Empreendedorismo do Rio de Janeiro: Conjuntura e Análise

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1 Empreendedorismo do Rio de Janeiro: Conjuntura e Análise

2 Sebrae/RJ Diretor superintendente Sergio Malta Diretores Cezar Vasquez Evandro Peçanha IETS Editor responsável André Urani Adriana Fontes Luisa Azevedo

3 APRESENTAÇÃO Caro leitor, A publicação que você acaba de receber reúne boletins mensais sobre o mundo do trabalho no Estado do Rio de Janeiro com foco, em especial, na situação das micro e pequenas empresas. Resultado de uma parceria entre o Sebrae/RJ e o Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), essas análises constituem mais uma ferramenta para acompanhar, sob a ótica conjuntural, estrutural e prospectiva, as micro e pequenas empresas (MPE) do estado, e vêm juntar-se à já tradicional pesquisa Indicadores das Micro e Pequenas Empresas (IMPE), desenvolvida mensalmente pelo Sebrae/RJ e pela Fundação Getulio Vargas. O Sebrae/RJ acredita que, com conhecimento dos cenários e a análise dos impactos das principais variáveis macroeconômicas nos pequenos negócios, é possível tomar decisões mais acertadas e eficientes para se estabelecer políticas públicas a favor de um ambiente favorável às MPE, assim como para desenvolver um melhor planejamento dos empreendimentos. Por isso, é com satisfação que apresentamos os três primeiros boletins elaborados pelo IETS, que abordam a crise internacional, a flexibilização dos contratos de trabalho e a formalização. Boa leitura! Cezar Vasquez Diretor do Sebrae/RJ

4 ÍNDICE Conjuntura e Análise nº 1 : A Crise Internacional e a Micro e Pequena Empresa 7 Conjuntura e Análise nº 2 : Flexibilização dos Contratos de Trabalho e as MPE 14 Conjuntura e Análise nº 3 : Formalização das Micro e Pequenas Empresas no Rio de Janeiro 2008: Balanço Positivo, mas com Sinais de Crise 21

5 Conjuntura e Análise nº 1 A CRISE INTERNACIONAL E A MICRO E PEQUENA EMPRESA Da euforia aos primeiros sintomas da crise Após quase duas décadas de relativa estagnação, o mercado de trabalho do Rio de Janeiro demonstrou uma extraordinária vitalidade nos últimos cinco anos. Seja em termos de quantidade como de qualidade dos postos de trabalho, os principais indicadores do mercado de trabalho evoluíram de forma extremamente positiva. Segundo a Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE (PME/IBGE): A taxa de desemprego na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) reduziu dois pontos percentuais entre 2003 e 2007, passando de uma média anual de 9,2% para 7,2% (Gráfico 1); Neste mesmo período, apesar da corrosão registrada em 2003 e 2004, houve um aumento dos rendimentos reais médios do trabalho de 10% na RMRJ - um índice superior até ao registrado no conjunto das seis regiões metropolitanas (Gráfico 2); A participação dos empregados com carteira de trabalho assinada na ocupação total da RMRJ passou de 41% em 2003 para 44,5% em 2007 (Gráfico 3). Gráfico 1 Gráfico 2 5

6 Gráfico 3 Esta evolução positiva do mundo do trabalho na RMRJ é corroborada pelos registros administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 1, entre 2003 e 2007: Foram criados 555 mil empregos formais, o que representa um crescimento do nível de emprego de 23%; e Houve um crescimento de 5% no número de empresas formais, 97% das quais micro e pequenas empresa (MPE) que absorvem quase 40% dos postos de trabalho. Até meados de 2008, havia fortes indícios de continuidade desta tendência. Segundo a PME/IBGE, o saldo líquido dos dez primeiros meses deste ano é altamente positivo: o desemprego continuou caindo (ficou em 6,8%, em média, contra 7,3% no mesmo período do ano passado como mostra o Gráfico 4) e o rendimento real médio do trabalho aumentando (5% - como se vê no gráfico 5). Nos últimos meses, entretanto, foi possível perceber os primeiros sinais de que a crise financeira internacional está desembarcando por aqui, em nossa região metropolitana: sempre segundo a PME/ IBGE, a taxa de desemprego em outubro foi 0,5 ponto percentual superior à do mesmo mês do ano passado, ao passo que o rendimento real médio do trabalho tem registrado queda ao longo dos últimos dois meses (embora ainda esteja em patamares superiores aos registrados no mesmo período de 2007). Gráfico 4 1 A definição de micro e pequena empresa é a mesma do Sebrae, seguindo o critério de número de empregados. Microempresa são os estabelecimentos com até 9 empregados nos setores comércio, serviços e agropecuária e com até 19 empregados na indústria. Pequena empresa são os estabelecimentos com 10 a 49 empregados nos setores comércio, serviços e agropecuária e com 20 até 99 empregados na indústria. 6

7 Gráfico 5 É mais do que natural, portanto, que surjam incerteza e temores em relação ao que poderá acontecer num futuro próximo, seja em relação ao desempenho do mercado de trabalho, seja, em particular, à dinâmica das micro e pequenas empresas. Possíveis desdobramentos da crise As políticas econômicas e o ambiente macroeconômico afetam o nível de rendimentos e emprego nos diferentes setores da economia. Para analisar os efeitos da atual conjuntura econômica sobre as micro e pequenas empresas (MPE) é preciso, primeiramente, fazer uma breve caracterização destas atividades. As micro e pequenas empresas têm um papel extremamente relevante na economia e, principalmente, na quantidade de postos de trabalho do Estado do Rio de Janeiro. Embora exista uma parcela de MPE que produza bens destinados à exportação, a imensa maioria das micro e pequenas empresas produz bens e serviços que não são transacionados com outros países, i.e., pertencem ao setor de bens não-comercializáveis 2. Da mesma forma, a maior parte do setor informal está alocada no universo das micro e pequenas empresas, seja em termos de informalidade das empresas ou da relação de trabalho, incluindo os trabalhadores por conta própria, menor unidade de produção. Assim, quando falamos em impactos do cenário macroeconômico nos trabalhadores informais e no setor de bens não-comercializáveis, estamos nos referindo à grande maioria das MPE. A história brasileira recente mostra que as condições macroeconômicas têm efeitos diferenciados nas micro e pequenas empresas. É possível distinguir os impactos das três variáveis-chave da economia (taxas de inflação, câmbio e juros) nas MPE e exemplos na história recente. Um cenário de alta inflação prejudica mais os rendimentos dos trabalhadores do setor formal do que os dos informais. Nos anos 80, os sucessivos planos de estabilização não conseguiram manter a inflação baixa por muito tempo. Os trabalhadores brasileiros tiveram perdas expressivas de renda real. Entretanto, os diferenciais de rendimentos foram favoráveis aos trabalhadores informais confirmando a maior capacidade destes trabalhadores de preservar seus rendimentos frente a pressões inflacionárias (Urani e Winograd, 1994). Os rendimentos dos empregados com carteira de trabalho assinada, mais presentes no setor de bens comercializáveis, são regulados por políticas salariais e, portanto, mais rígidos. Como o salário 2 Segundo a composição setorial das MPE formais, 51% são empresas de serviços, 38% de comércio e apenas 7% atuam nos ramos industriais, segundo a RAIS/2006. A maior parte destas não comercializa com outros países. 7

8 neste setor é determinado por mecanismos institucionais, há uma defasagem no reajuste que faz com que, em períodos de inflação, os trabalhadores deste setor tenham perdas mais acentuadas. Já os rendimentos do setor informal são mais flexíveis, permitindo ajustes mais rápidos. Os trabalhadores informais, principalmente os trabalhadores por conta-própria, cujos rendimentos são determinados pela livre negociação do preço dos serviços ou produto final, podem reajustar seus preços mais freqüentemente em períodos de inflação. Uma valorização no câmbio tende a favorecer os rendimentos dos trabalhadores no setor não-comercializável em detrimento dos rendimentos no setor de bens comercializáveis. Com o processo de estabilização econômica iniciado em 1994, finalmente foi possível acabar com o imposto inflacionário que corroia os rendimentos dos trabalhadores, sobretudo, dos mais pobres. Há grande elevação do consumo das classes de renda mais baixas. A política de valorização cambial aliada à abertura comercial provocou uma mudança nos preços relativos em favor do setor de bens não comercializáveis. O aumento no custo de produção em dólares não pode ser repassado para o produto final em virtude da maior concorrência de produtos importados no mercado doméstico (Machado e Machado, 1998). Há um acréscimo na participação dos ocupados no setor não-comercializável, que não está exposto à concorrência internacional. Como o rendimento dos trabalhadores informais não está sujeito a nenhum tipo de mecanismo institucional de reajuste dos rendimentos, face ao aquecimento da demanda agregada, esse grupo reajusta o preço dos seus serviços. Assim, o aumento na taxa de desemprego e na participação do setor informal na absorção de mão-de-obra ocorrido no período foi acompanhado de uma queda nos diferenciais de rendimentos em favor dos trabalhadores do setor de bens não comercializáveis. Por fim, uma elevação na taxa de juros e conseqüente queda no nível de atividade da economia afeta mais os trabalhadores informais, cujos rendimentos são mais vulneráveis a oscilações da demanda. O fluxo de renda desses trabalhadores, principalmente dos trabalhadores por conta própria, é determinado mais pelo nível de atividade e pela demanda do que por mecanismos institucionais de reajuste. Assim, em momentos de aquecimento da demanda esses trabalhadores tendem a se beneficiar mais do que os trabalhadores formais, mas, quando há recessão, os efeitos negativos são mais severos. No momento atual, vivemos um cenário de crise internacional que começou com uma crise de crédito nos Estados Unidos, mas que já afeta o lado real da economia. Ainda há muita incerteza sobre os efeitos da crise na economia brasileira e nas micro e pequenas empresas, em particular. Mas podemos tirar algumas lições a partir desta história recente. No início do ano, as pressões inflacionárias levaram à adoção, por parte do Banco Central, de uma elevação da taxa de juros. Com o agravamento da crise internacional no segundo semestre, a questão da inflação perdeu importância e há uma tendência de queda da taxa de juros. A princípio, elevação dos preços e redução dos juros, por razões já citadas anteriormente, poderiam favorecer as micro e pequenas empresas. No entanto, as grandes conseqüências da crise são retração do crédito, redução da liquidez e desaquecimento da demanda que têm efeitos negativos sobre o lado real da economia e, em especial, sobre as micro e pequenas empresas. O efeito líquido vai depender da magnitude do impacto da crise na atividade econômica. Um dos principais problemas enfrentados pelas MPE no Brasil e no mundo é a escassez de crédito fundamental para o financiamento do capital de giro dessas empresas. No cenário atual, este problema será agravado. O crédito está ainda mais caro e a análise de crédito, mais rigorosa. Ainda que não se saiba a magnitude dos efeitos da crise sobre a demanda por bens de consumo não comercializáveis, a falta de crédito pode impedir o funcionamento das MPE de forma mais imediata. 8

9 Mais do que nunca é necessário o fortalecimento das micro e pequenas empresas através de políticas voltadas a esse grupo tendo em vista sua importância na geração de renda para as camadas mais pobres da população. No curto prazo, pode-se pensar em instrumentos de política fiscal, como o aumento ou, pelo menos, a manutenção das compras do governo e a desoneração de tributos nos setores de maior geração de empregos, e linhas de crédito voltadas para esses setores. No longo prazo, é necessário construir as bases para uma política de adensamento de cadeia. Bibliografia: Machado, A. F. e Machado, D. C. Análise de dois setores no mercado de trabalho: os efeitos do Plano Real. Revista de Economia Política, vol. 18, Nº 4 (72), outubro-dezembro/1998. Urani, A. e Winograd, C. D. Distributional effects of stabilization policies in a dual economy: the case of Brazil Revista Brasileira de Economia, Vol. 48, Nº 1,

10 Opinião de especialista Fernando Cardim Professor do Instituto de Economia da UFRJ No segundo semestre de 2008, a crise financeira, iniciada nos Estados Unidos no ano anterior, mudou de natureza. O pânico financeiro que ocupou as manchetes dos jornais até recentemente deu lugar a uma fase menos espetacular, mas muito mais dramática: a recessão no setor produtivo. Agora são as empresas industriais e comerciais americanas que estão exibindo os sintomas do estrangulamento financeiro a que estão sendo submetidas, com a falta de crédito bancário, a paralisia dos mercados de títulos, a retração dos clientes, eles próprios incapazes de obter crédito para financiar suas compras. Além disso, os consumidores estão assustados com as perspectivas sombrias que se abrem para a economia americana, mesmo com o otimismo gerado pela eleição do Presidente Obama e o prenúncio das medidas que tomará para combater a recessão e recuperar o nível de atividades. Prever os impactos de uma crise desta magnitude sobre outros países, como o Brasil, é sempre arriscado. Isto porque embora os impactos diretos sejam relativamente fáceis de se identificar, como a contração da demanda externa por produtos exportados pelo país, são os impactos indiretos que podem, em certos momentos, ser mais importantes. Na verdade, o Brasil já sofreu alguns desses impactos diretos e indiretos, concretos e subjetivos. A contração da oferta de crédito às exportações é um exemplo de impacto direto, causado pela interrupção de empréstimos em dólares para bancos que financiam o setor. Em parte, a contração do próprio crédito doméstico que se tem visto nos últimos meses é também resultado da seca de empréstimos externos, fonte usual de recursos para os bancos que operam no país. A escala da retração de crédito, contudo, e a fuga de depositantes de bancos médios e pequenos para os grandes, só podem ser entendidas como um fenômeno de contágio subjetivo. Nada justificaria esta fuga de depositantes senão o temor irracional de que o pânico visto nos Estados Unidos se repita aqui. Em um quadro como o atual, o que podem esperar para o futuro mediato e imediato as pequenas e médias empresas do Rio de Janeiro? Eu arriscaria três possíveis efeitos. O impacto mais importante provavelmente será sentido pelas empresas ligadas ao setor de turismo. O alívio provocado pela desvalorização cambial deste ano, que pode ter estimulado a vinda de um número maior de turistas americanos, já se encontra relativamente esgotado, com a estabilização do dólar recentemente. Por outro lado, a profundidade da recessão nos Estados Unidos certamente fará com que o turismo para o exterior sofra uma redução significativa. À medida em que a recessão também contagia a Europa ocidental, essa contração pode se tornar mais marcada. Naturalmente, a redução do fluxo de turistas atinge diretamente os setores de hotelaria e alimentação, mas também pode criar problemas para a comercialização de produtos especialmente de artesanato que tem nos turistas estrangeiros um mercado importante. Um segundo impacto pode ser mais positivo. A contração do crédito deve levar a uma desaceleração da compra de bens de consumo durável, especialmente os de valor mais elevado, inclusive automóveis. Isto implicará um aumento da demanda por serviços de reparo que possam prolongar a vida útil dos bens existentes. Naturalmente, o vigor dessa demanda dependerá da evolução da renda especialmente dos trabalhadores do setor formal. No caso de um contágio mais intenso da economia brasileira pela crise internacional, a demanda para o setor de serviços de manutenção pode também se enfraquecer. 10

11 Finalmente, um terceiro impacto tem a ver com a ainda grande importância do funcionalismo público na população do estado e, mais especificamente, da cidade do Rio de Janeiro. É ainda uma incógnita como o governo vai reagir à provável desaceleração da economia brasileira. Por enquanto, várias medidas foram tomadas de estabilização do sistema financeiro e amenização da contração de crédito. Há uma probabilidade não-desprezível de que uma contração da economia, ao reduzir as receitas do governo, possam forçá-lo a uma postura fiscal mais austera, inclusive com relação aos salários do funcionalismo. Se isso ocorrer, é mais uma fonte de demanda para produtos locais que se enfraquecerá. Este último fator serve, na verdade, para nos lembrar que um elemento crucial de qualquer cenário futuro será a estratégia de política macroeconômica adotada pelo governo federal, cuja definição todos aguardamos. 11

12 Conjuntura e Análise nº 2 FLEXIBILIZAÇÃO DOS CONTRATOS DE TRABALHO E AS MPE Os reflexos da crise financeira internacional foram sentidos na economia brasileira em Queda da produção industrial, demissões em empresas ligadas à exportação de commodities e férias coletivas na indústria automobilística são alguns sinais da desaceleração da economia brasileira citados nos principais meios de comunicação. As estatísticas do Ministério do Trabalho também apontam para uma perda de dinamismo do mercado de trabalho brasileiro. O gráfico 1 apresenta a variação do nível de empregos formais obtida através do saldo entre o número de admitidos e de desligados, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged/MTE). Gráfico 1 A partir de outubro, o saldo líquido do nível de emprego ficou sensivelmente abaixo do ano anterior e, em dezembro, o número de demissões superou o de admissões com um saldo líquido negativo de 655 mil postos de trabalho (ver tabela 1 no anexo estatístico). Devido ao resultado do último trimestre, a variação do nível de emprego em 2008 foi 10% inferior ao ano anterior, conforme o gráfico 2. Gráfico 2 No Estado do Rio de Janeiro, os sinais de desaceleração da economia são mais fracos. No consolidado de 2008, o saldo do nível de empregos no estado foi de cerca de 155 mil postos de trabalho, 7% superior ao ano anterior (gráfico 3). Mas, como mostra o gráfico 4, a partir de outubro o saldo líquido do nível de emprego ficou abaixo do ano anterior. Enquanto de outubro a dezembro de 2007 foram criados 42 mil empregos, em 2008, a variação foi de 12,5 mil, 71% inferior. Vale destacar o desempe- 12

13 nho negativo de dezembro (destruição de 20 mil postos de trabalho) em relação aos anos anteriores, principalmente se comparado a 2007, que não registrou variação negativa do nível de emprego em nenhum dos doze meses. Gráfico 3 Neste contexto de redução do ritmo das contratações e aumento das demissões, retoma-se o debate sobre flexibilização dos contratos de trabalho, que surgiu no Brasil nos anos 90, mas, com o crescimento econômico dos últimos anos, havia sido deixado de lado. Com a chegada da crise este ano, o tema ressurge através de discussões de propostas para mudanças na legislação trabalhista e acordos entre empresários e trabalhadores para flexibilizar direitos trabalhistas, dentro das possibilidades já permitidas por lei, de modo a preservar o número de postos de trabalho. A principal proposta discutida por empresários, sindicalistas e políticos que buscam alternativas para amenizar os impactos no nível de empregos é a suspensão temporária do contrato de trabalho 1. Nas grandes empresas, empresários e trabalhadores começam a fechar os primeiros acordos para redução de jornada de trabalho e salários para evitar as demissões. Nos setores menos organizados, como as micro e pequenas empresas (MPE), onde não há instâncias que representem os trabalhadores mas que são sujeitos às regras de contratação e demissão impostas por lei, é mais difícil a manutenção do emprego. Na ausência de espaço para negociação, a única alternativa frente à crise é a demissão dos trabalhadores. Como mostra o gráfico 5, a variação do nível de emprego nas MPE acompanhou a retração do mercado de trabalho formal brasileiro do último trimestre, sendo que no último mês foram destruídos quase 300 mil postos de trabalho nestas empresas (45% do total de postos de trabalho fechados em dezembro) 2. Já no Estado do Rio de Janeiro, a retração do nível de emprego nas MPE foi menos acentuada, conforme o gráfico 6. Em dezembro, foram destruídos 6,8 mil postos de trabalho em MPE do estado, 35% da queda total do nível de emprego (tabela 1). 1 Essa proposta prevê a possibilidade de suspensão temporária do contrato de trabalho pelo prazo máximo de dez meses. Após esse período, a empresa recontrataria os trabalhadores temporariamente afastados ou então promoveria a rescisão definitiva. O trabalhador cujo contrato fosse suspenso teria direito a receber o benefício do seguro-desemprego e possibilidade de participar de programas de treinamento específico ou de educação geral, com o objetivo de aprimorar sua qualificação para o trabalho enquanto seu contrato estiver suspenso. A proposta sugere que a possibilidade de suspensão do contrato de trabalho seja instituída em caráter transitório, valendo apenas para o exercício de 2009 a princípio. 2 A definição de micro e pequenas empresas (MPE) é a mesma do Sebrae, seguindo o critério de número de empregados. Microempresa são os estabelecimentos com até 9 empregados nos setores comércio, serviços e agropecuária e com até 19 empregados na indústria. Pequena empresa são os estabelecimentos com 10 a 49 empregados nos setores comércio, serviços e agropecuária e com 20 até 99 empregados na indústria. 13

14 Gráfico 4 Gráfico 5 O fato é que, apesar da geração de empregos formais nos últimos cinco anos, a legislação trabalhista ainda está longe de proteger metade das pessoas ocupadas. A grande maioria dos trabalhadores às margens da legislação, excluídos de qualquer tipo de direito trabalhista, são ligados à micro e pequenas empresas, que estão submetidas às mesmas regras de contratação que qualquer outra empresa. Apesar dos avanços na simplificação da burocracia e redução dos impostos com a instituição do Simples Nacional ou Super Simples, pouco se avançou em direção a um tipo de contratação mais condizente com a realidade das micro e pequenas empresas. Gráfico 6 Neste momento de crise, o desafio é manter o bem-estar no emprego, sabendo que alguns setores serão fatalmente atingidos pela crise internacional, tipicamente os ligados à exportação de commo- 14

15 dities. A transição para outros setores na economia que possam ser dinamizados através de políticas macroeconômicas que aqueçam a demanda doméstica é necessária e deve-se buscar minimizar os custos do ponto de vista do emprego. As saídas para a crise devem ser alcançadas através diálogo entre empresários e trabalhadores. A falta de negociação significa, neste momento, a demissão do trabalhador. Para que haja uma negociação legítima, entretanto, é necessário avançar na reforma do sistema sindical brasileiro. O aumento do espaço de negociação passa por sindicatos livres, fortes e representativos dos interesses coletivos. Isto não apenas nos setores mais organizados como no ABC, mas também em outros segmentos menos estruturados, como nas MPE. É preciso rever o sistema em busca de relações de trabalho mais genuínas no nosso país. 15

16 Opinião de especialista João Saboia Professor titular e diretor do Instituto de Economia da UFRJ Vamos discutir o Simples do Trabalho? ano de 2008 foi excepcional para o mercado de trabalho. A taxa de desemprego apresentou O seu menor nível desde o início do governo Lula. O nível de renda continuou sua trajetória ascendente. A geração de empregos com carteira assinada prometia bater novo recorde. Tudo mudou, entretanto, nos meses finais do ano, quando o país foi atingido pela crise internacional. A partir daí, o cenário se inverteu. Segundo o CAGED, o mês de dezembro apresentou a maior queda de empregos com carteira assinada de todos os tempos, só não sendo ainda pior devido às empresas que deram férias coletivas a seus trabalhadores. Os milhares de trabalhadores temporários contratados ao longo de 2008, cuja expectativa era a renovação de seus contratos, se frustraram com as dispensas em massa. Os empregos permanentes também estão em risco. O medo do desemprego está no ar e as perspectivas do mercado de trabalho para 2009 são bastante desfavoráveis. Dentro deste contexto, a questão da flexibilização do mercado de trabalho volta à ordem do dia. Não seria o caso de se modificar a legislação, reduzindo direitos e encargos, como forma de manutenção dos empregos? Não seria o momento de se aproveitar a atual situação para modernizar a atual legislação do trabalho? Tal discussão é importante, mas deve-se ter cuidado para não misturar questões conjunturais com estruturais. A atual crise, apesar de sua dimensão, será passageira, e mais cedo ou mais tarde sairemos dela. Para enfrentá-la devemos desenvolver mecanismos de curta duração, que procurem amenizar os efeitos da crise sobre o mercado de trabalho. Outra questão são as mudanças estruturais que podem ser propostas e discutidas para a regulação do mercado de trabalho no futuro, quando os efeitos da crise atual tiverem sido superados. No momento atual, qualquer negociação que possa ser realizada entre as partes, com data de início e de fim, que possa manter os empregos ou reduzi-los minimamente, com ou sem redução da jornada de trabalho e de salários, é muito bem vinda. É melhor um emprego que gere alguma renda do que o desemprego puro e simples com renda zero. É importante, que se aproveite o atual período de dificuldades para que se aprofundem as discussões sobre as mudanças que poderiam ser feitas na atual legislação do trabalho, que se mostra superada e desatualizada. Assim, terminados os efeitos da crise atual, a sociedade teria avançado para implementar as modificações estruturais desejáveis. O caso do Simples é um exemplo de avanço realizado na legislação fiscal beneficiando milhares de empresas de pequeno porte. Em recente dissertação de mestrado defendida na UFRJ em janeiro deste ano, Anna Simão mostrou que no período 1999/2007 os estabelecimentos optantes pelo Simples apresentaram um maior crescimento do número de vínculos empregatícios do que os não optantes, embora possuam em média um número bem menor de trabalhadores (ver tabela). Certamente, as vantagens fiscais do Simples ajudaram na obtenção de tal resultado. Não seria o caso de se criar um Simples para a legislação do trabalho? Se as empresas optantes pelo Simples apresentaram uma performance relativamente favorável em termos de geração de emprego no passado quando comparadas às demais, com a criação do Simples do Trabalho os resultados poderiam ser ainda melhores. 16

17 De qualquer forma, é preciso deixar claro que a condição necessária para a recuperação do mercado de trabalho será a retomada do crescimento da economia. O Simples do Trabalho seria apenas um elemento adicional de incentivo à geração de emprego nas MPE. Variação Percentual do Número de Vínculos Empregatícios e de Estabelecimentos Declarantes da GFIP/MPAS. Posição em Setembro. Brasil: Fonte: MPAS/GFIP. 17

18 Anexo estatístico tabela 1: Variação do Nível de Emprego Formal Brasil Estado do Região Metropolitana Rio de Janeiro do Rio de Janeiro Total MPE's Total MPE's Total MPE's 01_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Fonte: Caged/MTE. 18

19 Conjuntura e Análise nº 3 FORMALIZAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO RIO DE JANEIRO 2008: BALANÇO POSITIVO, MAS COM SINAIS DE CRISE Segundo os dados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME/IBGE), apesar dos primeiros sinais da crise no último trimestre, 2008 pode ser considerado um bom ano para o mercado de trabalho metropolitano brasileiro em termos de médias anuais. O desemprego, em queda desde 2003, apresentou a maior redução do período, passando de 9,4% em 2007 para 7,9% em Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a queda do desemprego foi inferior à das outras regiões metropolitanas pesquisadas (-0,3 ponto percentual), perdendo a posição de menor taxa de desemprego de 2007 para Porto Alegre e Belo Horizonte. Gráfico 1 O comportamento do desemprego se deve em grande parte ao dinamismo da ocupação. Entre 2007 e 2008, o nível de ocupação no total das seis maiores regiões metropolitanas cresceu 3,8%, maior crescimento dos últimos cinco anos. Na RMRJ, a variação foi de 2,5%, inferior à das outras regiões metropolitanas do Sul e Sudeste. Além da ocupação no Rio de Janeiro não ter acompanhado o ritmo das demais regiões metropolitanas, o setor que apresentou maior crescimento foi a Administração Pública. Este aumento não está diretamente relacionado a movimentos do mercado, e sim a decisões políticas e administrativas por parte do governo. A indústria obteve a maior queda na participação dos setores da RMRJ. A informalidade é que tem segurado as pontas A redução do desemprego foi acompanhada de um aumento do rendimento médio real do trabalho habitualmente recebido. Neste indicador, ao contrário do que ocorreu com a taxa de desemprego, o Rio de Janeiro evoluiu mais do que as demais regiões metropolitanas com um crescimento de mais de 5% em relação a 2007, com exceção de Salvador que cresceu 6,7%. Como podemos observar no gráfico, a renda real média da RMRJ superou a média do Brasil Metropolitano em Este crescimento se deve principalmente ao crescimento dos rendimentos dos trabalhadores informais, sobretudo na RMRJ. O aumento da renda real média dos trabalhadores por conta própria na região metropolitana do Rio de Janeiro entre 2007 e 2008 (6,7%) foi o mais expressivo quando comparado com as demais regiões metropolitanas. Em termos dos rendimentos dos trabalhadores 19

20 sem carteira assinada, o crescimento observado na RMRJ (5%) foi quatro vezes maior do que no Brasil Metropolitano. Assim como observado para os trabalhadores por conta própria, os rendimentos dos empregados no setor público entre 2007 e 2008 tiveram sua maior variação positiva na RMRJ (6,5%), mais de dois pontos percentuais acima do mesmo crescimento para o Brasil Metropolitano, de 4,1%. Este foi o único grupo cuja renda cresceu em todas as regiões metropolitanas consideradas pela PME. Os trabalhadores com carteira assinada apresentaram aumento pouco significativo dos rendimentos na RMRJ entre os anos de 2007 e 2008 (2,4%). Gráfico 2 Gráfico 3 Já em termos de formalização, tema deste número, a PME permite identificar o percentual de empregados com carteira de trabalho assinada. Houve um aumento deste percentual entre 2007 e 2008 em todas as regiões metropolitanas, mas, no caso da do Rio de Janeiro, este incremento foi menor (0,3 ponto percentual). O percentual de empregados com carteira assinada na RMRJ só é mais alto do que o de Recife e praticamente igual ao da Região Metropolitana de Salvador (gráfico 4). 20

21 Gráfico 4 Por que há tanta informalidade no Rio de Janeiro? No tocante à informalidade das empresas, o único dado disponível é o da Pesquisa da Economia Informal e Urbana (Ecinf/IBGE), que foi a campo em 1997 e Como pode ser observado no gráfico 5, em 2003, apenas 5% das empresas com até cinco empregados na RMRJ possuíam constituição jurídica, percentual bem abaixo da média do Brasil Metropolitano, do Sudeste e da região metropolitana de São Paulo (RMSP). Além de ter o índice mais baixo, enquanto no Sudeste metropolitano e na RMSP há um aumento na formalização das empresas, na RMRJ, entre 1997 e 2003, há uma redução no percentual de negócios com até 5 empregados com constituição jurídica. Assim como a constituição jurídica, a licença municipal ou estadual também é menos presente na RMRJ (Gráfico 6). Neste indicador, há uma redução na formalização em todas as áreas entre 1997 e Em suma, de acordo com esses indicadores, podemos afirmar que a formalidade no Rio de Janeiro é metade do que a média metropolitana. Gráfico 5 Mas porque a informalidade é maior no Rio de Janeiro? Primeiramente pode-se dizer, a partir do gráfico 7, que há menor disposição por parte dos microempreendedores de regularizar seus negócios. Em 76,7% dos negócios na RMRJ não houve tentativa de regularização, percentual superior às médias da RMSP, do Sudeste e do Brasil metropolitanos. Com relação aos microempreendedores que tentam regularizar seus negócios, as dificuldades encontradas referem-se principalmente à burocracia e ao custo da regularização, como pode ser visto no gráfico 8. Nota-se, entretanto, que na RMRJ a burocracia é menos significativa que nos outros lugares, enquanto o custo e a falta de informação 21

22 Gráfico 6 sobressaem-se. O desejo de não querer pagar impostos também é um fator mais relevante no Rio de Janeiro do que nos outros lugares. Conclui-se, por um lado, que a informalidade no Rio de Janeiro é mais alta em parte pela cultura da informalidade estabelecida. Por outro lado, há maior precariedade dos negócios no Rio de Janeiro identificada pelas dificuldades mais básicas em termos de falta de informação, custo dos impostos ou da formalização dos negócios. Políticas que visem o aumento da formalização devem contemplar tanto ações que busquem a simplificação da burocracia e desoneração dos tributos como melhoria do ambiente de negócios no Rio de Janeiro. O setor informal, neste momento de crise, pode ajudar a amortecer os efeitos da crise, mas, estruturalmente, é um obstáculo para o desenvolvimento de longo prazo do Rio de Janeiro. Por isso, convidamos Paulo Ferraz para discutir uma estratégia de formalização das micro e pequenas empresas em favelas do Rio de Janeiro. Gráfico 7 Gráfico 8 22

23 Opinião de especialista Paulo Ferraz / Luisa Azevedo Formalização e Favelas formalização das micro e pequenas empresas (MPE) na cidade do Rio de Janeiro está diretamente associada ao enfrentamento desta questão nas favelas. Uma vez que o poder público A não apenas foi leniente com a formação e o estabelecimento das favelas, como também incorreu em um grande volume de gastos com a provisão de serviços públicos de infraestrutura urbana básicos (urbanização das favelas), devemos aceitar que estas comunidades já são parte constitutiva da cidade. Concordando ou não com as decisões tomadas pelos governos anteriores, as favelas foram a maneira informal e posteriormente institucionalizada de se contornar o déficit habitacional na metrópole. Os negócios nas favelas cariocas são caracterizados pelo pequeno porte e informais - segundo o censo realizado nas favelas de Vigário Geral e Parada de Lucas, 93% dos negócios são informais. Ademais, de acordo com Urani (2008): O empreendedorismo carioca (...) pode ser considerado de subsistência. Em grande medida, os empreendedores cariocas são pequenos comerciantes e prestadores de serviços que se estabelecem, na informalidade e com nenhum acesso a serviços produtivos, nas favelas da cidade. Os argumentos a favor da legalização das MPE nas favelas são vários e de natureza diversa. Um dos principais pontos levantados são os custos financeiros da informalidade para o governo. Como na ilegalidade não há obrigação de pagar impostos, a formalização aumentaria a arrecadação e, consequentemente, traria a possibilidade de melhoria na oferta de serviços públicos, tanto em quantidade como em qualidade. Outro argumento está embasado na idéia de que da mesma forma que todo cidadão deve ter um documento de identidade, toda empresa deveria tê-lo também, pois a existência de um grande número de empresas/pessoas informais/irregulares dificulta a fiscalização e a construção e implementação de políticas públicas. Seguindo esta linha de raciocínio, a informalidade das MPE pode ser o ponto de partida de um ciclo que levaria a todo tipo de desordem e corrupção. Assim, o desafio que se coloca é: como fazer a transição do informal para o formal nas favelas? O primeiro passo é a retomada dos territórios dominados pela força de grupos armados de traficantes ou milicianos pelo poder público oficial, com a presença de efetivo policial que possa patrulhar estas áreas. A segurança e a legalidade - ao lado de um patamar mínimo de qualidade nas áreas de educação e saúde, no intuito de garantir mão-de-obra saudável e qualificada - são estímulos e précondições para o desenvolvimento econômico. A retomada funcionaria como um sinal de ordem para a sociedade, inclusive os moradores da favela, e a partir de então várias ações conjugadas para possibilitar e estimular a formalização das MPE poderiam ser postas em prática. De que forma combater a informalidade é um ponto que merece reflexão para que se possa organizar o processo de formalização. Já que diferentes formas de ilícito têm diferentes penalidades (ex; tráfico, pirataria, jogo do bicho, contrabando etc.), devemos ter diferentes níveis de tolerância com a informalidade ou não? A dificuldade reside em definir o que seria uma contravenção pequena ou tolerável. Considerando a possibilidade de haver dois tipos de arranjos na informalidade, o negócio informal com atividade lícita (ex: camelô não registrado vendendo latinha de refrigerante) e o informal com atividade ilícita (ex: traficante, camelô vendendo produtos piratas/contrabandeados ou roubados), uma idéia para a transição do informal para o formal seria focar primeiro nos que são informais e 23

24 trabalham com serviços ou produtos lícitos. Deste modo, os que não se legalizassem poderiam então passar a ser classificados como ilegais. Outra ação cujo escopo não está limitado ao microempreendorismo, mas que é de suma importância para que se proceda à formalização nas favelas, é a regularização fundiária. De acordo com o censo realizado em Vigário Geral e Parada de Lucas, 58% das MPE funcionam na própria residência do dono do negócio. Os entraves para levar a cabo a regularização fundiária nas favelas envolvem a criação de uma nova legislação urbana (na Rocinha isto foi feito através do PAC) para regularizar as unidades residenciais e comerciais existentes nas favelas, visto que o atual plano urbanístico do Rio de Janeiro não leva em consideração a realidade já constituída. Outras questões que surgem associadas ao processo de regularização fundiária nas favelas dizem respeito à adaptação ou não das unidades já existentes previamente ao estabelecimento das regras e ao tempo que deve ser despendido neste sentido, antes que elas sejam consideradas ilegais; à tolerância zero ao crescimento horizontal das favelas; e à necessidade de se chegar a algum acordo em relação ao crescimento vertical das mesmas. Voltando ao tema mais específico das MPE, uma discussão importante e muitas vezes negligenciada gira em torno dos incentivos econômicos à formalização, ou seja, como fazer para que o custo de formalizar seja próximo de zero e, portanto, não haja vantagens em ser informal. Segundo o mesmo censo citado anteriormente, 74% dos nano, micro e pequenos empresários nas favelas de Vigário Geral e Parada de Lucas não querem se formalizar. Desta forma, a informalidade ainda parece ser mais lucrativa para os nano, micro e pequenos empreendedores nas favelas, mesmo que implique no funcionamento dos negócios em estabelecimentos com má infraestrutura, na falta de segurança pública (ambos relacionados ao déficit de serviços públicos) e em ocupações de baixa qualificação e remuneração. Para reverter este quadro e criar incentivos à formalização é necessário baixar substancialmente o custo e a burocracia de se legalizar. Em relação à regulamentação fundiária, alguns incentivos à formalização poderiam ser a isenção temporária ou permanente de IPTU e a redução das tarifas de luz, água e coleta de lixo. No caso dos empreendedores de favelas, a legislação existente já facilita a legalização a custos relativamente baixos. Até pouco tempo, entretanto, esta legislação não havia sido incorporada às políticas públicas dos agentes que deveriam atuar sobre estes territórios. 24

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