Direito Administrativo Jurisprudência do STF e STJ para concursos públicos

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1 AULA DEMONSTRATIVA Direito Administrativo Jurisprudência do STF e STJ para concursos públicos Professor Armando Mercadante Professor(a). Armando Mercadante 1

2 Aula 00 Aula Demonstrativa Aula Conteúdo Programático Data Obs. Cinco jurisprudências do STF que constarão da aula sobre normas constitucionais aplicáveis aos agentes públicos (art. 37 a 41 da CF/88) Normas constitucionais aplicáveis aos agentes públicos (art. 37 a 41 da CF/88) Administração Pública Indireta, Terceiro Setor, Atos administrativos e Poderes Administrativos Responsabilidade civil do Estado, Controle da Administração Pública, Improbidade Administrativa e Processo administrativo Licitações, Contratos administrativos, Serviços públicos, Bens Públicos e Intervenção do Estado na propriedade privada Não há um capítulo específico sobre Princípios da Administração Pública, pois estes servem de fundamento jurídico para as decisões sobre os demais temas. Portanto, os princípios estarão presentes em todas as aulas. 10/07/17 18/07 25/07 01/08 08/08 Professor(a). Armando Mercadante 2

3 Prezado(a) aluno(a), Meu nome é Armando Mercadante. Sou Procurador do Estado de Minas Gerais e professor de Direito Administrativo em cursos preparatórios para concursos públicos, além de ser autor dos livros Direito Administrativo vol. 3 coleção informativos comentados e Coleção CESPE Questões Comentadas Direito Administrativo, ambos publicados pela editora JusPODIVM. Para aqueles que não me conhecem, adoto um estilo de aula bem objetivo, buscando redigir textos sem excessos, elaborados apenas com o que de fato interessa para você que precisa conciliar tempo com muita matéria na sua preparação para concurso público. Certamente você já percebeu que a cada concurso, independentemente do cargo e nível de escolaridade, as bancas têm cobrado mais jurisprudência em suas provas, tornando o estudo das decisões dos tribunais superiores imprescindível para a obtenção da aprovação. Trata-se de uma realidade que não pode ser ignorada. Por conta dessa necessidade, resolvi retomar esse curso com o propósito de orientá-lo de como se posicionar nas provas quando exigidas as posições do STF e do STJ relativamente aos principais temas do Direito Administrativo. Contudo, dessa vez o curso terá um novo modelo, pois o conteúdo abrangerá exclusivamente as decisões proferidas por STF e STJ, não adentrando na parte teórica e nas questões de provas, o que é feito em outra modalidade de curso. Aqui o objetivo é trabalhar de forma direta a jurisprudência escolhida. Você terá em cada aula aproximadamente 50 páginas de decisões destes dois tribunais, acompanhadas de um brevíssimo comentário. Ou seja, ao concluir este curso, você terá à sua disposição os posicionamentos atuais de STF e STJ sobre temas de Direito Administrativo com os meus comentários elaborados com objetivo de facilitar a compreensão. Dentro dos temas de Direito Administrativo, escolhi aqueles mais abordados em concursos públicos e com base neles montei o cronograma das aulas. Leia essa aula demonstrativa e veja a importância desse estudo para você. Saiba jurisprudência para destacar-se nas suas provas e garantir a sua vaga! Forte abraço! Armando Mercadante armandomercadante@pontodosconcursos.com.br Professor(a). Armando Mercadante 3

4 1. Direito Administrativo Jurisprudência do STF e STJ Durante o curso as decisões analisadas serão agrupadas em temas e divididas por capítulos, seguindo-se uma metodologia que lhe permitará melhor organização no seu estudo. A numeração dos capítulos do curso não coincidem com o dessa aula demonstrativa, que é apenas uma pequena amostra de um material elaborado de forma séria e responsável por quem já estudou para concurso como você e obteve êxito conferindo à jurisprudência a devida importância. Nessa aula demonstrativa teremos aproximadamente 10 páginas. Pense que as aulas do curso terão entre 50 e 60!!! Projete a quantidade de informação útil que será passada para você. O convite está feito!!! 1. Normas constitucionais aplicáveis aos agentes públicos 1.1. Acumulação de cargos, empregos e funções e teto remuneratório Plenário do Supremo Federal RE /MT e RE /MT (repercussão geral) Resumo Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do art. 37, XI, da Constituição Federal pressupõe consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público. (rel. Min. Marco Aurélio. julgados em 26 e 27/4/ repercussão geral - informativo nº 862). A compreensão do tema passa primeiro pela leitura do art. 37, XI, CF, em especial pela expressão destacada: XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Professor(a). Armando Mercadante 4

5 Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos. A princípio, por força do trecho acima destacado, conclui-se que em caso de acumulação de cargos, empregos e funções, as remunerações serão somadas para fins de identificação do limite remuneratório, posicionamento que por um tempo prevaleceu. Contudo, no julgamento dos recursos extraordinários acima destacados, o Plenário do STF entendeu que a previsão percebidos cumulativamente ou não inserida inicialmente pela EC 19/98 e confirmada pela EC 41/03 é inconstitucional, concluindo que as remunerações devem ser analisadas isoladamente para fins de aplicação do teto remuneratório, sob pena de haver enriquecimento sem causa do Poder Público, uma vez que o servidor não receberia a integral contraprestação financeira pelo serviço desempenhado Magistrados estaduais e teto remuneratório Resumo Plenário do Supremo Federal ADIMC 3.854/DF (decisão liminar) Os membros da magistratura estadual não estão submetidos ao subteto de remuneração previsto no art. 37, XI, CF. (rel. Min. César Peluso, pedido liminar julgado em 28/02/2007) De acordo com o art. 37, XI, da Constituição Federal, reproduzido no item anterior, os juízes federais encontram como limite único o subsídio dos Ministros do STF. Contudo, com base nesse mesmo inciso, os juízes estaduais e distritais encontram como limite (subteto) o subsídio dos Desembargadores dos Tribunais de Justiça, limitado a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF. Ou seja, os juízes federais, aos olhos somente desse dispositivo constitucional, podem receber subsídio igual ao dos Ministros do STF, ao passo que os juízes estaduais, inclusive desembargadores, estão limitados a no máximo 90,25%. Ocorre que a lei orgânica de ambas as carreiras é a mesma, além de as funções por elas desempenhadas serem idênticas, não havendo razão para essa discriminação. Há inegável ofensa ao princípio da isonomia. Por conta desse argumento, essa discussão foi levada à apreciação do Plenário do STF no julgamento da ADIMC 3.854/DF, tendo a Suprema Corte dado ao art. Professor(a). Armando Mercadante 5

6 37, XI, e seu 12, interpretação conforme à Constituição, considerando liminarmente inconstitucional a distinção de limites remuneratórios entre juízes federais e estaduais. Dessa forma, de acordo com essa decisão, não há mais que se falar em limite de 90,25% para os Desembargadores dos Tribunais de Justiça, bem como para os juízes estaduais. Importante destacar que referido limite permanece aplicável para os demais servidores do Poder Judiciário dos Estados e do DF, bem como para os membros do Ministério Público, Procuradores e Defensores Públicos Ocupantes de cargos em comissão e aposentadoria compulsória Resumo Plenário do Supremo Federal RE /DF Os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da aposentadoria compulsória prevista no art. 40, 1º, II, da CF, a qual atinge apenas os ocupantes de cargo em provimento efetivo, inexistindo também qualquer idade limite para fins de nomeação a cargo em comissão (relator Min. Dias Toffoli - julgado em 15/12/16 - informativo 815). A regra de aposentadoria compulsória prevista no art. 40, 1º, II, da CF, prevê que os servidores ocupantes de cargos públicos efetivos (ingresso por meio de concurso público) estão sujeitos à aposentadoria compulsória ao completarem 75 anos de idade (limite atual por força da EC 88/15), com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. A discussão tinha como tema se os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão (livre nomeação e exoneração) estavam sujeitos ao referido limite e, por consequência, quando atingida a idade, sujeitos à aposentadoria compulsória e impedidos de ocupar cargos comissionados. O Plenário do STF ateve-se ao fato de que os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão estão sujeitos ao regime geral da previdência (INSS), conforme determina o art. 40, 13, CF, sendo certo que referido regime, previsto no art. 205 da CF, não prevê a aposentadoria compulsória. Assim sendo, a compulsoriedade na aposentadoria aos 75 anos de idade somente se aplica aos servidores ocupantes de cargos efetivos. Professor(a). Armando Mercadante 6

7 1.4. Pagamento indevido a servidor que recebe de boa-fé e ressarcimento ao erário 1ª Seção do Superior de Justiça RE /DF (recurso repetitivo) Resumo Quando a Administração Pública interpreta erroneamente uma lei, resultando em pagamento indevido ao servidor, cria-se uma falsa expectativa de que os valores recebidos são legais e definitivos, impedindo, assim, que ocorra desconto dos mesmos, ante a boa-fé do servidor público (relator Min. Benedito Gonçalves - julgado em 10/10/12). Quanto a esse tema, veja como já havia se manifestado o Plenário do STF no julgamento do MS nº /DF: A reposição ao erário apenas não se impõe quando presentes, de modo concomitante, os seguintes requisitos: 1) presença de boa-fé do servidor ou beneficiário; 2) ausência, por parte do servidor, de influência ou interferência para a concessão da vantagem impugnada; 3) existência de dúvida plausível sobre a interpretação, validade ou incidência da norma infringida, no momento da edição do ato que autorizou o pagamento da vantagem impugnada; e, 4) interpretação razoável, embora errônea, da lei pela Administração (STF - Pleno - MS nº: /DF - Relator Ministro Eros Grau - DJU: 22/02/2008) Exame psicotécnico e sua aplicação em concurso público Resumo Supremo Federal Súmula vinculante 44 e AI (repercussão geral) SV 44: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. A exigência de avaliação psicológica ou teste psicotécnico, como requisito ou condição necessária ao acesso a determinados cargos públicos de carreira, somente é possível, nos termos da Constituição Federal, se houver lei em sentido material (ato emanado do Poder Legislativo) que expressamente a autorize, além de previsão no edital do certame. Ademais, o exame psicotécnico necessita de um grau mínimo de objetividade e de publicidade dos atos em que se procede. Professor(a). Armando Mercadante 7

8 A jurisprudência, num primeiro momento, exigia a previsão em lei para inserção do exame psicotécnico como fase de concurso público, porém evoluiu para também se exigir que o mesmo seja revestido de rigor científico, com observância de critérios técnicos que propiciem base objetiva destinada a viabilizar o controle jurisdicional da legalidade, da correção e da razoabilidade dos parâmetros norteadores da formulação e das conclusões resultantes dos testes psicológicos. (AI AgR, rel. min. Celso de Mello, j , 2ª T, DJ de ) Nesse momento, chegamos ao final dessa aula demonstrativa, na qual apresentei cinco posicionamentos do STF sobre temas relacionados a servidores públicos. A aula ficou bem curtinha para lhe proporcionar uma leitura rápida, mostrandolhe que é possível aprender jurisprudência de forma bastante objetiva. Em aproximadamente 4 páginas (tirando capa, apresentações e cronograma) você teve acesso a 5 posicionamentos do STF com comentários... agora pense numa aula de aproximadamente 50 páginas quanto conteúdo será agregado ao seu conhecimento. Qualquer dúvida que tenha sobre as decisões aqui apresentadas ou caso queira obter mais informações sobre o curso, estou à inteira disposição no abaixo indicado. Grande abraço! Armando Mercadante armandomercadante@pontodosconcursos.com.br Professor(a). Armando Mercadante 8