Avaliação da qualidade do sedimento do baixo estuário do rio Itajaí-Açu (SC) através de testes de toxicidade crônica

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL Avaliação da qualidade do sedimento do baixo estuário do rio Itajaí-Açu (SC) através de testes de toxicidade crônica Fernanda Poleza Itajaí, 12 de fevereiro, 2010

2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL Avaliação da qualidade do sedimento do baixo estuário do rio Itajaí-Açu (SC) através de testes de toxicidade crônica Fernanda Poleza Dissertação apresentada à Universidade do Vale do Itajaí, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental. Orientador: Dr. Charrid Resgalla Jr. Itajaí, 12 de fevereiro, 2010.

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4 Dedico este trabalho, com saudades, aos que partiram durante a execução deste e cujas presenças ainda são constantes em minha vida: ao meu avô Miguel por tudo que foi e deixou e a Rafaela, por ter me permitido estar presente nos 18 capítulos de sua vida. i

5 AGRADECIMENTOS Pelo fato de não vivermos sozinhos, os agradecimentos aqui mencionados não são meramente formais e trata-se de expor sentidos e emoções em relação a imensidão de pessoas presentes em minha vida. Primeiramente, agradeço ao meu orientador Dr. Charrid Resgalla Jr., pelas oportunidades, confiança e exigências que contribuíram para meu desenvolvimento profissional e direcionamento de minhas escolhas, ratificando toda sua competência e dedicação. Sentirei falta das gargalhadas... Obrigada! Aos meus pais, Ademar e Goreti, por despertarem em mim o respeito e paixão pela natureza, pelo amor incondicional e aprendizado diário e a minha irmã Beatriz, pela simples existência e a todo amor e carinho que em mim desperta. Amo vocês! Ao meu namorado Rafael, além do fundamental apoio na elaboração deste estudo, agradeço os anos de amor e paciência, e pela constante presença nos tantos momentos adversos de minha vida. Com você sempre foi mais fácil transpor os dias. Imagino uma nova história para minha vida, acredito nela e isso inclui você. À minha grande e acolhedora família, obrigada pela torcida, pelas várias mães e pais que sempre terei, pela união nos momentos difíceis, por todo o carinho, pelos almoços de domingo e a tudo que sentirei falta enquando ficar longe. Vocês sempre estarão em meu coração!!! Pela contribuição direta para a elaboração deste estudo, agradeço ao Prof. José Gustava Nortof de Abreu (Laboratório de oceanografia geológica) pela disponibilidade dos dados de granulometria e matéria orgânica e ao Lourival (Laboratório de oceanografia física/unvali) pelos dados de vazão. Aos Professores Leonardo Rorig e Claudemir Radetski, pelas prévias contribuições na leitura do artigo. À querida Cris, por toda sua paciência e disposição em sempre fazer algo além de seu trabalho. Aos casais e grandes amigos Thaís e Fernando, agradeço o auxílio na estatística e abstract e a família Débora e Jura (e o anexo mais doce mundo Vitinho). À vocês agradeço os momentos descontraídos em que passamos juntos, pelos laços de amizade e confiança que criamos, e acima de tudo, pela constante presença nos últimos dias, tão difíceis em minha vida. Vocês são especiais. ii

6 Aqueles que sempre alegraram meus dias, Dani, Mari, Paulo, Laís...saudades de nosso vôlei profissional, especialmente da cervejinha e espetinho logo após, obrigada pelos bons momentos em meio ao stress da dissertação. Vocês valem por muitos calmantes!!! Aos amigos conquistados durante os anos nesta universidade...renatão, Mirella, Ludmilla, Renatinha,, Baby, Renan, Benta, Magda e Telma, agradeço pelas festanças no lab, pelos bolos, almoços...às risadas e piadas que tornavam meus dias menos produtíveis, porém mais felizes. Vocês são tudo de bom... Apesar de mais uma página virada em minha vida, sigo na certeza de que todos aqui citados serão parte das demais...que sejamos todos felizes!!! iii

7 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS... V LISTA DE TABELAS... VII RESUMO... IX ABSTRACT... X INTRODUÇÃO... 1 ÁREA DE ESTUDO... 5 OBJETIVOS... 9 OBJETIVO GERAL... 9 OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 9 MATERIAIS E MÉTODOS PLANOS AMOSTRAIS E ESTAÇÕES DE COLETA DE SEDIMENTO COLETA E PREPARO DOS ELUTRIATOS DETERMINAÇÃO DE AMÔNIO (NH 4 + ) E AMÔNIA (NH 3 ) ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DO SEDIMENTO TESTES DE TOXICIDADE TESTES DE SENSIBILIDADE TESTE DE AVALIAÇÃO PARA IDENTIFICAÇÃO DA TOXICIDADE (TIE) Tratamento com Ulva fasciata Tratamento com EDTA e Tiossulfato de sódio ANÁLISES QUÍMICAS TRATAMENTO DOS DADOS RESULTADOS SENSIBILIDADE E CARTA-COTROLE DE TENDÊNCIA TOXICIDADE X AMÔNIA NÃO-IONIZADA (NH 3 ) VAZÃO AVALIAÇÕES DO SEDIMENTO DO ESTUÁRIO DO RIO ITAJAÍ-AÇÚ Canal de Navegação Variação espaço-temporal da toxicidade Granulometria e percentual de matéria orgânica Análises de correlação múltipla Margens Toxicidade Granulometria e percentual de matéria orgânica Análises de correlação múltipla Região costeira adjacente (Bota-fora) Variação temporal da toxicidade Granulometria e matéria orgânica Análises de correlação múltipla TIE ANÁLISES QUÍMICAS - METAIS DISCUSSÃO CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS iv

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Localização da área de estudo, o baixo estuário do rio Itajaí-açu...8 Figura 2. Planos amostrais e localização dos pontos de coleta de sedimentos no baixo estuário do rio Itajaí-açú. Sendo: SDC (sem dragagem-canal), SDI (sem dragagem margem Itajaí), SDN (sem dragagem margem Navegantes), ADC (área dragada-canal), ADI (área dragada margem Itajaí) e ADN (área dragada margem Navegantes). C (canal de navegação), N (Margem de Navegantes) e I (Margem de Itajaí)...10 Figura 3. Localização dos pontos de coleta de sedimento na região costeira adjacente. BF, NVG, B1, B2, B3 e B4- Regiões de despejo de sedimentos; N metros em direção norte); L metros em direção sul; O metros em direção oeste; S metros em direção sul; N metros em direção norte; S metros em direção sul; C1, C2, C3, C4 e C5- regiões controle...12 Figura 4. Baixo estuário do rio Itajaí-açú dividida em secções para efeitos comparativos espaço-temporais...13 Figura 5. Larvas de Arbacia lixula. (a) e (b) larvas com efeito; (c) larva pluteu normal...15 Figura 6. Fluxograma das etapas de avaliação e identificação da toxicidade (TIE) dos elutriatos dos sedimentos...19 Figura 7. Carta controle de tendência para o zinco (CE 50 -mg/l) em testes de toxicidade embrio-larval para o ouriço Arbacia lixula para n: 18, sendo M: média e DP: desviopadrão...20 Figura 8. Carta controle de tendência para o cromo (CE 50 -mg/l) em testes de toxicidade embrio-larval para o ouriço Arbacia lixula para n: 24, sedo M: média e DP: desviopadrão...20 Figura 9. Relação entre a concentração de amônia não ionizada (NH 3 ) e o efeito tóxico sobre embriões do ouriço Arbacia lixula para os elutriatos provenientes do rio Itajaí-açú e região costeira adjacente ( ). Sensibilidade do organismo teste frente ao NH 3 (experimento realizado como Cloreto de amônia) ( )...21 Figura 10. Valores médios mensais de vazão (m 3 /s) entre janeiro de 2002 e junho de 2009 no baixo estuário do rio Itajaí-açú (dados obtidos do Laboratório de Oceanografia física/univali). A linha pontilhada indica o valor médio de vazão (211,68 m 3 /s)...22 Figura 11. Distribuição espacial da toxicidade média do sedimento do estuário do rio Itajaíaçú. As barras indicam o erro padrão das médias...23 v

9 Figura 12. Distribuição da toxicidade do sedimento do estuário do rio Itajaí-açú para as secções analisadas e referentes as amostragens no canal de navegação. As barras indicam o erro padrão para períodos amostrais com dois ou mais pontos de coleta na mesma secção. A ausência de dados de toxicidade indica períodos não avaliados. Os símbolos ( * ) indicam amostras de sedimentos sem efeito tóxico. Os Períodos de dragagem de aprofundamento nas secções 3 e 4 foram de junho a agosto de 2006 e fevereiro a junho de Figura 13. Distribuição do percentual de finos (silte + argila) e matéria orgânica para as secções analisadas e referentes às amostragens no canal de navegação. As barras indicam o erro padrão para períodos amostrais com dois ou mais pontos de coleta na mesma secção. Os Períodos de dragagem de aprofundamento nas secções 3 e 4 foram de junho a agosto de 2006 e fevereiro a junho de Figura 14. Variação temporal da toxicidade da região costeira adjacente referente ao plano amostral de 2002 a O símbolo (*) indica ausência de toxicidade...38 Figura 15. Variação temporal da toxicidade da região costeira adjacente referente ao plano amostral de 2006 a O símbolo (*) indica ausência de toxicidade...39 Figura 16. Variação temporal da toxicidade da região costeira adjacente referente ao plano amostral de O símbolo (*) indica ausência de toxicidade...39 Figura 17. Distribuição do percentual de finos (silte + argila) e matéria orgânica para a região costeira adjacente referente ao plano amostral de 2002 a Figura 18. Distribuição do percentual de finos (silte + argila) e matéria orgânica para a região costeira adjacente referente ao plano amostral de 2006 a Figura 19. Distribuição do percentual de finos (silte + argila) e matéria orgânica para a região costeira adjacente referente ao plano amostral de vi

10 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Legenda Valores de r 2 e níveis de significância (entre parênteses) resultantes da análise de correlação múltipla para os dados de vazão, finos (silte+argila), matéria orgânica (M.O.) e toxicidade referentes a cada secção; para n=7 (secção 1), n=25 (secção 2), n=15 (secção 3) e n=24 (secção 4)...27 Tabela 2. Percentuais médios de toxicidade (erro padrão) para as amostragens nas margens ativas e passivas e no canal de navegação para as secções 1, 2 e Tabela 3. Percentuais médios de toxicidade (erro padrão) para as amostragens nas margens de Itajaí e Navegantes e no canal de navegação para a secção Tabela 4. Percentuais médios de finos (erro padrão) para as amostragens nas margens ativas e passivas e no canal de navegação para as secções 1, 2 e Tabela 5. Percentuais médios de finos (erro padrão) para as amostragens nas margens de Itajaí e Navegantes e no canal de navegação para a secção Tabela 6. Tabela de Kruskal-Wallis para percentagem de finos (silte + argila) nas parcelas para a secção 2. C=canal; MA= margem ativa; MP= margem passiva...32 Tabela 7. Tabela de Tukey para percentagem de finos (silte + argila) nas parcelas para a secção 3. C=canal; MA= margem ativa; MP= margem passiva...32 Tabela 8. Tabela de Tukey para percentagem de finos (silte + argila) nas parcelas para a secção 4. C=canal; MA= margem ativa; MP= margem passiva...33 Tabela 9. Percentuais médios de matéria orgânica (erro padrão) para as amostragens nas margens ativas e passivas e no canal de navegação para as secções 1, 2 e Tabela 10. Percentuais médios matéria orgânica (erro padrão) para as amostragens nas margens de Itajaí e Navegantes e no canal de navegação para a secção Tabela 11. Tabela de Kruskal-Wallis para percentagem de matéria orgânica nas parcelas para a secção 2. C=canal; MA= margem ativa; MP= margem passiva...34 Tabela 12. Tabela de Fischer para percentagem de matéria orgânica nas parcelas para a secção 3. C=canal; MA= margem ativa; MP= margem passiva...35 Tabela 13. Tabela de Tukey para percentagem de matéria orgânica nas parcelas para a secção 4. C=canal; MA= margem ativa; MP= margem passiva...35 Tabela 14. Valores de r 2 e níveis de significância (entre parênteses) resultantes da análise de correlação múltipla para os dados de vazão, finos (silte+argila), matéria orgânica (M.O.) e toxicidade referentes as secções 1, 2 e 3; para n=7 (secção 1- margem ativa), n=6 (secção 1- vii

11 margem passiva), n=16 (secção 2- margens ativa e passiva), n7= (secção 3- margens ativa e passiva). Margem ativa 1 e Margem passiva Tabela 15. Valores de r 2 e níveis de significância (entre parênteses) resultantes da análise de correlação múltipla para os dados de vazão, finos (silte+argila), matéria orgânica (M.O.) e toxicidade referentes a secção 4; para n=26 (margem de Itajaí), n=16 (margem de Navegantes). Margem ativa 1 e Margem passiva Tabela 16. Valores de r 2 e níveis de significância (entre parênteses) resultantes da análise de correlação múltipla para os dados de vazão, finos (silte+argila), matéria orgânica (M.O.) e toxicidade referentes as regiões costeiras adjacentes 1, 2 e 3; para n=11 (plano amostral 1), n=76 (plano amostral 2) e n=16 (plano amostral 3)...43 Tabela 17. Resultados das manipulações para identificação da toxicidade (TIE) para as secções analisadas do estuário do rio Itajaí-açú. O símbolo (*) indica baixos conteúdos de NH 3. MO (Matéria orgânica)...45 Tabela 18. Resultados das manipulações para identificação da toxicidade (TIE) para as regiões costeiras adjacentes referentes aos planos amostrais 2 e 3. O símbolo (*) indica baixos conteúdos de NH 3. MO (Matéria orgânica)...47 Tabela 19. Valores dos metais presentes nas amostras referentes as coletas no estuário do rio Itajaí-açú...48 Tabela 20. Valores dos metais presentes nas amostras referentes as coletas nas regiões costeiras adjacentes...49 viii

12 RESUMO Após a resolução CONAMA 344 de 2004, os órgãos ambientais têm exigido a avaliação da qualidade dos sedimentos de ambientes aquáticos que estão sujeitos à remobilização por atividades de dragagens, principalmente em regiões portuárias. Através de testes de toxicidade de desenvolvimento embrio-larval do ouriço Arbacia Lixula, o presente estudo analisou a variação espaço-temporal da qualidade dos sedimentos do rio Itajaí-Açú, relacionando-as com atividades de dragagens, características texturais dos sedimentos, conteúdos de matéria orgânica e descarga fluvial. Os resultados evidenciaram elevados conteúdos de amônia não ionizada (NH 3 ) na maior parte das amostragens, atuando como um interferente na avaliação da toxicidade dos sedimentos amostrados. A distinção entre as secções localizadas a montante do complexo portuário e as secções constantemente dragadas foram observadas, tendo esta última região apresentado uma menor toxicidade e uma maior variabilidade temporal. De forma geral as margens apresentaram-se mais tóxicas em relação as amostragens no canal de navegação. A toxicidade na região costeira correspondeu aos períodos de descarte de sedimentos dragados, havendo, no entanto, a dispersão destes para áreas adjacentes. Os percentuais de finos foram acompanhados por conteúdos equivalentes de matéria orgânica, tendo a toxicidade apresentado padrões proporcionais aos níveis destas variáveis. A não relação entre a toxicidade dos sedimentos e a descarga fluvial demonstra a predominante influência das atividades de dragagem na qualidade dos sedimentos do estuário do rio Itajaí- Açú. O método de identificação da toxicidade (TIE) indicou a contaminação por metais e amônia dentro do estuário, ocorrendo para as regiões costeiras, a predominância de metais. As análises químicas identificaram elevadas concentrações de Zn e Ag, em concentrações tóxicas ao Arbacia lixula, além da presença de Cu, porém em concentrações abaixo do limite de sensibilidade para este organismo teste. Palavras-chave: Dragagem, Estuário, Itajaí-açú, Sedimento, Toxicidade. ix

13 ABSTRACT After CONAMA resolution 344 of 2004, environmental agencies have required the quality assessment of the aquatic environments sediments that are subject to remobilization by dredging activities, mainly in port areas. By toxicity tests of embryo-larval development of sea urchin Arbacia lixula, this study analyzed the spatial-temporal quality variation of Itajaíaçú river sediments, linking it to dredging activities, sediments textural characteristics, organic matter content and fluvial discharge. Results showed high content of un-ionized ammonia (NH 3 ) in most samples, interfering in the toxicity evaluation of the sediments sampled. The distinction between the sections located upstream the port and the ones constantly dredged was observed, the latter region displayed less toxicity and greater temporal variability. Overall, margins were more toxic than the navigation channel. Toxicity of the coastal region corresponded to periods of sediments dredged disposal, however, their dispersion to adjacent areas occurred. Percentage of fines were followed by equivalent contents of organic matter and toxicity followed the same patter of these variables. The nonrelationship between sediments toxicity and fluvial discharge demonstrates the predominant influence of dredging activities on the quality of Itajaí-açú estuary sediments. The toxicity identification method (TIE) indicated metal and ammonia contamination inside the estuary, prevalenting metals in coastal regions. Chemical analysis identified high concentrations of Zn and Ag, at toxic levels to Arbacia lixula. The presence of Cu was also observed, however, at concentrations below the sensibility limit to this test organism. Keywords: Dredging, Estuary, Itajaí-açú, Sediment, Toxicity. x

14 INTRODUÇÃO Regiões estuarinas apresentam características essenciais no atendimento às necessidades inerentes da ocupação humana, sendo propícias ao estabelecimento de terminais portuários e de setores navais, além do potencial natural de produção biológica, o que oferece suporte para atividades pesqueiras, bem como para setores da economia relacionados ao turismo e lazer. Estuário pode ser definido como um ambiente costeiro de transição entre o continente e o oceano adjacente, onde a água do mar é diluída pela água doce da drenagem continental. Esta água traz consigo sedimentos, matéria orgânica e nutrientes inorgânicos a partir de fontes terrestres, e esta combinação de elevados níveis de nutrientes e os padrões de estratificação e circulação característicos dos estuários resulta na alta produção biológica, e em áreas de berçário para peixes, crustáceos e moluscos (HOBBIE, 2000). Por constituírem um importante elo na ecologia global, uma vez que é através destes ambientes que passa a maior parte da matéria originada da decomposição intempérica dos continentes em direção aos oceanos (SCHETTINI, 2002), estuários são, portanto, fortemente impactados pelo somatório das alterações antropogênicas nele projetadas (RORIG, 2005). Forçados por agentes locais e remotos gerados pela ação de eventos climáticos, oceanográficos, geológicos, hidrológicos, biológicos e químicos, que ocorrem na bacia de drenagem e no oceano adjacente muitas vezes a dezenas, centenas e até milhares de quilômetros de distância (MIRANDA, 2002), estes ambientes apresentam-se como sistemas extremamente heterogêneos em relação a sua dinâmica e interação entre seus componentes, sendo a ocupação predatória potencial geradora de efeitos nocivos aos recursos vivos. São amplas as implicações geradas pelo intenso aporte de poluentes em ambientes estuarinos e dentre os compartimentos presentes nestes sistemas, os sedimentos constituem um importante indicador de poluição, devido a sua capacidade de acúmulo de contaminantes em longo prazo. Considerados uma das matrizes mais complexas existentes nos ecossistemas aquáticos, os sedimentos constituem-se tipicamente por uma mistura de argila, areia, sais minerais e matéria orgânica (ZAGATTO & BERTOLETTI, 2008). Apresentam valores agregados, ecológico, social e econômico, sendo um dos principais componentes dos ecossistemas aquáticos, suportando a vida, formando uma variedade de habitats e ambientes. Além disso, 1

15 constituem uma importante fonte de nutrientes para os organismos, e indiretamente para organismos de níveis tróficos mais elevados na cadeia alimentar (SILVÉRIO, 2003). Por constituírem um repositório para detritos físicos e biológicos e sumidouros para uma ampla variedade de produtos químicos (ADAMS et al., 1992), substâncias potencialmente tóxicas, liberadas de pontos ou fontes não pontuais em águas estuarinas, podem facilmente incorporar-se nos depósitos sedimentares (LONG, 2000). Sedimentos depositados próximos a áreas urbanas e agrícolas são freqüentemente contaminados por compostos orgânicos e inorgânicos (BURTON et al., 2001), sendo as potenciais fontes emissoras de poluentes, efluentes domésticos e industriais, bem como resíduos provenientes de atividades agrícolas e do escoamento urbano. Dentre os vários tipos de poluentes continuamente depositados em ecossistemas estuarinos, pode-se salientar os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PAHs), compostos policlorados bifenílicos (PCBs), pesticidas organoclorados e organofosforados e metais pesados (KENNISH, 1992). Estes contaminantes, quando ligados a partículas ou sorvidos no interior dos sedimentos, tornam-se menos prováveis de serem biotransformados e dessorvidos, permanecendo assim, por longos períodos neste compartimento (BURTON et al., 2003). Contaminantes orgânicos, possuem a tendência de acumularem-se em maior parte na fase particulada em comparação com a fase líquida, devido a solubilidade limitada em água, e em função das características hidrofóbicas destas substâncias. Metais pesados, apesar de ocorrerem naturalmente na composição de ambientes costeiros, têm seus níveis de emissão drasticamente aumentados, sendo a contaminação de sedimentos por esta classe de contaminante um fator preocupante, devido a periculosidade associada às características de persistência e potencial tóxico destas substâncias. Segundo Widianarko et al. (2000), elevadas concentrações de metais pesados, como chumbo, cádmio, cobre e zinco, são normalmente associados com o impacto em áreas urbanizadas, sendo comum, portanto, o uso de concentrações destes metais como indicadores de urbanização. Pesquisas têm avaliado a contaminação por metais em sedimentos de ambientes fluviais e estuarinos, através da análise de padrões temporais e espaciais da concentração destes contaminantes, bem como os graus de contaminação e os fatores responsáveis pelo enriquecimento destes compartimentos com estas substâncias (ABRAHIM & PARKER, 2008; BIRCH et al., 2001; BIRCH & TAYLOR, 1999; HUANG & LIN, 2003 e JESUS et al., 2004). Em contraste com a forte variabilidade temporal em fase aquosa, os sedimentos integram concentrações de contaminante ao longo do tempo, sendo a variabilidade espacial 2

16 em sedimentos consideravelmente maior em comparação com a coluna de água (CALMANO & FORSTNER, 1996). Devido a este potencial acumulativo, em avaliações de integridade de corpos hídricos, sedimentos atuam como potenciais indicadores históricos de contaminação, expressando os impactos antropogênicos depositados nestes ambientes ao longo do tempo. A remobilização destes contaminantes primeiramente fixos nos sedimentos pode ocorrer devido a alterações físico-químicas, bem como com a ocorrência de determinadas atividades antrópicas como dragagens, freqüentemente realizadas em zonas portuárias. Operações de dragagens e eliminação de sedimentos marinhos e de água doce são muitas vezes necessárias para manter os canais de navegação ou para remediar canais contaminados (MUNNS et al., 2002), apresentando-se divididas em dragagens de aprofundamento e manutenção. As dragagens de aprofundamento consistem na ampliação ou criação de canais de acesso às regiões portuárias, caracterizando-se pelo grande volume de material dragado. Já a dragagem de manutenção, realizada para a retirada de materiais recentemente depositados difere, segundo Schettini (2008), de outras técnicas mais amplamente utilizadas como dragagem autotransportadora de sucção e recalque (aprofundamento), pois se utiliza das características geomorfológicas do canal (declividade) e físicas do material dragado (densidade) para remoção do sedimento. Mais do que simplesmente deslocar sedimento de uma região para outra, estas operações podem potencialmente liberar uma quantidade significativa de poluentes que se acumularam no tempo (CTTMar/UNIVALI, 2002). Estes contaminantes liberados podem apresentar um risco elevado para o ambiente, sendo sua existência uma séria e dispendiosa questão ambiental, cuja gestão pode exigir uma abordagem especial, incluindo a amostragem e análise dos sedimentos, interpretação dos resultados, estabelecimento de diretrizes, e planos de ação corretiva (MUDROCH et al., 1995). Em uma investigação dos processos envolvendo a mobilização de compostos tóxicos por operações de dragagem, por exemplo, no canal do Porto de Santos, foram avaliadas as possíveis mudanças na biodisponibilidade e toxicidade de contaminantes, sendo evidenciada a dispersão destes e a conseqüente recontaminação do ambiente durante a disposição oceânica dos sedimentos dragados (TORRES et al., 2009). A resolução 344 de 2004 do CONAMA estabelece a avaliação do material a ser dragado e inclui, na caracterização dos sedimentos, classificações granulométricas e análises 3

17 químicas que seguem determinados níveis de classificação, bem como a caracterização ecotoxicológica em complementação as demais avaliações. Frente a essas novas exigências e em torno das preocupações com relação a qualidade dos recursos hídricos, avaliações da qualidade dos sedimentos vêm sendo amplamente utilizadas em programas de monitoramento e como forma de auxílio no controle de fontes poluidoras e na disposição final de sedimentos dragados. Sedimentos encontram-se muitas vezes contaminados por misturas de substâncias tóxicas, que interagem entre si, sendo as análises químicas ineficazes neste tipo de avaliação, por não retratarem o agente responsável pela toxicidade. Assim, somente os sistemas biológicos são capazes de detectar os efeitos destes contaminantes, por refletirem as possíveis interações entre compostos tóxicos presentes e a biodisponibilidade dos mesmos. Toxicologia ambiental ou ecotoxicologia inclui a compreensão dos tipos de efeitos causados por produtos químicos, os processos bioquímicos e fisiológicos responsáveis por esses efeitos e a sensibilidade e toxicidade relativas de diferentes tipos de organismos, produtos e classes químicas (CHAPMAN, 2002). Davoren et al. (2005) destaca que, o uso de elutriatos fornece informações sobre a capacidade de lixiviação dos contaminantes associados aos sedimentos, podendo assim representar uma importante via de exposição de substâncias tóxicas seguindo a disposição e transferência de sedimentos e materiais dragados. Na abordagem de monitoramento dos sedimentos, a identificação das substâncias causadoras da toxicidade torna-se uma importante ferramenta na elaboração de planos de manejo dos materiais dragados e auxiliam na implantação de ações que visam prevenir a liberação de determinada substância tóxica, a partir do conhecimento de sua origem, minimizando o impacto causado por determinadas classes de contaminantes. Para estas finalidades, técnicas foram desenvolvidas para o isolamento e identificação de compostos tóxicos ou classes de compostos responsáveis pela toxicidade. A avaliação da identificação de toxicidade (TIE - Toxicity Identification Evaluation) como sugerida pela U.S. Environmental Protection Agency (USEPA), provou ser uma ferramenta poderosa para identificação de grandes grupos tóxicos em amostras ambientais (BRACK et al., 2000). Dividido entre as fases de I- caracterização, II- identificação e III- confirmação, o conceito básico do TIE ou outras abordagens de fracionamento biologicamente dirigidas é a utilização de manipulações físico/químicas de uma amostra para isolar ou alterar a potência dos diferentes grupos de substâncias tóxicas presentes, sendo utilizado posteriormente um 4

18 ensaio de toxicidade como indicador na determinação de possíveis mudanças na toxicidade após as manipulações (EPA, 2007). Estudos utilizando a abordagem de identificação de substâncias tóxicas têm demonstrado resultados satisfatórios, na medida em que os contaminantes responsáveis pela toxicidade em sedimentos de diferentes ambientes, incluindo baías, estuários e ecossistemas marinhos são identificados. Estas pesquisas evidenciaram a ampla gama de compostos responsáveis pela toxicidade e possíveis de serem identificados por esta abordagem, destacando a igual ocorrência de metais, orgânicos e amônia como causadores de toxicidade (CARR et al., 1996; BRACK et al., 2000 e HUNT et al, 2001). Uma vez identificado, a vinculação do composto tóxico com a fonte emissora pode ser realizada (HO, et al,. 2002), sendo portanto, a abordagem TIE eficiente no estabelecimento de diagnósticos e avaliações de risco ecológico, por permitir a ligação entre fontes, contaminantes e danos biológicos em ambientes impactados. Área de estudo A bacia do rio Itajaí-açu está localizada ao norte do estado de Santa Catarina cuja vertente está direcionada para o oceano Atlântico. É a mais extensa bacia com km 2 o que corresponde a 25 % da área total do estado (SCHETTINI & CARVALHO, 1998). Com 200 km de extensão desde a cabeceira a foz, caracteriza-se por 54 tributários sendo os mais importantes o rio Itajaí do Norte no município de Ibirama, rio Benedito em Indaial e o rio Itajaí-mirim em Itajaí (Comitê do Itajaí, 2004). Entretanto, a influência da salinidade, o que caracteriza o estuário propriamente dito, é observada a 30 km a montante da desembocadura (RORIG, 2005) devido a amplitude de maré de sizígia de 1,2 m e aos regimes de pluviométricos (Schettini et al., 1998). A vazão média é de 228±282 m 3.s -1 sendo a descarga e a estratificação correlacionadas com a pluviosidade que apresenta uma alta variabilidade sazonal e interanual (SCHETTINI, 2002), típica de clima subtropical úmido ou mesotérmico (Comitê do Itajaí, 2004). Esta bacia contem 47 municípios e aproximadamente 1 milhão de habitantes, 22 % da população do estado e 35 % do seu ICMS (RORIG, 2005). Esta densidade demográfica reflete na presença de unidades industriais que variam desde têxtil, metalmecânica, pesqueira, frigorífica, papel e curtumes entre outras menores (SANTA CATARINA, 1997; PEREIRA FILHO et al., 2003). Na zona rural são 160 mil hectares cultivados tendo como principais atividades agrícolas o arroz irrigado, milho, fumo, cebola e banana (GOMMERSBACH, 5

19 2000). Dados de 1984 apontam que 90 % da demanda total da água da bacia é utilizada pela cultura do arroz irrigado, que ocorre entre dezembro a março (aproximadamente de 80 a 100 dias). O Rio Itajaí-açu é o maior escoadouro do estado de Santa Catarina, drenando uma área de km 2 (PEREIRA FILHO et al., 2003) e sua região estuarina é exemplo de área intensamente ocupada e impactada. Além de receber contribuições de água, sedimentos e poluentes de toda a bacia, e por apresentar setores com considerável concentração demográfica e industrial pesqueira, o que constitui um aporte significativo de poluentes, o estuário do rio Itajaí-açu (figura 1), entretanto, possui a capacidade de neutralizar a maioria dos contaminantes como N-NH + 4, surfactantes e cobre total, em processos de adsorção e sedimentação (RORIG, 2005) levando a contaminação do sedimento por orgânicos e metais (LAITANO & RESGALLA Jr., 2000). Apesar desta capacidade, a diversidade de contaminantes provenientes da cidade de Blumenau, com alta carga de matéria orgânica (DBO 5, P-PO 3-4 ) e de cromo provenientes de indústrias têxteis e metalmecânicas e de Brusque (rio Itajaí-mirim), com a presença de matéria orgânica, halogenados (AOX) e zinco de origem da indústria têxtil e da agricultura, fazem do estuário o depositário e ambiente de transição para a contaminação costeira (RORIG, 2005). Durante os períodos da descarga fluvial moderada para alta, a maior parte do material proveniente do rio é exportada para a plataforma continental adjacente. Durante estes períodos ocorre a formação de uma pluma fluvial que se abre como um leque a partir da desembocadura, e evolui para norte-nordeste (SCHETTINI, 2002). Dentre os estudos realizados no estuário do Rio Itajaí-açu, a caracterização física deste ambiente foi realizada, através da apresentação de padrões hidrodinâmicos, hidrológicos e sedimentares, bem como o monitoramento destas variáveis durante as atividades de dragagem de manutenção do canal de navegação (SCHETTINI, 2002 e 2008). Padrões dinâmicos de nutrientes inorgânicos foram estudados por Pereira Filho et. al., (2003), e evidenciaram, através da determinação química de compostos inorgânicos dissolvidos, o aporte excessivo de nutrientes de origem antrópica neste ambiente. Um diagnóstico integrado da qualidade ambiental da Bacia do rio Itajaí-açu, foi apresentado por Rorig (2005), que identificou um grande processo de urbanização e conseqüente incremento de atividades antrópicas locais e a montante do estuário. Na região estuarina do rio Itajaí-açu, estão localizados os Portos de Itajaí e Navegantes, o primeiro, constituindo a principal via de comércio marítimo do estado, além de 6

20 diversos terminais portuários menores. Esta região portuária é constantemente dragada para a manutenção do canal de navegação (SCHETTINNI, 2001), sendo as dragagens de manutenção e aprofundamento gereiadas pela superintendência do Porto de Itajaí em regime quinzenal e trianual, respectivamente. As dragagens de manutenção da bacia de evolução e do canal de acesso ao porto de Itajaí são realizadas por uma draga que utiliza um sistema de injeção de água e atua fluidizando o sedimento fino que constitui o fundo, diminuindo sua densidade e adquirindo energia potencial pela elevação em seu estado inicial, criando uma corrente de gravidade, levando o material para regiões mais baixas (SCHETTINI, 2002). As dragagens de aprofundamento envolvem grandes volumes de sedimentos e são realizadas por dragas autotransportadoras de sucção. Em função do exposto, o estuário do rio Itajaí-açu, bem como suas regiões costeiras adjacentes, utilizadas como áreas de despejo de sedimentos, apresentam grande interesse em estudos ecotoxicológicos e em particular o seu sedimento, que vem sofrendo constantes dragagens desde a implementação da área portuária. Estes fatos, associados a uma diversidade de fontes de contaminação do rio, conduzem para um estudo mais criterioso e detalhado sobre variações temporais e espaciais da toxicidade e a identificação das possíveis classes de contaminantes presentes nos sedimentos. 7

21 Brasil Santa Catarina BR '0"W 48 36'0"W '0"S Rio Itajaí-açú 26 52'0"S Canal extravasor Rio Itajaí-mirim 0 0,45 0,9 1,8 km 48 40'0"W 48 36'0"W Figura 1: Localização da área de estudo, o baixo estuário do rio Itajaí-açu. 8

22 OBJETIVOS Objetivo geral O presente estudo tem por objetivo geral avaliar a qualidade do sedimento do baixo estuário do rio Itajaí-açu e região costeira adjacente, através de técnica padronizada de testes de toxicidade crônica de curta duração embrio-larval do ouriço Arbacia lixula. Objetivos específicos 1. Analisar a variabilidade espaço-temporal da toxicidade do sedimento do baixo estuário do rio Itajaí-açu referentes ao canal de navegação e margens de Itajaí e Navegantes entre os anos de 2002 a maio de 2009; 2. Analisar a variabilidade temporal da toxicidade do sedimento para as regiões costeiras adjacentes, referentes às áreas de despejo de sedimentos durante atividades de dragagem de aprofundamento entre os anos de 2002 a maio de 2009; 3. Identificar os prováveis constituintes tóxicos do sedimento utilizando a técnica do TIE (Toxicity Identification Evaluation) para as amostragens de 2008 a junho de 2009, bem como através de análises químicas complementares; 4. Avaliar a toxicidade do sedimento em função da hidrologia e correlacionar com prováveis fontes de contaminação, perfis granulométricos, teores de matéria orgânica e atividades de dragagem. 9

23 MATERIAL E MÉTODOS Planos amostrais e estações de coleta de sedimento O presente estudo abrange a região do baixo estuário do rio Itajaí-açu, na área de abrangência dos portos de Itajaí e Navegantes, limitando-se a jusante da BR-101 até a região costeira adjacente. As avaliações incluíram dados de experimentos realizados entre os anos de 2002 e 2009, sendo estes, gerados pelo Programa de Monitoramento Ambiental da Área de Abrangência do Porto de Itajaí, executado pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI. Este amplo intervalo de estudo incluiu diferentes planos amostrais, definidos e modificados no decorrer do período estudado devido ao uso e ocupação das margens do rio. As estações de coleta no rio Itajaí-açu e regiões costeiras adjacente para cada plano amostral estão demonstradas nas figuras 2 e 3 e descritas a seguir: Plano amostral Plano amostral Plano amostral ago/07 Plano amostral 4 Nov/07-abr/09 Figura 2: Planos amostrais e localização dos pontos de coleta de sedimentos no baixo estuário do rio Itajaí-açú. Sendo: SDC (sem dragagem-canal), SDI (sem dragagem margem Itajaí), SDN (sem dragagem margem Navegantes), ADC (área dragada-canal), ADI (área dragada 10

24 margem Itajaí) e ADN (área dragada margem Navegantes). C (canal de navegação), N (Margem de Navegantes) e I (Margem de Itajaí). 1. Amostragens de 2002 a 2004: seis (6) pontos de coleta, sendo: Ponto 2: Canal de acesso ao estuário; Ponto 3: Canal de Navegação (em frente ao CEPSUL-IBAMA); Ponto 4: Margem do canal de navegação; Ponto 5: bacia de evolução do Porto de Itajaí e Pontos 6 e 7: áreas fora das atividades de dragagem, sendo a partir de 2003 mantido apenas o ponto Amostragens de dezembro de 2005: quatro (4) pontos de coleta: Ponto 2: Canal de Navegação (em frente ao CEPSUL-IBAMA); Ponto 3: Margem do canal de navegação; Ponto 4: bacia de evolução do Porto de Itajaí e Ponto 5: desembocadura do rio Itajaímirim. 3. Amostragens de 2006 a agosto de 2007: três (3) pontos de coleta a montante do porto de Itajaí e que não sofrem efeito de dragagem (SD), sendo SDI margem de Itajaí, SDN - margem de Navegantes e SDC canal de navegação e três (3) pontos de coleta a jusante do porto de Itajaí e que sofrem dragagem (AD), sendo ADI - margem de Itajaí, ADN - margem de Navegantes e ADC canal de navegação. 4. Amostragens de novembro de 2007 a junho de 2009: quatro (4) pontos de coleta: Ponto 1: fora das atividades de dragagem (referência); Ponto 2: área dragada por outras empresas instaladas no estuário; Ponto 3: bacia de evolução do Porto de Itajaí e Ponto 4: canal de acesso ao Porto de Itajaí. Em cada ponto amostral foram obtidas 3 amostras de sedimento referentes ao: Canal de navegação (C), Margem do município de Itajaí (I) e Margem do município de Navegantes (N), sendo nestes dois últimos, margens de erosão (ativa) e de deposição (passiva) alternados. Na região costeira adjacente, para o período de 2002 a 2005, uma estação de coleta em frente à praia Brava foi mantida (P1), sendo originalmente ali posicionada em função de monitoramentos de dragagens anteriores, sendo então considerada uma estação de referência e fora da região de influência direta da dinâmica sedimentar do estuário. O período de 2006 a 2008 compreenderam uma estação de coleta localizada em frente a praia de Navegantes, sobre o chamado bota-fora (BF), onde o sedimento dragado foi despejado. A partir deste, quatro estações controle de coleta foram definidas radialmente a 500 metros de distância para as direções Norte (N500), Sul (S500), Oeste (O500), e Leste (L500) e duas a 1000 metros para as direções Norte (N1000) e Sul (S1000). Para o ano de 2009, as áreas de despejo de sedimentos foram alteradas e estão localizadas em 2 pontos distintos, um ponto localizado em 11

25 frente a praia de Navegantes (NVG) e sua respectiva área controle (C1) localizada ao norte da área de despejo e outra área localizada em frente a praia Brava, constituída de 4 pontos (B1, B2, B3 e B4) e suas respectivas áreas controle, sendo duas localizadas em frente a praia do Buraco (C2 e C4) e duas em frente a praia de Balneário Camboriú (C3 e C5). Plano amostral Plano amostral Plano amostral Figura 3: Localização dos pontos de coleta de sedimento na região costeira adjacente. BF, NVG, B1, B2, B3 e B4- Regiões de despejo de sedimentos; N metros em direção norte); L metros em direção leste; O metros em direção oeste; S metros em direção sul; N metros em direção norte; S metros em direção sul; C1, C2, C3, C4 e C5- regiões controle. Em função das mudanças de planos amostrais no decorrer do Programa de Monitoramento Ambiental da Área de Abrangência do Porto de Itajaí, para as análises espaço-temporais dos pontos localizados dentro do estuário, o estuário do rio Itajaí-açu foi dividido em secções em função da similaridade na localização dos pontos de coleta para os períodos distintos avaliados (Figura 4). 12

26 Figura 4: Baixo estuário do rio Itajaí-açú dividida em secções para efeitos comparativos espaço-temporais. Coleta e preparo dos elutriatos As amostras de sedimento foram obtidas com um busca fundo do tipo Ponar, sendo utilizada somente a camada dos primeiros 5 cm superficiais para as análises ecotoxicológicas. Após as coletas os sedimentos foram acondicionados em sacos plásticos e mantidas resfriadas em geladeira até o preparo dos elutriatos. Segundo a norma da USEPA (1998), para o preparo dos elutriatos, os sedimentos foram misturados com água do mar de manutenção na proporção de 1:4. A mistura foi então homogeneizada com o auxílio de um agitador mecânico por 30 minutos e após a agitação, o homogeneizado foi deixado em repouso para decantação over night. Após este período o sobrenadante foi filtrado em filtro de fibra de vidro Whatmann (GF/F) e armazenado em vidro âmbar a 4 C até a realização dos testes de toxicidade. Para as amostragens de fevereiro, maio e dezembro de 2008, foi necessário o ajuste de salinidade para 30 ± 3, realizado por meio de acréscimo de determinados volumes de salmoura, seguindo a fórmula sugerida por Salomão (1978): 13

27 Vs = Vt Ss Sd +1 Sd Se onde: Vs = volume de salmoura a ser utilizado Vt = vol. total de amostra a ser preparado Ss = salinidade da salmoura Sd = salinidade desejada (30 ± 3) Se = salinidade original da amostra As amostras, após o acréscimo de salmoura, foram consideradas como 100% do elutriato, porém a concentração final média destas após as diluições e a adição de salmoura, ficou em aproximadamente 85%. Determinação de amônio (NH 4 + ) e amônia (NH 3 ) Após o preparo dos elutriatos, foram realizadas as análises de amônio (NH + 4 ) com o auxilio do kit Spectroquant MERCK e a leitura do complexo colorido em leitora de microplacas BIOTECK, no comprimento de onda de 690 nm. A amônia não-ionizada (NH 3 ) foi estimada em base das características de ph, temperatura e salinidade do elutriato, que, em média, corresponderam a 3% dos valores de NH + 4 (Reis & Mendonça, 2009). Análise granulométrica do sedimento As análises granulométricas foram realizadas a fim de se obter as características texturais do sedimento e estabelecer relações entre os percentuais de toxicidade encontrados nos testes, bem como os constituintes tóxicos possivelmente identificados pelo método de Avaliação para Identificação da Toxicidade (TIE). Estas análises incluíram as frações finas do sedimento (silte + argila), devido a predominância destas no estuário em estudo, bem como os teores de matéria orgânica contidos nas amostras. Os procedimentos descritos a seguir foram realizados pelo Laboratório de Geologia e Sedimentologia do CTTMar/UNIVALI dentro do Programa de Monitoramento Ambiental na área de Abrangência do Porto de Itajaí. O processamento do sedimento seguiu lavagens com água destilada para eliminação dos sais solúveis e secagem em estufa à temperatura de 50ºC durante 72 horas. Em seguida, as amostras foram submetidas ao ataque com água oxigenada (H 2 O 2 ) para a eliminação da matéria orgânica e determinação deste constituinte por diferença de peso (gravimetria). 14

28 As classes granulométricas foram determinadas através de peneiramento, para as frações maiores que 0,062 mm, com intervalo de malha entre peneiras de ¼ phi (fi), separadas em frações, e pesadas em uma balança analítica com 0,0001g de precisão. Para a determinação das frações lamosas (silte e argila) foi utilizado o método de pipetagem, baseado nos tempos de sedimentação. Testes de toxicidade Os testes de toxicidade de desenvolvimento embrio-larval com o ouriço Arbacia lixula, seguiram a metodologia apresentada pela CETESB (1992), com algumas alterações. A espécie utilizada, apesar de não ser padronizada pela NBR15350 (2006), apresenta sensibilidade similar a Lytechinus variegatus (MÁXIMO et al., 2007). Os adultos de A. lixula foram coletados no município de Penha/SC e mantidos em laboratório para aclimatação antes da realização dos testes de toxicidade. Para a obtenção dos gametas, os animais foram submetidos à descarga elétrica (35A e 30W), por meio de fonte elétrica marca ICEL PS4100. Os gametas foram liberados e os ovos obtidos por fecundação in vitro. Os embriões foram expostos as amostras, sendo mantidos controles contendo somente água do mar, sob condições controladas de temperatura (25 ºC) e fotoperíodo (12:12) por um período de 24 h (até que as larvas do controle atinjam o estágio de larva pluteus), sendo o teste finalizado por adição de formol a 4%. Através de exame microscópico e com auxílio de uma Câmara de Sedgwick Rafter, o desenvolvimento dos embriões foi quantificado pelo número de larvas pluteu normais, deformadas e embriões não desenvolvidos (Figura 5), e considerado o percentual de efeito dos frascos controle, sendo amostras com percentuais de efeito acima de 20% considerados tóxicos. (a) (b) (c) Figura 5: Larvas de Arbacia lixula. (a) e (b) larvas com efeito; (c) larva pluteu normal. 15

29 Testes de sensibilidade Para cada lote de organismos coletados e utilizados nos ensaios com o elutriato, foi avaliado o nível de sensibilidade a fim de assegurar a integridade das respostas destes organismos aos ensaios de toxicidade e visando a validação dos testes realizados. Seguindo o método já descrito acima, foram realizados testes de toxicidade com as substâncias de referência dicromato de potássio (K 2 Cr 2 O 7 ) e sulfato de zinco (ZnSO 4.7H 2 O) em 5 concentrações. Teste de avaliação para identificação da toxicidade (TIE) A metodologia de avaliação para identificação da toxicidade (TIE), desenvolvida pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, consiste em técnicas de fracionamento para a distinção de classes de contaminantes com o intuito de identificar as causas da toxicidade de uma determinada amostra. A figura 6 demonstra as etapas envolvidas neste estudo. Utilizando a metodologia proposta pela USEPA (2007), as amostras com elevada toxicidade foram selecionadas para a realização do TIE. Apenas a fase I de caracterização dos componentes foi realizada, para a determinação de componentes tóxicos como metais e amônia, através de tratamentos distintos com Ulva fasciata e adição de EDTA e tiossulfato de sódio, como descrito a seguir. Tratamento com Ulva fasciata O tratamento de exposição da amostra a macroalga Ulva fasciata, realizado para a detecção de toxicidade causada por amônia, consistiu na absorção e metabolização pela macroalga e redução da concentração deste componente, podendo ocasionar uma diminuição na toxicidade da amostra. Após coleta da macroalga no município de Penha (litoral norte de Santa Catarina), eram realizadas limpezas para a retirada de organismos e posterior transferência das macroalgas para aquários de 15 litros contendo água do mar a 20 ºC, fotoperíodo (12:12) e aeração constante, sendo mantidas por um período de inanição (7 dias) anterior aos experimentos de exposição. A inanição constituiu na sua manutenção em água do mar sem a adição de nutrientes. 16

30 As manipulações seguiram a adição das macroalgas às amostras de elutriato, na proporção de 5g de Ulva fasciata para cada 60 ml de elutriato a 20ºC e luz constante por 12 horas (overnight), sendo mantidos controles contendo somente água do mar. Após exposição, foram realizadas as leituras de amônia e os testes de toxicidade, seguindo os procedimentos já descritos. A eficiência da macroalga na remoção da toxicidade causada pela amônia foi testada em função da diferença nas leituras de amônia antes e após o respectivo tratamento. Tratamento com EDTA e Tiossulfato de sódio Para a identificação de toxicidade por metais, foram realizados dois métodos diferentes de tratamento que permitem a identificação de contaminação por grupos distintos de metais. O tratamento por adição de EDTA, um forte agente quelante que produz complexos com muitos metais, consiste na identificação de determinadas classes de substâncias tóxicas tais como alumínio, bário, cádmio, cobalto, cobre, ferro, chumbo, manganês, níquel, estrôncio e zinco (USEPA, 2007). O tiossulfato de sódio é uma substância redutora de compostos oxidantes, utilizada na identificação de compostos como o cloro, ozônio, íon manganês e alguns metais. As manipulações consistiram na adição de alíquotas de 2,5 ml de soluções estoque de EDTA (C 10 H 14 Na 2 O 8.2H 2 O) a 1 g/l e Tiossulfato de sódio (Na 2 O 3 S 2.5H 2 O) na mesma concentração em 50 ml de elutriato, resultando em concentrações finais de 50 mg/l destas substâncias no elutriato. Em seguida, os testes de toxicidade foram realizados, seguindo o método já descrito, acrescidos controles com as máximas concentrações testadas de cada complexante. Análises químicas As análises de metais seguiram as recomendações de Greenberg et al. (1992), com a digestão da amostra (elutriato) em ácido nítrico aquecido e leitura em espectrofotômetro de absorção atômica - EAA Varian, modelo Spectr AA/55, acessório de geração de vapor Varian modelo VGA 77 e sistema peristáltico de introdução de amostra Varian SIPS. As análises de metais foram realizadas pela Bioensaios Análise e Consultoria Ambiental LTDA (Viamão, RS). 17

31 Tratamento dos dados Para os testes de sensibilidade dos organismos, os valores de CE 50 foram estimados pelo método Trimmed Spearman-Karber utilizando-se o programa TSK versão 1.5 e as cartas controle elaboradas, assim como a determinação dos coeficientes de variação (CV) para as substâncias de referência. Os percentuais de efeito obtidos nos testes de toxicidade foram correlacionados com o conteúdo de amônia não ionizada (NH 3 ) e comparados com a sensibilidade da espécie frente a testes de toxicidade realizados com o padrão cloreto de amônia (MÁXIMO et al., 2007). Valores médios (e erros padrões) dos percentuais de efeito (toxicidade) foram representados e analisados quanto a variações temporais e espaciais para as secções do estuário referentes ao canal de navegação e regiões costeiras adjacentes utilizadas periodicamente como áreas de descartes de materiais dragados. Em conjunto com os valores de toxicidade, os percentuais granulométricos (silte + argila) e de matéria orgânica, foram apresentados buscando observar similaridades ou padrões entre estas variáveis. Para as amostragens nas margens do estuário, para todas as secções foram representadas os valores médios dos percentuais de toxicidade dos sedimentos, finos e matéria orgânica e comparados com os valores médios encontrados para o canal de navegação. Os percentuais tóxicos, granulométricos e matéria orgânica foram relacionados aos períodos de dragagem de aprofundamento, ocorridos durante o presente estudo e que corresponderam aos meses de junho, julho e agosto de 2006 e fevereiro e junho de Os dados de vazão do rio Itajaí-açú, obtidos pelo Laboratório de Oceanografia Física (Univali) foram representados, na forma de médias mensais correspondentes aos meses de coleta de sedimentos, com o objetivo observar relações entre esta variável e os percentuais tóxicos e granulométricos. O método de correlação múltipla foi utilizado para a medição do grau de associação entre estas variáveis, sendo expresso o coeficiente de determinação (R 2 ), bem como os níveis de significância da análise estatística (F). A análise ANOVA unifatorial foi aplicada para a identificação de diferenças significativas nos percentuais tóxicos, granulométricos e de matéria orgânica entre as amostragens de canal e margens para cada secção analisada e entre as secções para cada parcela (canal e margens) do estuário. Os dados que não apresentaram homogeneidade das variâncias após aplicação do teste de Bartlett foram logaritmizados (log10(x+1)) e para os dados que permaneceram não apresentando homocedasticidade, o teste não paramétrico de 18

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