ANÁLISE DA SIMULAÇÃO MULTIPONTO PARA A GERAÇÃO DE MODELOS GEOLÓGICOS COMPLEXOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ANÁLISE DA SIMULAÇÃO MULTIPONTO PARA A GERAÇÃO DE MODELOS GEOLÓGICOS COMPLEXOS"

Transcrição

1 ANÁLISE DA SIMULAÇÃO MULTIPONTO PARA A GERAÇÃO DE MODELOS GEOLÓGICOS COMPLEXOS Edgar M. Müller UFRGS - edgarmmuller@gmail.com Cássio Diedrich Vale cassiodiedrich@vale.com João Felipe C. L. Costa UFRGS jfelipe@ufrgs.br RESUMO A construção de um modelo geológico que melhor se adapta ao depósito mineral é visto como um dos maiores desafios dos empreendimentos de mineração. As formas e características do depósito mineral são fundamentais e conduzem às decisões mais importantes da mina. Uma nova classe de algoritmos de simulação, denominada Simulação Multiponto (MPS), permite simular modelos geológicos condicionais respeitando as estruturas de pequenas e grandes escalas, utilizando modelos de depósitos similares como referência. Um estudo de caso, aplicado ao Complexo Mineiro Sossego, é analisado e os resultados simulados obtidos são comparados com o modelo tradicional e com os valores reais executados na operação, verificando a aplicabilidade para este tipo de depósito. Os resultados preliminares atestam uma boa aderência do modelo simulado. Palavras-chave: Simulação Multiponto; Modelagem Geológica; Recursos Minerais. ABSTRACT The construction of a geological model that best suits the mineral deposit is seen as one of the biggest challenges of mining ventures. The forms and characteristics of the mineral deposit are fundamental leading to the most important decisions on the mine. A new class of simulation algorithms, called Multipoint Simulation (MPS), allows simulating the geological models respecting the small and large scale conditional structures, using models of similar deposits as a reference. A case study applied to Sossego Mining Complex will be analyzed and the simulated results obtained will be compared against the actual executed values during the deposit operation, being possible to verify the applicability and effectiveness of the methodology for this type of deposit. Keywords: Multipoint Simulation; Geological Modeling; Mineral Resources. 1

2 INTRODUÇÃO As formas e características de um depósito mineral são fundamentais e conduzem às decisões mais importantes no desenvolvimento do processo mineiro, como por exemplo, a classificação dos recursos e a definição do método e da sequência de lavra. O modelo do depósito mineral utilizado é o resultado de uma interpretação geológica tridimensional. Esse modelo tridimensional é uma aproximação da real forma e das características do depósito mineral. Todos os trabalhos posteriores à modelagem tridimensional são baseados na morfologia e teores associados ao depósito mineral, assim como a definição e extensão dos limites da cava, o seqüenciamento de produção, a operação e o produto final. Em muitos casos, os limites das áreas a serem lavradas serão direcionados pelo modelo geológico e não diretamente por um teor de corte ou relação estéril / minério (como por exemplo, corpos lenticulares com alto valor associado). O volume de informação relacionado ao corpo de minério aumenta de acordo com o processo de execução da lavra, possibilitando um refinamento do cálculo dos recursos minerais com o tempo. A interpretação geológica também é importante para o planejamento de curto prazo e operação de lavra, onde se busca seletividade do minério bloco a bloco. Essas informações podem ser relacionadas às novas campanhas amostrais com furos diamantados, mapeamento geológico de frente de lavra e às informações coletadas dos furos de desmonte de produção (blast holes). A possibilidade de adequar estes novos dados (soft data) ao modelo de minério não deve ser descartada, mas não é simples de ser utilizada. Várias metodologias são atualmente utilizadas para interpretar e definir um modelo geológico. Cada uma delas possui suas peculiaridades e todas buscam reproduzir a verdadeira forma do depósito. Estas metodologias podem ser separadas em dois grandes grupos: métodos tradicionais e métodos matemáticos. Os métodos tradicionais são baseados em desenho manual ou com uso de ferramentas CAD (Computer Aided Design). A metodologia de interpretação de seções verticais tem destaque nessa categoria, consistindo basicamente em gerar seções verticais através da interpretação das informações de furos diamantados (na maioria dos casos), servindo de guia para a definição do minério em planos horizontais. Os planos horizontais de minério serão utilizados na geração de sólidos tridimensionais através do mecanismo de extrusão vertical. Os resultados são utilizados para codificar o modelo geológico num modelo de blocos regular, que será utilizado na interpolação de teores. Nestes métodos, a experiência da equipe de geologia é essencial. Muitas vezes a incerteza associada aos corpos de minério é inerente à estimativa do posicionamento dos contatos e dos limites da mineralização, tornando-se extremamente complicado definir o corpo mineral quando o volume de informações é insuficiente. Uma alternativa para auxiliar na tomada de decisão e definição do corpo mineral pode ser obtida através do uso de modelos geoestatísticos. O objetivo não é simplesmente substituir os modelos gerados por geólogos com o uso da metodologia tradicional, mas sim auxiliar na criação do modelo. Os modelos geoestatísticos podem calcular a probabilidade de ocorrência de diferentes litologias ou litotipos mostrando as regiões mais problemáticas quanto à incerteza associada, principalmente à definição dos limites dos corpos de minério. Muitas vezes não é possível reproduzir correlações espaciais complexas a partir de amostras esparsas, o que torna os algoritmos geoestatísticos ineficientes para simular depósitos heterogêneos. Um novo conceito que pode contribuir para a simulação de 2

3 depósitos, sem a necessidade de um modelo variográfico, é a Simulação Multiponto (MPS). Essa metodologia pode ser usada para definição de geometrias a partir de modelos protótipos, tendo como objetivo simular imagens geológicas respeitando estruturas em pequenas e grandes escalas, condicionando as simulações ao banco de dados e também proporcionais à imagem de treinamento (item a seguir). A proposta do MPS é ir além do cálculo tradicional da covariância entre dois pontos, podendo ser analisado múltiplos pontos simultaneamente, permitindo uma melhor representatividade da heterogeneidade da mineralização. No MPS, os padrões espaciais e estruturais analisados a partir de uma imagem de treinamento substituem o tradicional uso dos variogramas calculados através de pares de pontos. Um estudo de caso descreve os procedimentos para geração de um modelo simulado que será comparado com o modelo atual construído tradicionalmente e também com os dados de volumes de minério já minerados. Os resultados serão avaliados em função da semelhança de volumes de minério e à área superficial do minério em seções verticais. SIMULAÇÃO MULTIPONTO A simulação multiponto foi inicialmente apresentada por Guardiano e Srivastava (1993) e foi desenvolvida nos últimos anos por Strébelle (2002), Journel e Zhang (2006) e Caers (2001; 2002). O método permite a simulação (2d ou 3d) de imagens geológicas (fácies) heterogêneas, respeitando estruturas em pequenas e grandes escalas de uma imagem de referência e dos dados condicionantes (hard ou soft data). Essencialmente, o MPS tenta combinar (exatamente ou aproximadamente) um conjunto de valores de dados encontrados através de uma vizinhança de busca para um ou mais conjuntos de valores definidos na imagem de treinamento. Seguindo o algoritmo proposto por Strébelle (2002), a imagem de treinamento serve como um modelo proporcional e as estatísticas multipontos são armazenados dinamicamente em uma árvore de alocação. IMAGEM DE TREINAMENTO A Imagem de Treinamento (TI) deve ser pensada como os padrões da mineralização ao qual se deseja simular. São objetos (modelos similares ao depósito) com uma representação puramente conceitual sem qualquer exatidão local. Estas imagens de treinamento não podem ser escolhidas de forma arbitrária e devem ser específicas para cada tipo de depósito. As TI's são consideradas representativas das características espaciais multivariáveis espaciais do fenômeno em estudo. Esta afirmação é necessária para utilizar as estatísticas extraídas a partir da imagem de treinamento para o modelo geoestatístico. Segundo Journel (2005), a imagem de treinamento é um modelo proporcional do processo aleatório. Entretanto, é mais do que isso, é também um modelo quantitativo. Assim como um modelo variográfico, a imagem de treinamento determina a expectativa condicional, variância condicional e a probabilidade condicional assumida pelo modelo de simulação estatística multiponto. 3

4 Em geral, a imagem de treinamento compartilha alguns aspectos com a variável de interesse, embora o objetivo final seja extrair dela, através de inferência estatística, algumas das principais características (Ortiz, 2007). O objetivo de utilizar uma imagem de treinamento não é para reproduzir exatamente as suas características, mas para extrair sua essência Na prática, nem todas as características da imagem de treinamento são capturadas, principalmente devido o método utilizado para definir as probabilidades condicionais. Por exemplo, no algoritmo SNESIM, os locais são visitados em ordem aleatória e em cada ponto, os dados de condicionamento (dados da amostra e valores anteriormente simulados) são definidos dentro de uma vizinhança de busca. A configuração dos dados condicionantes é usada para analisar a imagem de treinamento, onde através do arranjo geométrico dos pontos condicionantes ocorre a inferência estatística. Como o caminho da simulação é aleatório e as informações condicionantes são alteradas para inferência, não existe um conjunto específico de estatísticas multiponto explicitamente verificadas e confirmadas no final da simulação. Cada realização usará um conjunto diferente de estatísticas no condicionamento dos pontos simulados. Para um domínio infinitamente grande, os modelos simulados tendem a confirmar as mesmas estatísticas, mas estes não são necessariamente os mesmos valores da imagem de treinamento. Discrepâncias podem ocorrer devido ao fato que algumas configurações estão ausentes na imagem de treinamento. O ALGORITMO SNESIM SNESIM é um algoritmo de leitura de pixels (simulação da equação normal única, ver Strebelle, 2000, 2001, 2002, 2005) bastante prático. É um algoritmo de simulação sequencial, muito semelhante aos métodos conhecidos, como a Simulação Sequencial Gaussiana e a Simulação Sequencial dos Indicadores. O algoritmo baseia-se na ideia de simular cada fácies de teor ou propriedade em sequência ao longo de um caminho aleatório, onde a simulação dos nós do grid posteriormente simulados são limitados por nós de grid anteriormente simulados, juntamente com os dados condicionantes (hard e soft data).o algoritmo de simulação sequencial genérico procede da seguinte maneira: I. Construir um modelo de grid 3d com dados atribuídos às células mais próximas; II. Definir um caminho aleatório; III. Até que cada célula que não tenha informação no caminho aleatório seja visitada: i. Procurar por dados mais próximos e células previamente simuladas; ii. Construir um modelo de probabilidade para a propriedade a ser simulada com base nos dados encontrados em (i) e, eventualmente, dados secundários; iii. Definir um resultado a partir do modelo de probabilidade (passo 2) e atribuir esse valor para a célula atual. 4

5 Figura 1: Ilustração do algoritmo de Simulação Multiponto (fonte: Journel, Srivastava, 1992). O ponto faltante em u tem a probabilidade de 75 % de ser preto e a probabilidade de 25 % de ser branco, de acordo com as probabilidades lidas na imagem de treinamento para o arranjo u1, u2, u3 e u4. A geoestatística tradicional usa de alguma forma a krigagem em (ii) para determinar os parâmetros do modelo de probabilidade. O tipo de krigagem determina o tipo específico (por exemplo, Gaussiano, indicadores, etc.) da simulação sequencial. A krigagem depende de um modelo de variograma inferido a partir dos dados. Na abordagem SNESIM, são criados atalhos neste passo através da determinação direta do modelo de probabilidade no passo dois, a partir da imagem de treinamento, sem levar em consideração a krigagem ou variogramas. ESTUDO DE CASO O estudo de caso será utilizado para comparar metodologias em uma mina de cobre de grande porte no norte do Brasil. As informações provenientes de áreas já exauridas serão utilizadas como valores de referência, assim como o modelo geológico atualmente utilizado. Espera-se que o método que melhor se adapte ao depósito mineral analisado seja aquele que obtiver um menor erro no comparativo de massa da massa mineralizada do depósito. A análise deste trabalho será de determinar o contato do minério e do estéril. Dessa forma, os resultados simulados serão dados por um indicador binário: minério (alto e baixo teor) e estéril. A TI utilizada neste trabalho foi gerada como uma simplificação conceitual do sólido da brecha (alto teor) e do minério disseminado (baixo teor), com a mesma tendência da mineralização e condicionado aos dados. 5

6 Figura 2: Imagem de treinamento utilizada. Em verde um sólido representando o minério disseminado e em vermelho representando a brecha. GEOLOGIA REGIONAL O Distrito Mineiro de Carajás, situado na porção sudeste do Estado do Pará, Brasil, tem uma característica geológica única que cobre uma área de cerca de 30,000 km2 (300 x 100 km), entre os rios Xingu e Tocantins / Araguaia. A Província de Carajás é uma bacia do Período Arqueano, deformada em uma forma sigmoidal, tendendo de noroeste-oeste a sudesteleste. A forma sigmoidal de Carajás é definida através de muitos lineamentos noroestesudeste, assim como as falhas Carajás e Cigano, com zonas de falhas laterais. Sistemas de falhas Noroeste e Nordeste cruzam a região. A sequência arqueana vulcano-sedimentar de Carajás é composta principalmente por rochas vulcânicas bimodais, sedimentos químicos, formações ferríferas bandadas (BIF) que se constituem nos maiores depósitos ferríferos do mundo, sedimentos clásticos e piroclásticos.. Há muitas gerações de corpos máficos, assim como diques mineralizados posteriormente. Formações Proterozóicas (1.88 Bilhões de anos) de granitos alcalinos, assim como o granito central de Carajás, Cigano, e os granitos Pojuca, que também intrudiram a Sequência Carajás (Dardenne e Schobbenhaus, 2001). 6

7 Figura 3: Mapa geológico simplificado da província mineral de Carajás (Docegeo, 1988; Dardenne e Schobbenhaus, 2001). GEOLOGIA LOCAL O Complexo Mineiro do Sossego é situado na porção sul do sigmóide de Carajás ao longo de uma estrutura de cisalhamento regional oeste-noroeste a leste-sudeste, com mergulho acentuado para o sul. Ao longo deste largo cinturão de cisalhamento, chamado de "Cinturão da parte sul de Carajás", ocorrem associações de Cu ± Au (>1% Cu). Este cinturão forma uma tendência de cerca de 10 km de mineralização. Falhas com tendência nordeste e noroeste cruzam a principal estrutura de cisalhamento oeste-noroeste a leste-sudeste, e as interseções destas estruturas agem aparentemente como zonas de percolação e excelentes armadilhas (trapas) para mineralização de Cu-Au. O cinturão de cisalhamento do Sossego está situado entre a zona de contato do tonalitotrondhjemite-granodiorito (TTG) ao sul e pelas rochas vulcânicas de Carajás ao norte. Ele é caracterizado localmente por rochas intrusivas que incluem granitos alcalinos e granófiros finamente granulados, gabros e dioritos. Uma intensa alteração hidrotermal, caracterizada por albita, biotita, actinolita, carbonato, epidoto e escapolita junto com magnetita abundante formam um envelope quase contínuo ao redor da mineralização de cobre-ouro que define o cinturão sul de Carajás (Figura 1). As recentes descobertas no cinturão sul de Carajás são notavelmente semelhantes a depósitos de Fe-Cu-Au-REE (elementos de terras raras) de classe mundial, como La Candelaria (Chile) e Ernest Henry (Austrália). 7

8 SEQUEIRINHO: MINERALIZAÇÃO, ESTRUTURA E ALTERAÇÃO A mineralização no Sequeirinho é estruturalmente controlada cortando rochas félsicas vulcânicas, granito e gabro, que são rochas hospedeiras. As rochas posteriores, hidrotermalmente alteradas, são rochas ricas com actinolita-magnetita. A maior parte do hangingwall é rocha granítica/tonalítica em diques ou remanescentes rochas máficas. O footwall é definido por um contato abrupto que separa a zona mineralizada de biotita-xisto alterado da seqüência vulcânica Carajás (localmente félsicas vulcânicas). O limite do footwall pode ser seguido asperamente por uma descontinuidade topográfica ao norte do Sequeirinho e pode ser caracterizado por uma abrupta queda no conteúdo de calcopiritaactinolita-magnetita e um aumento no conteúdo de escapolita-biotita. A mineralização de sulfeto de alto-teor ocorre em brechas que são normalmente mais ricas em Cu e Au perto do footwall, e contatos da capa com o corpo de minério. As brechas têm uma matriz de calcopirita e clastos de magnetita, anfibólio e outros fragmentos líticos. Os tipos de mineralização stockwork e disseminado também são comuns no depósito. INTERPRETAÇÃO GEOLÓGICA: PRINCIPAIS DIFICULDADES USUALMENTE ENCONTRADAS A principal dificuldade é na interpretação manual tridimensional e se deve à demora da interpretação devido à complexidade do depósito. Esta interpretação manual geológica é geralmente feita por um geólogo e leva em torno de 2 a 3 meses (nível de projeto) de trabalho intenso para gerar todas as seções verticais e horizontais necessárias. As secções verticais e horizontais precisam ser modeladas para definir os domínios necessários (geralmente dois ou mais). No Complexo Sossego, há mais de 7 domínios estruturais com 2 zonas mineralizadas, resultando em mais de 14 níveis verticais e horizontais de interpretação. Depois de concluída a interpretação geológica das secções horizontais, que serão usadas como referência final geológica na geração de sólidos 3D pela ferramenta de extrusão de polígonos, será definido o sólido geológico tridimensional final. Esse sólido pode apresentar algumas diferenças locais relacionados aos contatos geológicos, visto que é um sólido desenhado a partir do meio de cada nível de lavra (bancada), o que pode levar a diferenças no cálculo do volume. Outro ponto importante é que para obter a melhor continuidade espacial, as amostras de baixo e alto teor podem ser agrupadas. Esse agrupamento é condicionante tanto para o modelo interpretado quanto para o modelo que será simulado. Desta forma, o impacto deste tipo de operação não será muito representativo na avaliação das diferenças entre os modelos. Também, alguns padrões do comportamento geológico complexo inerente à mineralização não podem ser entendidos apenas por interpretação visual 3d, ficando sujeito à interpretação do profissional ou sua experiência. Isso pode levar a conceitos errados da mineralização ou da interpretação. 8

9 ESTIMATIVA DE RECURSOS Uma vez gerado o modelo de sólidos tridimensional que representa os principais corpos mineralizados do minério, as principais características encontradas incluem estruturas geológicas, minerais, alteração hidrotermal, litologias e mineralização. No depósito Sequeirinho, duas zonas são interpretadas: zona disseminada, geralmente acima de 0,2% Cu, que correspondente ao halo de alteração estruturalmente controlado e a zona de brechas sulfetada, geralmente com teores acima de 1,0% Cu, associadas com a alteração hidrotermal, referente à actinolita e rochas hospedeiras. As zonas de altos teores, associado às brechas, ocorrem preferencialmente ao longo das estruturas de controle do depósito Sequeirinho (capa e lapa) e estruturas transversais. O intervalo das amostras no banco de dados é geralmente um metro, mas varia de acordo com os contatos geológicos. A partir destes dados, foram geradas compostas de 2 metros de comprimento para análise estatística e geoestatística, e também para interpolação dos teores. O tamanho da composta foi escolhido para fornecer a maior quantidade de detalhes na modelagem das zonas mineralizadas e para proporcionar uma maior flexibilidade no controle da diluição e do número de compostas usadas para a interpolação. As estimativas de recursos são baseadas em um modelo de blocos tridimensional de 10mN x 10mE x 16mRL. O tamanho dos blocos foi escolhido para modelar adequadamente a geometria das zonas mineralizadas e para definir a melhor unidade de lavra seletiva (SMU) com base na frota de equipamentos propostos e no desenvolvimento operacional de lavra. A Figura 4 apresenta uma visão em perspectiva do sólido de minério. Figura 4: Visão em perspectiva dos sólidos de minério. 9

10 SIMULAÇÃO E RESULTADOS Os dados da campanha de sondagem foram utilizados como hard data na forma de um indicador binário: minério e estéril. O critério de separação foi baseado no teor de corte de Cu. As amostras com um teor médio de Cu maior ou igual a 0.2%, receberam o indicador 1, e aquelas com teor menor que 0.2% ou com valores negativados, receberam o indicador zero. Esse critério é o mesmo utilizado na interpretação do modelo geológico tridimensional. Os resultados gerados são para estimar a probabilidade de um bloco pertencer ou não ao corpo de minério. Os parâmetros de busca do algoritmo definiram um elipsoide com um alcance de 20 m X 20 m X 16 m em uma orientação de acordo com o mergulho do corpo: azimute igual a 150 e mergulho de 55. Nesta vizinhança de busca, optou-s e por utilizar no máximo 80 pontos para cada bloco. Um fator importante no algoritmo é o servosystem. Ele consiste em controlar a proporção de cada categoria simulada conforme a proporção das categorias do hard data, possuindo um papel importante nos resultados. O valor escolhido foi de 0.5. Esse valor é intermediário entre os dois extremos: respeitar ou não a proporção exata do hard data. Baseado em 100 realizações, foi calculado o e-type para a análise dos resultados. Em todos os blocos simulados, o critério utilizado para separar os blocos que serão considerados minério (brecha ou disseminado) ou estéril, foi possuir uma probabilidade maior ou igual a 50%. Os resultados das simulações foram comparados com as seções verticais da interpretação geológica manual, geradas no sentido norte-sul. Como o modelo simulado e o modelo tradicional foram gerados a partir do mesmo conjunto de dados (furos diamantados), a comparação direta entre eles é válida. O objetivo desta comparação foi analisar o comportamento dos blocos simulados em cada seção vertical. As análises basearam-se na inspeção visual, ou seja, o quanto o modelo simulado se aproximou do modelo interpretado e também uma comparação da área superficial dos polígonos da seção interpretada, e da área gerada pela união de todos os blocos simulados, com probabilidade igual ou superior a 50%. A inspeção visual mostrou uma boa reprodutibilidade pelo modelo simulado dos contornos das seções interpretadas. Em áreas de maior condicionamento dos dados, os resultados foram muito próximos. Em áreas com poucas amostras, os resultados divergiram. Na própria interpretação, essas regiões onde não há informações suficientes, os resultados são dependentes unicamente da experiência do responsável pelo modelamento. Este tipo de situação é esperado, uma vez que somente existe probabilidade alta onde há condicionamento de informações para isto. Os resultados foram analisados para cada seção vertical interpretada e mostraram uma diferença relativa de 5.6% em termos de área total para todas as seções. A seguir, são apresentados os resultados obtidos em 4 seções verticais distintas, onde a geometria em linha escura representa o modelo interpretado e os blocos em escala de cor representam o resultado da simulação com probabilidade de ocorrência maior ou igual a 50%. Os furos diamantados são visualizados em cada seção com um alcance de 20 metros para frente e para trás a partir da seção, mostrando duas cores distintas para as amostras: vermelho representa amostras de minério (maior ou igual a 0.2% de Cu) e cinza as amostras teor de corte menor ou com valores negativos. 10

11 Figura 5: Seção vertical A legenda de cores apresenta os valores da probabilidade de ocorrência para cada bloco. Figura 6: Seção vertical

12 Figura 7: Seção vertical Figura 8: Seção vertical A inspeção visual mostra uma boa reprodutibilidade do modelo interpretado na Figura 5, Figura 6 e Figura 7. Os contornos da envoltória de minério acompanham o comportamento idealizado pela interpretação manual de seções, mas de forma mais robusta. A probabilidade de ocorrência (escala de cores), associada aos blocos simulados, mostra um resultado condizente com o condicionamento dos dados: onde há um volume grande de informação, a probabilidade de ocorrência é alta. A acuracidade pode ser analisada visualmente e mostra uma boa relação entre as metodologias. A Figura 8 ilustra a consequência da falta de dados condicionantes na geração do modelo simulado: não há uma boa reprodução do modelo interpretado. Os resultados para todas as seções podem ser visualizados na Figura 9. O comparativo da área superficial do modelo simulado versus modelo interpretado, em cada seção, mostra a 12

13 proximidade entre os métodos. A diferença relativa, no total de seções, foi de aproximadamente 5.6%. Isto mostra uma diferença aceitável e coloca o modelo simulado com MPS como uma boa ferramenta auxiliar na interpretação geológica. Área (m²) Área superficial - Seção Vertical Interpretado Simulado Figura 9: Análise de área por seção. Na análise do volume total, o modelo simulado com MPS mostra uma diferença relativa de cerca de 42.5%, e um volume comum (intersecção de sólidos) de 80.1% em relação ao sólido interpretado. Figura 10: Visão em 3d do sólido interpretado (azul) e sólido simulado (vermelho). A última verificação feita foi um teste comparativo entre o modelo exaustivo, utilizado no curto prazo que possui todas as informações coletadas na operação de lavra, e os modelos interpretado e simulado (MPS). Para isso, foi calculado o quantitativo de volume de minério lavrado (brecha + disseminado) entre as superfícies correspondentes aos períodos específicos. Nesses intervalos, o conhecimento do modelo exaustivo permite uma grande confiabilidade dos resultados. É importante salientar que neste estudo, os índices de reconciliação não foram objeto de estudo. 13

14 Foram analisados 3 períodos (Tabela 1), cada um representando em média 1 ano de operação. Os resultados mostram uma boa aproximação do MPS, com erro relativo geralmente inferior ao modelo interpretado. Período Tabela 1: Comparativo entre o modelo exaustivo, interpretado e MPS. Exaustivo (m³ x1000) Interpretado (m³ x1000) Interpretado erro relativo MPS (m³ x1000) MPS erro relativo % % % % % % CONCLUSÕES O MPS apresentou resultados promissores na geração de modelos simulados no complexo Sossego considerando somente as informações de furos diamantados e a imagem de treinamento. O ponto forte dessa metodologia é a possibilidade de se obter um modelo muito próximo dos métodos tradicionais em um tempo de processo relativamente baixo, associado com a informação da probabilidade de ocorrência dos litotipos. Dessa forma, a ferramenta mostra-se como uma boa opção para auxiliar na modelagem geológica. A ideia do MPS consiste em utilizar um algoritmo de simulação condicionado aos dados e respeitando as proporções dos contatos de uma imagem de treinamento (modelo similar do depósito), sem o uso da variografia convencional. A resposta da metodologia permite alcançar resultados factíveis e com tempo de processo reduzido. Os resultados podem ser melhorados. A metodologia necessita de uma maior análise dos parâmetros de entrada. Por se tratar de uma abordagem nova, muitas variantes e conjunto de inputs no processo devem ser estudados com maior grau de detalhamento e calibrados para cada caso. A incorporação de soft data, especialmente as amostras de curto prazo, está sendo estudada para trabalhos posteriores e são esperadas melhorias no grau de detalhamento do modelo simulado. A simulação de mais de duas categorias pode ser estudada de forma a contribuir com a real necessidade dos modelos de corpos de minério: a variabilidade espacial dos diferentes domínios. Como qualquer algoritmo de simulação, os resultados serão mais confiáveis onde há maior condicionamento dos dados, pois não é o algoritmo que define as probabilidades e sim a quantidade de amostras. Os resultados mostram-se semelhantes ao que já é utilizado na geoestatística de indicadores tradicional. A vantagem da metodologia MPS é a aplicabilidade sem a necessidade um estudo variográfico, como no caso da geoestatística convencional dos indicadores. O único requisito externo aos dados de amostragem é uma imagem de treinamento ou uma coleção delas. Essas imagens de treinamento são modelos simplificados e similares ao depósito analisado, podendo ser facilmente obtidas e/ou geradas. A reprodução do modelo tradicional não é o objetivo desse método de simulação. De fato, a conectividade dos blocos de minério simulados não apresenta o mesmo contorno de um modelo tradicional, o que pode ser visto na comparação das seções verticais. Espera-se que 14

15 o modelo simulado seja uma ferramenta auxiliar na modelagem de um modelo tradicional, de forma a contribuir no controle do extrapolamento excessivo do modelo tradicional. O uso do MPS é extremamente rápido e prático, possibilitando ser utilizado em tarefas rotineiras. Diferentemente da variografia convencional, a qual pode mudar na medida em que se modifica a base de dados, a imagem de treinamento não é necessariamente modificada: um ótimo caminho para geração de modelos rotineiros. A informação proveniente de Imagens de Treinamento de depósitos similares deve ser mais usada, contando com a contribuição da experiência da equipe de geologia. Uma das propostas da metodologia é de trazer o trabalho em conjunto das equipes de geologia e de avaliação de recursos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Caers J., Geostatistical reservoir modelling using statistical pattern recognition. Journal of Petroleum Science and Engineering 2001; 29: Caers, J., History matching under training-image based geological model constraints, submitted for publication. Dardenne, M.A., Schobbenhaus, C.S., (2001). Metalogênese do Brasil. Editora Universidade de Brasília/CNPq, Brasília. 392p. Gomez, J. and Srivastava, R., ISIM3D: an ANSI-C three dimensional multiple indicator conditional simulation. Computer & Geosciences, 16, Guardiano, F., Srivastava, M.(1993). Multivariate geostatistics: beyond bivariate moments. In A. Soares, editor, Geostatistics Troia 92, Kluwer, vol. 4941, pp ortiz, J.M., Lyster, S., Deutsch, C.V. (2007). Scaling multiple-point statistics to different univariate proportions, Computers & Geosciences pp Isaaks, E., The application of Monte Carlo methods to the analysis of spatially correlated data. PhD Thesis, Stanford University, Stanford, CA, USA. Journel, S. (2005) Multiple Point statistics, in Cheng, Qiuming, Graeme Bonham-Carter (Eds) (2005) Proceedings of IAMG 05, The Annual Conference of the International Association for Mathematical Geology, Toronto, ISBN Remy, N., Boucher, A., Wu, J., Applied Geostatistics with SGeMS: A User's Guide. Cambridge, USA. 264p. Strebelle, S., Journel, A.G. (2000). Sequential simulation drawing structures from training images, In 6th International Geostatistics Congress, Cape Town, South Africa. Geostatistical Association of Southern Africa. Strebelle, S. and Journel, A.G., (2001). Reservoir modeling using multiple-point statistics. SPE Annual Technical conference and Exhibition, New Orleans, Sept. 30 Oct. 3, 2001, SPE #

16 Strebelle, S. (2002). Conditional simulation of complex geological structures using multiplepoint statistics, Mathematical Geology 34(1), pp Strebelle, S. (2005) Multiple Point statistics, in Cheng, Qiuming, Graeme Bonham-Carter (Eds) (2005) Proceedings of IAMG 05, The Annual Conference of the International Association for Mathematical Geology, Toronto, ISBN Zhang, T., Switzer, P., Journel, A. (2006). Filter-based classification of training image patterns for spatial simulation, Mathematical Geology 38(1), pp

Modelagem dos limites geológicos suaves

Modelagem dos limites geológicos suaves Modelagem dos limites geológicos suaves Introdução 7/2013 Antes de poder começar com o planejamento detalhado de uma mina, é necessário realizar uma minuciosa avaliação do recurso mineral. A avaliação

Leia mais

6 Construção de Cenários

6 Construção de Cenários 6 Construção de Cenários Neste capítulo será mostrada a metodologia utilizada para mensuração dos parâmetros estocásticos (ou incertos) e construção dos cenários com respectivas probabilidades de ocorrência.

Leia mais

MÓDULO 9 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

MÓDULO 9 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS MÓDULO 9 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS O termo metodologia não possui uma definição amplamente aceita, sendo entendido na maioria das vezes como um conjunto de passos e procedimentos que

Leia mais

3 Método de Monte Carlo

3 Método de Monte Carlo 25 3 Método de Monte Carlo 3.1 Definição Em 1946 o matemático Stanislaw Ulam durante um jogo de paciência tentou calcular as probabilidades de sucesso de uma determinada jogada utilizando a tradicional

Leia mais

FAPESP FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA (IME) GeoGrid

FAPESP FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA (IME) GeoGrid FAPESP FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA (IME) GeoGrid VISUALIZAÇÃO TRIDIMENSIONAL DE TERRENO Integrantes: Felipe Augusto

Leia mais

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior MRP II Introdução A lógica de cálculo das necessidades é conhecida há muito tempo Porém só pode ser utilizada na prática em situações mais complexas a partir dos anos 60 A partir de meados da década de

Leia mais

Simulação Computacional de Sistemas, ou simplesmente Simulação

Simulação Computacional de Sistemas, ou simplesmente Simulação Simulação Computacional de Sistemas, ou simplesmente Simulação Utilização de métodos matemáticos & estatísticos em programas computacionais visando imitar o comportamento de algum processo do mundo real.

Leia mais

ADM041 / EPR806 Sistemas de Informação

ADM041 / EPR806 Sistemas de Informação ADM041 / EPR806 Sistemas de Informação UNIFEI Universidade Federal de Itajubá Prof. Dr. Alexandre Ferreira de Pinho 1 Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) Tipos de SAD Orientados por modelos: Criação de diferentes

Leia mais

Modelo Cascata ou Clássico

Modelo Cascata ou Clássico Modelo Cascata ou Clássico INTRODUÇÃO O modelo clássico ou cascata, que também é conhecido por abordagem top-down, foi proposto por Royce em 1970. Até meados da década de 1980 foi o único modelo com aceitação

Leia mais

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos 11. Gerenciamento de riscos do projeto PMBOK 2000 PMBOK 2004 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE Mariane Alves Gomes da Silva Eliana Zandonade 1. INTRODUÇÃO Um aspecto fundamental de um levantamento

Leia mais

)HUUDPHQWDV &RPSXWDFLRQDLV SDUD 6LPXODomR

)HUUDPHQWDV &RPSXWDFLRQDLV SDUD 6LPXODomR 6LPXODomR GH6LVWHPDV )HUUDPHQWDV &RPSXWDFLRQDLV SDUD 6LPXODomR #5,6. Simulador voltado para análise de risco financeiro 3RQWRV IRUWHV Fácil de usar. Funciona integrado a ferramentas já bastante conhecidas,

Leia mais

Grande parte dos planejadores

Grande parte dos planejadores ARTIGO Fotos: Divulgação Decidindo com o apoio integrado de simulação e otimização Oscar Porto e Marcelo Moretti Fioroni O processo de tomada de decisão Grande parte dos planejadores das empresas ainda

Leia mais

Processo de Controle das Reposições da loja

Processo de Controle das Reposições da loja Processo de Controle das Reposições da loja Getway 2015 Processo de Reposição de Mercadorias Manual Processo de Reposição de Mercadorias. O processo de reposição de mercadorias para o Profit foi definido

Leia mais

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3.

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. 1 1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. Modelo de Resultados Potenciais e Aleatorização (Cap. 2 e 3

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Arquitetura e Urbanismo DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL ESTIMAÇÃO AUT 516 Estatística Aplicada a Arquitetura e Urbanismo 2 DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL Na aula anterior analisamos

Leia mais

Métodos computacionais

Métodos computacionais Métodos computacionais Métodos Computacionais: Dependem de computadores para o cálculo de recurso/reserva e fazem uso de funções matemática de interpolação, as quais são aplicadas para o cálculo de teor

Leia mais

Qual é o risco real do Private Equity?

Qual é o risco real do Private Equity? Opinião Qual é o risco real do Private Equity? POR IVAN HERGER, PH.D.* O debate nos mercados financeiros vem sendo dominado pela crise de crédito e alta volatilidade nos mercados acionários. Embora as

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada Disciplina de Mineração de Dados

Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada Disciplina de Mineração de Dados Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada Disciplina de Mineração de Dados Prof. Celso Kaestner Poker Hand Data Set Aluno: Joyce Schaidt Versão:

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS VINICIUS DA SILVEIRA SEGALIN FLORIANÓPOLIS OUTUBRO/2013 Sumário

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ UFPR Bacharelado em Ciência da Computação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ UFPR Bacharelado em Ciência da Computação SOFT DISCIPLINA: Engenharia de Software AULA NÚMERO: 10 DATA: / / PROFESSOR: Andrey APRESENTAÇÃO O objetivo desta aula é apresentar e discutir os conceitos de coesão e acoplamento. DESENVOLVIMENTO Projetar

Leia mais

ENGENHARIA DE SOFTWARE I

ENGENHARIA DE SOFTWARE I ENGENHARIA DE SOFTWARE I Prof. Cássio Huggentobler de Costa [cassio.costa@ulbra.br] Twitter: www.twitter.com/cassiocosta_ Agenda da Aula (002) Metodologias de Desenvolvimento de Softwares Métodos Ágeis

Leia mais

MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE

MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBBILIDDE Quando estudamos algum fenômeno através do método estatístico, na maior parte das vezes é preciso estabelecer uma distinção entre o modelo matemático que construímos para

Leia mais

Capítulo 7 Medidas de dispersão

Capítulo 7 Medidas de dispersão Capítulo 7 Medidas de dispersão Introdução Para a compreensão deste capítulo, é necessário que você tenha entendido os conceitos apresentados nos capítulos 4 (ponto médio, classes e frequência) e 6 (média).

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável Prof. Pablo Santos 4 a Aula SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA - SIG Introdução Definições Necessárias

Leia mais

Tabela de Símbolos. Análise Semântica A Tabela de Símbolos. Principais Operações. Estrutura da Tabela de Símbolos. Declarações 11/6/2008

Tabela de Símbolos. Análise Semântica A Tabela de Símbolos. Principais Operações. Estrutura da Tabela de Símbolos. Declarações 11/6/2008 Tabela de Símbolos Análise Semântica A Tabela de Símbolos Fabiano Baldo Após a árvore de derivação, a tabela de símbolos é o principal atributo herdado em um compilador. É possível, mas não necessário,

Leia mais

TTT-PLOT E TESTE DE HIPÓTESES BOOTSTRAP PARA O MODELO BI-WEIBULL. Cleber Giugioli Carrasco 1 ; Francisco Louzada-Neto 2 RESUMO

TTT-PLOT E TESTE DE HIPÓTESES BOOTSTRAP PARA O MODELO BI-WEIBULL. Cleber Giugioli Carrasco 1 ; Francisco Louzada-Neto 2 RESUMO TTT-PLOT E TESTE DE HIPÓTESES BOOTSTRAP PARA O MODELO BI-WEIBULL Cleber Giugioli Carrasco ; Francisco Louzada-Neto Curso de Matemática, Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas, UEG. Departamento

Leia mais

CorelDRAW 11 1. UM PROGRAMA DE DESIGN

CorelDRAW 11 1. UM PROGRAMA DE DESIGN CorelDRAW 11 1. UM PROGRAMA DE DESIGN Com o Corel você vai trabalhar com um dos aplicativos mais usados no campo do design e da auto-edição, já que permite operar com dois tipos de gráficos (vetoriais

Leia mais

ISO 9001:2008. Alterações e Adições da nova versão

ISO 9001:2008. Alterações e Adições da nova versão ISO 9001:2008 Alterações e Adições da nova versão Notas sobe esta apresentação Esta apresentação contém as principais alterações e adições promovidas pela edição 2008 da norma de sistema de gestão mais

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo VIII Riscos

Gerenciamento de Projetos Modulo VIII Riscos Gerenciamento de Projetos Modulo VIII Riscos Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com Bibliografia* Project Management Institute. Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento

Leia mais

4 Avaliação Econômica

4 Avaliação Econômica 4 Avaliação Econômica Este capítulo tem o objetivo de descrever a segunda etapa da metodologia, correspondente a avaliação econômica das entidades de reservas. A avaliação econômica é realizada a partir

Leia mais

Projeto de Sistemas I

Projeto de Sistemas I Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Projeto de Sistemas I Professora: Kelly de Paula Cunha E-mail:kellypcsoares@ifsp.edu.br Requisitos: base para todo projeto, definindo o

Leia mais

Feature-Driven Development

Feature-Driven Development FDD Feature-Driven Development Descrição dos Processos Requisitos Concepção e Planejamento Mais forma que conteúdo Desenvolver um Modelo Abrangente Construir a Lista de Features Planejar por

Leia mais

PROJETO CONCEITUAL DE APROVEITAMENTO ECONÔMICO DE CAMADAS DE CARVÃO UM ESTUDO DE CASO

PROJETO CONCEITUAL DE APROVEITAMENTO ECONÔMICO DE CAMADAS DE CARVÃO UM ESTUDO DE CASO PROJETO CONCEITUAL DE APROVEITAMENTO ECONÔMICO DE CAMADAS DE CARVÃO UM ESTUDO DE CASO Sarah Ribeiro Guazzelli Taís Renata Câmara Rodrigo de Lemos Peroni André Cezar Zingano Gustavo Steffen Daniel Fontoura

Leia mais

Simulação Transiente

Simulação Transiente Tópicos Avançados em Avaliação de Desempenho de Sistemas Professores: Paulo Maciel Ricardo Massa Alunos: Jackson Nunes Marco Eugênio Araújo Dezembro de 2014 1 Sumário O que é Simulação? Áreas de Aplicação

Leia mais

Detalhamento da Fase de Planejamento e Programação de Projeto. Gerenciamento de Tempo

Detalhamento da Fase de Planejamento e Programação de Projeto. Gerenciamento de Tempo Detalhamento da Fase de Planejamento e Programação de Projeto Gerenciamento de Tempo Principal objetivo garantir que o projeto seja concluído dentro do prazo determinado; O cronograma do projeto é sempre

Leia mais

A utilização dos roletes ESI no Brasil

A utilização dos roletes ESI no Brasil Universidade Federal de São João Del-Rei MG 26 a 28 de maio de 2010 Associação Brasileira de Métodos Computacionais em Engenharia A utilização dos roletes ESI no Brasil M.P. Porto 1 1 Departamento de Engenharia

Leia mais

Desenvolvendo uma Arquitetura de Componentes Orientada a Serviço SCA

Desenvolvendo uma Arquitetura de Componentes Orientada a Serviço SCA Desenvolvendo uma Arquitetura de Componentes Orientada a Serviço SCA RESUMO Ricardo Della Libera Marzochi A introdução ao Service Component Architecture (SCA) diz respeito ao estudo dos principais fundamentos

Leia mais

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como:

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como: Plano de Teste (resumo do documento) I Introdução Identificador do Plano de Teste Esse campo deve especificar um identificador único para reconhecimento do Plano de Teste. Pode ser inclusive um código

Leia mais

PROPOSTA DE CURSO DE EXTENSÃO EM TECNOLOGIAS DE LAVRA DE MINAS

PROPOSTA DE CURSO DE EXTENSÃO EM TECNOLOGIAS DE LAVRA DE MINAS PROPOSTA DE CURSO DE EXTENSÃO EM TECNOLOGIAS DE LAVRA DE MINAS Objetivos: Apresentar noções básicas atualizadas das principais tecnologias e conhecimentos técnico-científicos aplicados nas operações de

Leia mais

O que é a estatística?

O que é a estatística? Elementos de Estatística Prof. Dr. Clécio da Silva Ferreira Departamento de Estatística - UFJF O que é a estatística? Para muitos, a estatística não passa de conjuntos de tabelas de dados numéricos. Os

Leia mais

DATA WAREHOUSE. Introdução

DATA WAREHOUSE. Introdução DATA WAREHOUSE Introdução O grande crescimento do ambiente de negócios, médias e grandes empresas armazenam também um alto volume de informações, onde que juntamente com a tecnologia da informação, a correta

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DE FLORESTAS TROPICAIS-PG-CFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA. 09/abril de 2014

PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DE FLORESTAS TROPICAIS-PG-CFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA. 09/abril de 2014 PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DE FLORESTAS TROPICAIS-PG-CFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA 09/abril de 2014 Considerações Estatísticas para Planejamento e Publicação 1 Circularidade do Método

Leia mais

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto Processos de gerenciamento de projetos em um projeto O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de cumprir seus requisitos.

Leia mais

Capítulo 3. Avaliação de Desempenho. 3.1 Definição de Desempenho

Capítulo 3. Avaliação de Desempenho. 3.1 Definição de Desempenho 20 Capítulo 3 Avaliação de Desempenho Este capítulo aborda como medir, informar e documentar aspectos relativos ao desempenho de um computador. Além disso, descreve os principais fatores que influenciam

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO EXPERIMENTAÇÃO AGRONÔMICA. Tutorial. Disciplina: Geoestatística

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO EXPERIMENTAÇÃO AGRONÔMICA. Tutorial. Disciplina: Geoestatística UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTATÍSTICA E EXPERIMENTAÇÃO AGRONÔMICA. Tutorial Disciplina: Geoestatística Professor: Dr. Paulo Justiano

Leia mais

Classificação da imagem (ou reconhecimento de padrões): objectivos Métodos de reconhecimento de padrões

Classificação da imagem (ou reconhecimento de padrões): objectivos Métodos de reconhecimento de padrões Classificação de imagens Autor: Gil Gonçalves Disciplinas: Detecção Remota/Detecção Remota Aplicada Cursos: MEG/MTIG Ano Lectivo: 11/12 Sumário Classificação da imagem (ou reconhecimento de padrões): objectivos

Leia mais

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração Durante o processo de desenvolvimento de um software, é produzida uma grande quantidade de itens de informação que podem ser alterados durante o processo Para que

Leia mais

TEORIAS DE CONTÉUDO DA MOTIVAÇÃO:

TEORIAS DE CONTÉUDO DA MOTIVAÇÃO: Fichamento / /2011 MOTIVAÇÃO Carga horária 2 HORAS CONCEITO: É o desejo de exercer um alto nível de esforço direcionado a objetivos organizacionais, condicionados pela habilidade do esforço em satisfazer

Leia mais

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE i1 Introdução Uma distribuição de probabilidade é um modelo matemático que relaciona um certo valor da variável em estudo com a sua probabilidade de ocorrência. Há dois tipos

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

CONTROLE DE QUALIDADE e VALIDAÇÃO DE PRODUTO CARTOGRÁFICO

CONTROLE DE QUALIDADE e VALIDAÇÃO DE PRODUTO CARTOGRÁFICO CONTROLE DE QUALIDADE e VALIDAÇÃO DE PRODUTO CARTOGRÁFICO Editar dados em vários formatos e armazenar estas informações em diferentes sistemas é provavelmente uma das atividades mais comuns para os profissionais

Leia mais

AVALIAÇÃO DE IMPACTO NA PRÁTICA GLOSSÁRIO

AVALIAÇÃO DE IMPACTO NA PRÁTICA GLOSSÁRIO 1 AVALIAÇÃO DE IMPACTO NA PRÁTICA GLOSSÁRIO Amostra aleatória. Também conhecida como amostra probabilística. A melhor maneira de evitar uma amostra enviesada ou não-representativa é selecionar uma amostra

Leia mais

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Trabalho / PEM Tema: Frameworks Públicos Grupo: equipe do TCC Entrega: versão digital, 1ª semana de Abril (de 31/03 a 04/04), no e-mail do professor (rodrigues.yuri@yahoo.com.br)

Leia mais

Engenharia de Software: conceitos e aplicações. Prof. Tiago Eugenio de Melo, MSc tiagodemelo@gmail.com

Engenharia de Software: conceitos e aplicações. Prof. Tiago Eugenio de Melo, MSc tiagodemelo@gmail.com Engenharia de Software: conceitos e aplicações Prof. Tiago Eugenio de Melo, MSc tiagodemelo@gmail.com 1 Objetivos da aula Apresentar os conceitos de Engenharia de Software e explicar a sua importância.

Leia mais

PRIMAVERA RISK ANALYSIS

PRIMAVERA RISK ANALYSIS PRIMAVERA RISK ANALYSIS PRINCIPAIS RECURSOS Guia de análise de risco Verificação de programação Risco rápido em modelo Assistente de registro de riscos Registro de riscos Análise de riscos PRINCIPAIS BENEFÍCIOS

Leia mais

Curva ROC. George Darmiton da Cunha Cavalcanti Tsang Ing Ren CIn/UFPE

Curva ROC. George Darmiton da Cunha Cavalcanti Tsang Ing Ren CIn/UFPE Curva ROC George Darmiton da Cunha Cavalcanti Tsang Ing Ren CIn/UFPE Introdução ROC (Receiver Operating Characteristics) Curva ROC é uma técnica para a visualização e a seleção de classificadores baseado

Leia mais

Cálculo de volume de objetos utilizando câmeras RGB-D

Cálculo de volume de objetos utilizando câmeras RGB-D Cálculo de volume de objetos utilizando câmeras RGB-D Servílio Souza de ASSIS 1,3,4 ; Izadora Aparecida RAMOS 1,3,4 ; Bruno Alberto Soares OLIVEIRA 1,3 ; Marlon MARCON 2,3 1 Estudante de Engenharia de

Leia mais

Projeto premiado com o 16 Prêmio de Excelência da Indústria Minero-metalúrgica Brasileira 13 de maio de 2014 - Hotel Ouro Minas - Belo Horizonte (MG)

Projeto premiado com o 16 Prêmio de Excelência da Indústria Minero-metalúrgica Brasileira 13 de maio de 2014 - Hotel Ouro Minas - Belo Horizonte (MG) Projeto premiado com o 16 Prêmio de Excelência da Indústria Minero-metalúrgica Brasileira 13 de maio de 2014 - Hotel Ouro Minas - Belo Horizonte (MG) o Tel. (11) 3895-8590 premiodeexcelencia@revistaminerios.com.br

Leia mais

Estudo de Casos 57. 5.1. Estudo de Caso 1: Velocidade Intervalar e Espessura da Camada

Estudo de Casos 57. 5.1. Estudo de Caso 1: Velocidade Intervalar e Espessura da Camada Estudo de Casos 57 5 Estudo de Casos Neste capítulo são relatados três estudos de caso com sismogramas de referência sintéticos que têm como objetivo avaliar o modelo proposto. Na descrição dos estudos

Leia mais

Aprendendo a Interpretar Dados Financeiros de uma Empresa Usando Estatística de Forma Simples e Prática

Aprendendo a Interpretar Dados Financeiros de uma Empresa Usando Estatística de Forma Simples e Prática Aprendendo a Interpretar Dados Financeiros de uma Empresa Usando Estatística de Forma Simples e Prática Ederson Luis Posselt (edersonlp@yahoo.com.br) Eduardo Urnau (dudaurnau@gmail.com) Eloy Metz (eloy@softersul.com.br)

Leia mais

Implantação. Prof. Eduardo H. S. Oliveira

Implantação. Prof. Eduardo H. S. Oliveira Visão Geral A implantação de um sistema integrado de gestão envolve uma grande quantidade de tarefas que são realizadas em períodos que variam de alguns meses a alguns anos, e dependem de diversos fatores,

Leia mais

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE Introdução Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software Os modelos de processos de desenvolvimento de software surgiram pela necessidade de dar resposta às

Leia mais

Glossário Apresenta a definição dos termos, siglas e abreviações utilizadas no contexto do projeto Citsmart.

Glossário Apresenta a definição dos termos, siglas e abreviações utilizadas no contexto do projeto Citsmart. Apresenta a definição dos termos, siglas e abreviações utilizadas no contexto do projeto Citsmart. Versão 1.6 15/08/2013 Visão Resumida Data Criação 15/08/2013 Versão Documento 1.6 Projeto Responsáveis

Leia mais

Prof. Júlio Cesar Nievola Data Mining PPGIa PUCPR

Prof. Júlio Cesar Nievola Data Mining PPGIa PUCPR Uma exploração preliminar dos dados para compreender melhor suas características. Motivações-chave da exploração de dados incluem Ajudar na seleção da técnica correta para pré-processamento ou análise

Leia mais

15- Representação Cartográfica - Estudos Temáticos a partir de imagens de Sensoriamento Remoto

15- Representação Cartográfica - Estudos Temáticos a partir de imagens de Sensoriamento Remoto 15- Representação Cartográfica - Estudos Temáticos a partir de imagens de Sensoriamento Remoto O Sensoriamento Remoto é uma técnica que utiliza sensores, na captação e registro da energia refletida e emitida

Leia mais

Engenharia de Software

Engenharia de Software Universidade São Judas Tadeu Profª Dra. Ana Paula Gonçalves Serra Engenharia de O Processo Uma Visão Genérica Capítulo 2 (até item 2.2. inclusive) Engenharia de - Roger Pressman 6ª edição McGrawHill Capítulo

Leia mais

Perfil de investimentos

Perfil de investimentos Perfil de investimentos O Fundo de Pensão OABPrev-SP é uma entidade comprometida com a satisfação dos participantes, respeitando seus direitos e sempre buscando soluções que atendam aos seus interesses.

Leia mais

Lidar com números e estatísticas não é fácil. Reunir esses números numa apresentação pode ser ainda mais complicado.

Lidar com números e estatísticas não é fácil. Reunir esses números numa apresentação pode ser ainda mais complicado. , ()! $ Lidar com números e estatísticas não é fácil. Reunir esses números numa apresentação pode ser ainda mais complicado. Uma estratégia muito utilizada para organizar visualmente informações numéricas

Leia mais

EC330 Tratamento da Informação

EC330 Tratamento da Informação EC330 Tratamento da Informação Prof. Dr. Maurício U. Kleinke PECIM PPG em Ensino de Ciências e Matemática Grupo de Ensino e Avaliação DFA/IFGW/Unicamp Visão além do alcance: uma introdução à análise fatorial

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

Os caracteres de escrita

Os caracteres de escrita III. Caracteres de Escrita Os caracteres de escrita ou letras técnicas são utilizadas em desenhos técnicos pelo simples fato de proporcionarem maior uniformidade e tornarem mais fácil a leitura. Se uma

Leia mais

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 1/18 Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 2/18 Módulo 4 - Princípios de Investimento Neste módulo são apresentados os principais fatores para a análise de investimentos,

Leia mais

Automação de Locais Distantes

Automação de Locais Distantes Automação de Locais Distantes Adaptação do texto Improving Automation at Remote Sites da GE Fanuc/ Water por Peter Sowmy e Márcia Campos, Gerentes de Contas da. Nova tecnologia reduz custos no tratamento

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

P. P. G. em Agricultura de Precisão DPADP0803: Geoestatística (Prof. Dr. Elódio Sebem)

P. P. G. em Agricultura de Precisão DPADP0803: Geoestatística (Prof. Dr. Elódio Sebem) Considerações Iniciais É impossível saber, antes de amostrar, de que maneira os valores das variáveis irão se comportar: se dependente ou independente uma da outra. Devido as limitações da estatística

Leia mais

CONCURSO PÚBLICO ANALISTA DE SISTEMA ÊNFASE GOVERNANÇA DE TI ANALISTA DE GESTÃO RESPOSTAS ESPERADAS PRELIMINARES

CONCURSO PÚBLICO ANALISTA DE SISTEMA ÊNFASE GOVERNANÇA DE TI ANALISTA DE GESTÃO RESPOSTAS ESPERADAS PRELIMINARES CELG DISTRIBUIÇÃO S.A EDITAL N. 1/2014 CONCURSO PÚBLICO ANALISTA DE GESTÃO ANALISTA DE SISTEMA ÊNFASE GOVERNANÇA DE TI RESPOSTAS ESPERADAS PRELIMINARES O Centro de Seleção da Universidade Federal de Goiás

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

Algoritmos e Programação (Prática) Profa. Andreza Leite andreza.leite@univasf.edu.br

Algoritmos e Programação (Prática) Profa. Andreza Leite andreza.leite@univasf.edu.br (Prática) Profa. Andreza Leite andreza.leite@univasf.edu.br Introdução O computador como ferramenta indispensável: Faz parte das nossas vidas; Por si só não faz nada de útil; Grande capacidade de resolução

Leia mais

04/08/2012 MODELAGEM DE DADOS. PROF. RAFAEL DIAS RIBEIRO, M.Sc. @ribeirord MODELAGEM DE DADOS. Aula 2. Prof. Rafael Dias Ribeiro. M.Sc.

04/08/2012 MODELAGEM DE DADOS. PROF. RAFAEL DIAS RIBEIRO, M.Sc. @ribeirord MODELAGEM DE DADOS. Aula 2. Prof. Rafael Dias Ribeiro. M.Sc. MODELAGEM DE DADOS PROF. RAFAEL DIAS RIBEIRO, M.Sc. @ribeirord MODELAGEM DE DADOS Aula 2 Prof. Rafael Dias Ribeiro. M.Sc. @ribeirord 1 Objetivos: Revisão sobre Banco de Dados e SGBDs Aprender as principais

Leia mais

PROJECTOS DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

PROJECTOS DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO PROJECTOS DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Clip-art Retrieval using Sketches PTDC/EIA-EIA/108077/2008 Deliverable: D3 Feature Extraction Library (Vectors) Task: T3 Feature Extraction

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais

Usando o Arena em Simulação

Usando o Arena em Simulação Usando o Arena em Simulação o ARENA foi lançado pela empresa americana Systems Modeling em 1993 e é o sucessor de dois outros produtos de sucesso da mesma empresa: SIMAN (primeiro software de simulação

Leia mais

3 Classificação. 3.1. Resumo do algoritmo proposto

3 Classificação. 3.1. Resumo do algoritmo proposto 3 Classificação Este capítulo apresenta primeiramente o algoritmo proposto para a classificação de áudio codificado em MPEG-1 Layer 2 em detalhes. Em seguida, são analisadas as inovações apresentadas.

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL GESTÃO DO DESEMPENHO

ADMINISTRAÇÃO GERAL GESTÃO DO DESEMPENHO ADMINISTRAÇÃO GERAL GESTÃO DO DESEMPENHO Atualizado em 30/12/2015 GESTÃO DE DESEMPENHO A gestão do desempenho constitui um sistemático de ações que buscam definir o conjunto de resultados a serem alcançados

Leia mais

CAPÍTULO 3 - TIPOS DE DADOS E IDENTIFICADORES

CAPÍTULO 3 - TIPOS DE DADOS E IDENTIFICADORES CAPÍTULO 3 - TIPOS DE DADOS E IDENTIFICADORES 3.1 - IDENTIFICADORES Os objetos que usamos no nosso algoritmo são uma representação simbólica de um valor de dado. Assim, quando executamos a seguinte instrução:

Leia mais

Desafio Profissional PÓS-GRADUAÇÃO 2012. Gestão de Projetos - Módulo C Prof. Me. Valter Castelhano de Oliveira

Desafio Profissional PÓS-GRADUAÇÃO 2012. Gestão de Projetos - Módulo C Prof. Me. Valter Castelhano de Oliveira Desafio Profissional PÓS-GRADUAÇÃO 12 Gestão de Projetos - Módulo C Prof. Me. Valter Castelhano de Oliveira 1 DESAFIO PROFISSIONAL Disciplinas: Ferramentas de Software para Gestão de Projetos. Gestão de

Leia mais

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado 2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado Conteúdo 1. Função Produção 3. Administração da Produção 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Introdução à Administração Eunice Lacava Kwasnicka - Editora

Leia mais

Fábrica de Software 29/04/2015

Fábrica de Software 29/04/2015 Fábrica de Software 29/04/2015 Crise do Software Fábrica de Software Analogias costumam ser usadas para tentar entender melhor algo ou alguma coisa. A idéia é simples: compara-se o conceito que não se

Leia mais

Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em um projeto.

Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em um projeto. Discussão sobre Nivelamento Baseado em Fluxo de Caixa. Item aberto na lista E-Plan Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em

Leia mais

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração Coleção Risk Tecnologia SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006 Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração RESUMO/VISÃO GERAL (visando à fusão ISO 31000

Leia mais

Gestão da Qualidade por Processos

Gestão da Qualidade por Processos Gestão da Qualidade por Processos Disciplina: Gestão da Qualidade 2º Bimestre Prof. Me. Patrício Vasconcelos adm.patricio@yahoo.com.br Gestão da Qualidade por Processos Nas empresas, as decisões devem

Leia mais

Classificação de Imagens

Classificação de Imagens Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil Classificação de Imagens Profa. Adriana Goulart dos Santos Extração de Informação da Imagem A partir de uma visualização das imagens,

Leia mais

Na medida em que se cria um produto, o sistema de software, que será usado e mantido, nos aproximamos da engenharia.

Na medida em que se cria um produto, o sistema de software, que será usado e mantido, nos aproximamos da engenharia. 1 Introdução aos Sistemas de Informação 2002 Aula 4 - Desenvolvimento de software e seus paradigmas Paradigmas de Desenvolvimento de Software Pode-se considerar 3 tipos de paradigmas que norteiam a atividade

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA MANUEL DA FONSECA, SANTIAGO DO CACÉM GRUPO DISCIPLINAR: 500 Matemática Aplicada às Ciências Sociais

ESCOLA SECUNDÁRIA MANUEL DA FONSECA, SANTIAGO DO CACÉM GRUPO DISCIPLINAR: 500 Matemática Aplicada às Ciências Sociais ANO: 11º ANO LECTIVO : 008/009 p.1/7 CONTEÚDOS MODELOS MATEMÁTICOS COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER - Compreender a importância dos modelos matemáticos na resolução de problemas de problemas concretos. Nº. AULAS

Leia mais

Projeto de inovação do processo de monitoramento de safra da Conab

Projeto de inovação do processo de monitoramento de safra da Conab Projeto de inovação do processo de monitoramento de safra da Conab Projeto elaborado por Lorenzo Seguini lorenzo_seguini@yahoo.it Projeto Diálogos Setoriais União Europeia - Brasil 1 Sumário 1. Introdução...3

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Massas Nodulares, Classificação de Padrões, Redes Multi- Layer Perceptron.

PALAVRAS-CHAVE: Massas Nodulares, Classificação de Padrões, Redes Multi- Layer Perceptron. 1024 UMA ABORDAGEM BASEADA EM REDES PERCEPTRON MULTICAMADAS PARA A CLASSIFICAÇÃO DE MASSAS NODULARES EM IMAGENS MAMOGRÁFICAS Luan de Oliveira Moreira¹; Matheus Giovanni Pires² 1. Bolsista PROBIC, Graduando

Leia mais

MODELAGEM E SIMULAÇÃO

MODELAGEM E SIMULAÇÃO MODELAGEM E SIMULAÇÃO Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza edwin@engenharia-puro.com.br www.engenharia-puro.com.br/edwin Como Funciona a Simulação Introdução Assim como qualquer programa de computador,

Leia mais