Demanda individual e demanda de mercado Parte Demanda Individual 2. Efeito Renda e Efeito Substituição
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- Vergílio Campelo Farinha
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1 Demanda individual e demanda de mercado Parte 1 1. Demanda Individual 2. Efeito Renda e Efeito Substituição
2 1 Demanda Individual Efeitos de variações nos preços: A curva de demanda individual mostra a quantidade de uma mercadoria que um consumidor irá adquirir em função do seu preço. Obs.: Não confundam curva de demanda com curva de utilidade! A curva de preço-consumo é formada pelas cestas de mercado que maximizam a utilidade para os vários preços do alimento.
3 1.1 Demanda Individual Modificações nos preços A curva de preço-consumo mostra as mudanças nas quantidades de cada bem, quando há alterações nos preços.
4 1.2 Demanda Individual - Propriedades 1. O nível de utilidade que pode ser obtido varia à medida que nos movemos ao longo da curva. À medida que o preço de uma mercadora cai, atinge uma curva de indiferença mais elevada. 2. Em cada ponto da curva de demanda, o consumidor estará maximizando a utilidade ao satisfazer a condição de que a TMS do alimento por vestuário seja igual à razão entre os preços desses bens. À medida que nos deslocamos para baixo na curva de demanda individual, a TMS vai diminuindo.
5 1.3 Demanda Individual Modificações na renda A curva renda-consumo especifica as combinações de alimento e vestuário maximizadoras da utilidade, associadas a cada um dos possíveis níveis de renda. Um aumento da renda desloca a linha de orçamento para a direita, aumentando o consumo ao longo da curva rendaconsumo. Simultaneamente, o aumento da renda desloca a curva de demanda para a direita.
6 1.3 Demanda Individual Modificações na renda Deslocamento em função de aumento na renda.
7 1.4 Demanda Individual Bens inferiores versus normais Quando a curva de renda-consumo apresenta uma inclinação positiva: A quantidade demandada aumenta com a renda. A elasticidade-renda da demanda é positiva. O bem é um bem normal. Quando a curva de renda-consumo apresenta uma inclinação negativa: A quantidade demandada diminui com a renda. A elasticidade-renda da demanda é negativa. O bem é um bem inferior.
8 1.4.1 Bens inferiores Exemplo Tanto o hambúrguer quanto o bife se comportam como um bem normal, entre A e B mas o hambúrguer se torna um bem inferior quando a curva renda-consumo se inclina negativamente entre B e C.
9 1.5 Demanda Individual Curvas de Engel As curvas de Engel relacionam a quantidade consumida de uma mercadoria ao nível de renda. Para um bem normal, a inclinação da curva de Engel é ascendente, já para um bem inferior, ela é descendente.
10 1.5.1 Curvas de Engel Exemplo de dispêndio anual em consumo Avaliação de um grupo de consumidores, em uma análise pela média.
11 1.6 Demanda Individual Substitutos e Complementos Dois bens são considerados substitutos se um aumento (ou redução) no preço de um deles ocasiona um aumento (ou redução) na quantidade demandada do outro. Ex.: Aluguel de DVDs de filmes ou assistir em canais fechados de TV. Dois bens são considerados complementos se um aumento (diminuição) no preço de um deles ocasiona uma redução (aumento) na quantidade demandada do outro. Ex.: gasolina e óleos lubrificantes para motores. Independentes: A variação no preço de um bem não tem efeito algum sobre a quantidade demandada do outro.
12 1.6 Demanda Individual Substitutos e Complementos Se a curva preço-consumo tem inclinação descendente, os dois bens são considerados substitutos. No exemplo de alimento e vestuário, a parte descendente mostra que quando os gastos com alimento crescem há menos renda disponível pra gastar com vestuário. Se a curva preço-consumo tem inclinação ascendente, os dois bens são considerados complementos. Pode ser causado, por exemplo, pelo fato de o consumidor passar a frequentar restaurantes mais refinados quando há um aumento na renda, e neste caso precise andar mais bem vestido.
13 1.6 Demanda Individual Substitutos e Complementos De A até B substitutos e de B até D complementos.
14 2. Efeito Renda e Efeito Substituição O efeito substituição corresponde à modificação no consumo de um item associada a uma variação no seu preço, mantido constante o nível de utilidade. Quando o preço de um item diminui, o efeito substituição sempre leva a um aumento na quantidade demandada do item. O efeito renda é a variação no consumo de um item ocasionada pelo aumento do poder aquisitivo, mantido constante o preço do item. Quando a renda de uma pessoa aumenta, a quantidade demandada de um produto pode aumentar ou diminuir.
15 2. Efeito Renda e Efeito Substituição Uma redução no preço de uma mercadoria tem dois efeitos: Substituição e Renda: Efeito Substituição: Os consumidores tenderão a comprar mais de uma mercadoria que tenha ficado relativamente mais barata e menos de uma mercadoria que tenha se tornado mais cara. Efeito Renda: Os consumidores sofrem um aumento no seu poder aquisitivo real quando o preço de uma mercadoria cai. Mesmo no caso de bens inferiores, raramente o efeito renda é grande o suficiente para superar em valor o efeito substituição.
16 2. Efeito Renda e Efeito Substituição Exemplos de redução dos preços de alimento.
17 2.1 Efeito Renda e Efeito Substituição Caso Especial Bens de Giffen Teoricamente, o efeito renda pode ser suficientemente grande para fazer com que a curva de demanda de um bem passe a ter inclinação ascendente. Esse caso raramente ocorre e é de pouco interesse prático.
18 2.2 Efeito Renda e Efeito Substituição Tratamento Algébrico O efeito total é dado pela soma do efeito provocado pela substituição com o efeito provocado pela renda do produto X. Sendo que: Total = Substituição + Renda Substituição = X P X\U=U e Renda = X I I P X
19 2.2 Efeito Renda e Efeito Substituição Tratamento Algébrico Ou seja: dx dp X = X P X\U=U + X I I P X Com a restrição de orçamento I = P X X + P Y Y, sabemos que por diferenciação temos que: I/P X = X. Considerando que o efeito da variação do preço possa ser positivo ou negativo, o sinal da equação referente à renda pode mudar, caso o preço do produto X suba/desça.
20 2.2 Efeito Renda e Efeito Substituição Tratamento Algébrico Portanto é possível montar a seguinte equação: dx dp X = X P X\U=U X X I A essa equação chamamos de Equação de Slutsky. Há também na literatura uma alternativa para a equação de Slutsky para decompor alterações de preço sem utilizar curvas de indiferença também conhecida como efeito substituição de Hicks.
21 2.2.1 Efeito Renda e Efeito Substituição Exemplo Utilidade de Cobb Douglas Temos a função de utilidade a seguir: U(X,Y ) = a lnx + (1 a) lny Sabemos que: I = P X X + P Y Y (E1) Também já descobrimos que: X = a P X I (E2) Y = a 1 I P Y (E3)
22 2.2.1 Efeito Renda e Efeito Substituição Exemplo Utilidade de Cobb Douglas Consideremos, a= 0.5, I= 100, P X =1, P Y =2, responda: A. Qual o valor do efeito total de variação em X gerado por uma variação de $1 (100%) no seu preço? B. Qual o valor do efeito substituição para um aumento de $1 no preço de X? C. Qual o valor do efeito de renda para um aumento de $1 no preço de X? Sabemos pelas condições inicias que: X = 50; Y = 25; U*(50,25) 3,565.
23 2.2.1 Efeito Renda e Efeito Substituição Exemplo Utilidade de Cobb Douglas Considerando o aumento de 100% no preço de X: X = 25; Y = 25; U*(25,25) 3,218. Neste contexto, sabendo que: Total = Substituição + Renda Além disso, sabemos também: Total = X novo X antigo = = 25
24 2.2.1 Efeito Renda e Efeito Substituição Exemplo Utilidade de Cobb Douglas Considerando a variação pelo efeito da substituição é observado na curva de utilidade do ponto ótimo antigo, e observando as características da função de Cobb-Douglas, podemos concluir que: Substituição = 0 Porque??? Neste caso, como a quantidade de Y permanece constante quando se altera o preço de X, o efeito da substituição é nulo. Portanto para esse exemplo: renda = Total = 25
25 Referências principais Pindyck, Robert S.; Rubinfeld, Daniel L.; Microeconomia. 711p. 7ed. São Paulo : Pearson, Capítulo 4: Demanda individual e demanda de mercado. Apêndice do capítulo 4: Teoria da demanda tratamento algébrico.
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