Utilização da técnica de fluorescência de raios X com microssonda (m-xrf) aplicada a amostras de interesse arqueológico

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Utilização da técnica de fluorescência de raios X com microssonda (m-xrf) aplicada a amostras de interesse arqueológico"

Transcrição

1 Utilização da técnica de fluorescência de raios X com microssonda (m-xrf) aplicada a amostras de interesse arqueológico RICHARD MAXIMILIANO DA CUNHA E SILVA Tese apresentada ao Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Ciências, Área de Concentração: Energia Nuclear na Agricultura. PIRACICABA Estado de São Paulo Brasil Agosto

2 Utilização da técnica de fluorescência de raios X com microssonda (m-xrf) aplicada a amostras de interesse arqueológico RICHARD MAXIMILIANO DA CUNHA E SILVA Físico Orientador: Prof. Dr. VIRGÍLIO FRANCO DO NASCIMENTO FILHO Tese apresentada ao Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Ciências, Área de Concentração: Energia Nuclear na Agricultura. PIRACICABA Estado de São Paulo Brasil Agosto

3 Utilização da técnica de fluorescência de raios X com microssonda (m-xrf) aplicada a amostras de interesse arqueológico RICHARD MAXIMILIANO DA CUNHA E SILVA Aprovada em:... Comissão julgadora: Prof. Dr. Prof. Dr. Prof. Dr. Prof. Dr. Prof. Dr. (assinatura) Prof. VIRGÍLIO FRANCO DO NASCIMENTO FILHO Orientador

4 Dedico: Ao grande amor da minha vida, Adriana, pelo carinho, dedicação, paciência e compreensão; Aos meus pais, Osvaldo (in memoriam) e Maria Inez; aos meus irmãos, Gustavo e Lucas, pelo apoio e confiança.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço ao Prof. Dr. Virgílio Franco do Nascimento Filho pela oportunidade, orientação, incentivo e amizade. Ao Prof. Dr. Carlos Roberto Appoloni pela orientação, incentivo e amizade. Aos colegas do Laboratório de Instrumentação Nuclear, Ana Carla F. Gomes, Daniel C. Peligrinotti, Eduardo de Almeida, Edwin P. E. Valência, Fábio Lopes, Guido N. Lopes, Liz Mary B. Moraes, Luis A. Senicato, Paulo S. Parreira, pela ajuda, discussão e interpretação de alguns resultados deste trabalho, e pela amizade demonstrada. As seguintes instituições, pela formação, oportunidade de realização do curso, infra-estrutura e facilidades oferecidas na execução deste trabalho: Centro de Energia Nuclear na Agricultura Laboratório Nacional de Luz Síncrotron Laboratório de Física Nuclear Aplicada/UEL Núcleo de Pesquisa em Geofísica e Geoquímica na Litosfera Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico A DEUS pela vida

6 SUMÁRIO Página LISTA DE FIGURAS...VI LISTA DE TABELAS...X LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS...XII RESUMO... XIV SUMMARY... XV 1 INTRODUÇÃO E OBJETIVO REVISÃO DE LITERATURA Microfluorescência de raios X Amostras arqueológicas FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Raios X Refração e reflexão dos raios X Fluorescência de raios X por dispersão em energia (EDXRF) e por reflexão total (TXRF) Fluorescência por microssonda de raios X (µ-xrf) Monocapilares Capilar reto... 20

7 iv Capilar cônico Capilar elipsoidal Policapilares Microscopia eletrônica de varredura (SEM) Programa AXIL Equação dos parâmetros fundamentais Limite de detecção (LD) MATERIAIS E MÉTODOS Amostras cerâmicas arqueológicas Amostras cerâmicas fabricadas Amostras de referência certificada Microscopia eletrônica de varredura (SEM/EDS) Sistema de fluorescência de raios X por dispersão em energia (EDXRF) no Laboratório de Instrumentação Nuclear/CENA Sistema de microfluorescência de raios X por dispersão em energia (µ-xrf) no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron RESULTADOS E DISCUSSÃO Microscopia eletrônica de varredura (SEM) Microfluorescência de raios X (µ-xrf) Fluorescência de raios X convencional... 61

8 v 5.4 Procedência das cerâmicas arqueológicas CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 72

9 vi LISTA DE FIGURAS página Figura 1 - Representação esquemática do ângulo crítico (em minutos) para o raios X Mo-K α de 17,44 kev incidindo sobre o quartzo Figura 2 - Representação esquemática da refração e reflexão de um feixe de radiação monocromático, incidindo em um material em um ângulo f Figura 3 - Geometria de excitação-detecção da EDXRF e TXRF, com linhas contínuas representando os raios X incidentes e espalhados, e os tracejados os raios X característicos Figura 4 - Visualização da reflexão total em um capilar reto (IAEA, 1996) Figura 5 - Visualização da reflexão total em um capilar cônico (IAEA, 1996) Figura 6 - Visualização da reflexão total em um capilar elipsoidal (IAEA, 1996) Figura 7 - Geometria de excitação/detecção da µ-xrf, com linhas contínuas representando os raios X incidentes e espalhados, e os tracejados os raios X característicos Figura 8 - Fotografia dos fragmentos cerâmicos arqueológicos (ver descrição na Tabela1)

10 vii Figura 9 - Fotografia das amostras dos fragmentos cerâmicos arqueológicos laminados Figura 10 - Fotografia das pastilhas de cerâmica fabricadas Figura 11 - Fotografia das pastilhas dos materiais de referência certificadas Figura 12 - Fotografia do sistema de fluorescência de raios X por dispersão de energia em um microscópio eletrônico de varredura (SEM: JEOL, 5600LV; EDS: Noran, Voyager) Figura 13 - Fotografia do sistema de EDXRF no LIN Figura 14 - Fotografia do sistema de µ-xrf no LNLS Figura 15 - Espectro do feixe policromático de raios X na linha e fluorescência de raios X no LNLS Figura 16 - Imagem gerada pelos elétrons secundários na amostra 146 pela técnica de SEM. Os pontos 1 a 3 indicam os locais analisados por EDS Figura 17 - Espectros dos raios X característicos na área da imagem e nos pontos especificados na Figura 15 pela técnica EDS Figura 18 - Mapeamento da amostra 146 para os elementos Na, Mg, Al, Si, K, Ca, Ti e Fe obtido por EDS e imagem gerada pelo SEM Figura 19 - Mapeamento da amostra 2 para os elementos Na, Mg, Al, Si, K, Ca, Ti e Fe obtido por EDS e imagem gerada pelo SEM... 45

11 viii Figura 20 - Sensibilidade elementar versus número atômico, obtidas a partir das amostras de referência certificadas Figura 21 - Variação das intensidades relativas dos raios X característicos dos elementos químicos Si, Ca, Ti e Fe, nas três repetições (A, B e C) da amostra de referência certificada de argila Pará Figura 22 - Variação da intensidade relativa dos raios X, para os elementos Si, K, Ca, Ti e Fe nas três repetições (A, B e C) na amostra de referência certificada de argila plástica Figura 23 - Mapeamento do elemento químico K na amostra Figura 24 - Mapeamento dos elementos químicos Ca, Ti e Cr na amostra Figura 25 - Mapeamento dos elementos químicos Mn, Fe e Ni na amostra Figura 26 - Mapeamento dos elementos químicos Cu, Zn e Rb na amostra Figura 27 - Distribuição dos elementos químicos K, Ca, Ti, Cr, Mn, Fe, Ni e Cu, na amostra Figura 28 - Distribuição dos elementos químicos Zn, Rb e Sr na amostra Figura 29 - Limite de detecção para os elementos químicos de número atômico entre 14 (Si) a 38 (Sr) nos fragmentos cerâmicos laminados... 59

12 ix Figura 30 - Dendrograma com as 11 amostras analisadas pelo método de agrupamento médio, identificando-se duas fontes de argila Figura 31 - Sensibilidade elementar versus número atômico Figura 32 - Limite de detecção para os fragmentos cerâmicos laminados utilizando EDXRF convencional Figura 33 - Limite de detecção para os fragmentos cerâmicos utilizando EDXRF convencional Figura 34 - Dendrograma com as 11 amostras analisadas pelo método de agrupamento médio, identificando-se duas fontes de argila Figura 35 - Dendrograma com as 33 amostras analisadas pelo método de agrupamento médio, identificando-se duas fontes de argila... 68

13 x LISTA DE TABELAS página Tabela 1 - Caracterização dos fragmentos cerâmicos arqueológicos (CUNHA e SILVA, 1997, APPOLONI, 2001) Tabela 2 - Características físicas das lâminas dos fragmentos cerâmicos Tabela 3 - Valores das concentrações químicas nas amostras de referência certificadas Tabela 4 - Valores das concentrações químicas nas amostras de referência certificadas monoelementares de filme fino da MicroMatter Tabela 5 - Valores da composição das lâminas dos fragmentos cerâmicos Tabela 6 - Valores certificados e medidos das concentrações das amostras de referência, e respectivos intervalos de confiança Tabela 7 - Valores dos coeficientes de variação (CV, %) para as concentrações químicas medidas nas amostras de referência certificadas Tabela 8 - Valores das concentrações dos elementos químicos nos fragmentos cerâmicos laminados Tabela 9 - Valores dos coeficientes de variação (CV) na varredura dos fragmentos cerâmicos laminados

14 xi Tabela 10 - Valores do limite de detecção para os elementos químicos de 14 Si ao 38 Sr nos fragmentos cerâmicos laminados Tabela 11 - Valores certificados e medidos das concentrações químicas nas amostras de referência certificadas Tabela 12 - Concentrações, desvio padrão e coeficiente de variação (CV, %) das amostras código 1, 2 e 3, produzidas em laboratório Tabela 13 - Valores das concentrações químicas nos fragmentos cerâmicos Tabela 14 - Valores das concentrações químicas nos fragmentos cerâmicos Tabela 15 - Valores do limite de detecção em concentração (LD) para as amostras de fragmentos cerâmicos... 65

15 xii LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS f crit = ângulo crítico; A = fator de absorção do raio X característico pela matriz (adimensional); A = fator de absorção do raio X característico pela matriz (g.cm -2 ). C = concentração do elemento na matriz (g g -1 ); c = concentração do elemento na matriz (g cm -2 ); I = intensidade líquida (cps) do raio X característico do elemento de interesse; LD = limite de detecção; ppm = partes por milhão (µg g -1 ) S i = sensibilidade elementar (cps g -1 cm 2 ) para o raio X do elemento de interesse; Z = número de elétrons em um átomo ou molécula do suporte refletor; - EDS (Energy Dispersive X-Ray Fluorescence System) = fluorescência de raios X por dispersão de energia; - EDXRF (Energy Dispersive X-Ray Fluorescence) = fluorescência de raios X por dispersão de energia; - INAA (Instrumental Neutron Activation Analysis) = análise por ativação neutrônica instrumental. - PIXE (Proton Induced X-Ray Emission) = fluorescência de raios X induzida por próton. - m-pixe (Micro Proton Induced X-ray Emission) = microfluorescência de raios X induzida por próton. - SEM (Scanning Electronic Microscopy) = microscopia eletrônica de varredura - TXRF (Total Reflection X-Ray Fluorescence) = fluorescência de raios X por reflexão total;

16 xiii - WDXRF (Wavelength Dispersive X-Ray Fluorescence) = fluorescência de raios X por dispersão de comprimento de onda; - XRF (X-Ray Fluorescence) = fluorescência de raios X - m-xrf (Micro X-Ray Fluorescence) = microfluorescência de raios X. LIN = Laboratório de Instrumentação Nuclear LNLS = Laboratório Nacional de Luz Síncrotron NUPEGEL = Núcleo de Pesquisa em Geofísica e Geoquímica na Litosfera

17 xiv Utilização da técnica de fluorescência de raios X com microssonda (m-xrf) aplicada a amostras de interesse arqueológico Autor: Richard Maximiliano da Cunha e Silva Orientador: Prof. Dr. Virgílio Franco do Nascimento Filho RESUMO O objetivo principal do trabalho foi a utilização da microfluorescência de raios X (µ-xrf) no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), Campinas, e fluorescência de raios X convencional por dispersão de energia (EDXRF) no Laboratório de Instrumentação Nuclear/CENA, Piracicaba, aplicando-se as técnicas em amostras de cerâmica arqueológicas Tupi-guarani provenientes de Londrina, Norte do Paraná, e pertencentes à coleção arqueológica do Museu Histórico "Padre Carlos Weiss", da Universidade Estadual de Londrina, e em cerâmicas arqueológicas Assurini e Xikrin do Sul do Pará. Uma das vantagens da µ-xrf foi o mapeamento químico, possibilitando a distribuição dos elementos na amostra, e outra foi o aumento na sensibilidade elementar, podendo-se quantificar elementos traços. A partir das concentrações químicas dos elementos presentes nas amostras de fragmentos arqueológicos, foi realizada uma análise de agrupamento e com isso um estudo de identificação de procedência das cerâmicas arqueológicas.

18 xv X-Ray microfluorescence (m-xrf) technique applied to archaeological sample Author: Richard Maximiliano da Cunha e Silva Adviser: Prof. Dr. Virgílio Franco do Nascimento Filho SUMMARY The main objective of this study was the application of X- ray microfluorescence (µ-xrf) from the National Synchrotron Light Laboratory (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), Campinas, Brazil) and conventional energy dispersive X-ray fluorescence (EDXRF) from the Nuclear Instrumentation Laboratory (Laboratório de Instrumentação Nuclear/CENA) to samples of archeological ceramic. There were samples from two places: (i) Tupi-guaraní archeological ceramic from Londrina, Northern Paraná, Brazil, which belong to the archeological collection of the Historical Museum "Padre Carlos Weiss", of Londrina State University (Universidade Estadual de Londrina); (ii) Assurini and Xikrin archeological ceramic from Southern Pará, Brazil. One advantage of µ-xrf is the chemical mapping, enabling the determination of chemical elements distribution in the sample. Another advantage is an increase in the elemental sensitivity, enabling the identification of trace elements. The chemical determination of elements present in the sample (archeological fragments) enabled clusters analysis and also the identification of the ceramics origin.

19 1 INTRODUÇÃO E OBJETIVO No passado, a fluorescência de raios X não era amplamente aplicada ao nível microscópico como as técnicas de microssonda com elétron ou próton. Apesar do fato de diferentes tipos de sistemas ópticos para focalização dos raios X terem sido desenvolvidos, sua resolução ainda é inferior aos sistemas convencionais usados para partículas carregadas, mas esta situação está mudando rapidamente nos dias de hoje. Mesmo com resolução pobre, a microssonda de raios X oferece muitas vantagens para análise e caracterização em comparação com outras técnicas, sendo a maior delas a alta sensibilidade analítica e a possibilidade de se trabalhar sem vácuo. A microfluorescência de raios X (m-xrf; Micro X-Ray Fluorescence) é uma sub variante microanalítica da fluorescência de raios X por dispersão em energia (EDXRF; Energy Dispersive X-Ray Fluorescence), possibilitando realizar mapeamento químico da amostra (mapping) e verificar a sua homogeneidade, e também melhorar o limite de detecção para elementos traços. Atualmente o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) é o único a trabalhar com µ-xrf na América Latina. O trabalho teve como objetivo principal a utilização da µ- XRF para a análise química de amostras de fragmentos cerâmicos

20 2 arqueológicos. Com as composições químicas inorgânicas das cerâmicas, pretendeu-se inferir se os materiais encontrados pertencem a uma região ou não, e se houve comércio ou migração dos povos indígenas, assuntos de grande importância em Arqueologia e História. As amostras arqueológicas a serem estudadas são fragmentos de cerâmica indígena brasileira, da região da cidade de Londrina, Norte do Paraná; e também do Sul do Pará. Estes fragmentos pertencem à coleção arqueológica do Museu Histórico Padre Carlos Weiss, da Universidade Estadual de Londrina. Cada um desses fragmentos é proveniente de recipientes cerâmicos distintos e todos pertencem a ancestrais de população do tronco lingüístico Jê, provavelmente os Tupi-guaranis (TEMPSKI, 1986). A espessura das paredes dos fragmentos, bem como o tipo de decoração e cor, são coerentes com as características dos recipientes cerâmicos dos Tupiguaranis do Paraná, da tradição regional Itararé, Casa de Pedra (MILLER, 1978). Para atingir os objetivos propostos foram utilizados a linha de µ-xrf do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron/(ABTLuS) - CNPq/MCT, Campinas, e sistema de fluorescência de raios X dispersiva em energia disponível no Laboratório de Instrumentação Nuclear/CENA/USP, Piracicaba, para caracterização química desses fragmentos.

21 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Microfluorescência de raios X Com o surgimento da espectroscopia de fluorescência de raios X, a mesma não pôde ser amplamente aplicada em nível microscópico como as técnicas de microssonda de elétrons ou prótons. Isto foi devido as dificuldades ópticas de focalizar o feixe de raios X comparado com feixe de partículas carregadas. A solução surgiu com o aparecimento da teoria de reflexão total na faixa de raios X, possibilitando a construção de dispositivos concentradores de radiação eletromagnética, (os capilares), e o desenvolvimento da tecnologia de tubos de raios X com alta intensidade (JANSSENS et al., 2000). A descoberta dos raios X em 1895 e o seu uso espectroscópico é descrita em detalhes por SANTIN FILHO (1995), e o desenvolvimento da espectroscopia com microssonda de raios X por RINDBY (1993), relatando várias aplicações para análise de amostras biológicas e inorgânicas, e nos últimos anos tem sido aplicada na ciência forense (FLYNN et al., 1998).

22 4 Os autores citados a seguir trabalharam com a variante microfluorescência de raios X, mostrando as vantagens do seu uso para análises químicas. Assim, BERNASCONI et al. (1994) realizaram um estudo sobre o sistema de microfluorescência de raios X utilizando capilar de vidro, demonstrando algumas vantagens da fluorescência de raios X comparada com a excitação por prótons ou elétrons: (1) baixa dissipação de energia, praticamente não ocasionando danos térmicos na amostra a ser analisada; (2) as amostras podem ser analisadas no ar, assim elementos voláteis são observados; (3) as amostras podem ser não condutoras; e (4) baixo continuum e boa razão sinal-ruído, resultando em menores limites de detecção. Neste trabalho mapearam materiais geológicos e discos de vidro fundido para serem usados como material de referência em microanálise com resolução espacial de 30 µm em diâmetro. Alguns softwares foram desenvolvidos para coletar, interpretar e visualizar os dados, sendo eles o SACN2, MAKECTRL, MAKESCAN e DISPSCAN. Outro trabalho de BERNASCONI et al. (1997) mostra a importância da técnica de microssonda de raios X. Foram realizados experimentos com condutores de fibra ótica com a finalidade de determinar irregularidades e encontrar as origens das imperfeições que degradam a qualidade das fibras. Neste experimento foi utilizado também a técnica de microfluorescência de raios X induzida por próton (m-pixe, Micro Proton Induced X-Ray Emission) para obter melhores resultados. PEREZ & SÁNCHEZ (1996) realizaram um estudo muito importante sobre os capilares reto, cônico, elíptico e quasi-hiperbólico,

23 5 detalhando o efeito destas geometrias na eficiência e ganho, concluindo que o capilar elíptico apresentou melhores características. Foi realizada também uma análise da eficiência em função da distância entre o detector e a amostra, obtendo-se uma melhor focalização de fótons quando o detector é colocado o mais próximo possível do capilar. RINDBY et al. (1996) fizeram um estudo completo sobre amostras com formato irregular e heterogênea, utilizando microssonda de raios X. Foi realizado um estudo da variação da intensidade do feixe fluorescente produzido em amostras quimicamente homogêneas, mas com variações na espessura e topologia da superfície, podendo assim obter a variação do feixe transmitido em função apenas destas duas variáveis. Este estudo é muito útil para as amostras geológicas e arqueológicas, devido ao seu formato irregular. Atualmente, existem dois sistemas de capilares ópticos usados: monocapilares e policapilares. Os equipamentos mostrados no trabalho de ICE (1997) são chamados de monocapilares, enquanto que JINDONG et al. (1999) trabalharam com lentes policapilares, também chamadas de lentes policapilares monolíticas. Segundo estes últimos autores, estas lentes policapilares têm grande aplicação em raios X de baixas energias. Mostraram que há um ganho de 50% na intensidade do feixe em um arranjo experimental usando um sistema de lentes policapilares monolíticas seguida de um outro monocapilar. ADAMS et al. (1998), CHEVALLIER et al. (1999), ICE (1997), JANSSENS et al. (1993, 1998) e PEREZ et al. (1999) realizaram análises por microfluorescência de raios X, utilizando a luz síncrotron como fonte de excitação. Destes trabalhos, ICE (1997) descreve diferentes tipos de

24 6 dispositivos existentes no mercado para se montar arranjos experimentais de microssonda de raios X, utilizando várias fontes. O trabalho de JANSSENS et al. (1998) é o primeiro artigo descrito na literatura sobre capilar de vidrochumbado (vidro com 7% de Pb), que segundo o autor aumenta a reflexão total ocorrida nas paredes internas do capilar. PÉREZ et al. (1999), utilizando um capilar cônico de quartzo, caracterizou o perfil vertical e a intensidade do feixe no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, Campinas, SP, e este trabalho foi de grande valia na execução deste presente Trabalho de Pesquisa. WEGRZYNEK et al. (1999) determinaram a distribuição dos elementos em uma matriz de baixo número atômico com o uso do microssonda de raios X, enfocando a homogeneidade dos elementos na amostra. Na análise quantitativa foi utilizado o método simplificado dos parâmetros fundamentais espalhados (BFP), aplicando-o às amostras de matriz desconhecida. De um modo geral, a microanálise pode ser utilizada em vários tipos de amostras, tais como aerossóis, sedimentos em suspensão, resíduos de descarga de armas de fogo, etc. (FLYNN et al., 1998; GRIEKEN & XHOFFER, 1992; HOLYNSKA et al., 1997; JANSSENS et al., 1994). 2.2 Amostras arqueológicas Com relação a determinação da composição química em amostras arqueológicas, os autores citados a seguir trabalharam com esta matriz, utilizaram a técnica de fluorescência de raios X convencional,

25 7 microfluorescência de raios X, ativação neutrônica instrumental (INAA - Instrumental Neutron Activation Analysis), análise de raios X com microssonda eletrônica ou protônica. HARBOTTLE (1980), YEH & HARBOTTLE (1986), BALLA (1990), LEVINE (1990) e PLA (1990) realizaram um estudo de procedência de amostras arqueológicas empregando a análise de ativação neutrônica, obtendo informações sobre as diversas culturas indígenas, classificando-as de acordo com as suas culturas e tradições, e mostrando ainda a importância do trabalho na área de Arqueologia. WU et al. (2000), YU & MIAO (1999a, 1999b) e LEUNG & LUO (2000) e LEUNG et al. (2000) realizaram experimentos para a caracterização de porcelanas antigas, mostrando a importância da fluorescência de raios X por ser uma técnica analítica multielementar e simultânea, e principalmente não destrutiva na análise de amostras artísticas e arqueológicas. WU et al. (2000) realizaram experimentos para a classificação das porcelanas das dinastias Ming e Qing, tentando estabelecer a procedência da matéria prima para a fabricação das porcelanas. YU & MIAO (1999a, 199b) caracterizaram porcelanas do período Xuande ( ) pela razão Mn/Fe e Mn/Co. A razão Mn/Fe < 0,35 identifica porcelanas do período Xuande, enquanto que a razão Mn/Co está relacionada com o corante da porcelana. LEUNG & LUO (2000) e LEUNG et al. (2000) classificaram as porcelanas da dinastia Song ( ) pela composição química majoritária (Si e Mn) e minoritária (Cr e Ba). CESAREO (1996, 1998, 2000) e CASTELLANO & CESAREO (1997) descreveram em seus trabalhos um equipamento de EDXRF portátil, aplicado à Arqueometria. Na maioria das vezes é impossível o transporte de monumentos históricos (murais, estátuas, etc.) para o laboratório e uso deste equipamento possibilitou a análise in situ.

26 8 CALLIARI (1999), GIGANTE & CESAREO (1998), JANSSENS (2000) e KUNICKI (2000) realizaram trabalhos em Arte e Arqueometria, analisando moedas, ligas de metais antigas e vidros antigos. ALOUPI et al. (2000), GARCIAHERAS et al. (1997), HALL et al. (1999a, 1999b), MIRTY (2000), PILLAY et al. (2000) e PUNYADEERA et al. (1997) realizaram trabalhos com fluorescência de raios X relacionados com cerâmicas arqueológicas para a caracterização dos povos antigos. LANKOSZ (1993) e LANKOSZ & PELLA (1994), utilizando o modelo de Monte Carlo, desenvolveram algoritmos analíticos para a correção do efeito de borda na análise de microfluorescência de raios X para amostras geológicas, constatando que há um aumento de 15 a 25% nas intensidades dos raios X característicos medidos no limite de um mineral para outro (efeito de borda). O efeito é minimizado quando o microssonda é perpendicular à superfície da amostra, mas há um aumento no continuum devido ao espalhamento Compton. LANKOSZ & PELLA (1995) realizaram ainda um estudo da correção do efeito matriz nas análises de microfluorescência de raios X para amostras geológicas. FIGUEROA et al. (1994b) estudaram a procedência de amostras arqueológicas empregando-se a EDXRF. A metodologia foi aplicada a um conjunto de argilas e fragmentos cerâmicos encontrados em sítios arqueológicos do Centro-Sul do Chile, denominado Santa Sylvia, mostrando a valiosa informação relativa às culturas do passado. Foram utilizadas representações gráficas poligonais, permitindo visualizar claramente a correlação entre as amostras de mesma procedência. Segundo os autores, o trabalho seria mais completo se houvesse padrões arqueológicos para

27 9 comparação e as análises se tornariam melhores se fosse utilizada a metodologia de µ-xrf. VAZQUEZ et al. (1994) analisaram amostras geológicas e arqueológicas (artefatos de obsidiana) utilizando fluorescência de raios X por comprimento de onda convencional (WDXRF - Wavelength Dispersive X-Ray Fluorescence) para a determinação do Ti, Mn, Fe, Rb, Sr e Zr, e com isto iniciaram um estudo sobre a procedência do material e o local onde foram encontrados. As amostras eram de vidro vulcânico natural e a sua composição química oscilava entre 80-90% de SiO 2 e Al 2 O 3. Para comparar os dados obtidos, foi utilizado um material de referência SEM-278 NIST, mas como havia este material de referência e ainda com o Zr não está certificado, foram fabricadas amostras padrões. As amostras arqueológicas estudadas neste presente trabalho de pesquisa contêm uma composição química um pouco diferente, oscilando entre 60-80% de SiO 2 e Al 2 O 3, de acordo com os trabalhos de APPOLONI et al. (1996a, 1996b, 1997). MORALES et al. (1994a) realizaram um trabalho de preparação de diferentes tipos amostras, tais como rochas, sedimentos, fragmentos de cerâmicas arqueológicas e ossos para serem analisados por PIXE. Estudando estas amostras, em particular os fragmentos arqueológicos de cerâmica pré-histórica chilena, os autores puderam obter a composição química das amostras e caracterizar os materiais arqueológicos das diferentes culturas e sítios (MORALES et al., 1994b). Nestes trabalhos mostraram a dificuldade de se trabalhar com estes tipos de matrizes, pois há necessidade de ter amostras muito finas para o emprego desta metodologia.

28 10 APPOLONI et al. (1996a, 1996b, 1997) realizando análises de materiais arqueológicos empregando a fluorescência de raios X por dispersão de energia (EDXRF) no Laboratório de Instrumentação Nuclear/CENA/USP e outras técnicas nucleares no Laboratório CISB, na Universidade de Roma La Sapienza, Roma, mostraram a necessidade de ter amostras padrões. O objetivo deste trabalho foi determinar a composição química das pastas cerâmicas, determinando se o material encontrado pertence àquela região ou não, podendo assim ter uma hipót ese sobre a procedência da argila usada pelos indígenas. Em resumo, existem várias técnicas não destrutivas para a determinação da composição química de amostras arqueológicas e geológicas, como microssonda eletrônica de raios X, microfluorescência de raios X com dispersão em energia (µ-xrf), PIXE, INAA, etc., (ADRIAENS, 1996; AERTS, 1996; BELLIDO, 1996; CHERVINSKYL, 1996; ADAMS, 1997).

29 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 Raios X A descoberta dos raios X ocorreu quase acidentalmente em 1895 com físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen, quando realizava experimentos de descargas elétricas dentro de um tubo de vidro onde o ar fora rarefeito. Observou-se que chapas fotográficas cobertas com papel escuro e deixadas próxima ao tubo eram sensibilizadas. A partir desse momento, Roentgen realizou a primeira chapa fotográfica da mão de sua esposa, mostrando claramente a reprodução da forma de um objeto oculto em um envoltório opaco à luz, desde que se colocasse o objeto entre o tubo e a chapa fotográfica. A primeira aplicação dos raios X foi na Medicina, e posteriormente na Indústria e na pesquisa científica. Na Medicina, os raios X são amplamente usados em radiografias dos ossos e órgãos internos. As radiografias auxiliam os médicos em diagnósticos de doenças, ossos quebrados, identificação de objetos estranhos no organismo, etc. Há a utilização dos raios X com finalidade terapêutica, baseando-se na sua ação destruidora e modificadora sobre células e os tecidos, podendo-se citar o tratamento de câncer. Ainda, os raios X são

30 12 também empregados para esterilizar materiais utilizados para fins médicos, como luvas cirúrgicas, equipamentos para transfusão e seringas. Na indústria os raios X empregados para inspecionar vários tipos de amostras, como alumínio, aço e outros materiais fundidos. As radiografias revelam rachaduras e outros defeitos não visíveis nos materiais de interesse, são ainda utilizados nos testes de qualidade de muitos produtos fabricados em série, como transistores e outras peças eletrônicas e nos maiores aeroportos do mundo como aparelhos de detecção de armas. Na fabricação de plásticos utilizam-se os raios X que causam uma transformação química nas substâncias que compõem o plástico, tornado-os mais resistentes e fortes e ainda possuem grande aplicação no controle de pragas, sendo que depois de uma exposição aos raios X, os insetos machos tornando estéreis podendo copular (competindo com os machos normais), mas sem se reproduzirem. Por fim, a mais importante contribuição vem da pesquisa cientifica. Os raios X são empregados nas mais variadas linhas de pesquisa, sendo algumas delas: (1) a difratometria de raios X, responsável pela análise da estrutura e constituição de muitas substâncias químicas complexas, possibilitando a identificação da composição mineralógica da amostra, e a (2) fluorescência de raios X, possibilitando a determinação da composição química de elementos presentes em amostras, permitindo uma análise qualitativa e principalmente quantitativa. Por outro lado, a microscopia eletrônica de varredura, além da composição química do elemento na amostra, esta técnica possibilita uma micro-análise qualitativa e semiquantitativa, e uma análise morfológica de superfícies de materiais e particulados. É de conhecimento que existem várias

31 13 outras técnicas que aplicam os raios X na pesquisa científica, mas a linha de grande interesse neste trabalho é a fluorescência de raios X. A fluorescência de raios X (XRF X-Ray Fluorescence) é uma técnica analítica multielementar e não destrutiva usada para obter informações qualitativas e quantitativas da composição elementar das amostras. Esta metodologia está baseada na produção e detecção de raios X característicos emitidos pelos elementos constituintes da amostra quando irradiada com elétrons, prótons, raios X ou gama com energias apropriadas. A XRF basicamente divide-se em duas variantes analíticas distintas: a baseada na dispersão por comprimento de onda (WDXRF), existente em mais de laboratórios no mundo, e a dispersão por energia (EDXRF), em laboratórios (IAEA, 1999). A WDXRF desenvolveu-se nos meados da década de 60, enquanto que a EDXRF dez anos após, com o surgimento dos detectores semicondutores de silício e germânio. As sub variantes da técnica EDXRF, além da convencional, são: (1) a fluorescência de raios X por reflexão total (TXRF Total Reflection X-Ray Fluorescence), possuindo vantagens como quantidades diminutas das amostras (da ordem de 5 µl) e menores valores de limites de detecção em relação à EDXRF convencional; (2) a microfluor escência de raios X (µ-xrf), sendo a única a fornecer informações sobre a distribuição elementar na amostra. Nestas técnicas e variantes, normalmente se utiliza raios X de elementos alvo (Mo, Rh, etc) de um tubo de raios X, e mais recentemente raios X da luz síncrotron. Há outras técnicas de grande interesse que utilizam os raios X característicos produzidos para analises qualitativas e quantitativas, tais como em microscopia eletrônica de varredura (SEM Scanning Electron

32 14 Microscopy), e emissão de raios X induzida por próton (PIXE Proton Induced X-Ray Emission) Refração e reflexão dos raios X Quando um feixe de radiação eletromagnética monoenergética passa de um meio (ar ou vácuo) e atinge uma superfície plana de um dado material, pode ocorrer: (1) a refração, adentrando pelo material, (2) a reflexão, refletindo pela sua superfície, com um ângulo de emergência igual ao de incidência, ou (3) a propagação do feixe sobre o plano da interface, se o ângulo de incidência for igual ao ângulo crítico, dado pela lei de Snell. De acordo com AIGINGER & WOBRAUSCHEK (1974), AIGINGER (1991) e PRANGE & SCHWENKE (1992), a ocorrência desses processos depende da energia da radiação eletromagnética incidente, da densidade eletrônica do material e do ângulo de incidência da radiação, sendo o ângulo crítico f crit dado pela equação (1). φ crit e h =.. E ne 2πm (1) onde: e = carga elétrica do elétron (1, coulombs), h = constante de Planck (6,625 joules.s), E = energia da radiação eletromagnética (joule), n e = densidade eletrônica do material (elétron m -3 ), e m 0 = massa de repouso do elétron (9, gramas).

33 15 equação (2): A densidade eletrônica do material n e é dada pela N Z n =. ρ. (2) 0 e A onde: N 0 = número de Avogadro (6, átomos), r = densidade do material (kg m -3 ), Z = número de elétrons em um átomo ou molécula componente do material, e A = átomograma ou molécula-grama do material (kg mol -1 ). Substituindo-se a equação (2) na equação (1) e os valores das constantes, e utilizando-se o fator de conversão de energia da radiação (1 kev = 1, J), pode-se calcular o ângulo crítico em minutos, mostrado na equação (3). φ crit = 99, 1. E ρ. Z (3) A Como exemplo, considerando um suporte de quartzo (SiO 2 ) e o feixe de excitação proveniente de um tubo de raios X com um alvo de Mo (energia da radiação do Mo K α = 17,44 kev), o ângulo crítico será de 6,4 (Figura 1). Assim, dependendo dos valores dos ângulos de incidência f e do ângulo crítico f crit para um dado material e para a mesma energia da radiação, tem-se as seguintes condições (Figura 2): (a) se f > f crit ocorrerá a refração da radiação incidente,

34 16 (b) se f = f crit ocorrerá a propagação da radiação incidente na direção da interface, e (c) se f < f crit ocorrerá a reflexão da radiação incidente. Mo 6,4 Mo quartzo Figura 1 - Representação esquemática do ângulo crítico (em minutos) para o raios X Mo-K α de 17,44 kev incidindo sobre o quartzo. Figura 2 - Representação esquemática da refração e reflexão de um feixe de radiação monocromático, incidindo em um material em um ângulo f.

35 Fluorescência de raios X por dispersão em energia (EDXRF) e por reflexão total (TXRF) Como já foi dito, existem duas variantes clássicas na técnica de fluorescência de raios X: (1) a WDXRF, utilizando a lei de Bragg na detecção dos raios X característicos, e portanto necessitando de um movimento sincronizado e preciso entre o cristal difrator e o detector, encarecendo o sistema, e (2) EDXRF, também conhecida como fluorescência de raios X não dispersiva, com instrumentação menos dispendiosa e emprego mais prático (NASCIMENTO FILHO, 1993). Uma sub variante da fluorescência de raios X por dispersão de energia é a fluorescência de raios X por reflexão total (TXRF), descrita em HOLYNSKA (1995) e NASCIMENTO FILHO (1997). YONEDA (1966) publicou em 1963 o primeiro trabalho mostrando o fenômeno da reflexão total dos raios X, e em 1971 YONEDA & HORIUCHI utilizaram como método analítico, classificando-o de microanálise. Nesta sub variante, uma diminuta quantidade da amostra é colocada sobre um suporte de quartzo e depois excitada, fazendo-se incidir a radiação incidente na condição de ângulo crítico. Com isto, a amostra pode ser tratada como filme fino para fins de análise quantitativa. Assim a diferença fundamental entre a EDXRF e TXRF é na geometria de excitação-detecção, conforme mostrado na Figura 3. As vantagens do uso da TXRF em relação à EDXRF são: podem ser utilizadas amostras líquidas (da ordem de microlitros) e sólidas (da ordem de miligramas), não ocorrem os efeitos de absorção e reforço e portanto, não há necessidade de correção do efeito matriz (SIMABUCO, 1993; SIMABUCO & NASCIMENTO FILHO, 1994; ZUCCHI, 1994; CARNEIRO, 1995; CARNEIRO & NASCIMENTO FILHO, 1996), menor distância entre amostra e

36 18 detector (resultando maior eficiência de detecção dos raios X), e diminuição do continuum sob os picos, resultando maior sensibilidade analítica (WOBRAUSCHEK, 1998). Porém há uma grande desvantagem, não se podendo trabalhar com amostras espessas, como é o caso das amostras geológicas e arqueológicas. ED-XRF TXRF DETECTOR DETECTOR 30 a a 4 cm 5 a 15 AMOSTRA 5 mm AMOSTRA SUPORTE Figura 3 - Geometria de excitação-detecção da EDXRF e TXRF, com linhas contínuas representando os raios X incidentes e espalhados, e os tracejados os raios X característicos Fluorescência por microssonda de raios X (m-xrf) As técnicas de microanálise, particularmente aquelas que utilizam microssondas, têm demonstrado serem muito eficientes para localizar e determinar a distribuição espacial de elementos em diversos tipos de amostras. Encontram-se atualmente em vias de desenvolvimento dispositivos ópticos capazes de focalizar um feixe de raios X em pequenas regiões da amostra. Estes dispositivos, baseados no fenômeno de reflexão total, consistem de tubos capilares, dentro dos quais os feixes de raios X se propagam, refletindo-se

37 19 totalmente sobre as paredes internas, sem sofrer atenuação ou dispersão. Com eles obtém-se microssondas de raios X com alta resolução espacial, da ordem de µm. Um dos principais campos de aplicação das microssondas de raios X com capilares é na microfluorescência. Mediante a realização de uma varredura da microssonda sobre a superfície da amostra, pode-se obter informações de elementos majoritários, minoritários e traços presentes. Estes mapas de elementos (mapeamento químico) são muito úteis para compreender certos processos que ocorrem em amostras heterogêneas de origem industrial, geológica, arqueológica, biológica e ambiental Monocapilares Os capilares tiveram uma melhor utilização em fluorescência de raios X quando utilizado com fonte de luz síncrotron em comparação aos tubos de raios X (JANSSENS et al., 1996a), devido a alta intensidade do fluxo de excitação. Os tubos de raios X tiveram um avanço tecnológico muito importante na última década, com o desenvolvimento de tubos de raios X com anodo rotativo (JANSSENS et al., 1996b), aumentando-se aproximadamente dez vezes o fluxo de excitação, possibilitando uma diminuição no tempo de aquisição dos espectros e um aumento na sensibilidade elementar. Existem diferentes tipos de capilares concentradores, entre as geometrias mais comuns pode-se destacar a reta, a cônica e a elíptica.

38 Capilar reto O fenômeno de reflexão total permite o uso de capilares como guias de luz de raios X. A função do capilar é essencialmente coletar o feixe da fonte de raios X e transferí-lo por dispersão geométrica até o ponto de interesse na amostra, com a perda mínima possível. A Figura 4 esquematiza um capilar reto transportando um feixe de raios X, podendo-se visualizar a reflexão dos raios X, onde d representa o diâmetro do capilar, q crit o ângulo crítico, l o comprimento do capilar, e l a distância da fonte ao capilar. A maior vantagem de se utilizar um capilar reto é que ele tem o comportamento de um filtro do tipo passa baixa (WOBRAUSCHEK & AIGINGER, 1975; NASCIMENTO FILHO, 1997;LARSSON & ENGSTRÖM, 1992), suprimindo o continuum do espectro de raios X. Figura 4 - Visualização da reflexão total em um capilar reto (IAEA, 1996).

39 Capilar cônico Para o capilar reto, o ângulo de reflexão é constante para todas as reflexões para uma dada energia, mas para o capilar cônico o ângulo diminui para cada reflexão por um ângulo de 2g. O capilar cônico combina ao mesmo tempo propriedades de guia de onda com a característica de concentrar o feixe de radiação, diminuindo o diâmetro do feixe de excitação. A Figura 5 esquematiza um capilar cônico, onde d 0 e d 1 representam os diâmetros maior e menor do capilar cônico, respectivamente, q 0, q 1, q 2 e g representam ângulos que são indicados na Figura, l e l já foram definidos. Figura 5 - Visualização da reflexão total em um capilar cônico (IAEA, 1996) Capilar elipsoidal A Figura 6 representa uma visualização do capilar elipsoidal, onde S representa a fonte puntual de raios X situada em um dos

40 22 focos da elipse, S um feixe de radiação de fundo, f a distância focal e F o outro foco da elipse. O capilar elipsoidal tem as mesmas propriedades de concentrar o feixe de radiação do capilar cônico, com algumas vantagens a mais: (1) a concentração do feixe é feita com um número menor de reflexões comparada com o capilar cônico, fornecendo intensidade mais alta, e (2) o capilar pode concentrar o feixe a uma distância menor, isto porque o plano focal comparado com o do capilar cônico é sempre um feixe divergente. Figura 6 - Visualização da reflexão total em um capilar elipsoidal (IAEA, 1996) O feixe produzido tem duas componentes: as reflexões únicas, convergindo para um plano focal, e as reflexões múltiplas, divergentes. A combinação de ambas fornece um feixe com um diâmetro aproximadamente constante para curtas distâncias da janela da fonte (menor do que um milímetro) e um feixe divergente para longas distâncias. Este tipo de capilar é muito superior em ganho e resolução aos dois primeiros capilares descritos. Deste modo, a única diferença entre a clássica variante EDXRF e a nova variante µ-xrf é a possibilidade de se obter a composição química de uma pequena porção da amostra, com uma resolução da ordem de µm, através da colimação do feixe incidente de excitação.

41 23 Como este trabalho visa o estudo de microssonda de raios X com capilares concentradores, a Figura 7 mostra uma melhor representação do diâmetro do feixe em relação a Figura 6. µ-xrf Microsonda DETECTOR 30 a a 4 cm AMOSTRA Figura 7 - Geometria de excitação/detecção da µ-xrf, com linhas contínuas representando os raios X incidentes e espalhados, e os tracejados os raios X característicos Policapilares O desenvolvimento das lentes policapilares teve início com a montagem de vários monocapilares elípticos,colocados lado a lado, com o objetivo de focalizar no mesmo ponto na amostra. As lentes policapilares são feitas como estruturas monolíticas, constituídas de centenas de milhares de capilares posicionados em um pedaço de quartzo (JINDONG et al., 1999).

42 24 Os policapilares são indicados para sistemas com tubos de raios X de baixa potência, pois permitem maior eficiência de colimação do fluxo de raios X comparada com o monocapilar e assim possibilita uma redução no tempo da aquisição dos dados. 3.2 Microscopia eletrônica de varredura (SEM) A microscopia eletrônica de varredura (SEM) é uma das mais importantes e pioneiras técnicas de determinação química em superfícies nos mais diferentes tipos de materiais (mapeamento), análise morfológica de superfícies de materiais sólidos e particulados, análise de superfície fraturada (análise de falhas), micro-análise qualitativa e quantitativa, determinação granulométrica e porcentagem de fase em microestruturas de materiais. A análise química em um microscópio eletrônico é baseada na medida das intensidades dos raios X característicos originados a partir de uma amostra bombardeada por um feixe de elétrons de alta energia, incidente na superfície da amostra. Ao mesmo tempo, parte do feixe eletrônico é refletido e coletado por um detector apropriado, convertendo este sinal em imagem, e desse modo, pode-se obter simultaneamente a análise química e a imagem em uma parte da amostra.

43 Programa AXIL A interpretação dos espectros de raios X foi feita utilizando-se o programa AXIL (Analysis of X-ray spectra by Interative Least squares fitting; ESPEN, 1977), integrante do pacote computacional QXAS (Quantitative X-ray Analysis System), desenvolvido na Universidade de Antuérpia, Bélgica. Os fatores de absorção dos raios X característicos pela matriz de interesse foram calculados utilizando-se uma sub-rotina do pacote QXAS, sendo necessário fornecer a composição química e a densidade superficial da matriz, a energia da radiação incidente (ou de excitação) e as energias dos raios X característicos dos elementos químicos presentes nessa matriz. 3.4 Equação dos parâmetros fundamentais Na µ-xrf é necessário o conhecimento básico da fluorescência de raios X por dispersão de energia. Na parte de análise quantitativa por XRF, é de fundamental importância o conhecimento e aplicação da equação básica dos parâmetros fundamentais. Quando se utiliza na excitação um feixe de radiação eletromagnética monoenergética, tem-se: I = c. S. A (4) onde I representa a intensidade líquida do raio X característico (cps), c a concentração (g cm -2 ), S a sensibilidade elementar (cps g -1 cm 2 ) e A o fator de absorção (adimensional) para o elemento de interesse ou analito.

44 26 A sensibilidade elementar S é dada pela equação: S ( 1 ). ε = τ. w. f. 1 G. (5) j onde t representa o coeficiente de absorção do elemento para o efeito fotoelétrico na energia da radiação incidente (cm 2 g -1 ), w o rendimento da fluorescência para raios X K (fração), f a fração dos fótons emitidos como raios X K α, 1-1/j a razão de jump no corte de absorção K, G o fator geométrico e e a eficiência do detector para o raio X característico emitido pelo analito. Por sua vez, o fator de absorção A é dado pela equação: 1 e A = χρ χρ0d 0 D (6) sendo r 0 a densidade (g cm -3 ) e D a espessura da matriz (cm), e c o coeficiente de absorção total da matriz (cm 2 g -1 ), dado pela equação: χ µ 0 = senθ 0 + µ senθ (7) onde m 0 e m são os coeficientes de absorção da matriz (cm 2 g -1 ) para as energias das radiações incidente e do raio X característico, respectivamente, e q 0 e q são os ângulos das radiações incidente e emergente, respectivamente, em relação à superfície da amostra. Multiplicando a equação 4 por r 0.D no numerador e no denominador, tem-se: ρ I = c. S. A ρ 0 0. D. D (8)

45 27 e realizando as seguintes considerações: C = c ρ 0. D (9) e A = A. ρ. D (10) ' 0 tem-se que C representa a concentração (fração) e c também, porém dimensional (g cm -2 ). Com isto, pode-se reescrever a equação 4 na forma: I = C. S. A' (11) sendo este novo fator de absorção A dimensional (g cm -2 ). Para amostras finas e espessas, duas situações experimentais extremas, a equação 11 pode ser simplificada para equações 12 e 13, respectivamente. Amostras finas A = 1 (12) Amostras espessas A = 1 χ. ρ D 0 (13) 3.5 Limite de detecção (LD) O limite de detecção (fração) para cada elemento de interesse foi calculado de acordo com a equação proposta por BERTIN (1975, p. 531): LD = 3 BG S t (14)

46 28 onde BG representa a intensidade (cps) do continuum sob o pico do analito, t o tempo (s) de excitação/detecção e S a sensibilidade elementar do analito (cps g -1 cm 2 ).

47 4 MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 Amostras cerâmicas arqueológicas A confecção de cerâmica é muito antiga e surgiu ainda no período Neolítico, espalhando-se, aos poucos, pelas diversas regiões da Terra. Tradicionalmente, a produção da cerâmica, entre os povos indígenas que vivem no Brasil, é totalmente manual (sem a utilização do torno de oleiro). A argila, composta por sílica, alúmen (sulfato de alumínio e potássio dodecahidratado) e água, é a matéria-prima básica empregada na confecção da cerâmica. Certas substâncias, que recebem o nome de tempero, são adicionadas a ela, de forma a reduzir o grau de plasticidade provocado pelo excesso de alúmen. O tempero pode ser de origem mineral (como a areia), animal (conchas trituradas, por exemplo) ou vegetal (como cascas de árvores ricas em sílica, trituradas e queimadas). O tratamento dado à superfície das peças varia muito de povo para povo e de acordo com o uso que será dado a cada objeto. A superfície pode apresentar-se tosca, alisada, polida, decorada (com pinturas ou de outras maneiras) e até mesmo revestida por uma outra camada de argila

48 30 especialmente preparada para este fim, a que se dá o nome de engobo. Finalmente, a louça de barro, como é comumente conhecida, pode ser queimada ao ar livre (exposta ao oxigênio), ficando com uma coloração alaranjada ou avermelhada, ou pode ser queimada em fornos de barro, fechados, que não permitem o contato com o oxigênio, o que deixa uma coloração acinzentada ou negra. Desta forma são produzidos objetos utilitários (como potes, panelas, etc.), objetos votivos ou rituais, instrumentos musicais, cachimbos, objetos de adorno e outros. Entre as sociedades indígenas brasileiras, a cerâmica é geralmente confeccionada pelas mulheres. Atualmente, algumas já se utilizam de tintas e instrumentos industrializados para produzir sua cerâmica. Nem todos os povos indígenas produzem cerâmica e alguns, que tradicionalmente produziam, deixaram de fazê-lo, após o contato com não índios e com o passar do tempo. Destacam-se por sua cerâmica, os índios Kadiwéu e Terena (do Mato Grosso do Sul), Waurá (do Mato Grosso), Karajá (de Tocantins), Asurini e Parakanã (do Pará), Wai-Wai (do Pará, Roraima e Amapá), Marubo, Tukano, Maku e Baniwa (do Amazonas), Kaingang (de São Paulo), Tupi-guarani (do Paraná) e outros. As amostras utilizadas foram fragmentos de cerâmicas indígenas da região de Londrina, Norte do Paraná, e da região do Sul do Pará. As cerâmicas da região de Londrina pertencem ao acervo do Museu Histórico Padre Carlos Weiss, da Universidade Estadual de Londrina e provavelmente são da tradição Tupi-guarani, enquanto que as do Sul do Pará pertencem a duas tradições: Xikrin e Assuirini. A Tabela 1 mostra algumas características dos fragmentos estudados de acordo com CUNHA e SILVA (1997) e APPOLONI (2001), e a Figura 8 mostra a fotografia dos fragmentos cerâmicos arqueológicos.

Espectometriade Fluorescência de Raios-X

Espectometriade Fluorescência de Raios-X FRX Espectometriade Fluorescência de Raios-X Prof. Márcio Antônio Fiori Prof. Jacir Dal Magro FEG Conceito A espectrometria de fluorescência de raios-x é uma técnica não destrutiva que permite identificar

Leia mais

LFNATEC Publicação Técnica do Laboratório de Física Nuclear Aplicada

LFNATEC Publicação Técnica do Laboratório de Física Nuclear Aplicada ISSN 2178-457 LFNATEC Publicação Técnica do Laboratório de Física Nuclear Aplicada Volume 8, Número 1 Março de 24-1ª Edição Londrina - Paraná LFNATEC - Publicação Técnica do Laboratório de Física Nuclear

Leia mais

Fluorescência de raios X por reflexão total (TXRF)

Fluorescência de raios X por reflexão total (TXRF) Fluorescência de raios X por reflexão total (TXRF) Eduardo de Almeida Especialista em Laboratório Laboratório de Instrumentação Nuclear (LIN) Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP) Fluorescência

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TÉCNICAS DE ANÁLISE

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TÉCNICAS DE ANÁLISE UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TÉCNICAS DE ANÁLISE CMA CIÊNCIA DOS MATERIAIS 2º Semestre de 2014 Prof. Júlio César Giubilei

Leia mais

OBJETIVO Verificar as leis da Reflexão Verificar qualitativamente e quantitativamente a lei de Snell. Observar a dispersão da luz em um prisma.

OBJETIVO Verificar as leis da Reflexão Verificar qualitativamente e quantitativamente a lei de Snell. Observar a dispersão da luz em um prisma. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA CURSO DE FÍSICA LABORATÓRIO ÓPTICA REFLEXÃO E REFRAÇÃO OBJETIVO Verificar as leis da Reflexão Verificar qualitativamente e quantitativamente a lei de Snell. Observar a

Leia mais

Espectrometria de fluorescência de raios X

Espectrometria de fluorescência de raios X Espectrometria de fluorescência de raios X Espectro eletromagnético E = h.f f = c / λ E.λ = h.c Fonte: PROGRAMA EDUCAR CDCC USP SÃO CARLOS. Luz: fundamentos teóricos. São Carlos: CDCC/USP, 2009. Disponível

Leia mais

Difração. Espectrometria por Raios X 28/10/2009. Walmor Cardoso Godoi, M.Sc. http://ww.walmorgodoi.com

Difração. Espectrometria por Raios X 28/10/2009. Walmor Cardoso Godoi, M.Sc. http://ww.walmorgodoi.com Difração Espectrometria por Raios X Fenômeno encontrado enquanto ondas (sísmicas, acústicas, ondas de água, ondas eletromagnéticos, luz visível, ondas de rádio, raios X) encontram um obstáculo teia de

Leia mais

Nosso objetivo será mostrar como obter informações qualitativas sobre a refração da luz em um sistema óptico cilíndrico.

Nosso objetivo será mostrar como obter informações qualitativas sobre a refração da luz em um sistema óptico cilíndrico. Introdução Nosso objetivo será mostrar como obter informações qualitativas sobre a refração da luz em um sistema óptico cilíndrico. A confecção do experimento permitirá também a observação da dispersão

Leia mais

Modos de Propagação. Tecnologia em Redes de Computadores 5º Período Disciplina: Sistemas e Redes Ópticas Prof. Maria de Fátima F.

Modos de Propagação. Tecnologia em Redes de Computadores 5º Período Disciplina: Sistemas e Redes Ópticas Prof. Maria de Fátima F. Modos de Propagação Tecnologia em Redes de Computadores 5º Período Disciplina: Sistemas e Redes Ópticas Prof. Maria de Fátima F. Bueno Marcílio 1 Modos de Propagação Antes de iniciarmos o estudo dos tipos

Leia mais

1- Fonte Primária 2- Fonte Secundária. 3- Fonte Puntiforme 4- Fonte Extensa

1- Fonte Primária 2- Fonte Secundária. 3- Fonte Puntiforme 4- Fonte Extensa Setor 3210 ÓPTICA GEOMÉTRICA Prof. Calil A Óptica estuda a energia denominada luz. 1- Quando nos preocupamos em estudar os defeitos da visão e como curá-los, estamos estudando a Óptica Fisiológica. Estudar

Leia mais

Poluição ambiental: Análise. ) por SR-TXRF

Poluição ambiental: Análise. ) por SR-TXRF FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL ARQUITETURA E URBANISMO Poluição ambiental: Análise Quantitativa de material particulado (PM 10 ) por SR-TXRF Pesquisador: Profº. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior INTRODUÇÃO

Leia mais

1 Fibra Óptica e Sistemas de transmissão ópticos

1 Fibra Óptica e Sistemas de transmissão ópticos 1 Fibra Óptica e Sistemas de transmissão ópticos 1.1 Introdução Consiste em um guia de onda cilíndrico, conforme ilustra a Figura 1, formado por núcleo de material dielétrico (em geral vidro de alta pureza),

Leia mais

DIFRAÇÃO DE RAIOS X DRX

DIFRAÇÃO DE RAIOS X DRX DIFRAÇÃO DE RAIOS X DRX O espectro eletromagnético luz visível raios-x microondas raios gama UV infravermelho ondas de rádio Comprimento de onda (nm) Raios Absorção, um fóton de energia é absorvido promovendo

Leia mais

História dos Raios X. 08 de novembro de 1895: Descoberta dos Raios X Pelo Professor de física teórica Wilhelm Conrad Röntgen.

História dos Raios X. 08 de novembro de 1895: Descoberta dos Raios X Pelo Professor de física teórica Wilhelm Conrad Röntgen. História dos Raios X 08 de novembro de 1895: Descoberta dos Raios X Pelo Professor de física teórica Wilhelm Conrad Röntgen. História dos Raios X 22 de dezembro de 1895, Röntgen fez a primeira radiografia

Leia mais

Laboratório Virtual Kit Óptico

Laboratório Virtual Kit Óptico Laboratório Virtual Kit Óptico Reflexão A luz nem sempre se propaga indefinidamente em linha reta: em algumas situações eles podem se quebrar, como acontece quando um espelho é colocado em seu caminho.

Leia mais

Óptica. Estudo da luz, como sendo a onda eletromagnética pertencentes à faixa do espectro visível (comprimento de 400 nm até 700 nm).

Óptica. Estudo da luz, como sendo a onda eletromagnética pertencentes à faixa do espectro visível (comprimento de 400 nm até 700 nm). Óptica Estudo da luz, como sendo a onda eletromagnética pertencentes à faixa do espectro visível (comprimento de 400 nm até 700 nm). Fenômenos ópticos Professor: Éder (Boto) Sobre a Luz O que emite Luz?

Leia mais

Fenómenos Ondulatórios. Reflexão, refracção, difracção

Fenómenos Ondulatórios. Reflexão, refracção, difracção Fenómenos Ondulatórios Reflexão, refracção, difracção Natureza dualística da radiação electromagnética A radiação electromagnética é um fenómeno ondulatório envolvendo a propagação de um campo magnético

Leia mais

ÓPTICA GEOMÉTRICA PREGOLINI

ÓPTICA GEOMÉTRICA PREGOLINI ÓPTICA GEOMÉTRICA PREGOLINI ÓPTICA GEOMÉTRICA É a parte da Física que estuda os fenômenos relacionados com a luz e sua interação com meios materiais quando as dimensões destes meios é muito maior que o

Leia mais

O Polarímetro na determinação de concentrações de soluções

O Polarímetro na determinação de concentrações de soluções O Polarímetro na determinação de concentrações de soluções 1. O polarímetro Polarímetros são aparelhos que medem directamente a rotação de polarização, através da medição do ângulo de rotação de um analisador.

Leia mais

LENTES E ESPELHOS. O tipo e a posição da imagem de um objeto, formada por um espelho esférico de pequena abertura, é determinada pela equação

LENTES E ESPELHOS. O tipo e a posição da imagem de um objeto, formada por um espelho esférico de pequena abertura, é determinada pela equação LENTES E ESPELHOS INTRODUÇÃO A luz é uma onda eletromagnética e interage com a matéria por meio de seus campos elétrico e magnético. Nessa interação, podem ocorrer alterações na velocidade, na direção

Leia mais

Coerência temporal: Uma característica importante

Coerência temporal: Uma característica importante Coerência temporal: Uma característica importante A coerência temporal de uma fonte de luz é determinada pela sua largura de banda espectral e descreve a forma como os trens de ondas emitidas interfererem

Leia mais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais LEI DE OHM Conceitos fundamentais Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um elétron livre e se desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde parte ou toda energia

Leia mais

Aula de Véspera - Inv-2009 Professor Leonardo

Aula de Véspera - Inv-2009 Professor Leonardo 01. Dois astronautas, A e B, encontram-se livres na parte externa de uma estação espacial, sendo desprezíveis as forças de atração gravitacional sobre eles. Os astronautas com seus trajes espaciais têm

Leia mais

grandeza do número de elétrons de condução que atravessam uma seção transversal do fio em segundos na forma, qual o valor de?

grandeza do número de elétrons de condução que atravessam uma seção transversal do fio em segundos na forma, qual o valor de? Física 01. Um fio metálico e cilíndrico é percorrido por uma corrente elétrica constante de. Considere o módulo da carga do elétron igual a. Expressando a ordem de grandeza do número de elétrons de condução

Leia mais

EFEITO COMPTON. J.R. Kaschny

EFEITO COMPTON. J.R. Kaschny EFEITO COMPTON J.R. Kaschny Os Experimentos de Compton Das diversas interações da radiação com a matéria, um destaque especial é dado ao efeito, ou espalhamento, Compton - Arthur Holly Compton (93, Nobel

Leia mais

DRIFRAÇÃO DE RAIOS-X

DRIFRAÇÃO DE RAIOS-X DRIFRAÇÃO DE RAIOS-X Prof. Márcio Antônio Fiori Prof. Jacir Dal Magro O espectro eletromagnético luz visível raios-x microondas raios gama UV infravermelho ondas de rádio Comprimento de onda (nm) Absorção,

Leia mais

TEORIA 08/12/2014. Reflexão. Refração INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO REFLEXÃO E REFRACÃO RAIOS INTRODUÇÃO 1 1 = 2 2 O ÍNDICE DE REFRAÇÃO

TEORIA 08/12/2014. Reflexão. Refração INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO REFLEXÃO E REFRACÃO RAIOS INTRODUÇÃO 1 1 = 2 2 O ÍNDICE DE REFRAÇÃO ÍNDICE DE REFRAÇÃ INTRDUÇÃ Ótica Lentes Esféricos DEFIJI Semestre204-2 Quando a luz passa de um meio para outro, sua velocidade aumenta ou diminui devido as diferenças das estruturas atômicas das duas

Leia mais

CONTEÚDOS OBJETIVOS PERÍODO

CONTEÚDOS OBJETIVOS PERÍODO ESCOLA BÁSICA2,3 EUGÉNIO DOS SANTOS 2013 2014 página 1 ESCOLA BÁSICA DO 2.º E 3.º CICLOS EUGÉNIO DOS SANTOS PLANIFICAÇÃO E METAS DE APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS 8.º ANO DE ESCOLARIDADE

Leia mais

Como o material responde quando exposto à radiação eletromagnética, e em particular, a luz visível.

Como o material responde quando exposto à radiação eletromagnética, e em particular, a luz visível. Como o material responde quando exposto à radiação eletromagnética, e em particular, a luz visível. Radiação eletromagnética componentes de campo elétrico e de campo magnético, os quais são perpendiculares

Leia mais

EXPERIMENTO N o 6 LENTES CONVERGENTES INTRODUÇÃO

EXPERIMENTO N o 6 LENTES CONVERGENTES INTRODUÇÃO EXPERIMENTO N o 6 LENTES CONVERGENTES INTRODUÇÃO Ao incidir em uma lente convergente, um feixe paralelo de luz, depois de passar pela lente, é concentrado em um ponto denominado foco (representado por

Leia mais

3 Espectroscopia no Infravermelho 3.1. Princípios Básicos

3 Espectroscopia no Infravermelho 3.1. Princípios Básicos 3 Espectroscopia no Infravermelho 3.1. Princípios Básicos A espectroscopia estuda a interação da radiação eletromagnética com a matéria, sendo um dos seus principais objetivos o estudo dos níveis de energia

Leia mais

Departamento de Zoologia da Universidade de Coimbra

Departamento de Zoologia da Universidade de Coimbra Departamento de Zoologia da Universidade de Coimbra Armando Cristóvão Adaptado de "The Tools of Biochemistry" de Terrance G. Cooper Como funciona um espectrofotómetro O espectrofotómetro é um aparelho

Leia mais

Cor e frequência. Frequência ( ) Comprimento de onda ( )

Cor e frequência. Frequência ( ) Comprimento de onda ( ) Aula Óptica Luz visível A luz que percebemos tem como característica sua freqüência que vai da faixa de 4.10 14 Hz ( vermelho) até 8.10 14 Hz (violeta). Esta faixa é a de maior emissão do Sol, por isso

Leia mais

www.fisicanaveia.com.br

www.fisicanaveia.com.br www.fisicanaveia.com.br Lentes Esféricas Lentes Esféricas: construção Biconvexa Lentes Esféricas: construção PLANO-CONVEXA Lentes Esféricas: construção CÔNCAVO-CONVEXA Lentes Esféricas: construção BICÔNCAVA

Leia mais

Remoção de metais num sistema de. Pesquisador: Profº Dr. Ariston da Silva Melo Júnior

Remoção de metais num sistema de. Pesquisador: Profº Dr. Ariston da Silva Melo Júnior FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL ARQUITETURA E URBANISMO Remoção de metais num sistema de tratamento de esgoto por Filtro Lento Pesquisador: Profº Dr. Ariston da Silva Melo Júnior INTRODUÇÃO Crescimento acelerado

Leia mais

Kit de ótica. Material. Montagem

Kit de ótica. Material. Montagem Som, Luz e Materiais Kit de ótica Um pouco de história Embora as propriedades óticas de ampliação e redução de objetos convexos e côncavos transparentes fossem conhecidas desde a Antiguidade, as lentes,

Leia mais

Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica

Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica Mestrado Profissionalizante 2015 Karla Donato Fook karladf@ifma.edu.br IFMA / DAI Motivação Alguns princípios físicos dão suporte ao Sensoriamento Remoto...

Leia mais

Aula 3 de 4 Versão Aluno

Aula 3 de 4 Versão Aluno Aula 3 de 4 Versão Aluno As Comunidades Indígenas Agora vamos conhecer um pouco das características naturais que atraíram essas diferentes ocupações humanas ao longo dos séculos para a Região da Bacia

Leia mais

materiais ou produtos,sem prejudicar a posterior utilização destes, contribuindo para o incremento da

materiais ou produtos,sem prejudicar a posterior utilização destes, contribuindo para o incremento da Definição De acordo com a Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos, ABENDE, os Ensaios Não Destrutivos (END) são definidos como: Técnicas utilizadas no controle da qualidade, d de materiais ou

Leia mais

30 cm, determine o raio da esfera.

30 cm, determine o raio da esfera. 1. (Ufes 015) Enche-se uma fina esfera, feita de vidro transparente, com um líquido, até completar-se exatamente a metade de seu volume. O resto do volume da esfera contém ar (índice de refração n 1).

Leia mais

ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO

ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO COLÉGIO ESTADUAL RAINHA DA PAZ, ENSINO MÉDIO REPOSIÇÃO DAS AULAS DO DIA 02 e 03/07/2012 DAS 1 ª SÉRIES: A,B,C,D,E e F. Professor MSc. Elaine Sugauara Disciplina de Química ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO As ondas

Leia mais

Formas regulares e simétricas assim como a ordenação das partículas que os formam. Cristalografia e Difração em Raio X - Michele Oliveira

Formas regulares e simétricas assim como a ordenação das partículas que os formam. Cristalografia e Difração em Raio X - Michele Oliveira Formas regulares e simétricas assim como a ordenação das partículas que os formam. Cristalografia e Difração em Raio X - Michele Oliveira 2 Cristais são arranjos atômicos ou moleculares cuja estrutura

Leia mais

Absorção de Raios-X. Roteiro elaborado com base na documentação que acompanha o conjunto por: Máximo F. da Silveira UFRJ

Absorção de Raios-X. Roteiro elaborado com base na documentação que acompanha o conjunto por: Máximo F. da Silveira UFRJ Roteiro elaborado com base na documentação que acompanha o conjunto por: Máximo F. da Silveira UFRJ Tópicos relacionados Bremsstrahlung, radiação característica, espalhamento de Bragg, lei de absorção,

Leia mais

INTERAÇÃO DOS RAIOS-X COM A MATÉRIA

INTERAÇÃO DOS RAIOS-X COM A MATÉRIA INTERAÇÃO DOS RAIOS-X COM A MATÉRIA RAIOS-X + MATÉRIA CONSEQUÊNCIAS BIOLÓGICAS EFEITOS DAZS RADIAÇÕES NA H2O A molécula da água é a mais abundante em um organismo biológico, a água participa praticamente

Leia mais

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SENSORES PARA CONSTRUÇÃO DE UM PIRELIÔMETRO

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SENSORES PARA CONSTRUÇÃO DE UM PIRELIÔMETRO 1107 AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SENSORES PARA CONSTRUÇÃO DE UM PIRELIÔMETRO Winnie Queiroz Brandão¹; Germano Pinto Guedes²; Mirco Ragni³ 1. Bolsista PIBIC/CNPq, Graduanda em Bacharelado em Física, Universidade

Leia mais

DIODOS. Professor João Luiz Cesarino Ferreira

DIODOS. Professor João Luiz Cesarino Ferreira DIODOS A união de um cristal tipo p e um cristal tipo n, obtém-se uma junção pn, que é um dispositivo de estado sólido simples: o diodo semicondutor de junção. Figura 1 Devido a repulsão mútua os elétrons

Leia mais

DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÕES DE SOFTWARE PARA ANÁLISE DO ESPECTRO SOLAR

DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÕES DE SOFTWARE PARA ANÁLISE DO ESPECTRO SOLAR ILHA SOLTEIRA XII Congresso Nacional de Estudantes de Engenharia Mecânica - 22 a 26 de agosto de 2005 - Ilha Solteira - SP Paper CRE05-MN12 DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÕES DE SOFTWARE PARA ANÁLISE DO ESPECTRO

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente Laboratórios de Ciências do Ambiente I Módulo: Minas. Trabalho realizado a 16 de Abril de 2015

Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente Laboratórios de Ciências do Ambiente I Módulo: Minas. Trabalho realizado a 16 de Abril de 2015 Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente Laboratórios de Ciências do Ambiente I Módulo: Minas Trabalho realizado a 16 de Abril de 2015 Separação de Materiais Usando Propriedades Diferenciais: Separação

Leia mais

GABARITO DO GUIA DE ESTUDO 3 POLARIZAÇÃO

GABARITO DO GUIA DE ESTUDO 3 POLARIZAÇÃO GABARTO DO GUA DE ESTUDO POLARZAÇÃO GE.) Placas polarizadoras. GE..) Um vendedor alega que os óculos de sol que ele deseja lhe vender possuem lentes com filtro polaróide; porém, você suspeita que as lentes

Leia mais

15/09/2015 1 PRINCÍPIOS DA ÓPTICA O QUE É A LUZ? A luz é uma forma de energia que não necessita de um meio material para se propagar.

15/09/2015 1 PRINCÍPIOS DA ÓPTICA O QUE É A LUZ? A luz é uma forma de energia que não necessita de um meio material para se propagar. O QUE É A LUZ? A luz é uma forma de energia que não necessita de um meio material para se propagar. PRINCÍPIOS DA ÓPTICA A luz do Sol percorre a distância de 150 milhões de quilômetros com uma velocidade

Leia mais

FÍSICA-2012. Da análise da figura e supondo que a onda se propaga sem nenhuma perda de energia, calcule

FÍSICA-2012. Da análise da figura e supondo que a onda se propaga sem nenhuma perda de energia, calcule -2012 UFBA UFBA - 2ª - 2ª FASE 2012 Questão 01 Ilustração esquemática (fora de escala) da formação da grande onda Em 11 de março de 2011, após um abalo de magnitude 8,9 na escala Richter, ondas com amplitudes

Leia mais

Formação de imagens por superfícies esféricas

Formação de imagens por superfícies esféricas UNIVESIDADE FEDEAL DO AMAZONAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPATAMENTO DE FÍSICA Laboratório de Física Geral IV Formação de imagens por superfícies esféricas.. Objetivos:. Primeira parte: Espelho Côncavo

Leia mais

Radiografias: Princípios físicos e Instrumentação

Radiografias: Princípios físicos e Instrumentação Radiografias: Princípios físicos e Instrumentação Prof. Emery Lins emery.lins@ufabc.br Curso de Bioengenharia CECS, Universidade Federal do ABC Radiografias: Princípios físicos Roteiro Definições e histórico

Leia mais

LENTES. Identificar as principais características dos raios luminosos ao atravessar uma lente. Determinar a distância focal de uma lente convergente.

LENTES. Identificar as principais características dos raios luminosos ao atravessar uma lente. Determinar a distância focal de uma lente convergente. LENTES Objetivos: Identificar as principais características dos raios luminosos ao atravessar uma lente. Determinar a distância focal de uma lente convergente. Teoria: As lentes são formadas por materiais

Leia mais

Ensaios Não Destrutivos

Ensaios Não Destrutivos Ensaios Não Destrutivos DEFINIÇÃO: Realizados sobre peças semi-acabadas ou acabadas, não prejudicam nem interferem a futura utilização das mesmas (no todo ou em parte). Em outras palavras, seriam aqueles

Leia mais

Espectroscopia Óptica Instrumentação e Aplicações. CQ122 Química Analítica Instrumental II 2º sem. 2014 Prof. Claudio Antonio Tonegutti

Espectroscopia Óptica Instrumentação e Aplicações. CQ122 Química Analítica Instrumental II 2º sem. 2014 Prof. Claudio Antonio Tonegutti Espectroscopia Óptica Instrumentação e Aplicações CQ122 Química Analítica Instrumental II 2º sem. 2014 Prof. Claudio Antonio Tonegutti Classificação dos métodos de análises quantitativas Determinação direta

Leia mais

Prof. Eduardo Loureiro, DSc.

Prof. Eduardo Loureiro, DSc. Prof. Eduardo Loureiro, DSc. Transmissão de Calor é a disciplina que estuda a transferência de energia entre dois corpos materiais que ocorre devido a uma diferença de temperatura. Quanta energia é transferida

Leia mais

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006 TUTORIAL Fonte Estabilizada de 5 Volts Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006 PdP Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos http://www.maxwellbohr.com.br

Leia mais

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente:

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente: Rumo ao ITA Física Análise Dimensional Ivan Guilhon Mitoso Rocha A análise dimensional é um assunto básico que estuda as grandezas físicas em geral, com respeito a suas unidades de medida. Como as grandezas

Leia mais

MODELOS ATÔMICOS. Química Professora: Raquel Malta 3ª série Ensino Médio

MODELOS ATÔMICOS. Química Professora: Raquel Malta 3ª série Ensino Médio MODELOS ATÔMICOS Química Professora: Raquel Malta 3ª série Ensino Médio PRIMEIRA IDEIA DO ÁTOMO 546 a.c. Tales de Mileto: propriedade da atração e repulsão de objetos após atrito; 500 a.c. Empédocles:

Leia mais

478 a.c. Leucipo e seu discípulo Demócrito

478 a.c. Leucipo e seu discípulo Demócrito MODELOS ATÔMICOS 478 a.c. Leucipo e seu discípulo Demócrito - A matéria após sofrer várias subdivisões, chegaria a uma partícula indivisível a que chamaram de átomo. - ÁTOMO a = sem tomos = divisão - Esta

Leia mais

Prof. Rogério Eletrônica Geral 1

Prof. Rogério Eletrônica Geral 1 Prof. Rogério Eletrônica Geral 1 Apostila 2 Diodos 2 COMPONENTES SEMICONDUTORES 1-Diodos Um diodo semicondutor é uma estrutura P-N que, dentro de seus limites de tensão e de corrente, permite a passagem

Leia mais

Introd. Física Médica

Introd. Física Médica Introd. Física Médica Aula 04 Atenuação de RX 2012 http://www.upscale.utoronto.ca/generali nterest/harrison/flash/nuclear/xrayinte ract/xrayinteract.html 2 Propriedades do alvo Boa Condutividade Térmica:

Leia mais

FUNDAMENTOS DE ONDAS, Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica

FUNDAMENTOS DE ONDAS, Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica FUNDAMENTOS DE ONDAS, RADIAÇÕES E PARTÍCULAS Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica Questões... O que é uma onda? E uma radiação? E uma partícula? Como elas se propagam no espaço e nos meios materiais?

Leia mais

TIPOS DE termômetros. e termômetros ESPECIAIS. Pirômetros ópticos

TIPOS DE termômetros. e termômetros ESPECIAIS. Pirômetros ópticos Pirômetros ópticos TIPOS DE termômetros e termômetros ESPECIAIS A ideia de construir um pirômetro óptico surgiu em meados do século XIX como consequência dos estudos da radiação dos sólidos aquecidos.

Leia mais

Lista de Revisão Óptica na UECE e na Unifor Professor Vasco Vasconcelos

Lista de Revisão Óptica na UECE e na Unifor Professor Vasco Vasconcelos Lista de Revisão Óptica na UECE e na Unifor Professor Vasco Vasconcelos 0. (Unifor-998. CE) Um objeto luminoso está inicialmente parado a uma distância d de um espelho plano fixo. O objeto inicia um movimento

Leia mais

MFL DE ALTA RESOLUÇÃO PARA CHAPAS DE FUNDO E TETO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO

MFL DE ALTA RESOLUÇÃO PARA CHAPAS DE FUNDO E TETO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO MFL DE ALTA RESOLUÇÃO PARA CHAPAS DE FUNDO E TETO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO Certificada ISO 9001:2008 1 A técnica de MFL consiste na magnetização com imãs permanentes poderosos capazes de criar um campo

Leia mais

UNIDADE 4 - ESTRUTURA CRISTALINA

UNIDADE 4 - ESTRUTURA CRISTALINA UNIDADE 4 - ESTRUTURA CRISTALINA 4.1. INTRODUÇÃO Em geral, todos os metais, grande parte dos cerâmicos e certos polímeros cristalizam-se quando se solidificam. Os átomos se arranjam em uma estrutura tridimensional

Leia mais

Eletricidade Aula 1. Profª Heloise Assis Fazzolari

Eletricidade Aula 1. Profª Heloise Assis Fazzolari Eletricidade Aula 1 Profª Heloise Assis Fazzolari História da Eletricidade Vídeo 2 A eletricidade estática foi descoberta em 600 A.C. com Tales de Mileto através de alguns materiais que eram atraídos entre

Leia mais

www.cursinhoemcasa.com Prof. Helena contato@cursinhoemcasa.com Fonte arquivo particular.

www.cursinhoemcasa.com Prof. Helena contato@cursinhoemcasa.com Fonte arquivo particular. Irradiação térmica È o processo de troca de calor que ocorre através da radiação eletromagnética, que não necessitam de um meio material para isso. Ondas eletromagnéticas é uma mistura de campo elétrico

Leia mais

Identificação de materiais radioativos pelo método de espectrometria de fótons com detector cintilador

Identificação de materiais radioativos pelo método de espectrometria de fótons com detector cintilador Identificação de materiais radioativos pelo método de espectrometria de fótons com detector cintilador 1. Introdução Identificar um material ou agente radiológico é de grande importância para as diversas

Leia mais

Módulo VI Luz e Príncipios da Óptica Geométrica

Módulo VI Luz e Príncipios da Óptica Geométrica Módulo VI Luz e Príncipios da Óptica Geométrica Luz: O omem sempre necessitou de luz para enxergar as coisas a seu redor: luz do Sol, de toca, de vela, de lâmpada. Mas afinal, o que é luz? Luz : é uma

Leia mais

Introdução: Mas, todas estas lentes podem ser na verdade convergentes ou divergentes, dependendo do que acontece com a luz quando esta passa por ela.

Introdução: Mas, todas estas lentes podem ser na verdade convergentes ou divergentes, dependendo do que acontece com a luz quando esta passa por ela. Introdução: Com este trabalho experimental pretende-se observar o comportamento de feixes ao atravessar lentes e, ao mesmo tempo, verificar o comportamento dos feixes ao incidir em espelhos. Os conceitos

Leia mais

As divisões da óptica

As divisões da óptica ÓPTICA As divisões da óptica Óptica física : Estuda a natureza da luz. Óptica fisiológica: Estuda os mecanismos responsáveis pela visão. Óptica geométrica: Estuda os fenômenos relacionados à trajetória

Leia mais

SEL 705 - FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS. (1. Raios-X) Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas)

SEL 705 - FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS. (1. Raios-X) Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas) SEL 705 - FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS (1. Raios-X) Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas) III. RAIOS-X 1. HISTÓRICO Meados do séc. XIX - Maxwell: previu a existência

Leia mais

ÓTICA e ONDAS. Ótica estudo da luz e dos fenômenos luminosos em geral.

ÓTICA e ONDAS. Ótica estudo da luz e dos fenômenos luminosos em geral. 1 ÓTICA e ONDAS Ótica estudo da luz e dos fenômenos luminosos em geral. Propagação Retilínea da Luz Observando os corpos que nos rodeiam, verificamos que alguns deles emitem luz, isto é, são fontes de

Leia mais

ÓPTICA. Conceito. Divisões da Óptica. Óptica Física: estuda os fenômenos ópticos que exigem uma teoria sobre a natureza das ondas eletromagnéticas.

ÓPTICA. Conceito. Divisões da Óptica. Óptica Física: estuda os fenômenos ópticos que exigem uma teoria sobre a natureza das ondas eletromagnéticas. ÓPTICA Conceito A óptica é um ramo da Física que estuda os fenomenos relacionados a luz ou, mais amplamente, a radiação eletromagnética, visível ou não. A óptica explica os fenômenos de reflexão, refração

Leia mais

5 Caracterização por microscopia eletrônica de transmissão

5 Caracterização por microscopia eletrônica de transmissão 5 Caracterização por microscopia eletrônica de transmissão Considerando o tamanho nanométrico dos produtos de síntese e que a caracterização por DRX e MEV não permitiram uma identificação da alumina dispersa

Leia mais

SEL 397 - PRINCÍPIOS FÍSICOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS. Prof. Homero Schiabel

SEL 397 - PRINCÍPIOS FÍSICOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS. Prof. Homero Schiabel SEL 397 - PRINCÍPIOS FÍSICOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS Prof. Homero Schiabel 6. FORMAÇÃO DE IMAGENS POR RAIOS X A Radiografia 2 fatores fundamentais: padrão de intensidade de raios-x transmitido através

Leia mais

a) I b) II c) III d) IV e) V

a) I b) II c) III d) IV e) V 1. (Cesgranrio 1991) Sobre uma lente semiesférica de vidro incide um raio de luz, cuja direção é paralela ao eixo óptico da lente. Qual dos raios (I, II, III, IV ou V) indicados na figura a seguir que

Leia mais

Física IV. Interferência

Física IV. Interferência Física IV Interferência Sears capítulo 35 Prof. Nelson Luiz Reyes Marques Interferência Arco-íris = Bolha de sabão refração interferência Princípio da superposição Quando duas ou mais ondas se superpõem,

Leia mais

Ensaios não Destrutivos

Ensaios não Destrutivos CONCURSO PETROBRAS ENGENHEIRO(A) DE EQUIPAMENTOS JÚNIOR - INSPEÇÃO Ensaios não Destrutivos Questões Resolvidas QUESTÕES RETIRADAS DE PROVAS DA BANCA CESGRANRIO DRAFT Produzido por Exatas Concursos www.exatasconcursos.com.br

Leia mais

IESA-ESTUDO DIRIGIDO 1º SEMESTRE 8º ANO - MANHÃ E TARDE- DISCIPLINA: CIÊNCIAS PROFESSORAS: CELIDE E IGNÊS. Aluno(a): Turma:

IESA-ESTUDO DIRIGIDO 1º SEMESTRE 8º ANO - MANHÃ E TARDE- DISCIPLINA: CIÊNCIAS PROFESSORAS: CELIDE E IGNÊS. Aluno(a): Turma: IESA-ESTUDO DIRIGIDO 1º SEMESTRE 8º ANO - MANHÃ E TARDE- DISCIPLINA: CIÊNCIAS PROFESSORAS: CELIDE E IGNÊS Aluno(a): Turma: Querido (a) aluno (a), Este estudo dirigido foi realizado para que você revise

Leia mais

Sistema de comunicação óptica. Keylly Eyglys Orientador: Adrião Duarte

Sistema de comunicação óptica. Keylly Eyglys Orientador: Adrião Duarte Sistema de comunicação óptica Keylly Eyglys Orientador: Adrião Duarte História A utilização de transmissão de informação através de sinais luminosos datam de épocas muito remotas. Acredita-se que os gregos

Leia mais

RELATÓRIO DE CONECTIVIDADE FIBRA OPTICA MULTIMODO

RELATÓRIO DE CONECTIVIDADE FIBRA OPTICA MULTIMODO Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial E.E.P. Senac Centro Histórico Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego Curso Técnico em Informática JOÃO VITOR ANDRADE RELATÓRIO DE CONECTIVIDADE

Leia mais

COMPORTAMENTO TÉRMICO DA CONSTRUÇÃO

COMPORTAMENTO TÉRMICO DA CONSTRUÇÃO COMPORTAMENTO TÉRMICO DA CONSTRUÇÃO Capítulo 2 do livro Manual de Conforto Térmico NESTA AULA: Trocas de calor através de paredes opacas Trocas de calor através de paredes translúcidas Elementos de proteção

Leia mais

- PRIMEIRA PROVA COMUM - COMENTADA

- PRIMEIRA PROVA COMUM - COMENTADA FÍICA 1 QUETÃO 11 Leia atentamente o seguinte texto e responda a questão proposta. Quando o físico francês Antoine Henri Becquerel (185-1908) descoriu, em 1896, que o urânio emitia espontaneamente uma

Leia mais

4.2. Técnicas radiográficas especiais

4.2. Técnicas radiográficas especiais SEL 5705 - FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS (III. Raios-X) Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas) 4.2. Técnicas radiográficas especiais 4.2.1. Abreugrafia Chapa, em

Leia mais

Aula 1 Professor Waterloo Pereira Filho Docentes orientados: Daniela Barbieri Felipe Correa

Aula 1 Professor Waterloo Pereira Filho Docentes orientados: Daniela Barbieri Felipe Correa Princípios Físicos do Sensoriamento Remoto Aula 1 Professor Waterloo Pereira Filho Docentes orientados: Daniela Barbieri Felipe Correa O que é Sensoriamento Remoto? Utilização conjunta de sensores, equipamentos

Leia mais

Polarização de Ondas Eletromagnéticas Propriedades da Luz

Polarização de Ondas Eletromagnéticas Propriedades da Luz Polarização de Ondas Eletromagnéticas Propriedades da Luz Polarização Polarização: Propriedade das ondas transversais Ondas em uma corda Oscilação no plano vertical. Oscilação no plano horizontal. Onda

Leia mais

DEFIJI Semestre2014-1 10:07:19 1 INTRODUÇÃO

DEFIJI Semestre2014-1 10:07:19 1 INTRODUÇÃO 1 DEFIJI Semestre2014-1 Ótica Lentes Esféricos Prof. Robinson 10:07:19 1 O ÍNDICE DE REFRAÇÃO INTRODUÇÃO Quando a luz passa de um meio para outro, sua velocidade aumenta ou diminui devido as diferenças

Leia mais

Rota de Aprendizagem 2015/16 5.º Ano

Rota de Aprendizagem 2015/16 5.º Ano Projeto 1 Onde existe Vida? Tempo Previsto: 4 quinzenas (do 1ºPeríodo) Ciências Naturais A ÁGUA, O AR, AS ROCHAS E O SOLO MATERIAIS TERRESTRES 1.ª Fase: Terra um planeta com vida 2.ª Fase: A importância

Leia mais

Teoria Atômica. Constituição da matéria. Raízes históricas da composição da matéria. Modelos atômicos. Composição de um átomo.

Teoria Atômica. Constituição da matéria. Raízes históricas da composição da matéria. Modelos atômicos. Composição de um átomo. Teoria Atômica Constituição da matéria Raízes históricas da composição da matéria Modelos atômicos Composição de um átomo Tabela periódica Raízes Históricas 6000 a.c.: descoberta do fogo 4000 a.c.: vidros,

Leia mais

Física Quântica Caex 2005 Série de exercícios 1

Física Quântica Caex 2005 Série de exercícios 1 Física Quântica Caex 005 Questão 1 Se as partículas listadas abaixo têm todas a mesma energia cinética, qual delas tem o menor comprimento de onda? a) elétron b) partícula α c) nêutron d) próton Questão

Leia mais

EFEITO FOTOELÉTRICO. J.R. Kaschny

EFEITO FOTOELÉTRICO. J.R. Kaschny EFEITO FOTOELÉTRICO J.R. Kaschny Histórico 1886-1887 Heinrich Hertz realizou experimentos que pela primeira vez confirmaram a existência de ondas eletromagnéticas e a teoria de Maxwell sobre a propagação

Leia mais

Laboratório de Física - 2011/2012. Propriedades físicas de um filme fino magnético. Centro de Física da Matéria Condensada da UL

Laboratório de Física - 2011/2012. Propriedades físicas de um filme fino magnético. Centro de Física da Matéria Condensada da UL T1 Propriedades físicas de um filme fino magnético Difracção raios X, Microscopia Força Atómica, Magnetometria SQUID Rui Borges Centro de da UL Estudo de um filme fino de óxido magnético depositado por

Leia mais

MANUTENÇÃO ELÉTRICA INDUSTRIAL * ENROLAMENTOS P/ MOTORES CA *

MANUTENÇÃO ELÉTRICA INDUSTRIAL * ENROLAMENTOS P/ MOTORES CA * MANUTENÇÃO ELÉTRICA INDUSTRIAL * ENROLAMENTOS P/ MOTORES CA * Vitória ES 2006 7. ENROLAMENTOS PARA MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA A maneira mais conveniente de associar vários condutores de um enrolamento

Leia mais

Juliana Cerqueira de Paiva. Modelos Atômicos Aula 2

Juliana Cerqueira de Paiva. Modelos Atômicos Aula 2 Juliana Cerqueira de Paiva Modelos Atômicos Aula 2 2 Modelo Atômico de Thomson Joseph John Thomson (1856 1940) Por volta de 1897, realizou experimentos estudando descargas elétricas em tubos semelhantes

Leia mais

TERAPIA FOTODINÂMICA

TERAPIA FOTODINÂMICA TERAPIA FOTODINÂMICA Terapia Fotodinâmica Estudo e desenvolvimento de novas tecnologias. Seu uso por podólogos brasileiros é anterior a 1995. Usado por podólogos em outros países, desde a década de 80.

Leia mais

Figura 1-1. Entrada de ar tipo NACA. 1

Figura 1-1. Entrada de ar tipo NACA. 1 1 Introdução Diversos sistemas de uma aeronave, tais como motor, ar-condicionado, ventilação e turbinas auxiliares, necessitam captar ar externo para operar. Esta captura é feita através da instalação

Leia mais