SOCIOLINGUISTICA: UMA ANÁLISE SOBRE TRÊS FENÔMENOS LINGUÍSTICOS PRESENTES NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

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1 SOCIOLINGUISTICA: UMA ANÁLISE SOBRE TRÊS FENÔMENOS LINGUÍSTICOS PRESENTES NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Evelim Mendes dos Santos (UEPA) 1 evelim_mds@ymail.com Francisca Magnólia de Oliveira Rego 2 Magnólia.rego@unama.com Jayna Karolyne de Souza Santos (UEPA) 3 jaynakaroyne@gmail.com Liliane Milene de Sousa Souza (UEPA) 4 lilisouzalp@gmail.com Nayse de Melo Lobato (UEPA) 5 nayze_dymello15@hotmail.com Renata Kelly de Sousa de Almeida (UEPA) 6 Renataalmeida37@hotmail.com RES UMO: O presente artigo tem como objetivo entender três fenômenos linguísticos: a redução do /ei/ em /e/, a redução do /e/ e /o/ átonos pretônicos e a contração das proparoxítonas em paroxítonas e, como objetivo específico, analisar a ocorrência dos três fenômenos em textos orais e escritos. Para isso, tomamos por base as reflexões de importantes estudiosos da área, tais como: Bagno (2005), Bechara (2009), Câmara Júnior (1988), entre outros. Vivenciamos uma pesquisa qualitativa, na qual os fenômenos foram verificados por meio de poema, música e transcrição fonética. Tendo analisado e registrado os dados concluímos que alcançamos os objetivos pretendidos, pois, após a análise, conseguimos uma 1 Graduanda do curso de Letras Língua Portuguesa da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), e bolsista do Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq). 2 Especialista em Língua Portuguesa e Análise Literária pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) e mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Docente substituta da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e da Universidade da Amazônia (UNAMA). 3 Graduanda do curso de Letras Língua Portuguesa da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), monitora do Departamento de Língua e Literatura (DLLT) e bolsista voluntária do Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq). 4 Graduanda do curso de Letras Língua Portuguesa da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE). 5 Graduanda do curso de Letras Língua Portuguesa da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE). 6 Graduanda do curso de Letras Língua Portuguesa da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE). Web-Revista SOCIODIALETO NUPES DD / LALIMU, v. 6, nº 18, mai./

2 melhor aprendizagem no que se refere à língua oral, haja vista que ela é, geralmente, utilizada como instrumento de preconceito linguístico por camadas privilegiadas socialmente. PALAVRAS-CHAVE: Análise; Fenômenos linguísticos; Variação. ABSTRACT: This article aims to understand three linguistic phenomena: the reduction of / i / in / e /, reduction of / e / and / o / pretônicos unstressed and contraction of proparoxítonas in paroxitone and as a specific objective, analyze the occurrence of the three phenomena in oral and written texts. For this, we build on the reflections of important scholars in the field such as: Bagno (2005), Bechara (2009), Junior Chamber (1988), among others. We experienced a qualitative research, in which the phenomena were verified by means of poem, music and phonetic transcription. Having analyzed and recorded the data concluded that achieve the intended goals because, after analysis, we got a better learning when it comes to oral language, given that it is generally used as linguistic discrimination instrument by privileged layers socially. KEYWORDS: Analysis; linguistic phenomena; Variation. 1 Introdução A Sociolinguística é uma área que estuda a língua em seu uso real e leva em consideração as relações entre a estrutura linguística e os aspectos sociais e culturais da produção linguística, por isso constitui-se como uma poderosa ferramenta para romper o preconceito linguístico. Assim sendo, a Sociolinguística fornece (...) informações detalhadas acerca da variante produzida pelas pessoas mais escolarizadas, sobre as variantes que deixaram de ser estigmatizadas, e das mudanças já implementadas na fala (CEZARIO e VOTRE, 2015, p. 152), contribuindo para o entendimento de que a língua muda e varia com o tempo e de que, sobre as variedades regionais, não se deve lançar preconceitos, mas sim compreender que tudo na língua possui explicação. Escolhemos três fenômenos linguísticos abordados na obra de Bagno (2005) - A língua de Eulália - como objeto de análise do presente artigo, a fim de trazer à tona uma reflexão sobre as diferenças entre a língua escrita e falada. Como metodologia, desenvolvemos uma pesquisa de natureza qualitativa, pois este modelo investigativo proporciona a vivência de uma mistura de procedimentos de cunho racional e intuitivo capazes de contribuir para maior compreensão dos fenômenos (NEVES, 1996, p. 02). Os fenômenos foram verificados por meio de poema, música e transcrição fonética. Web-Revista SOCIODIALETO NUPES DD / LALIMU, v. 6, nº 18, mai./

3 Temos como objetivo geral entender três fenômenos linguísticos: a redução do /ei/ em /e/, a redução do /e/ e /o/ átonos pretônicos e a contração das proparoxítonas em paroxítonas e, como objetivo específico, analisar a ocorrência dos três fenômenos em textos orais e escritos. Este artigo está dividido em dois momentos, no primeiro trataremos da discussão teórica sobre a temática a fim de fundamentar as nossas análises, para isso tomamos por base as reflexões de importantes estudiosos da área, tais como: Bagno (2005), Bechara (2009), Câmara Júnior (1988), entre outros. No segundo, analisaremos os dados e faremos algumas considerações sobre o que foi observado nessa pesquisa. 2 Redução do /ei/ em /e/ O primeiro fenômeno que nos propusemos a analisar foi o da redução do ditongo /ei/ em /e/. No entanto, antes de explicarmos suas conceituações, optamos por definir o vocábulo ditongo. Os gramáticos, como Bechara (2009), concebem o ditongo como sendo a combinação de uma vogal e uma semivogal na mesma sílaba, conforme ocorre nas palavras peixe, caixa e trouxa. O ditongo pode ser crescente ou decrescente: no ditongo decrescente a vogal vem em primeiro plano, como podemos ver nas palavras couve, eixo e baixo, enquanto no ditongo crescente, a semivogal antecede a vogal, como em série, pátria e quarto. A partir da definição de ditongo, podemos entender, com base em Bagno (2005), que a redução do ditongo deve-se ao fato do ditongo /ei/ ter sofrido o fenômeno da monotongação -quando dois sons se transformam num só. Porém, diferentemente da redução do ditongo /ou/ que é pronunciado /o/ na maioria das vezes, o ditongo /ei/ se transforma em /e/ em algumas situações, como é possível observar nas palavras beijo [bêjo], cheiro [chêro], deixa [dêxa]. Web-Revista SOCIODIALETO NUPES DD / LALIMU, v. 6, nº 18, mai./

4 Tal ocorrência explica-se pelo fato de a monotongação realizar-se com mais frequência nas palavras em que o ditongo /ei/ antecede as consoantes /j/, /x/ e /r/ devido a uma força ativa na língua, denominada assimilação. Esta força, quando se depara com dois sons que se assemelham, tende a fazer o possível para que eles se fundam num único som, como no ditongo /ei/, no qual ela se aproveita do caráter palatal da semivogal /i/e das consoantes /j/e /x/para torná-las um único som, logo, o que acontece não é exatamente a redução de /ei/ em /e/, mas a redução de /ij/ e /ix/ em /j/ e /x/. A letra /r/ não é um som palatal da mesma qualidade de /j/ e /x/, porém, é produzida na parte mais avançada do céu da boca, chamada de anterior, em que há um ponto de articulação em comum com a semivogal /i/ e, por isso, sofre os efeitos da assimilação, transformando-se num único som. 3 Redução do /e/ e /o/ átonos pretônicos O segundo fenômeno que procuramos analisar é o da redução do /e/ e /o/ átonos pretônicos, no entanto, primeiramente faz-se necessário compreender o que os vocábulos átono e pretônico querem expressar. Sabemos que as palavras possuem uma sílaba tônica, aquela que soa mais forte na fala e que, às vezes, é acentuada na escrita. Assim sendo, as sílabas que não possuem tonicidade são denominadas átonas, e podem ser pretônicas ou postônicas. Bechara (2009) explica que o fenômeno da redução do /e/ e /o/ átonos pretônicos encaixa-se no estudo da ortoépia ou ortoepia -ramo da gramática que aborda a correta pronúncia dos fonemas- e que sua ocorrência se dá em virtude dos fonemas /e/, /i/, /ẽ/, /ĩ/, /o/, /u/, /õ/ e /ũ/ serem oscilantes, reduzindo-se a pretônicos em vários vocábulos. O autor aponta ainda que as possíveis causas do fenômeno são fatores culturais, sociais e econômicos nos quais o indivíduo falante está inserido. Web-Revista SOCIODIALETO NUPES DD / LALIMU, v. 6, nº 18, mai./

5 Para Câmara Júnior (1988), na fonologia brasileira /e/ e /o/ são reduzidos para /i/ e /u/ em certas posições átonas, em alguns casos é possível realizar um /e/ ou um /o/, respectivamente. Desta forma, existe uma ambiguidade que oscila entre duas pautas vocálicas. Passear e voar exercem, por exemplo, uma posição átona em hiato, em que não há /e/ e /o/ reduzido. Assim sendo, há uma oscilação entre duas enunciações possíveis: /i/ e /u/, no uso informal da fala ou /e/ e /o/ no uso formal da fala, tal fato ocorre devido a associação com a grafia das palavras passeio e voo. De acordo com o linguista Bagno (2005), o fenômeno da redução do /e/ e /o/ átonos ocorre devido à presença de um /i/ ou /u/ na sílaba tônica, fazendo com que as vogais escritas /e/ e /o/ se reduzam e sejam pronunciadas como /i/ e /u/, caracterizando o fenômeno da harmonização vocálica. As vogais /i/ e /u/ são as mais altas e fechadas, se comparadas às outras e, quando uma delas está presente na sílaba tônica, tende a puxar para cima as vogais pretônicas, provocando o fechamento dessas vogais e a formação de um som único. Além de ocorrer a redução do /e/ e /o/átonos pretônicos quando há um /i/ ou /u/ na sílaba tônica, Bagno (2005) afirma que há outro grupo de palavras que tem um átono pretônico pronunciado /u/, sem que exista a presença de um /i/ ou /u/ formando a sílaba tônica. São as palavras em que o /o/ átono pretônico vem precedido das consoantes bilabiais, /b/ e /m/, pois para pronunciar estas consoantes, os lábios precisam fazer um fechamento muito grande, seguido de uma breve abertura, e para pronunciar posteriormente o /o/, os lábios precisam fazer um arredondamento muito grande. 4 Contração das proparoxítonas em paroxítonas O terceiro e último fenômeno que procuramos analisar é o da contração das proparoxítonas em paroxítonas. Segundo Bechara (2009), proparoxítonas são palavras cuja sílaba tônica encontra-se na terceira sílaba, da direita para a esquerda, todas as Web-Revista SOCIODIALETO NUPES DD / LALIMU, v. 6, nº 18, mai./

6 palavras são acentuadas, sem exceção, e nas paroxítonas a tonicidade está na penúltima sílaba. Com base em Bagno (2005), ressaltamos que é comum o falante da língua portuguesa fazer uso de palavras paroxítonas, haja vista que é uma tendência natural da nossa língua. Isto pode ser ilustrado por meio da palavra música que, ao ser lida sem o acento gráfico, será pronunciada musica, evidenciando-se a sílaba si, pois quando se usa o acento gráfico em música, ao contrário da primeira, já não corresponde a uma tendência natural da fala. Vejamos no exemplo seguinte a contração das proparoxítonas em paroxítonas frequentes no PNP: Figura 1: Exemplos do fenômeno Fonte: Livro a Língua de Eulália. 7 Talvez a explicação mais eficaz para a ocorrência dos fenômenos citados esteja na mudança por que passa a língua, já que ela muda e varia com o tempo. O que hoje pode ser considerado errado ontem era considerado certo, assim como o que consideramos certo hoje, amanhã pode ser tido como errado. Isso é um resultado da ação de tendências muito antigas da língua, que não são ensinadas na educação formal, mas podemos encontrar facilmente no dia a dia. 7 Disponível em: < 9878/ marcosbagnoalnguadeeullia1_ano_literatura.pdf>. Acesso em: 20 fev Web-Revista SOCIODIALETO NUPES DD / LALIMU, v. 6, nº 18, mai./

7 5 Análise O primeiro fenômeno -redução do ditongo /ei/ em /e/- foi analisado num poema recitado por um sujeito do sexo masculino. Esclarecemos que este instrumento foi encontrado em formato de vídeo a partir de pesquisas na internet. No poema Seu Beijo, de Rubens Santisteban, há muitas palavras que possuem o ditongo /ei/, como joguei, beijei e desejei. O Primero bejo... O segundo... O tercero... A paixão... A paixão... Suspiros de amor Segredos sussurros... Lábios do desejo bejei Bejei...Fartei..e amei(...). (Rubens Santisteban) É possível perceber que nas palavras, em que o ditongo se encontra no final, como em fartei, amei e duvidei não ocorre a redução do ditongo /ei/ em /e/, pelo fato destes ditongos não serem precedidos pelas consoantes /j/, /x/ e /r/, portanto, nestas palavras não ocorre a monotongação. Porém, em palavras como terceiro, beijo e primeiro, apesar de, em alguns momentos, o autor pronunciar as palavras conforme a escrita -com o ditongo completo- na maioria das vezes é realizado o fenômeno da redução do ditongo. Desta forma, tais palavras acabam por se transformar em primêro, tercêro e bêjo. Assim, por meio deste poema, é possível perceber como este fenômeno é recorrente em nossa fala e como a redução do ditongo /ei/ em /e/ é algo cada vez mais comum na língua portuguesa brasileira. O fenômeno da redução do /e/ e /o/ átonos pretônicos foi analisado a partir de um trecho da música de Sá e Guarabyra, intitulada Harmonia, e numa postagem realizada por uma deputada nas redes sociais. Vejamos as ocorrências do fenômeno abaixo: Web-Revista SOCIODIALETO NUPES DD / LALIMU, v. 6, nº 18, mai./

8 Como um bicho da rua pode ter A alegria da rua pra morar Como aquele que não te pode ter Mas te tem nos pedaços que encontrar Entre o povo apressado na estação Tem a felicidade de um olhar Um momento qualquer de emoção e harmonia. (Harmonia de Sá e Guarabyra) Analisando o áudio da música, percebemos a realização do fenômeno na palavra escrita alegria que é pronunciada pelos cantores como aligria, comprovando a teoria de Bagno (2005), pois a presença da vogal /i/ na sílaba tônica gri faz com que a vogal escrita /e/, em posição pretônica, se reduza e soe como /i/. Figura 2: Postagem de deputada em rede social. Fonte: Diário digital. 8 Ao analisarmos o texto de uma postagem de uma deputada nas redes sociais, constatamos o fenômeno da redução do /e/ e /o/ átonos pretônicos em dois verbos, que são, respectivamente: tolero -verbo no presente do indicativo, primeira pessoa do singular- e bloquearei- verbo no futuro do indicativo, primeira pessoa do singularescritos pela deputada tulero e bloquiarei, respectivamente. Este fato nos permite inferir que o fenômeno pode ocorrer na escrita por influência da fala, ou seja, se falamos 8 Disponível em: < Acesso em: 01 dez Web-Revista SOCIODIALETO NUPES DD / LALIMU, v. 6, nº 18, mai./

9 curuja ao invés de coruja, podemos, sem perceber, escrever num determinado contexto conforme a nossa fala. Além disso, a partir deste exemplo, podemos ressaltar que diferentemente do que muitos imaginam, este e outros fenômenos ocorrem não apenas na pronúncia de analfabetos, mas também na fala de pessoas que possuem alto nível de escolaridade, bom poder aquisitivo e forte influência social. No fenômeno da contração das proparoxítonas em paroxítonas, no que se refere ao vocabulário erudito e o popular, foram analisados os dados de uma pesquisa realizada por Mouzinho et al (2015) com 4 (quatro) homens, analfabetos e com idade superior a 50 anos. Figura 3: Contração das proparoxítonas em paroxítonas. Fonte: Sociolinguística: uma análise de fenômenos linguísticos na fala de homens residentes em Belém. 9 A partir dos resultados encontrados, percebe-se a ocorrência deste fenômeno nas palavras fósforo, abóbora e árvore, pronunciadas pelo sujeito 1: fóssu, abobra e árvri. 9 Disponível em: < com.br/edicoes/21/ pdf> Acesso em 20. Nov Web-Revista SOCIODIALETO NUPES DD / LALIMU, v. 6, nº 18, mai./

10 Os fenômenos que vimos acima constituem-se, se levarmos em conta o vernáculo geral brasileiro, como algumas das principais características do português brasileiro. Portanto, o fenômeno discutido nesta sessão, nos deixa claro que devemos ter cautela ao realizar qualquer julgamento sobre a maneira como as pessoas falam, tendo em vista que a escrita é uma representação da fala e não seu retrato fiel. Conclusão Esta pesquisa teve como objetivo geral o entendimento acerca de três fenômenos linguísticos, são eles, respectivamente, a redução do /ei/ em /e/, a redução do /e/ e /o/ átonos pretônicos e a contração das proparoxítonas em paroxítonas. Para isso, buscamos analisar a ocorrência destes fenômenos em poema, música, vídeo e transcrição fonética. Alcançamos os objetivos pretendidos, pois, após a análise, conseguimos uma melhor aprendizagem no que se refere à língua oral, haja vista que ela é, geralmente, utilizada como instrumento de preconceito linguístico por camadas privilegiadas socialmente. Assim, ressaltamos que a ocorrência dos fenômenos apresentados e discutidos durante este trabalho não devem ser tomados como erros, nem as pessoas que os realizaram devem ser alvos de discursos preconceituosos, haja vista que todos os fenômenos linguísticos possuem explicação na língua e essa explicação, muitas vezes, consiste nas mudanças que a língua passa ao longo do tempo. Assim sendo, o que hoje é considerado errado ontem pode ter sido considerado certo e assim por diante. Referências BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolinguística. 14. ed. São Paulo: Contexto, Web-Revista SOCIODIALETO NUPES DD / LALIMU, v. 6, nº 18, mai./

11 BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática portuguesa. Disponível em: < Acesso em: 14 nov CÂMARA JÚNIOR, Joaquim Matoso. As vogais em português. Problemas de linguística descritiva. 13. ed. Rio de Janeiro: Vozes, CEZARIO, Maria Maura; VOTRE, Sebastião. Sociolinguística. In: MARTELOTTA (Org.): Manual de linguística. São Paulo: Contexto, HARMONIA. Canção de Sá e Guarabyra Disponível em: < youtube.com/ watch?v= VO42JAX946k >. Acesso em: 01 dez MOUZINHO, Andreia Costa; SANTOS, Evelim Mendes dos; SANTOS, Gabriela Rubia Bastos dos; SANTOS, Jayna Karolyne de Souza. Sociolinguística: uma análise de fenômenos linguísticos na fala de homens residentes em Belém. Web Revista Sociodialeto, Campo Grande, v.6, n.16, p , jul Disponível em: < com.br/edicoes/21/ pdf> Acesso em 20. Nov NEVES, José Luis. Pesquisa qualitativa- características, usos e possibilidades. Caderno de pesquisa em administração, São Paulo, v.1, n.3, p , 2º sem Disponível em:< as_usos_e_possibilidades.pdf>. Acesso em: 10 out SEU Beijo. Poema de Rubens Santisteban Disponível em: < Acesso em: 20 fev Recebido Para Publicação em 20 de fevereiro de Aprovado Para Publicação em 18 de agosto de Web-Revista SOCIODIALETO NUPES DD / LALIMU, v. 6, nº 18, mai./

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