O pan-americanismo em Joaquim Nabuco e Olivera Lima

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1 O pan-americanismo em Joaquim Nabuco e Olivera Lima Tereza Maria Spyer Dulci 1 O tema do Pan-Americanismo em Joaquim Nabuco e Oliveira Lima está presente na pesquisa que desenvolvo no mestrado: Brasil e América Latina nas Conferências Pan- Americanas: Integração e Identidades (1889 a 1933). Neste trabalho procuro analisar as manifestações brasileiras nas Conferências Pan-Americanas, entre 1889 e Busco compreender o discurso de construção da identidade brasileira em contraposição à identidade latino-americana nas Conferências Pan-Americanas, assim como as imagens e representações da América Latina que foram construídas pelos diplomatas brasileiros nessas Conferências, além de analisar os conflitos entre as posições de Joaquim Nabuco e Oliveira Lima a respeito do pan-americanismo e a relação destes intelectuais com o Barão de Rio Branco. A política do pan-americanismo foi iniciada no final do século XIX, para incentivar a integração dos países americanos sob a liderança dos Estados Unidos, cujo interesse pelas idéias interamericanas crescia influenciado pelos modelos dos movimentos pan-eslavo e pan-germânico na Europa. Mas a expressão Pan-América e pan-americanismo só apareceu pela primeira vez na imprensa norte-americana, alguns meses antes da Primeira Conferência Interamericana de Washington, em A partir de então, antes mesmo da abertura da reunião, esta passou a ser designada oficialmente de Conferência Pan- Americana, como também assim se sucedeu com as Conferências posteriores, até 1948 quando é criada a Organização dos Estados Americanos. O termo pan-americanismo difundiu-se e passou a denominar o conjunto de políticas de incentivo à aproximação dos países americanos, encabeçado pelos Estados Unidos. 1 Mestranda em História USP; bolsista FAPESP. Pesquisa em desenvolvimento: Brasil e América Latina nas Conferências Pan-Americanas: Integração e Identidades (1889 a 1933), sob a orientação da Prof. Dra. Maria Ligia Coelho Prado. 2 Neste projeto estudamos sete Conferências Pan-Americanas: Washington ( ); México ( ); Rio de Janeiro ( ); Buenos Aires (1910); Santiago (1923); Havana (1928) e Montevidéu (1933). 1

2 As discussões sobre as propostas pan-americanas foram intensas nas primeiras décadas da República brasileira e envolveram boa parte da intelectualidade do período, que discutia sobre as possibilidades de aproximação entre os países do continente Americano, como também sobre as vantagens e desvantagens, da adesão ao projeto americanista liderado pelos Estados Unidos; ou, por outro lado, sobre as vantagens e desvantagens da aproximação com os países hispano-americanos. Segundo Kátia Gerab Baggio: De um lado, [entre os principais intelectuais brasileiros estavam os] críticos da política expansionista dos Estados Unidos, como Eduardo Prado (A Ilusão Americana, 1893), Oliveira Lima (Pan-Americanismo, 1907), José Veríssimo (em vários artigos publicados n O Imparcial e no Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro) e Manuel Bomfim (América Latina, 1905, e outras obras). De outro, defensores ardorosos do pan-americanismo, como Joaquim Nabuco (em discursos e artigos), Artur Orlando (Pan-Americanismo, 1906) e Euclides da Cunha (em artigos e cartas, mas sem o mesmo entusiasmo dos colegas), situando o tema como um dos mais freqüentes do debate intelectual na virada do século. 3 Entre esses intelectuais, Joaquim Nabuco e Oliveira Lima, duas das figuras mais importantes da diplomacia brasileira nas primeiras décadas da república, tiveram posturas antagônicas a respeito do pan-americanismo e muito se diferenciaram pelo olhar que destinavam aos Estados Unidos. O papel que estes dois intelectuais desempenharam na diplomacia brasileira e a influência de seus escritos nas questões pan-americanas demonstram que dentro do próprio Ministério das Relações Exteriores havia divergências muito grandes sobre quais caminhos o Brasil deveria seguir. Dessa forma, este texto procura analisar as diferenças entre estes dois diplomatas, reconstituindo o papel que ambos desempenharam no Itamaraty. Já nos primeiros anos da República, o Brasil reforçou uma aproximação com os Estados Unidos que tinha sido anteriormente encabeçada por D. Pedro II. Isso se deu especialmente pela ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional e o aumento das relações comerciais entre os dois países (principalmente através do café brasileiro, que tinha vasta aceitação no mercado norte-americano). Mas o grande marco na relação entre os dois países deu-se durante a gestão de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, como Ministro das Relações Exteriores, de 1902 a 1912 (ano de sua morte). 3 BAGGIO, Kátia Gerab. A outra América: a América Latina na visão dos intelectuais brasileiros das primeiras décadas republicanas. São Paulo: Departamento de História da USP, 1999, pág.52. 2

3 Rio Branco diversificou as relações internacionais brasileira, solucionou conflitos de fronteira com os países europeus (como é o caso da Guiana Inglesa) e com os países sulamericanos, buscando incrementar a liderança brasileira na América Latina, ao mesmo tempo em que tentava se aproximar dos Estados Unidos como grande força sul-americana. Contudo, Rio Branco não aderiu completamente à política norte-americana, tentando se equilibrar entre a influência européia (inglesa principalmente) e a norte-americana. O melhor contexto para se observar esta questão, parece ser o da Terceira Conferência Pan- Americana, realizada no Rio de Janeiro em Em seu discurso de abertura, o Ministro das Relações Exteriores reafirmou sua opção de aproximação com os países americanos, mas em equilíbrio com a Europa (posição que desagrava muito a Joaquim Nabuco, fervoroso pan-americanista). Sobre o Velho Continente o Barão afirmava: Ela [a Europa] nos criou, ela nos ensinou, dela recebemos incessantemente apoio e exemplo, a claridade da ciência e da arte, as comodidades de sua indústria, e a lição mais proveitosa do progresso. O que, em troca desse inapreciável contingente moral e material, lhe pudermos dar, crescendo e prosperando, será, certamente, um campo mais importante para o emprego da sua atividade comercial e industrial 4. A respeito do pan-americanismo, Joaquim Nabuco e Oliveira Lima estão em dois extremos opostos em relação ao equilíbrio adotado por Rio Branco, pois Joaquim Nabuco era um grande defensor do pan-americanismo e Oliveira Lima o maior crítico desta política dentro do Itamaraty. Joaquim Nabuco foi um dos intelectuais mais importantes de seu tempo, mais conhecido por ter sido patrono da abolição, foi também o maior advogado do panamericanismo que o Brasil já teve. Embora sua admiração pelos Estados Unidos viesse de longa data, tendo inclusive afirmado a sua mulher que desejava educar seus filhos naquele país 5, suas relações com a América do Norte incrementaram-se quando Nabuco se tornou o primeiro Embaixador do Brasil nos Estados Unidos, em O intelectual pernambucano tinha confiança que os Estados Unidos eram o melhor exemplo de uma república 4 Barão do Rio Branco. Discurso de Abertura da Terceira Conferência Internacional Americana, apud LOBO, Hélio. O Pan-Americanismo e o Brasil. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, 1939, pág Esta manhã um terremoto; o telegrama de Rio Branco ofercendo-me Washington. Vou pensar muito antes de responder; pensa e reza, certa de que nenhum dever pode ser recusado. Lá está talvez o futuro dos nossos filhos. Eu sempre desejei educá-los lá. NABUCO, Carolina. In A Vida de Joaquim Nabuco. São Paulo: Cia. Editora Nacional, pág

4 presidencialista e via a liderança desse país na América como natural. Além disso, acreditava fortemente na Doutrina Monroe e na sua capacidade de afastar a América da Europa: Ninguém é mais do que eu partidário de uma política exterior baseada na amizade com os Estados Unidos. A doutrina de Monroe impõe aos Estados Unidos uma política externa que se começa a desenhar, e, portanto, a nós todos também a nossa. Em tais condições a nossa diplomacia deve ser principalmente feita em Washington. Uma política assim valeria o maior dos exércitos e a maior das marinhas (...) Para mim a doutrina de Monroe (...) significa que politicamente nós nos desprendemos da Europa tão completamente e definitivamente como a lua da terra. Nesse sentido é que sou Monroista. 6 Nabuco procurava modificar a todo custo as disposições anti-americanas em seus amigos diplomatas e em políticos influentes, principalmente o receio de alguns intelectuais com relação ao imperialismo norte-americano. Ele acreditava na imensa influência moral que os Estados Unidos exercem sobre a marcha da civilização e via aquele país como uma vasta zona neutra de paz e de livre competição humana. 7 Em uma carta ao presidente eleito Afonso Pena, em dezembro de 1905, Nabuco reafirma sua confiança na aproximação do Brasil com os Estados Unidos: Você me encontrará neste posto, e eu não sei se lhe devo pedir que me deixe nele. Isso dependerá da sua política. Se esta for francamente americana, no sentido de uma inteligência perfeita com este país eu terei grande prazer em ser seu colaborador nele. Se você, porém, não se resolver por esta escolha, talvez fosse melhor não ter aqui um monroista tão pronunciado como eu porque não convém iludir os americanos. Então você poderia mandar-me para algum posto onde eu não trabalhasse em vão. 8 O Embaixador em Washington foi também o grande responsável pelo fato de o Brasil ter sediado a Terceira Conferência Pan-Americana, apesar dos enormes esforços da Venezuela que desejava ter Caracas como a sede do importante encontro. Graças as suas boas relações com o então Secretário de Estado norte-americano Elihu Root, Nabuco não só trabalhou para que o evento tivesse lugar no Rio de Janeiro, como também convenceu 6 ANDRADE, Olímpio de Souza. Joaquim Nabuco e o Pan-Americanismo. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1950, pág Idem, pág NABUCO, Joaquim. Cartas a Amigos. São Paulo: Instituto Progresso Editorial: vol II, pág

5 Root a fazer-se presente na Conferência, comparecimento que acreditava poder dissipar as desconfianças com relação aos Estados Unidos: (...) É necessário que as Repúblicas Americanas não julguem o papel que os Estados Unidos tiveram e têm que representar para defender a doutrina Monroe, como ofensivo de modo algum, ao orgulho e dignidade de qualquer delas, mas, ao contrário, como um privilégio que todas devem apoiar, ainda que seja só com sua simpatia e gratidão. Isso será, sem dúvida, o resultado final da Conferência Pan-Americana (...) 9 No extremo oposto, Oliveira Lima foi o maior crítico do pan-americanismo dentro do nosso Ministério das Relações Exteriores e, em seus livros, tais como Impressões da América Espanhol; Pan-Americanismo e América Latina e América Inglesa, o autor discute e polemiza sobre diversos assuntos em torno do pan-americanismo como a Doutrina Monroe e a política imperialista de Theodore Roosevelt. O historiador e diplomata pernambucano acreditava que a Doutrina Monroe tinha substituído o domínio europeu na América Latina pela preponderância norte-americana, principalmente através das anexações, como era o caso de Cuba. Segundo Oliveira Lima, o monroismo nunca tinha representado uma garantia recíproca de defesa e soberania, pois os Estados Unidos aplicava esta política de acordo com seus próprios interesses: (...) [O] Presidente Roosevelt, na sua última mensagem ao Congresso, [afirmou] que as repúblicas americanas que faltassem aos seus compromissos não poderiam ser protegidas contra as conseqüências da deslealdade evidenciada no cumprimento das suas obrigações internacionais. A doutrina chamada de Monroe cabe no entanto tão bem à América do Sul quanto à do Norte e não pode ser privilegio desta, que não recebeu da outra delegação de soberania nem procuração de defesa. Os Estados Unidos só exercerão, aliás, a defesa quando para isso forem convidados, ou a incapacidade do agredido for de ordem tal que dispensar o apelo. Ninguém espera para valer a um homem ferido de morte que ele clame por socorro: pode acontecer que nem forças tenha para gritar. O proceder nestes casos é ditado pelo egoísmo ou altruísmo do que intervém. 10 Em vários jornais brasileiros, Oliveira Lima escrevia contra a política externa desempenhada pelo Itamaraty. Para ele, enquanto outros países latino-americanos faziam causa comum contra o imperialismo norte-americano (caso da Argentina e do Chile) o 9 NABUCO, Carolina. In A Vida de Joaquim Nabuco. São Paulo: Cia. Editora Nacional, pág Pan-Americanismo (Monroe, Bolívar, Roosevelt). (1ª ed. de 1907). Brasília: Senado Federal; Rio de Janeiro: Fundação Casa Rui Barbosa, 1980, pág

6 Brasil apenas corroborava as decisões impostas por Washington. Para fazer frente à Doutrina Monroe, Oliveira Lima tecia considerações em seu livro Pan-Americanismo acerca da Doutrina Drago (Luiz M. Drago ex-ministro das Relações Exteriores da Argentina). Esta doutrina havia sido proposta pela Argentina na Terceira Conferência Pan- Americana (mesmo Joaquim Nabuco tendo feito inúmeros esforços para tirá-la do programa oficial da Conferência) e implicava na supressão do uso da força para exigir o pagamento de dívidas entre nações. Como resposta à Doutrina Drago, o presidente Roosevelt elaborou um corolário à Doutrina Monroe para não correr o risco de perder sua supremacia no continente, pois seu objetivo principal era justificar o papel que os Estados Unidos pretendiam impor, eventualmente mediante intervenções armadas, na América Latina. Como afirma Barbosa Lima Sobrinho: [Oliveira Lima] combate Teodoro Roosevelt e a famosa doutrina do big-stick, ao ponto de ser considerado, no Brasil, inimigo de Roosevelt e de averbarem de inconvenientes os seus artigos de O Estado de São Paulo, pela voz do então Senador Francisco Glicério, com algum aquiescência do próprio Presidente Rodrigues Alves. É nessa oportunidade que ele esposa a Doutrina Drago cuja importância sentira na Venezuela e sabia como podia ser significativa na defesa da soberania de nações financeiramente dependentes. 11 Como forma de resistir ao avanço estadunidense, Oliveira Lima pregava que o Brasil deveria aumentar suas relações com os outros países ibero-americanos no intuito de conter as agressões norte-americanas. Embora em muitos de seus livros, o diplomata tenha caracterizado as outras repúblicas latino-americanas como anárquicas e repletas de caos político e social, era necessário cultivar a solidariedade entre os países, principalmente os sul-americanos. As enormes divergências entre Joaquim Nabuco e Oliveira Lima com relação ao pan-americanismo demonstram que este assunto era muito polêmico não apenas dentro do Ministério das Relações Exteriores, mas também para grande parte intelectualidade brasileira do período. As diferentes concepções desses dois intelectuais são um exemplo de como a sociedade da época refletia sobre o pan-americanismo, seus anseios e também os receios que a aproximação com os Estados Unidos trazia. 11 OLIVEIRA, Lima. Obra Seleta. Organizada sob a direção de Barbosa Lima Sobrinho. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1971, pág

7 Esta questão era tão espinhosa que acabou sendo o principal motivo de discórdia e rompimento das relações entre Oliveira Lima e Joaquim Nabuco. Quando Rio Branco elevou a Legação Brasileira de Washington à categoria de Embaixada, em 1905, nomeando Joaquim Nabuco para o posto, Oliveira Lima tentou dissuadi-lo de aceitar o cargo. Entretanto, Nabuco abraçava a causa americana com tamanho entusiasmo, que passou a acreditar que aquela era mais uma impertinência do colega diplomata. Além disso, durante os preparativos para a Terceira Conferência Pan-Americana, Nabuco preocupou-se muito com os ataques frontais que Oliveira Lima fazia ao pan-americanismo e aos Estados Unidos, pedindo constantemente a Graça Aranha que o vigiasse, vendo nele a incontinência da pena e sugerindo o uso das águas da Europa durante a Conferência, pois temia que ele pudesse atrapalhar a vinda de Elihu Root ao Brasil. Assim, em 1906, Nabuco escreve a Oliveira Lima cortando relações: Desde que o snr. estabelece como condição para me continuar a sua amizade ouvir eu as verdades que me queira dizer, não me é lícito insistir por aquele privilégio. Não haveria reciprocidade na clausula, pois, eu já agora não poderia contrair o mesmo hábito. 12 Em contraposição, Oliveira Lima acusava Joaquim Nabuco de exagerar o seu americanismo e não enxergar os verdadeiros anseios dos Estados Unidos. Dentro do Itamaraty, Oliveira Lima foi sendo considerado um diplomata dissidente, principalmente por suas posições enfaticamente contrárias ao pan-americanismo. Essa atitude o fez perder poder e distinção entre seus colegas, especialmente por ter criticado nos jornais Rio Branco e Joaquim Nabuco. Quando Oliveira Lima foi designado para servir na Venezuela (em 1905) como retaliação pelo fato dele ter negado o posto de representante no Peru, o historiador diplomata radicalizou suas críticas nos jornais sobre as preparações para a Terceira Conferência Pan-Americana, especialmente n O Estado de São Paulo, tendo sido excluído da mesma. Além disso, Oliveira Lima acusava Rio Branco de atrapalhar sua carreira diplomática, pois ele não queria servir em nenhum país americano, já que seu objetivo era ter postos na Europa para que pudesse, paralelo as atividades diplomáticas, pesquisar nos melhores arquivos europeus (em virtude de seus estudos históricos). Mas foi exatamente a estada na Venezuela que tornou possível a Oliveira Lima se deter melhor 12 ANDRADE, Olímpio de Souza. Joaquim Nabuco e o Pan-Americanismo. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1950, pág

8 sobre os problemas e desafios do continente Americano, em especial sobre a América do Sul. Segundo Barbosa Lima Sobrinho: (...) nunca Oliveira Lima renunciou a reivindicar para o Brasil o direito de ter uma orientação própria na defesa dos seus interesses ( ). Depois de sua passagem pela Legação da Venezuela, Oliveira Lima alcançara uma visão continental dos problemas comuns às duas Américas, o que vale dizer uma visão das três Américas, com o que pudesse haver nelas de característico e de essencial. 13 Desse modo, depois de compararmos as duas concepções distintas de Joaquim Nabuco e Oliveira Lima sobre o pan-americanismo, podemos concluir que houve muitas tensões entre os grandes nomes da diplomacia nacional. Embora o projeto pan-americanista de Joaquim Nabuco tenha permanecido na história como vitorioso, é importante ressaltar, que não só Oliveira Lima, mas outros intelectuais como Euclides da Cunha, se opuseram radicalmente a esse projeto encabeçado pelos Estados Unidos. Parece-nos que estes autores foram levados não tanto pela solidariedade americana, mas essencialmente pelo princípio liberal de soberania das nações. Portanto, se pensarmos que a política pan-americanista não foi hegemônica entre os diplomatas brasileiros das primeiras décadas republicanas, podemos perceber outras fissuras na nossa corrente interpretação sobre a história nacional e a relações do Brasil, não só com os Estados Unidos, mas também com a América Latina. Fontes: NABUCO, Joaquim. Balmaceda. (1ª ed. de 1895). São Paulo: Companhia Editora Nacional; Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, Cartas a Amigos. 2 vols. (Obras Completas, vols. XIII e XIV). São Paulo: Instituto Progresso Editorial (IPE), Minha Formação. 9ª ed. (1ª ed. de 1900). Rio de Janeiro; Brasília: José Olympio/INL, O Abolicionismo. 5ª ed. (1ª ed. de 1883). Petrópolis: Vozes, LINS, Álvaro. Rio Branco, Biografia Pessoal e História Política. São Paulo: Alfa Omega, 1996, pág

9 . O Dever dos Monarquistas. Carta ao Almirante Jaceguay. Rio de Janeiro: Typ, Leuzinger, Pensamentos Soltos: Camões e Assuntos Americanos. (Obras Completas, vols. X). São Paulo: Instituto Progresso Editorial (IPE), OLIVEIRA LIMA, Manoel de. América Latina e América Inglesa: A Evolução Brasileira Comparada com a Hispano-Americana e com a Anglo-Americana. Rio de Janeiro: Garnier, s/d. (publicação de seis conferências pronunciadas originalmente na Universidade de Standford, EUA, em outubro de 1912).. Coisas Diplomáticas. Lisboa: A Editora, Impressões da América Espanhola ( ). Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, Na Argentina (Impressões ). São Paulo; Rio de Janeiro: Weiszflog Irmãos, Nos Estados Unidos: Impressões Políticas e Sociais. Leipzig: F.A. Brockhaus, Obra Seleta. Organizada sob a direção de Barbosa Lima Sobrinho. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, O Movimento da Independência: O Império Brasileiro ( ). 2ª ed. São Paulo: Melhoramentos, s/d.. Pan-Americanismo (Monroe, Bolívar, Roosevelt). (1ª ed. de 1907). Brasília: Senado Federal; Rio de Janeiro: Fundação Casa Rui Barbosa, Bibliografia: ANDRADE, Olímpio de Souza. Joaquim Nabuco e o Brasil na América. Revista. São Paulo: Cia Editora Nacional/MEC, Joaquim Nabuco e o Pan-Americanismo. São Paulo: Cia. Editora Nacional, ARAÚJO, João H. Pereira de (org.). José Maria da Silva Paranhos, Barão de Rio Branco uma Biografia Fotográfica. Texto de Rubens Ricupero. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, BAGGIO, Kátia Gerab. A outra América: a América Latina na Visão dos Intelectuais Brasileiros das Primeiras Décadas Republicanas. São Paulo: Departamento de História da USP,

10 BANDEIRA DE MELLO, A. T. O Espírito do Pan-Americanismo. Rio de Janeiro: MRE, BEIGUELMAN, Paula. Joaquim Nabuco: Teoria e Práxis. In: Joaquim Nabuco: Política. São Paulo: Ática, CARDIM, Carlos Henrique & ALIMINO, João (orgs.). Rio Branco: A América do Sul e a Modernização do Brasil. Rio de Janeiro: EMC, GOUVÊA, Fernando da Cruz. Joaquim Nabuco entre a Monarquia e a República. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Ed. Massangana, LINS, Álvaro. Rio Branco, Biografia Pessoal e História Política. São Paulo: Alfa Omega, LOBO, Hélio. Entre Georges Canning e James Monroe. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, O Pan-Americanismo e o Brasil. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, MALATIAN, Teresa. Oliveira Lima e a Construção da Nacionalidade. Florianópolis: EDUSC, NABUCO, Carolina. A Vida de Joaquim Nabuco. São Paulo: Cia. Editora Nacional, PRADO, Maria Ligia Coelho. A Formação das Nações Latino-Americanas. São Paulo: Atual, O Brasil e a Distante América do Sul. In: Revista de História, nº 145, 2001, pág SALLES, Ricardo. Joaquim Nabuco: um pensador do Império. Rio de Janeiro: Topbooks,

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