Propagação vegetativa de Ocimum gratissimum L. em diferentes substratos
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1 39 Propagação vegetativa de Ocimum gratissimum L. em diferentes substratos SOUSA, P.B.L.; AYALA-OSUNA, J.T.; GOMES, J.E. Departamento de Ciências Biológicas, UEFS, Km 3, Br 116. CEP Feira de Santana-BA. lpericles@zipmail.com.br RESUMO: A espécie Ocimum gratissimum L. é uma planta medicinal com ação aromática, estimulante, sudorífera, diurética e anti-séptica local, além de ser produtora de óleos essenciais de importância econômica. Assim, objetivando a conservação e propagação da espécie, foi conduzido um experimento que consistiu em identificar o tipo de estaca mais adequado e o melhor substrato para a propagação vegetativa. O material para estaquia foi retirado de plantas propagadas sexuadamente (180 dias), sendo as estacas preparadas com aproximadamente 15 cm de comprimento. Foram utilizados três tipos de estacas: apicais, medianas e basais combinadas com diferentes tipos de substratos. Os substratos utilizados foram: terra vegetal, vermiculita, pó de serra + terra vegetal e terra vegetal + vermiculita + pó de serra, sob viveiro com 50% da intensidade luminosa natural, em um esquema fatorial de 3 x 4 com 2 repetições, onde se determinou o comprimento da raiz, número de folhas, matéria seca das folhas, caule e raiz. Esse trabalho indicou ser a estaca basal a melhor forma de se propagar vegetativamente a espécie Ocimum gratissimum e o substrato terra vegetal se destacou entre os substratos, para todos os tipos de estacas. Palavras-chave: alfavaca-cravo, plantas medicinais, propagação, estacas. ABSTRACT: Vegetative propagation of Ocimum gratissimum L. in different substrates. The species Ocimum gratissimum L. is a medicinal plant with the following actions: aromatic action, stimulant, sudorific, diuretic, and antiseptic, besides being producing of essential oils of economical importance. Therefore, aiming at the conservation and propagation of the species, it was driven an experiment that consisted of identifying the more appropriate stem cutting type and the best substrates for the vegetative propagation. The material for stem cutting was removed of plants sexually propagated (180 days), being the prepared stem cutting with approximately 15 cm of length. Three types of stem cutting were used: apical, medium and basal combined with different types of substrates. The used substrates were: vegetable soil, vermiculita, mountain powder + vegetable soil and vegetable soil + vermiculita + mountain powder under nurseries with 50% of the natural luminous intensity, in a factorial scheme of 3 x 4 with 2 replicates, where was determined the length of the root, number of leaves, dry matter of the leaves, stem and root. The work indicates the basal stem cutting as the best form of propagation Ocimum gratissimum and the substratum vegetable soil, probably for presenting a larger amount of organic matter, stood out among the substrate, for all of the types of stem cutting in the process of vegetative propagation. Key words: medicinal plants, propagation, stem cuttings. INTRODUÇÃO As plantas da família Labiatae produzem metabólitos secundários que desempenham papel importante em sua defesa contra patógenos e outros predadores. Alguns desses produtos naturais são também utilizados na medicina, na indústria e na agricultura. Como Ocimum gratissimum é grande produtora de óleo essencial com 70-80% de eugenol (Gupta, 1994; Lorenzi & Matos, 2002), lhe confere ação anti-séptica local (Nakamura et al., 1999), sendo utilizada como aromatizante bucal (Matos, 1998). As Labiatae reproduzem-se normalmente por sementes, porém esse é um processo demorado de multiplicação, além disso apresentam grande variabilidade com relação à produção de metabólitos secundários, o que torna difícil o plantio comercial uniforme de genótipos com alto poder de síntese desses metabólitos (Prado et al., 2000). Assim, ocorre Recebido para publicação em 10/01/2004 Aceito para publicação em 02/05/2005
2 40 a necessidade de se testar também a viabilização da propagação vegetativa, pois essa, pode se tornar a melhor opção de multiplicação para essas espécies, visto que, além de eliminar a fase juvenil, permite a conservação das qualidades desejáveis de genótipos selecionados (Camargo & Carvalho, 2000). Para Ocimum sp. e Rosmarinus officinalis o método de propagação mais recomendado é o de estaquia (Martins et al.,1994). Em Ocimum gratissimum L. são poucos os trabalhos com propagação vegetativa, mas já foi constatada uma elevada taxa de sobrevivência para as estacas medianas sem folhas e apical com folhas, caracterizando-o como um método viável de multiplicação da espécie (Fiallo et al., 1996; Ehlert et al., 2000). Em algumas espécies como Solidago chilensis e Vernonia condensata foram constatadas que estacas maiores apresentam reservas nutritivas em maiores quantidades, garantindo a sobrevivência nas fases iniciais de desenvolvimento destas (Correia et al., 1998; Antônio Filho et al., 2000). Os estudos dos diferentes substratos para o cultivo de Ocimum, visando tipos alternativos de misturas de substratos, são de fundamental importância para produção e comercialização. Em razão da diversidade dos substratos e da dificuldade em obter alguns dos condicionadores do solo, assim como sua proporção volumétrica, densidade, aeração, retenção de umidade, ph e dosagem de fertilizantes, torna-se difícil escolher a melhor mistura, que atenderá às condições para o ótimo crescimento e desenvolvimento das plantas. Das características físicas, as propriedades de aeração e retenção de umidade são as mais importantes num substrato, que deve ter suficiente espaço poroso para permitir a difusão de oxigênio para as raízes (Souza et al., 1995). Gomes (2001) adotou a vermiculita de granulação média para enraizamento de estacas de aceroleiras (Malpighia emarginata DC.). Ferreira & Cereda (1999) utilizando os substratos vermiculita e Plantmax (comercial) e estacas apical e mediana de espécies Annona cherimola e A. squamosa, verificaram uma interação entre os tipos de estacas e substratos, tendo obtido as maiores porcentagens de enraizamento com estacas medianas no substrato Plantmax. Verificaram que logo após a emissão da radícula iniciou-se a absorção dos nutrientes existentes neste substrato, colaborando para a maior nutrição da planta e consequentemente maior desenvolvimento de raízes. Correia et al. (1998) trabalhando com a propagação vegetativa de arnica-brasileira (Solidago chilensis Meyen), constataram que um solo com maior fertilidade propiciou melhor produção de peso de matéria seca de folhas e de raízes, provavelmente devido à ação de agentes físicos, químicos e biológicos, na melhoria das condições para o desenvolvimento da estaca. O objetivo deste trabalho foi estudar os tipos de substrato e estacas no processo de propagação vegetativa da espécie Ocimum gratissimum L., a fim de se verificar a porcentagem de sobrevivência das estacas e a matéria seca das folhas, caule e raízes. MATERIAL E MÉTODO O experimento foi realizado no Horto Florestal da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), situado geograficamente a 12º 16 latitude sul, 38º 58 longitude oeste, 257m altitude. A temperatura média anual é de 23,5ºC com máxima de 28,2ºC e mínima de 19,6ºC. O tipo climático da região é semi-árido, com período chuvoso de abril a junho e pluviosidade anual variando de 444 a 1595mm ao ano. Foram plantadas estacas de alfavaca-cravo (Ocimum gratissimum) com aproximadamente 15 cm de comprimento, retiradas de plantas propagadas sexuadamente (180 dias). O delineamento estatístico utilizado foi o de blocos casualisados em esquema fatorial 3 X 4, sendo três tipos de estacas: apicais (com folhas), medianas e basais (ambas sem folhas). As estacas foram colocadas para enraizar em sacos de polietileno 12 X 20cm utilizando-se 4 tipos de substratos: terra vegetal (alta porcentagem de matéria orgânica); vermiculita; pó de serra + terra vegetal (1:1); terra vegetal + vermiculita + pó de serra (1:1:1). O pó de serra utilizado teve como origem vegetal o paud arco (Tabebuia serratifolia). Cada tratamento foi composto por 2 repetições, sendo que cada parcela composta por 5 estacas. O experimento foi instalado em telado com 50% de sombreamento da luminosidade natural e irrigadas diariamente. O plantio foi realizado com as operações de corte das estacas e retirada das folhas, sendo feitas manualmente. Aos 50 dias após a instalação do experimento avaliou-se as seguintes variáveis: percentagem de sobrevivência, número de folhas, peso da matéria seca de folhas e raízes e comprimento da raiz. Em seguida, foi efetuada a contagem do número de folhas de cada estaca, separadas as raízes e folhas, sendo feita a pesagem desse material em balança analítica com precisão de 0,01g. Logo após, o material foi acondicionado em sacos de papel e levado para estufa com circulação forçada de ar, para secagem à temperatura de 75ºC ± 2ºC, até peso da matéria seca constante (cerca de 62 horas), procedendo em seguida a pesagem. Os dados obtidos em cada experimento foram submetidos à análise de variância, de acordo com o modelo matemático proposto por Gomes (1985) e as médias comparadas pelo teste de Tukey,
3 41 a 5% de probabilidade. Nos casos em que a interação S x E foi significativa, procedeu-se a um desdobramento de graus de liberdade, estudando-se os efeitos do S em cada tipo de estaca e de E em cada substrato. RESULTADO E DISCUSSÃO Observando os dados relativos à propagação vegetativa verificou-se uma elevada taxa de sobrevivência das estacas nos tratamentos M1, B1 e B4. Essa percentagem de sobrevivência diminuiu quando se utilizou o substrato vermiculita para todos os tipos de estacas (Tabela 1). Os resultados da análise de variância do comprimento da raiz, número de folhas, matéria seca das folhas, caule e raiz, estão apresentados na Tabela 2. Nota-se que houve significância na interação substrato x estaca, para comprimento da raiz, matéria seca das folhas e do caule. Nas análises que foram significativas para interação substrato x estaca observa-se que para comprimento da raiz a estaca não promoveu nenhuma influência. Assim como o substrato também não influenciou quando o fator analisado foi matéria seca do caule (Tabela 2). Quanto ao número de folhas e a matéria seca da raiz não houve significância para interação substrato x estaca, mas a variável substrato foi significativa, assim como a variável estaca ao nível de 1% probabilidade. Os valores dos coeficientes de variação foram aceitáveis para as condições de experimentação, com valores elevados para folhas, caule e raiz devido ao número baixo de repetições, que deve ter influenciado nesse resultado. Observa-se na Tabela 3 que a estaca basal, é a que se destacou, praticamente, em todas as variáveis sem diferir da estaca mediana para número de folhas e das demais estacas para comprimento de raiz. Os melhores resultados para matéria seca das folhas, foram encontrados na estaca apical. Apesar da estaca basal ter apresentado valores maiores para número de folhas quando comparada com estaca apical, os valores médios da matéria seca foram menores. Isso se explica, devido a utilização de estacas apicais com folhas na hora da montagem do experimento, apresentando portanto tamanhos maiores. O substrato terra vegetal foi o que se destacou entre os substratos avaliados na maioria dos órgãos da planta, a única exceção foi para matéria seca do caule, onde não houve diferença significativa entre os substratos. O substrato terra vegetal mostrou ser mais eficiente provavelmente devido à presença de matéria orgânica a qual favorece um maior desenvolvimento da estaca. Nos casos onde houve interação, foi feito o TABELA 1. Porcentagem de sobrevivência de estacas (apical, mediana e basal) de Ocimum gratissimum sob diferentes tratamentos: 1 terra vegetal; 2 vermiculita; 3 pó de serra + terra vegetal e 4 terra vegetal + vermiculita + pó de serra). UEFS, Feira de Santana/BA, Tipos de estacas Tipos de substratos Apical Mediana Basal TABELA 2. Valores de F para tipos de estacas (apical, mediana e basal) em diferentes substratos (pó de serra + terra vegetal, terra vegetal + vermiculita + pó de serra, terra vegetal e vermiculita) na cultura de Ocimum gratissimum. UEFS, Feira de Santana-BA, Causas de Comp. Número Matéria seca Variação G.L. da de Raiz Folhas Folhas Caule Raiz Substrato (S) 3 47,91** 56,13** 30,08** 3,49 ns 18,93** Estaca (E) 2 0,14 ns 13,44** 18,09** 59,05** 30,29** Interação S x E 6 4,13* 0,70 ns 8,19** 5,11** 1,35 ns (Tratamentos) 11 15,34** 18,13** 15,95** 14,44** 11,36** Blocos 1 4,46 ns 7,86* 5,00* 13,06** 18,85** Resíduo 11 _ TOTAL 23 C.V.% 15,26 15,15 34,92 26,33 23,58 (ns) Não significativo ao nível de 5% de probabilidade. * significativo a 5% ** significativo a 1%
4 42 TABELA 3. Valores médios dos efeitos do tipo de estaca e substrato no comprimento de raiz, número de folhas, peso seco das folhas, caule e raiz. UEFS, Feira de Santana-BA, Órgãos Causas de Variação Raiz (cm) Nº folhas Folhas (g) Caule (g) Raiz (g) A 14,27A 8,55B 0,35A 0,08C 0,10B Estacas M 14,00A 11,28A 0,12B 0,19B 0,10B B 14,59A 12,76A 0,19B 0,40A 0,21A 1 23,17A 18,40A 0,48A 0,27A 0,22A Substratos 2 10,02B 7,77B 0,15B 0,17A 0,10B 3 10,22B 8,72B 0,18B 0,26A 0,03B 4 13,73B 8,57B 0,08B 0,20A 0,13B Médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5%de probabilidade. A, M e B são, respectivamente, estaca apical, mediana e basal 1, 2, 3 e 4 são, respectivamente, substrato terra vegetal; vermiculita; pó de serra + terra vegetal e terra vegetal + vermiculita + pó de serra. desdobramento do G.L. da interação tipo de substrato x estaca, utilizando-se os valores de F (Tabela 4), isso foi constatado apenas para comprimento da raiz, matéria seca das folhas e do caule. Quando se avalia a interferência dos substratos dentro da variável estaca, nota-se que os substratos não influenciaram na matéria seca do caule para as estacas apicais e medianas. Ao se avaliar a interferência das estacas nos substratos não há nenhuma diferença significativa para comprimento da raiz nos substratos terra vegetal, vermiculita e pó de serra + terra vegetal, o mesmo ocorrendo no substrato terra vegetal + vermiculita + pó de serra, no que se refere à matéria seca das folhas. Observando os valores médios obtidos na Tabela 5, confirma-se que os substratos terra vegetal, vermiculita e pó de serra + terra vegetal combinados com as estacas apical, mediana e basal, não diferiram significativamente entre si ao nível de 5% de probabilidade para comprimento médio da raiz. Já para o substrato terra vegetal + vermiculita + pó de serra a melhor combinação ocorreu com a estaca apical. Os resultados de matéria seca das folhas verificados na Tabela 5, demonstram que a estaca apical combinada com substrato terra vegetal, apresentaram melhores resultados, diferindo significativamente dos outros tratamentos. Isso, provavelmente ocorreu, devido as estacas apicais já apresentarem folhas com regiões de maior desenvolvimento fisiológico no momento da montagem do experimento, assim, teriam uma maior massa foliar, por serem mais velhas. Para a estaca mediana o melhor substrato foi terra vegetal. As estacas basais apresentaram melhores resultados quando combinadas com os substratos terra vegetal e pó de serra + terra vegetal. No substrato vermiculita as estacas apicais apresentaram maior matéria seca foliar. As estacas basais foram as que apresentaram melhores resultados no substrato pó de serra + terra vegetal. Na avaliação da matéria seca do caule os melhores resultados foram obtidos pelos substratos pó de serra + terra vegetal, quando a estaca analisada foi do tipo basal, já para estacas apical e mediana não houve diferença significativa entre os substratos. Quanto ao melhor tipo de estaca para os substratos se destacou a estaca basal, não diferindo significativamente ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey da estaca mediana quando os substratos utilizados foram terra vegetal e vermiculita. Os resultados apresentados na Tabela 5, demonstram haver diferenças entre o tipo de estaca utilizada para a propagação vegetativa da espécie O. gratissimum. De modo geral as estacas basais combinadas com substrato terra vegetal obtiveram excelentes resultados para praticamente todas as características avaliadas quando comparadas com outras estacas, contrastando com Ehlert et al. (2000) que classificaram a estaca mediana sem folha como a melhor para a propagação da espécie. De acordo com Correia et al. (1998) estacas maiores apresentam reservas nutritivas em maiores quantidades, garantindo a sobrevivência nas fases iniciais de desenvolvimento de emissões foliares e de raízes, com maior produção de biomassa destas partes vegetais. O substrato terra vegetal propicia melhor produção de matéria seca de folhas e raízes em todos os tratamentos, assim como aumento no número de folhas e no comprimento da raiz, provavelmente devido à ação de agentes físicos, químicos e biológicos, com melhores condições para o desenvolvimento da estaca (Correia et al., 1998). O substrato terra vegetal apresenta maior quantidade de matéria orgânica que a vermiculita e o pó de serra, e supõe-se da presença de agentes microbiológicos, permitindo o melhor desenvolvimento das estacas, seja da parte aérea quanto das raízes, em seus estágios iniciais, através
5 43 TABELA 4. Análise de variância com desdobramento do G.L. da interação tipo de substrato (S) x estaca (E) e vice-versa. UEFS, Feira de Santana-BA, Valores de F Causas de Comp. Matéria seca Variação G.L. da Raiz (cm) Folhas Caule S d. E ,37** 28,25** 2,75 ns S d. E ,50** 6,22* 1,15 ns S d. E ,29** 12,00** 9,81** E d. S 1 2 0,18 ns 21,44** 4,54* E d. S 2 2 2,17 ns 9,22** 4,76* E d. S 3 2 3,41 ns 10,23** 45,40** E d. S 4 2 6,77* 1,79 ns 19,67** (ns) Não significativo ao nível de 5% de probabilidade. * significativo a 5% ** significativo a 1% E 1, E 2 e E 3 são, respectivamente, estaca apical, mediana e basal S 1, S 2, S 3 e S 4 são, respectivamente, substrato terra vegetal; vermiculita; pó de serra + terra vegetal e terra vegetal + vermiculita + pó de serra. TABELA 5. Valores médios do comprimento de raiz e matéria seca foliar e caulinar de estacas (apical, mediana e basal) combinadas com os substratos (1 - terra vegetal, 2 - vermiculita, 3 - pó de serra + terra vegetal e 4 - terra vegetal + vermiculita + pó de serra) na cultura de Ocimum gratissimum. UEFS, Feira de Santana-BA, Tipos de estacas Órgão / substratos Apical Mediana Basal DMS 1 23,93Aa 22,71Aa 22,89Aa 2 7,43Ab 11,01Ab 11,64Ab Comp. Raiz 3 7,46Ab 10,05Ab 13,15Ab 5,89 (cm) 4 18,28Aa 12,23Bb 10,68Bb DMS = 6,57 1 0,78Aa 0,33Ba 0,33Ba Matéria 2 0,34Ab 0,07Bb 0,03Bb seca 3 0,14Bb 0,03Bb 0,38Aa 0,21 folhas 4 0,16Ab 0,06Ab 0,02Ab (g) DMS = 0,23 1 0,18Ba 0,26ABa 0,36Ab Matéria 2 0,08Ba 0,17ABa 0,26Ab Seca 3 0,04Ba 0,15Ba 0,58Aa 0,16 Caule 4 0,03Ba 0,17Ba 0,40Ab (g) DMS = 0,18 Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas nas linhas, e minúsculas nas colunas não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5%de probabilidade.
6 44 da absorção dos nutrientes existentes no substrato, colaborando para a maior nutrição da planta e consequentemente maior desenvolvimento de raízes, conforme resultados encontrados por Ferreira & Cereda (1999) trabalhando com estacas de atemóia que constataram que o substrato Plantmax (comercial) por apresentar um maior teor de nutrientes favoreceu o enraizamento das estacas. CONCLUSÃO A estaca basal demonstra ser a melhor forma de se propagar vegetativamente a éspecie Ocimum gratissimum. O substrato terra vegetal, se destacou entre os substratos, para todos os tipos de estacas no processo de propagação vegetativa. O substrato vermiculita não é indicado para o enraizamento de estacas de Ocimum gratissimum. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CAMARGO, I.P.; CARVALHO, C.S. Propagação vegetativa do nó-de-cachorro. Horticultura Brasileira. 40 o Congresso Brasileiro de Olericultura. 2000, v.18, 1041p. CORREIA, E.; CÂMARA, F.L.A.; MING, L.C. Propagação vegetativa de arnica-brasileira (Solidago chilensis Meyen) por estaca de rizoma. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.1, n.1, p.23-7, EHLERT, P.A.D.; LUZ, J.M.Q.; INNECCO, R. Avaliação de substratos e tipos de estacas para propagação vegetativa de alfavaca-cravo. Horticultura Brasileira. 40 o Congresso Brasileiro de Olericultura. 2000, v.18, 1041p. FERREIRA, G.; CEREDA, E. Efeito da interação entre fitorreguladores, substratos e tipos de estacas no enraizamento de atemóia (Annona cherimola Mill x A. squamosa). Revista Brasileira de Fruticultura, v.21, n.1, p.79-85, FIALLO, V.F.; MEDINA, N.N.R.; FERRADA, C.R.A. Acerca de la propagacion de Ocimum gratissimum L. / About spread of wild origan (Ocimum gratissimum L.). Revista Cubana de Plantas Medicinais, v.1, n.1, p.3-7, ANTÔNIO FILHO, L.A.; COSTA, L.C.B.; MOREIRA, R.C.T. Comprimento de estaca de aluman para propagação vegetativa. Horticultura Brasileira. 40 o Congresso Brasileiro de Olericultura. 2000, v.18, 1041p. GOMES, J.E. Aspectos botânicos, físico-químicos, genéticos e influências meteorológicas em aceroleiras (Malpighia emarginata DC.) no processo seletivo de genótipos de Itápolis, Viradouro e Jaboticabal. 2001, 249p. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal. GOMES, P.F. Curso de estatística experimental. 11. ed. São Paulo: Nobel, p. GUPTA, R. Basil (Ocimum spp.). G 15 gene banks for medicinal & aromatic plants. Newsletter, n.5-6, p.1-3, LORENZI, H.: MATOS, F.J.A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, p. MATOS, F.J.A. Farmácias Vivas: sistema de utilização de plantas medicinais projetado para pequenas comunidades. 3. ed. Fortaleza: EUFC, p. MARTINS, E.R. et al. Plantas Medicinais. Viçosa: Imprensa Universitária-Universidade Federal de Viçosa, p. NAKAMURA, C.V. et al. Antibacterial activity of Ocimum gratissimum L. essential oil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v.94, n.5, p.675-8, PRADO, M.A.O.; FREITAS, S.P.; SUDRÉ, C.P. Efeitos de concentração de AIB e substratos na propagação de alecrim. Horticultura Brasileira. 40 o Congresso Brasileiro de Olericultura. v.18, 2000, 1041p. SOUZA, M.M.; LOPES, L.C.; FONTES, L.E.F. Avaliação de substratos para o cultivo de crisântemo (Chrysanthemum morifolium Ramat., Compositae) White Polaris em vasos. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, v.1, n.2, p.71-7, 1995.
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