Pº R.P. 208/2009 SJC-CT-

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Pº R.P. 208/2009 SJC-CT-"

Transcrição

1 Pº R.P. 208/2009 SJC-CT- Registo de acção - registo anterior de promessa de venda - Princípio do trato sucessivo - Intervenção do proprietário inscrito ( promitente vendedor). PARECER Relatório: A. A descrição da ficha nº 499 da freguesia de, da Conservatória do Registo Predial de, diz respeito a um prédio misto denominado Quinta de, com a área de 15, 7845 hectares, inscrito na matriz rústica sob o artigo 219 Secção B e na matriz urbana sob os artigos 1061 e À data do pedido de registo cuja qualificação vem agora impugnada a situação jurídico-tabular do prédio era a seguinte: a) Registo de aquisição a favor de José., divorciado (Ap. 16 de 1991/04/15 e Ap. 5 de de 2002/06/24; b) Registo de promessa de venda a favor de Manuel., c.c. Idalina, na comunhão geral, Rui, solteiro, maior, e Vítor ( o ora recorrente), c.c. Cecília, na comunhão geral (Ap. 6 de 2002/06/24); c) Registo de arresto, convertido ulteriormente em penhora no processo em que é exequente a massa falida de, Lª (Ap. 4 de 2004/05/26, Ap. 1 de 2004/07/29 e Ap. 3 de 2007/07/06); d) Registo provisório por natureza e por dúvidas, já caducado, de acção instaurada por Carlos, casado, e por Miguel, casado, contra Vítor.(ora recorrente), casado, em que se pede o decretamento da execução específica do contrato celebrado entre os autores, o réu e outros (Ap. 10 de 2007/07/05 e of. de 2008/02/27); e) Anotações de recusa, de interposição de recurso e de improcedência deste (Ap. 1 de 2007/07/24 e of. de 2008/02/26), relativos a um pedido de conversão em definitivo da já referida inscrição de promessa de venda, com base no contrato prometido, requisitado pela Ap. 1 de 2007/05/28 (cfr. docs. 6 e 7 juntos com a petição inicial que serviu de base ao registo da acção cuja qualificação vem impugnada, e art.s 47º e segs. desta p.i.); f) Registo de acção também provisório por dúvidas, em que é autor reconvinte Vítor.(ora recorrente) e réus reconvindos Carlos e Miguel, cujo pedido reconvencional é o reconhecimento do direito à execução específica do contrato promessa de compra e venda no qual o autor, reconvinte na acção, prometeu vender aos reconvindos o prédio (Ap. 5 de 200 /03/06). 1

2 B. Pela Ap. 3 de 200 /07/03 o ora recorrente pediu na Conservatória recorrida o registo de acção de reivindicação com base em petição inicial entregue por via electrónica em 2009/06/29 no Tribunal Judicial de. A acção é de reivindicação, sob a forma de processo comum ordinário, instaurada pelo ora recorrente e mulher Cecília contra a massa falida de Ldª, com intervenção provocada de Manuel, casado, e Rui, solteiro, com formulação dos seguintes pedidos: 1. Sejam os AA. reconhecidos legítimos proprietários do prédio misto (já identificado); 2. Seja concedida a efectivação do registo definitivo de aquisição do mesmo prédio com efeitos desde 24/06/2002, data do registo do contrato promessa com eficácia real; 3. Seja levantada a penhora que pende sobre a propriedade, por posterior ao registo do contrato promessa, restituindo-se o imóvel à propriedade dos AA. livre do referido ónus. Damos aqui por reproduzido o articulado da p.i., mas não deixamos na economia do parecer de realçar os fundamentos básicos em que assentam os pedidos formulados: Os AA. 1 celebraram em com o titular inscrito José o contrato promessa com eficácia real que veio a ser registado em ; Em os AA. 2 celebraram contrato promessa de compra e venda do mesmo prédio 3 ; Os AA. deveriam ter sido notificados nos termos do art. 119º, nº 1, do C.R.P., sendo nulo o arresto decretado sobre o prédio, por se tratar de um bem que não pertencia já à esfera do primitivo titular; Os AA. 4 celebraram em escritura pública de aquisição do imóvel Quinta de ; 1 - Mais exactamente, os AA. e os intervenientes provocados. 2 - Mais exactamente, os AA. e os intervenientes provocados. 3 - Resulta do documento (doc. nº 4, junto com a p.i.) que titula este contrato que os AA. (e os intervenientes provocados) actuaram na qualidade de procuradores mandatados com procuração irrevogável de José ( ) e que os promitentes compradores são Carlos e Miguel. 4 - Mais exactamente, os AA e os intervenientes provocados, de acordo com o que resulta do título (doc. nº 6 junto com a p.i.). 5 - Por lapso, no art. 47º da p.i. consta a data de

3 Não foi permitido aos AA. 6 efectuar o registo definitivo de aquisição retroagindo à data da celebração do contrato promessa 7 ; Os promitentes compradores Manuel e Rui cederam todos os direitos emergentes do contrato promessa a favor do A. marido 8. C. O peticionado registo de acção foi qualificado como provisório por natureza nos termos da al. a) do nº 1 e da al. b) do nº 2 do art. 92º do C.R.P., e por dúvidas. A provisoriedade por natureza nos termos da al. b) do nº 2 do art. 92º do C.R.P. decorre do facto do pedido formulado na acção, objecto do registo pretendido, ser incompatível com o registo de acção anteriormente registado pela Ap. 5 / A provisoriedade por dúvidas resulta da contradição existente entre os pedidos formulados sob os nºs 1 e 2 ( ): pede-se por um lado que os autores sejam reconhecidos proprietários do prédio ( ) para logo a seguir se pedir que seja concedida a efectivação do registo definitivo de aquisição do prédio a favor do autor e de Manuel e de Rui, decorrente da compra e venda que lhes fez José, por escritura pública outorgada no Cartório Notarial da, em 24 de Maio de 2007 ( ), com efeitos desde 24 de Junho de 2002, data do registo do contrato promessa com eficácia real ( ). D. A decisão registal que mandou efectuar o registo provisoriamente por dúvidas foi objecto do presente recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos. Basicamente, o recorrente alega que tendo sido o contrato promessa dotado de eficácia real, o registo da aquisição deve ser permitido retroagindo à data da inscrição da respectiva promessa, não se verificando a existência de quaisquer direitos incompatíveis. E. Foi proferido despacho de sustentação no qual foram reiterados os fundamentos alinhados no despacho de qualificação. Saneamento: 6 -Mais exactamente, aos AA. e intervenientes provocados. 7 - Com a p.i. foi junta (doc. nº 7) a notificação do despacho de recusa do pedido (Ap. 1 de 2007/05/28) de conversão em definitivo do registo efectuado pela Ap. 06 de Com a p.i. foi junto um documento (doc. nº 8) sem data intitulado cessão da posição contratual no contrato promessa de compra e venda celebrado em 25 de Agosto de

4 O processo é o próprio, as partes legítimas, o recurso tempestivo, e inexistem questões prévias ou prejudiciais que obstem ao conhecimento do mérito. Pronúncia: 1- O registo da promessa de venda. A promessa de alienação ou oneração, se lhe tiver sido atribuída eficácia real, é facto sujeito a registo predial [cfr. art. 2º, nº 1, f), do C.R.P.]. No caso dos autos, foi efectuado o registo da promessa de venda definitivamente, pelo que o mesmo ainda se encontra em vigor 9. Coloca-se, então, a questão de saber o que vale este registo, mais precisamente em que consiste a eficácia real 10 da promessa de venda registada (cfr. art. 413, C.C.). Mas nós não vamos abordar esta questão, pela singela razão de que a mesma vai certamente ser debatida na acção cujo pedido de registo foi objecto de qualificação minguante em parte (quanto à decisão que o mandou efectuar provisoriamente por dúvidas) impugnada através do presente recurso hierárquico. Limitamo-nos, pois, sobre a matéria do «Direito do promissário, no contratopromessa de transmissão ou constituição de direitos reais sobre imóveis, ou móveis sujeitos a registo, quando as partes lhe atribuam eficácia real», a remeter para a Dissertação para Doutoramento em Direito Civil pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra do Prof. Henrique Mesquita (ob. cit., págs. 231/264). 2- O registo do arresto, ulteriormente convertido em penhora. 9 - Consta da inscrição o prazo da promessa [cfr. art. 95º, nº 1, d), do C.R.P.], que já decorreu, mas nem por isso se deve considerar a mesma inscrição caduca, como bem explicou Seabra de Magalhães, in Formulário do Registo Predial, 1972, pág. 150 (cfr. ainda parecer emitido no Pº 94/92 R.P. 4, in BRN nº 7/2002, págs. 56 e segs.) Expressão que, como ensina Henrique Mesquita, in Obrigações Reais e Ónus Reais, 1990, pág. 254, nota (193), foi inspirada pelos trabalhos preparatórios de Vaz Serra. Aquele Mestre (ob. cit., pág. 255), que defende que o beneficiário da promessa é apenas titular de um direito de natureza creditória (ob. cit. págs. 252 e segs.), prefere a expressão eficácia contra terceiros ou a expressão oponibilidade a terceiros, esta aliás em sintonia com a expressão verbal utilizada no art. 5º do C.R.P. 4

5 Como decorre do Relatório, o arresto foi registado definitivamente, apesar de se encontrar patenteado nas tábuas o registo definitivo da promessa de venda a favor de pessoa diversa do requerido. Entende o ora recorrente que deveriam ter sido notificados, nos termos do art. 119º, nº 1, do C.R.P. os titulares inscritos do registo da promessa de venda, sendo nulo o arresto por ter recaído sobre um bem que não pertencia já à esfera jurídica do primitivo titular (o requerido). Os autores (o ora recorrente e mulher) na acção objecto do registo cuja qualificação vem impugnada formularam expressamente nesta acção o pedido de levantamento da penhora. Tratando-se de matéria controvertida na acção, que integra indiscutivelmente o mérito do pedido, naturalmente que sobre a mesma o qualificador não deve pronunciarse, sob pena de vir a ser justamente censurado por se imiscuir no julgamento do mérito 11. Sem embargo, não podemos deixar de afirmar que a posição então assumida pelo qualificador em registar definitivamente o arresto encontra acolhimento na jurisprudência desta Casa A recusa da conversão em definitivo do registo da promessa de venda com base no documento titulador do contrato prometido. Se bem interpretamos os elementos carreados para os autos, pela Ap. 1 de 2007/05/28 foi pedida a conversão em definitiva da inscrição da promessa de venda, com base no documento que titula o contrato prometido (escritura pública de 11 - Já não seria descabida a pronúncia sobre as consequências jurídico-registais, caso viessem a ingressar na ficha de registo o contrato prometido e a (eventual) aquisição executiva decorrente da penhora registada e o Tribunal considerasse válida esta penhora (absolvendo a ré do pedido de levantamento da mesma) ou se julgasse incompetente para conhecer o pedido de levantamento da penhora (absolvendo quanto a este pedido a ré da instância). Ainda assim, entendemos que, nesta fase, sobre a matéria não devemos emitir pronúncia. A explicação é simples: o qualificador é quem em primeira instância deve decidir Cfr. o parecer citado na anterior nota (9), de que respigamos o seguinte excerto: «Por a inscrição de promessa de venda não valer como inscrição de aquisição seja esta provisória ou definitiva -, se o registo pedido fosse ( ) o de penhora, arresto ou apreensão em processo de falência ou insolvência [actualmente, o facto registando é a declaração de insolvência], sendo executado, arrestado ou insolvente o titular da inscrição de aquisição em vigor, não teria de ser lavrado provisoriamente por natureza, nos termos da alínea a) do nº 2 do art. 92º do CRP ( )». 5

6 ), mas este registo terá sido recusado porque o registo que se pretendia converter já era definitivo. Porém, ao recusar o pedido de registo, a Senhora Conservadora sustentou que o (novo) facto (aquisição) deveria ser registado por inscrição, alegando que a promessa de alienação não equivale a propriedade, pelo que o seu registo não equivale a registo de aquisição. Importa aqui sublinhar a justeza da posição então assumida. E importa ainda salientar que, mantendo-se, como se mantém, em vigor e sem impugnação pendente, o registo da promessa de venda, o registo da aquisição decorrente da celebração do contrato prometido é mera consequência daqueloutro registo da promessa de venda (cfr. art. 34º, nº 4, parte final, do C.R.P.), pelo que, não sofrendo o título de deficiências, nada obstará ao registo daquela aquisição, se entretanto for pedido (princípio da instância cfr. art. 41º do C.R.P.). 4- Os registos de acção com pedidos de execução específica de contratopromessa (de compra e venda). Em face dos elementos carreados para os autos, atrevemo-nos a dar por assente 13 que em ambos os registos se trata da mesma acção e que nesta se discute a execução específica do contrato-promessa de compra e venda de , em que são promitentes vendedores (ou mandatários do promitente vendedor José?) os titulares inscritos do registo da promessa de venda e promitentes compradores os já identificados Carlos e Miguel É claro que poderíamos diligenciar com vista a confirmar estas e outras situações que integram o complexo quadro factual que subjaz à requalificação do pedido de registo objecto do presente recurso hierárquico, mas sempre com prejuízo da celeridade da decisão (do recurso). Mais delicada, muito mais delicada, é, porém, a posição do serviço de registo receptor do pedido de registo quando, em consequência da abolição da competência territorial, não é ele o detentor do arquivo documental (arquivo vivo, de consulta permanente) atinente ao prédio cuja situação jurídica está em causa, porquanto a todo o momento terá que ponderar entre uma averiguação exauriente da situação jurídica revelada nas tábuas, com as inúmeras e por vezes infindáveis diligências que tal averiguação pode demandar, e a prolação de uma decisão registal célere que a fluidez do comércio jurídico (e, já agora, a avaliação do desempenho do qualificador) demandam. Neste contexto, o aqui relator não pode deixar de declarar que, na sua opinião, enquanto o arquivo documental não se encontrar acessível (online), do ponto de vista da qualificação registal é bem diferente a posição de titular de serviço de registo detentor daquele arquivo e a posição de titular de outro serviço de registo. Podemos estar equivocados, mas cremos que no caso dos autos a qualificação registal ora impugnada teria sido diferente se tivesse ocorrido no serviço de registo detentor do arquivo documental. 6

7 No 1º registo (Ap. 10 de 2007/07/05), já caducado, os AA. (promitentes compradores) inscreveram o pedido de execução específica deste contrato-promessa, e no 2º registo (Ap. 5 de 200 /03/06) o réu ora recorrente inscreveu o pedido reconvencional de execução específica do mesmo contrato-promessa. E afigura-se-nos ainda que o 1º registo foi efectuado provisoriamente por natureza nos termos da al. d) do nº 2 do art. 92º do C.R.P. porque estava dependente da recusa da conversão do registo da promessa de venda, e o 2º registo foi provisório por dúvidas porque, tendo desaparecido os efeitos da anotação da recusa da conversão do registo da promessa de venda, sobrava uma situação de violação do princípio da trato sucessivo. Vamos partir do pressuposto de que este 2º registo ainda está em vigor. Terá sido efectuado provisoriamente por dúvidas por violação do trato sucessivo. Não só porque o titular inscrito do direito de propriedade José não foi demandado mas também porque não terão sido demandados os promitentes vendedores Manuel e mulher e Rui. 5- O registo de acção cuja qualificação em parte vem impugnada. Estamos agora, segundo cremos, em condições de apreciar o mérito do recurso Se bem ajuizamos, os autores desta acção (o ora recorrente e mulher) pretendem essencialmente o reconhecimento judicial do seu direito de propriedade sobre o prédio. Importa reconhecer que do articulado da p.i. não ressalta com inteira evidência de que facto ou factos (causa de pedir cfr. art. 498º, nº 4, do C.P.C.) deriva o efeito jurídico pretendido (pedido, reconhecimento do direito de propriedade cfr. art. 498º, nº 3, do C.P.C.). Mas cremos não ser temerário afirmar que a causa de pedir radica nos seguintes factos: compra e venda titulada por escritura de e cessão por Manuel e Rui ao ora recorrente de todos os direitos emergentes do contrato-promessa de compra e venda de Porém, os AA. na acção não negam, antes afirmam, que celebraram o contrato-promessa de compra e venda titulado por escrito de , e cuja execução específica accionaram através da acção já registada. 7

8 Portanto, o pedido de reconhecimento do direito de propriedade dos AA visa, a nosso ver, conferir-lhes legitimidade para a formulação do pedido de execução específica daquele contrato-promessa de Assim sendo, como se nos afigura, o registo da acção com pedido de reconhecimento do direito de propriedade a favor dos AA. não é incompatível com o registo da acção com pedido de execução específica do contrato-promessa de , antes constituindo um prius lógico para que este registo da acção venha a adquirir definitividade. Resulta do exposto que a decisão registal de mandar efectuar o registo da acção provisoriamente por natureza nos termos do art. 92º, nº 2, b), do C.R.P., salvo o devido respeito, não se revelará ajustada. Pelo que, apesar de tal decisão não ter sido impugnada, impõe-se a nosso ver que a Conservatória recorrida diligencie junto da Conservatória do Registo Predial de a obtenção de todos os elementos para a averiguação exauriente dos termos e fundamentos do processo de registo que culminou com o registo da acção também provisório por dúvidas efectuado pela Ap. 5 de 200 /03/06, e, se forem confirmados os pressupostos aludidos, proceda à rectificação do registo da acção efectuado pela Ap. 3 de 200 /07/03 com eliminação da causa da provisoriedade por natureza da al. b) do nº 2 do art. 92º do C.R.P Se estiver correcto o nosso raciocínio, a definitividade do registo da acção efectuado pela Ap. 5 de 200 /03/06 está dependente da procedência do pedido de reconhecimento do direito de propriedade dos AA. formulado na acção registada pela Ap. 3 de 200 /07/03. Porém, este último registo de acção não pode a nosso ver adquirir definitividade sem a prévia inscrição do facto compra e venda titulado por escritura de O titular do direito de propriedade inscrito é ainda José, pelo que o princípio do trato sucessivo na modalidade da continuidade das inscrições (cfr. art. 34º, nº 4, do C.R.P.) demanda o registo deste título. Aqui reside, salvo erro, o ponto de compreensão dos pedidos formulados na acção em 2º e 3º lugares e que, concordando com o ora recorrente, não se nos afiguram contraditórios com o pedido, formulado em 1º lugar, de reconhecimento do direito de propriedade. Vejamos É claro que se o registo daquela acção (Ap. 5 de 200 /03/06) já estiver caducado, a diligência não fará sentido, porquanto o registo da acção da Ap. 3 de 200 /07/03 já terá sido requalificado no mesmo sentido (cfr. art. 92º, nº 8, do C.R.P.). Mas, no rigor dos princípios, o erro subsistirá, tudo se passando como se este registo fosse incompatível, quando a nosso ver não é. 8

9 Se bem interpretamos a posição dos AA. revelada no articulado da p.i., estes têm consciência e reconhecem que a compra e venda titulada por escritura de tem que ser registada enquanto prius lógico para o reconhecimento do seu direito de propriedade. Mas entendem ainda que o registo desta aquisição deve reportar os seus efeitos à data do registo da promessa de venda 15, porquanto só de acordo com este entendimento será sustentável a tese de que o arresto do imóvel é nulo. Decorrentemente, os AA. pediram a efectivação do registo de aquisição titulado pela escritura de , com efeitos reportados a , e o levantamento da penhora que resultou da conversão do arresto. Enquadrados os pedidos de registo nesta perspectiva, não se vislumbra qualquer contradição entre eles Subsiste, porém, uma outra questão. Qual seja a de interpretar com o rigor que demandam os princípios enformadores do registo predial (maxime os princípios do trato sucessivo e da prioridade) o pedido formulado na acção em 2º lugar, que seja concedida a efectivação do registo definitivo de aquisição com efeitos desde com base na escritura de Qual, exactamente, o sentido e alcance deste pedido? Se bem ajuizamos, os AA. pedem que o Tribunal lhes conceda o direito de registar aquele facto, com efeitos reportados a (data do registo da promessa de venda). Admitamos, então, por mera hipótese de raciocínio, que o pedido é julgado procedente. Cremos que não bastará averbar ao registo da acção a decisão final de procedência para que se considere efectivamente registado o facto aquisitivo. Como também se nos afigura que a conversão em definitiva da inscrição da acção (rectius: a decisão final [cfr. art. 101º, nº 2, c), do C.R.P.] não determina o registo oficioso do 15 - Sem pretendermos imiscuir-nos no julgamento do mérito desta questão, não podemos deixar de recordar que Henrique Mesquita, ao comentar a posição doutrinal que vê no registo da promessa de venda a tutela do promissário mediante a atribuição de eficácia retroactiva (à data do registo da promessa) à sentença que decrete a execução específica do contrato-promessa, sustenta que «( ) o momento da transferência da propriedade coincide com o momento em que a sentença (constitutiva) adquire força de caso julgado» (ob. cit., pág. 250). E convém ainda referir que de acordo com o entendimento do Mestre (ob. cit., págs. 263/264) o direito do promissário tem natureza creditória e o registo da promessa não converte este direito creditório do promissário num ius in re, nem a obrigação do promitente em obrigação propter rem, mas beneficia, por virtude do registo, de uma protecção semelhante à dos direitos reais, de tal sorte que os negócios realizados pelo promitente serão ineficazes em relação ao promissário. Finalmente, referiremos que o Autor (ob. cit., pág. 254, nota 192) entende que «aos actos de alienação ou oneração da iniciativa do promitente devem equiparar-se os que sejam praticados numa execução contra ele movida pelos seus credores». 9

10 facto aquisitivo (a hipótese não cabe, naturalmente, na factispecie do nº 4 do art. 101º do C.R.P.). Decorre do exposto que, de acordo com os sãos princípios enformadores do registo predial, não basta aos AA. pedir a concessão da efectivação do registo definitivo de aquisição, antes sendo necessário registar previamente (rectius: registar intermediamente) o facto aquisitivo. Registado este por inscrição, obviamente -, admitimos que, ainda assim, pudesse ter acolhimento nas tábuas, no âmbito do registo da acção, enquanto determinação do momento da modificação subjectiva do direito, o pedido de condenação dos réus a reconhecerem que os efeitos daquele registo de aquisição retroagiram à data do registo da promessa de venda. Resulta ainda do exposto que, apesar de formulado na acção o 2º pedido (concessão da efectivação do registo definitivo de aquisição com efeitos desde ), o registo da acção não pode deixar de ser qualificado como provisório por dúvidas, por violação do princípio do trato sucessivo (falta de intervenção do titular inscrito José ) Não negamos que, defendendo embora que o registo de acção está subordinado ao princípio do trato sucessivo, em determinadas situações (v.g., as dos Pºs R.P. 75/2002 DSJ-CT, in BRN nº 9/2002, R.P. 319/2002 DSJ-CT, in BRN nº 1/2004, e R.P. 11/2004 DSJ-CT, in BRN nº 1/2005) temos admitido que aquele princípio do trato sucessivo será observado no registo de acção com a junção aos autos de documento comprovativo da disposição do direito pelos respectivos titulares inscritos, não demandando então o falado princípio a intervenção destes no processo. Quando na acção se alegue como causa de pedir facto que rompa com o trato sucessivo estabelecido nas tábuas, e que seja adequado a estabelecer um novo trato sucessivo, cremos que a bondade desta doutrina não deve ser posta em causa. A hipótese prevista no Pº R.P. 75/2002 DSJ-CT, anteriormente citado, diz respeito a um caso de aquisição derivada, que, logicamente, não rompe com o trato sucessivo estabelecido. Porém, a singularidade do caso residia em que o documento comprovativo da disposição (a favor do réu) do direito do titular inscrito tinha sido rechaçado pelo qualificador, não tendo sido considerado documento suficiente para o registo da aquisição oportunamente requisitado. Por isso, na acção (de execução específica) em causa foi expressamente (e previamente) pedido que o réu fosse declarado legítimo proprietário do prédio em questão. Digamos, então, que com este pedido mais não visou o autor que reatar o trato sucessivo a partir do titular inscrito. No caso dos autos, a hipótese é completamente diversa. Aqui, nem o facto (compra e venda de ) foi recusado por insuficiência do título nem o pedido formulado (que seja concedida a efectivação do registo definitivo ) pode valer como reatamento do trato sucessivo a partir do titular inscrito, antes se impondo, por imperativo precisamente do trato sucessivo, o registo daquele facto aquisitivo. De qualquer modo, ainda que, ao arrepio da nossa opinião, de violação do trato sucessivo não se intente, ainda nesta hipótese, falar, sempre haveria in casu manifesta impossibilidade de execução registal da decisão final de procedência da acção, como de seguida se tentará demonstrar Não cremos que seja sustentável a execução registal gradual e faseada da decisão final das acções inscritas. 10

11 Este concreto motivo de dúvida não foi suscitado no despacho de qualificação. Mas em sede de recurso hierárquico ele deve ser suscitado, porquanto a omissão de pronúncia sobre o ponto conduziria à feitura de um registo nulo por violação do princípio do trato sucessivo [cfr. art. 16º, e), do C.R.P.] Uma derradeira questão haverá que enfrentar. Como referimos já, a causa de pedir relativamente ao pedido de reconhecimento do direito de propriedade dos AA. é integrada pela compra e venda de e pela cessão dos direitos de Manuel e de Rui no contrato-promessa de Por isso, se bem ajuizamos, foi provocada a intervenção dos cedentes Manuel e Rui.. Porém, sob o ângulo do trato sucessivo, não basta a intervenção na acção daqueles sujeitos, impondo-se também a intervenção dos respectivos cônjuges. Na verdade, com o registo do facto aquisitivo titulado pela escritura de o prédio reivindicado passará a estar registado também em nome destes sujeitos, pelo que se impõe a sua intervenção na acção (cfr. art. 34º, nº 4, do C.R.P.) Em face do exposto, somos de opinião que o recurso não merece provimento. Porém, reformulamos no sentido apontado os fundamentos da decisão de mandar efectuar o registo provisoriamente por dúvidas, devendo ainda a Conservatória recorrida observar o disposto no ponto 5.2. Em consonância, formulamos as seguintes Conclusões Temos defendido que a acção deve ser registada em termos que abarquem a decisão (futura) de mérito de acordo com as várias soluções de direito plausíveis, de modo a que o registo (o averbamento da decisão final) não depare com quaisquer obstáculos. E também não cremos que a decisão final possa/deva ser averbada ao registo da acção aos bochechos. No caso concreto, perante uma decisão (hipotética) de condenação dos réus em todos os pedidos, cremos não ser sustentável que ao registo da acção pudesse ser averbada num primeiro momento a decisão de procedência dos pedidos formulados em 2º e 3º lugares, e, só depois de registado o facto aquisitivo titulado pela escritura de com efeitos reportados a , é que teria ingresso tabular a decisão final de procedência do pedido formulado em 1º lugar Rigorosamente, esta questão só será de suscitar no momento da qualificação do pedido de remoção das dúvidas opostas ao registo definitivo da acção, depois de ter sido registado o facto aquisitivo de Já quanto à questão de saber se a sentença que vier a ser proferida na acção formará caso julgado quanto aos intervenientes provocados se estes não intervieram no processo [cfr. art. 328º, nº 2, a), do C.P.C.], por ora não tomamos posição. 11

12 1- O registo de acção está subordinado ao princípio do trato sucessivo na modalidade da continuidade das inscrições (cfr. art. 34º, nº 4, do C.R.P.), pelo que nela terá que ser demandado o proprietário inscrito, sob pena de o registo dever ser efectuado provisoriamente por dúvidas. 2- Encontrando-se registada promessa de venda, o proprietário inscrito cuja intervenção é demandada pelo invocado princípio do trato sucessivo é o promitente vendedor com propriedade inscrita. 3- O disposto na conclusão 1ª não pode ser arredado através da formulação na acção de um pedido de efectivação de registo de aquisição a favor dos réus com base em facto em que é causante o proprietário inscrito, antes sendo necessário que previamente se registe esta aquisição. Parecer aprovado em sessão do Conselho Técnico de 27 de Janeiro de João Guimarães Gomes Bastos, relator, Isabel Ferreira Quelhas Geraldes, António Manuel Fernandes Lopes, Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira, Luís Manuel Nunes Martins, Maria Madalena Rodrigues Teixeira, José Ascenso Nunes da Maia. Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente em

Pº R.P. 241/2008 SJC-CT-

Pº R.P. 241/2008 SJC-CT- Pº R.P. 241/2008 SJC-CT- Acção proposta no âmbito do artº 205º CPEREF- Ordem de separação de determinado prédio da massa falida Cancelamento de hipotecas e penhoras Insuficiência do título. DELIBERAÇÃO

Leia mais

P.º n.º R.P. 212/2010 SJC-CT Penhora. Registo de aquisição de imóvel penhorado. Averbamento à descrição. Recusa. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 212/2010 SJC-CT Penhora. Registo de aquisição de imóvel penhorado. Averbamento à descrição. Recusa. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 212/2010 SJC-CT Penhora. Registo de aquisição de imóvel penhorado. Averbamento à descrição. Recusa. DELIBERAÇÃO A ficha... descreve um terreno para construção com a área de 2 080m2, inscrito

Leia mais

P.º n.º R.P. 169/2011 SJC-CT Conversão do arresto em penhora. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 169/2011 SJC-CT Conversão do arresto em penhora. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 169/2011 SJC-CT Conversão do arresto em penhora. DELIBERAÇÃO Sobre o prédio da ficha nº, da freguesia de..., da Conservatória do Registo Predial de prédio urbano situado na Rua...,, inscrito

Leia mais

P.º n.º R.P. 43/2010 SJC-CT Transmissão de locação financeira. Recusa. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 43/2010 SJC-CT Transmissão de locação financeira. Recusa. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 43/2010 SJC-CT Transmissão de locação financeira. Recusa. DELIBERAÇÃO 1., advogado, apresentou na Conservatória do Registo Predial de, no dia de de ( Ap. ), um pedido de registo a que chamou

Leia mais

Pº R.P. 243/2007 DSJ-CT

Pº R.P. 243/2007 DSJ-CT Pº R.P. 243/2007 DSJ-CT- Cancelamento de registo de aquisição em processo executivo com base em decisão judicial que determina a anulação da venda, a restituição do preço e do IMT ao comprador Recusa por

Leia mais

N/Referência: PºR.P.128/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: PºR.P.128/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 3/ CC /2017 N/Referência: PºR.P.128/2016 STJ-CC Data de homologação: 16-02-2017 Recorrente: A. Raposo..l, advogado. Recorrido: Conservatóia do Registo Predial

Leia mais

Pº R.P. 42/2008 SJC-CT

Pº R.P. 42/2008 SJC-CT Pº R.P. 42/2008 SJC-CT- Aquisição executiva Registo de acção instaurada contra o executado com pedido de execução específica do contrato-promessa, efectuado já depois de registada a penhora do prédio Cancelamento

Leia mais

N/Referência: PºR.P.135/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: PºR.P.135/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 5/ CC /2017 N/Referência: PºR.P.135/2016 STJ-CC Data de homologação: 16-02-2017 Recorrente: A. Raposo l, advogado. Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

N/Referência: P.º R P 102/2018 STJSR-CC Data de homologação: Arrendamento Provisório por natureza, artigo 92.º, n.º 2, alínea d).

N/Referência: P.º R P 102/2018 STJSR-CC Data de homologação: Arrendamento Provisório por natureza, artigo 92.º, n.º 2, alínea d). DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 46/ CC /2018 N/Referência: P.º R P 102/2018 STJSR-CC Data de homologação: 15-11-2018 Recorrente: Ana, Advogada Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

P.º n.º R.P. 242/2010 SJC-CT

P.º n.º R.P. 242/2010 SJC-CT P.º n.º R.P. 242/2010 SJC-CT Prédio inscrito a favor dos autores da herança. Pagamento das dívidas destes. Penhora. Habilitação dos herdeiros. Identificação dos sujeitos. Documento bastante. DELIBERAÇÃO

Leia mais

P.º n.º R.P. 123/2009 SJC-CT

P.º n.º R.P. 123/2009 SJC-CT P.º n.º R.P. 123/2009 SJC-CT - Aquisição. Usucapião. Justificação notarial para reatamento do trato sucessivo. Imposto de selo. Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho. Doação. Caducidade do ónus de eventual

Leia mais

Pº R. Co. 25/2006 DSJ-CT. Recorrente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de.

Pº R. Co. 25/2006 DSJ-CT. Recorrente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de. Pº R. Co. 25/2006 DSJ-CT. Recorrente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de. Registo a qualificar: Transmissão de dívida com hipoteca a favor de P Sociedade

Leia mais

Pº R.P. 206/2009 SJC-CT

Pº R.P. 206/2009 SJC-CT Pº R.P. 206/2009 SJC-CT Extinção de usufruto causada pelo óbito do usufrutuário. Obrigatoriedade do registo. Sujeito da obrigação de promover o registo. Termo inicial da contagem do prazo de cumprimento

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Na verdade, as hipotecas encontram-se inscritas a favor do BS, e a declaração para cancelamento foi emitida pelo BA.

DELIBERAÇÃO. Na verdade, as hipotecas encontram-se inscritas a favor do BS, e a declaração para cancelamento foi emitida pelo BA. P.º R. P. 17/2009 SJC-CT - Cancelamento de inscrições hipotecárias. Prova da integração do crédito hipotecário no património da entidade que autoriza aquele registo. Título. DELIBERAÇÃO 1 Em 14 de Novembro

Leia mais

P.º n.º R.P. 192/2011 SJC-CT Declaração de nulidade da venda por sentença. Cancelamento do registo de aquisição. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 192/2011 SJC-CT Declaração de nulidade da venda por sentença. Cancelamento do registo de aquisição. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 192/2011 SJC-CT Declaração de nulidade da venda por sentença. Cancelamento do registo de aquisição. DELIBERAÇÃO A. A ficha informática da freguesia de, do concelho da que descreve o 1º andar

Leia mais

P.º R. P. 184/2009 SJC-CT

P.º R. P. 184/2009 SJC-CT P.º R. P. 184/2009 SJC-CT Transferência de património, ao abrigo do D. L. n.º 112/2004 de 13 de Maio, entre dois organismos integrantes do sistema de segurança social, o Instituto da... e o Instituto Recusa

Leia mais

Pº C.P. 34/2010 SJC-CT É

Pº C.P. 34/2010 SJC-CT É Pº C.P. 34/2010 SJC-CT É obrigatória a constituição de advogado no recurso de apelação interposto pelo presidente do Instituto dos Registos e do Notariado, I.P., ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório P.º n.º R. P. 253/2007 SJC-CT- Providência de recuperação de empresa mediante reconstituição empresarial. Sentença homologatória do acordo de credores. Título para o registo de cancelamento da inscrição

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: Pº R.P. 217/2006 DSJ-CT- Cancelamento de registo de hipoteca Título para registo Requerimento dirigido ao conservador, invocativo da prescrição Recusa. Relatório: DELIBERAÇÃO Do prédio urbano descrito

Leia mais

P.º R. P. 231/2007 DSJ-CT

P.º R. P. 231/2007 DSJ-CT P.º R. P. 231/2007 DSJ-CT -Transacção judicial Registo de aquisição Título Reconhecimento do direito de propriedade Trato sucessivo Obrigações fiscais. DELIBERAÇÃO Vem o presente recurso hierárquico interposto

Leia mais

P.º R. P. 113/2005 DSJ-CT:

P.º R. P. 113/2005 DSJ-CT: P.º R. P. 113/2005 DSJ-CT: Renovação de registo provisório de aquisição lavrado com base em contrato-promessa de alienação. Documento comprovativo do consentimento das partes. Declarações complementares

Leia mais

P.º n.º R. P. 255/2009 DSJ-CT- PARECER I Relatório 1

P.º n.º R. P. 255/2009 DSJ-CT- PARECER I Relatório 1 P.º n.º R. P. 255/2009 DSJ-CT- Cancelamento de registo de aquisição, causada por usucapião, efectuado com base em escritura de distrate da justificação. Interpretação do n.º 3 do artigo 33.º do Decreto-Lei

Leia mais

Pº R.P. 193/2005 DSJ-CT- Incerteza, resultante do título e das declarações complementares, quanto ao objecto do registo. PARECER

Pº R.P. 193/2005 DSJ-CT- Incerteza, resultante do título e das declarações complementares, quanto ao objecto do registo. PARECER 1 Pº R.P. 193/2005 DSJ-CT- Incerteza, resultante do título e das declarações complementares, quanto ao objecto do registo. I- OS FACTOS: PARECER 1- Em 7 de Agosto de 1979, foi lavrada, na Secretaria Notarial

Leia mais

N/Referência: P.º R.P. 118/2016 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R.P. 118/2016 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 1/ CC /2017 N/Referência: P.º R.P. 118/2016 STJSR-CC Data de homologação: 20-01-2017 Recorrente: Francisco J.., representado por Constantino.., advogado.

Leia mais

Ficou também arquivada a planta topográfica do prédio rectificando elaborada por técnico qualificado.

Ficou também arquivada a planta topográfica do prédio rectificando elaborada por técnico qualificado. P.º n.º R.P. 148/2011 SJC-CT Registo de constituição de propriedade horizontal precedido da anexação de dois prédios urbanos. Tributação emolumentar devida pelo averbamento. Inaplicabilidade das verbas

Leia mais

R.P. 140, /2006 DSJ-CT-

R.P. 140, /2006 DSJ-CT- P.ºs R.P. 140, 141 e 142/2006 DSJ-CT- Averbamento de alteração da inscrição de aquisição Modificação subjectiva Alteração da firma ou denominação de sociedade estrangeira (no âmbito de transferência de

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório Pº R. P. 200/2008 SJC-CT- Registo de penhora executado separado de pessoas e bens - registo de aquisição a favor do executado casado no regime da comunhão geral - provisoriedade por natureza (artigo 92.º,

Leia mais

DELIBERAÇÃO. 2 Actualmente, a situação jurídica reflectida nas tábuas com pertinência para o caso é a seguinte:

DELIBERAÇÃO. 2 Actualmente, a situação jurídica reflectida nas tábuas com pertinência para o caso é a seguinte: Proc.º n.º R. P. 242/2009 SJC-CT Cancelamento da inscrição de aquisição com base em sentença judicial transitada em julgado. Cessação dos efeitos da referida inscrição mediante a sua transferência para

Leia mais

P.º n.º R.P. 92/2010 SJC-CT Aquisição. Contrato promessa. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 92/2010 SJC-CT Aquisição. Contrato promessa. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 92/2010 SJC-CT Aquisição. Contrato promessa. DELIBERAÇÃO 1. Indicando como objecto mediato o prédio descrito sob o nº... da freguesia de..., o recorrente apresentou na Conservatória do Registo

Leia mais

- 1 - Pº R.Co.27/2009 SJC-CT

- 1 - Pº R.Co.27/2009 SJC-CT - 1 - Pº R.Co.27/2009 SJC-CT Recorrente: Joaquim. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial do. Acto impugnado: Indeferimento liminar de pedidos de rectificação das inscrições 3 e 4 relativas à sociedade

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: Pº R.P. 230/2004 DSJ-CT Expropriação por utilidade pública Título para registo de aquisição Objecto: parcela integrada em logradouro de fracção autónoma ou fracção autónoma Pressupostos. DELIBERAÇÃO Registos

Leia mais

P.º n.º R.P. 224/2010 SJC-CT Prédio não descrito. Aquisição. Declaração a que se refere o artigo 42.º, n.º 6 do Código do Registo Predial.

P.º n.º R.P. 224/2010 SJC-CT Prédio não descrito. Aquisição. Declaração a que se refere o artigo 42.º, n.º 6 do Código do Registo Predial. P.º n.º R.P. 224/2010 SJC-CT Prédio não descrito. Aquisição. Declaração a que se refere o artigo 42.º, n.º 6 do Código do Registo Predial. DELIBERAÇÃO 1. No dia 27 de Julho de 2010 foi celebrada perante

Leia mais

PARECER. Para a fundamentação de direito são invocados os artigos 68.º e 70.º do Código do Registo Predial.

PARECER. Para a fundamentação de direito são invocados os artigos 68.º e 70.º do Código do Registo Predial. P.º n.º R.P. 17/2013 STJ-CC Registo de incidente deduzido em processo de execução fiscal. Princípio do trato sucessivo. Despacho de provisoriedade por dúvidas. PARECER 1 O presente recurso hierárquico

Leia mais

N/Referência: P.º R.P. 117/2016 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R.P. 117/2016 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 66/ CC /2016 N/Referência: P.º R.P. 117/2016 STJSR-CC Data de homologação: 16-12-2016 Recorrente:..-ALUGUER DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, LDA Recorrido: Conservatória

Leia mais

P.º R. P. 24/2009 SJC-CT-

P.º R. P. 24/2009 SJC-CT- P.º R. P. 24/2009 SJC-CT- Inscrição de penhora efectuada como provisória por dúvidas. Anotação indevida da sua caducidade. Eliminação desta anotação e elaboração do registo de conversão. Relatório DELIBERAÇÃO

Leia mais

XIX ENCONTRO NACIONAL DA APAJ. Porto, 20 e 21 de janeiro de 2017

XIX ENCONTRO NACIONAL DA APAJ. Porto, 20 e 21 de janeiro de 2017 XIX ENCONTRO NACIONAL DA APAJ Porto, 20 e 21 de janeiro de 2017 Foi solicitado à ASCR pelo Dr. Inácio Peres uma breve exposição sobre algumas questões notariais e registrais no âmbito da insolvência. Como

Leia mais

DELIBERAÇÃO. A senhora conservadora manteve a decisão proferida nos termos que aqui igualmente damos por reproduzidos na íntegra.

DELIBERAÇÃO. A senhora conservadora manteve a decisão proferida nos termos que aqui igualmente damos por reproduzidos na íntegra. Proc.º n.º R. P. 10/2010 SJC-CT Impugnação judicial da decisão de recusa de conversão do registo de acção após improcedência do recurso hierárquico. Pedido de conversão desse mesmo registo formulado na

Leia mais

P.º R.P. 293/2007 DSJ-CT-

P.º R.P. 293/2007 DSJ-CT- P.º R.P. 293/2007 DSJ-CT-Conversão de inscrição de aquisição, provisória por natureza, nos termos da alínea b) do n.º 2 do artigo 92.º do Código do Registo Predial. Recusa fundada na eventual incompatibilidade

Leia mais

Pº R.Bm.1/2013 SJC-CT

Pº R.Bm.1/2013 SJC-CT Pº R.Bm.1/2013 SJC-CT Recorrente:. Banque Sucursal Portugal. Sumário: Registo de penhora de veículo provisório por natureza (art. 92º/2/a) do Código do Registo Predial) Certificação pelo Tribunal de que

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0765/10 Data do Acordão: 24-02-2011 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO ISABEL MARQUES DA SILVA INDEFERIMENTO LIMINAR DA

Leia mais

P.º R. P. 191/2008 SJC-CT- Aquisição em processo de execução rejeição da apresentação - gratuitidade do registo. DELIBERAÇÃO Relatório

P.º R. P. 191/2008 SJC-CT- Aquisição em processo de execução rejeição da apresentação - gratuitidade do registo. DELIBERAÇÃO Relatório P.º R. P. 191/2008 SJC-CT- Aquisição em processo de execução rejeição da apresentação - gratuitidade do registo. DELIBERAÇÃO Relatório 1. Em 01/09/2008 foi apresentado, na Conservatória do Registo Predial

Leia mais

Venda executiva Caducidade - Impugnação pauliana - Artigo 824º do Código Civil.

Venda executiva Caducidade - Impugnação pauliana - Artigo 824º do Código Civil. DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 5/ CC /2016 N/Referência: Pº R.P.106/2015 STJ-CC Data de homologação: 02-02-2016 Recorrente: Lamberto B, representado por João V., advogado. Recorrido:

Leia mais

Pº R.P. 12/2009 SJC-CT-

Pº R.P. 12/2009 SJC-CT- Pº R.P. 12/2009 SJC-CT- Recusa do pedido de registo com base em culpa leve do serviço de registo Restituição do emolumento - descrição do caso em especial. Relatório: DELIBERAÇÃO Pela Ap. 45, de 11 de

Leia mais

N/Referência: Pº R.P.76/2017 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: Pº R.P.76/2017 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 51/ CC /2017 N/Referência: Pº R.P.76/2017 STJ-CC Data de homologação: 16-11-2017 Recorrente: Helena M.., agente de execução. Recorrido: Conservatória do

Leia mais

Pº R.P. 94/2009 SJC-CT

Pº R.P. 94/2009 SJC-CT Pº R.P. 94/2009 SJC-CT- (Im)possibilidade de inscrever provisoriamente por natureza ( art. 92º, nº 1, g) do C.R.P.) a constituição contratual do direito de superfície - Intervenção dos titulares da herança

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Assim, não é aplicável in casu o disposto no n.º 2 do artigo 1714.º do Código Civil.

DELIBERAÇÃO. Assim, não é aplicável in casu o disposto no n.º 2 do artigo 1714.º do Código Civil. P.º n.º R. P. 181/2011 SJC-CT Imutabilidade do regime de bens. Contrato de compra e venda celebrado entre cônjuges. Qualificação do correspondente registo de aquisição. DELIBERAÇÃO 1 O presente recurso

Leia mais

P.º n.º C.P. 96/2010 SJC-CT Interpretação do n.º 1 do artigo 4.º da Portaria n.º 1535/2008 de 30 de Dezembro. PARECER

P.º n.º C.P. 96/2010 SJC-CT Interpretação do n.º 1 do artigo 4.º da Portaria n.º 1535/2008 de 30 de Dezembro. PARECER P.º n.º C.P. 96/2010 SJC-CT Interpretação do n.º 1 do artigo 4.º da Portaria n.º 1535/2008 de 30 de Dezembro. PARECER A Senhora Conservadora da Conservatória do Registo Predial de... consulta o IRN, I.P.

Leia mais

DELIBERAÇÃO. recusa da ap. por inicialmente ter sido incorrectamente anotada a descrição predial. respectivamente.

DELIBERAÇÃO. recusa da ap. por inicialmente ter sido incorrectamente anotada a descrição predial. respectivamente. P.º n.º R.P. 82/2010 SJC-CT - Servidão administrativa de gás. Constituição. Título. Gratuitidade prevista no n.º 2 do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 116/2008. Interposição de um único recurso hierárquico

Leia mais

Registo a qualificar: Transformação da sociedade recorrente, requisitado pela Ap. 4 de e efectuado pela Ap. 38 de

Registo a qualificar: Transformação da sociedade recorrente, requisitado pela Ap. 4 de e efectuado pela Ap. 38 de Pº R.Co. 9/2010 SJC-CT. Recorrente: Agro-, S.A. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de. Registo a qualificar: Transformação da sociedade recorrente, requisitado pela Ap. 4 de 13.02.2010 e efectuado

Leia mais

Pº C.P. 145/2009 SJC-CT-

Pº C.P. 145/2009 SJC-CT- - 1 - Pº C.P. 145/2009 SJC-CT- Inutilização da descrição sem inscrições em vigor( art. 87º, nº g) do C.R.P.) - Âmbito da previsão legal; Pedidos de registo pendentes; Pedido registo do prédio como omisso,

Leia mais

P.º n.º R.P. 92/2011 SJC-CT Procedimento especial de transmissão, oneração e registo imediato de imóveis (Casa Pronta) DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 92/2011 SJC-CT Procedimento especial de transmissão, oneração e registo imediato de imóveis (Casa Pronta) DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 92/2011 SJC-CT Procedimento especial de transmissão, oneração e registo imediato de imóveis (Casa Pronta) DELIBERAÇÃO 1. No âmbito de procedimento casa pronta 1, a Senhora Notária Afecta à

Leia mais

P.º R. P. 257/2009 SJC-CT

P.º R. P. 257/2009 SJC-CT 1 P.º R. P. 257/2009 SJC-CT-Rectificação de registo Pedido de conversão registo, lavrado provisoriamente por dúvidas, em consequência do registo rectificando Conexão entre o averbamento peticionado e o

Leia mais

Acordam no Tribunal da Relação do Porto. 1. A sentença recorrida absolveu da instância, por litispendência, arts. 288/1e., 493/2, 494i.

Acordam no Tribunal da Relação do Porto. 1. A sentença recorrida absolveu da instância, por litispendência, arts. 288/1e., 493/2, 494i. PN 483.021; Ap.: TC. Gondomar; Ap.es2: ; Ap.o3:. Acordam no Tribunal da Relação do Porto 1. A sentença recorrida absolveu da instância, por litispendência, arts. 288/1e., 493/2, 494i., 499 CPC: verificam-se

Leia mais

PARECER. Fundamentação

PARECER. Fundamentação P.º n.º R.P. 73/2012 SJC-CT Renovação de registo provisório de aquisição lavrado com base em contrato-promessa de alienação. Registo caducado. Pendência de retificação. PARECER 1. A coberto da ap., de

Leia mais

Pº R.P. 240/2004 DSJ-CT- Matriz- Freguesia- Acção- Trato sucessivo. DELIBERAÇÃO

Pº R.P. 240/2004 DSJ-CT- Matriz- Freguesia- Acção- Trato sucessivo. DELIBERAÇÃO Pº R.P. 240/2004 DSJ-CT- Matriz- Freguesia- Acção- Trato sucessivo. Recorrente: Maria. DELIBERAÇÃO Recorrida: Conservatória do Registo Predial de. Registo a qualificar: Acção sobre os prédios das fichas

Leia mais

A posição deste Conselho vai expressa na seguinte. Deliberação

A posição deste Conselho vai expressa na seguinte. Deliberação P.º n.º C.P. 68 e 69/2010 SJC-CT Certidão negativa. Informação acerca da omissão de prédio no registo. É indispensável a indicação do anterior artigo da matriz onde o prédio, seja da matriz rústica ou

Leia mais

Pº R. P. 270/2004 DSJ-CT. Trato sucessivo e compropriedade Facto jurídico uno Transformação da comunhão hereditária em compropriedade.

Pº R. P. 270/2004 DSJ-CT. Trato sucessivo e compropriedade Facto jurídico uno Transformação da comunhão hereditária em compropriedade. Pº R. P. 270/2004 DSJ-CT. Trato sucessivo e compropriedade Facto jurídico uno Transformação da comunhão hereditária em compropriedade. DELIBERAÇÃO Registo a qualificar: Aquisição de 1/8 do prédio da ficha

Leia mais

Objecto da consulta: Âmbito de aplicação do nº 1 do art. 67º-A do CRCom.

Objecto da consulta: Âmbito de aplicação do nº 1 do art. 67º-A do CRCom. Pº C.Co 6/2010 SJC-CT. Consulente: Conservatória do Registo Comercial de. Objecto da consulta: Âmbito de aplicação do nº 1 do art. 67º-A do CRCom. Relatório: A Senhora Conservadora da Conservatória do

Leia mais

N/Referência: PºR.P.95/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: PºR.P.95/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 59/ CC /2016 N/Referência: PºR.P.95/2016 STJ-CC Data de homologação: 23-10-2016 Recorrente: Município de P... Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

refere o registo obrigatório.

refere o registo obrigatório. P. n.º C.P. 32/2010 SJC-CT Obrigação de registar a cargo dos tribunais. Notificação das decisões de qualificação. Legitimidade para a interposição de recurso hierárquico. PARECER 1. A propósito de um caso

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Página 1 de 7 Acórdãos STA Processo: 0270/18.8BEPRT-S1 Data do Acordão: 06-02-2019 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: ISABEL MARQUES DA SILVA Descritores: CONTRA-ORDENAÇÃO APENSAÇÃO PORTAGEM Sumário: Acórdão

Leia mais

2 II Fundamentação 1

2 II Fundamentação 1 P.º n.º C.P. 43/2012 SJC-CT Revogação do despacho de qualificação de ato de registo já executado na ficha informática. Tradução tabular da regressão no processo registral, devido à preterição de formalidades

Leia mais

III Pronúncia. Vejamos, pois.

III Pronúncia. Vejamos, pois. P.º n.º R.P. 112/2012 SJC-CT Registo de aquisição efetuado como provisório por dúvidas. Falta de consentimento dos credores. Caducidade do registo. Renovação do pedido em conservatória diversa. Recusa.

Leia mais

Pº R.P. 132/2008 SJC-CT

Pº R.P. 132/2008 SJC-CT Pº R.P. 132/2008 SJC-CT - Impugnação de decisão de recusa, consoante respeite a acto de registo nos termos requeridos ou rectificação de registos ( nºs 1 e 2, respectivamente, do art. 140º do C.R.P.) Interpretação

Leia mais

P.º n.º R.P. 136/2011 SJC-CT Justificação notarial. Artigo 99.º, n.º 1 do Código do Notariado. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 136/2011 SJC-CT Justificação notarial. Artigo 99.º, n.º 1 do Código do Notariado. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 136/2011 SJC-CT Justificação notarial. Artigo 99.º, n.º 1 do Código do Notariado. DELIBERAÇÃO A ficha nº..., da freguesia de, do concelho de..., descreve um prédio misto com a área total de

Leia mais

Pº R. P. 46/2009 SJC-CT-

Pº R. P. 46/2009 SJC-CT- Pº R. P. 46/2009 SJC-CT- Inscrição de penhora efectuada como provisória por dúvidas. Divergência entre as áreas constantes da matriz e as áreas das descrições prediais. Actualização/Rectificação. Conversão

Leia mais

Pº C.P. 76/2008 SJC-CT- Casa Pronta - princípio da legitimação e princípio do trato sucessivo e dispensa de inscrição intermédia.

Pº C.P. 76/2008 SJC-CT- Casa Pronta - princípio da legitimação e princípio do trato sucessivo e dispensa de inscrição intermédia. Pº C.P. 76/2008 SJC-CT- Casa Pronta - princípio da legitimação e princípio do trato sucessivo e dispensa de inscrição intermédia. Consulta PARECER Por despacho de 17 de Junho de 2009, tendo por base proposta

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório 1 PºR. P. 95/2008 SJC-CT- Notificação de qualificação do registo de penhora como provisório por natureza (artigo 92º, nº2, alínea a) do Código do Registo Predial) consequências da sua omissão. DELIBERAÇÃO

Leia mais

PºR.P.269/2007-DSJ-CT-Cancelamento de registo. Harmonização da matriz com a descrição - desconformidade das matrizes entre si.

PºR.P.269/2007-DSJ-CT-Cancelamento de registo. Harmonização da matriz com a descrição - desconformidade das matrizes entre si. PºR.P.269/2007-DSJ-CT-Cancelamento de registo. Harmonização da matriz com a descrição - desconformidade das matrizes entre si. PARECER Relatório 1. Pela ap.02/20070711, foi requerido por Maria Elisa. cancelamento

Leia mais

P.º n.º R.P. 193/2010 SJC-CT Transmissão da posição contratual. Averbamento à inscrição de aquisição do direito de superfície.

P.º n.º R.P. 193/2010 SJC-CT Transmissão da posição contratual. Averbamento à inscrição de aquisição do direito de superfície. P.º n.º R.P. 193/2010 SJC-CT Transmissão da posição contratual. Averbamento à inscrição de aquisição do direito de superfície. DELIBERAÇÃO 1. O prédio descrito sob nº... da freguesia de foi, na dependência

Leia mais

Pº R.P. 200/2009 SJC-CT-

Pº R.P. 200/2009 SJC-CT- Pº R.P. 200/2009 SJC-CT- Cumulação de decisões impugnadas num só processo - Inscrição de penhora - Legitimidade do exequente para pedir os registos que viabilizem a inscrição do bem em nome do executado

Leia mais

P.º n.º R.P. 89/2011 SJC-CT Acção de divisão de coisa comum. Incerteza. quanto ao objecto. Violação do trato sucessivo. Qualificação minguante.

P.º n.º R.P. 89/2011 SJC-CT Acção de divisão de coisa comum. Incerteza. quanto ao objecto. Violação do trato sucessivo. Qualificação minguante. P.º n.º R.P. 89/2011 SJC-CT Acção de divisão de coisa comum. Incerteza quanto ao objecto. Violação do trato sucessivo. Qualificação minguante. PARECER 1 O presente recurso hierárquico vem interposto contra

Leia mais

P.º R.P. 147/2007 DSJ-CT-

P.º R.P. 147/2007 DSJ-CT- P.º R.P. 147/2007 DSJ-CT- Fixação do sentido e alcance da norma contida no n.º 5 do artigo 31.º do D. L. 287/2003, de 12/11 Reconhecimento ao interessado da possibilidade de requerer hoje a liquidação

Leia mais

Departamento Jurídico Sector Jurídico e de Contencioso

Departamento Jurídico Sector Jurídico e de Contencioso P º RP 149/2009 SJC Assunto: Recurso hierárquico interposto por O., notária, contra a Conservatória do Registo Predial d. (Ap. 4084/20090601). Sumário: Registo online hipoteca voluntária verificação da

Leia mais

Pº R. Bm. 9/2008 SJC-CT Recorrente: Ana, advogada. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de.

Pº R. Bm. 9/2008 SJC-CT Recorrente: Ana, advogada. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de. Pº R. Bm. 9/2008 SJC-CT Recorrente: Ana, advogada. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de. Relatório 1. Com data de 13 de Outubro de 2008 ( cuja apresentação só foi anotada no Diário no dia 20090624,

Leia mais

P.º n.º R.P. 168/2011 SJC-CT Cancelamento do registo de usufruto com base em renúncia. Existência de registo anterior de penhora.

P.º n.º R.P. 168/2011 SJC-CT Cancelamento do registo de usufruto com base em renúncia. Existência de registo anterior de penhora. 1 P.º n.º R.P. 168/2011 SJC-CT Cancelamento do registo de usufruto com base em renúncia. Existência de registo anterior de penhora. PARECER 1. Em..., foi pedido, na Conservatória do Registo Predial de...,

Leia mais

Sumário: Legado. Interpretação do testamento. Registo de aquisição. Declarações complementares e prova complementar.

Sumário: Legado. Interpretação do testamento. Registo de aquisição. Declarações complementares e prova complementar. P.º n.º R. P. 122/2008 SJC-CT Sumário: Legado. Interpretação do testamento. Registo de aquisição. Declarações complementares e prova complementar. DELIBERAÇÃO 1 O presente recurso vem interposto contra

Leia mais

P.º R. P. 130/2005 DSJ-CT:

P.º R. P. 130/2005 DSJ-CT: P.º R. P. 130/2005 DSJ-CT: Cancelamento do registo de aquisição, por arrematação em execução fiscal. Sentido e alcance da decisão do Tribunal Tributário de 1ª instância que declara suspensa a execução

Leia mais

Pº R.P. 241/2004 DSJ-CT. - Distrate de justificação notarial Intervenientes Cancelamento de registo de aquisição. DELIBERAÇÃO

Pº R.P. 241/2004 DSJ-CT. - Distrate de justificação notarial Intervenientes Cancelamento de registo de aquisição. DELIBERAÇÃO Pº R.P. 241/2004 DSJ-CT. - Distrate de justificação notarial Intervenientes Cancelamento de registo de aquisição. DELIBERAÇÃO Recorrente: Olinda. Recorrida: Conservatória do Registo Predial de. Registos

Leia mais

Lebre de Freitas Armindo Ribeiro Mendes

Lebre de Freitas Armindo Ribeiro Mendes Pº R.P. 267/2006 DSJ-CT AUGI Não atribuição de carácter vinculativo geral à decisão de requalificação como definitivo do registo provisório de aquisição de modo a que tal decisão favorável tenha reflexo,

Leia mais

P.º C. P. 65/2008 SJC-CT- Registo das alterações à licença ou à autorização de loteamento pedido pelas Câmaras Municipais. Tributação emolumentar.

P.º C. P. 65/2008 SJC-CT- Registo das alterações à licença ou à autorização de loteamento pedido pelas Câmaras Municipais. Tributação emolumentar. P.º C. P. 65/2008 SJC-CT- Registo das alterações à licença ou à autorização de loteamento pedido pelas Câmaras Municipais. Tributação emolumentar. DELIBERAÇÃO 1 A Senhora Conservadora do Registo Predial

Leia mais

CONCURSO DE PROVAS PÚBLICAS PARA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO DE NOTÁRIO 25/05/2019. Prova e Grelha de Correcção Direito Privado e Registal

CONCURSO DE PROVAS PÚBLICAS PARA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO DE NOTÁRIO 25/05/2019. Prova e Grelha de Correcção Direito Privado e Registal CONCURSO DE PROVAS PÚBLICAS PARA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO DE NOTÁRIO 25/05/2019 Prova e Grelha de Correcção Direito Privado e Registal A) Direito Privado I[Cotação: 7 valores] Afonso, casado em regime de comunhão

Leia mais

R. P. 5/2009 SJC-CT- Doação - obrigação de registar: sujeito e prazo. PARECER. Relatório

R. P. 5/2009 SJC-CT- Doação - obrigação de registar: sujeito e prazo. PARECER. Relatório 1 R. P. 5/2009 SJC-CT- Doação - obrigação de registar: sujeito e prazo. PARECER Relatório 1. Maria.vem apresentar recurso hierárquico da decisão de rejeição das aps. 30, 31 e 32 de / /24 relativas aos

Leia mais

P.º n.º R.P. 10/2012 SJC-CT Repúdio da herança. Legitimidade Caducidade do direito de aceitação. Eficácia do repúdio. PARECER

P.º n.º R.P. 10/2012 SJC-CT Repúdio da herança. Legitimidade Caducidade do direito de aceitação. Eficácia do repúdio. PARECER P.º n.º R.P. 10/2012 SJC-CT Repúdio da herança. Legitimidade Caducidade do direito de aceitação. Eficácia do repúdio. ativa. PARECER 1. Pela ap., de 2011/11/14, foi pedido na conservatória do registo predial

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: R. Co. 11/2005 DSJ-CT. Sanação de deficiências do processo de registo Entrada em espécie Trespasse Direito ao local Alvará Quota realizada com o trespasse Bem próprio ou comum Selo. Relatório: DELIBERAÇÃO

Leia mais

Proc. R.C. 3/2008 SJC CT. Parecer

Proc. R.C. 3/2008 SJC CT. Parecer Proc. R.C. 3/2008 SJC CT Parecer Recurso hierárquico. Aquisição da nacionalidade portuguesa por efeito de adopção por decisão transitada em julgado antes da entrada em vigor da Lei n.º 37/81, de 3 de Outubro.

Leia mais

P.º R. P. 99/2010 SJC-CT

P.º R. P. 99/2010 SJC-CT P.º R. P. 99/2010 SJC-CT Conversão da inscrição de penhora, provisória por natureza (alínea a) do n.º 2 do artigo 92.º do Código do Registo Predial), com fundamento em decisão judicial transitada em julgado

Leia mais

PARECER. 4- A sustentação do despacho de recusa justificou a subida do processo para decisão superior.

PARECER. 4- A sustentação do despacho de recusa justificou a subida do processo para decisão superior. 1 Pº R.P.129/2005 DSJ-CT - Registo de acção - Execução específica do contratopromessa de compra e venda - Incompatibilidade entre o registo provisório de acção e o anterior registo provisório de aquisição

Leia mais

R.P. 112/2007 DSJ-CT-

R.P. 112/2007 DSJ-CT- Proc. R.P. 112/2007 DSJ-CT- Registo de arresto Certidão de registo comercial Arresto das quotas que perfazem a totalidade do capital social da titular inscrita Recusa Falta de título Princípio da autonomia

Leia mais

Recorrente: «L Sociedade Unipessoal, Limitada». Recorrida: Conservatória do Registo Comercial da. Relatório:

Recorrente: «L Sociedade Unipessoal, Limitada». Recorrida: Conservatória do Registo Comercial da. Relatório: P.º R. Co. 4/2007DSJ-CT - Registo da constituição da sociedade e nomeação de gerentes. Título constitutivo omisso quanto à data do encerramento do exercício social e ao número de identificação fiscal da

Leia mais

P.º R. P. 85/2008 SJC-CT-

P.º R. P. 85/2008 SJC-CT- P.º R. P. 85/2008 SJC-CT- Pedido de averbamento a inscrição de acção Interposição de nova acção com o mesmo objecto dentro dos 30 dias subsequentes ao trânsito em julgado da sentença de absolvição da instância,

Leia mais

P.ºR.P. 264/2008 SJC-CT - Registo de aquisição com base em partilha Obrigação de registar: prazo. PARECER Relatório

P.ºR.P. 264/2008 SJC-CT - Registo de aquisição com base em partilha Obrigação de registar: prazo. PARECER Relatório P.ºR.P. 264/2008 SJC-CT - Registo de aquisição com base em partilha Obrigação de registar: prazo. PARECER Relatório 1. Adelino vem apresentar recurso hierárquico da decisão de rejeição da ap.9 de 2008/

Leia mais

Recorrida: Conservatória do Registo Automóvel do

Recorrida: Conservatória do Registo Automóvel do R. Bm. 1/2007 DSJ-CT Recorrente: D Recorrida: Conservatória do Registo Automóvel do Sumário: Apreensão de veículo em processo de insolvência Título para Registo - Prova da qualidade de administrador de

Leia mais

Pº RP 281/2008 SJC-CT- aquisição com base em partilha extrajudicial. Cumprimento das obrigações fiscais. Prova.

Pº RP 281/2008 SJC-CT- aquisição com base em partilha extrajudicial. Cumprimento das obrigações fiscais. Prova. 1 Pº RP 281/2008 SJC-CT- aquisição com base em partilha extrajudicial. Cumprimento das obrigações fiscais. Prova. DELIBERAÇÃO 1. A coberto da ap.1 de 27 de Outubro de 2008, foi requerido na Conservatória

Leia mais

N/Referência: P.º R.P. 137/2016 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R.P. 137/2016 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 6/ CC /2017 N/Referência: P.º R.P. 137/2016 STJSR-CC Data de homologação: 16-02-2017 Recorrente: Patrícia M..., notária Recorrido: Conservatória do Registo

Leia mais

Prazo para promover o registo Aquisição Bens futuros Plano de Pormenor Loteamento. PARECER. Relatório

Prazo para promover o registo Aquisição Bens futuros Plano de Pormenor Loteamento. PARECER. Relatório N.º 54/ CC /2014 N/Referência: PROC.: C. P. 63/2013 STJ-CC Data de homologação: 20-10-2014 Consulente: Conservatória do Registo Predial de. Assunto: Termo inicial do prazo para promover o registo de aquisição

Leia mais

P. n.º CP 163/2009 SJC-CT Hipoteca voluntária. Identificação dos sujeitos passivos. PARECER

P. n.º CP 163/2009 SJC-CT Hipoteca voluntária. Identificação dos sujeitos passivos. PARECER P. n.º CP 163/2009 SJC-CT Hipoteca voluntária. Identificação dos sujeitos passivos. PARECER 1. A propósito de um concreto acto de registo promovido por notário, na qualidade de entidade tituladora e em

Leia mais

Relatório. Pº R. Bm. 4/2009 SJC-CT

Relatório. Pº R. Bm. 4/2009 SJC-CT Pº R. Bm. 4/2009 SJC-CT Recorrente: Vítor. Recorrida: Conservatória do Registo de Automóveis de. Acto impugnado: Ap. de 23 de Abril de 2009 recusa de registo de propriedade com referência ao veículo automóvel

Leia mais

N/Referência: P.º R P 43/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R P 43/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 30/ CC /2016 N/Referência: P.º R P 43/2016 STJ-CC Data de homologação: 24-06-2016 Recorrente: José M.., Advogado, em representação de Carla S. e Mafalda

Leia mais

N/Referência: Pº R.P.5/2015 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: Pº R.P.5/2015 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 52/ CC /2015 N/Referência: Pº R.P.5/2015 STJ-CC Data de homologação: 26-03-2015. Banco, S.A.. Conservatória do Registo Predial de. Assunto: Descrição aberta

Leia mais