GESTÃO DO DESPORTO II

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1 INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR PROGRAMA DA UNIDADE CURRICULAR GESTÃO DO DESPORTO II Ano Lectivo

2 Nome da Unidade Curricular Gestão do Desporto II Regente Abel Santos: Docentes Alfredo Silva: Gabinete 2 Ruben Carvalho: ruben.oliveira.carvalho@gmail.com Número de Créditos ECTS 4 ECTS Tempo de Trabalho Tempo de contacto: Teórico [30h] Teórico-Práticas [30h] Trabalho Individual [40 horas] Total [100h] Introdução e Âmbito Os técnicos desportivos com formação superior, saídos da ESDRM, vão integrar-se, principalmente, em estruturas simples de organização do trabalho (características de organizações desportivas de pequena e média dimensão) que lhes exigem um elevado conhecimento específico para o exercício da sua função, mas também um conjunto de competências de outros domínios do conhecimento que permitam acrescentar valor à sua intervenção, designadamente no apoio/aconselhamento aos colaboradores que intervêm noutras áreas da organização (gestão, marketing, pessoal, contabilidade, logística etc.) ou a quem conduz as organizações (empresários, sócios, accionistas, directores-gerais, responsáveis de unidades de negócio ou autarcas). Deste modo, a unidade curricular de Gestão do Desporto II pretende que o aluno se aproprie de um conjunto de conhecimentos que lhe permitam identificar, reconhecer e avaliar criticamente os Gestão do Desporto II 2

3 principais aspectos relacionados com a gestão da organização e, simultaneamente, ser detentor de habilidades de gestão da sua própria função ou cargo, relacionadas com toda a organização. Neste caso, em benefício do seu próprio posicionamento na organização, os técnicos desportivos devem saber controlar factores-chave que permitam, de forma mais conveniente e apropriada, uma boa gestão das suas carreiras. Estas competências introdutórias, às questões de gestão de organizações desportivas, são ainda mais necessárias a quem, de forma empreendedora, pretenda lançar os seus projectos empresarias ou de autoemprego. Ao longo do desenvolvimento da unidade curricular, pretende-se realizar um trajecto que parte dos pressupostos essenciais de caracterização dos ambientes geral e transaccional e de funcionamento da organização até à interpretação do papel dos grupos e da pessoa na organização: do mercado à função individual na organização desportiva. Para a produção de serviços ou bens, as organizações desportivas necessitam de integrar um conjunto de procedimentos que lhes permitam funcionar de forma eficiente. Neste caso, os discentes, devem estar preparados para intervirem em diferentes tipos de organizações com características possivelmente antagónicas quanto à missão, estratégia, cultura/valores, estilos de gestão/liderança, sistemas de gestão, estruturas e, principalmente, com pessoas diferentes. Mercado de Capitais Mercado de Trabalho Recursos do Desporto Pessoas Estratégia Processos Valores Cultura Resultados Estilo Gestão Sistemas de Liderança Gestão Fornecedores Instalações Estrutura Desportivas Tecnologia Específica Geográficos Sociais Tecnológicos Económicos Políticos Concorrência no sector do desporto práticas/organizações Impactos Consequências Concorrência de outros sectores Interessados Internos Clientes Interessados Externos Ambiente Interno Ambiente Transaccional Ambiente Geral Santos, A. (2006) Assim, propomos, nas aulas teóricas, uma abordagem dos conceitos mais genéricas da gestão de organizações para, nas aulas teórico-práticas aprofundarmos as características do funcionamento Gestão do Desporto II 3

4 e da gestão das pessoas nas organizações desportivas em que os discentes podem futuramente trabalhar. Neste caso, os alunos serão colocados em situações de análise, diagnóstico de problemas, tomada de decisões e antecipação do seu impacto em consonância com os modelos teóricos de referência. Em qualquer das situações, pretende-se transmitir uma visão do saber como fazer para gerirem a sua intervenção no mercado de trabalho e em diferentes tipos de organizações desportivas. Objectivos No final da unidade curricular de Gestão do Desporto II pretende-se que os discentes sejam portadores de informação e conhecimento que lhes permita: Identificar e caracterizar o(s) mercado(s) do desporto, as necessidades e o modo de satisfazer os consumidores de desporto; Recolher indicadores susceptíveis de identificar o mercado, os seus influênciadores e tendências; Conhecer as principais variáveis internas que condicionam o funcionamento de uma organização desportiva; Conhecer o papel da função de gestão de pessoal; Criar processos de organização do trabalho; Construir serviços de acordo com os interesses dos consumidores; Conceber planos simplificados de comunicação com os diferentes consumidores e outros interessados da organização; Dominar técnicas de autogestão e de interacção com outros colaboradores, Avaliar diferentes tipos de custos e proveitos. Conteúdos Programáticos Marketing no Desporto Conceitos e funções Definição de marketing As características do marketing As funções do marketing A atitude, as técnicas e a evolução do marketing Gestão do Desporto II 4

5 O marketing estratégico e o marketing operativo A concepção tradicional e a concepção moderna de marketing Marketing desportivo e marketing do desporto Análise do mercado desportivo Definição de mercado desportivo A análise da estrutura do mercado O sistema de informação em marketing Análise quantitativa e qualitativa O ciclo de vida de um mercado Análise da concorrência das organizações desportivas O estudo do comportamento e das atitudes dos consumidores desportivos As principais informações a recolher sobre consumidores Os inquéritos aos consumidores; variáveis explicativas A noção de necessidade Os objectivos da motivação humana O comportamento de compra do consumidor A tomada da decisão de compra O reconhecimento do problema/necessidade A procura de informação A avaliação das alternativas A decisão de compra A satisfação pós-compra A segmentação no desporto O conceito de segmentação O processo de segmentação Os principais critérios de segmentação O marketing-mix do serviço de desporto: Produto, Preço, Comunicação, Distribuição Publicidade e relações públicas Força de vendas O "endorsement" O patrocínio no desporto: Conceito Objectivos O estabelecimento de relações de patrocínio A avaliação do retorno Os serviços desportivos A produção de serviços desportivos A noção de serviço aplicada ao desporto; Gestão do Desporto II 5

6 A especificidade dos serviços desportivos; A qualidade dos serviços e a satisfação dos consumidores de desporto; Os diferentes modelos aplicados às organizações desportivas: TQM, EFQM CAF, Modelo Servqual. As Pessoas nas Organizações Desportivas As Pessoas nas Organizações Desportivas O mercado de trabalho no desporto; As mudanças e transformações da função de gestão de pessoas; A gestão de pessoas num ambiente dinâmico, O capital intelectual; O planeamento estratégico da gestão de pessoas; Atrair pessoas para as organizações Recrutamento de pessoas; Selecção de pessoas; Manter as pessoas na organização Objectivos da descrição e análise de funções; Métodos e fases de descrição e análise de funções; O desenho de funções; A orientação de pessoas nas funções acolhimento, integração, desenvolvimento e avaliação. Motivar e recompensar as pessoas Processos de motivação; Remuneração; Incentivos; Benefícios sociais. A Função Financeira e Contabilística aplicada às organizações desportivas Conceitos financeiros básicos Conceito de taxa de juro: Taxa fixa e taxa indexada Taxa nominal anual e taxa efectiva anual Principais fontes de financiamento Empréstimo bancário Leasing Os principais conceitos contabilísticos e as respectivas demonstrações financeiras A Demonstração de Resultados por Naturezas Conceito e classificação de Gastos Conceito e classificação de Rendimentos O Balanço Conceito de Activo: Corrente e Não Corrente Conceito de Capital Próprio Gestão do Desporto II 6

7 Regime de frequência Para realizarem a época de avaliação normal os alunos devem comparecer em pelo menos dois terços de presenças nas horas de contacto previstas, salvo os alunos em situação especial, conforme disposto no artigo 19.º do Regulamento de Avaliação de Conhecimentos e Competências. A aplicação deste regime de frequência incidirá exclusivamente na época normal de avaliação. Os alunos que não optarem por este regime de frequência realizarão a avaliação na época de recurso e /ou na época especial. Métodos de ensino No sentido de alcançar os objectivos propostos, os principais métodos de ensino a utilizar são: Exposição dos conteúdos com ou questionamento, em regime presencial, apoiada por meios escritos e audiovisuais; Leitura, análise e discussão de suportes textuais sob a forma de artigos, relatórios, páginas de internet. Experimentação prática dos conteúdos de natureza aplicada, individualmente e em grupo, através de análise de estudos de caso, resolução de problemas tipo e realização de fichas de aplicação de conteúdos. Modelo de avaliação Processos de avaliação disponíveis Avaliação contínua Exame final Condições de acesso e critérios de adesão a cada processo de avaliação Para aderirem ao processo de avaliação contínua e ao processo de avaliação exame final - devem os alunos manifestar por escrito essa intenção até ao final da terceira semana de aulas. Caso o aluno tenha realizado avaliação contínua, pode aceder ao exame final se a classificação final da avaliação contínua for igual ou superior a oito e inferior a 10. Gestão do Desporto II 7

8 Condições de dispensa de exame final Caso o aluno tenha realizado avaliação contínua, o aluno pode dispensar de exame final se a classificação final da avaliação contínua for igual ou superior a dez. Elementos de avaliação exigidos e métodos utilizados em cada processo de avaliação. Avaliação contínua É constituída por duas provas escritas individuais e por um trabalho realizado em grupo, de 2 a 3 alunos, com apresentação oral, apoiada em meios audiovisuais e defesa do mesmo perante o docente da unidade curricular Exame final É constituído por uma prova escrita individual e por uma prova oral individual. Realizará a prova oral o aluno que obtenha na escrita um resultado igual ou superior a oito valores Fórmula de cálculo da classificação final em cada processo de avaliação Avaliação contínua Classificação final = classificação das duas provas escritas individuais X 0,60 + classificação do trabalho realizado em grupo X 0,40. Para ser aprovado deve obter uma classificação final não inferior a 10 valores. Se em algum dos três elementos de avaliação o aluno obtiver uma classificação inferior a 8 valores sairá do processo de avaliação contínua e deverá integrar-se no processo de avaliação exame final. Exame final Classificação final = classificação da prova escrita individual X 0,50 + classificação da prova oral X 0,50. Para ser aprovado deve obter uma classificação final não inferior a 10 valores; Regime específico para alunos em situação especial Aos alunos em situação especial é aplicado o disposto no artigo 19.º do Regulamento de Avaliação de Conhecimentos e Competências. A aplicação deste regime de frequência incidirá exclusivamente na época normal de avaliação. Gestão do Desporto II 8

9 Bibliografia essencial Análise do(s) mercado(s) do desporto: Brito, C., Lencastre, P. (2000). Os Horizontes do Marketing. Lisboa: Ed. Verbo. Correia, A., Sacavém, A. & Colaço, C. (2006) Manual de Fitness & Marketing - Para a competitividade dos Ginásios e Health Clubs. Lisboa. Ed. Visão e Contextos. ESDRM Bibli. L GD Lambin J. (1998) Marketing Estratégico. McGraw-Hill. 4ª Edição. Lisboa Lendrevie, J. et al. (1996). Mercator - Teoria e Prática do Marketing. Lisboa: Public. Dom Quixote. ESDRM Bibli. L GD Lovelock, C. (1996). Services Marketing. Third Edition. New Jersey: Prentice-Hall International Edition Porter, M (1999), Competição Estratégias competitivas essenciais. Rio de Janeiro: Editora Campus. 10ª Edição. ESDRM Bibli. L GD O funcionamento de uma organização desportiva: Amis, J.; Slack, T.; Berret, T. (1995). "The Structural Antecedents of Conflits in Voluntary Sport Organizations". In Leisure Studies, 14, pp Crespo, J. (1978). "Para Uma Sociologia da Cultura - O Associativismo Desportivo em Portugal". Revista Ludens, 13, 2, Abril/Junho, pp Cuskelly, G. et al. (1999). "Diferences in Organisational Commitment Between Paid and Volunteer Administrators in Sport". In European Journal for Sport Management, vol. 6, Special Issue. Doherty, A.; Chelladurai, P. (1999). "Managing Cultural Diversity in Sport Organizations: A Theoretical Perspective". In Journal of Sport Management,nº 13, pp , Human Kinetics Publishers, Inc. Kikulis, L.; Slack, T.; Hinings, B. (1992). "Institutionally Specific Design Archetypes: A Framework for Understanding Change In National Sport Organisations". In International Review for The Sociology Of Sport, 27, pp Gestão do Desporto II 9

10 Kikulis, L.; Slack, T.; Hinings, B. (1995)."Sector-specific Patterns of Organizational Design Change". In Journal of Management Studies, 32, pp Robbins, S.; Coulter, M. (2003). Management. New Jersey: Pearson-Prentice Hall 7ª. Ed. Santos, A. (2002). A Estratégia dos Clubes - Estudo Comparativo dos Clubes de Pequena, Média e Grande Dimensão. Edição do Centro de Estudos e Formação Desportiva/Secretaria de Estado da Juventude e Desporto. ISBN: ESDRM Bibli. L GD Santos A. & Correia A. (2002). As Características da Estrutura Como Elemento Condicionador da Estratégia dos Clubes Portugueses, Uma Incursão na Teoria Organizacional. Desporto. Revista Investigação & Ciência. 1, Novembro, Ed. ESDRM/IPS, pp Slack, T. (1991). "Understanding Change in National Sport Organizations: An Integration of Theoretical Perspectives". In Journal of Sport Management, 7, pp Slack, T. (1997). Understanding Sport Organisations - The Aplication of Organizational Theory. USA: Human Kinetics. ESDRM Bibli. L GD As pessoas na organização desportiva e o mercado de trabalho no desporto: Araújo, J. (2000). "Como Tomar Decisões". In Cadernos de Management, vol.iii, Edição Semanário Económico, pp Araújo, J. (2000)."Uma Perspectiva de Formação de Quadros". In Cadernos de Management, vol.i, Edição Semanário Económico, pp Camara, P.,Guerra, P.; Rodrigues, J. (1997). Humanator - Recursos Humanos e Sucesso Empresarial - Lisboa: Publi. Dom Quixote. ESDRM Bibli. L GD Cascão, F. (2004). Entre a Gestão de Competências ea Gestão do Conhecimento: Um estudo exploratório de Inovações na Gestão de pessoas. Lisboa. Ed. RH. ESDRM Bibli. L GD Ceitil, M. (2007). Gestão e Desenvolvimento de Competências. Lisboa. Ed. Sílabo. ESDRM Bibli. L GD Chelladurai, P. (1999). Human Resources Management in Sport and Recreation. USA: Human Kinetics. ESDRM Bibli. L GD Chiavenato, I. (1998). Recursos Humanos. São Paulo:Ed. Atlas. Chiavenato, I. (2005). Gestão de Pessoas. São Paulo:Ed. Campus. L GD Costa, R. (2003). Persona Manual Prático de Gestão de Pessoas - Lisboa: Bertrand Editora Dessler, G. (2004). A Framework for Human Resource Management. New Jersey: Gestão do Desporto II 10

11 Rocha, J. (1999). Gestão de Recursos Humanos. Lisboa: Editorial Presença. Santos, A. (2004). Certificação de técnicos de desporto: a ausência da função reguladora do Estado. Desporto&Direito Revista Jurídica do Desporto.1, 3, pp Coimbra: Ed. Almedina. Torrington, D et al. (2002). Human Resources Management - New Jersey: Pearson-Prentice Hall 5ª. Ed. Sistemas de gestão: Russo, J. (2006). Balanced Scorecard para PME. Lisboa: Editora Lidel. A produção de serviços desportivos: Borges, J. M. (2004). Serviços Desportivos - Planeamento e Gestão de Serviços Aquáticos. Lisboa. Ed. Caminho. ESDRM Bibli. L GD Correia, A. et. Al. (2001). Serviços de Qualidade no Desporto Piscinas, Polidesportivos e Ginásios. Lisboa: Ed. Centro de Estudos e Formação Desportiva/Ministério da Juventude e Desporto. 2ª edição.. L GD Pereira, E. (1999). Satisfação do Cliente: Desporto e Turismo no Algarve. Dissertação para Obtenção do Grau de Mestre em Gestão do Desporto FMH/UTL. Pires, A. (1995). Marketing - Conceitos, Técnicas e Problemas de Gestão. Lisboa: Ed. Verbo A comunicação no desporto: Desbordes, M. et al. (2001). Marketing Deportivo Análisis del concumo deportivo. Barcelona: Editorial Paidotribo. ESDRM Bibli. L GD Eiglier, P. et al. (2001). Servunction A gestão de marketing de empresas de serviços. Lisboa: McGrawHill. ESDRM Bibli. L GD Irwin, R., Sutton, W., McCarthy, L. (2008). Sport Promotion and Sales Management. Champaign. Human Kinetics. ESDRM Bibli. L GD Kotler, P. (1997). Marketing Management - Analsys. Planning, Implementation and Control. Eighth Edition. New Jersey: Prentice-Hall International Edition Masterman, G., Wood, E. (2006). Innovative Marketing Communications - Strategies for the events industry. London. Elsevier. ESDRM Bibli. L GD Gestão do Desporto II 11

12 Rubingh, B. (1998). Marketing - Federações e Desporto. Lisboa: Ed. Centro de Estudos e Formação Desportiva/Ministério da Juventude e Desporto. L GD Sá, C., Sá, D (1999) Marketing para o Desporto Um Jogo Empresarial. Porto: Ed. IPAM. Sá, D., Sá, C. (2008). Sports Marketing - As Novas Regras do Jogo. Porto. Ed. IPAM. ESDRM Bibli. L GD Smith, A. (2008). Introduction to Sport Marketing. Oxford. UK. Butterworth-Heinemann. ESDRM Bibli. L GD A gestão de custos e proveitos: Bento, J. e outros (2004). Plano Oficial de Contabilidade Explicado. Porto: Porto Editora. 26ª Edição. L GD Costa, C. & Alves, G. (2001). Contabilidade Financeira. Porto: Editora Rei dos Livros. 4ª edição. L GD Franco, V. e outros (2005). Contabilidade de Gestão O apuramento de custos e informação de apoio à decisão. Lisboa: Publisher Team. Vol. I. Rodrigues, A., Almeida, F., Lopes, I., Cruz, I., Silva, P., Gama, P. & Jorge, S. (2007). Contabilidade Financeira - Casos Práticos. Coimbra. Almedina. ESDRM Bibli. L GD Gestão do Desporto II 12