DELIBERAÇÃO. Relatório:

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DELIBERAÇÃO. Relatório:"

Transcrição

1 Pº R.P. 80/2007 DSJ-CT- Escritura de justificação e exigências da legislação sobre loteamentos urbanos Menção ao número do lote e exibição de certidão da Câmara Municipal comprovativa de que foi emitido alvará e o lote objecto de aquisição dele faz parte Princípio da legalidade Legitimidade do conservador para duvidar, no âmbito do princípio da legalidade, da declaração de que o lote foi desconexionado de determinada descrição predial onde não foi feito o registo do licenciamento da operação de loteamento desde que haja razões s rias e objectivas que o permitam. Relatório: DELIBERAÇÃO A descrição nº respeitava a um prédio com a área de m2, situado na freguesia de, e tem registo de aquisição em vigor (nº , do ano de 1971), em regime de compropriedade, a favor de Hermenegildo e outros. A partir do ano de 1972 foram desanexados desta descrição predial várias dezenas de prédios. Passando os olhos pelos respectivos averbamentos de desanexação, constata-se que umas vezes se diz que o prédio desanexado é um lote para construção com determinado número (mas sem referir o alvará, que aliás não está registado), outras vezes que é um lote para construção mas omite-se o número de ordem. Dentre as dezenas de desanexações, ressalta a que foi efectuada em 19 de Julho de 1977 (Ap. nº 2), e que diz respeito a um prédio composto de terreno com a área de m2, e que foi descrito sob o nº , a fls 26 de Livro B-101, com localização em, dita freguesia de, para ser registada a aquisição a favor de, Ldª (insc. nº ), por compra aos titulares inscritos da descrição nº Esta descrição nº também sofreu dezenas de desanexações, e também uma anexação (do prédio nº , em 1979). Em , precisamente no momento da conversão do registo de apreensão no processo de falência da proprietária inscrita, Ldª, foi averbada a esta descrição nº que a mesma respeitava a uma parcela de terreno de cultura arvense com a área de ,96m2, e em (insc. nº ) foi registada a aquisição a favor da Caixa Geral de Depósitos, naquele processo de falência. Por escritura de 24 de Outubro de 2006, outorgada no Cartório do Notário, em, o ora recorrente e mulher Maria inter alia declararam: que eram donos e legítimos possuidores de um lote de terreno para construção urbana com a área de 450m2, situado na Urbanização do, lugar de, designado por lote nº 104, da freguesia de, concelho de, a confrontar do norte com, Ldª, sul com a via pública, nascente com o lote 6-B e a poente com o lote 4-B, inscrito na matriz urbana respectiva sob o artigo 3187, desanexado do nº ; que o referido lote de terreno foi comprado a Fernando.. e mulher por escritura de ; que, embora tendo o respectivo título, não conseguiam inscrever o seu direito de propriedade no registo predial, porque duas aquisições anteriores não foram registadas, sendo a primeira a compra do Fernando à, Ldª (escritura de ), em que o comprador se fez representar por gestor de negócios mas nunca ratificou a gestão, e a segunda a 1

2 compra pela., Ldª do prédio rústico composto por uma parcela de terreno com a área de m2, descrito sob o nº a qual foi objecto de loteamento (alvará nº 21/1979), dele fazendo parte o falado lote 104 -, a Hermenegildo e outros, desconhecendo onde foi realizada esta escritura de compra e venda, qual o Cartório que a fez e a data precisa da sua outorga, não conseguindo, por isso, os primeiros outorgantes [justificantes] obter título bastante que permita proceder ao registo de aquisição do referido lote de terreno, reatando o trato sucessivo, sem ser através do recurso a esta mesma escritura ; que, na data da referida escritura de compra e venda ( ), os aqui justificantes tomaram posse do lote de terreno e nela se mantiveram com ânimo de quem exercita direito próprio, de boa fé, pacífica, pública e continuadamente (alegando os pertinentes factos) por mais de 23 anos, pelo que adquiriram o terreno por usucapião, título esse que não é susceptível de ser comprovado pelos meios extrajudiciais normais, impossibilitando-os, assim e por natureza, de ver reconhecido o seu direito de propriedade perfeita. Consta ainda inter alia da escritura que foi exibida ao Notário certidão da Câmara Municipal de comprovativa da emissão do alvará de loteamento nº 21/1979 e que dele faz parte o lote nº 104 objecto da presente justificação, e que foram notificados os titulares inscritos nos termos do art. 99º do C.N. Com base em cópia da citada escritura complementada com caderneta predial e comprovativos das participações de transmissões gratuitas e respectivas relações de bens para efeitos de imposto de selo -, o ora recorrente requisitou na Conservatória recorrida o registo de aquisição do prédio objecto da justificação. O registo foi efectuado provisoriamente por dúvidas tendo para o efeito sido aberta a ficha nº 5636/ , da freguesia de, onde aliás existe lapso no segundo nome do sujeito activo (Joaquim, quando devia ser Joaquina) -, em execução do despacho do seguinte teor: Lavrado provisoriamente o registo de aquisição, acto de registo requerido a coberto da apresentação 20 de 12 de Fevereiro, pelo seguinte: E porque o prédio justificado fez parte de um prédio que foi objecto de loteamento (alvará nº 21/1979) e que pertenceu à, Limitada não se fez prova do referido alvará e da vigência da respectiva licença de loteamento, já que a posse se iniciou anteriormente a 6 de Junho de Acresce ainda dizer que, feitas buscas, a favor da referida sociedade (inscrição do Lº G-97) foi encontrado o prédio descrito sob o nº do Livro B-101, sito na freguesia de,, prédio este que foi desanexado do descrito sob o nº do Lº B-92 por escritura de compra lavrada no Cartório Notarial de de folhas 72 do Lº D-93, em 11 de Maio de [1977]. A ser assim, tal facto desmente ou contradiz mesmo o título de justificação, devendo o prédio objecto da justificação ser a desanexar do referido e não do do Lº B-92. Do despacho de qualificação vem interposto o presente recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos, e a cuja petição o recorrente juntou cópias das duas escrituras e da certidão camarária mencionadas na escritura de justificação. Basicamente, o recorrente defende que não houve erro quanto à identificação do prédio nem estão em falta quaisquer documentos que obstem ao registo definitivo do que foi peticionado. 2

3 O Senhor Conservador sustentou a qualificação minguante do pedido de registo. Começando por referir que levanta o nosso despacho de dúvidas duas questões, assim: o facto de não ter sido feita prova do alvará nº 21/1979, de 2 de Outubro e prova da vigência da respectiva licença de loteamento, e que a terceira questão relaciona-se com o facto de que a, Limitada, entidade loteadora, ser a titular inscrita do prédio descrito sob o nº ( ), o recorrido salienta que a questão que se levanta ( ) é a de saber se face à escritura de justificação o conservador tem todos os documentos para poder lavrar o registo definitivamente, e ainda a de saber se, efectivamente, o prédio justificado será a desanexar do descrito sob o nº ( ). Apreciando os factos que já descrevemos no Relatório, o recorrido sustenta que o facto invocado na escritura de justificação que a, Ldª havia comprado o prédio rústico com a área de m2 descrito sob o nº só em parte é verdadeiro, porquanto o prédio comprado afinal é constituído pelo descrito sob o nº ( ) e que o mesmo não tinha a área de m2, mas sim apenas m2 ( ). A propósito, o Senhor Conservador afirma: Embora a autorização de loteamento em causa não tenha sido objecto de registo, pois tal não era exigível pelas regras registrais à data em vigor, temos absoluta certeza, porque temos conhecimento de causa, que o alvará referido incide não sobre o prédio o pretendido tal como foi requerido, mas sobre o descrito sob o nº do Lº 101. Porque tememos atraiçoar o pensamento do recorrido, vamos ainda transcrever os dois últimos parágrafos do seu despacho de sustentação: E tendo o conservador exigido as provas, quer da referida autorização de loteamento quer ainda da sua vigência, achamos estranho que essa prova não tenha sido feita. Não será que o alvará comprova o que se afirma? Ou seja que o loteamento incide sobre o prédio descrito sob o nº ? E quanto a esta questão, de nada servem os títulos que instruíram o recurso, já que a prova terá de ser feita no pedido de registo e nunca à posterior. Cremos no entanto que, atendendo às circunstâncias, pois as escrituras foram outorgadas antes da entrada em vigor do Código do Registo Predial de 1984, que os dois títulos, ora apresentados, se encontram errados quanto ao número da descrição, já que o prédio se encontra desanexado do nº , do Lº B-92. Estando em causa como está uma alvará de loteamento, o conservador não poderá nunca olvidar tal licenciamento, pelo que lhe deveria ter sido facultado, sendo mesmo exigível também documento probatório da sua vigência, já que ao longo da sua existência o mesmo pode ter sido alvo de vicissitudes que tenham anulado a sua eficácia, já que a respectiva licença pode ter caducado (artigo 24º do Decreto Lei nº 289/73, de 6 de Junho Saneamento: O processo é o próprio, as partes são legítimas, o recurso é tempestivo, e a única questão prévia prende-se com o facto de o recorrente ter junto com a petição de recurso vários documentos que não havia apresentado no momento da formulação do pedido de registo. Tem sido entendimento pacífico neste Conselho que os documentos não apresentados com o pedido de registo mas juntos com a petição de recurso devem ser considerados impertinentes e restituídos ao apresentante, o que também deve ocorrer no presente caso. Nada mais obsta ao conhecimento do mérito do recurso. 3

4 Pronúncia: A posição deste Conselho vai expressa na seguinte Deliberação 1- Satisfaz as exigências da legislação sobre loteamentos urbanos a escritura de justificação em que é invocada a usucapião enquanto modo de aquisição do direito de propriedade de lote de terreno para construção urbana, se dela constar o número do lote e do alvará e a exibição de certidão da respectiva câmara municipal comprovativa de que foi emitido esse alvará e o lote objecto da justificação dele faz parte Julgamos que não merece contestação o entendimento de que a justificação notarial é um acto jurídico, concretamente um quase negócio jurídico (cfr. deliberação tomada no Pº R.P. 241/2004 DSJ-CT). Assim sendo, parece-nos que nas escrituras em que se justifique o direito de propriedade (ou outros direitos reais) sobre lote de terreno para construção urbana, criado através da emissão de um alvará de loteamento, deve constar o número do alvará e a data da sua emissão. Ora, na escritura dos autos a exigência mostra-se cumprida. Consta expressamente da escritura que o lote objecto da justificação é o lote nº 104 do alvará nº 21/1979, e o Senhor Notário que lavrou a escritura certifica ainda que lhe foi exibida certidão da respectiva câmara municipal comprovativa da emissão do alvará e de que o mesmo é integrado pelo referido lote. Pelo que só num plano nunca, que saibamos, por alguém defendido de duplo controlo da legalidade (pelo notário e pelo conservador) é que a exigência do Senhor Conservador de que no procedimento registral haveria que fazer (também) a prova do alvará poderia ter cabimento. É certo que o recorrido exigiu não só a prova do alvará mas também a prova da vigência da respectiva licença de loteamento já que a posse se iniciou anteriormente a 6 de Junho de Confessamos que não atinamos com o fundamento desta exigência. A posse dos justificantes, invocada na escritura dos autos, é reportada a (data da escritura que titulou o contrato de compra e venda), pelo que não percebemos o que pretendeu dizer o recorrido. Além disso, a tranformação fundiária causada pela divisão do prédio, ou seja, a criação dos lotes, incluindo o dos autos, deu-se em 1979, com a emissão do alvará. Ainda por outro lado, o lote dos autos foi objecto a se de um anterior contrato de compra e venda (escritura de ). Portanto, é para nós um enigma o fundamento da exigência da prova da vigência da licença de loteamento. Mas, abstraindo do fundamento da exigência, revelar-se-á esta legítima? No caso dos autos, de modo algum. Se da certidão camarária que instruiu a escritura consta que foi emitido o alvará e que o lote objecto da justificação dele faz parte, cremos dever concluir-se que o licenciamento não caducou ou, pelo menos, que aquele lote não foi atingido por eventual caducidade. Ademais, se do nº 2 do art. 27º do D.L. nº 289/73, de 6 de Junho, aplicável ao caso, resulta que do título deve constar a indicação do número e data do alvará de loteamento em vigor (sic), e se da escritura consta a data e o número do alvará, o qualificador terá que partir do pressuposto (porque o notário conhece a lei pelo menos tão bem como ele) de que o alvará está em vigor (da escritura não tem que constar, e muito naturalmente, que o alvará está em vigor). Mas, insistimos, em tese justificar-se-á que o qualificador averigue em sede de registo de factos sobre lotes de terreno para construção que o licenciamento está em vigor? Cremos muito convictamente que não se justifica. Como temos vindo a sustentar (cfr. parecer emitido no Pº R.P. 69/2001 DSJ-CT, in BRN nº 10/2001, págs. 32 e segs.), o efeito da transformação fundiária, que se produziu com a emissão do alvará, não é atingido pela caducidade do licenciamento. Poderá ser atingido o ius aedificandi relativamente a todos ou alguns lotes. Aliás, precisamente por isso porque o que poderá ser atingido é o ius aedificandi inerente ao conteúdo do direito de propriedade do lote, e não o direito de propriedade e o seu objecto a se é que prima facie o art. 49º, 4

5 2- Constando do título a declaração de que o lote de terreno foi desconexionado de determinada descrição predial onde não chegou a ser efectuado o registo do licenciamento da operação de loteamento, por à época não ser exigível -, o conservador, no âmbito do princípio da legalidade consagrado no art. 68º do C.R.P., terá legitimidade para duvidar de tal declaração se razões sérias e objectivas, que radiquem na descrição predial desanexanda, nas descrições prediais desanexadas, nos documentos apresentados e nos registos anteriores, a tal posição conduzirem Não cabe manifestamente na factispecie da conclusão anterior a hipótese de o lote de terreno objecto da justificação notarial ter sido, de acordo com o título, desconexionado de um prédio cuja descrição predial actualmente apresenta dezenas de desanexações, se os fundamentos do conservador se reconduzirem aos factos de a) uma das desanexações respeitar a um prédio que veio a ser registado a favor de pessoa que na escritura de justificação figura como adquirente do prédio objecto do loteamento, mas com uma área superior à que consta da descrição nº 1, do RJUE, na versão da Lei nº 60/2007, de 4 de Setembro, passou a exigir que do título conste, sendo obviamente caso disso, a data da caducidade (da licença ou admissão de comunicação prévia para a realização de operação de loteamento cfr. art. 71º). Em face do exposto, cremos que as exigências de prova do Senhor Conservador não se revelam pertinentes. 2 - Entendemos que a conclusão do texto não demandará desenvolvimentos. É incontroverso que o princípio da legalidade exige ao conservador a verificação da identidade do prédio. Mas in casu não é verdadeiramente a identidade do prédio que está em causa. O que está em causa é o relacionamento do prédio objecto da relação jurídica que se pretende inscrever nas tábuas com o sistema de registo. Mais concretamente, está em questão saber se o conservador pode sindicar a declaração dos justificantes de que o prédio faz parte de determinada descrição (nº ). Num sistema de registo de base real perfeito, a questão ora colocada revelar-se-ia descabida. Evidentemente que num sistema desses o conservador sempre poderia relacionar o prédio com o sistema descritivo instalado, e concluir com total segurança que o prédio dado estava omisso (o sistema já não seria então assim tão perfeito), estava descrito autonomamente, resultava de anexação de prédios até ali descritos autonomamente, resultava de anexação de prédios descritos ou de prédios descritos e não descritos, fazia parte de determinada descrição, etc. O nosso sistema de registo está longe da perfeição. Como temos acentuado (cfr. deliberações tomadas nos Pºs R.P. 107/2004 e 195/2006 DSJ-CT, cuja argumentação aqui damos por reproduzida), o sistema não permite sempre ao conservador responder categoricamente à pergunta sobre se determinado prédio está já nele integrado e, em caso afirmativo, como se relaciona com as descrições prediais existentes. Ora, neste contexto, o conservador não pode perder de vista que não é ao «apresentante» - a quem a lei comete o cumprimento de um verdadeiro ónus jurídico para que o titular do direito possa opor a terceiros o facto causante (não é o caso dos autos, porque se trata de uma aquisição originária) e beneficiar da presunção do direito que compete provar o relacionamento do prédio com o sistema. Às partes compete declarar este relacionamento. Ao conservador compete apurar se o relacionamento declarado efectivamente se verifica e, em caso negativo, levantar obstáculos (dúvidas) ao ingresso do facto nas tábuas. Do que resulta que nas situações em que o conservador não tem elementos seguros que lhe permitam confirmar ou infirmar o relacionamento declarado, então deverá aceitar este relacionamento. Em hipóteses singulares, em que o conservador pressinta que as partes desconheciam ou não tomaram em consideração determinados elementos descritivos, admitimos que, em sede de suprimento de deficiências, o conservador dê ao «apresentante» conhecimento de tais elementos e o convide a sobre eles se pronunciar. 5

6 desanexada, e de b) ter conhecimento pessoal de que o alvará de loteamento incide sobre aquela descrição desanexada e não sobre a descrição que, de acordo com os justificantes, sofreu a desconexão A hipótese dos autos, cremos que devidamente relatada, é, na nossa opinião, um excelente exemplo daquilo que o conservador não deve fazer nesta matéria. Basta atentar que o Senhor Conservador faz tábua rasa das descrições prediais nºs e Não demonstra nem sequer esboça qualquer tentativa de o fazer que a descrição nº , em virtude das dezenas de desanexações que sofreu, ficou reduzida a uma determinada porção de terreno e que esta porção de terreno não pode integrar o lote dos autos. Nem demonstra (ou tenta demonstrar) que o prédio dos autos se encaixa na descrição nº , com a actual configuração, cujo prédio aliás foi objecto de uma apreensão judicial e foi vendido no respectivo processo falimentar. Ou seja, o recorrido alheou-se completamente do sistema das descrições prediais, da realidade factual imobiliária que neste se encontra plasmada. Porquê? Porque certamente reconhece, em face de todas as vicissitudes entretanto ocorridas, a impossibilidade de agarrar os prédios e todos os seus desmembramentos que um sistema registral minimamente eficiente não deixaria de publicitar. Então, o Senhor Conservador socorre-se da aparente contradição entre a declaração dos justificantes de que a, Ldª adquiriu o prédio descrito sob o nº com a área de m2 e a descrição nº e o título que lhe serviu de base (escritura de ), donde consta que, afinal, o prédio adquirido tem a área de apenas m2, e ainda do seu próprio conhecimento pessoal de que o alvará de loteamento nº 21/1979 refere o prédio descrito sob o nº e não o descrito sob o nº , para sustentar que os dois títulos (as escrituras de e de ) estão errados quanto ao número da descrição predial respeitante ao prédio que sofreu a desconexão do lote de terreno objecto da justificação. Que dizer deste iter cognitivo? Que, salvo o devido respeito, é absolutamente perverso. Desde logo, porque o sistema de registo predial é um sistema de títulos, o registo efectua-se com base nos documentos apresentados (ou a que o conservador deva legalmente aceder) e o conservador apenas pode balizar a sua actuação qualificadora nesses documentos e nos registos anteriores, pelo que, como em múltiplas oportunidades este Conselho tem defendido, o conservador jamais poderá invocar conhecimento de causa. Mas ainda que o alvará de loteamento tivesse sido apresentado e dele constasse efectivamente a descrição nº , impressiona sobremaneira que o recorrido sustente que o lote objecto da justificação sai desta descrição simplesmente porque o alvará nº 21/1979, a que o lote pertence, refere que o prédio loteado está descrito sob o nº , e não, como seria curial e decorreria das regras próprias de um eficiente sistema de registo predial, porque analisou aquela descrição e os seus desmembramentos e a descrição nº e os seus desmembramentos, e concluiu, em face dessa análise mais ou menos exaustiva, que o lote estava integrado na descrição nº e não na descrição nº Na perversidade do seu raciocínio, o Senhor Conservador nem reparou que o mesmo o estava, afinal, a conduzir à tese de que o lote objecto da justificação faz parte integrante do prédio (descrição nº ) que foi apreendido no processo de falência da, Ldª e neste processo adquirido pela. Ou reparou? E, se reparou, será que acredita nessa tese? Pela nossa parte, e sem prejuízo de tudo quanto anteriormente alegámos, rejeitamos liminarmente a hipótese de o lote objecto da justificação fazer parte integrante do prédio judicialmente apreendido e vendido à. Cremos que se trata de uma postura de elementar bom senso. No que toca à apontada contradição entre a declaração dos justificantes e a descrição nº , importa começar por referir que a escritura de justificação dos autos não é absolutamente inequívoca sobre o tipo de justificação adoptado. Na verdade, se é certo que os justificantes invocaram expressamente a seu favor a usucapião do direito de propriedade de lote de terreno para construção, o que implica o estabelecimento no registo predial de um novo trato sucessivo a partir deles justificantes, sendo então de lavrar unicamente o registo dessa aquisição originária com base na escritura de justificação, também não deixa de ser verdade que os justificantes não se limitaram a invocar a seu favor a usucapião, antes se esforçaram por alegar (por imposição legal cfr. art. 91º, nº 1, C.N. -, e não por necessidade, porque já tinham tempo de posse bastante, e por isso não usaram da faculdade de aceder à sua a posse dos antecessores) a transmissão anterior à sua aquisição (derivada) e, ainda, uma compra do prédio rústico descrito sob o nº Ora, a questão que se coloca é a de saber se os justificantes quiseram não só invocar a usucapião do lote, mas também reatar no registo predial o trato sucessivo, caso em que, de acordo aliás com o entendimento do Conselho ínsito no parecer emitido no Pº R.P. 143/2000 DSJ-CT, in BRN nº 3/2001, págs. 5 e segs., maxime conclusão VI), se deveria 6

7 Nos termos expostos, é entendimento deste Conselho que o recurso merece provimento. de Março de Deliberação aprovada em sessão do Conselho Técnico de 27 João Guimarães Gomes Bastos (relator) Esta deliberação foi homologada pelo Exmo. Senhor Presidente em considerar como unicamente titulada a justificação para reatamento do trato sucessivo, com todas as implicações que ela tem no registo predial, incluindo, portanto, a obrigatoriedade de registar todas as aquisições derivadas ocorridas. Não cremos, no entanto, que os justificantes tivessem desejado reatar o trato sucessivo. Mais concretamente, não resulta inequivocamente da escritura a vontade dos outorgantes em justificar a aquisição pela., Ldª do prédio descrito sob o nº , que aliás nela nem sequer está minimamente identificado (nem seria fácil fazê-lo). Mas não deixamos de salientar que a escritura, a nosso ver, enferma de nítida ambiguidade, quando a propósito invoca o reatamento do trato sucessivo. Inclinamo-nos, assim, para a tese de que os justificantes visaram estabelecer no registo predial, a partir deles, um novo trato sucessivo, não titulando a escritura uma verdadeira e própria justificação da aquisição derivada do prédio descrito sob o nº pela, Lda aos titulares inscritos. Apesar disso, haverá que valorizar a declaração dos justificantes, mormente no que se prende com a área do prédio adquirido ( m2)? Na nossa opinião, nada disto tem significado quanto ao ponto que importaria esclarecer. Não temos que averiguar se a., Ldª comprou aos titulares inscritos um prédio com m2 ou com m2, se fez uma compra ou duas compras, se o alvará nº 21/1979 abrange apenas a descrição nº ou (também) a descrição nº , se O que apenas temos que averiguar é se o lote objecto da justificação integra ou não o prédio descrito sob o nº , tal como vem declarado no título. O sistema registral, pelos vistos, não tem capacidade de resposta a esta questão. Acreditemos, então, na boa fé dos interessados. Uma questão de bom senso. 7

8 8

P.º n.º R.P. 224/2010 SJC-CT Prédio não descrito. Aquisição. Declaração a que se refere o artigo 42.º, n.º 6 do Código do Registo Predial.

P.º n.º R.P. 224/2010 SJC-CT Prédio não descrito. Aquisição. Declaração a que se refere o artigo 42.º, n.º 6 do Código do Registo Predial. P.º n.º R.P. 224/2010 SJC-CT Prédio não descrito. Aquisição. Declaração a que se refere o artigo 42.º, n.º 6 do Código do Registo Predial. DELIBERAÇÃO 1. No dia 27 de Julho de 2010 foi celebrada perante

Leia mais

Pº R.P. 241/2008 SJC-CT-

Pº R.P. 241/2008 SJC-CT- Pº R.P. 241/2008 SJC-CT- Acção proposta no âmbito do artº 205º CPEREF- Ordem de separação de determinado prédio da massa falida Cancelamento de hipotecas e penhoras Insuficiência do título. DELIBERAÇÃO

Leia mais

Pº R.P. 193/2005 DSJ-CT- Incerteza, resultante do título e das declarações complementares, quanto ao objecto do registo. PARECER

Pº R.P. 193/2005 DSJ-CT- Incerteza, resultante do título e das declarações complementares, quanto ao objecto do registo. PARECER 1 Pº R.P. 193/2005 DSJ-CT- Incerteza, resultante do título e das declarações complementares, quanto ao objecto do registo. I- OS FACTOS: PARECER 1- Em 7 de Agosto de 1979, foi lavrada, na Secretaria Notarial

Leia mais

P.º n.º R.P. 123/2009 SJC-CT

P.º n.º R.P. 123/2009 SJC-CT P.º n.º R.P. 123/2009 SJC-CT - Aquisição. Usucapião. Justificação notarial para reatamento do trato sucessivo. Imposto de selo. Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho. Doação. Caducidade do ónus de eventual

Leia mais

P.º n.º R.P. 43/2010 SJC-CT Transmissão de locação financeira. Recusa. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 43/2010 SJC-CT Transmissão de locação financeira. Recusa. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 43/2010 SJC-CT Transmissão de locação financeira. Recusa. DELIBERAÇÃO 1., advogado, apresentou na Conservatória do Registo Predial de, no dia de de ( Ap. ), um pedido de registo a que chamou

Leia mais

Pº R.P. 243/2007 DSJ-CT

Pº R.P. 243/2007 DSJ-CT Pº R.P. 243/2007 DSJ-CT- Cancelamento de registo de aquisição em processo executivo com base em decisão judicial que determina a anulação da venda, a restituição do preço e do IMT ao comprador Recusa por

Leia mais

P.º n.º R.P. 212/2010 SJC-CT Penhora. Registo de aquisição de imóvel penhorado. Averbamento à descrição. Recusa. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 212/2010 SJC-CT Penhora. Registo de aquisição de imóvel penhorado. Averbamento à descrição. Recusa. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 212/2010 SJC-CT Penhora. Registo de aquisição de imóvel penhorado. Averbamento à descrição. Recusa. DELIBERAÇÃO A ficha... descreve um terreno para construção com a área de 2 080m2, inscrito

Leia mais

Pº R.P. 206/2009 SJC-CT

Pº R.P. 206/2009 SJC-CT Pº R.P. 206/2009 SJC-CT Extinção de usufruto causada pelo óbito do usufrutuário. Obrigatoriedade do registo. Sujeito da obrigação de promover o registo. Termo inicial da contagem do prazo de cumprimento

Leia mais

Pº R.P.123/2006 DSJ-CT

Pº R.P.123/2006 DSJ-CT Pº R.P.123/2006 DSJ-CT- Licenciamento de operação de loteamento no domínio do DL nº 289/73 de 6 de Junho Emissão do alvará de loteamento não registada - Posterior descrição de outros lotes do mesmo alvará

Leia mais

P.º n.º R.P. 92/2010 SJC-CT Aquisição. Contrato promessa. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 92/2010 SJC-CT Aquisição. Contrato promessa. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 92/2010 SJC-CT Aquisição. Contrato promessa. DELIBERAÇÃO 1. Indicando como objecto mediato o prédio descrito sob o nº... da freguesia de..., o recorrente apresentou na Conservatória do Registo

Leia mais

Pº R. Co. 25/2006 DSJ-CT. Recorrente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de.

Pº R. Co. 25/2006 DSJ-CT. Recorrente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de. Pº R. Co. 25/2006 DSJ-CT. Recorrente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de. Registo a qualificar: Transmissão de dívida com hipoteca a favor de P Sociedade

Leia mais

P.º C. P. 65/2008 SJC-CT- Registo das alterações à licença ou à autorização de loteamento pedido pelas Câmaras Municipais. Tributação emolumentar.

P.º C. P. 65/2008 SJC-CT- Registo das alterações à licença ou à autorização de loteamento pedido pelas Câmaras Municipais. Tributação emolumentar. P.º C. P. 65/2008 SJC-CT- Registo das alterações à licença ou à autorização de loteamento pedido pelas Câmaras Municipais. Tributação emolumentar. DELIBERAÇÃO 1 A Senhora Conservadora do Registo Predial

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório P.º n.º R. P. 253/2007 SJC-CT- Providência de recuperação de empresa mediante reconstituição empresarial. Sentença homologatória do acordo de credores. Título para o registo de cancelamento da inscrição

Leia mais

P.º n.º C.P. 96/2010 SJC-CT Interpretação do n.º 1 do artigo 4.º da Portaria n.º 1535/2008 de 30 de Dezembro. PARECER

P.º n.º C.P. 96/2010 SJC-CT Interpretação do n.º 1 do artigo 4.º da Portaria n.º 1535/2008 de 30 de Dezembro. PARECER P.º n.º C.P. 96/2010 SJC-CT Interpretação do n.º 1 do artigo 4.º da Portaria n.º 1535/2008 de 30 de Dezembro. PARECER A Senhora Conservadora da Conservatória do Registo Predial de... consulta o IRN, I.P.

Leia mais

P.º R. P. 184/2009 SJC-CT

P.º R. P. 184/2009 SJC-CT P.º R. P. 184/2009 SJC-CT Transferência de património, ao abrigo do D. L. n.º 112/2004 de 13 de Maio, entre dois organismos integrantes do sistema de segurança social, o Instituto da... e o Instituto Recusa

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Na verdade, as hipotecas encontram-se inscritas a favor do BS, e a declaração para cancelamento foi emitida pelo BA.

DELIBERAÇÃO. Na verdade, as hipotecas encontram-se inscritas a favor do BS, e a declaração para cancelamento foi emitida pelo BA. P.º R. P. 17/2009 SJC-CT - Cancelamento de inscrições hipotecárias. Prova da integração do crédito hipotecário no património da entidade que autoriza aquele registo. Título. DELIBERAÇÃO 1 Em 14 de Novembro

Leia mais

P.º n.º R.P. 169/2011 SJC-CT Conversão do arresto em penhora. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 169/2011 SJC-CT Conversão do arresto em penhora. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 169/2011 SJC-CT Conversão do arresto em penhora. DELIBERAÇÃO Sobre o prédio da ficha nº, da freguesia de..., da Conservatória do Registo Predial de prédio urbano situado na Rua...,, inscrito

Leia mais

A posição deste Conselho vai expressa na seguinte. Deliberação

A posição deste Conselho vai expressa na seguinte. Deliberação P.º n.º C.P. 68 e 69/2010 SJC-CT Certidão negativa. Informação acerca da omissão de prédio no registo. É indispensável a indicação do anterior artigo da matriz onde o prédio, seja da matriz rústica ou

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: Pº R.P. 230/2004 DSJ-CT Expropriação por utilidade pública Título para registo de aquisição Objecto: parcela integrada em logradouro de fracção autónoma ou fracção autónoma Pressupostos. DELIBERAÇÃO Registos

Leia mais

Pº R.P. 12/2009 SJC-CT-

Pº R.P. 12/2009 SJC-CT- Pº R.P. 12/2009 SJC-CT- Recusa do pedido de registo com base em culpa leve do serviço de registo Restituição do emolumento - descrição do caso em especial. Relatório: DELIBERAÇÃO Pela Ap. 45, de 11 de

Leia mais

P.º R. P. 191/2008 SJC-CT- Aquisição em processo de execução rejeição da apresentação - gratuitidade do registo. DELIBERAÇÃO Relatório

P.º R. P. 191/2008 SJC-CT- Aquisição em processo de execução rejeição da apresentação - gratuitidade do registo. DELIBERAÇÃO Relatório P.º R. P. 191/2008 SJC-CT- Aquisição em processo de execução rejeição da apresentação - gratuitidade do registo. DELIBERAÇÃO Relatório 1. Em 01/09/2008 foi apresentado, na Conservatória do Registo Predial

Leia mais

P.º R. P. 113/2005 DSJ-CT:

P.º R. P. 113/2005 DSJ-CT: P.º R. P. 113/2005 DSJ-CT: Renovação de registo provisório de aquisição lavrado com base em contrato-promessa de alienação. Documento comprovativo do consentimento das partes. Declarações complementares

Leia mais

PARECER. Relatório. Instituto dos Registos e do Notariado. mod. 4

PARECER. Relatório. Instituto dos Registos e do Notariado. mod. 4 P.º R. P. 169/2008 SJC-CT- Justificação do direito de propriedade e compra e venda de fracção autónoma de prédio, objecto de fraccionamento e emparcelamento, divisão de coisa comum e constituição de propriedade

Leia mais

Ficou também arquivada a planta topográfica do prédio rectificando elaborada por técnico qualificado.

Ficou também arquivada a planta topográfica do prédio rectificando elaborada por técnico qualificado. P.º n.º R.P. 148/2011 SJC-CT Registo de constituição de propriedade horizontal precedido da anexação de dois prédios urbanos. Tributação emolumentar devida pelo averbamento. Inaplicabilidade das verbas

Leia mais

N/Referência: PºR.P.135/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: PºR.P.135/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 5/ CC /2017 N/Referência: PºR.P.135/2016 STJ-CC Data de homologação: 16-02-2017 Recorrente: A. Raposo l, advogado. Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

P.º R. P. 231/2007 DSJ-CT

P.º R. P. 231/2007 DSJ-CT P.º R. P. 231/2007 DSJ-CT -Transacção judicial Registo de aquisição Título Reconhecimento do direito de propriedade Trato sucessivo Obrigações fiscais. DELIBERAÇÃO Vem o presente recurso hierárquico interposto

Leia mais

R.P. 140, /2006 DSJ-CT-

R.P. 140, /2006 DSJ-CT- P.ºs R.P. 140, 141 e 142/2006 DSJ-CT- Averbamento de alteração da inscrição de aquisição Modificação subjectiva Alteração da firma ou denominação de sociedade estrangeira (no âmbito de transferência de

Leia mais

Pº R.P. 42/2008 SJC-CT

Pº R.P. 42/2008 SJC-CT Pº R.P. 42/2008 SJC-CT- Aquisição executiva Registo de acção instaurada contra o executado com pedido de execução específica do contrato-promessa, efectuado já depois de registada a penhora do prédio Cancelamento

Leia mais

N/Referência: PºR.P.128/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: PºR.P.128/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 3/ CC /2017 N/Referência: PºR.P.128/2016 STJ-CC Data de homologação: 16-02-2017 Recorrente: A. Raposo..l, advogado. Recorrido: Conservatóia do Registo Predial

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: R.P. 53/2005 DSJ-CT- Propriedade horizontal - Falta de comprovação dos requisitos legais - Recusa - Falta de identificação do objecto e conteúdo do direito - Recusa. DELIBERAÇÃO Registo a qualificar: Constituição

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório Pº R.P. 70/2007 DSJ-CT- Divergência entre título e descrição quanto à composição do prédio, para efeito da aplicação do disposto no art.º 46º do C.R.P. Enquadramento alternativo da divergência na alínea

Leia mais

Pº RP 281/2008 SJC-CT- aquisição com base em partilha extrajudicial. Cumprimento das obrigações fiscais. Prova.

Pº RP 281/2008 SJC-CT- aquisição com base em partilha extrajudicial. Cumprimento das obrigações fiscais. Prova. 1 Pº RP 281/2008 SJC-CT- aquisição com base em partilha extrajudicial. Cumprimento das obrigações fiscais. Prova. DELIBERAÇÃO 1. A coberto da ap.1 de 27 de Outubro de 2008, foi requerido na Conservatória

Leia mais

Pº R. Co. 22/2009 SJC-CT. Recorrente: Clube de Futebol. Recorrida: Conservatória do Registo Predial/Comercial de..

Pº R. Co. 22/2009 SJC-CT. Recorrente: Clube de Futebol. Recorrida: Conservatória do Registo Predial/Comercial de.. Pº R. Co. 22/2009 SJC-CT. Recorrente: Clube de Futebol. Recorrida: Conservatória do Registo Predial/Comercial de.. Registo a qualificar: Constituição da sociedade. Futebol SAD com designação dos membros

Leia mais

P.º n.º R.P. 136/2011 SJC-CT Justificação notarial. Artigo 99.º, n.º 1 do Código do Notariado. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 136/2011 SJC-CT Justificação notarial. Artigo 99.º, n.º 1 do Código do Notariado. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 136/2011 SJC-CT Justificação notarial. Artigo 99.º, n.º 1 do Código do Notariado. DELIBERAÇÃO A ficha nº..., da freguesia de, do concelho de..., descreve um prédio misto com a área total de

Leia mais

N/Referência: P.º R.P. 118/2016 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R.P. 118/2016 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 1/ CC /2017 N/Referência: P.º R.P. 118/2016 STJSR-CC Data de homologação: 20-01-2017 Recorrente: Francisco J.., representado por Constantino.., advogado.

Leia mais

Pº R.P. 108/2008 SJC-CT Pº R.P. 109/2008 SJC-CT-

Pº R.P. 108/2008 SJC-CT Pº R.P. 109/2008 SJC-CT- Pº R.P. 108/2008 SJC-CT Pº R.P. 109/2008 SJC-CT- Ausência de declarações expressas de vontade de vender e de comprar por parte dos outorgantes de escritura intitulada de compra e venda (Im)possibilidade

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório P.º n.º R. P. 188/2008 SJC-CT- Escritura de revogação de justificação notarial. Cancelamento do registo de aquisição titulado por escritura de justificação. Direitos inscritos a favor de terceiros. DELIBERAÇÃO

Leia mais

P.º n.º R. P. 255/2009 DSJ-CT- PARECER I Relatório 1

P.º n.º R. P. 255/2009 DSJ-CT- PARECER I Relatório 1 P.º n.º R. P. 255/2009 DSJ-CT- Cancelamento de registo de aquisição, causada por usucapião, efectuado com base em escritura de distrate da justificação. Interpretação do n.º 3 do artigo 33.º do Decreto-Lei

Leia mais

P.º n.º R.P. 110/2011 SJC-CT Anexação. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 110/2011 SJC-CT Anexação. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 110/2011 SJC-CT Anexação. DELIBERAÇÃO Pelas aps.... e..., de 4 de Março de 2011,, na qualidade de gerente de..., Unipessoal Lda, requisitou no Serviço de Registo Predial de... os seguintes

Leia mais

N/Referência: Pº R.P.5/2015 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: Pº R.P.5/2015 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 52/ CC /2015 N/Referência: Pº R.P.5/2015 STJ-CC Data de homologação: 26-03-2015. Banco, S.A.. Conservatória do Registo Predial de. Assunto: Descrição aberta

Leia mais

Pº C.P. 145/2009 SJC-CT-

Pº C.P. 145/2009 SJC-CT- - 1 - Pº C.P. 145/2009 SJC-CT- Inutilização da descrição sem inscrições em vigor( art. 87º, nº g) do C.R.P.) - Âmbito da previsão legal; Pedidos de registo pendentes; Pedido registo do prédio como omisso,

Leia mais

Pº C.P. 29/2008 SJC- Viabilidade de transformação do licenciamento de operação de loteamento em licenciamento de operação de reparcelamento.

Pº C.P. 29/2008 SJC- Viabilidade de transformação do licenciamento de operação de loteamento em licenciamento de operação de reparcelamento. Pº C.P. 29/2008 SJC- Viabilidade de transformação do licenciamento de operação de loteamento em licenciamento de operação de reparcelamento. Memorando 1- A Senhora Conservadora da 1ª Conservatória do Registo

Leia mais

P.º n.º R.P. 242/2010 SJC-CT

P.º n.º R.P. 242/2010 SJC-CT P.º n.º R.P. 242/2010 SJC-CT Prédio inscrito a favor dos autores da herança. Pagamento das dívidas destes. Penhora. Habilitação dos herdeiros. Identificação dos sujeitos. Documento bastante. DELIBERAÇÃO

Leia mais

PEDIDO DE CONCESSÃO DE AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO OU DE AUTORIZAÇÃO DE ALTERAÇÃO DE UTILIZAÇÃO (ESTABELECIMENTO DE RESTAURAÇÃO OU DE BEBIDAS)

PEDIDO DE CONCESSÃO DE AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO OU DE AUTORIZAÇÃO DE ALTERAÇÃO DE UTILIZAÇÃO (ESTABELECIMENTO DE RESTAURAÇÃO OU DE BEBIDAS) Registo de entrada RESERVADO AOS SERVIÇOS PEDIDO DE CONCESSÃO DE AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO OU DE AUTORIZAÇÃO DE ALTERAÇÃO DE UTILIZAÇÃO (ESTABELECIMENTO DE RESTAURAÇÃO OU DE BEBIDAS) (RJUE e D.L. 234/2007

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: Pº R.P. 217/2006 DSJ-CT- Cancelamento de registo de hipoteca Título para registo Requerimento dirigido ao conservador, invocativo da prescrição Recusa. Relatório: DELIBERAÇÃO Do prédio urbano descrito

Leia mais

P.º n.º R.P. 193/2010 SJC-CT Transmissão da posição contratual. Averbamento à inscrição de aquisição do direito de superfície.

P.º n.º R.P. 193/2010 SJC-CT Transmissão da posição contratual. Averbamento à inscrição de aquisição do direito de superfície. P.º n.º R.P. 193/2010 SJC-CT Transmissão da posição contratual. Averbamento à inscrição de aquisição do direito de superfície. DELIBERAÇÃO 1. O prédio descrito sob nº... da freguesia de foi, na dependência

Leia mais

PEDIDO DE EMISSÃO DE ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE FRACÇÃO AUTÓNOMA

PEDIDO DE EMISSÃO DE ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE FRACÇÃO AUTÓNOMA Registo de entrada RE SERVADO AOS SERVIÇOS PEDIDO DE EMISSÃO DE ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE FRACÇÃO AUTÓNOMA (Art.º 63 do D.L. 555/99 de 16 de Dezembro, com a redacção conferida pelo D.L. 177/2001

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Deliberação

DELIBERAÇÃO. Deliberação Pº C.P. 27/2007 DSJ-CT- Regime jurídico excepcional da reabilitação urbana de zonas históricas e de áreas críticas de recuperação e reconversão urbanística Acto de aprovação do documento estratégico e

Leia mais

Pº R.P. 260/2008 SJC-CT

Pº R.P. 260/2008 SJC-CT Pº R.P. 260/2008 SJC-CT e Pº R.P. 261/2008 SJC-CT- Usucapibilidade de quota parte de prédio ou de quota ideal de prédio Restantes quotas ideais do prédio Documentos instrutórios em caso de AUGI. PARECER

Leia mais

Exame final de estágio para solicitadores (2015/2016)

Exame final de estágio para solicitadores (2015/2016) Exame final de estágio para solicitadores (2015/2016) Exame de Época Especial GRUPO I (17V) Madalena faleceu no dia 10 de Junho de 2014, no estado de solteira, maior, sem testamento ou qualquer outra disposição

Leia mais

P.º R. P. 24/2009 SJC-CT-

P.º R. P. 24/2009 SJC-CT- P.º R. P. 24/2009 SJC-CT- Inscrição de penhora efectuada como provisória por dúvidas. Anotação indevida da sua caducidade. Eliminação desta anotação e elaboração do registo de conversão. Relatório DELIBERAÇÃO

Leia mais

Pº R.P. 241/2004 DSJ-CT. - Distrate de justificação notarial Intervenientes Cancelamento de registo de aquisição. DELIBERAÇÃO

Pº R.P. 241/2004 DSJ-CT. - Distrate de justificação notarial Intervenientes Cancelamento de registo de aquisição. DELIBERAÇÃO Pº R.P. 241/2004 DSJ-CT. - Distrate de justificação notarial Intervenientes Cancelamento de registo de aquisição. DELIBERAÇÃO Recorrente: Olinda. Recorrida: Conservatória do Registo Predial de. Registos

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: R. Co. 11/2005 DSJ-CT. Sanação de deficiências do processo de registo Entrada em espécie Trespasse Direito ao local Alvará Quota realizada com o trespasse Bem próprio ou comum Selo. Relatório: DELIBERAÇÃO

Leia mais

Pº R.P. 240/2004 DSJ-CT- Matriz- Freguesia- Acção- Trato sucessivo. DELIBERAÇÃO

Pº R.P. 240/2004 DSJ-CT- Matriz- Freguesia- Acção- Trato sucessivo. DELIBERAÇÃO Pº R.P. 240/2004 DSJ-CT- Matriz- Freguesia- Acção- Trato sucessivo. Recorrente: Maria. DELIBERAÇÃO Recorrida: Conservatória do Registo Predial de. Registo a qualificar: Acção sobre os prédios das fichas

Leia mais

Relatório. Pº R. Bm. 4/2009 SJC-CT

Relatório. Pº R. Bm. 4/2009 SJC-CT Pº R. Bm. 4/2009 SJC-CT Recorrente: Vítor. Recorrida: Conservatória do Registo de Automóveis de. Acto impugnado: Ap. de 23 de Abril de 2009 recusa de registo de propriedade com referência ao veículo automóvel

Leia mais

CONSTITUIÇÃO DE DIREITO DE SUPERFÍCIE No dia de de dois mil e dezassete, nos Paços do Concelho,

CONSTITUIÇÃO DE DIREITO DE SUPERFÍCIE No dia de de dois mil e dezassete, nos Paços do Concelho, CONSTITUIÇÃO DE DIREITO DE SUPERFÍCIE ------ No dia de de dois mil e dezassete, nos Paços do Concelho, sito na Rua Miguel Bombarda, no Barreiro, perante mim, NIF, Notári_ com Cartório Notarial na, número,

Leia mais

Pº R.P. 77/2005 DSJ-CT-

Pº R.P. 77/2005 DSJ-CT- 1 Pº R.P. 77/2005 DSJ-CT- Acção administrativa especial cujo pedido consiste na declaração de nulidade da deliberação camarária que aprovou uma alteração (não registada) ao alvará de loteamento-sua registabilidade

Leia mais

N/Referência: PºR.P.95/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: PºR.P.95/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 59/ CC /2016 N/Referência: PºR.P.95/2016 STJ-CC Data de homologação: 23-10-2016 Recorrente: Município de P... Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

Pº R. P. 270/2004 DSJ-CT. Trato sucessivo e compropriedade Facto jurídico uno Transformação da comunhão hereditária em compropriedade.

Pº R. P. 270/2004 DSJ-CT. Trato sucessivo e compropriedade Facto jurídico uno Transformação da comunhão hereditária em compropriedade. Pº R. P. 270/2004 DSJ-CT. Trato sucessivo e compropriedade Facto jurídico uno Transformação da comunhão hereditária em compropriedade. DELIBERAÇÃO Registo a qualificar: Aquisição de 1/8 do prédio da ficha

Leia mais

P.º n.º R.P. 192/2011 SJC-CT Declaração de nulidade da venda por sentença. Cancelamento do registo de aquisição. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 192/2011 SJC-CT Declaração de nulidade da venda por sentença. Cancelamento do registo de aquisição. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 192/2011 SJC-CT Declaração de nulidade da venda por sentença. Cancelamento do registo de aquisição. DELIBERAÇÃO A. A ficha informática da freguesia de, do concelho da que descreve o 1º andar

Leia mais

Pº R.P. 132/2008 SJC-CT

Pº R.P. 132/2008 SJC-CT Pº R.P. 132/2008 SJC-CT - Impugnação de decisão de recusa, consoante respeite a acto de registo nos termos requeridos ou rectificação de registos ( nºs 1 e 2, respectivamente, do art. 140º do C.R.P.) Interpretação

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório Pº R.P.90/2007 DSJ-CT: Anexação de prédios descritos -recusa. Divergência entre a soma das áreas dos prédios a anexar e a área do prédio resultante da anexação invocação de erro de medição. Operação de

Leia mais

P.º n.º R.P. 92/2011 SJC-CT Procedimento especial de transmissão, oneração e registo imediato de imóveis (Casa Pronta) DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 92/2011 SJC-CT Procedimento especial de transmissão, oneração e registo imediato de imóveis (Casa Pronta) DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 92/2011 SJC-CT Procedimento especial de transmissão, oneração e registo imediato de imóveis (Casa Pronta) DELIBERAÇÃO 1. No âmbito de procedimento casa pronta 1, a Senhora Notária Afecta à

Leia mais

P.º R. P. 257/2009 SJC-CT

P.º R. P. 257/2009 SJC-CT 1 P.º R. P. 257/2009 SJC-CT-Rectificação de registo Pedido de conversão registo, lavrado provisoriamente por dúvidas, em consequência do registo rectificando Conexão entre o averbamento peticionado e o

Leia mais

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica Despacho: Despacho: Despacho: Concordo. Envie-se a presente informação ao Sr. Director do Departamento Municipal de Gestão Urbanística, Arq. Aníbal Caldas. Anabela Moutinho Monteiro Chefe da Divisão de

Leia mais

3.º CONCURSO DE PROVAS PÚBLICAS PARA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO DE NOTÁRIO PROVA ESCRITA DE DIREITO PRIVADO E REGISTAL (02/05/2015) I (7 valores)

3.º CONCURSO DE PROVAS PÚBLICAS PARA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO DE NOTÁRIO PROVA ESCRITA DE DIREITO PRIVADO E REGISTAL (02/05/2015) I (7 valores) 3.º CONCURSO DE PROVAS PÚBLICAS PARA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO DE NOTÁRIO PROVA ESCRITA DE DIREITO PRIVADO E REGISTAL (02/05/2015) A duração da prova é de três horas A) DIREITO PRIVADO I (7 valores) A, Sociedade

Leia mais

N/Referência: P.º R. P. 53/2017 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R. P. 53/2017 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 42/ CC /2017 N/Referência: P.º R. P. 53/2017 STJSR-CC Data de homologação: 31-08-2017 Recorrente: Recorrido: Comissão de Administração da Administração

Leia mais

Sumário: Legado. Interpretação do testamento. Registo de aquisição. Declarações complementares e prova complementar.

Sumário: Legado. Interpretação do testamento. Registo de aquisição. Declarações complementares e prova complementar. P.º n.º R. P. 122/2008 SJC-CT Sumário: Legado. Interpretação do testamento. Registo de aquisição. Declarações complementares e prova complementar. DELIBERAÇÃO 1 O presente recurso vem interposto contra

Leia mais

Pº R. P. 46/2009 SJC-CT-

Pº R. P. 46/2009 SJC-CT- Pº R. P. 46/2009 SJC-CT- Inscrição de penhora efectuada como provisória por dúvidas. Divergência entre as áreas constantes da matriz e as áreas das descrições prediais. Actualização/Rectificação. Conversão

Leia mais

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica Concordo. Remeta-se a presente Informação ao Sr. Director do DMGUF, Arq.º Aníbal Caldas. Cristina Guimarães Chefe da Divisão de Estudos e Assessoria Jurídica 2010.05.12 N.º Inf: ( ) Ref.ª: ( ) Porto, 11/05/2010

Leia mais

Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de.

Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de. Pº R. Co. 39/2007 DSJ-CT. Recorrente: J, Ldª. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de. Objecto do recurso: Impugnação da conta nº 10842, relativa ao acto de registo lavrado a coberto da Ap. 13/20061106.

Leia mais

Deliberação. Casamento entre pessoas do mesmo sexo. Nubente estrangeiro. Declaração de inexistência de impedimentos.

Deliberação. Casamento entre pessoas do mesmo sexo. Nubente estrangeiro. Declaração de inexistência de impedimentos. Proc. C.C. 109/2010 SJC CT Deliberação Casamento entre pessoas do mesmo sexo. Nubente estrangeiro. Declaração de inexistência de impedimentos. O Consulado de Portugal em B., Brasil, atento o despacho n.º

Leia mais

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI Nº 294/XI

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI Nº 294/XI Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI Nº 294/XI ALTERA O ESTATUTO DO NOTARIADO, APROVADO PELO DECRETO-LEI Nº 26/2004, DE 4 DE FEVEREIRO E OS CÓDIGOS DO REGISTO PREDIAL E COMERCIAL, VISANDO A IMPLEMENTAÇÃO

Leia mais

- 1 - Pº R.Co.27/2009 SJC-CT

- 1 - Pº R.Co.27/2009 SJC-CT - 1 - Pº R.Co.27/2009 SJC-CT Recorrente: Joaquim. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial do. Acto impugnado: Indeferimento liminar de pedidos de rectificação das inscrições 3 e 4 relativas à sociedade

Leia mais

LEILÃO VISITA: SOB MARCAÇÃO Vale da Estrada (Nave) Sarzedas - Castelo Branco / GPS: 39 50'04.3"N 7 38'33.9"W

LEILÃO VISITA: SOB MARCAÇÃO Vale da Estrada (Nave) Sarzedas - Castelo Branco / GPS: 39 50'04.3N 7 38'33.9W LEILÃO Insolvência: "Joel Conde & Fernandes, Lda." Processo de Insolvência n.º 1651/14.1TBBRG Comarca de Braga, Braga - Inst. Local - Secção Cível - J3 Por determinação do Exmo. Administrador de Insolvência,

Leia mais

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica Concordo. Remeta-se a presente Informação ao Sr. Director do DMGUF, Arq.º Aníbal Caldas. Cristina Guimarães Chefe da Divisão de Estudos e Assessoria Jurídica 2010.05.21 N.º Inf: ( ) Ref.ª: ( ) Porto, 18/05/2010

Leia mais

Insolvência de EDIANDAR SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO, LDA.

Insolvência de EDIANDAR SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO, LDA. Insolvência de EDIANDAR SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO, LDA. Processo de Insolvência n.º 20554/15.6T8SNT Sintra Instância Central - Secção Comércio J5 Comarca de Lisboa Oeste ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA Dr.

Leia mais

Como comprar casa em Portugal

Como comprar casa em Portugal Como comprar casa em Portugal Maio de 2007 Como comprar casa em Portugal A Macedo Vitorino e Associados presta assessoria a clientes nacionais e estrangeiros em sectores específicos de actividade, de que

Leia mais

Recorrente: «L Sociedade Unipessoal, Limitada». Recorrida: Conservatória do Registo Comercial da. Relatório:

Recorrente: «L Sociedade Unipessoal, Limitada». Recorrida: Conservatória do Registo Comercial da. Relatório: P.º R. Co. 4/2007DSJ-CT - Registo da constituição da sociedade e nomeação de gerentes. Título constitutivo omisso quanto à data do encerramento do exercício social e ao número de identificação fiscal da

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Diário da República, 1.ª série N.º 163 25 de Agosto de 2008 5889 PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Centro Jurídico Declaração de Rectificação n.º 46/2008 Ao abrigo da alínea h) do n.º 1 e do n.º 2 do

Leia mais

Pº R.P. 94/2009 SJC-CT

Pº R.P. 94/2009 SJC-CT Pº R.P. 94/2009 SJC-CT- (Im)possibilidade de inscrever provisoriamente por natureza ( art. 92º, nº 1, g) do C.R.P.) a constituição contratual do direito de superfície - Intervenção dos titulares da herança

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0922/09 Data do Acordão: 27-01-2010 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO MIRANDA DE PACHECO IMPOSTO DE SELO USUCAPIÃO IMÓVEL

Leia mais

2ª. Pedido de cancelamento de registo de hipoteca efectuado ulteriormente a , apresentado isoladamente.

2ª. Pedido de cancelamento de registo de hipoteca efectuado ulteriormente a , apresentado isoladamente. P.º C.P. 66/2008 SJC-CT- Alteração do R.E.R.N. efectuada pelo D.L. nº 116/2008, de 4 de Julho A expressão documento comprovativo do direito de transmitente do nº 2 do art. 34º do C.R.P., na redacção do

Leia mais

P.º R.P. 147/2007 DSJ-CT-

P.º R.P. 147/2007 DSJ-CT- P.º R.P. 147/2007 DSJ-CT- Fixação do sentido e alcance da norma contida no n.º 5 do artigo 31.º do D. L. 287/2003, de 12/11 Reconhecimento ao interessado da possibilidade de requerer hoje a liquidação

Leia mais

CONCURSO PÚBLICO PARA ALIENAÇÃO UMA PARCELA DE TERRENO DESTINADA À CONSTRUÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO RECINTO DA FEIRA DA LIXA CADERNO DE ENCARGOS

CONCURSO PÚBLICO PARA ALIENAÇÃO UMA PARCELA DE TERRENO DESTINADA À CONSTRUÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO RECINTO DA FEIRA DA LIXA CADERNO DE ENCARGOS CONCURSO PÚBLICO PARA ALIENAÇÃO DE UMA PARCELA DE TERRENO DESTINADA À CONSTRUÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO NO RECINTO DA FEIRA DA LIXA CADERNO DE ENCARGOS Agosto 2006 CONCURSO PÚBLICO PARA ALIENAÇÃO DE UMA PARCELA

Leia mais

na sequência da rectificação do Av. 1 à descrição 7271 da freguesia de para anotação. A devolução daquele emolumento é da mais elementar justiça.

na sequência da rectificação do Av. 1 à descrição 7271 da freguesia de para anotação. A devolução daquele emolumento é da mais elementar justiça. Proc.º R.P.234/2004 DSJ-CT- Inscrição de apreensão em processo de insolvência Emolumento. DELIBERAÇÃO Conta impugnada: Registo de apreensão em processo de falência, dos prédios descritos sob os nºs 06959/,06980/,

Leia mais

CONTRATO DE COMPRA E VENDA No dia 22 de setembro de 2016, intervieram no presente contrato os seguintes

CONTRATO DE COMPRA E VENDA No dia 22 de setembro de 2016, intervieram no presente contrato os seguintes CONTRATO DE COMPRA E VENDA ------ No dia 22 de setembro de 2016, intervieram no presente contrato os seguintes outorgantes: --------------------------------------------------------------------------------------

Leia mais

Processo nº 22/PP/2018-G Requerente: (...) Relatora: Dra. Regina Franco de Sousa. Parecer

Processo nº 22/PP/2018-G Requerente: (...) Relatora: Dra. Regina Franco de Sousa. Parecer Processo nº 22/PP/2018-G Requerente: (...) Relatora: Dra. Regina Franco de Sousa Parecer O Sr. Dr. (...), titular da cédula profissional com o número (...) e com escritório na (...), vem em 26 de Julho

Leia mais

Sumário: Está - ou não -, sujeita a registo predial a acção administrativa especial para declaração de nulidade ou anulação de actos administrativos

Sumário: Está - ou não -, sujeita a registo predial a acção administrativa especial para declaração de nulidade ou anulação de actos administrativos 1 Pº R.P. 90/2006 DSJ.CT- Acção administrativa especial cujo pedido consiste na declaração de nulidade ou anulação de actos administrativos que aprovaram os projectos e licenciaram as construções erigidas

Leia mais

Ap.e:. Ap.os: Acordam do Tribunal da Relação de Évora

Ap.e:. Ap.os: Acordam do Tribunal da Relação de Évora P.N.432/991;;Ap:TC Odemira. Ap.e:. Ap.os: Acordam do Tribunal da Relação de Évora 1. Na presente acção, pretendem os AA. o reconhecimento do seu direito de propriedade sobre os prédios que melhor virão

Leia mais

Sumário: Alteração do contrato social. Título para registo.

Sumário: Alteração do contrato social. Título para registo. P.º R. Co. 16/2007DSJ-CT Sumário: Alteração do contrato social. Título para registo. Recorrente: Sociedade «G, Limitada», representada por M D..., advogada. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial

Leia mais

Departamento Jurídico Sector Jurídico e de Contencioso

Departamento Jurídico Sector Jurídico e de Contencioso P º RP 149/2009 SJC Assunto: Recurso hierárquico interposto por O., notária, contra a Conservatória do Registo Predial d. (Ap. 4084/20090601). Sumário: Registo online hipoteca voluntária verificação da

Leia mais

Relatório DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 22/ CC /2015. N/Referência: PºR.P.86/2014 STJ-CC Data de homologação:

Relatório DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 22/ CC /2015. N/Referência: PºR.P.86/2014 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 22/ CC /2015 N/Referência: PºR.P.86/2014 STJ-CC Data de homologação: 10-03-2015 Recorrente: Ana Maria., Notária Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

Ex.mo(a) Sr.(a) Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira

Ex.mo(a) Sr.(a) Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira Requerimento n.º Processo de Obras n.º (quadro a preencher pelos serviços) (n.º 4 do artigo 4º do D.L.555/99 de 16 de Dezembro) Ex.mo(a) Sr.(a) Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira Identificação

Leia mais

6.º CONCURSO DE PROVAS PÚBLICAS PARA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO DE NOTÁRIO 25/05/2019. Prova e Grelha de Correcção Direito Notarial e de Direito Público

6.º CONCURSO DE PROVAS PÚBLICAS PARA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO DE NOTÁRIO 25/05/2019. Prova e Grelha de Correcção Direito Notarial e de Direito Público 6.º CONCURSO DE PROVAS PÚBLICAS PARA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO DE NOTÁRIO 25/05/2019 Prova e Grelha de Correcção Direito Notarial e de Direito Público A) Direito Notarial I (8 valores) António, solteiro, maior,

Leia mais

Guia de Permuta de Imóveis

Guia de Permuta de Imóveis Guia de Permuta de Imóveis Portal Imobiliário CasaYES Todos os direitos reservados 1 Vai Permutar a sua Casa? Casa? Preste atenção ao seguinte! As normas da compra e venda são aplicáveis aos outros contratos

Leia mais

P.º R. P. 267/2008 SJC-CT-

P.º R. P. 267/2008 SJC-CT- P.º R. P. 267/2008 SJC-CT-Anexação de parcela de terreno para construção urbana (inicialmente integrada no domínio privado do município por cedência em alvará de loteamento) a prédio rústico do mesmo proprietário

Leia mais

P.º R.P. 293/2007 DSJ-CT-

P.º R.P. 293/2007 DSJ-CT- P.º R.P. 293/2007 DSJ-CT-Conversão de inscrição de aquisição, provisória por natureza, nos termos da alínea b) do n.º 2 do artigo 92.º do Código do Registo Predial. Recusa fundada na eventual incompatibilidade

Leia mais

DELIBERAÇÃO. recusa da ap. por inicialmente ter sido incorrectamente anotada a descrição predial. respectivamente.

DELIBERAÇÃO. recusa da ap. por inicialmente ter sido incorrectamente anotada a descrição predial. respectivamente. P.º n.º R.P. 82/2010 SJC-CT - Servidão administrativa de gás. Constituição. Título. Gratuitidade prevista no n.º 2 do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 116/2008. Interposição de um único recurso hierárquico

Leia mais

Insolvência de FRIDOURO REFRIGERAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DO DOURO, LDA.

Insolvência de FRIDOURO REFRIGERAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DO DOURO, LDA. Insolvência de FRIDOURO REFRIGERAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DO DOURO, LDA. Processo de Insolvência n.º 129/14.8TYVNG 3º Juízo Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA Dr.

Leia mais