HIPERATIVIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL - CICLO I

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1 HIPERATIVIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL - CICLO I Ana Lucia Silva Intimo Fernanda Aparecida Marques Profª Ms. Fátima Eliana Frigatto Bozzo Lins-SP 2009

2 1 HIPERATIVIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL - CICLO I RESUMO A hiperatividade é denominada de desordem do déficit de atenção e pode afetar crianças, adolescentes e adultos. Essa pesquisa tem como objetivo demonstrar algumas dificuldades que os profissionais da educação e da saúde tem para diagnosticar crianças com TDAH. A pesquisa foi bibliográfica e de campo com questionários para profissionais da educação, e da saúde e na coleta de dados sua análise foi qualitativa. Pode-se concluir que na aprendizagem o aluno sempre alcança progressos e que o professor deve estar sempre atento a isso, ampliando o horizonte, transformando o ambiente num recurso precioso e diagnóstico, pois ela é inerente e imprescindível durante todo o processo educativo. Palavra chave: Hiperatividade. Avaliação. Diagnostico.

3 2 INTRODUÇÃO A hiperatividade é denominada de desordem do déficit de atenção (TDAH) e pode afetar crianças, adolescentes e adultos. Os pais e professores precisam identificar quanto antes o problema, pois com o diagnostico precoce se obtém um melhor êxito no tratamento de crianças que apresentam o TDAH. Pode incluir problemas de linguagem, memória em habilidades motoras, embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, e é caracterizado por aprendizado e comportamento. A escola é lugar mais propicio para se detectar uma criança hiperativa, pois não consegue um adequado desenvolvimento no aprendizado além das alterações comportamentais que se apresentam de modo mais visível. Conforme diz Barkley (2002, p.235): [...]uma relação professor-estudante positiva pode melhorar a adaptação acadêmica e social, não apenas á curto, mas também em longo prazo. O trabalho de acompanhar os educadores da 2º ano do ensino fundamental foi para verificar se estão trabalhando adequadamente com os alunos portadores da hiperatividade e quando necessário oferecer subsídios para que os mesmos possam identificar e realizar um bom trabalho com esses alunos objetivando um rendimento escolar mais eficaz. Este trabalho tem como objetivos verificar quais os problemas que as crianças que apresentam a hiperatividade enfrentam na escola e na sociedade e identificar quais são os problemas que os alunos apresentam quando são diagnosticados como hiperativos. A escolha do tema se deu para a compreensão do trabalho em sala de aula dos alunos portadores de TDAH, na faixa etária de 6 á 7 anos de idade. O lado afetivo emocional da criança é afetado devido o trabalho ser diferenciado. A metodologia quanto aos procedimentos foi bibliográfico, desenvolvendo a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros, artigos científicos, pesquisa de campo, realizada junto à Pedagogos, Professores e psicólogos, na escola EE Professora Júlia Ferreira Leite e EE Paschoal Flamino, pois caracteriza-se pela interrogação direta realizada através de questões

4 3 elaboradas para educadores infantis e psicólogos que trabalham com crianças na faixa etária de 6 e 7 anos. Quanto ao método de abordagem essa pesquisa foi realizada pelo método hipotético dedutivo que se inicia pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos acerca da qual formula hipótese e, pelo processo de influencia dedutiva, testa a predição da ocorrência de fenômeno abrangido pela hipótese. No método de procedimento essa pesquisa usou o histórico que consiste em investigar acontecimentos, processos e instruções do passado para verificar a sua influencia na sociedade de hoje, comparativo foi usado para comparações de grupos no presente, no passado e estatístico que significa redução do fenômeno sociológico, político, econômicas a termos quantitativos e a manipulação estatística, que permite comprovar as relações dos fenômenos entre si, e obter generalização sobre sua natureza, ocorrência ou significado. As atividades nesta fase devem ocupar períodos curtos e freqüentes e é importante estimular a livre expressão e a criatividade da criança. Sabe-se que nesta faixa-etária afloram suas capacidades de aprendizado e este é um período que não pode ser desprezado para que ocorra um bom desenvolvimento em sua aprendizagem. A medicação mais conhecida para quem é hiperativo é o Ritalin ele ajuda as crianças a se concentrar e reduzir o comportamento anti-social, melhorando o seu desenvolvimento. O tratamento com a criança hiperativa exige um esforço coordenado entre profissionais da área medica saúde mental e pedagógica em conjunto com os pais. O hiperativo não presta atenção a detalhes, pode cometer erros por falta de cuidados nos trabalhos escolares e outras tarefas, tem dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas e consideram difícil persistir em tarefas até o seu término. Existe uma dificuldade dos professores em alfabetizar estas crianças pelo fato delas não prestarem atenção nas lições, a serem impacientes não ficarem sentados quietos e, além disso, atrapalham seus colegas.

5 4 DESENVOLVIMENTO Crianças gostam de brincar, fazer bagunça e correr para lá e para cá. Movimentam-se tanto que dão uma canseira nos pais ou em quem estiver com elas. O transtorno de Déficit de Atenção Hiperatividade (TDAH) é um quadro neurobiológico e genético que muitas vezes aparece na infância e frequentemente acompanha a pessoa por toda a vida. Ele é caracterizado por um desempenho inadequado que regula a atenção, flexibilidade e até mesmo a atividade. O TDAH é um problema associado muito cedo na vida do indivíduo, durante a gravidez tudo ocorre normalmente, mas já nos seus primeiros anos de vida a criança que nasce com TDAH demonstra-se agitada, chorando muito e não parando sentada em rodinhas de histórias ou em outras atividades. Segundo Rohde (1999, p.41), os sintomas da TDAH caracterizam-se por dois grupos: desatenção, agitação e impulsividade. O TDAH tem de fato uma origem biológica e deve se manifestar desde o nascimento. Segundo alguns pesquisadores, eles afirmam que para existir TDAH, seriam necessário que alguns sintomas estivessem presentes antes dos sete anos e já causassem dificuldades para a criança. Este nível de intenção imprópria à idade com ou sem impulsividade e hiperatividade, ocorrem em dois ambientes; por exemplo, em casa e na escola. A criança hiperativa mostra um grau de atividade maior que outras crianças da mesma faixa etária. Ou seja, há um grau usual de atividade motora que é padrão em crianças - que não é hiperatividade patológica. O distúrbio da conduta e de desobediência hostil se assemelhou entre si e raramente ocorreram na ausência de TDAH. É difícil destingir o TDAH em crianças pequenas de outros problemas disciplinares nessa idade, algumas crianças jamais aprenderam limites, regras de comportamento. Para se diagnosticar que a criança tenha TDAH, existem sintomas que se caracterizam em dois grupos : 1. Desatenção a) não prestar atenção a detalhes ou cometer erros por descuido; b) ter dificuldade para concentrar-se em tarefas e/ou jogos; c) não prestar atenção ao que lhe é dito ( estar no mundo da lua );

6 5 d) ter dificuldade em seguir regras e instruções e/ ou não terminar o que começa; e) ser desorganizado com as tarefas e materiais; f) evitar atividades que exijam um esforço mental continuado; g) perder coisas importantes; h) distrair-se facilmente com coisas que não tem nada a ver com o que está fazendo; i) esquecer compromissos e tarefas. 2. Hiperatividade/impulsividade: a) ficar remexendo as mãos e/ ou os pés quando sentado; b) não parar sentado por muito tempo; c) pular, correr excessivamente em situações inadequadas, ou ter uma sensação interna de inquietude (ter bicho-carpinteiro por dentro ); d) ser muito barulhento para jogar ou divertir-se; e) ser muito agitado ( a mil por hora, ou um foguete ); f) falar demais; g) responder às perguntas antes de terem sido terminadas; h) ter dificuldade de esperar a vez; i) intrometer-se em conversas ou jogos dos outros. Deve-se ressaltar que não é preciso ter todos os esses sintomas para que a crianças tenha TDAH, algumas pesquisas mais recentes mostram que seriam necessários apenas seis dos sintomas de desatenção ou seis de hiperatividade/impulsividade para que se possa pensar na possibilidade do diagnóstico de TDAH. Na questão da idade, tem-se visto em algumas crianças com TDAH que os sintomas aparecem após os sete anos, mas se um adolescente que nunca teve sintomas de desatenção, hiteratividade ou impulsividade apresentar esses sintomas após a puberdade, é quase certo que a causa não é o TDAH, a causa pode ser um outro problema de relacionamento familiar. O TDAH é um diagnóstico Psiquiátrico mais comum na infância. Geralmente, cerca de 3% das crianças em idade escolar apresentam este transtorno. O impacto

7 6 da criança com o TDAH na família e na sociedade é muito grande, o que faz com que este transtorno torne-se um dos maiores problemas para a saúde publica. A hiperatividade é um problema muito freqüente nas escolas, pois é o local onde é mais identificada, a dificuldade dos professores em alfabetizarem estas crianças é muito grande pelo fato delas não prestarem atenção nas lições, serem impacientes não ficarem sentadas quietas e, além disso, atrapalham seus colegas. A falta de informação sobre o que realmente seja a hiperatividade leva a escola muitas vezes a cometer sérios erros quanto aos métodos que tanto utiliza no diagnostico, quanto no modo de lidar com essas crianças, pois diagnosticar a TDAH não é tão simples, requer uma observação minuciosa que muitas vezes começa nos primeiros anos de vida e se estende pela fase adulta. Escola e professores que enfrentam esse desafio de terem crianças com TDAH precisam se adaptar as suas peculiaridades, modificando a estrutura da sala de aula e de suas lições de modo que o ambiente possa ficar mais tranqüilo. O portador do TDAH tem déficit que dificultam que ele se comporte ou realize as tarefas do mesmo modo que as outras crianças. É importante tentar amenizar o impacto do TDAH tanto na vida acadêmica da criança quanto em sua vida social. (MATOS, 2004, p.111) Essa criança brinca por pouco tempo, e quando chega a hora da refeição não consegue ficar quieta e nem sentada na mesa. Na escola os professores sofrem com isso, pões a criança se levanta toda hora, e assim atrapalha os outros e alem disso vive perdendo os seus materiais. O transtorno TDAH muitas vezes é acompanhado por outros problemas de saúde mental. Já na gravidez tudo ocorre normalmente, nos seus primeiros anos de vida a criança TDAH chora muita durante o dia e a noite. Não presta atenção a detalhes, tem dificuldade para se concentrar em tarefas, não presta atenção ao que lhe é dito, tem dificuldade em seguir regras, sempre esquece compromissos e tarefas, fica remexendo as mãos e pés quando sentado, responde perguntas antes de terem sido terminadas, são algumas atitudes que todo hiperativo apresenta. Algumas pessoas podem ter esses sintomas, mas isso não quer dizer que elas são portadoras do TDAH, para ser considerado hiperativa a pessoa precisa ter alguns dos sintomas citados acima com certa freqüência.

8 7 A criança portadora do TDAH não é preguiçosa e muito menos burra, a criança portadora tem sua inteligência na faixa normal pra a sua idade. Infelizmente, sabe-se mais sobre o que não causa o TDAH do que sobre as reais causas do transtorno. Se o diagnostico TDAH estiver claro, ou seja, se existe desatenção, hiperatividade e impulsividade que causam problemas significativos na escola, no ambiente familiar, no trabalho e no convívio com outras pessoas em geral, isso significa que a criança é portadora de TDAH. É melhor consultar um homeopata para determinar um remédio constitucional para a criança hiperativa. Contudo, os remédios ajudarão a aliviar os sintomas. Independente do remédio que escolher. A criança tem certa dificuldade não porque ela é ruim, mas porque o TDAH leva a criança a agir diferentemente do esperado. Portanto é aconselhável ao professor tomar cuidados com as punições, evitando ao máximo advertências ou expulsões. Mas quando for realmente necessário dar uma punição, deve-se explicar para a criança a razão da advertência, fazendo de modo imediato ao comportamento indesejado da criança. Alguns pais e professores devem elogiar o que as crianças fazem, porque o hiperativo vive sendo repreendido em casa e na escola portanto é preciso reforçar as atividades positivas para elevar a auto-estima da criança. Uma estratégia interessante de ser tomada quando a criança esta muito agitada é a de permitir que ela deixe a sala de aula por um tempo em momentos de muita hiperatividade, ou separa-la de colegas que as incentivam ou encorajam a continuarem com esse comportamento inadequado. Desta forma estaremos diminuindo ou até evitando que a criança hiperativa faça algo indesejado, evitando assim as punições e advertências. Tornando assim o ambiente mais propício e receptivo para os a criança com TDAH.

9 8 CONCLUSÃO Esta pesquisa tem como objetivo tentar ajudar professores, pais e portadores de TDAH, mostrando alguns sintomas e como lidar com esses problemas. Esse portador de TDAH tem um estilo de vida diferente e um histórico diferente em vários contextos familiares. Os sintomas podem ser sempre iguais, a expressão, vai depender do individuo que tem este transtorno. Estes portadores de TDAH estão sempre pensando em alguma coisa, ou seja, estão sempre no mundo da lua. A criança está na sala de aula observando a aula do professor, mas só esta o corpo, porque a mente está em outro lugar, (no parque, no jardim ou ate mesmo em casa). Este tipo de distúrbio interfere na escola em casa e até mesmo na sociedade. Na escola a criança não consegue se concentrar no que esta fazendo e nem, ficar quieto no lugar, atrapalhando até mesmo auto-estima da criança. Os sintomas podem ser sempre os mesmo: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Mas tem que se estar atento, nem todas crianças inquietas, são hiperativa, pois nesta idade algumas crianças jamais aprenderam limites, regras de comportamento ou empatia. Muitas vezes o que faltam nas escolas é capacitação para, que os professores tenham mais informações sobre este distúrbio ou até mesmo outros distúrbios no qual devem ser avaliados nas escolas. Muitas vezes a criança apresenta dificuldades em aprender pelo fato de não conseguir se concentrar, no qual, isso se torna um distúrbio, interferindo no seu rendimento escolar.

10 9 HYPERACTIVITY IN BASIC EDUCATION FIRST CYCLE ABSTRACT Hyperactivity is called of attention deficit disorder and can affect children, adolescents and adults. This research has as objective to demonstrate some difficulties that the professionals of the education and the health area have to diagnosis children with ADHD. The research was bibliographical and of field with questionnaires for professionals of the education, and of the health area and its collection of data was qualitative. For the gotten results of the research the evaluation can be separated in three parts: daily evaluation; in the school; in the accompaniment of the professionals to investigate and to diagnosis. It can be concluded that in the learning the pupil always improves and that the teacher must be always intent to this, extending the horizon, transforming the ambient into a precious resource to diagnosis, because it is inherent and essential during all the educative process. Key words: Hyperactivity. Evaluation. Diagnosis.

11 10 REFERENCIAS BARKLEY, Russell A. Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade, São Paulo: Artmed, ROHDE, L. A. BENCZIK E. B. P. Atenção hiperatividade: O que é? Como ajudar?,porto Alegre: Artmed, MATOS, Paulo. No Mundo da Lua; Perguntas e resposta sobre transtorno do déficit de Atenção com Hiperatividade em Crianças, Adolescentes e Adultos. São Paulo: Lemos Editorial,2004. Abreu, Cristiano N. Síndromes Psiquiátricas: Diagnostico e entrevista para Profissionais de Saúde Mental. Porto Alegre: Artmed, 2006.

12 11 Autores: Ana Lucia Silva Intimo Graduanda em Pedagogia fone (014) Fernanda Aparecida Marques Graduanda em Pedagogia fone Orientador Profª. Ms. Fátima Eliana Bozzo - Mestre elianaboz@terra.com.br fone (14)