O eixo do crescimento seguro Pessoas e talentos para construir um Brasil mais forte

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1 Informação e análise para decisores nº 32 Abril-Junho 2011 O eixo do crescimento seguro Pessoas e talentos para construir um Brasil mais forte A opinião dos líderes Investir na capacitação e na estratégia é prioridade para garantir a expansão sustentável Elas no poder A participação decisiva das mulheres no desenvolvimento de empresas e países Sardenberg e Ethevaldo Siqueira Visões sobre o novo Brasil

2 A construção de novas possibilidades Nas últimas cinco décadas, o Brasil foi visto como o país do futuro. Hoje temos um ambiente econômico moderno e com possibilidades de crescimento sustentável, pautadas pelos esforços das empresas que aqui operam e por números que refletem quase duas décadas de estabilidade. O talento e a qualificação técnica estão no ponto de encontro do eixo das oportunidades de crescimento do Brasil. Esta edição de Mundo Corporativo, que dá sequência à série de reportagens denominada Brasil 2015 as descobertas do crescimento, aborda como os líderes empresariais estão preparando suas organizações para lidar com os desafios do momento. O dilema Como colher os frutos do otimismo? aponta as principais estratégias que merecem uma atenção especial para assegurar um desenvolvimento duradouro. O talento e a qualificação técnica estão no ponto de encontro do eixo das oportunidades de crescimento do Brasil. Nesse mesmo contexto, a revista mostra como o País precisa ampliar sua base de mão de obra técnica para atender à demanda crescente em setores prósperos da economia. Por outro lado mas dentro do mesmo assunto, destacamos as mulheres, que ocupam um espaço cada vez maior no ambiente empresarial, contribuindo para a ampliação da diversidade no campo das decisões corporativas. Em seus artigos, os jornalistas Ethevaldo Siqueira e Carlos Alberto Sardenberg mostram, respectivamente, como o País pode construir caminhos mais amplos a partir do governo eletrônico e os avanços econômicos que hoje permitem um acesso consistente da população ao crédito. As estratégias de gestão, sempre importantes para planos além do médio prazo, também são assunto desta edição. Abordamos a alternativa do mercado de capitais para as empresas emergentes e as lições aprendidas por algumas delas nesse processo e tratamos da necessidade de preparação contínua das organizações para responder, de forma rápida, a situações adversas. A partir desta edição, Mundo Corporativo estará também disponível no ipad. Acompanhe o lançamento em A Deloitte, que, há exatos 100 anos, vem apoiando o desenvolvimento brasileiro, acredita plenamente na capacidade dos gestores do País em tornarem concreto e contínuo o otimismo trazido pelo excelente momento que passamos. Boa leitura! Juarez Lopes de Araújo Presidente da Deloitte

3 Nesta edição Especial Série Brasil 2015 A cultura do crescimento A quarta reportagem da série sobre alternativas e desafios no atual ciclo de expansão econômica discute o dilema Como colher os frutos do otimismo? Pessoas O encaixe do talento técnico Falta de mão de obra especializada é um desafio para o desenvolvimento do País e um fator de atração para profissionais estrangeiros Salto à diversidade A crescente participação das mulheres no desenvolvimento de países e empresas é responsável pela melhoria nos negócios e expansão do mercado Perspectivas E-gov na pista O jornalista Ethevaldo Siqueira mostra bons exemplos do governo eletrônico no País e como a universalização da banda larga pode impulsionar mais projetos Gestão Rumos do capital Pequenas e médias empresas colocam seus modelos de negócios à prova para aproveitar a retomada das aberturas de capital Depois do inesperado A resposta eficiente a acontecimentos indesejados e repentinos é fundamental para a continuidade dos negócios, da operação e da própria vida da empresa Conjuntura Bem-vindo seja o crédito! Uma análise das últimas décadas da economia brasileira pelo jornalista e economista Carlos Alberto Sardenberg mostra que a volta do crédito é consistente O mundo e a corporação Mundo Corporativo nº 32 Abril-Junho

4 Dilema do Brasil 2015: como colher os frutos do otimismo? A cultura do Série Brasil 2015 As descobertas do crescimento Mundo Corporativo estreou, na edição 29, uma série de reportagens que exploram alguns dos grandes dilemas pelos quais devem passar os decisores do meio corporativo ao longo deste e dos próximos anos, que coincidem com um período de alto potencial de crescimento para o Brasil. No lançamento da série, a revista tratou do dilema crescer ou vender?, uma questão aos proprietários e gestores inseridos em um ambiente de consolidação. Na edição 30, chamou a atenção para um assunto que se insere no chamado Custo Brasil : a burocracia. O tema Onde apostar mais?, presente no número 31, trouxe uma reflexão sobre os setores da economia que vão concentrar a maior parte das oportunidades. Nesta edição 32, a Série Brasil 2015 aponta para a questão Como colher os frutos do otimismo?, numa discussão sobre como as empresas que atuam no País podem aproveitar as boas perspectivas econômicas para ampliar seus negócios e consolidar internamente os pilares que elas próprias apontam como estratégicos. Não houve na história recente do Brasil um momento tão favorável ao empresariado para enxergar, dentro da sua estrutura de operação, e reconhecer quais fatores podem atravancar a sua expansão interna. Por isso mesmo, a visão dos líderes empresariais que responderam à pesquisa Panorama Empresarial (veja resultados nesta reportagem) serve para ilustrar conclusões sobre este período inédito. Aqueles que conseguirem superar as barreiras que surgem paralelas ao atual ritmo de crescimento estarão à frente no momento da colheita desta safra de otimismo. Na 4ª reportagem da série sobre desafios e alternativas dos agentes de mercado em meio ao atual ciclo de expansão econômica do País, os líderes empresariais apontam pessoas, inovação, marketing e parcerias como fatores estratégicos rumo ao cenário de expansão sustentável dos negócios no médio prazo. Por Jander Ramon O Brasil é, de fato, um dos grandes focos do mercado global. Páginas de uma recente edição especial da revista The Economist projetaram o Brasil, antes mesmo de 2025, como a quinta economia mundial, superando França e Reino Unido. Estabilidade política, sólidos alicerces macroeconômicos e avanços sociais, além da atração de investimentos e da capacidade empresarial do País em inovar em produtos e serviços, foram alguns dos pontos fortes apontados pela publicação inglesa para justificar a onda favorável. Em linha com essa perspectiva de otimismo, a pesquisa Panorama Empresarial 2011 Visões e Expectativas sobre o Novo Ciclo de Crescimento do Brasil, cujos resultados foram lançados pela 4 Mundo Corporativo nº32 Abril-Junho 2011

5 crescimento Deloitte no final de março, mostra que a maioria dos empresários do País, de 352 organizações ouvidas pelo levantamento, projeta um futuro promissor para o mercado local. Apesar de desafios como investimentos em infraestrutura, juros elevados, carga tributária pesada e carências no nível de escolaridade, os empresários entendem que, no longo prazo, o modelo macroeconômico brasileiro é eficaz e, portanto, acreditam no futuro, analisa José Paulo Rocha, sócio-líder da área de Corporate Finance da Deloitte e responsável técnico da pesquisa. Uma demonstração dessa confiança se manifesta na expectativa de 72% dos empresários que projetam um crescimento da economia nacional de até 5% para este ano, enquanto 55% estimam que o Brasil manterá essa taxa de crescimento em E como essas organizações esperam manter e potencializar seu ciclo de crescimento? Aparentemente ambientados às condições macroeconômicas e regulatórias do Brasil, quase sempre pouco amistosas aos investimentos, muitos executivos demonstram estar cada vez mais voltados às próprias empresas para encontrar as respostas de enfrentamento aos imensos desafios a que estão expostos. A agenda prioritária é direcionada, segundo esses gestores, ao capital humano: 60% dos entrevistados afirmam que a retenção de pessoas e o desenvolvimento de talentos serão temas centrais para assegurar o crescimento da empresa no médio prazo. O capital humano é enxergado hoje como um dos elementos fundamentais para o crescimento e a sustentação das organizações. O Brasil vive uma situação de quase pleno emprego e, em um ambiente de escassa oferta de mão de obra qualificada, a rotatividade de profissionais é algo perigoso para as estratégias de negócios, analisa José Paulo. A despeito dos avanços registrados nos últimos anos no campo da educação, o especialista da Deloitte observa que o Brasil ainda necessita evoluir mais nesse setor, tanto em termos quantitativos como, Mundo Corporativo nº 32 Abril-Junho

6 Antonio Carlos Barbosa, da GRSA: dificuldades em preencher vagas para iniciar o atendimento a plataformas offshore sobretudo, qualitativos. Exatamente por isso, é notório o aumento da participação de profissionais estrangeiros no mercado brasileiro (leia mais sobre o tema a partir da página 10), especialmente nas empresas transnacionais. Esforços para atração e retenção de talentos parecem ser mais necessários quando se observam os setores que devem impulsionar a economia brasileira nos próximos anos. A área de petróleo e gás, por exemplo, foi citada por 54% dos entrevistados como uma das fontes propulsoras de atividade do País, atrás somente de construção, com 55% das respostas. A GRSA atua na prestação de serviços de alimentação e de suporte operacional. Subsidiária da inglesa Compass Group, a operação brasileira acaba de investir R$ 1,5 milhão na construção de uma regional offshore, localizada em Macaé, no Rio de Janeiro, objetivando atender ao mercado de exploração de petróleo em alto mar. Antonio Carlos Barbosa, diretor regional da divisão da GRSA que atende a locais remotos, conta que a empresa enfrentou dificuldades no preenchimento das vagas O capital humano é enxergado hoje como um dos elementos fundamentais para o crescimento e a sustentação das organizações. José Paulo Rocha, sócio-líder da área de Corporate Finance da Deloitte e responsável técnico da pesquisa Panorama Empresarial para iniciar a nova operação. Essencialmente, foram procurados profissionais de diversas áreas, desde nutricionistas até atendentes de lanchonete e auxiliares de limpeza, exigindo, além de conhecimentos específicos, o domínio da língua inglesa idioma oficial nas plataformas instaladas no oceano. Há cinco anos, toda a preocupação da empresa estava concentrada em problemas como inflação e insegurança regulatória. Hoje, atração e retenção de capital humano são a nossa preocupação central, não só no Brasil, mas nos 50 países onde a Compass atua, informa Barbosa. Chegamos ao ponto de conversar com nossos clientes e estabelecer uma espécie de acordo de cavalheiros para que evitassem a contratação dos nossos funcionários, pois esse processo criaria problemas na nossa capacidade de atendimento. Regularmente, a área de recursos humanos da controladora promove encontros mundiais entre os gestores regionais para trocar experiências e desenvolver projetos integrados entre os diversos países, a fim de criar políticas de estímulo para assegurar a permanência dos trabalhadores. Barbosa explica que o enfrentamento do problema não passa apenas por questões salariais: para uma permanência de 14 dias nas plataformas, cumprindo 6 Mundo Corporativo nº32 Abril-Junho 2011

7 Foco em pessoas e diferenciação Diante das expectativas para o ambiente de negócios até 2015, a preocupação com as pessoas e as ações associadas à inovação se destacam. Estratégias prioritárias para as empresas nos próximos anos (%) Retenção de capital humano e desenvolvimento de talentos Desenvolvimento e fornecimento de novos produtos e serviços Investimento em novas tecnologias Adoção e incentivo à inovação Percentual de empresas que assinalaram cada quesito; respostas múltiplas Fonte: pesquisa Panorama Empresarial (Deloitte, 2011) uma jornada diária de 12 horas, seguida de 14 dias de folga, o rendimento médio desses profissionais costuma ser exatamente o dobro dos valores pagos para os funcionários dos postos em terra firme. Temos atuado muito na motivação e na oferta de expectativa futura, com a criação de um banco de talentos que está à disposição de todas as regionais. Assim, se um profissional tem interesse em viver fora do Brasil, pode se habilitar ao processo seletivo, algo realmente motivador, relata. Até setembro, a empresa deve prestar serviços a dez plataformas na região das bacias de Campos e Santos. A atividade será executada via ESS, empresa global da Compass na prestação desses serviços. O faturamento anual da GRSA nesse segmento no Brasil deve saltar dos atuais R$ 20 milhões para cerca de R$ 60 milhões, até Para manter a qualidade, temos investido fortemente na formação das pessoas. São 15 módulos de treinamento, podendo ser executados no prazo de um ano, o que também estimula a permanência desse profissional, que se torna mais qualificado, explica. Para José Paulo, da Deloitte, é necessário que as empresas compreendam que as expectativas dos novos profissionais são mais imediatistas e que eles buscam ambientes de trabalho flexíveis e participativos. Se as organizações não entenderem as mudanças do mercado de trabalho, os desejos dos mais jovens e suas expectativas, não conseguirão retê-los, alerta. Novas estratégias e oportunidades A descentralização do crescimento brasileiro passa também a ser um fator considerado no desenho dos planos de negócios e continuidade de expansão das empresas. Um exemplo empresarial da descentralização econômica do País está na Região Norte. A Capital Construtora, de Manaus, com 30 anos de mercado, viu o seu faturamento saltar de R$ 91 milhões, em 2009, para R$ 178 milhões no final do ano passado. De acordo com o presidente da empresa, Pauderley Avelino, a meta é fechar o atual período na casa de R$ 240 milhões. A partir de 2012, projetamos um crescimento de 30% ao ano até 2015, considerando a expansão da economia brasileira a uma taxa média de 4% a 5% ao ano, estima o executivo. Mundo Corporativo nº 32 Abril-Junho

8 Pauderley Avelino, da Capital Construtora: investimentos em marketing, interação com clientes e parcerias estratégicas para crescer no médio prazo rádio, TV, jornal e internet, de tal forma que diariamente dois ou mais meios divulgam nossa marca ou nossos produtos, conta Avelino. Ao analisar o ciclo de expansão da Capital, é perceptível uma grande aderência do planejamento estratégico às práticas apontadas pelos executivos entrevistados pelo Panorama Empresarial. Por exemplo: a construtora investe maciçamente em marketing e comunicação como um dos elementos de sustentação do negócio. A pesquisa, por sua vez, identifica que 70% dos executivos entrevistados, em todo o País, pretendem expandir os investimentos nessa área no próximo ano. Temos uma estratégia de divulgação institucional constante na mídia, em diversos veículos, como Outra receita destacada pelo executivo, em linha com as sugestões captadas pela pesquisa, está na busca de maior interação com consumidores e clientes (75% dos entrevistados acreditam que essa estratégia é excelente ou boa), concentração no negócio principal (70% das respostas), maior interação com fornecedores (65%) e busca de novas parcerias e associações (61%). Em 2008, fizemos uma parceria com a Rossi Residencial, de São Paulo, que evoluiu de forma muito rápida e consistente em função da convergência de valores, visão estratégica e sinergia no relacionamento, resultando na criação da joint venture Capital Rossi no final de 2009, relata. Assim, houve diversificação e aumento significativo de novos produtos, pois aproveitamos a expertise de uma empresa nacional com o desenvolvimento de produtos eficientes e competitivos, em diversas faixas econômicas. Permitiu também um atalho organizacional enorme Setores em alta para 2015 Para os líderes empresariais, os setores que mais crescerão no Brasil, no médio prazo, estão ligados ao impulso necessário à infraestrutura, aos negócios do pré-sal e aos grandes eventos esportivos. Atividades com maior potencial para 2015 (%) Construção Petróleo e gás Petróleo e gás: uma das fontes propulsoras do País Turismo, hotelaria e lazer 28 Tecnologia da Informação e internet 25 Alimentos e bebidas 21 Energia elétrica e saneamento Mineração, metalurgia e produtos de metal Açúcar e álcool Atividades financeiras 10 Veículos, autopeças, máquinas 10 e equipamentos Percentual de empresas que assinalaram cada quesito; respostas múltiplas Fonte: pesquisa Panorama Empresarial (Deloitte, 2011) 8 Mundo Corporativo nº32 Abril-Junho 2011

9 Investimentos no curto prazo Fortalecer as iniciativas de marketing e RH é a prioridade do empresariado, evidenciando a importância das ações de relacionamento com o cliente e com o capital humano das empresas, respectivamente. Foco das empresas para o próximo ano (%) Marketing e comunicação 70 Recursos Humanos Ampliação da capacidade operacional Lançamento de novos produtos Novas tecnologias 61 Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) 50 Ações sociais e de meio ambiente Expansão geográfica Internacionalização 22 Aquisição de empresas 15 Outros 3 Percentual de empresas que assinalaram cada quesito; respostas múltiplas Fonte: pesquisa Panorama Empresarial (Deloitte, 2011) e que se traduz em governança em todos os níveis e segurança nos processos administrativos, adiciona o executivo, apresentando outros pontos de convergência com a pesquisa empresarial. Na visão de José Paulo, da Deloitte, é crescente a percepção empresarial de que parcerias e associações são alguns dos ingredientes da receita de sucesso. As empresas têm mantido foco no seu negócio, na sua área de excelência, e descobrem que a formação de redes gera competitividade e flexibilidade, se tornando mais fortes na disputa por mercados, analisa. Inovar é sempre preciso Também é relevante nos resultados da pesquisa o tema inovação, lembra José Paulo, da Deloitte, refletindo a atenção das empresas às demandas de mercado. O lançamento de novos produtos foi citado por 64% dos entrevistados como uma ação planejada para o próximo ano, e assinalado por 16% para Mais relevante é o impacto que a inovação já gera no caixa das empresas: segundo os entrevistados, a venda de novos produtos respondeu por 18,8% das receitas das empresas em 2009 e, no ano seguinte, atingiu 23,3%. Mais do que o número em si, é muito significativo verificar o crescimento da participação dos novos produtos no total das vendas, enfatiza. Essa também é uma das apostas da Capital, de acordo com Avelino. Aprovamos junto à Caixa Econômica Federal e ao Sistema Nacional de Aprovações Técnicas (Sinat) um método construtivo que utiliza formas de alumínio e concreto moldado in loco, que permite produtividade e redução de desperdício, impactando os custos finais, cita o presidente da construtora. Em resumo, inovar, potencializar o papel estratégico das pessoas nos negócios, ampliar a capacidade operacional e produtiva e investir em produtos reconhecidos e na exposição de mercado todos esses e outros destaques do Panorama Empresarial 2011 despontam como alicerces para o crescimento das organizações nos próximos anos. A maior parte dos empresários pretende seguir a receita à risca, certamente justificando a onda de expectativa otimista reservada ao País. Mundo Corporativo nº 32 Abril-Junho

10 O encaixe do A economia aquecida e o olhar do mundo expõem uma questão a ser solucionada pelo País: a falta de mão de obra técnica. Encontrar o talento certo para a lacuna aberta é o desafio, já sentido em setores prósperos. Enquanto isso, estrangeiros vêm preencher o déficit e aproveitar o ambiente de negócios. Por Eugênio Melloni Os ecos de prosperidade da economia brasileira agora são acompanhados bem de perto por executivos estrangeiros. Eles estão por aqui, cada vez mais, atuando em multinacionais ou em posições estratégicas em empresas de capital nacional. Grande parte deles imigrou para o Brasil para ocupar posições que exigem conhecimentos técnicos que o País, por algumas lacunas educacionais, ainda não consegue produzir em grande escala para atender à atual demanda positiva de negócios (para mais informações, leia Mundo Corporativo nº 30). Esse mesmo ciclo econômico gera otimismo e encoraja a vinda de expatriados para consolidar oportunidades em uma economia que deixa de ser apenas emergente e passa a apresentar um cenário mais sólido e estável. Em 2010, 56 mil profissionais de diversas partes do mundo foram autorizados a atuar no mercado de trabalho brasileiro. Comparado com o período anterior, o volume de ingresso representa 30,5% a mais e, no acumulado comparativo com 2006, a diferença salta para 120%. Os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) também mostram que, do universo dos trabalhadores que passaram a adotar o Brasil como sede operacional, 31 mil aproximadamente 56% das emissões de autorização do ano passado possuem curso superior completo ou habilitação legal equivalente. Os profissionais que estão chegando ao Brasil atuam principalmente nas áreas em que são necessários conhecimentos relacionados a novas tecnologias, como, por exemplo, engenharia fina, biotecnologia e geologia, explica Vicente Picarelli Filho, sócio-líder da linha de serviços de Consultoria em Gestão de Capital Humano da Deloitte. Os dados do MTE e a visão do sócio da Deloitte apontam para um problema que já está na pauta das organizações e do empresariado nacional. A pesquisa Panorama Empresarial 2011 (veja a matéria que abre esta edição) aponta a retenção e o desenvolvimento de talentos (60%) como o principal desafio das empresas neste ano e a estratégia prioritária para elas próprias até E isso, de fato, já acontece. A Petrobras, por exemplo, investe anualmente um valor aproximado de US$ 150 milhões em treinamentos, conforme dados públicos presentes no relatório Brazil Unbound: How Investors See Brazil and Brazil Sees the World ( Como os Investidores Veem o Brasil e Como o Brasil Vê o Mundo ), organizado pelo banco HSBC em parceria com a Economist Intelligence Unit (EIU). O momento econômico e até a preocupação do empresariado nacional sinalizam a oportunidade para uma mudança na política educacional que contribua para o País conquistar os olhos do mundo também por seus avanços técnicos e científicos. O próprio Picarelli, da Deloitte, resume o momento que cria a demanda crescente por profissionais estrangeiros com perfil técnico no País: somos autossuficentes 10 Mundo Corporativo nº32 Abril-Junho 2011

11 talento técnico Mundo Corporativo nº 32 Abril-Junho

12 5,8 48,5 15,7 em gestão. E os exemplos são os executivos brasileiros que passaram a liderar conglomerados globais, como Carlos Brito, à frente da ABInbev, maior cervejaria do mundo, e Bernando Hees, CEO mundial da rede de fast food Burger King. Números convidativos (US$ bi) O Brasil desponta como o principal alvo de investimentos na América Latina por empresas estrangeiras (IED). Um cenário que atrai executivos de outros países a estabelecer bases por aqui. 9,4 1,5 Argentina Brasil Chile Colômbia Costa Rica Equador México Peru Venezuela Fonte: Research Deloitte (a partir de dados da Economist Intelligence Unit) 0,4 17,7 7,1 1,4 Para o professor Cláudio Salvadori Dedecca, do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), a falta de mão de obra qualificada no País é um dos fatores que elevam o fluxo imigratório. Ele cita a atividade de extração de petróleo coincidentemente um setor no qual o Brasil é reconhecido pela sua capacidade e por avanços na prospecção em alto mar, que necessita de profissionais para a execução de serviços que ainda não são encontrados conforme a atual, e muito provável futura, demanda aquecida do setor e das diversas empresas que atuam na cadeia. A mesma visão é compartilhada pelo engenheiro peruano Jose Antonio Oga, que, há quatro anos, atua na operação da Schlumberger, fornecedora de tecnologia e projetos para a indústria de petróleo e gás, no Rio de Janeiro. Há evidências claras da baixa oferta no País de profissionais qualificados para o setor, sinaliza. Oga destaca os campos da geociência, petrofísica e engenharia de petróleo como os mais afetados. O déficit... 94% das empresas afirmam ter dificuldade para encontrar profissionais com perfil técnico 1...e o fluxo 56 mil profissionais estrangeiros foram autorizados a trabalhar no Brasil em ,5% é o aumento comparado com Fontes: 1 Pesquisa Falta de Trabalhador Qualificado na Indústria (Confederação Nacional da Indústria CNI, 2011) 2 Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) Claudio Dedecca, da Unicamp: falta de mão de obra qualificada no País eleva o fluxo imigratório 12 Mundo Corporativo nº32 Abril-Junho 2011

13 No estudo Falta de Trabalhador Qualificado na Indústria, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado em abril, 69% de empresas consultadas afirmam enfrentar dificuldades para preencher seus quadros. As empresas estão sentindo o que os cursos de capacitação já tinham detectado, que é a baixa qualidade da educação básica, classifica Renato da Fonseca, gerente-executivo de Pesquisas da CNI. A sondagem, que contou com a participação de pequenas e médias (84%) e grandes empresas (14%), aponta que o problema atinge da produção às vendas, passando por pesquisa e desenvolvimento (P&D) e pela gerência da organização. Porém, na produção, a falta de engenheiros, técnicos e operadores preocupa praticamente todos os participantes. A dificuldade de encontrar técnicos é assinalada por 94% dos participantes e a de operadores, por 82%. Transferência cultural e tecnológica Dedecca, da Unicamp, aponta que uma parcela do fluxo de vinda de profissionais estrangeiros, que pode tornar-se predominante em alguns anos, se deve à necessidade de empresas multinacionais que estão se instalando no Brasil de transferir conhecimentos e a sua cultura para a nova unidade. Muitas vezes, esses executivos, depois que cuidam da implantação de uma unidade por aqui, voltam para os seus países, sendo substituídos por profissionais brasileiros, diz o professor. Os profissionais que estão chegando ao Brasil atuam principalmente nas áreas em que são necessários conhecimentos relacionados a novas tecnologias, como, por exemplo, engenharia fina, biotecnologia e geologia. Vicente Picarelli Filho, sócio-líder da linha de serviços de Consultoria em Gestão de Capital Humano da Deloitte Para Picarelli, da Deloitte, as empresas precisam preparar-se para que o conhecimento, ainda não tão disseminado no Brasil, que é trazido pelos profissionais estrangeiros seja absorvido pela organização. Muitas empresas se preparam para que ocorra esse compartilhamento. Outras não têm conhecimento de que isso deva ser feito, destaca. Nesses casos, muitas vezes, o profissional estrangeiro vem para o Brasil e volta para o seu país de origem sem que a sua expertise tenha sido dividida com os seus colegas brasileiros. O acesso ao conhecimento técnico e até mesmo a transferência de tecnologia com outros países são pontos que o governo brasileiro tem procurado Mundo Corporativo nº 32 Abril-Junho

14 Javier Verdous, do Santander: crescimento econômico do Brasil contribuiu para a transferência do executivo priorizar. A segunda questão, por exemplo, é uma das principais exigências colocadas em pauta aos possíveis fornecedores norte-americanos, suecos ou franceses no processo de compra dos 36 novos caças da Força Aérea Brasileira (FAB). Em março, durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil, os dois países assinaram um memorando para o Programa Diálogos Estratégicos, a fim de ampliar o acesso de alunos brasileiros aos programas de intercâmbio em universidades norte-americanas e fortalecer pesquisas desenvolvidas por aqui. Expatriação como oportunidade Depois de 11 anos passando por todos os cargos das agências bancárias da operação argentina do Banco Santander, de caixa a gerente-geral, Javier Garcia Verdous aceitou a transferência para o Brasil, onde, nos últimos dois anos, passou a atuar como gerente da área de Qualidade no Atendimento do Varejo. Vim para cá em um momento muito positivo, de grande crescimento econômico, pontua. O Investimento Estrangeiro Direto (IED) nos países da América Latina colabora para a visão otimista. Dentro da região, a economia brasileira desponta nos números consolidados ao final de 2010 (ver gráfico na página 12). Isso proporciona oportunidades que eu não teria se tivesse continuado na Argentina, diz animadamente o expatriado Verdous. O engenheiro peruano Oga, da Schlumberger, menciona as estabilidades política e econômica, que refletem o baixo grau de risco do Brasil, como atrativos. Para ele, a competitividade gerada pela escassez de profissionais técnicos em algumas indústrias tem impactado positivamente os pacotes de benefícios oferecidos pelas empresas que aqui operam. A adaptação desses profissionais ao Brasil é um capítulo à parte nesse processo. Para que ocorra um acolhimento bem-sucedido desses profissionais o que necessariamente envolve também aspectos da vida pessoal, é preciso planejamento, recomenda Picarelli, da Deloitte. Vários pontos envolvendo a vinda dos profissionais estrangeiros devem ser definidos com antecedência e de forma bem clara: o papel que ele terá na empresa no país de destino, o seu reconhecimento e a remuneração e a acomodação de seus familiares. O risco de algo dar errado, em relação ao que foi combinado, é que ocorra uma desmotivação muito grande, o que pode comprometer a atuação desse profissional e até mesmo fazer com que ele deixe o país antes da hora, diz Picarelli. As empresas estão sentindo o que os cursos de capacitação já tinham detectado, que é a baixa qualidade da educação básica. Renato da Fonseca, gerente-executivo de Pesquisas da CNI 14 Mundo Corporativo nº32 Abril-Junho 2011

15 Trâmites bem executados Em momentos em que o mercado de trabalho se encontra mais aberto para a vinda de trabalhadores estrangeiros, normalmente surgem barreiras visando à proteção de empregos para a mão de obra nacional. Se fosse danoso para o País, esse processo já teria sido brecado, diz Douglas Lizarelli Nogueira, sócio da área de Global Employer Services (GES) da Deloitte, que apoia empresas e executivos do exterior no cumprimento de obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias vigentes no Brasil. Ele destaca que, nos anos 2000, houve um aumento das dificuldades para a entrada dos profissionais estrangeiros no País. Até os anos 90, o processo era moroso, mas o cumprimento das exigências era fácil. Essa situação mudou, existindo hoje maior flexibilidade, diz. Segundo o MTE, em 2010, foram indeferidos os pedidos de transferência de profissionais estrangeiros, dos quais apenas 10% por indícios de substituição de mão de obra local. Nogueira destaca, no entanto, que ainda é grande a morosidade na expedição da documentação necessária para o estrangeiro atuar no Brasil. Há casos em que o profissional recebe o protocolo do Registro Nacional de Estrangeiros (RNE) e volta para o seu país, dois anos depois, sem ter recebido o documento. Para ele, é importante para as empresas conduzirem o processo de imigração de forma bem elaborada e respondendo às principais perguntas dos agentes públicos envolvidos no desenrolar de obrigações para a vinda do profissional estrangeiro. Outro ponto levantado pelo sócio da área de GES da Deloitte é que, atualmente, o fluxo de estrangeiros para o Brasil tem a mesma densidade que o movimento de profissionais brasileiros que vão trabalhar no exterior, o que também contribui para as lacunas de mão de obra capacitada no País. As empresas normalmente seguram o profissional brasileiro. Eles estão acostumados a trabalhar com restrições de recursos; quando têm mais à sua disposição, como ocorre em algumas Da educação básica à escolha do curso superior O País ainda conta com diversas lacunas a serem preenchidas nos seus três principais níveis de educação: os ensinos fundamental, médio e superior. Porém, é na conclusão da universidade que é possível apontar um dos fatores cruciais à falta de mão de obra técnica no País para atender às necessidades do momento de expansão. Em 2009, menos de 400 futuros profissionais ou já inseridos no mercado de trabalho graduaram-se em cursos superiores, com destaque para a produção naval ou aeronáutica. Em grandes campos da engenharia, como civil e construção, eletrônica e automação e mecânica, o desempenho no mesmo período não passou de 35 mil formados. Marcos Formiga, assessor da diretoria da CNI, afirma que a evasão nos cursos de engenharia é superior a 50%. Para ele, um dos principais problemas é a distância entre os currículos dos cursos e a solução de problemas requerida pela realidade do mercado. O estudo Potenciais Gargalos e Prováveis Caminhos de Ajustes da Engenharia no Brasil, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), aponta que, se a economia brasileira crescer mais de 4,5% ao ano, a oferta de engenheiros no mercado de trabalho não será situações no exterior, fica mais fácil para eles obterem um bom desempenho, diz Nogueira. São sinais de outra face da globalização que agora abrange definitivamente o Brasil: a do fluxo de talentos. suficiente para atender à demanda da indústria, da agroindústria, do comércio e das áreas de tecnologia até Com o crescimento nesta faixa ou superior ao longo da década, teremos de ajustar a capacidade de oferta. Também será necessário melhorar a qualidade desses profissionais, aponta Divonzir Gusso, técnico do IPEA. Até o final de abril, a CNI e o Comitê de Engenharia da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (CAPES) entregariam ao governo o Plano Nacional de Engenharia, com o objetivo de aumentar a oferta desses profissionais no mercado. Técnicos em falta 55 mil é o número aproximado de graduados nos principais campos da engenharia, produção e construção em 2009 Marcos Formiga, da CNI: grande evasão de alunos de engenharia pode estar na distância entre os currículos dos cursos e a realidade do mercado Mundo Corporativo nº 32 Abril-Junho

16 Salto à No século 21, a participação decisiva das mulheres no desenvolvimento de países e empresas é uma realidade. Líderes do sexo feminino garantem pluralidade e potencializam resultados nas organizações. Apesar dos avanços, ainda há muito espaço a ser conquistado. A presença das mulheres no mercado formal de trabalho da era pós-revolução Industrial remonta a bem mais de um século. O avanço delas na ocupação de postos estratégicos nas empresas também já acumula algumas décadas pelo menos, nas economias mais maduras. O que pode ser considerada uma novidade, de fato, é a constatação de que a integração plena das mulheres ao mercado de trabalho já é responsável hoje, direta ou indiretamente, por fatores como melhora nos negócios, aumento nas vendas e expansão de mercado. Essa conclusão, que reflete percepções presentes em grande parte das sociedades, integra o estudo The Gender Dividend: Making the Business Case for Investing in Women ( O Dividendo dos Gêneros: a Construção de um Plano de Negócio para Investir nas Mulheres ), produzido pela Deloitte ao longo do primeiro trimestre de Mundo Corporativo nº32 Abril-Junho 2011

17 diversidade A análise traz alguns dados que comprovam a tese de que a participação das mulheres em atividades econômicas estimula o crescimento. Como exemplo, nas companhias europeias que contam com a presença feminina na direção ou no conselho de administração houve, em determinado período avaliado, um retorno superior a 10% sobre o capital, se comparadas com aquelas com a menor porcentagem de mulheres na liderança. O motivo é explicado pelo professor de Teoria de Sistemas Complexos na Universidade de Michigan, Scott Page, citado no estudo: quando se trata de resolver problemas complexos ou de trazer inovação à empresa, um grupo heterogêneo sempre apresenta um desempenho melhor do que um homogêneo. A diversidade no ambiente de trabalho melhora os processos de tomada de decisão, pois oferece pontos de vista diferenciados sobre um mesmo tema, confirma Elaine Saad, CEO da Right Management, empresa especializada em recursos humanos, que esteve no Brasil, em abril, para participar de uma série de encontros com executivas da Financial Women s Association, a FWA (veja box na pág. 19). Se há uma diferença entre homens e mulheres na liderança é que elas contribuem com um lado mais flexível e têm um maior nível de tolerância. Vivo situações que seriam mais duras e mais disputadas, e nas quais a solução viria de forma mais difícil se as pessoas na mesa fossem todas do sexo masculino, comenta Cristiane Pedote, Chief Administration Officer (CAO) do Banco Barclays Capital. Mundo Corporativo nº 32 Abril-Junho

18 Cristiane Pedote, do Barclays Capital: igualdade de gêneros à mesa de negociação facilita a solução Flexibilidade e tolerância podem ser úteis em momentos de negociação e até de disputa. Outra vantagem para as empresas, de acordo com Márcia Ogawa Matsubayashi, sócia da área de Consultoria Empresarial da Deloitte, presente nos encontros da FWA no Brasil, é que as mulheres se dedicam mais e são mais fiéis às organizações. Matsubayashi acredita que o mercado já percebeu isso e as empresas estão se esforçando para atraí-las e retê-las. Este, no entanto, não é o único motivo dos esforços da área de Recursos Humanos em relação a suas profissionais do sexo feminino. Enquanto a população tende a diminuir e a necessidade de mão de obra a aumentar, as trabalhadoras e os trabalhadores disponíveis vão envelhecer e se aposentar. Esses fatores somados obrigarão diversas economias do mundo a investir em talentos, independentemente do sexo. No Brasil, por exemplo, 40% da população economicamente ativa é composta por mulheres e a previsão é que esse número suba nos próximos anos. Um dos indícios vem do Instituto Brasileiro As mulheres se dedicam mais e são mais fiéis às organizações. O mercado já percebeu e as empresas estão se esforçando para atraí-las e retê-las. Márcia Ogawa Matsubayashi, sócia da área de Consultoria Empresarial da Deloitte de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra que as mulheres estão mais qualificadas. Em 2009, das mais de 1 milhão de mulheres fora do mercado de trabalho e à procura de uma oportunidade, 8,1% tinham nível superior. Seis anos antes, esse volume era de apenas 5%. O Censo de Educação Superior, realizado pelo Ministério da Educação em parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), divulgado no último ano, também reforça essa tese. Nos cursos de graduação presenciais, as mulheres representam 55% dos alunos matriculados e 58% dos concluintes. No ensino à distância, esses números são de 69% e 76%, respectivamente. Situação bem diferente de 1946, quando a escritora Lygia Fagundes Telles foi uma das poucas mulheres a receber o diploma de graduação em Direito da Faculdade São Francisco. As moças iam estudar para arrumar marido, costuma dizer a escritora em suas entrevistas. Também na política A falta de líderes do sexo feminino não está restrita ao mundo corporativo. A política também conta com poucas mulheres em posição de destaque. Dos membros das Nações Unidas, apenas 8% têm mulheres chefes de Estado. Dilma Rousseff é uma das líderes que fazem parte dessa estatística. Apesar de ser um número relativamente baixo, é inegável que, nas últimas décadas, houve um aumento 18 Mundo Corporativo nº32 Abril-Junho 2011

19 FWA, o clube das mulheres decisoras Ainda há um caminho a ser percorrido para que as mulheres alcancem mais posições de liderança. Na Europa, 45% da força de trabalho é composta por mulheres, mas apenas 11% dos executivos são do sexo feminino. Entre empresas multinacionais, apenas 3% possuem CEOs mulheres. Com o intuito de conectar as executivas do mercado financeiro global, oito mulheres de Wall Street fundaram, em 1956, a Financial Women s Association (FWA). Em uma época em que Wall Street contava com apenas oito mulheres, elas não conseguiram entrar no clube masculino e decidiram criar sua própria associação, brinca Lily Klebanoff Blake, vice-presidente da iniciativa e presidente da Klebanoff International. Atualmente, uma das principais funções da associação é promover networking entre profissionais de diversas empresas, para discussões em um ambiente neutro sobre questões que envolvem seus trabalhos. Também tenho a possibilidade de mostrar ao meu superior habilidades que não teria a oportunidade de utilizar na minha empresa, como liderança e capacidade de engajamento, diz Karen Elinski, uma das líderes do Comitê de Conferências Internacionais da FWA. No início de abril, Karen, Lily e outras representantes da FWA estiveram no Brasil para participar de alguns eventos que discutiram os papéis da mulher como profissional, líder e consumidora. Diversas executivas brasileiras estiveram presentes nos debates. Entre outras questões, elas discutiram sobre o fato de, por vezes, as próprias mulheres terem preconceito contra líderes do sexo feminino. Foi dessa maneira que elas aprenderam. Muitas delas ouviram a vida inteira que as mulheres não eram capazes de dirigir uma empresa, de assumir um posto de destaque, justifica Simone McKeever, diretora do Banco BNP Paribas e uma das líderes da FWA. A executiva acredita que isso está mudando. Susan Ganz, líder da Financial Women s Association, em evento que contou com executivas da entidade no Brasil, organizado pela Deloitte Nos cursos superiores A presença feminina nas universidades brasileiras acompanha a tendência global. O estudo The Gender Dividend aponta números próximos aos do levantamento nacional do INEP. Mulheres matriculadas em cursos de graduação (%) Estados Unidos 58 Canadá 61 Reino Unido 58 Austrália 49 Brasil China Rússia 47 Emirados Árabes 65 Malena Martelli, da Siemens: atribuições para homens e mulheres mais parecidas dentro das organizações Fonte: pesquisa A Batalha pelos Talentos Femininos nos Mercados Emergentes, 2009 (presente no estudo The Gender Dividend ) Mundo Corporativo nº 32 Abril-Junho

20 Elaine Saad, da Right Management: a diversidade melhora os processos de decisão considerável da participação das mulheres na política local e mundial. Mesmo assim, há um bom caminho a ser trilhado. Dos 37 ministros do atual governo brasileiro, 9 são mulheres. No Congresso, há 11 senadoras para 81 postos e, na Câmara Federal, 43 deputadas em um total de 513 parlamentares, uma redução na representação feminina em 2006, 47 mulheres foram eleitas. O mercado de consumo já é delas Elas não estão só estudando e ocupando cada vez mais posições de liderança no mercado de trabalho também estão comprando muito. Nos Estados Unidos, elas controlam aproximadamente US$ 5 trilhões de gastos totais dos consumidores. Já não são mais um nicho de mercado, mas o próprio mercado, pois respondem, direta ou indiretamente, por 80% das decisões de compra da casa. E ainda são responsáveis pela aquisição de cerca de 50% de bens, como carros e computadores. Nos países em desenvolvimento, o consumo das mulheres está crescendo ainda mais. A renda gerada pelo trabalho delas cresceu a uma taxa de 8,1%, comparada à taxa de 5,8% para os homens. O poder delas no mercado Em trilhões de US$ Fontes: 1 The Female Economy (Michael Silverstein e Kate Sayre) 2 Economist Intelligence Unit (EIU) Na Arábia Saudita, as mulheres possuem cerca de 40% da riqueza proveniente das empresas privadas. Nesse contexto, ter mulheres no ambiente de trabalho facilita a compreensão da empresa sobre as escolhas de suas consumidoras. Isso cria um ciclo virtuoso em que o interno reforça o externo, e vice-versa, conclui o estudo da Deloitte Rendimento das mulheres mundo 1 PIB da China1 PIB do Brasil 2 4,4 6,6 1,5 2,6 O fato é que elas já ocupam um grande espaço no mercado de trabalho. O que falta, na opinião de Clarissa Karkow Gaiatto, diretora de Marketing da Visa, são mulheres assumindo altos cargos nas organizações. Qualidade no lugar de quantidade. Existem muitas mulheres nas empresas, mas ainda são poucas as que estão em papéis de liderança, analisa. Para Elaine Saad, da Right Management, os cargos de liderança exigem abrir mão de uma série de atividades em outras esferas. Aos homens, é quase natural colocar a carreira na frente da vida pessoal e familiar. A mulher coloca na balança, principalmente, quando é para atuar em cargos e segmentos tidos como competitivos, complementa Cristiane Pedote, do Banco Barclays Capital. Nos processos seletivos, Na América Latina, o fato de as mulheres estarem mais presentes no mercado de trabalho ajuda a reduzir a taxa de pobreza das famílias em 14 pontos percentuais. The Gender Dividend: Making the Business Case for Investing in Women (Deloitte 2011) 20 Mundo Corporativo nº32 Abril-Junho 2011

21 ainda há menos mulheres se candidatando do que homens, elas acabam optando por outras carreiras, afirma a executiva do setor financeiro. Segundo suas estimativas, é uma mulher para cada cinco homens. Desafios equivalentes À medida que as mulheres adentram o mercado de trabalho, os demais membros da família ganham outros papéis inclusive o homem, que precisa olhar mais para dentro de casa e para a educação dos filhos. Homens e mulheres têm desafios mais parecidos, ou seja, compatibilizar trabalho, família e vida pessoal, assinala Yolanda Leite, vice-presidente da área Jurídica da Whirpool, fabricante de eletrodomésticos. Clarissa Gaiatto, da Visa: o equilíbrio entre homens e mulheres acontece numericamente; é preciso ampliar os papéis de lideranças femininas Dentro das organizações, as atribuições também estão mais parecidas. Precisamos cumprir a missão da empresa, os objetivos do negócio e garantir que as estratégias sejam bem implementadas, comenta Malena Martelli, vice-presidente de RH da Siemens Enterprise Corporations. A dificuldade em contar com o apoio nas atividades da casa e no cuidado com os filhos inviabiliza que muitas mulheres se dediquem às carreiras na medida necessária para alcançar postos de liderança. Por vezes, impossibilita até mesmo que elas exerçam trabalhos fora de casa. O que é um problema para as estratégias de governo. O estudo da Deloitte menciona que, na América Latina, o fato de as mulheres estarem no mercado de trabalho ajudou a reduzir a taxa de pobreza das famílias de 40%, em 2007, para 26% ao longo de Yolanda Leite, da Whirpool: compatibilizar trabalho, família e vida pessoal agora é um desafio para homens e mulheres Nesse sentido, a flexibilização do modelo de trabalho e a possibilidade de operar em home office, que algumas empresas já estão promovendo e que tende a se estender, vai beneficiar pais e mães que querem ficar perto da família sem abrir mão da carreira, de acordo com Elaine Saad, da Right Management. Pode ser mais um passo importante para o tão esperado equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Um desejo que certamente não é exclusivo das mulheres. Mundo Corporativo nº 32 Abril-Junho

22 Com bons exemplos no Brasil, muitos projetos de governo eletrônico já voam em velocidade de cruzeiro, impulsionando a interação entre a sociedade e os serviços públicos. Porém, para os próximos programas decolarem de vez, a universalização da banda larga aparece como um dos grandes desafios. Por Ethevaldo Siqueira E-gov na 22 Mundo Corporativo nº32 Abril-Junho 2011

23 Para traçar um panorama no Brasil do chamado e-gov (o Governo Eletrônico do inglês Electronic Government), é essencial que partamos do conceito bem claro do que são os serviços. Uma das modernas finalidades dos sistemas de telecomunicações e de seus instrumentos é democratizar o acesso a todos os serviços públicos que possam ser prestados ao cidadão. Com o desenvolvimento cada dia mais avançado das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), os governos passam a dispor de ferramentas poderosas e eficientes, a partir de redes fixas e móveis, para prestar o máximo de serviços e levar as informações essenciais ao cotidiano econômico e social, de forma rápida, confortável e menos onerosa. No conceito de e-gov, são abrigados numerosos avanços, como a racionalização dos meios, da infraestrutura, da operação, do treinamento e da permanente atualização de uma rede bidirecional e única para atender aos três poderes da esfera governamental (Executivo, Legislativo e Judiciário). Os cidadãos terão acesso a essa rede, principalmente, via internet. Mas deverão utilizar de forma crescente os dispositivos móveis, em especial, com a disseminação acelerada dos smartphones, tablets e outros dispositivos portáteis. A democratização desses serviços pode revolucionar a vida das pessoas e das empresas, possibilitando o agendamento de uma simples consulta médica via internet ou pelo celular, bem como o acesso a dados do imposto de renda, o pagamento de tributos, a obtenção de certidões e documentos oficiais e até a expedição rápida de guias de exportação. A fiscalização da rotina dos gastos públicos ou da gestão do orçamento da República também ganha mais eficiência e amplia a capacidade de monitoramento da sociedade. À medida que a tecnologia evolui, os serviços de e-gov podem proporcionar os mais sofisticados serviços de telemedicina, teleducação ou teletrabalho. Avanços e deficiências Embora ainda esteja prestes a decolar na prestação de serviços de e-gov, o Brasil já oferece à sua população alguns exemplos muito positivos que devem ser ressaltados e até servir de base para as futuras iniciativas. As eleições informatizadas, com os mais de 100 milhões de votos no segundo turno da última eleição, e o apoio ao cidadão, por meio de serviços como o Governo Eletrônico e Apoio ao Cidadão (GESAC), em âmbito federal, e o Poupatempo, no Estado de São Paulo, demonstram, respectivamente, a rapidez na apuração, em um prazo de cinco horas e na emissão de documentos e de certidões a partir do auxílio de modernas redes de telecomunicações e Tecnologia da Informação (TI). Ethevaldo Siqueira é jornalista, escritor e consultor especializado em telecomunicações, colunista do jornal O Estado de S.Paulo e comentarista da Rádio CBN. pista Mundo Corporativo nº 32 Abril-Junho

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