Colóquio APMG Um Inverno particular. Pedro Viterbo Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Agradecimentos: Julia Slingo, UK Metoffice
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- Ana Júlia Pinheiro Castanho
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1 Colóquio APMG Um Inverno particular Pedro Viterbo Instituto Português do Mar e da Atmosfera Agradecimentos: Julia Slingo, UK Metoffice APMG
2 Colóquio APMG Com as devidas desculpas a Ettore Scola, Sofia Loren e Marcello Mastroiani Um Inverno particular Pedro Viterbo Instituto Português do Mar e da Atmosfera Agradecimentos: Julia Slingo, UK Metoffice APMG
3 Tempestades no Atlântico Norte no último Inverno Um número invulgar de tempestades de inverno no Atlântico Norte 17 sistemas depressionários intensos em todo o Inverno - 10 com ciclogénese explosiva (A depressão cava pelo menos 24 hpa em 24 horas) - 2 com ciclogénese explosiva em 2 dias consecutivos Janeiro e fevereiro, em particular, com as depressões a sul do que é habitual
4 24 Dec Tempestades no Atlântico Norte no último Inverno
5 Tempestades no Atlântico Norte no último Inverno 24 Dec Jan
6 Tempestades no Atlântico Norte no último Inverno 24 Dec Jan Feb
7 Altura significativa Jan a 7 Jan , de 3 em 3 horas m
8 Tempestades no Atlântico Norte no último Inverno Agitação marítima associada a cada um dos sistemas depressionários Swell, com períodos de pico muito longos (> 15 s), com as ondas a transportar muita energia A energia transportada pelo swell causou danos nas zonas costeiras da Irlanda, Reino Unido, França, Norte de Espanha e Portugal
9 Condicionamento próximo: Continente Norte Americano muito frio Anomalia de temperatura do ar à superfície 1ª semana de Janeiro UK MetOffice (2014)
10 Condicionamento próximo: Vórtice Polar na baixa estratosfera Prevalência de ar polar em Dezembro e Janeiro no continente norte americano (figura da direita), com 4-6 semanas de temperaturas muito negativas no Canadá e na metade leste dos EUA, condicionando todo o Atlântico Norte e a meteorologia na Europa. Climatologia UK MetOffice (2014)
11 Condicionamento próximo: Vórtice Polar na baixa estratosfera Prevalência de ar polar em Dezembro e Janeiro no continente norte americano (figura da direita), com 4-6 semanas de temperaturas muito negativas no Canadá e na metade leste dos EUA, condicionando todo o Atlântico Norte e a meteorologia na Europa. Climatologia Frequente deslocação de massas de ar muito frias do continente Norte Americano para o Atlântico (cold air ourbreaks), com ciclogénese associada a enorme geração de energia. UK MetOffice (2014)
12 Imagem IR GOES-E Enorme variabilidade Vento 250 hpa UK MetOffice (2014)
13 Imagem IR GOES-E Enorme variabilidade Vento 250 hpa UK MetOffice (2014)
14 Um padrão planetário: Janeiro Climatologia Janeiro hpa 850 hpa UK MetOffice (2014)
15 Um padrão planetário: Janeiro Climatologia Janeiro hpa 250 hpa: Enorme meandro na circulação Pacífico Leste EUA Atlântico Norte 850 hpa: Elipse vermelha assinala a convergência de de ar de origem polar com ar de origem tropical 850 hpa UK MetOffice (2014)
16 Sumário de possíveis causas O Oceano Pacífico, nos trópicos e latitudes médias, foi determinante neste Inverno Perturbações na corrente de jato Associado a aumento de precipitação na Indonésia e no Pacífico Oriental Anomalias semelhantes ao La Niña, mas não houve La Niña O jato no Atlântico Norte foi extremamente intenso Ligado à Oscilação Quasi-Bienal (QBO), com ventos de Oeste muito fortes A QBO também contribuiu para um vórtice polar muito intenso e um jato polar muito forte
17 Papel das alterações climáticas? O problema de atribuição dum evento (ou um conjunto de eventos) às alterações climáticas não é fácil, mas será concerteza objeto de trabalhos futuros Algumas considerações genéricas: Há estudos recentes que mostram Um aumento na intensidade das tempestades no Atlântico O aumento de intensidade é acompanhado com um desvio para Sul dos sistemas ativos O aquecimento do Atlântico sub-tropical aumenta o vapor de água na atmosfera, intensificando os sistemas que se desviam para Sul Valores de precipitação diária (e horária) estão a aumentar As próximas gerações de modelos globais de clima, com resoluções espacial de 30 km e, antes do final da década, abaixo de 10 km, permitirão resolver escalas muito mais finas
18 Qualidade da previsão neste Inverno: Atmosfera Score Z 500 hpa Europa Score Z 500 hpa Hemisfério Norte Inverno Score (dias) 09/ / / / / Bloqueio Muito ativo Inverno Score (dias) 09/ / / / /14 7.3
19 Qualidade da previsão: agitação marítima Altura significativa SI: Atlântico NE 2013/14
20 Lições deste Inverno: Um Inverno pedagógico Um Inverno muito difícil, do ponto de vista do previsor A importância dum modelo global (ECMWF) Só um modelo global pode descrever padrões atmosféricos que estão ligados entre si, (Pacífico e Atlântico; trópicos, latitudes médias e ártico); a resolução (16 km) foi crucial, tendo em conta a escala dos sistemas mais intensos A importância da vigilância meteorológica e os satélites da EUMETSAT (em particular, geoestacionário) e NOAA E ainda os de órbita polar (METOP e NOAA) A agitação marítima foi uma parte fundamental do risco neste Inverno A informação dos modelos WAM e SWAN foi utilizada todos os dias Este Inverno consolidou o uso dos produtos de agitação marítima Agitação marítima tem predictabilidade acrescida: O swell é um efeito integrado dos sistemas depressionários O fator humano
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