epidemiológico C.R.T. - DST/AIDS C.V.E. ANO I NÚMERO 1 OUTUBRO 2002 VIGILÂNCIA DE ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

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1 epidemiológico C.R.T. - DST/AIDS C.V.E. ANO I NÚMERO 1 OUTUBRO 2002 INABIO VIGILÂNCIA DE ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

2 Boletim Epidemiológico Ano I Nº 1 EXPEDIENTE Equipe de Vigilância Epidemiológica do Programa Estadual de DST/AIDS/CVE Diretoria Naila Janilde Seabra Santos Equipe Técnica Ana Lucia C. Monteiro Ângela Tayra Carmen Sílvia B. Domingues Emily Anna Catapano Ruiz Ione Aquemi Guibu Leda Fátima Jamal Mariza Vono Tancredi Nanci M. L. Rodrigues Marta de Oliveira Ramalho Sara Romera da Silva Sirlene Caminada Equipe de Apoio Altamira Rosa Ataide Berenice Alves Ferreira Eliana Mara Soares Pereira Julia Maria Pittner Magda Cristina B. de Queiroz Elaboração do Texto Emily Anna Catapano Ruiz Marta de Oliveira Ramalho Revisão de Texto Naila Janilde Seabra Santos Ana Lucia C. Monteiro Ângela Tayra Coordenação do Programa Estadual de DST/AIDS Arthur Kalichman - Coordenador Maria Clara Gianna - Coordenadora Adjunta Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS Centro de Vigilância Epidemiológica Alexandre Vranjac Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo Apoio: Coordenação Nacional de DST/Aids Cópias do boletim estão disponíveis no setor de Vigilância Epidemiológica do Centro de Referência e Treinamento - DST/AIDS e Rua Santa Cruz, 81 - CEP São Paulo - SP Fone/Fax: ou / epidemio@crt.saude.sp.gov.br Disque AIDS: Tiragem: 4000 exemplares. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO PROGRAMA ESTADUAL DE DST/AIDS DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO C.R.T. - DST/AIDS C.V.E. ANO I - Nº 1 OUTUBRO 2002 ÍNDICE Vigilância de Acidentes em Profissionais de Saúde Introdução...3 Sistema de Vigilância no Estado de São Paulo Tabela 1 - Acidentes segundo tipo de profissional Gráfico 1 - Acidentes Segundo exposição Gráfico 2 - Acidentes Segundo Circustâncias do acidente... 5 Tabela 2 - Acidentes segundo Sorologia do paciente-fonte.. 5 Tabela 3 - Acidentes segundo Sorologia do funcionário Gráfico 3 - Situação vacinal do funcionário Tabela 4 - Acidentes segundo indicação de ARV Gráfico 4 - Acidentes segundo tempo de ARV Tabela 5 - Acidentes segundo seguimento de casos Fluxo de atendimento de acidentes Conduta após Acidente...9 Fluxograma Quimioprofilaxia...12 Efeitos Adversos de medicamentos Fluxograma 2 - Hepatite...16 Ficha de Notificação Outubro 2002

3 Nº 1 Ano I Boletim Epidemiológico VIGILÂNCIA DE ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO ESTADO DE SÃO PAULO I -Introdução Em 1999, a Divisão de Vigilância Epidemiológica do Programa Estadual DST/Aids (PE/DST-Aids) elaborou a primeira proposta de fluxo de atendimento e sistema de vigilância de acidentes com material biológico em profissionais de saúde para o Estado de São Paulo, visando principalmente a prevenção de infecção pelo HIV e pelos vírus das hepatites B e C. O aprimoramento da qualidade do atendimento e da informação sobre acidentes tem, ainda, como objetivo fornecer subsídios para a análise epidemiológica e planejamento de recursos, além do eventual uso jurídico e previdenciário por profissionais cujos acidentes possam resultar em infecção. Em dezembro de 1999, a Divisão da Vigilância do PE/DST-Aids realizou treinamento do novo sistema de vigilância, envolvendo as 24 DIR do estado, municípios prioritários e serviços de referência. Nesse treinamento, foi lançada a primeira versão da ficha de notificação de acidentes. Em junho de 2001, foi realizado o treinamento no sistema informatizado de vigilância de acidentes com exposição a fluidos biológicos, o SINABIO (Sistema de Notificação de Acidentes Biológicos). Nesse interstício também houve a investigação epidemiológica e confirmação do primeiro caso brasileiro de infecção pelo HIV como conseqüência de acidente em profissional de saúde que ocorreu em outubro de Em dezembro de 2001, a Coordenação Nacional de DST e AIDS do Ministério da Saúde atualizou as recomendações para as condutas na exposição ocupacional ao HIV, publicadas nas "Recomendações para Terapia Anti-Retroviral em Adultos e Adolescentes Infectados pelo HIV". Essas recomendações se seguiram a uma atualização feita pelo CDC dos Estados Unidos e se basearam em experiências nacionais de atendimento e condução de casos de exposição ocupacional a fluidos biológicos. Desde a implantação do sistema, o PE/DST- Aids tem continuado suas atividades de orientação e treinamento desta vigilância, além de promover a Outubro 2002 implementação de condições objetivas para sua viabilização tais como: disponibilização de medicamentos anti-retrovirais e recursos laboratoriais como o teste rápido para detecção do HIV em pacientes fonte. O SINABIO foi implantado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo que propôs a introdução, na ficha de notificação, de algumas informações trabalhistas. Embora avanços importantes tenham ocorrido nesses três anos, sabemos que a vigilância dos acidentes ainda necessita de aprimoramento, principalmente no que diz respeito ao sistema informatizado. Foi pedido às DIR que avaliassem o Sistema de Vigilância e Atendimento a Acidentes com Material Biológico em suas respectivas regiões. Obtivemos resposta de somente nove das vinte e quatro regionais de saúde, uma provável indicação de que as demais não tenham implantado o sistema ou o tenham feito parcialmente. As principais dificuldades apontadas do ponto de vista do atendimento foram: falta de referência para encaminhamento e alta rotatividade de pessoal. Com relação ao sistema informatizado e foram apontadas falta de equipamentos, dificuldades, e erros na utilização do SINABIO. Foram sugeridos novos treinamentos e distribuição de material para os mesmos, além de aprimoramento de vários pontos do programa informatizado. Neste primeiro boletim com informações dos Acidentes com Material Biológico em Profissionais de Saúde, apresentamos uma parte dos dados compilados a partir da implantação do SINABIO e uma atualização do fluxo de atendimento publicado em II - Sistema de Vigilância de Acidentes com Material Biológico em Profissionais de Saúde no Estado de São Paulo De dezembro de 1999 a agosto de 2002, o SINABIO recebeu 3513 notificações de acidentes ocupacionais com exposição a fluidos biológicos, 3

4 Boletim Epidemiológico Ano I Nº 1 provenientes de 124 municípios diferentes, 20% de todos os municípios do Estado (lembramos que esses acidentes ainda não são de notificação compulsória no Estado de São Paulo). Oitenta por cento dos acidentes notificados ocorreram em funcionárias do sexo feminino. Em relação à faixa etária, 1269 (36%) profissionais tinham entre 20 e 29 anos no momento do acidente, seguidos por 1083 (30 %) entre 30 e 39 anos e 765 (21%) entre 40 e 49 anos. A tabela 1 apresenta os acidentes notificados segundo a ocupação do profissional acidentado. Do total, 1742 acidentes notificados (49,6%) ocorreram em auxiliares de enfermagem, 292 (8,3%) em funcionários da limpeza, 248 (7,0%) em médicos, 173 (4,9%) em técnicos de enfermagem e 122 (3,5%) em enfermeiros. Tabela 1 Número e porcentagem de acidentes ocupacionais notificados no Estado de São Paulo, segundo a ocupação do profissional acidentado, dezembro de 1999 a agosto de Categoria profissional N o % Auxiliar de Enfermagem ,6 Auxiliar de Limpeza 292 8,3 Medico 248 7,0 Técnico de Enfermagem 173 4,9 Estudante de Medicina 138 3,9 Enfermeiro 122 3,5 Odontologista 94 2,7 Estudante de Odontologia 57 1,6 Estudante de Auxiliar de Enfermagem 54 1,5 Técnico de laboratório 31 0,9 Outros ,0 Ignorado 104 3,0 Total ,0 Fonte: Sinabio - Divisão de Vigilância Epidemiológica PE-DST/Aids - SES - SP No gráfico 1, observam-se os acidentes notificados segundo o tipo de exposição. Verificamos que 3005 (86%) exposições foram percutâneos, 197 (6%) envolveram mucosa ocular, 181 (5%) pele não-íntegra e 56 (2%) mucosa oral. Sangue foi o fluído notificado em 2770 exposições (82%) e agulhas com luz foram os instrumentos responsáveis pela maioria das exposições (63%). Gráfico 1 Número de acidentes ocupacionais notificados no Estado de São Paulo, segundo o tipo de exposição, dezembro de 1999 a agosto de Perfurocortante Mucosa ocular Mucosa oral Pele nãoíntegra Fonte: Sinabio - Divisão de Vigilância Epidemiológica PEDST/Aids -SES-SP Outros 4 Outubro 2002

5 Nº 1 Ano I Boletim Epidemiológico Entre os 1715 registros com informações sobre circunstância de ocorrência do acidente (gráfico 2), 277 exposições (16,2%) ocorreram durante administração de medicação, 275 (16,0%) por descarte inadequado do material, 230 (13,4%) em punções vasculares, 176 (10,3%) em procedimentos cirúrgicos, 122 (7,1%) em procedimentos odontológicos e 80 (4,7%) por reencape de agulha. Gráfico 2 Porcentagem de acidentes ocupacionais notificados no Estado de São Paulo segundo a circunstância de ocorrência do acidente, de dezembro de 1999 a agosto de 2002 % Admin. Medica ção 16,2 çã Pun o vascular 13,4 Proced. cirúrgico 10,3 Proced. odontologico (número de acidentes avaliados = 1715). Fonte: Sinabio - Divisão de Vigilância Epidemiológica PEDST/Aids -SES-SP 7,1 Descarte superficie 9,8 Descarte lixo 6,2 Reencape 4,7 Outros 32,4 Do total de 3513 acidentes, a sorologia anti-hiv era conhecida para somente 1840 (52%) dos pacientes-fonte (tabela 2). Destes, 282 (15,5%) eram HIV-positivos. Em relação à hepatite B, 1081 pacientes-fonte (31%) tinham sua sorologia conhecida e destes 36 (3.5%) eram HBsAg positivos. Dos 1068 que tinham sorologia para HCV conhecida, 65 pacientes-fonte (6%) eram positivos para hepatite C. Chama atenção o grande número de casos em que as sorologias dos pacientes-fonte tanto para HIV quanto para hepatites B e C é desconhecida. Tabela 2 Número de acidentes ocupacionais notificados no Estado de São Paulo segundo os resultados de sorologias para HIV e hepatites B e C do paciente fonte, de dezembro de 1999 a agosto de Positivo Negativo Ignorado Total Sorologia Anti-HIV HbsAg Sorologia Anti-HCV Fonte: Sinabio - Divisão de Vigilância Epidemiológica PEDST/Aids -SES-SP Outubro

6 Boletim Epidemiológico Ano I Nº 1 Na tabela 3, que mostra os resultados das sorologias dos funcionários no momento do acidente, observamos que 1509 foram testados para anti-hbs, dos quais 917 (61%) tinham anti-hbs positivo, provavelmente em decorrência da vacinação para Hepatite B preconizada para os profissionais de saúde. Dos 2045 nos quais foi realizado o Anti-HCV, 46 (2%) tinham sorologia positiva para Hepatite C. Quanto ao anti-hiv, dos 2207 profissionais testados no momento do acidente, 19 (< 1%) tiveram sorologia positiva para o HIV. Ressalta-se que as sorologias positivas no momento do acidente(data zero) demonstram infecções prévias e portanto sem nexo causal com o acidente. Recomenda-se que esses funcionários sejam encaminhados para seguimento ambulatorial. Observa-se que o número de profissionais para os quais não dispomos de resultado de sorologia no momento do acidente é bastante grande, e que sem esta sorologia a conclusão da investigação epidemiológica do acidente não é possível, uma vez que apenas o teste do momento zero pode descartar a possibilidade de infecção prévia ao acidente, sendo portanto fundamental para o estabelecimento de nexo causal com o mesmo. Assim, urge sensibilizar profissionais e serviços para a importância da conduta correta e informação precisa com relação a esses acidentes. Tabela 3 Número de acidentes ocupacionais notificados no Estado de São Paulo segundo as sorologias para HIV e hepatites B e C do funcionário acidentado no momento do acidente, de dezembro de 1999 a agosto de Positiva Negativa Ignorada Total Sorologia Anti-HIV HbsAg Anti-HBs Sorologia Anti-HCV Fonte: Sinabio - Divisão de Vigilância Epidemiológica PEDST/Aids -SES-SP Do total de 3513 casos notificados, 2319 funcionários referiam vacinação prévia completa para hepatite B (71,5%) e 927 (26%) tinham vacinação incompleta ou não haviam sido vacinados (gráfico 3). Entre todos os funcionários acidentados, 3,6% receberam HBIg e 16,5% foram encaminhados para a vacinação contra hepatite B. Em uma avaliação dos acidentes segundo o seu tipo e considerando-se o estado vacinal do profissional acidentado, verificamos que 1818 (60.5%) profissionais que sofreram acidente percutâneo referiram estar vacinados contra a Hepatite B. Gráfico 3 Situação vacinal em relação a hepatite B entre funcionários acidentados e notificados no Estado de São Paulo, de dezembro de 1999 a agosto de Vacinação completa 927 Vacinação incompleta ou ausente 6 Outubro Ignorado Fonte: Sinabio - Divisão de Vigilância Epidemiológica PEDST/Aids -SES-SP

7 Nº 1 Ano I Boletim Epidemiológico Com relação à conduta seguida nos profissionais de saúde acidentados, observamos que 1674 foram medicados com anti-retrovirais (tabela 4). Destes, 1280 (76,5%) funcionários foram medicados com AZT+3TC; 344 (20,5%) receberam AZT+3TC+IDV; 38 (2,3%) receberam AZT+3TC+NFV. Um dado que não se observa nesta tabela, mas que é importante esclarecer é a diminuição da proporção de casos para os quais há indicação de terapia Anti-retroviral a partir de dezembro de 2001 quando o Programa Nacional DST/Aids atualizou essas recomendações não indicando quimioprofilaxia para fonte ou sorologia Anti-HIV desconhecidas (excetuando-se os casos com epidemiologia importante e ou local com alta prevalência) Tabela 4 Número e porcentagem de acidentes ocupacionais notificados no Estado de São Paulo, segundo a indicação de anti-retrovirais, de dezembro de 1999 a agosto de Anti-retrovirais Número % AZT + 3TC ,5 AZT + 3TC + IDV ,5 AZT + 3TC + NFV 38 2,3 Outros esquemas 12 0,7 Total ,0 Fonte: Sinabio - Divisão de Vigilância Epidemiológica PEDST/Aids Entre os funcionários que receberam medicações anti-retrovirais, o tempo de uso é conhecido para 906 relatos (gráfico 4). Destes, 45% (410) usaram medicações de 1 a 7 dias; 4% usaram de 8 a 14 dias; 50% usaram de 15 a 30 dias; 1% usaram por mais de 30 dias. Analisando a conduta adotada segundo o tipo de acidente, observamos que entre os profissionais que sofreram acidente percutâneo, a maioria (52%) recebeu AZT + 3TC, 5% recebeu HBIg e 25% foram encaminhados para vacinação contra a hepatite B. Gráfico 4 Distribuição de profissionais de saúde acidentados e notificados no Estado de São Paulo, segundo tempo de uso de anti-retrovirais, de dezembro de 1999 a agosto de a 7 dias 8 a 14 dias 15 a 30 dias mais de 30 dias Fonte: Sinabio - Divisão de Vigilância Epidemiológica PEDST/Aids -SES-SP Outubro

8 Boletim Epidemiológico Ano I Nº 1 Na tabela 5, observamos a evolução dos casos acompanhados segundo a conclusão dos mesmos. O baixo índice de casos acompanhados até alta definitiva pode ser explicado pelo fato de que este campo somente foi introduzido na ultima versão da ficha do SINABIO e, por isso, o numero de notificações preenchidas é bem menor que o total de notificações ao sistema. A necessidade do registro de sorologias subseqüentes e do preenchimento do campo de evolução exige uma segunda entrada no sistema, isto é, quando do encerramento do caso. De qualquer forma, é fundamental obter os resultados dos tipos de saídas que estamos encontrando no sistema. Tabela 5 Distribuição de acidentes ocupacionais notificados no Estado de São Paulo, segundo a sua conclusão, de dezembro de 1999 a agosto de Evolução Número % Alta sem conversão sorológica ,2 Alta com conversão sorológica 0 0,0 Alta por fonte negativa ,6 Em seguimento ,5 Transferência 13 0,7 Abandono 157 8,9 Óbito 1 0,0 Total ,0 Fonte: Sinabio - Divisão de Vigilância Epidemiológica PEDST/Aids -SES-SP Não foram relatadas soroconversões ao HIV, HBV ou HCV, relacionadas com os acidentes, entre os casos notificados até o momento. Embora os resultados mostrados não possam ser generalizados para o Estado como um todo, eles representam tendências em termos das características de acidentes com exposição a fluidos biológicos em nosso meio, principalmente se levarmos em conta que os dados analisados não diferem dos de literatura em relação à epidemiologia dos acidentes ocupacionais com exposição a fluidos biológicos A maior parte dos acidentes notificados nesta serie era pérfuro-cortante, causado por agulha oca, e tendo sangue como material envolvido na maioria das exposições. Profissionais de enfermagem estiveram envolvidos em 58% dos acidentes, sendo a categoria na qual as ações de prevenção devem ser priorizadas. Acidentes considerados preveníveis, tais como os causados por reencape de agulhas e por descarte inadequado de agulhas em sacos de lixo ou superfícies também merecem atenção imediata e esforços que visem a sua redução. A taxa de vacinação contra hepatite B relatada nesta série parece ser alta, porém há algumas considerações a serem feitas. Em geral, a vacinação com três doses da vacina é somente aquela referida pelo profissional, sem haver comprovação documental. De qualquer forma, cerca de 60% dos profissionais testados para Anti-HBs tiveram resultados positivos, o que denota proteção destes profissionais em relação ao vírus da hepatite B. Consideramos que devem ser feitos esforços para que se consiga a cobertura vacinal desejada contra a hepatite B de todos os profissionais da área da saúde, no Estado de São Paulo. A coleta de dados acerca de acidentes ocupacionais com exposição a fluidos biológicos constitui importante fonte de informação para embasar futuras ações no campo da prevenção e do controle dos acidentes biológicos. Acreditamos também ser necessário propiciar condições de implementação adequadas para o atendimento e vigilância dos acidentes nos níveis regionais e locais para garantir maior eficácia das ações de atendimento, vigilância e prevenção na área. 8 Outubro 2002

9 Nº 1 Ano I Boletim Epidemiológico III FLUXO DE ATENDIMENTO E CONDUTA PÓS ACIDENTE COM EXPOSIÇÃO A FLUIDOS BIOLÓGICOS CONDUTA APÓS ACIDENTE 1 - Conduta do Profissional Acidentado Após Exposição Na eventualidade de exposição acidental a material biológico, o profissional de saúde deve seguir as instruções abaixo citadas: Cuidados locais Lesões decorrentes de acidentes com materiais pérfuro-cortantes, como agulhas, bisturis e tesouras potencialmente contaminados, devem ser, imediatamente, lavadas com água e sabão ou solução anti-séptica detergente (PVPI, Clorexidina). As membranas mucosas e a pele devem ser lavadas com água corrente em abundância, soro fisiológico 0,9% ou água boricada, repetindo a operação varias vezes. Deve-se evitar o uso de substâncias cáusticas (como hipoclorito de sódio) pois estas aumentam a área lesada e, conseqüentemente, a exposição ao material infectante Notificação No momento do acidente, deverá ser feita a notificação à chefia imediata, a qual, por sua vez, notificará o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e/ou o setor responsável para avaliar o acidente e determinar a conduta, o mais precocemente possível, idealmente nas primeiras duas horas, e no máximo, até 72 horas após o acidente. O Departamento Pessoal deve emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), cujo verso será preenchido pelo médico do trabalho que atender o acidentado, a fim de documentar o acidente para efeitos legais. É importante que tais casos sejam bem documentados e notificados ao Programa Estadual DST/Aids para que se possa ter dados consistentes da ocorrência dos acidentes no estado e para que se possa trabalhar com controle e prevenção dos mesmos. O Programa Estadual DST/Aids de São Paulo propõe um modelo de ficha de notificação (anexo I). 2 - Avaliação do Acidente O acidente deverá ser analisado pela equipe responsável (SCIH/Vigilância Epidemiológica/ Médico do Trabalho) quanto aos aspectos abaixo relacionados Material biológico envolvido Devem ser considerados fluidos biológicos de risco, os seguintes materiais: sangue, líquido orgânico contendo sangue e líquidos orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, líquor e líquidos sinovial, peritoneal, pericárdico e amniótico). Suor, lágrima, fezes, urina e saliva são líquidos biológicos sem risco de transmissão ocupacional do HIV. Nestes casos, a quimioprofilaxia e o acompanhamento sorológico não são recomendados Tipo de acidente PÉRFURO CORTANTE Compreende a penetração através da pele de agulha ou material médico-cirúrgico contaminado com sangue ou outros líquidos orgânicos e potencialmente infectantes CONTATO COM MUCOSA OCULAR, ORAL OU PELE COM SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE Compreende o contato direto da mucosa ou pele com solução de continuidade (p.e., dermatite ou ferida aberta) com sangue, líquido orgânico contendo sangue visível ou outros líquidos orgânicos potencialmente infectantes CONTATO COM PELE ÍNTEGRA Compreende o contato da pele íntegra com sangue, líquido orgânico contendo sangue visível ou outros líquidos orgânicos potencialmente infectantes. O contato de material biológico com pele íntegra não constitui situação de risco para infecção pelo HIV e, portanto, dispensa o uso de quimioprofilaxia. Porém, se a exposição envolve grande volume de sangue com alta carga viral em extensa área de pele por um período prolongado, a quimioprofilaxia pode ser considerada. Outubro

10 Boletim Epidemiológico Ano I Nº Situação sorológica do paciente fonte 3.1- Em relação ao HIV Paciente-fonte comprovadamente HIV negativo- envolve a existência de documentação laboratorial disponível recente para o HIV (até 03 meses antes da data do acidente) ou no momento do acidente; não está indicada a quimioprofilaxia anti-retroviral Paciente-fonte comprovadamente HIV positivo- um paciente-fonte é considerado infectado pelo HIV quando há documentação de exames anti-hiv positivos ou o diagnóstico clínico de Aids; conforme a gravidade do acidente, deve-se iniciar a quimioprofilaxia anti-retroviral Paciente-fonte com situação sorológica desconhecida ou paciente-fonte desconhecido- um paciente-fonte com situação sorológica desconhecida deve, sempre que possível, ser rapidamente testado para o vírus HIV, após obtido o seu consentimento; deve-se colher também sorologias para HBV e HCV. Na impossibilidade de se colher as sorologias do paciente-fonte ou de não se conhecer o mesmo (p.e., acidente com agulha encontrada no lixo), recomenda-se a avaliação do risco de infecção pelo HIV, levando-se em conta o tipo de exposição e 11 dados clínicos e epidemiológicos Em relação ao vírus da hepatite B Vide a recomendação para a profilaxia da hepatite B para profissionais de saúde expostos a material biológico (quadro 3) Em relação ao vírus da hepatite C Não existe quimioprofilaxia. Recomendase acompanhar a sorologia do profissional acidentado por 06 meses (1ª coleta da sorologia no momento do acidente e 2ª coleta da sorologia 06 meses após o acidente). Se a sorologia do profissional de saúde para HCV for positiva, o mesmo deve ser encaminhado para acompanhamento ambulatorial especializado. Caso o paciente fonte tenha sorologias negativas para HIV, VHB e VHC, o funcionário acidentado deverá receber alta após o resultado dos exames. Não existe necessidade de se fazer o seguimento do acidente por seis meses nesta situação. 4 - Quimioprofilaxia A administração de anti-retrovirais (ARVs) para profissionais de saúde que sofreram exposição acidental à material biológico de pacientes HIV positivos foi defendida inicialmente pelo National Comission on Aids dos EUA em 1993 e, posteriormente, foi recomendada pelo CDC, que considerou os seguintes dados: Redução de 69% na transmissão materno-fetal de HIV com AZT; Redução da viremia associada ao uso de ARV; Identificação de efeito protetor de AZT pósexposição para profissionais, em estudo 15 retrospectivo multicêntrico e caso-controle. O aumento de sobrevida com redução de viremia com os esquemas combinados de ARV e a identificação de casos de falha na profilaxia pósexposição com AZT isoladamente levaram à opção de associação de drogas. É importante sempre considerar que o uso indiscriminado dos ARV propicia a seleção de cepas resistentes, aumenta o risco de toxicidade para o profissional de saúde e eleva os custos no sistema de saúde. A decisão de se considerar ou recomendar a administração de anti-retrovirais para funcionários expostos a fluidos biológicos deve levar em consideração o tipo de exposição (gravidade, volume de material biológico, profundidade) e o paciente fonte. As situações não previstas devem ser avaliadas caso a caso, visando benefício do acidentado. No Brasil, a administração de quimioprofilaxia pós-exposição foi preconizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e pelo Ministério da Saúde em O Programa Estadual de Aids e o Instituto de Infectologia Emílio Ribas iniciaram, em 1999, um programa para o atendimento dos profissionais acidentados com material biológico. A partir de 2001, a Prefeitura do Município de São Paulo iniciou o seu programa de atendimento a profissionais acidentados, com ampliação da rede pública de atendimento. Em dezembro de 2001, a Coordenação Nacional DST/ Aids do Ministério da Saúde publicou as "Recomendações para Terapia Anti-Retroviral em Adultos e Adolescentes Infectados pelo HIV 2001" (fluxograma 1). Neste documento, algumas modificações em relação às recomendações anteriores devem ser ressaltadas: 10 Outubro 2002

11 Nº 1 Ano I Boletim Epidemiológico 1- Em situações de menor risco, recomendase o uso de esquemas envolvendo duas drogas anti-retrovirais análogas de nucleosídeo, preferencialmente a associação AZT + 3TC. 2- Em situações de maior risco, recomenda-se o uso de esquemas potentes com inibidores de protease, preferencialmente, o AZT + 3TC juntamente com o nelfinavir ou indinavir ou ainda associação indinavir com ritonavir (este como adjuvante farmacológico para o indinavir). 3- A nevirapina não é recomendada em esquemas de profilaxia pós-exposição devido aos relatos de reações adversas graves com o medicamento nessas situações. 4- Deve-se considerar a possibilidade de utilizar esquemas alternativos em situações de exposição com risco elevado de resistência. 5- Recomenda-se enfaticamente que as sorologias dos pacientes-fonte sejam realizadas. 6- Acidentes com fonte desconhecida ou com paciente com sorologia anti-hiv desconhecida, em geral, não devem ser medicados com anti-retrovirais. Nestas situações, o uso da profilaxia pós-exposição deverá ser considerada com base na gravidade do acidente e na história clínicoepidemiológica do paciente. Fluxograma 1: PROFILAXIA ANTI-RETROVIRAL APÓS EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL V+ assintomático ou arga viral baixa (1) 3 drogas (*) - grave 2 drogas (*) HIV+ sintomático, AIDS ou carga viral elevada (1) + grave - grave 3 drogas 3 drogas Fonte ou sorologia anti-hiv desconhecidas Em geral, não se recomenda ( 2) HIV negativo Não se recomenda Grande volume 2 drogas Grande volume 3 drogas Em geral, não se recomenda ( 2) Não se recomenda Pequeno volume Considerar 2 drogas Pequeno volume 2 drogas Exposição percutânea. Exposição de membrana mucosa ou pele não íntegra + grave: agulha de grosso calibre e grande lúmen, lesão profunda, sangue visível no objeto contaminante ou agulha usada recentemente em artéria ou veia do paciente-fonte. - grave: lesão superficial, agulha sem lúmen. pequeno volume: poucas gotas de material biológico de risco. grande volume: contato prolongado ou grande quantidade de material biológico de risco. (1) Estudos em exposição sexual e transmissão vertical sugerem que indivíduos com carga viral <1500 cópias/ml apresentam um risco muito reduzido de transmissão do HIV. (2) Considerar uso em locais com alta prevalência de indivíduos HIV+ ou história epidemiológica para HIV e outras DST. (*) Consultar texto. Outubro

12 Boletim Epidemiológico Ano I Nº 1 Observações: Pelo fato de a quimioprofilaxia apresentar potencial de toxicidade, o seu uso não é justificado em exposições com baixo risco de transmissão do HIV. Além disso, por não existirem evidências suficientes de benefício, o uso de esquemas expandidos não é recomendado para todos os tipos de exposição (quadro 1 e quadro 2). Quadro 1 Posologia e Administração da Quimioprofilaxia DROGA AZT DOSE 300 mg 3 caps. (100 mg) INTERVALO 12/12 horas 2x / dia DURAÇÃO 4 semanas 28 dias 3TC 150 mg 1 comp. (150 mg) 12/12 horas 2x / dia 4 semanas 28 dias OU BIOVIR (AZT+3TC) 1 COMP. 150 MG 3TC mg AZT 12/12 horas 4 SEMANAS 28 dias Quando indicado Inibidor de Protease (IP), recomendar Indinavir (Crixivan ) ou Nelfinavir (Viracept ) INDINAVIR 800 MG 2 caps. (400 mg) 8/8 HORAS 3x / dia 4 SEMANAS 28 dias OU NELFINAVIR 750 mg 5comp. (250 mg) 12/12horas 2x / dia 4 semanas 28 dias Quando o acidente for avaliado como sendo de alto risco e um inibidor de protease for introduzido, deve-se monitorizar os efeitos colaterais e, quando presentes e de grande intensidade, este deve ser substituído. 12 Outubro 2002

13 Nº 1 Ano I Boletim Epidemiológico Quadro 2 Efeitos Adversos e Interações dos Medicamentos Utilizados na Quimioprofilaxia Medicamento e relação com ingesta alimentar ZIDOVUDINA (AZT) c/ alimento Efeitos Adversos Anemia, neutropenia, leucopenia, plaquetopenia, náuseas, vômitos, astenia, mal-estar geral, cefaléia, miopatia, insônia, pigmentação ungueal e de mucosas, alteração das provas hepáticas, hepatite. Interações Ganciclovir, anfotericina B, flucitosina, SMX-TMP, dapsona, pirimetamina, citostáticos, sulfadiazina ( risco de toxicidade hematológica). Monitorar anemia e neutropenia. Probenecida, fluconazol, paracetamol ( níveis séricos do AZT). monitorar toxicidade do AZT. Estavudina e ribavirina (potencial para redução da atividade anti-retroviral). evitar uso concomitante. LAMIVUDINA (3TC) c/ alimento INDINAVIR (IDV) Jejum de > 1hora antes ou 2horas após alimentação ou com alimentos com baixo teor de gordura (*) (ingerir diariamente 1,5 litros ou mais de líquidos para evitar aparecimento de nefrolitíase). NELFINAVIR Pancreatite, diarréia, dor abdominal, anemia, neutropenia. Nefrolítiase, hematúria, cefaléia, insônia, náusea,vômitos,astenia, fadiga, distúrbios do paladar, pele e boca secas, dor abdominal, trombocitopenia, hiperbilirrubinemia indireta assintomática, aumento de triglicerídeos, hipercolesterolemia, hiperglicemia ediabetes. Diarréia (efeito mais freqüente), exantema, flatulência, náusea, dor muscular, fraqueza, aumento de triglicerídieos, hipercolesterolemia, hiperglicemia ediabetes. Sulfametoxazol + trimetoprim ( biodisponibilidade de 3TC). Não há necessidade de ajuste de dose. Zalcitabina (potencial antagonismo). Evitar uso concomitante. O indinavir não deve ser co-administrado com rifampicina, astemizol, terfenadina, cisaprida, ergotamina e diidroergotamina, midazolam ou triazolam. Rifabutina ( níveis séricos de indinavir, e o indinavir níveis séricos da rifabutina). Cetoconazol e itraconazol ( níveis séricos de indinavir). Considerar a redução da dose do indinavir para 600mg8/8h. Didanosina ( absorção de IDV). Administrar com intervalo mínimo de 1 hora. Delavirdina ( níveis séricos de IDV). Considerar a redução da dose de indinavir para 600mg 8/8h. Nevirapina ( níveis séricos de IDV). Não há necessidade de ajuste dedoses. O nelfinavir não deve ser co-administrado com: rifampicina, fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, diidroergotamina, astemizol, terfenadina, cisaprida, midazolam ou triazolam. Rifabutina ( níveis séricos de nelfinavir, e o nelfinavir níveis séricos de rifabutina). Bloqueadores de cálcio (possibilidade de aumento dos níveis séricos dos bloqueadores). Monitorar toxicidade. Saquinavir ( níveis séricos de SQV). Não há necessidade de ajuste de doses. Nevirapina ( níveis séricos de NFV). Não há necessidade de ajuste de doses.atenção: Etinilestradiol e noretindrona ( níveis séricos dos hormônios). Usar métodos contraceptivo alternativo ou adicional. (*) leite desnatado, suco, café ou chá, ou com alimentos leves, como torradas com geléia, suco ou café com leite desnatado e açúcar, ou ainda leite desnatado com sucrilhos e açúcar. Outubro

14 Boletim Epidemiológico Ano I Nº 1 5- Coleta de Material e Seguimento Clínico/ Laboratorial do Profissional Acidentado (fluxograma 2) 5.1. Relatar a história do acidentado em uma ficha de evolução clínica para documentação do caso. Na anamnese, deve-se perguntar ao profissional acidentado, se este for do sexo feminino, a data da última menstruação, para descartar gravidez. Para as gestantes, vítimas de acidente profissional, os benefícios da utilização dos anti-retrovirais e os riscos inerentes para o feto não são conhecidos e devem ser discutidos e analisados conjuntamente com o médico, principalmente no primeiro trimestre de gestação, período em que possíveis efeitos adversos ao feto não estão bem estabelecidos. Dependendo do tipo de exposição do material da fonte e da gravidade do acidente, a profissional acidentada deve ser informada dos riscos e, se optar pelo uso dos anti-retrovirais, a mesma deverá assinar um termo de consentimento. Sabe-se que o AZT reduz a transmissão materno-infantil do HIV e pode ser administrado com segurança a partir do segundo trimestre de gravidez Verificar no prontuário do paciente fonte os resultados de sorologias do mesmo; solicitar exames que porventura sejam necessários para identificar a necessidade de medidas adicionais de profilaxia ao acidentado (se, por exemplo, o paciente fonte tiver HbsAg reagente, recomendar profilaxia para Hepatite B) (Quadro3) O SCIH ou setor responsável deverá proceder à coleta de amostra de sangue do profissional de saúde para sorologia imediata para HIV, HBsAg, Anti-HBs e Anti HCV. A identificação da amostra deve ser codificada, buscando preservar o sigilo e evitando constrangimentos para o profissional acidentado. A situação vacinal do acidentado para Hepatite B deve ser investigada e, se este não estiver com o esquema vacinal em dia, deverá ser encaminhado para completá-lo Programar o seguimento clínico/ laboratorial. O anti-hiv deverá ser colhido: na data do acidente (data zero) até, no máximo, 15 dias depois, aos 45 dias (06 semanas), 90 dias (03 meses) e 180 dias (06 meses) após o mesmo. Exames bioquímicos (amilase, bilirrubinas, creatinina, fosfatase alcalina, TGO, TGP e uréia) e hemograma completo deverão ser realizados antes do início dos anti-retrovirais, 15 dias após o início e ao término dos 30 dias da medicação para avaliação da função hepática e renal do acidentado devido aos efeitos adversos dos anti-retrovirais. Caso se tenha documentação de que o paciente-fonte é negativo para HIV,HBV e HCV, o funcionário acidentado não necessitará ser seguido e poderá receber alta tão logo receba os resultados das sorologias. Caso o paciente-fonte tenha a situação de risco recente para aquisição dessas viroses, deve ser considerada a possibilidade de ampliar o seguimento do funcionário para 6 meses A avaliação clínica deverá ser semanal durante o uso dos anti-retrovirais O tratamento tem como objetivo principal evitar a contaminação. Além do acompanhamento sorológico, faz-se necessário o aconselhamento em todas as etapas do seguimento, incluindo orientações como: evitar a amamentação, usar preservativos em relações sexuais e não doar sangue ou órgãos durante o período de acompanhamento (clínico/laboratorial), que deverá ser de seis meses, quando houver risco para aquisição do HIV, HBV e HCV. Vale lembrar que este indivíduo pode se expor ao risco de adquirir estas infecções em seu cotidiano e que isto deve ser, previa e cuidadosamente, investigado para descartar outras situações de risco. Este deve ser um momento oportuno para reforçar as orientações gerais de prevenção. 14 Outubro 2002

15 Nº 1 Ano I Boletim Epidemiológico Quadro 3 Recomendação para Profilaxia de Hepatite B para Profissionais de Saúde Expostos a Material Biológico. Situação do Profissional do Saúde Exposto Paciente Fonte HBsAg Positivo ou desconhecido COM RISCO* Paciente Fonte HbsAg desconhecido SEM RISCO Paciente Fonte HBsAg Negativo Não Vacinado ou Vacinação Incompleta 1 01 dose de HBIG e iniciar esquema vacinal** ou completar vacinação Iniciar esquema vacinal** ou completar esquema vacinal Iniciar esquema vacinal** ou completar esquema vacinal Vacinado com Resposta 2 adequada Não imunizar Não imunizar Não imunizar Vacinado 3 sem Resposta adequada 4 01 dose de HBIG e 5 Revacinar 5 Revacinar 5 Revacinar Vacinado com Resposta Não Conhecida 6 Fazer Anti-HBs Com Resposta adequada Não Imunizar Sem resposta adequada: 4 01 dose de HBIG e 5 Revacinar 7 Fazer Anti-HBs Com Resposta adequada Não Imunizar Sem resposta adequada: 5 Revacinar Fazer Anti-HBs Não imunizar Modificado de CDC, * Pacientes usuários de drogas, contactantes domiciliares e sexuais de portadores de HbsAg, homossexuais e bissexuais masculinos, indivíduos com história prévia de DST, pacientes provenientes de prisões, pacientes HIV+, ** A vacina anti-hepatite B consiste em 03 doses (0, 1 e 6 meses). 1. HBIg (Imunoglobulina Humana contra a Hepatite B): administrar o mais precocemente possível até 7 dias após o acidente; dose = 0,06 ml/kg, administrada por via IM. Solicitar o HBIg aos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. 2. Anti-HBs > 10 UI/ml 3. Anti-HBs < 10 UI/ml 4. Apenas para as pessoas que, mesmo após revacinação, continuam sem resposta adequada. 5. Administrar novamente 03 doses da vacina contra Hepatite B (0,1 e 6 meses). Nas situações que continuarem sem resposta adequada, cada caso deverá ser discutido individualmente. 6. Na impossibilidade de fazer o teste Anti-HBs rapidamente, tratar o profissional acidentado com 01 dose de HBIg + 01 dose de vacina contra Hepatite B. 7. Na impossibilidade de fazer o teste Anti- Hbs, tratar o profissional acidentado com 01 dose de vacina contra Hepatite B. Outubro

16 Boletim Epidemiológico Ano I Nº 1 Figura 2 Fluxograma de conduta após acidente. ACIDENTE CUIDADOS LOCAIS Supervisão da Chefia Imediata NOTIFICAÇÃO C.C.I.H (Médico do Trabalho) (Comunicação de Acidente de Trabalho) ANÁLISE DE DADOS DA FONTE DE CONTÁGIO CCIH, Medicina do Trabalho e CIPA Causas dos Acidentes Tipos de Acidentes Medidas a serem adotadas (vacinas, quimioprofilaxia, outras) ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL AO FUNCIONÁRIO SEGUIMENTO CLÍNICO LABORATORIAL APROPRIADO PERGUNTAS FREQÜENTES EM RELAÇÃO AO SINABIO 1. Quais os acidentes que devem ser notificados? Devem-se notificar todos os acidentes envolvendo assistência a saúde, independente do risco, com os seguintes materiais biológicos: sangue, fluídos com sangue, líquor, secreções sexuais, líquidos pleural, pericárdico, ascítico, articular ou amniótico em: profissionais de saúde bombeiros policiais profissionais de limpeza em serviços de saúde cuidadores domiciliares indivíduos em situação de atendimento de saúde eventual, por ex. cidadão alguém com sangramento. comum socorrendo 2. Como devo registrar as exposições não ocupacionais como, por exemplo, exposição sexual ou ferimento em coletor de lixo por agulha encontrada no lixo domiciliar? Os acidentes com materiais biológicos potencialmente infectantes, em indivíduos que não se enquadram em nenhuma das categorias acima descritas, devem ser avaliados quanto ao risco e a pertinência de se utilizar ou não quimioprofilaxia e fazer o acompanhamento, não devendo, entretanto, ser incluídos no SINABIO. 3. Como devo registrar exposições ocupacionais com outros materiais biológicos? Os acidentes com as seguintes secreções humanas: lágrima, suor, urina, fezes, secreção nasogástrica, escarro e secreção purulenta não devem ser notificados no SINABIO. Fica a critério de cada serviço a necessidade e a forma de registro destes acidentes. 16 Outubro 2002

17 Nº 1 Ano I Boletim Epidemiológico 4. Quem deve fazer o acompanhamento dos profissionais acidentados? Não há determinação a esse respeito. O serviço que estiver melhor estruturado deverá ficar responsável pelo atendimento inicial e seguimento do acidentado. Entretanto, é importante lembrar que há necessidade legal de abertura de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) para todos os acidentes ocupacionais. 5. Quem deve fazer a notificação do acidente? O mesmo serviço responsável pela notificação das DNC (Doenças de Notificações Compulsórias) da instituição deverá receber a ficha preenchida e proceder a notificação, seguindo os passos e o fluxo previamente estabelecido para as demais notificações. 6. Devemos administrar anti-retrovirais para acidentados com paciente desconhecido ou com fonte com sorologia desconhecida? De um modo geral, estes tipos de acidentes não devem ser medicados, mas precisam ser seguidos adequadamente. Somente em situações de acidentes graves e com grande evidência clínica-epidemiológica de exposição ao HIV dever-se-á recomendar anti-retrovirais para acidentes com exposição duvidosa. Nunca se deve deixar de fazer a sorologia da fonte e adequar ou suspender o ARV de acordo com o resultado da mesma. 7. Por quanto tempo devemos continuar o seguimento do funcionário acidentado quando temos em mãos os resultados negativos das sorologias do paciente-fonte? Nesta situação, o funcionário, uma vez tendo recebido os resultados de suas próprias sorologias deverá receber alta do seguimento. Deve-se, contudo, de acordo com os resultados de sua sorologia para hepatite B, encaminhá-lo a vacinação ou revacinação. Se o funcionário tiver algum resultado positivo para hepatite B ou C ou para o HIV, deverá ser encaminhado a um especialista. Referências Bibliográficas 1 - MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL Secretaria de Políticas de Saúde Coordenação Nacional de DST e AIDS. Recomendações para Terapia Anti-Retroviral em Adultos e Adolescentes Infectados pelo HIV CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Updated U.S. Public Health service guidelines for the management of occupational exposures to HBV,HCV, and HIV and recommendations for postexposure prophylaxis. MMWR 2001;50 (RR-11): MONTEIRO ALC, RUIZ EAC, PAZ RB. Recomendações e condutas após exposição ocupacional de profissionais de saúde. Boletim Epidemiológico do Programa DST/AIDS da Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo,1999;1: MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL Secretaria de Políticas de Saúde Coordenação Nacional de DST e AIDS. Exposição Ocupacional a Material Biológico: Hepatite e HIV, CENTERS FOR DISEASE CONTROL. Immunization of health-care workers: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) and the Hospital Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC). MMWR 1997;46 (RR-18): SECRETARIA DE ESTADO DA SAúDE DE SãO PAULO. Centro de Vigilância Epidemiológica "Prof. Alexandre Vranjac". Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações. Norma do Programa de Imunização, CARDO DM, CULVER DH, CIESIELSKI,CA, SRIVASTAVA PU, MARCUS R, ABITEBOUL D ET AL. A case-control study of HIV seroconversion in health care workers after percutaneous exposure. N. Engl. J. Med. 1997;337: CONNOR EM, SPERLING RS, GELBER R, KISELEV P, SCOTT G, O'SULLIVAN MJ, VANDYKE M, BEY M, SHEARER W, JACOBSON RL. Reduction of maternal-infant transmission of human immunodeficiency virus type 1 with zidovudine treatment. N.Engl.J. Med. 1994;331: Outubro

18 Boletim Epidemiológico Ano I Nº 1 Número de Ordem SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO Instituição onde ocorreu o Acidente: Data da notificação: / / FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTES BIOLÓGICOS COM PROFISSIONAIS DE SAÚDE Serviço notificador DIR I I I Data do Acidente: Horário do Acidente: Nome do Município onde ocorreu o Acidente: / / Código do Município I I I I I I I : DIR 1-IDENTIFICAÇÃO: Nome do Funcionário: Sexo I I 1 - Masculino 2 - Feminino 9 Ignorado Data Nascimento : / / Idade : Cargo ou Função : Tempo na Função Gestante I I 1 - Sim 2 Não Endereço do Funcionário (rua, avenida, n.º, apto) CEP Telefone p/ contato Bairro (Distrito administrativo) Distrito (Distrito de Saúde) Município de residência DIR Setor onde ocorreu o Acidente: 2 - TIPO DE EXPOSIÇÃO: (marque com X na casela ) I I I PERCUTÂNEA I I MUCOSA OCULAR I I PELE NÃO INTEGRA I I MUCOSA ORAL I I PELE INTEGRA I I IGNORADO I I OUTRO: I I QUAL? 3 - MATERIAL ORGÂNICO (marque com X na casela ) SANGUE I I LÍQ. PLEURAL I I LÍQ. AMNIÓTICO I I SORO / PLASMA I I IGNORADO I I LÍQUOR I I LÍQ. ASCÍTICO I I OUTRO: I I QUAL? 4- CIRCUNSTÂNCIA DO ACIDENTE (marque com X na casela ) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO I I I I EV I I IM I I SC PUNÇÃO VENOSA / ARTERIAL : PARA COLETA DE SANGUE I I NÃO ESPECIFICADA I I PROCEDIMENTO CIRURGICO I I PROCEDIMENTO ODONTOLÓGICO I I REENCAPE DE AGULHA I I DESCARTE INADEQUADO COM MAT. PERF. CORTANTE : EM SACO DE LIXO I I EM BANCADA, CAMA, CHÃO,ETC I I OUTRO: I I QUAL? 5 AGENTE (marque com X na casela ) AGULHA COM LUZ I I INTRACATH I I VIDROS I I LÂMINAS/LANCETA (qualquer tipo) I I AGULHA SEM LUZ I I IGNORADO I I OUTRO: I I 6 USO DE EPI 1- SIM 2-NÃO 9- -IGNORADO LUVA I I MÁSCARA I I PROTEÇÃO FACIAL I I AVENTAL I I BOTA I I ÓCULOS I I 7 INFORMAÇÕES DO PACIENTE FONTE (no momento do acidente) Paciente Fonte conhecido SIM I I NÃO I I QUAL? 1 - Positivo 2 Negativo 3- Inconclusivo 4 Em andamento 7- Desconhecido 8 Não Realizado 9 - Ignorado Anti- HIV I I HbsAg I I Anti- HBs I I Anti- HCV I I CD4 I I Data / / CARGA VIRAL I I Data / / 8- SOLICITAÇÃO E RESULTADOS DE EXAMES DO FUNCIONÁRIO (no momento do acidente Data ZERO ) 1 - Positivo 2 Negativo 3- Inconclusivo 4 em andamento 8 Não Realizado 9 - Ignorado Anti- HIV I I data da coleta / / Anti- HBs I I data da coleta / / HbsAg I I data da coleta / / Anti- HCV I I data da coleta / / 18 Outubro 2002

19 Nº 1 Ano I Boletim Epidemiológico 9 - SITUAÇÃO VACINAL DO ACIDENTADO EM RELAÇÃO A HEPATITE B (antes do acidente atual) 1 - Sim 2 - Não 9 Ignorado Vacinado ( 03 doses) I I Realizou Anti-HBs após a vacinação? I I 10 - CONDUTA NO MOMENTO DO ACIDENTE DO FUNCIONÁRIO DATA DO INÍCIO ESQUEMA ANTI-RETROVIRAIS (ARV) / / HORÁRIO : : GAMALOBULINA HIPERIMUNE B (HBIG) I I VACINA CONTRA HEPATITE B I I 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado AZT + 3TC I I AZT + 3TC + INDINAVIR I I AZT + 3TC + NELFINAVIR I I Outro esquema: QUIMIOPROFILAXIA DESNECESSÁRIA I I RECUSOU QUIMIOPROFILAXIA I I 11 - ACOMPANHAMENTO SOROLÓGICO DO FUNCIONÁRIO ACIDENTADO 1 -Positivo 2 - Negativo 3 - Inconclusivo 4 - Em andamento 8 - Não realizado 9 - Ignorado Data da sorologia para o HIV 6 SEMANAS / / I I Data da sorologia para o HIV 6 MESES / / I I Data da sorologia para o HBV 6 MESES / / I I Data da sorologia para o HIV 3 MESES / / I I Data da sorologia para o HCV 6 MESES / / I I 12 - ADERÊNCIA AO ESQUEMA ANTI-RETROVIRAL DO FUNCIONÁRIO (ARV) TEMPO DE USO DOS ANTI-RETROVIRAIS I I I dias I I N.º de Dias Ignorado. 13 EVOLUÇÃO DO CASO Alta sem conversão sorológica I I 1- Sim 2 Não 9 - Ignorado Alta com conversão sorológica I I Qual Agente? Alta paciente fonte negativo: I I Em Seguimento I I Transferência: I I Abandono: I I Data da Saída : / / Convocação: I I Óbito: I I Nome do profissional que notificou: Telefone p/ contato: OBSERVAÇÕES: Instruções para Preenchimento: ATENÇÃO: As instruções sobre a codificação de cada campo deverá ser rigorosamente seguida. Número de Ordem: deixar em branco o programa preenche automaticamente. Horário do acidente: considerar hora de 01:00 a 24:00 h (04 dígitos). 1-Identificação: preencher as caselas com os dados de identificação do profissional acidentado. 2-Tipo de Exposição: assinalar com "X" a(s) casela(s) correspondente(s) ao(s) tipos de exposição (01 ou mais). Ex.: Mucosa Oral e Ocular. 3-Material Orgânico: assinalar com "X" a(s) casela(s) correspondente(s) ao Material Orgânico (01 ou mais) envolvido(s) no acidente. Ex.: sangue. Caso seja outro material, assinale a opção outro e especifique. Ex.: Escarro. 4-Circunstância do Acidente: assinalar com "X" a casela correspondente e, no item Administração de Medicação, especificar se EV,IM ou SC. 5-Agente: assinalar com "X" a(s) casela(s) correspondente(s) (01 ou mais).obs.: Agulha com luz = oca (ex.: agulha de punção); Agulha sem luz = maciça (ex.: agulha cirúrgica). 6-Uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual): preencher com os respectivos códigos no(s) EPI(s) (01 ou mais). 7-Informações do Paciente Fonte : assinalar se o paciente fonte é conhecido ou não. Se NÃO, ir para o item 8 (deixar em branco as demais caselas do item 7). Se SIM, preencher todas as lacunas do item 7 com os respectivos códigos e data do último CD4 e Carga Viral (se paciente fonte HIV+). 8-Resultados dos Exames do Funcionário (Data ZERO): preencher os resultados e as datas dos exames. 9-Situação Vacinal: nesta casela interessa saber se o funcionário acidentado recebeu vacinação completa contra Hepatite B (03 doses) e se foi realizado Anti-HBs após a vacinação do mesmo. 10-Conduta no Momento do Acidente do Funcionário: assinalar na(s) casela(s) as medidas realizadas após o acidente e o horário do início dos anti-retrovirais; considerar hora de 01:00 a 24:00 h (04 dígitos). 11-Acompanhamento Sorológico do Funcionário- os resultados das sorologias devem ser anotadas nas seguintes datas: 06 semanas após a 1ª coleta; 03 meses após a 1ª coleta; 06 meses após a 1ª coleta para HIV. Não esquecer coleta no 6º mês para HBV e HCV (janela imunológica de 06 meses). 12-Tempo de uso dos anti-retrovirais : anotar em dias o tempo em que o funcionário acidentado fez uso da quimioprofilaxia (anti-retrovirais) ou marcar com X se o tempo de uso dos anti-retrovirais é Ignorado. 13- Evolução do caso: assinalar o tipo de alta do funcionário e a data da saída (Alta Definitiva do Ambulatório de Acidentes). Escrever o nome do profissional que notificou o acidente (com letra legível) e o telefone para contato caso seja necessário esclarecimentos em relação ao acidente. Outubro

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