Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1. Difusão

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1. Difusão"

Transcrição

1 Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1 Difusão 1º semestre / 016

2 Difusão Assuntos abordados... Como a difusão ocorre? Por que difusão é uma parte importante do processamento? Como a taxa de difusão pode ser prevista para alguns casos simples? Como a difusão depende da estrutura e da temperatura?

3 Difusão Difusão - Transporte de massa por movimentação de átomos Mecanismos Gases & Líquidos movimento aleatório (Browniano) motion Sólidos difusão de lacunas ou difusão intersticial 3

4 Interdifusão: Em uma liga, átomos tendem a migrar de regiões de alta conentração para regiões de baixa concentração Inicialmente Difusão Depois de algum tempo Adapted from Figs. 5.1 and 5., Callister & Rethwisch 8e. Perfis de concentração Perfis de concentração 4

5 Diffusion Autodifusão: Em um elemento sólido, átomos também migram Identificar alguns átomos C A D B Depois de algum tempo C D A B 5

6 Mecanismos de difusão Difusão de Lacunas: átomos trocam de lugar com lacunas aplica-se a átomos de impureza substitucionais taxa depende: -- do número de lacunas -- da energia de ativação. aumento do tempo 6

7 Difusão Simulação da interdifusão através de uma interface: This slide contains an animation that requires Quicktime and a Cinepak decompressor. Click on the message or image below to activate the animation. Taxa de difusão substitucional depende da: -- concentração de lacunas -- frequência (Courtesy P.M. Anderson) 7

8 Mecanismos de difusão Difusão intersticial átomos menores podem difundir entre átomos. Posição do átomo intersticial antes da difusão Posição do átomo intersticial após a difusão Adapted from Fig. 5.3(b), Callister & Rethwisch 8e. Mais rápida que difusão por lacunas 8

9 Processamento usando difusão Endurecimento: -- Aumento da concentração superfical de átomos de carbono na rede hospedeira de ferro -- Exemplo de difusão intersticial: engrenagem endurecida Resultado: A presença de carbono endurece o ferro (aço). Adapted from chapter-opening photograph, Chapter 5, Callister & Rethwisch 8e. (Courtesy of Surface Division, Midland-Ross.) 9

10 Processamento usando difusão Dopagem de silício com fósforo para semicondutores tipo n: Processo: 0,5 mm 1. Depositar camadas ricas em P na superfície.. Aquecer. silício 3. Resultado: Regiões dopadas semicondutoras. imagem ampliada de um chip regiões claras: átomos de Si silício regiões claras: átomos de Al Adapted from Figure 18.7, Callister & Rethwisch 8e. 10

11 Difusão Como quantificar a quantidade ou taxa de difusão? J moles (ou massa) em difusão mol kg Fluxo ou área da superfícietempo cm s m s Medido empiricamente Fazer uma membrana de área superficial conhecida Impor um gradiente de concentraçao Medir a rapidez que átomos ou moléculas difundem através da membrana J M At l A dm dt M = massa que difundiu tempo J inclinação 11

12 Difusão em estado estacionário Taxa de difusão é independente do tempo dc Fluxo é proporcional ao gradiente de concentração = dx C 1 C 1 1ª Lei de Fick da difusão C C J D dc dx se linear dc dx x 1 x x C x C x C x 1 1 D coeficiente de difusão 1

13 Exemplo: Roupas de proteção química Cloreto de metileno é um ingrediente comum de removedores de tinta. Além de ser irritante, ele pode ser absorvido pela pele. Para usar este removedor de tinta, luvas de proteção devem ser usadas. Se luvas de borracha butílica (0,04 cm de espessura) são usadas, qual o fluxo difusivo de cloreto de metileno através da luva? Dados: coeficiente de difusão na borracha butílica: D = 110 x10-8 cm /s concentrações nas C 1 = 0,44 g/cm 3 superfícies: C = 0,0 g/cm 3 13

14 Exemplo (cont.) Solução assumindo um gradiente de concentração linear C 1 removedor luva x 1 x t b 6D C pele J Data: - D dc dx C D x D = 110 x 10-8 cm /s C 1 = 0,44 g/cm 3 C = 0,0 g/cm 3 x x 1 = 0,04 cm C x 1 1 J ( 0, 0 g/cm 0, 44 g/cm ) -5 g ( 110 x 10 cm /s) 116, x 10 ( 0, 04 cm) cm s 14

15 Difusão e Temperatura Coeficiente de difusão aumenta com o aumento da temperatura T. D D o exp Q d R T D D o Q d R T = coeficiente de difusão [m /s] = pré-exponencial [m /s] = energia de difusão [J/mol or ev/atom] = constante universal dos gases [8.314 J/mol-K] = temperatura absoluta [K] 15

16 Difusão e Temperatura D possui dependência exponencial com T 10-8 T(C) D (m /s) D intersticial >> D substitucional C em a-fe C em g-fe Al em Al Fe em a-fe Fe em g-fe ,5 1,0 1, K/T Adapted from Fig. 5.7, Callister & Rethwisch 8e. (Date for Fig. 5.7 taken from E.A. Brandes and G.B. Brook (Ed.) Smithells Metals Reference Book, 7th ed., Butterworth-Heinemann, Oxford, 199.) 16

17 Exemplo: A 300ºC o coeficiente de difusão e a energia de ativação para Cu em Si são D(300ºC) = 7,8 x m /s Q d = 41,5 kj/mol Qual o coeficiente de difusão a 350ºC? D transformação dos dados ln D Temp = T 1/T lnd lnd lnd 0 lnd Q R 1 d 1 T D ln D 1 and Q R d lnd T T1 lnd 0 Q R d 1 T1 17

18 Exemplo (cont.) D D 1 exp Q R d 1 T 1 T 1 T 1 = = 573 K T = = 63 K D ( 7, 8 x m /s) J/mol exp 8, 314 J/mol -K 1 63 K K D = 15,7 x m /s 18

19 Difusão em estado não estacionário A concentração das espécies em difusão é função do tempo e da posição C = C(x,t) Neste caso a Segunda Lei de Fick é usada Segunda Lei de Fick C t D C x 19

20 Difusão em estado não estacionário Cobre difunde em uma barra de alumínio Conc. da superfície, C de átomos de Cu barra s conc. pré-existente C o de átomos de cobre C s Adapted from Fig. 5.5, Callister & Rethwisch 8e. condições de contorno Posição, x em t = 0, C = C o para 0 x em t > 0, C = C S para x = 0 (conc. superficial cte.) C = C o para x = 0

21 Solução: C x,t C C C s o o 1 erf x Dt C(x,t) = Conc. no ponto x no tempo t erf (z) = função erro C S z e y 0 dy valores de erf(z) são tabelados (Tabela 5.1 Callister 8ª ed.) C(x,t) C o Distância Adapted from Fig. 5.5, Callister & Rethwisch 8e. 1

22 Difusão em estado não estacionário Problema exemplo: uma liga ferro-carbono CFC contendo inicialmente 0,0% p. de C passa por carbonetação em uma temperatura elevada e em uma atmosfera que fornece uma concentração de carbono constante na superfície de 1,0% p. Se depois de 49,5 h a concentração de carbono é 0,35% p. em uma posição 4,0 mm abaixo da superfície, determine a temperatura na qual o tratamento foi realizado. C( x, t) C Solução usar Eq.: o x 1 erf Cs Co Dt

23 Solução (cont.): C( x,t ) C C C s o o 1 erf x Dt t = 49,5 h x = 4 x 10-3 m C x = 0,35 wt% C s = 1,0 wt% C o = 0,0 wt% C( x, t) C C C s o o 0, 35 0, 0 10, 0, 0 1 erf x Dt 1 erf( z) erf(z) = 0,815 3

24 Solução (cont.): Determinar a partir da Tabela 5.1 o valor de z para a qual a função erro é 0,815. Uma interpolação é necessária como segue: z erf(z) 0,90 0,7970 z 0,815 0,95 0,809 z 0, 90 0, 95 0, 90 0, 815 0, 809 z , , 7970 Resolver para D z x Dt D x 4z t D x 4z t (4 x 10 ( 4) (0, 93) 3 m) ( 49, 5 h) 1h 3600 s, 6 x m /s 4

25 Solução (cont.): Resolver para a temperatura na qual D =,6 x m /s da Tabela 5., para difusão de C em Fe CFC D o =,3 x 10-5 m /s Q d = J/mol T Qd 1 lnd lnd0 R T Qd R( lnd lnd) o T J/mol ( 8, 314 J/mol -K)(ln, 3x10 m /s ln, 6x m /s) T = 1300 K = 107ºC 5

26 Resumo Difusão é mais rápida para... estruturas cristalinas abertas materiais com ligações secundárias átomos menores materiais de densidade mais baixa Difusão é mais lenta para... estruturas compactas materiais com ligações covalentes átomos maiores materiais de densidade mais elevada 6

27 Bibliografia Callister 8ª edição Capítulo 5 completo Outras referências importantes Padilha, A.F. Materiais de Engenharia. Hemus. São Paulo Cap. 8 Askeland, D.R.; Pradeep P. F.; Wright, W. J. Phulé, P.P. - The Science and Engineering of Materials. CENGAGE Learning. 6a edição Cap. 5

Física dos Materiais

Física dos Materiais Física dos Materiais 4300502 1º Semestre de 2016 Instituto de Física Universidade de São Paulo Professor: Luiz C. C. M. Nagamine E-mail: nagamine@if.usp.br Fone: 3091.6877 homepage: http://disciplinas.stoa.usp.br/course/view.php?id=10070

Leia mais

Física dos Materiais FMT0502 ( )

Física dos Materiais FMT0502 ( ) Física dos Materiais FMT0502 (4300502) 1º Semestre de 2010 Instituto de Física Universidade de São Paulo Professor: Antonio Dominguesdos Santos E-mail: adsantos@if.usp.br Fone: 3091.6886 http://plato.if.usp.br/~fmt0502n/

Leia mais

Difusão em Sólidos TM229 - DEMEC Prof Adriano Scheid

Difusão em Sólidos TM229 - DEMEC Prof Adriano Scheid Difusão em Sólidos TM229 - DEMEC Prof Adriano Scheid O que é Difusão? É o fenômeno de transporte de material pelo movimento de átomos. Importância? Diversas reações e processos que ocorrem nos materiais

Leia mais

Unidade 7 DIFUSÃO. ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais

Unidade 7 DIFUSÃO. ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais 1 ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Unidade 7 DIFUSÃO PMT 3100 - Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais 1º semestre de 2017

Leia mais

Ciência dos Materiais. Difusão. Fabiano Thomazi

Ciência dos Materiais. Difusão. Fabiano Thomazi Ciência dos Materiais Difusão Fabiano Thomazi Difusão Processo físico dependente do tempo Um elemento penetra em uma matriz Gás Líquido Sólido Variação da concentração de um material em função da posição

Leia mais

PMT3100 Exercícios UNIDADE 7 Difusão

PMT3100 Exercícios UNIDADE 7 Difusão UNIDADE 7 Difusão 1. A purificação de hidrogênio pode ser feita por difusão do gás através de uma chapa de paládio a 600 o C. Calcule a quantidade de hidrogênio que passa por hora através de uma chapa

Leia mais

DIFUSÃO. Conceitos Gerais

DIFUSÃO. Conceitos Gerais DIFUSÃO Conceitos Gerais CAPA Os tratamentos térmicos são um conjunto de operações que têm por objetivo modificar as propriedades dos aços e de outros materiais através de um conjunto de operações que

Leia mais

MOVIMENTO DE ÁTOMOS E IONS NOS MATERIAIS DIFUSÃO

MOVIMENTO DE ÁTOMOS E IONS NOS MATERIAIS DIFUSÃO Prof. Júlio César Giubilei Milan UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA MOVIMENTO DE ÁTOMOS E IONS NOS MATERIAIS DIFUSÃO CMA CIÊNCIA

Leia mais

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais DIFUSÃO

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais DIFUSÃO ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais DIFUSÃO PMT 5783 Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais 2 Roteiro da Aula Histórico Conceito

Leia mais

Microestrutura (Fases) Parte 2

Microestrutura (Fases) Parte 2 Microestrutura (Fases) Parte 2 1. MICROESTRUTURA 1-4 SOLUBILIDADE 1-5 FORMAÇÃO DE FASE EM SÓLIDOS 1 1-44 SOLUBILIDADE Um material pode ser resultado da combinação de diferentes componentes: - por formação

Leia mais

Mecanismo pelo qual a matéria é transportada através da matéria

Mecanismo pelo qual a matéria é transportada através da matéria Apoio COTED-CT Difusão é o transporte de matéria no estado sólido, induzido por agitação térmica. Muitas reações e processos industriais importantes no tratamento de materiais dependem do transporte de

Leia mais

Difusão atômica [8] importante fenômeno de transporte de massa, que ocorre em escala atômica.

Difusão atômica [8] importante fenômeno de transporte de massa, que ocorre em escala atômica. [8] ifusão importante fenômeno de transporte de massa, que ocorre em escala atômica. Processos metalúrgicos: Tratamentos Térmicos Transformações de Fase Crescimento de Grão Sinterização de Pós Purificação

Leia mais

Difusão. Fenômeno de transporte de material por movimento atômico. íons envolvidos.

Difusão. Fenômeno de transporte de material por movimento atômico. íons envolvidos. Difusão Fenômeno de transporte de material por movimento atômico que implica na homogeneização dos átomos, moléculas ou íons envolvidos. Algumas questões: O Al oxida mais facilmente do que o Fe, por então

Leia mais

10 testes - GABARITO. Estrutura Atômica e Ligação Interatômica

10 testes - GABARITO. Estrutura Atômica e Ligação Interatômica 10 testes - GABARITO Estrutura Atômica e Ligação Interatômica 1) Calcule o número de átomos de Cu em um cilindro de cobre maciço com 1 m de altura e 1 m de diâmetro. densidade do Cu = 8,9 g/cm ; massa

Leia mais

UNIDADE 6 - VIBRAÇÕES ATÔMICAS E DIFUSÃO NO ESTADO SÓLIDO

UNIDADE 6 - VIBRAÇÕES ATÔMICAS E DIFUSÃO NO ESTADO SÓLIDO UNIDADE 6 - VIBRAÇÕES ATÔMICAS E DIFUSÃO NO ESTADO SÓLIDO 6.1. TAXA DE UM PROCESSO Um grande número de processos que tem a temperatura como força motriz são regidos pela Equação de Arrhenius Q / RT (6.1)

Leia mais

Fundamentos de Ciência e Engenharia de Materiais Prof. Dr. André Paulo Tschiptschin

Fundamentos de Ciência e Engenharia de Materiais Prof. Dr. André Paulo Tschiptschin ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Fundamentos de Ciência e Engenharia de Materiais Prof. Dr. André Paulo Tschiptschin CONCEITUAÇÃO Difusão:

Leia mais

Difusão Prof. C. Brunetti

Difusão Prof. C. Brunetti Difusão Prof. C. Brunetti Conceitos fundamentais Definição: Mecanismo pelo qual a matéria é transportada através da matéria. Os átomos, em gases, líquidos e sólidos, estão em movimento constante e migram

Leia mais

Capítulos 7 e 8 SOLIDIFICAÇÃO E DIFUSÃO ATÓMICA EM SÓLIDOS

Capítulos 7 e 8 SOLIDIFICAÇÃO E DIFUSÃO ATÓMICA EM SÓLIDOS Capítulos 7 e 8 SOLIDIFICAÇÃO E DIFUSÃO ATÓMICA EM SÓLIDOS 1*. Considere a nucleação homogénea durante a solidificação de um metal puro. Sabendo que a energia livre de Gibbs de um agregado de átomos aproximadamente

Leia mais

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de 2014 Informações e instruções para a resolução da prova 1. A prova deve ser realizada sem consulta; 2. A duração da prova é

Leia mais

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de 2013 Informações e instruções para a resolução da prova 1. A prova deve ser realizada sem consulta; 2. A duração da prova é

Leia mais

Reações Heterogêneas

Reações Heterogêneas Reações eterogêneas Sólido / Gás DIFUSÃO Sólido / Líquido com transferência de carga Líquido / Líquido Líquido / Gás Primeira Lei de Fick: difusão em estado estacionário Segunda Lei de Fick: acúmulo da

Leia mais

Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1. Introdução

Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1. Introdução Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1 Introdução 1º semestre / 2016 204072: Ciência dos Materiais 1 Objetivo da disciplina...

Leia mais

Ciências dos Materiais

Ciências dos Materiais ASSOCIAÇÃO TERESINENSE DE ENSINO ATE FACULDADE SANTO AGOSTINHO FSA DIREÇÃO DE ENSINO NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO NUAPE Ciências dos Materiais Profª Esp. Priscylla Mesquita Por que Estudar a Difusão? Materiais

Leia mais

Trabalho 2º Bimestre Ciências dos Materiais

Trabalho 2º Bimestre Ciências dos Materiais Trabalho 2º Bimestre Ciências dos Materiais DIFUSÃO 1) Defina difusão. Como a difusão pode ocorrer em materiais sólidos? 2) Compare os mecanismos atômicos de difusão intersticial e por lacunas. Explique

Leia mais

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de 2014 Informações e instruções para a resolução da prova 1. A prova deve ser realizada sem consulta; 2. A duração da prova é

Leia mais

Disciplina : Metalurgia Física- MFI Professores: Guilherme Ourique Verran - Dr. Eng. Metalúrgica. Aula 03: Difusão Atômica.

Disciplina : Metalurgia Física- MFI Professores: Guilherme Ourique Verran - Dr. Eng. Metalúrgica. Aula 03: Difusão Atômica. Disciplina : - MFI Professores: Guilherme Ourique Verran - Dr. Eng. Metalúrgica Aula 03: Atômica Atômica 1. Introdução é o movimento dos átomos no interior de um material Os átomos tendem a se moverem

Leia mais

DEFEITOS DO SÓLIDO CRISTALINO DIFUSÃO NO ESTADO SÓLIDO

DEFEITOS DO SÓLIDO CRISTALINO DIFUSÃO NO ESTADO SÓLIDO ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais DEFEITOS DO SÓLIDO CRISTALINO DIFUSÃO NO ESTADO SÓLIDO PMT 3100 - Fundamentos de Ciência e Engenharia

Leia mais

Reações Heterogêneas

Reações Heterogêneas Reações eterogêneas Sólido / Gás DIFUSÃO Sólido / Líquido sem/com transferência de carga Primeira Lei de Fick: difusão em estado estacionário Líquido / Líquido Líquido / Gás Segunda Lei de Fick: acúmulo

Leia mais

Universidade Técnica de Lisboa

Universidade Técnica de Lisboa Universidade Técnica de Lisboa Instituto Superior Técnico Ciência de Materiais 2º Teste (11.Junho.2013) COTAÇÕES Pergunta Cotação 1. (a) 0,50 1. (b) 0,50 1. (c) 0,50 1. (d) 0,50 2. (a) 0,50 2. (b) 0,50

Leia mais

CMS Física do Estado sólido

CMS Física do Estado sólido CMS-301-4 Física do Estado sólido Engenharia e Tecnologia Espaciais ETE Ciência e Tecnologia de Materiais e Sensores 21.10.2008 L.F.Perondi Engenharia e Tecnologia Espaciais ETE Ciência e Tecnologia de

Leia mais

Tratamentos Termoquímicos [23]

Tratamentos Termoquímicos [23] [23] Projeto mecânico resistência ao desgaste + tenacidade Visualização das tensões no contato mecânico entre engrenagens cilíndricas i de dentes retos (efeito fotoelástico). formação de uma superfície

Leia mais

Cotações. Universidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior Técnico

Cotações. Universidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior Técnico Universidade Técnica de Lisboa Instituto Superior Técnico Ciência de Materiais Repescagem 2º Teste (04.Fevereiro.2011) Nome: Número: Curso: Cotações Pergunta Cotação 1. (a) 0,50 1. (b) 0,50 1. (c1) 0,50

Leia mais

Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1. Introdução à solidificação

Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1. Introdução à solidificação Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1 Introdução à solidificação 1º semestre / 2016 Solidificação Mudança do estado líquido para

Leia mais

Capítulos 7 e 8 Solidificação e Difusão atómica em sólidos

Capítulos 7 e 8 Solidificação e Difusão atómica em sólidos Capítulos 7 e 8 Solidiicação e Diusão atómica em sólidos 1*. Considere a nucleação homogénea do gelo à temperatura de -40 C em que a energia livre de Gibbs de um agregado de moléculas é expressa por: 4

Leia mais

Defeitos cristalinos. (monocristais) Ponto. Superfície

Defeitos cristalinos. (monocristais) Ponto. Superfície [7] Defeitos cristalinos 1> Ligações atômicas propriedades resistência teórica (monocristais) causa da discrepância > resistência experimental defeitos cristalinos Ponto Defeitos cristalinos Linha Superfície

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 6 1 (UNIDADE III INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DOS MATERIAIS)

LISTA DE EXERCÍCIOS 6 1 (UNIDADE III INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DOS MATERIAIS) UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CENTRO DE ENGENHARIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA DISCIPLINA: QUÍMICA APLICADA À ENGENHARIA PROFESSOR: FREDERICO RIBEIRO DO CARMO Estrutura cristalina

Leia mais

TM229 - Introdução aos Materiais

TM229 - Introdução aos Materiais TM229 - Introdução aos Materiais 2009.2 Ana Sofia C. M. D Oliveira Introdução aos materiais O que determina o comportamento/propriedades dos materiais? Composição química e microestrutura Cada uma destas

Leia mais

P1 MET Turma 3UA Prof. Sidnei Paciornik

P1 MET Turma 3UA Prof. Sidnei Paciornik Nome: Assinatura: Matrícula: P1 MET 1831 2008.1 Turma 3UA Prof. Sidnei Paciornik Justifique sempre as respostas dadas. Respostas sem justificativas não serão consideradas. 1. (2,0) a) (1,0) Liste as ligações

Leia mais

Produto amolecido. Produto moldado. moléculas

Produto amolecido. Produto moldado. moléculas ω PROVA FINAL - PMT-5783 FUNDAMENTOS DE CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS 1) A respeito dos materiais poliméricos elastoméricos (elastômeros) é errado afirmar que: a) Quando submetidos a tensão, os elastômeros

Leia mais

PROVA FINAL - PMT-5783 FUNDAMENTOS DE CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS

PROVA FINAL - PMT-5783 FUNDAMENTOS DE CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS PROVA FINAL - PMT-5783 FUNDAMENTOS DE CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS 1) Em relação aos defeitos cristalinos qual das seguintes afirmações é incorreta: a) Numa discordância em cunha o vetor de Burgers

Leia mais

TM229 - Introdução aos Materiais

TM229 - Introdução aos Materiais TM229 - Introdução aos Materiais 2009.1 Ana Sofia C. M. D Oliveira Interação entre imperfeições cristalinas Importância dos defeitos cristalinos para o comportamento dos materiais: Interação entre defeitos

Leia mais

DEFEITOS CRISTALINOS

DEFEITOS CRISTALINOS ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais DEFEITOS CRISTALINOS PMT 2100 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia 2º Semestre de 2005

Leia mais

Sugestões de estudo para a P1

Sugestões de estudo para a P1 Sugestões de estudo para a P1 1) Considere a curva de energia potencial da ligação entre dois átomos (E) apresentada ao lado, e as três afirmações a Seguir: I. Na distância interatômica r o as forças de

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PLANO DE ENSINO Ano Semestre letivo 2016 1 o 1. Identificação Código 1.1 Disciplina: Ciência dos Materiais 0950003 1.2 Unidade:

Leia mais

Tratamentos Termoquímicos [9]

Tratamentos Termoquímicos [9] [9] Projeto mecânico resistência ao desgaste + tenacidade Visualização das tensões no contato mecânico entre engrenagens cilíndricas de dentes retos (efeito fotoelástico). formação de uma superfície dura

Leia mais

UNIDADE 6 Defeitos do Sólido Cristalino

UNIDADE 6 Defeitos do Sólido Cristalino UNIDADE 6 Defeitos do Sólido Cristalino 1. Em condições de equilíbrio, qual é o número de lacunas em 1 m de cobre a 1000 o C? Dados: N: número de átomos por unidade de volume N L : número de lacunas por

Leia mais

PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO

PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO MODELAÇÃO DA DETERIORAÇÃO António Costa Instituto Superior Técnico MODELAÇÃO DA DETERIORAÇÃO Desenvolvimento da deterioração no tempo Nível de deterioração 3 4 1 despassivação

Leia mais

ESTRUTURA E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DIFUSÃO ATÔMICA

ESTRUTURA E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DIFUSÃO ATÔMICA ESTRUTURA E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DIFUSÃO ATÔMICA Prof. Rubens Caram 1 DIFUSÃO ATÔMICA DIFUSÃO ATÔMICA É O MOVIMENTO DE MATÉRIA ATRAVÉS DA MATÉRIA EM GASES, LÍQUIDOS E SÓLIDOS, OS ÁTOMOS ESTÃO EM

Leia mais

2º EXAME/ REPESCAGEM DOS TESTES.

2º EXAME/ REPESCAGEM DOS TESTES. Notas importantes: a) os alunos têm 3 opções: ) repescagem do º teste ; 2) repescagem do 2º teste; 3) fazer exame final (3h). Ao fim de h3, os alunos que optarem pelas hipóteses ) ou 2) terão de entregar

Leia mais

RESOLUÇÃO. Universidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior Técnico. Ciência de Materiais Repescagem 2º Teste (28.Junho.2012)

RESOLUÇÃO. Universidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior Técnico. Ciência de Materiais Repescagem 2º Teste (28.Junho.2012) Universidade Técnica de Lisboa Instituto Superior Técnico Ciência de Materiais Repescagem 2º Teste (28.Junho.2012) RESOLUÇÃO Pergunta Cotação 7. (a) 0,50 7. (b) 0,50 7. (c) 0,50 8. (a) 0,50 8. (b) 0,50

Leia mais

P1 de CTM VOCÊ DEVE ESCOLHER APENAS 5 QUESTÕES PARA RESOLVER. VOCÊ DEVE RISCAR NA TABELA ABAIXO A QUESTÃO QUE NÃO SERÁ CORRIGIDA

P1 de CTM VOCÊ DEVE ESCOLHER APENAS 5 QUESTÕES PARA RESOLVER. VOCÊ DEVE RISCAR NA TABELA ABAIXO A QUESTÃO QUE NÃO SERÁ CORRIGIDA P1 de CTM 2014.1 Nome: Assinatura: Matrícula: Turma: OBS: Esta prova contém 7 páginas e 6 questões. Verifique antes de começar. VOCÊ DEVE ESCOLHER APENAS 5 QUESTÕES PARA RESOLVER. VOCÊ DEVE RISCAR NA TABELA

Leia mais

Ciência dos materiais Aula 3. Profª Mª Patrícia Cristina Costa Ladeira

Ciência dos materiais Aula 3. Profª Mª Patrícia Cristina Costa Ladeira Ciência dos materiais Aula 3 Profª Mª Patrícia Cristina Costa Ladeira patricia.ladeira@educadores.net.br patricia.ladeira@yahoo.com.br Recapitulando 2 Na Unidade 1 nós vimos: Aspectos históricos da Ciência

Leia mais

Universidade Técnica de Lisboa

Universidade Técnica de Lisboa Universidade Técnica de Lisboa Instituto Superior Técnico Ciência de Materiais 2º Teste (9.Junho.2011) Pergunta Cotação 1. (a) 0,50 1. (b) 0,50 1. (c) 0,50 1. (d) 0,50 1. (e) 0,50 1. (f) 1,00 1. (g) 0,50

Leia mais

Capítulo II. Fenómenos de Transporte

Capítulo II. Fenómenos de Transporte Capítulo II Fenómenos de Transporte Fenómenos de transporte: aspectos gerais Movimento molecular De que depende o movimento aleatório das moléculas? TEMPERATURA Física Aplicada 2013/14 MICF FFUP 2 Fenómenos

Leia mais

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de 2013 Informações e instruções para a resolução da prova 1. A prova deve ser realizada sem consulta; 2. A duração da prova é

Leia mais

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de 2015 Informações e instruções para a resolução da prova 1. A prova deve ser realizada sem consulta; 2. A duração da prova é

Leia mais

CTM P OBS: Esta prova contém 7 páginas e 6 questões. Verifique antes de começar. VOCÊ DEVE ESCOLHER APENAS 5 QUESTÕES PARA RESOLVER.

CTM P OBS: Esta prova contém 7 páginas e 6 questões. Verifique antes de começar. VOCÊ DEVE ESCOLHER APENAS 5 QUESTÕES PARA RESOLVER. Nome: Assinatura: CTM P1 2014.2 Matrícula: Turma: OBS: Esta prova contém 7 páginas e 6 questões. Verifique antes de começar. VOCÊ DEVE ESCOLHER APENAS 5 QUESTÕES PARA RESOLVER. VOCÊ DEVE RISCAR NA TABELA

Leia mais

A5 Estrutura nãocristalina. -imperfeição. Materiais são preparados com algum grau de impurezas químicas

A5 Estrutura nãocristalina. -imperfeição. Materiais são preparados com algum grau de impurezas químicas A5 Estrutura nãocristalina -imperfeição Materiais são preparados com algum grau de impurezas químicas Além das impurezas, existem numerosos tipos de defeitos estruturais que representam uma perda da perfeição

Leia mais

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de 2015 Informações e instruções para a resolução da prova 1. A prova deve ser realizada sem consulta; 2. A duração da prova é

Leia mais

Difusão em sólidos. Introdução e História da Difusão. Prof. Rodrigo Perito Cardoso

Difusão em sólidos. Introdução e História da Difusão. Prof. Rodrigo Perito Cardoso Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica Difusão em sólidos Introdução e História da Difusão Prof. Rodrigo Perito Cardoso Definição Difusão é o transporte

Leia mais

ADSORÇÃO. Adsorção é a fixação de uma substância em uma interface, seja ela sólido-gás, sólido-líquido, líquido-gás (vapor).

ADSORÇÃO. Adsorção é a fixação de uma substância em uma interface, seja ela sólido-gás, sólido-líquido, líquido-gás (vapor). ADSORÇÃO Adsorção é a fixação de uma substância em uma interface, seja ela sólido-gás, sólido-líquido, líquido-gás (vapor). Adsorção física não ocorre ligação química entre substrato e adsorbato. O adsorbato

Leia mais

Prova escrita de: 1º Exame Final de Ciência de Materiais. Lisboa, 27 de Janeiro de Nome: Resolução

Prova escrita de: 1º Exame Final de Ciência de Materiais. Lisboa, 27 de Janeiro de Nome: Resolução Prova escrita de: 1º Exame Final de Ciência de Materiais Lisboa, 27 de Janeiro de 2009 Nome: Número: Curso: Resolução 1. O Cobre (Cu) apresenta estrutura cristalina cúbica de faces centradas (CFC) sendo

Leia mais

P1 de CTM Nome: Matrícula: Assinatura: Turma:

P1 de CTM Nome: Matrícula: Assinatura: Turma: P1 de CTM 2012.1 Nome: Assinatura: Matrícula: Turma: 1) (1,5) Uma liga de cobre tem limite de escoamento igual a 300 MPa e módulo de elasticidade de 100 GPa. a. (0,5) Qual é a máxima carga (em N) que pode

Leia mais

DIFUSÃO EM LIGAS SUBSTITUCIONAIS DILUÍDAS

DIFUSÃO EM LIGAS SUBSTITUCIONAIS DILUÍDAS Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica Difusão em sólidos DIFUSÃO EM LIGAS SUBSTITUCIONAIS DILUÍDAS Prof. Rodrigo Perito Cardoso Introdução Difusão em ligas

Leia mais

Universidade Técnica de Lisboa

Universidade Técnica de Lisboa Universidade Técnica de Lisboa Instituto Superior Técnico Ciência de Materiais 1º Teste (15.Novembro.2012) RESOLUÇÃO Pergunta Cotação 1. (a) 0,50 1. (b) 0,50 1. (c) 0,50 2. (a) 0,50 2. (b) 0,50 2. (c)

Leia mais

Deformação e mecanismos de endurecimento

Deformação e mecanismos de endurecimento Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1 Deformação e mecanismos de endurecimento 1º semestre / 2016 Deformação e mecanismos de

Leia mais

Materiais de Engenharia Michel Ashby e David Jones Copyright Elsevier, 2018

Materiais de Engenharia Michel Ashby e David Jones Copyright Elsevier, 2018 Lista de Exercícios Por Prof. Pedro Nascente (Revisor Técnico) 1. Considere um fio de uma liga de níquel com 5 m de comprimento e diâmetro de 0,75 mm. Os valores do módulo de Young e do coeficiente de

Leia mais

ESTADOS EXCITADOS: fonões, electrões livres

ESTADOS EXCITADOS: fonões, electrões livres Capítulo III.1 DEFEITOS (IMPERFEIÇÕES) NOS SÓLIDOS CRISTALINOS ESTADOS EXCITADOS: fonões, electrões livres DEFEITOS TRANSIENTES: fotões, electrões, neutrões tõ IMPERFEIÇÕES ESTRUTURAIS IMPORTÂNCIA DEFEITOS

Leia mais

PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO

PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO MODELAÇÃO DA DETERIORAÇÃO António Costa Instituto Superior Técnico MODELAÇÃO DA DETERIORAÇÃO Desenvolvimento da deterioração no tempo Nível de deterioração 3 4 1 despassivação

Leia mais

Resolução do 2º Exame Final de Ciência de Materiais. Lisboa, 6 de Fevereiro de Resolução COTAÇÕES

Resolução do 2º Exame Final de Ciência de Materiais. Lisboa, 6 de Fevereiro de Resolução COTAÇÕES Resolução do 2º Exame Final de Ciência de Materiais Lisboa, 6 de Fevereiro de 2010 Resolução COTAÇÕES Pergunta Cotação 1. (a) 0,50 1. (b) 0,50 1. (c) 0,50 2. (a) 1,00 2. (b) 1,00 2. (c) 1,00 2. (d) 0,50

Leia mais

Equações diferencias ordinárias - Exercícios

Equações diferencias ordinárias - Exercícios Página 1 de 5 Equações diferencias ordinárias - Exercícios 1) A lei do resfriamento de Newton diz que a temperatura de um corpo varia a uma taxa proporcional à diferença entre a temperatura do mesmo e

Leia mais

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais UNIDADE 6 DEFEITOS DO SÓLIDO CRISTALINO

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais UNIDADE 6 DEFEITOS DO SÓLIDO CRISTALINO ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais UNIDADE 6 DEFEITOS DO SÓLIDO CRISTALINO PMT 3110 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia

Leia mais

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais. Unidade 4 ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais. Unidade 4 ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Unidade 4 ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS PMT 3100 - Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais

Leia mais

4- IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS

4- IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS ASSUNTO 4- IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS - Defeitos pontuais - Defeitos de linha (discordâncias) - Defeitos de interface (grão e maclas) - Defeitos volumétricos (inclusões, precipitados) Eleani Maria da Costa

Leia mais

Cotações. Universidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior Técnico. Ciência de Materiais 2º Teste (09.Janeiro.2012)

Cotações. Universidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior Técnico. Ciência de Materiais 2º Teste (09.Janeiro.2012) Universidade Técnica de Lisboa Instituto Superior Técnico Ciência de Materiais 2º Teste (09.Janeiro.2012) Cotações Pergunta Cotação 1. (a) 0,50 1. (b) 0,50 1. (c) 0,50 1. (d) 1,00 1. (e) 1,50 2. (a) 0,50

Leia mais

Redistribuição de Soluto na Solidificação de Ligas. O diagrama de fases Cu-Ni

Redistribuição de Soluto na Solidificação de Ligas. O diagrama de fases Cu-Ni Redistribuição de Soluto na Solidificação de Ligas O diagrama de fases Cu-Ni Redistribuição de Soluto na Solidificação de Ligas Solidificação no Equilíbrio Coeficiente de distribuição k = 0 C C S L Solidificação

Leia mais

1. Difusão. A difusão só ocorre quando houver gradiente de: Concentração; Potencial; Pressão.

1. Difusão. A difusão só ocorre quando houver gradiente de: Concentração; Potencial; Pressão. 1. Difusão Com frequência, materiais de todos os tipos são tratados termicamente para melhorar as suas propriedades. Os fenômenos que ocorrem durante um tratamento térmico envolvem quase sempre difusão

Leia mais

TRATAMENTOS TÉRMICOS E DE SUPERFÍCIE PMR 2202

TRATAMENTOS TÉRMICOS E DE SUPERFÍCIE PMR 2202 TRATAMENTOS TÉRMICOS E DE SUPERFÍCIE PMR 2202 Profa. Izabel F. Machado 1 1. RECOZIMENTO DE MATERIAS METÁLICOS (FERROSOS E NÃO- FERROSOS, MATERIAIS PUROS E LIGAS) 1.1 Deformação Elástica dos Materiais Metálicos

Leia mais

Prova escrita de: 1º Teste de Ciência de Materiais. Lisboa, 24 de Abril de Nome: FOLHA DE RESPOSTAS

Prova escrita de: 1º Teste de Ciência de Materiais. Lisboa, 24 de Abril de Nome: FOLHA DE RESPOSTAS Prova escrita de: 1º Teste de Ciência de Materiais Lisboa, 4 de Abril de 008 Nome: Número: Curso: FOLHA DE RESPOSTAS Pergunta Cotação Resposta 1 3 1. (a) 0,50 1. (b) 0,50 1. (c) 1,00 1. (d) 0,50 1. (e)

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina: Ciência e Tecnologia dos Materiais Código da Disciplina: EMC 303 Curso: Engenharia Mecânica Semestre de oferta da disciplina: 2 Faculdade responsável: Engenharia Mecânica

Leia mais

Polarização e cinética de eletrodo

Polarização e cinética de eletrodo Polarização e cinética de eletrodo RESUMO DA POLARIZAÇÃO O eletrodo sai da condição de equilíbrio pela passagem de corrente pelo circuito externo; A cinética da reação interfacial é mais lenta que o fluxo

Leia mais

TERMODINÂMICA E TEORIA CINÉTICA

TERMODINÂMICA E TEORIA CINÉTICA UNIVERSIDADE DA MADEIRA 1. OBJECTIVOS TERMODINÂMICA E TEORIA CINÉTICA T8. Mecanismos de transmissão do calor Estudo do fenómeno de condução térmica. Determinação da condutividade térmica do vidro. Verificar

Leia mais

DIAGRAMAS DE FASE II TRANSFORMAÇÕES DE FASE

DIAGRAMAS DE FASE II TRANSFORMAÇÕES DE FASE ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais DIAGRAMAS DE FASE II TRANSFORMAÇÕES DE FASE PMT 2100 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia

Leia mais

Unidade 8 DIAGRAMAS DE FASES. ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais

Unidade 8 DIAGRAMAS DE FASES. ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais 1 ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Unidade 8 DIAGRAMAS DE FASES PMT 3100 - Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais 1º semestre

Leia mais

MATERIAIS ELÉTRICOS - MEL

MATERIAIS ELÉTRICOS - MEL MATERIAIS ELÉTRICOS - MEL Unidade 1 Diagramas de Fases Roteiro da Aula Importância do Tema Revisão: impurezas nos sólidos Definições: componente, sistema, fase e equilíbrio Sistemas Unários e Binários

Leia mais

P1 de CTM Energia Direcionalidade Troca ou Compartilhamento. Covalente Alta Sim Compartilhamento. Metálica Alta Não Compartilhamento

P1 de CTM Energia Direcionalidade Troca ou Compartilhamento. Covalente Alta Sim Compartilhamento. Metálica Alta Não Compartilhamento P1 de CTM 2012.2 Nome: Assinatura: Matrícula: Turma: 1) (1,5) Liste e classifique as ligações químicas em termos de a. Energia de ligação b. Direcionalidade c. Troca ou compartilhamento de elétrons COLOQUE

Leia mais

Exame Final de Ciência de Materiais. Lisboa, 12 de Julho de Resolução COTAÇÕES

Exame Final de Ciência de Materiais. Lisboa, 12 de Julho de Resolução COTAÇÕES Exame Final de Ciência de Materiais Lisboa, 12 de Julho de 2010 Resolução Pergunta Cotação 1. (a) 0,50 1. (b) 0,50 1. (c) 0,50 1. (d) 0,50 1. (e) 0,50 2. (a) 0,50 2. (b) 0,50 2. (c) 0,50 2. (d) 0,50 3.

Leia mais

Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1. Transformações de fases

Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1. Transformações de fases Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1 Transformações de fases 1º semestre / 2016 Transformações de fases Questões a abordar Transformação

Leia mais

Propriedades Elétricas. Condutores

Propriedades Elétricas. Condutores Propriedades Elétricas Condutores Condutores - 0 K Nivel de Fermi Estados vazios Estados preenchidos Mar (Gás) de Fermi Bandas cheias e gaps (abaixo) Condutividade Elétrica em CONDUTORES (Metais) Metais:

Leia mais

Reações químicas aplicas ao processamento de materiais cerâmicos

Reações químicas aplicas ao processamento de materiais cerâmicos Reações químicas aplicas ao processamento de materiais cerâmicos Em vários casos, no processo de fabricação de peças cerâmicas, as reações entre os diferentes constituintes dos corpos cerâmicos são interrompidas

Leia mais

Difusão em sólidos. Teoria do Contínuo da Difusão. Prof. Rodrigo Perito Cardoso

Difusão em sólidos. Teoria do Contínuo da Difusão. Prof. Rodrigo Perito Cardoso Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica Difusão em sólidos Teoria do Contínuo da Difusão Prof. Rodrigo Perito Cardoso Leis de Fick Representam uma abordagem

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA METALÚRGICA. Cinética das Reações Heterogêneas

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA METALÚRGICA. Cinética das Reações Heterogêneas DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA METALÚRGICA Cinética das Reações Heterogêneas 1 Processos heterogêneos em metalurgia extrativa Os estudos termodinâmicos permitem a determinação da posição de equilíbrio alcançada

Leia mais

Endurecimento por dispersão de fases e diagramas de fases eutéticos

Endurecimento por dispersão de fases e diagramas de fases eutéticos UNIVESIDADE DE SÃO PAULO EESC/IFSC/IQSC SCM5757 Ciência dos Materiais I Endurecimento por dispersão de fases e diagramas de fases eutéticos Prof. Dra. Lauralice Canale 1º semestre de 2017 1 Compostos intermetálicos

Leia mais

Metalurgia Física Prof. Dr. Guilherme Verran Crescimento da Fase Sólida

Metalurgia Física Prof. Dr. Guilherme Verran Crescimento da Fase Sólida Crescimento da Fase Sólida Introdução O crescimento dos cristais e a solidificação dos metais líquidos é uma função direta da mobilidade atômica. Fatores térmicos e cinéticos devem ser levados em consideração

Leia mais

Estágios da fluência

Estágios da fluência Fluência Fluência é a deformação permanente que ocorre em um material em função do tempo, quando o mesmo está sujeito a cargas (ou tensões) constantes em temperaturas elevadas (T > 0,4T M ). # carga (ou

Leia mais

Eletrônica Geral. Diodos Junção PN. Prof. Daniel dos Santos Matos

Eletrônica Geral. Diodos Junção PN. Prof. Daniel dos Santos Matos Eletrônica Geral Diodos Junção PN Prof. Daniel dos Santos Matos 1 Introdução Os semicondutores são materiais utilizados na fabricação de dispositivos eletrônicos, como por exemplo diodos, transistores

Leia mais

PROPRIEDADES TÉRMICAS E ÓPTICAS DOS MATERIAIS

PROPRIEDADES TÉRMICAS E ÓPTICAS DOS MATERIAIS ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais PROPRIEDADES TÉRMICAS E ÓPTICAS DOS MATERIAIS PMT 2100 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia

Leia mais

Física dos Materiais FMT0502 ( )

Física dos Materiais FMT0502 ( ) Física dos Materiais FMT0502 (4300502) 1º Semestre de 2010 Instituto de Física Universidade de São Paulo Professor: Antonio Dominguesdos Santos E-mail: adsantos@if.usp.br Fone: 3091.6886 http://plato.if.usp.br/~fmt0502n/

Leia mais

Físico-Química II. Equilíbrio Sólido-Líquido a pressão constante. Componentes miscíveis na fase sólida.

Físico-Química II. Equilíbrio Sólido-Líquido a pressão constante. Componentes miscíveis na fase sólida. Setor de Ciências Exatas Departamento de Química Físico-Química II Equilíbrio Sólido-Líquido a pressão constante. Componentes miscíveis na fase sólida. Sólido intersticial: átomos ou moléculas de um componente

Leia mais

BIOMEMBRANAS. M Filomena Botelho

BIOMEMBRANAS. M Filomena Botelho BIOMEMBRANAS M Filomena Botelho Transporte de massa Transporte de moléculas neutras Transporte de iões Noções de bioelectricidade Biomembranas Transporte de massa Transporte de massa ou transferência de

Leia mais