514,49 Total Geral R$ 134,92 R$ 248,48 R$ 326,75 R$ 532,56 Nota: sem informação segmentada em 2012 A forma de pagamento destes gastos pode ser observada na figura seguinte, onde fica clara a predominância do pagamento à vista, principalmente nos cartões de crédito. Forma de pagamento preponderante,, durante a temporada de verão. Forma de pagamento À vista, dinheiro. 16,6% 13,4% 12,0% À vista, cartão de débito. 7,6% 7,7% 11,6% À vista, cartão de crédito. 64,5% 43,7% 52,1% Parcelamento, cartão de crédito. 10,4% 34,2% 24,0% Parcelamento crediário 0,9% 0,4% Outro 0,7% 0,4% Total Geral 100,0% 100,0% 100,0% Para finalizar a análise da temporada de Verão 2015 em Florianópolis no âmbito do empresário do comércio e serviços, buscou-se saber a variação do seu faturamento, tanto em relação ao mês imediatamente anterior quanto em relação ao mesmo período de Na avaliação de Florianópolis foi percebida redução de 2,3% no faturamento em relação ao ano anterior, mas, em relação aos demais meses do ano, aumento foi de 19%. Variação no faturamento Variação no faturamento Em relação à temporada do ano anterior 7,4% 6,5% 0,8% -2,3% Em relação aos meses comuns do mesmo ano 37,5% 3,9% 23,2% 19,0% 17

20 Impacto econômico no setor de hotelaria Setor diretamente influenciado pelo turismo, a hotelaria também foi objeto de investigação pela pesquisa da Fecomércio SC. Para tanto, foi aplicado um questionário específico em hotéis e pousadas de Florianópolis. A primeira questão levantada diz respeito à contratação de colaboradores extra para atender às demandas do período de alta temporada de verão, onde 51,1% dos estabelecimentos do setor hoteleiro em Florianópolis realizaram contratações para atender o auge da sazonalidade. Contratação de colaboradores extra para a temporada de verão 2015 Setor de hotelaria Contratação de colaboradores extra para a temporada de verão Não 35,3% 41,3% 48,9% Sim 64,7% 58,7% 51,1% Total Geral 100,0% 100,0% 100,0% Buscou-se saber a média de trabalhadores temporários contratados para a temporada de Verão Em Florianópolis, a média apresentou-se acima de 10 pessoas contratadas. Quantidade média de colaboradores extra para a temporada de verão 2015 Setor de hotelaria Colaboradores extra contratados Média 3,7 13,7 9,4 10,3 Examinado a percepção dos empreendedores deste setor em relação ao movimento da temporada de verão 2015, o resultado é otimista, pois a maioria das impressões foi positiva: 44,7% avaliaram como muito bom e 40,4% como bom. Avaliação do movimento no estabelecimento Setor de hotelaria Avaliação do movimento Muito bom 29,4% 30,4% 44,7% Bom 64,7% 47,8% 40,4% Irrelevante 5,9% 13,0% 6,4% Negativo 6,5% 4,3% Péssimo 2,2% 4,3% Total Geral 100,0% 100,0% 100,0% 18

21 No setor hoteleiro, como investimento em ações ou planos publicitários foram realizadas campanhas de divulgação na internet, concedendo descontos e facilidades nas formas de pagamento, para atrair os clientes. A pesquisa mostra que o setor hoteleiro realiza investimento de publicidade para atrair consumidores. Ação para atrair o consumidor e/ou fazer publicidade Setor de hotelaria Ação para atrair o consumidor e/ou fazer publicidade p 2015 Divulgação na internet 76,6% Não realizou ação e/ou publicidade 17,0% Descontos 27,7% Divulgação em jornal/ folders 6,4% Divulgação na TV/ rádio 2,1% Facilidade nas formas de pagamento 2,1% Atendimento personalizado 0,0% Outro 2,1% Total Geral 134,0% Nota: respostas múltiplas, percentual total superior a 100% Dos serviços oferecidos aos clientes, o estacionamento é ofertado por todos os estabelecimentos entrevistados, com destaque também para o banheiro para clientes, e a disponibilidade de cartão de crédito internacional. Serviços oferecidos aos clientes Setor de hotelaria Serviços oferecidos ao cliente 2015 Banheiro para clientes 97,9% Estacionamento 100,0% Cartão de crédito internacional 91,5% Colaborador fala espanhol 91,5% Colaboradores capacitados ao atendimento 66,0% Colaborador fala inglês 78,7% Pagamento em moeda estrangeira (dólar/peso/euro) 48,9% Ambiente para deficientes físicos 57,4% Ambiente para idosos 34,0% Área para fumantes 17,0% Total Geral 683,0% Nota: respostas múltiplas, percentual total superior a 100%. Para finalizar a análise do setor hoteleiro na temporada de Verão 2015 em Florianópolis, constatou-se a variação do faturamento em relação à temporada do ano anterior, 19

22 a qual apresentou um aumento de 1,4 p.p de um ano para outro, e em relação aos demais meses do ano um percentual de 52,2%. Variação no faturamento Setor de hotelaria Variação no faturamento Em relação à temporada do ano anterior -1,3% 32,1% 1,5% 2,9% Em relação aos meses comuns do mesmo ano * 30,8% 51,7% 52,2% Nota: sem informação segmentada em 2012 Importantes indicadores do desempenho do setor hoteleiro são o tempo de permanência dos hospedes, que foi de 5,1 dias na média geral, e o percentual de ocupação dos leitos, que chegou a 90,4%. Tempo de permanência do turista Setor de hotelaria Tempo de permanência do turista Média de dias de permanência do turista no estabelecimento 6,7 5,1 4,9 5,1 Analisando a evolução sobre o percentual de ocupação dos leitos, observa-se que, entre o período entre 2012 a 2014, esse número manteve uma estabilidade. Contudo, de 2014 para 2015, o percentual de ocupação dos leitos cresceu 11,5 p.p., rompendo com a tendência de estabilidade. Percentual de ocupação dos leitos Setor de hotelaria Percentual de ocupação dos leitos Percentual médio de ocupação dos leitos durante a temporada de verão 76,0% 76,9% 78,9% 90,4% 20

23 CONCLUSÃO A Pesquisa Fecomércio de Turismo Temporada de Verão Florianópolis 2015 analisou as múltiplas facetas do turismo na Capital catarinense. A primeira parte da pesquisa traça o perfil do turista que frequentou esta temporada de verão no município. Prevaleceu a faixa etária dos 31 aos 50 anos, com predominância da participação do público feminino. Quanto à renda média familiar mensal, os frequentadores da cidade de Florianópolis, estão concentrados na faixa de R$ e R$ 6.506, representando 63% dos entrevistados, indicando predomínio da classe C entre os turistas. Em relação à origem, os brasileiros são a maioria dos turistas que frequentam Florianópolis, expressando um percentual de 78,9%, dos quais 35% eram provenientes do Rio Grande do Sul. Mas a cidade também recebeu um percentual de turistas estrangeiros considerável de 21,1%, dos quais 15,7% são Argentinos. Ainda com relação à origem dos turistas brasileiros, analisando o Estado de origem, é possível verificar que a proximidade geográfica influenciou a escolha do destino dos turistas, onde mais de 53,8% dos turistas é da própria Região Sul. Outra parte importante do perfil do turista refere-se aos grupos de viagem: a maioria dos turistas viaja em companhia de familiares (52,4%), seguida por aqueles que viajam em casais (15,7%). Os grupos de viagem em geral foram compostos em média por 3,3 pessoas, permanecendo na cidade por um período médio de 10,4 dias. A pesquisa buscou levantar para onde se destinaram e quais são os gastos dos turistas durante a temporada de férias. Com relação ao gasto médio dos turistas com a temporada foram analisados os itens hospedagem, alimentação, transporte e lazer. Percebese que o mais elevado foi hospedagem, que representou um gasto médio de R$ 1.271,89. No total geral de gastos com a temporada, os turistas de Florianópolis desembolsaram em média, R$ 2.211,62. Fator bastante importante para apontar os pontos positivos e negativos das cidades durante a temporada para os turistas é a avaliação que eles fazem sobre diversos pontos de relevância. No geral, a avaliação do turista quanto a sua estada na temporada de verão de 2015 foi positiva. Os itens melhor avaliados foram a receptividade dos moradores e o comércio. Os principais itens que merecem são o serviço de orientação ao turista, serviços de hospedagem e a infraestrutura viária. Segundo a percepção dos empresários de diversos setores diretamente afetados pelo turismo de verão, a média de gastos por cliente na temporada ficou em R$ 293,44 em Florianópolis. Para o setor hoteleiro, dois indicadores são importantes para representar o desempenho do setor: o tempo de permanência dos hospedes que foi de 5,1 dias na média geral, e o percentual de ocupação dos leitos, 90%. 21

24 Por estes resultados, é possível dimensionar o quanto o turismo de verão é importante para a economia do município, impulsionando desta forma a economia do comércio, setor de serviços, hotelaria, bares e restaurantes na cidade de Florianópolis. 22

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