Imagens Norte-Sul do Carnaval. Estudo de um fenômeno brasileiro de folk-mídia

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1 Prof. Dr. José Marques de Melo Titular da Cátedra Unesco/Umesp de Comunicação para o Desenvolvimento Regional Prof. Dr. Joseph M. Luyten Docente do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social e da disciplina de Folclore do Curso de Turismo da Faculdade de Publicidade e Propaganda e Turismo da Umesp Profa. Dra. Samantha Castelo Branco Coordenadora do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Alcântara Machado UNIFIAM/FAAM e Docente da Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas da Umesp. BRASIL Imagens Norte-Sul do Carnaval. Estudo de um fenômeno brasileiro de folk-mídia NOTA BENE L'accès aux textes des colloques panaméricain et 2001 Bogues est exclusivement réservé aux participants. Vous pouvez les consulter et les citer, en respectant les règles usuelles, mais non les reproduire. Le contenu des textes n'engage que la responsabilité de leur auteur, auteure. Access to the Panamerican and 2001 Bugs' conferences' papers is strictly reserved to the participants. You can read and quote them, according to standard rules, but not reproduce them. The content of the texts engages the responsability of their authors only. El acceso a los textos de los encuentros panamericano y 2001 Efectos es exclusivamente reservado a los participantes. Pueden consultar y citarlos, respetando las pautas usuales, pero no reproducirlos. El contenido de los textos es unicamente responsabilidad del (de la) autor(a). O acesso aos textos dos encontros panamericano e 2001 Bugs é exclusivamente reservado aos partici-pantes. Podem consultar e cita-los, respeitando as regras usuais, mais não reproduzí-los. O conteudo dos textos e soamente a responsabilidade do (da) autor(a).

2 Colóquio Panamericano As indústrias culturais e o diálogo entre civilizações nas Américas Montreal, de setembro, 2001 Imagens Norte-Sul do Carnaval. Estudo de um fenômeno brasileiro de folk-mídia 1 Autores principais 2 : José MARQUES DE MELO, Joseph LUYTEN e Samantha CASTELO BRANCO Co-autores 3 : Erick TORRICO (Bolívia), Gustavo CIMADEVILLA (Argentina), Lucia CASTELLÓN (Chile), Roque FARAONE (Uruguay), Oscar LUCIEN (Venezuela), Myriam Vilhena de MORAES (México). Monica RECTOR (Estados Unidos da América) Resumo: As comemorações do descobrimento do Brasil pelos navegadores portugueses (1500) compreenderam solenidades oficiais, patrocinadas pelo governo, durante o ano Mas incluiram também atos populares, respaldados pela sociedade civil, dentre eles o Carnaval. Para conhecer o tratamento dado pela mídia impressa a esse evento cultural foi realizada uma pesquisa em jornais e revistas do Brasil, bem como de países da Europa Ocidental e das Américas, com propósitos comparativos. Esta comunicação pretende apresentar e analisar os resultados do referido estudo, 1 Comunicação fundamentada na pesquisa promovida pela Cátedra UNESCO/UMESP de Comunicação, durante o ano de 2000, contando com a participação de quase uma centena de pesquisadores voluntários que constituíram a Rede Internacional de Mídia Comparada. Os resultados detalhados dessa pesquisa integram os Anais da III Conferência Brasileira de Folkcomunicação (João Pessoa, Universidade Federal da Paraíba, 2001) 2 Os autores principais são os coordenadores do projeto científico e da rede internacional que permitiram a concretização desta pesquisa. Eles são docentes vinculadas à Universidade Metodista de São Paulo, onde está sediada a Cátedra UNESCO de Comunicação do Brasil. Endereço eletrônico: catedra.unesco@metodista.br 3 Esta lista corresponde aos coordenadores de equipes responsáveis pela pesquisa nos países incluídos na amostra. A relação completa dos co-autores está reproduzida integralmente no Anexo 2, onde estão constam os nomes e as instituições de todos os participantes das equipes nacionais. Trata-se daqueles responsáveis pela coleta dos dados e pela análise preliminar das tendências observadas, inclusive dos países não destacados neste trabalho.

3 enfocando particularmente as evidências constatadas em países da América do Norte (Estados Unidos e Mexico) e da América do Sul (Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai e Venezuela). Palavaras-chave: Folk-mídia. Carnaval. Brasil. América do Norte. América do Sul. 1. Introdução A mais significativa contribuição brasileira às Ciências Comunicação é sem dúvida a Teoria da Folkcomunicação, formulada pelo Professor Luiz Beltrão na tese de doutorado que defendeu em 1967 na Universidade de Brasília (MARQUES DE MELO, 1998, p ). Na época, suas idéias foram acolhidas com entusiasmo por estudiosos da estatura de Umberto Eco (Itália), Juan Beneyto (Espanha), Hod Horton (Estados Unidos). Depois, elas ganharam legitimidade acadêmica, suscitando o interesse das novas gerações de comunicólogos e comunicadores (BENJAMIN, 1998). O cerne da hipótese lançada por Luiz Beltrão comprovada e demonstrada empiricamente por vários pesquisadores, fundamenta-se na intermediação de agentes populares de informações - os folkcomunicadores - posicionados em territórios fronteiriços entre a mídia massiva e as comunidades de base, especialmente nas sociedades configuradas pela hegemonia da cultura oral (BELTRÃO, 2001). Eles protagonizam ações permanentes de mediação simbólica, decodificando e recodificando mensagens e conteúdos disseminados pela imprensa, rádio ou televisão. Sua intenção é participar e influir no processo de atribuição de sentido que vai marcar a assimilação dos conteúdos midiáticos pelos contingentes populacionais situados nas periferias urbanas ou encravados nos aglomerados rurais.

4 A teoria da folkcomunicação deu conta historicamente dos fluxos de difusão das mensagens massivas e da sua recepção crítica por parte das comunidades ágrafas ou desescolarizadas. Mais recentemente, discípulos de Beltrão deram continuidade aos seus estudos (TARSITANO, 1996), observando que a pujança das cultura populares nas sociedades latino-americanas vem acarretando fluxos folkcomunicacionais em direção inversa (BENJAMIN, 2000). Ou seja, os estrategistas das políticas de comunicação das indústrias midiáticas, reconhecendo a prevalência de valores tradicionais nos hábitos de consumo cultural das classes populares, trataram de observar, identificar e recolher signos e estruturas capazes de monitorar a geração de novos produtos midiáticos. Desta forma, apropriam-se da cultura popular, dando-lhe tratamento massivo, de forma a preservar e ampliar suas audiências e lucros. Denominado folk-mídia, esse novo segmento das indústrias culturais assume papel de relevo na América Latina, ocupando espaços substanciosos no entretenimento dos maiores contingentes populacionais da região (MARQUES DE MELO, 2001). As festa populares, como é o caso do Carnaval, convertem-se frequentemente em conteúdos midiáticos de natureza diversional, retroalimentando a própria agenda da mídia informativa ou educativa. Mais que isso. Na medida em que catalizam elementos peculiares das identidades nacionais, regionais ou locais eles passam a nutrir processos de resistência cultural, numa conjuntura em que a homogeneização globalizante ameaça a preservação das tradições populares (MARQUES DE MELO, 1996). Nesse sentido, as potencialidades das novas tecnologias de reprodução simbólica permitem que identidades culturais preservadas historicamente, mas estereotipadas pelos produtos midiáticos suscetíveis de difusão internacional, venham a projetar traços nacionais ou valores locais no mosáico multicultural da sociedade em rede (CASTELS, 1996) Um dos elementos emblemáticos

5 da sociedade brasileira é inegavelmente o Carnaval, daí o interesse em estudar como ele vem sendo apropriado pela indústria cultural (mídia e turismo) e, em consequência disso, de que forma penetra na agenda informativa dos veículos formadores da opinião pública, especialmente os jornais e revistas. 2. O Carnaval Brasileiro como evento folk-midiático O Carnaval é um evento que integra o ciclo das nossas Festas do Solstício de Verão (MAYNARD ARAUJO, 1973, p. 32). Durante o período colonial reproduziu os padrões do entrudo europeu, assumindo somente no século passado a feição de grande festa popular brasileira. O moderno carnaval caracteriza-se pelos "desfiles de cortejes e numerosos conjuntos, e que, hoje, nas escolas de samba, no frevo (...) se perdeu muito do seu caráter folclórico, ganhou em espetacularidade e grandeza" (Almeida, 1973, p. 206). De tal modo o carnaval se abrasileirou que a festa, tanto no país quanto no estrangeiro, se converteu numa das "marcas da brasilidade" (QUEIROZ, 1992, p. 159). Isso explica a "definição do Brasil", no imaginário global contemporâneo, "como um país cuja invenção tem como referente o carnaval" (Da Matta, 1973, p. 122) Esse processo de abrasileiramento do carnaval teve muito com ver com a apropriação dessa festa de origem européia pelos descendentes dos negros africanos, que aqui chegaram como escravos e foram historicamente assimilados pela cultura luso-brasileira.

6 Perseguido pelo branco, o negro no Brasil escondeu as suas crenças [...] O folclore foi a válvula pela qual ele se comunicou com a civilização branca, impregnando-a de maneira definitiva. [...] O negro aproveitou as instituições aqui encontradas e por elas canalizou o seu inconsciente ancestral. [...] Principalmente no carnaval. Todos os anos a Praça Onze, no Rio de Janeiro, recebe a avalancha dessa catarse coletiva. Ali, o carnaval é apenas um pretexto. Porque todo um mundo de sentimento e desejos, não tolerados na vida comum despertam de um trabalho surdo de recalques contínuos. O carnaval é uma visão espectral da cultura de um grupo humano. Os civilizados eclodem a sua vida instintiva reprimida. Mas o primitivo apenas se mostra na sua espontaneidade de origem. É o caso da Praça Onze, conglomerado de todo um inconsciente ancestral. Ali se reúnem, periodicamente, velhas imagens do continente negro que foram transplantadas para o Brasil: o monarca das selvas africanas, reis, rainhas e embaixadores, totens feiticeiros e shamanes, homens-tigres e homens-panteras, griots, menestréis e bardos negros, pais-de-santo, antepassados, pais-grandes e adolescentes em iniciação ritual [...]. A Praça Onze é a fronteira entre a cultura negra e a brancoeuropéia, fronteira sem limites precisos, onde se interpenetram instituições e se revezam culturas. Mas a Praça Onze, por sua vez, já um símbolo de todas as Praças Onze disseminadas pelos focos de cultura negra, no Brasil. O negro evadido dos engenhos e das plantações, e das minas, e dos trabalhos domésticos das cidades, e dos mocambos, e das favelas, e dos morros... vai mostrar nas Praças Onze o seu inconsciente folclórico. (Ramos, 1954, p ) Mobilizando expressivos segmentos da nossa sociedade, o carnaval já não mais é uma celebração restrita ao período situado entre o Advento e a Quaresma, para assumir a fisionomia de festa do ano todo, invadindo o calendário lúdico brasileiro, Para os clubes carnavalescos, o carnaval começa em setembro com os primeiros ensaios da agremiação... (...) Mesmo depois do carnaval, a alegria e a festividade não param. Há as festas e bailes da vitória, as eleições das novas diretorias; e, para alguns tipos de clubes, os preparativos para a última saída do grupo no Domingo de Páscoa. Logo depois, os clubes carnavalescos aguardam com animação o São João, quando aproveitarão quadrilhas, cocos e outras brincadeiras juninas nas suas sedes (Real, 1967, p ).

7 Nesse sentido é que o carnaval brasileiro deixou de ser mero rito de passagem, como ocorre em outras sociedades, protagonizando o mundo como teatro e como prazer. Assume a fisionomia de um universo social onde a regra é praticar sistematicamente todos os excessos (Da Matta 1984, p. 73). Esta festa permite, em setenta e duas horas, a eclosão do recalque represado durante trezentos e setenta e três dias, através da musica ou do canto, do alarido, dos trejeitos, do trajar indumentária diversa, do afrouxamento das normas morais. Aqueles que vivem contidos em trajes masculinos, com tendências feminis, nesses dias, trajam-se de mulheres. O inverso, fazem as mulheres, é a troca de papéis: a grande festa dos sentimentos desenfreados. Carnaval é folclore: nele permanecem ritmo, instrumental, fantasia, máscaras, figuras desgarradas de autos populares. Só não é folclore no carnaval o transitório: letras, músicas olvidadas já no carnaval vindouro (Maynard Araújo, 1967, p. 186). É compreensível, portanto, que seja um evento cultural cuja permanência e inovatividade dependem da adesão coletiva, para a qual contribuem decisivamente os meios de comunicação de massa. Eles constróem imagens que seduzem indivíduos e multidões, induzindo-os à prática de atos diversionais no interior das residências ou nas praças, nos clubes ou meio das ruas. Mas também influíram para dar-lhe uma fisionomia, consentânea com a natureza da sociedade capitalista, homogeneizando-o e ao mesmo mercantilizando-o. É [...] no âmbito do carnaval que vamos buscar os exemplos desse processo de transformação cultural sob a égide do capitalismo. A partir dos anos 60, a escola de samba, maneira de brincar no carnaval, criada na década de 30, pelas camadas populares de origem africana, habitantes dos morros e dos subúrbios cariocas, a qual já havia sido incentivada pelo setor comercial e pelos poderes públicos, passa a ser encarada como uma mercadoria passível de ser comercializada não somente junto a turistas estrangeiros e nacionais, mas junto aos próprios meios de comunicação de massa, principalmente a televisão. Assim um folguedo carnavalesco típico

8 de uma parte da população de determinada sociedade é veiculado via televisão, para todo o território nacional e, agora, sob a forma de uma manifestação cultural altamente valorizada pela sociedade, vai: 1. No Rio de Janeiro atrair e englobar participantes oriundos das camadas mais elevadas da população que, buscando relevância pessoal a nível local e nacional, trazem, por outro lado, certo status ao folguedo popular. 2. Influenciar o carnaval de outras cidades brasileiras: - em Recife vão desaparecendo muitos dos folguedos tradicionais do carnaval pernambucano que são substituídos pelas escolas de samba, segundo o modelo carioca; - em São Paulo, os cordões carnavalescos, a maneira típica de se divertir no carnaval, dos contingentes de descendência africana das camadas populares paulistanas, se transformam, sob os auspícios de Prefeitura, em escolas de samba; segundo os moldes cariocas. Mas recentemente, essas escolas passaram também a englobar contingentes das classes médias paulistanas; - em várias cidades do interior paulistano vão surgindo escolas de samba organizadas por elementos das classes médias brancas ou da burguesia de tais localidades, além das de origem popular. Tal fenômeno pode ser observado em Guaratinguetá, Piracicaba e outras localidades. Mas, como essa manifestação da criatividade popular pode ser aceita e transformada numa mercadoria que tanta influência vem exercendo, via meios de comunicação? Isso só se deu por meio de uma intensificação do processo de enriquecimento do folguedo, através do qual os traços perigosos foram sendo depurados e imposições de gosto da classe média branca foram sendo feitas, para que o resultado tivesse aceitação unânime na sociedade brasileira (Von Simonsen, 1983, p ). Identificar e analisar as imagens que a mídia constrói sobre o carnaval pode conduzir a uma melhor percepção do etos brasileiro ou de sua idealização em sociedades abastecidas simbolicamente pelo fluxo noticioso da indústria da informação de atualidades. Ou melhor, pode conduzir à percepção da nossa identidade cultural nessa conjuntura globalizante. Qual o grau de fidelidade com que o carnaval celebrado nas ruas, praças e clubes é retratado pela mídia? Quais as singularidades que o caraterizam como evento cultural? Qual a presença de signos que reforçam as identidades culturais regionais ou locais? Em que medida o modelo do

9 carnaval carioca (ou mais recentemente do baiano) influencia a festa que se faz no restante do país? Numa outra perspectiva: sendo um evento que se projeta mundialmente, potencializado pela mídia, funciona como correia de transmissão da identidade brasileira no exterior. Como se projeta essa identidade? Como a percebem e reproduzem os meios de comunicação que formam a opinião pública em outros países? Mas, por outro lado, a transmissão dos festejos via satélite e a presença crescente de turistas estrangeiros nas cidades brasileiras, nesse período, o transformam num evento global. Em que medida tais fatores determinam a sua paulatina desnacionalização, induzindo os organizadores da festa a dar-lhe roupagem hollywoodiana? São respostas que esta pesquisa pretende obter e interpretar comparativamente. 3. Estratégias metodológicos O estudo consistiu no resgate das imagens projetadas pela mídia durante as celebrações do Carnaval dos 500 anos 4. Trabalhos com duas amostras midiáticas: 4 A História consagrou o dia 22 de abril de 1500 como efeméride da nossa fundação. Nessa data, a frota portuguesa comandada por Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil, ou seja, ancorou em território brasileiro. Esse episódio está assim descrito: Não sabemos se o nascimento do Brasil se deu por acaso, mas não há dúvida de que foi cercado de grande pompa. (...)...a 9 de março de 1500, partia do Rio Tejo em Lisboa uma frota de treze navios, a mais aparatosa que até então tinha deixado o reino, aparentemente com destino às Índias, sob o comando de um fidalgo

10 a) Jornais diários de informação geral, que circulam em diferentes espaços da geografia nacional. O período estudado é o compreendido entre 27 de fevereiro e 11 de março do ano Trata-se de corte temporal suficiente para apreender as imagens carnavalescas, tanto as que precedem, quanto as que sucedem a festa, incluindo naturalmente as celebrações principais do tríduo momesco. A escolha dos jornais se fez pela combinação dos critérios de circulação (maior tiragem e/ou amplitude de distribuição) e impacto (veículo formador de opinião pública) 5. b) Jornais diários de outros países onde o carnaval brasileiro tem ampla difusão, justamente pela sua característica de evento integrante da agenda midiática globalizada. Essa amostra permitiu compreender a ótica através da qual os correspondentes estrangeiros aqui sediados ou os enviados especiais designados para cobrir o carnaval retratam o evento que simboliza um dos traços da personalidade brasileira no mosaico da cultura global. Bélgica, Espanha, França, Holanda, Itália, Portugal, Japão, Estados Unidos, Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai e Venezuela são países cujos veículos noticiosos compõem a amostra. Para a realização da pesquisa, todos os pesquisadores participantes receberam orientação precisa, compartilhando parâmetros homogêneos, não apenas com a finalidade de garantir a qualidade do trabalho. A intenção era a de que houvesse uma uniformização dos procedimentos, assegurando a compratividade inter-regional. de pouco mais de trinta anos, Pedro Álvares Cabral. A frota, após passar as Ilhas de Cabo Verde, tomou rumo oeste, afastando-se da costa africana até avistar o que seria a terra brasileira a 21 de abril. Nessa data, houve apenas uma breve descida à terra e só no dia seguinte a frota ancoraria no litoral da Bahia, em Porto Seguro. (FAUSTO, 1995, p. 30) 5 As fontes utilizadas para a definição dos jornais integrantes da amostra foram: ANJ - Jornais Brasileiros, 95/96, Brasília, 1996 e Imprensa/Mídia - O mapa da mídia, ano 2, n. 23/24, 1996

11 Assim, cada edição foi lida cuidadosamente para permitir a identificação das matérias que trouxessem imagens carnavalescas. Somente estas matérias foram destacadas para a pesquisa. Todas as demais foram automaticamente descartadas, evitando-se o acúmulo de material impresso desnecessário. O conceito de imagem não se limitou aos registros gráficos (fotografias, desenhos, filmes), incluindo necessariamente os registros verbais. Na verdade, tais registros aparecem de forma articulada, quase sempre interligando texto/ilustração (Marques de Melo, 1998b). As matérias selecionadas foram classificadas por categorias comunicacionais. Trabalhou-se, desta forma, com as duas categorias comunicacionais básicas - jornalísticas e publicitárias. Isso significou pesquisar a totalidade do espaço dedicado às imagens carnavalescas em cada veículo 6. Assim sendo, foram adotadas as seguintes definições das categorias comunicacionais já registradas em estudo anterior sobre a imprensa paulista (Marques de Melo, 1998a): a) jornalismo - registro de fatos da atualidade (informativos, opinativos ou eventualmente interpretativos); b) publicidade - anúncios (também denominados matérias-pagas) sobre produtos, serviços, instituições, eventos etc. 6 Não obstante a categoria Entretenimento venha conquistando hegemonia na mídia audiovisual (rádio, televisão, cinema), sua vigência na mídia impressa ibero-americana é ainda residual. Por esta razão ela foi desconsiderada no desenvolvimento desta pesquisa.

12 Feita a identificação das matérias, realizou-se primeiramente a sua quantificação. Usou-se o cm/col (centímetro-coluna) na análise dos jornais. (Marques de Melo, 1972). Anotou-se diariamente a proporção do espaço editorial dedicado ao carnaval, relacionando-o com a superfície impressa de toda a publicação. Ou seja, o pesquisador registrou a porcentagem das matérias sobre o carnaval no bojo de cada publicação 7. Deste modo, foi possível verificar a importância dos registros sobre esse evento popular na agenda midiática do período estudado. Os recortes foram guardados em pastas separadas por categorias (anotadas as datas de publicação) para facilitar o trabalho posterior de análise do conteúdo. A maioria dos pesquisadores elaborou uma agenda de trabalho e fez diariamente a identificação/recorte/decupagem das matérias, seguida da mensuração do espaço ocupado por categorias comunicacionais, para, imediatamente, passar à análise do conteúdo. Mas alguns preferiram separar as duas tarefas, efetuando a identificação/recorte/decupagem num momento e a análise de conteúdo ao final da semana, quinzena ou mês. A análise das imagens carnavalescas foi feita metodologicamente a partir da morfologia e dos eixos-temáticos construídos no estudo sobre as imagens natalinas (Marques de Melo, A identidade cultural brasileira etc, 1996). 7 Infelizmente alguns pesquisadores que trabalham com a amostra da imprensa estrangeira não puderam seguir rigorosamente esta diretriz, limitando-se a analisar as unidades informativas disponíveis, muitas delas selecionadas por colaboradores situados nos respectivos países, os quais se limitaram a recortar as matérias e enviá-las à equipe central, sediada em São Paulo

13 Preliminarmente, os pesquisadores elaboraram fichas-resumo para cada matéria selecionada, apreendendo o conteúdo das mensagens e descrevendo sumariamente as imagens carnavalescas. Depois, agregaram os dados da análise temática no verso da mesma ficha ou construindo quadros comparativos, de acordo com o volume e a complexidade do material pesquisado. Trabalhamos, assim, com três níveis de conteúdo: eixos temáticos, estratégias comunicacionais e referente culturais. Eixos temáticos a) tradição/inovação: a1. celebração (ritos e motivações); a2. simbologia (cenários e personagens); a3. natureza da festa (estruturas e elementos) b) espaço/tempo: b1. territorialidade (global, nacional, regional, local); b2. Temporalidade (passado, presente, futuro) c) público/privado: c1. ambientação (locais, funções, limites, figurações); c2. atores sociais (instituições, classes, comunidades, pessoas) Estratégias comunicacionais a) informação/persuasão: a1. noticiário (relatos, intenções, argumentos); a2. anúncios (produtos, patrocinadores, público-alvo) b) texto / ilustração: b1. codificação (linguagem, retórica); b2. evidenciação (natureza dos recursos usados: fotos, gráficos, caricaturas etc)

14 Referentes culturais a) natureza da celebração carnavalesca do ano 2000 (descrição construída a partir das observações e conclusões do próprio pesquisador); b) significação comunitária do carnaval (análise dos usos sociais, políticos, econômicos da festa carnavalesca no interior da comunidade em que está inserido o pesquisador); c) o lugar do Brasil no imaginário carnavalesco (análise especial destinada aos pesquisadores situados em outros países, mas também aberta à participação dos outros pesquisadores hoje localizados em território brasileiro, mas que vivenciaram carnavais fora do país; nesse caso, deve-se precisar o tempo e o espaço das experiências reconstruídas). 4. Evidências denotadas na imprensa nacional A pesquisa Imagens midiáticas do Carnaval Brasileiro: a celebração popular dos 500 anos do Brasil, no que diz respeito à imprensa nacional, contou com a participação de 40 pesquisadores brasileiros, que analisaram 38 jornais do país (TABELA 1), incluindo quase todos os Estados brasileiros, num total de TABELA 1 JORNAIS BRASILEIROS, POR REGIÃO 8 A República Federativa do Brasil contava no período de realização da pesquisa com 27 Estados. Ficaram ausentes pequenos Estados onde não existem ainda atividades acadêmicas no campo da Comunicação, tornando-se inviável a adesão de pesquisadores universitários como ocorreu na grande maioria das unidades federativas.

15 REGIÃO JORNAIS % (Amostra) Nordeste Sudeste Centro-Oeste Sul Norte Total Em termos quantitativos, a primeira observação a ser feita é que o tema carnaval é prioridade, no período estudado, para os diários analisados. Sem exceção, todos os jornais brasileiros noticiaram as comemorações do Período Momesco 9, seja com ênfase no local, no regional ou no nacional. Em alguns casos, a exemplo do Diário do Nordeste (Ceará), Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), O Globo (Rio de Janeiro) e Folha de S. Paulo (São Paulo), foi criado um caderno especial para tratar especificamente do carnaval 2000, tendência não seguida por diários como a Gazeta de Sergipe (Sergipe). Somando-se duas semanas de coleta de material, detecta-se que o carnaval configura-se como assunto importante na pauta das redações dos veículos que compõem a pesquisa. O espaço ocupado pelo tema, entre jornalismo e publicidade, gira em torno de 20%, chegando, em alguns casos, a superar esse percentual. Para se ter uma idéia, o O Estado de S. Paulo (São Paulo) 9 Momesco, na linguagem popular brasileira, é expressão adjetiva consagrada a Momo (pequena farsa popular) ou ao Carnaval. É sinônimo de carnavalesco. HOLANDA, Aurélio Buarque - Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1975, p. 945.

16 apresenta 341 registros sobre o assunto, sendo 240 jornalísticos (70.38%) e 101 publicitários (29.62%). Nesse contexto, não se pode esquecer, como afirma ERBOLATO (1991, p. 157), que os jornalistas costumam trabalhar com uma agenda de acontecimentos, incluindo-se aí as datas comemorativas de todo o ano, como o Dia das Mães, Dia da Pátria, Dia dos Namorados, Natal e, é claro, o Carnaval. Sendo assim, pautar esse assunto em um país que oficializou os dias de folia carnavalesca constitui procedimento usual nas redações de qualquer veículo de comunicação de massa. Dessa forma, surpresa seria encontrar um jornal que ignorasse totalmente as comemorações desse período. Sobre as categorias comunicacionais, o jornalismo sobressai-se em todos os diários analisados, ocupando um espaço maior do que àquele dedicado à publicidade. No caso da Folha do Paraná (Paraná), o jornalismo chega a ocupar 90%, contra 10% de publicidade referente ao carnaval. A tendência é a mesma na Gazeta de Alagoas (Alagoas) - 92% de jornalismo, 8% de publicidade, além do Jornal de Tocantins (Tocantins) 99% de jornalismo e 1% de publicidade. No entanto, é possível verificar que embora esteja oficializado como feriado em todo o país, o carnaval representa uma oportunidade de vendas e negócios. Concessionárias, supermercados, hotéis e até laboratórios farmacêuticos procuram vincular seus produtos a tudo aquilo que, normalmente, lembra carnaval: folia, diversão, alegria e muito mais. Para isso, os anúncios costumam utilizar os símbolos da época: passistas de samba, pandeiros, tamborins, confetes, serpentinas, entre outros.

17 Especialmente nos Estados onde a folia carnavalesca é mais intensa, como Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e, mais recentemente, São Paulo, os anúncios publicitários são, em grande parte, dedicados ao turismo. Trata-se de propaganda de hotéis, pacotes de viagens, praias etc. Aliado a isto, encontra-se a publicidade institucional, veiculada pelo governo do Estado, prefeituras e órgãos de incentivo ao turismo. Ainda no que diz respeito aos anúncios institucionais, também são destaque aqueles que se referem ao uso de camisinha nos dias de carnaval, ligados a campanhas de prevenção à AIDS. As campanhas se justificam numa época considerada de excessos, [...] uma onda irresistível que nos domina, controla e, melhor ainda, seduz inapelavelmente (DaMatta, 1997, p. 73). Após a discussão de itens estabelecidos como prioritários na análise da cobertura carnavalesca pelos jornais nacionais, procura-se responder algumas das questões que nortearam a pesquisa. Sobre os eixos temáticos, há uma predominância da tradição, que aparece na cobertura de matérias sobre os enfoques tradicionais do carnaval: desfiles das escolas de samba, comemorações nas ruas, movimento do comércio local no tocante aos produtos carnavalescos, entre outros. Genericamente, os jornais parecem orientados pela mesma pauta, oferecendo uma cobertura semelhante no que diz respeito aos temas. A celebração é apresentada de forma a conferir ao carnaval, propositadamente, uma dimensão espetacular. É clara a tendência à espetacularização exercida pelos jornais nas mensagens carnavalescas. De fato, o Brasil parece parar. Há uma apatia nas editorias de política e economia, o noticiário volta-se à maior festa popular do país. O lugar desse espetáculo é, normalmente a rua,

18 o espaço público, onde são destacados as celebridades e os famosos, que exibem um carnaval esteticamente bonito, sem espaço para os problemas sociais, políticos e econômicos do país. Procura-se dar uma idéia de unidade no espaço público (mais significativo que o privado), onde as várias classes e raças se unem para curtir a grande festa popular brasileira. Ainda assim, as separações ou distinções aparecem de forma clara, quando artistas, cantores, políticos e famosos são noticiados em lugares privilegiados, como os camarotes, os trios elétricos, os carros alegóricos. Há pouco destaque para as minorias, que ganham pequenos espaços em raríssimos títulos, a exemplo desses retirados do jornal A Crítica (Amazonas): Idosos caem no ritmo do carnaval e Idosos caem na folia ao som de antigas marchinhas. As singularidades de cada região são retratadas pelos veículos, os quais priorizam as notícias locais, mas nunca deixam de noticiar aquele considerado o modelo do carnaval brasileiro, a festa do Rio de Janeiro, numa perspectiva nacional. Algumas publicações também dão destaque a Salvador, São Paulo, Olinda e Recife, mas nada comparável à cobertura em torno dos desfiles da Marquês de Sapucaí, abrilhantado pela presença de estrelas como Joana Prado (Feiticeira) e Thiago Lacerda (ator da novela global Terra Nostra). Nesse contexto, importa o presente. As notícias dão conta do aqui e agora, enquanto o passado assume uma tendência saudosista e o futuro praticamente inexiste. Além dos famosos, os quais aparecem como os principais personagens da festa, há outros atores sociais e instituições que merecem destaque, a exemplo dos poderes públicos municipais e estaduais, Secretarias de Cultura, Polícias Militar, Civil e Rodoviária, além das entidades e agremiações ligadas diretamente ao carnaval: agremiações, direção de escolas de samba etc.

19 As estratégias comunicacionais, quanto à parte noticiosa, centralizam-se no jornalismo informativo, enquanto os anúncios publicitários utilizam as estratégias persuasivas. Em geral, os textos das notícias procuram seguir os pressupostos básicos do jornalismo (objetividade, clareza, concisão [...]), embora acompanhados de títulos que reforcem a espetacularização do carnaval. A utilização de ilustrações, especialmente de fotos, é freqüentemente acatada pelos veículos. Os referentes culturais prevalecentes no carnaval dos Estados brasileiros revelam, na maioria das vezes, a falta de uma identidade própria, com adoção dos padrões cariocas e soteropolitanos 10. Os jornais atestam o que grande parte dos brasileiros tem presenciado ultimamente. Os Estados estão seguindo as grandes duas tendências do carnaval brasileiro: os trios elétricos de Salvador (também presentes nos sacudidos carnavais fora de época) e as escolas de samba do Rio de Janeiro (imitadas de Norte a Sul do país). Com algumas exceções e priorizando determinados assuntos e enfoques, pode-se dizer que os jornais analisados procuram, de certa forma, retratar com fidelidade os acontecimentos do período carnavalesco, que, por si só, já encobre determinados problemas do dia-a-dia da população. Buscam as orientações do jornalismo praticado pela grande imprensa, que prima pela veracidade das informações. A notícia, nesse contexto, deve ser recente, se possível inédita, cobrindo o aqui e o agora. 10 Expressão vigente no Estado da Bahia para designar os habitantes da capital estadual, a cidade de Salvador.

20 Divulgado como o carnaval dos 500 anos do Descobrimento do Brasil, a festa seguiu essa tendência impulsionada, principalmente, pela exigência feita às escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo na utilização dessa temática em seus desfiles. O que podia se configurar como um período para publicação de matérias reflexivas e de retrospectiva histórica desses 500 anos, acabou privilegiando o presente, o relato da festa em si, com dimensão espetacular, onde a regra é praticar sistematicamente todos os excessos (DaMatta, 1997, p. 73). 5. Evidências conotadas pela imprensa estrangeira É possível dizer-se que a palavra Carnaval suscita para os brasileiros uma série de situações que giram em torno de palavras como: folia, dança, samba, bebida, sexo, calor, alegria e aventura. De norte a sul do país aceita-se unanimemente que o Carnaval é um momento de intercalação das atividades habituais, de mudança total de atitudes, de uma pausa, enfim, na monotonia diária, sendo que, após este período, a vida retomará o seu rumo normal como se nada de excepcional tivesse acontecido. Ao contrário de outras festas populares, o Carnaval permite a participação de todos, ricos e pobres, jovens e velhos, até de membros de minorias sociais. Por essa razão, é facilmente compreensível que a visão pelos meios de comunicação social do país seja a de uma aceitação do fato em si, de uma eventual crítica a abusos ou excessos mas, em momento algum, o Carnaval deixará de ser notícia, especialmente nos dias que antecedem o evento e no período de sua duração.

21 A mesma coisa não se pode dizer dos países estrangeiros em geral, embora cada um tenha uma visão particularizante quanto ao Carnaval. Apesar de se notar nos últimos anos uma atenção e dedicação crescentes com referência ao Carnaval em países norte-europeus, Japão e Estados Unidos, a cobertura do fenômeno pela mídia fica muito a dever em relação àquilo que se observa no Brasil. A época em que ocorre o Carnaval (fevereiro/março) não costuma ser muito rica em acontecimentos políticos e sociais nos países hegemônicos. Quase todos situados em regiões de clima temperado ou continental, seus habitantes lutam contra um inverno mais ou menos rigoroso. Suas próprias manifestações carnavalescas, quando as há, são acalentadas por marchinhas de um ou mais séculos de idade e as fantasias preferidas são roupas de palhaço ou peles de urso, muito apropriadas para o frio que costuma reinar na época. Por isso mesmo, chama a atenção um tipo de festival em plenas terras tropicais, com pessoas sumariamente vestidas, dançando ao ruflar de imensos tambores. A alegria visível em todos os semblantes contrasta com as informações de cunho político-econômico que os estrangeiros costumam receber a partir do Brasil. Pode-se dizer, em termos gerais, que as notícias veiculadas pelos jornais estrangeiros analisados refletem, geralmente, o tipo de informações que normalmente são apresentadas ao público for a do Brasil. Desta forma, muitas dessas notícias são de cunho estereotipado e preconceituoso e isso se deve, a nosso ver, em grande parte à ação das agências noticiosas internacionais ou, então, aos correspondentes internacionais sediados no Brasil. Há ainda outros casos, como os da França e da Itália, em que existe um interesse em prestigiar os seus próprios festejos carnavalescos. Por esta

22 razão, nem todas as matérias analisadas sobre o Carnaval Ano 2000, que apareceram em jornais estrangeiros, refletem aquilo que os brasileiros gostariam de ver publicado. Para uma melhor análise e comentários, dividimos as Imagens Midiáticas do Carnaval brasileiro Ano 2000 visão estrangeira - em três partes. A primeira abrange a Europa Ocidental, com os países Bélgica, Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Itália e Portugal. A segunda trata dos Estados Unidos e a terceira da América Latina, englobando os seguintes países: Argentina, Bolívia, Chile, México, Uruguai e Venezuela. O total de jornais pesquisados foi de 49, sendo 21 da Europa Ocidental, 9 dos EUA e 19 da América Latina. Participaram, ao todo 30 pesquisadores a quem somos muito gratos. Dos 49 jornais em questão 8 não apresentaram notícia alguma a respeito do Carnaval brasileiro, fato que em si já nos apresenta alguma informação, isto é, estes jornais acharam que não valia a pena noticiar algo sobre a nossa maior festa popular. Com exceção dos países da América Latina, onde muitas das notícias demonstram entusiasmo pelas festividades do país irmão (só um desses jornais deixou de mencionar o Carnaval brasileiro), os outros países consultados primaram pela brevidade e, em alguns casos, ressaltando aspectos negativos ou não airosos. Em nenhum jornal estrangeiro houve inclusão de matérias de cunho publicitário, assim como geralmente ocorreu nos periódicos nacionais.

23 Em geral, países de maioria não-católica, como a Holanda, Inglaterra e Estados Unidos, fizeram menos e menores referências ao Carnaval, o que era de se esperar, já que esta festa faz parte dos festejos de origem católica, não obstante a tradicional reserva por parte da Igreja. A maior parte dos jornais estrangeiros representa órgãos de prestígio nacional havendo, porém, alguns casos de análise restrita a periódicos locais ou regionais. Essa subdivisão será melhor apresentada ao tratarmos do assunto, individualmente por países. Acreditamos, porém, que estes periódicos, no seu conjunto, representem o imaginário sobre o carnaval do Brasil. E isto quer dizer, a publicação de notícias sem o contexto que representam. As notícias que falam, por exemplo, de um número maior de mortes ocorridas durante o período do carnavaldo que o ano anterior, não levam em consideração nem o aumento da população de um ano para o outro nem o número de habitantes das megalópolis brasileiras. Só as cidades tipo São Paulo ou Rio de Janeiro têm uma população igual ou superior a países como Bélgica, Holanda ou Portugal. Não houve também nenhuma matéria que tratasse sobre campanhas de saúde como a prevenção de Aids. Salvo alguns correspondentes especiais enviados para cobrir o Carnaval 2000, a maioria dos jornais estrangeiros utilizaram-se dos boletins das agências noticiosas internacionais, americanas ou européias. E o carnaval ainda fica como sinônimo de sensacionalismo. Temos, ao todo, 25 jornais de circulação nacional e 27 de circulação regional. Como há outras possibilidades de interpretação, especialmente, em se falando dos Estados Unidos (onde mesmo os jornais regionais têm tiragens altas) e a Bolívia (onde acontece o oposto). Desta maneira, na prática, as duas categorias se equivalem.

24 O que mais importa, entretanto, é a opinião generalizante que os diversos blocos de países apresentam e, neste caso, mais uma vez, destacamos os Estados Unidos que, embora sendo um país só, pelo seu tamanho geográfico e populacional, além de sua imprensa volumosa, equivale, sozinho, a um bloco. Não existe uma fórmula perfeita de se fazer uma análise condigna de conteúdo mas procuramos fazer as observações de modo mais cuidadoso possível. Um dos empecilhos, por exemplo, é a religião predominante em determinados países. O Carnaval não deixa de ser uma celebração que tem por origem moderna o preparo dos praticantes do catolicismo para a Quaresma. Assim, os católicos preparavam-se espiritualmente durante os quarenta dias que antecedem a maior celebração de sua religião: a Páscoa. A maneira visível era abster-se de álcool e de carne durante este período que se inicia com a Quarta-feira de Cinzas, dia geral de penitência e de perdão. Daí a festejada Terça-feira Gorda (Mardi Gras) ou, então, o Carnevale (Viva a Carne) de origem, respectivamente francesa e italiana. Nos países de predomínio protestante, como os aqui analisados Holanda, Inglaterra e Estados Unidos, tendem a considerar o Carnaval como o avesso de tudo o que podem recomendar os bons costumes. Este aspecto será ainda avaliados quando tratarmos especificamente destes lugares. A seguir, vejamos comparativamente as imagens midiáticas do Carnaval Brasileiro do ano 200 nos jornais da América do Norte.

25 ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Os Estados Unidos possuem seu próprio Carnaval mas este é restrito à cidade de New Orleans, Louisiana, local que já pertenceu à antiga colônia francesa, a Nova França. Por isso mesmo se mantém aí a denominação Mardi Gras, atualmente festejado com os alegres tons do Dixieland Jazz. A tendência geral nos Estados Unidos é de puritanismo e, assim, espera-se ver o Carnaval, sobretudo o brasileiro, como sinônimo de pecado e má conduta. No entanto, as notícias apresentadas para esta pesquisa mostram o contrário: apenas uma das matérias fala de assassinato. Trata-se de um cidadão norte-americano de Chicago que foi morto em um assalto durante o Carnaval no Recife. (Chicago man working in Brazil killed.) THE NEW YORK TIMES, um dos jornais mais importantes do mundo, dá uma matéria de página inteira com o título: Carnival is a good idea for all of us (Carnaval é uma boa idéia para todos nós). As coisas devem estar mudando na terra do Uncle Sam. A pesquisa nos Estados Unidos foi feita pela Profa. Dra. MONICA RECTOR, presentemente professora da Universidade da Carolina do Norte. Ela é co-autora de um importante estudo sobre o Carnaval, publicado sob organização de Umberto Eco, chamado El codigo y el mensage del carnaval: escolas-de-samba 11. A autora ressalta ainda que foram publicas mais quatro matérias sobre o carnaval brasileiro, porém fora do âmbito temporal da pesquisa. São elas: 11 "The Code and Message of Carnival: Escolas-de-Samba", in Carnival!, Thomas A. Sebeok (editor). Berlin, New York, Amsterdam: Mouton, 1984:37-165; Tradução japonesa: Tokyo: Iwanami Shoten Publishers, 1987; Tradução espanhola: Mexico: Fondo de Cultura Econmica, 1989.

26 Los Angeles Times (13 de março) Miami Herald (17 de fevereiro) Chicago Tribune (14 de fevereiro) New York Times (26 de fevereiro) Como se pode notar, quase todos jornais de grande prestígio nacional registraram o maior evento folk-midiático do Brasil. O levantamento regular, dentro do espaço temporal previsto, foi a partir dos seguintes jornais: ATLANTA JOURNAL-CONSTITUTION (Atlanta, Georgia) L.A. TIMES (Los Angeles, California) MIAMI HERALD (Miami, Florida) CHICAGO TRIBUNE (Chicago, Illinois) BOSTON GLOBE (Boston, Massachussets) NEW YORK TIMES (New York, N.Y.) DENVER POST (Denver, Colorado) WASHINGTON POST (Washington DC) NEWS AND OBSERVER (Releigh, North Carolina) Alguns dos jornais citados estão entre os mais prestigiosos do país, como L.A.TIMES, CHICAGO TRIBUNE, NEW YORK TIMES e WASHINGTON POST. Os outros são de grande importância regional.

27 Vejamos as registros carnavalesco feitos separadamente nesses jornais: ATLANTA JOURNAL-CONSTITUTION Nenhuma ocorrência. L.A. TIMES Nenhuma ocorrência durante o período prescrito, mas houve publicação de uma matéria no dia 13 de março. MIAMI HERALD Nenhuma ocorrência durante o período indicado para a pesquisa, mas houve uma no dia 17 de fevereiro. CHICAGO TRIBUNE Houve uma matéria publicada no dia de 302 palavras com o título Chicago man working in Brazil killed (Homem de Chicago trabalhando no Brasil, morto). Trata-se de um estudante de medicina que terminara sua residência num hospital brasileiro e decidira passar o Carnaval no Recife. Ao dirigir seu carro com mais dois amigos foi morto por assaltantes que conseguiram fugir. Registrou-se outra notícia, fora do tempo prescrito, no dia 14 de fevereiro. BOSTON GLOBE Uma notícia no dia de 589 palavras. O título: Feathers, flash, end flesh: Rio pulsates to carnival (Plumas, flash e carne: Rio se agita para o Carnaval). Há uma descrição de turistas entusiasmados com as mulheres semi ou inteiramente nuas. A seguir, um relato de como funciona um desfile de escolas e, ao término, informações sobre os turistas estrangeiros que invadiram o Rio de Janeiro e os policiais que cuidaram da segurança.

28 NEW YORK TIMES Com uma ocorrência de 1799 palavras, no dia A matéria ocupa toda uma página e tem títulos como Spring Music / Carnival (Música da primavera / Carnaval), Carnival is a good idea for all of us (Carnaval é uma boa idéia para todos nós), Taking the music to the street (Levando a música para a rua). Carnaval é uma boa idéia é uma explicação genérica do Carnaval, inclusive o de New Orleans. Levando a másica para a rua é uma extensa reportagem sobre o Carnaval de Salvador, com seus trios-elétricos e escolas locais. A euforia carnavalesca reverbera até no modo de se escrever a respeito. O mesmo jornal ainda apresenta outra matéria for a do tempo previsto (25 de fevereiro e que, por isso, não será aqui analisada. DENVER POST também apresenta uma notícia no dia 27 de fevereiro. São 1547 palavras no caderno de Turismo. Chama-se Salvador s carnival reverberates with music, dance, revelry (O Carnaval de Salvador reverbera com música, dança e folia. Como o título já indica, trata-se do Carnaval de Salvador e há uma vívida descrição do carnaval-de-rua. Há fotos com a banda feminina, o Elevador Lacerda e um trio elétrico seguido por uma multidão de foliões. THE WASHINGTON POST apresenta uma matéria dupla: Rio poor s day in the sun e Once a year, sporlight shines on Rio s poor. (O dia dos pobres do Rio no sol e Uma vez ao ano os refletores focalizam os pobres do Rio). Esta notícia trata do longo e custoso preparo de carros alegóricos e fantasias por parte da população pobre do Rio de Janeiro. A matéria tem 1073 palavras e foi publicada no dia

29 NEWS AND OBSERVER publica apenas um texto-legenda mostrando um cidadão preparando um carro alegórico com o título Getting ready for the party (Aprontando-se para a festa). Data: Categorias comunicacionais: Jornalismo 06 Publicidade 00 Eixos temáticos a)tradição 03 inovação 03 celebração: ritos 04 motivações 02 simbologia: cenários 05 personagens 01 natureza da festa: estruturas 05 elementos 01 b)espaço/tempo Territorialidade: Global 00 Nacional 01 Regional 03 Local 02 Temporalidade: Passado 00 Presente 05 Futuro 00 Público 05 Privado 01 Ambientação: Locais 01 Funções 02 Limites 01 Figurações 02 Atores sociais: Instituições 03 Classes 01 Comunidades 01 Pessoas 01 Estratégias comunicacionais: a)informação 06 Persuasão 00 Noticiário: relatos 06 intenções 00 argumentos 00

30 Anúncios: produtos 00 patrocinadores 00 público-alvo 00 b)texto 06 Ilustração 05 codificação: Linguagem 06 Retórica 00 evidenciação: fotos 05 gráficos 00 caricaturas 00 outros 01. Tendências Algo muito positivo é a matéria do New York Times (um dos maiores jornais dos Estados Unidos). Há uma matéria introdutória Carnival is a good idea for all of us (Carnaval é uma boa idéia para todos nós) em que se dá um histórico do carnaval em si e em particular sobre o dos Estados Unidos, ressaltando a influência católica e afro. Em seguida, o jornal dá uma matéria Taking the music to the street (Levando a música para a rua) em que trata especificamente sobre o carnaval com seus trio-elétricos de Salvador. Lembra, também, a grande influência afro na Bahia com muitos detalhes. Outro jornal que dá muito destaque ao carnaval brasileiro em particular, o de Salvador é The Denver Post. Que, além de descrever detalhadamente os festejos de Salvador, apresenta um mapa e dá indicações detalhadas de como chegar lá. Outro jornal de grande prestígio nacional norte-americano, o Washington Post, fala da sina dos pobres do Brasil e de como eles têm uma e grande alegria annual para a qual não medem sacrifícios financeiros.

31 Apesar da frieza de um país notoriamente protestante e puritano, os jornais norte-americanos estão, pouco a pouco, dando maior importância àquilo que se passa na América Latina em geral e no Brasil em particular. Em tempo: Não se engane o leitor brasileiro assinantes de revistas estadunidenses como Times e Newsweek pois estas mantêm edições especiais para a América Latina (assim como o fazem para a Europa e a Ásia). Para se saber o que estes órgão realmente publicam sobre nós é preciso obter-se a edição nacional americana. Em todo caso, a vantagem de uma pesquisa como Imagens midiáticas do Carnaval Brasileiro visão Estrangeira está no fato de se poder verificar com maior acuidade o que os jornais dos países analisados realmente publicam sobre uma faceta da cultura brasileira. E é por isso que podemos concluir que um público essencialmente preocupado por notícias locais, regionais e nacionais e que raramente é conforntado com eventos internacionais (com exceção de guerras e cataclismas) recebeu até material considerável sobre o nosso carnaval. Além disso, nota-se bem menos ênfase nos aspectos negativos geralmente atribuídos a um país como o Brasil do que se pode notar em alguns países europeus. MEXICO A pesquisadora Myriam Vilhena de Moraes estudou dois jornais diários da Cidade do Mexico: o tradicional diário El Universal e o recente jornal La Jornada, que nasceu alternativa à imprensa oficialista, ainda durante o regime liderado pelo PRI - Partido Revolucionário Institucional..

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