Forças Armadas da América Latina participam da sexta edição dos Jogos Mundiais Militares

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1 Forças Armadas da América Latina participam da sexta edição dos Jogos Mundiais Militares Centenas de atletas das Forças Armadas de países latino-americanos participam da sexta edição dos Jogos Mundiais Militares na Coreia do Sul. Adriana Maximiliano 7 outubro 2015 O Coronel Aviador Júlio Almeida, da Força Aérea Brasileira, é uma das promessas do Brasil nos Jogos Mundiais Militares da Coreia do Sul. [Foto: Bruno Batista/Agência Força Aérea] Centenas de atletas das Forças Armadas da América Latina participam da sexta edição dos Jogos Mundiais Militares, um evento de 14 dias que teve início em 2 de outubro na Coreia do Sul.

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3 Aos 33 anos, o Capitão do Exército Daniel Alejandro Hernandes Ortiz é um dos 25 atletas que a Colômbia envia aos Jogos Mundiais Militares de [Photo: Federación Deportiva Militar de Colombia] Apesar de serem relativamente novos a primeira edição ocorreu em 1995, na Itália, os Jogos Mundiais Militares já são considerados a terceira maior competição esportiva do mundo, atrás apenas dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo, e conta com atletas de mais de 100 países. A América Latina está bem representada, e o Brasil tem a maior delegação: 286 atletas em 24 modalidades. O Brasil sempre foi um participante importante no torneio; sediou a última edição dos jogos no Rio de Janeiro em 2011, quando ganhou 114 medalhas e quebrou a hegemonia da Rússia, líder do quadro geral de madalhas em 1995, 1999, 2003 e Temos boas perspectivas. Apesar dos adversários serem bem fortes, e temos que respeitá-los por isso, prevemos ficar entre as cinco nações no ranking de medalhas, disse o chefe da delegação brasileira, Brigadeiro Carlos Augusto Amaral, durante um chat online aberto ao público, em 4 de setembro. Para isso estamos prontos. Os quatro atletas a seguir são alguns do srepresentantes da região no torneio deste ano: Brasil: Coronel Júlio Antonio de Souza e Almeida Modalidade: Fogo Central e Pistola Rápido Militar O Coronel Aviador Júlio Almeida, da Força Aérea Brasileira, de 46 anos, é um atleta veterano. Foi medalha de ouro na modalidade pistola livre nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, em julho deste ano, e em pistola militar por equipe nos Jogos Mundiais Militares de 2011, no Rio. Na Coreia, nosso objetivo é conseguir trazer pelo menos uma medalha individual e ficar entre os três primeiros por equipe nas provas que disputaremos, diz o Cel Almeida, que atualmente serve na Comissão de Desportos da Aeronáutica, no Rio. Coreia do Sul, China, Turquia, Rússia e Ucrânia são os favoritos. Os países asiáticos saem na frente também por causa da adaptação ao fuso horário. De qualquer forma, é sempre uma honra e um privilégio interagir com os maiores atiradores do mundo e representar meu país. Colômbia: Capitão Daniel Alejandro Hernandes Ortiz Modalidade: Pistola Rápida Militar e Fogo Central Aos 33 anos, o Capitão do Exército Daniel Alejandro Hernandes Ortiz tem 15 anos nas Forças Armadas e oito no esporte. Ele é um dos 25 atletas que a Colômbia vai enviar aos Jogos Mundiais Militares e o único representante no tiro. Sou campeão nacional por equipe em Pistola Rápida Militar. Na Coreia, meu objetivo é buscar uma boa posição e, quem sabe, ganhar uma medalha, diz o capitão, que atualmente é coordenador da Liga de Tiro das Forças Armadas colombianas. Ele conta que representar o país nos Jogos Mundiais Militares é uma honra para poucos. Só quem tem talento e se sobressai consegue este feito. Estou feliz porque o Comando Superior das Forças Armadas me me deu a oportunidade de ser um atleta-militar. Quero conhecer outras culturas e participar desse momento único de intercâmbio.

4 Chile: Major do Exército Javier Tisi Yávar O Major do Exército Chileno Javier Tisi Yávar, 37, que ocupa a terceira posição entre os melhores triatletas das Forças Armadas de seu país, compete nos Jogos Mundiais Militares de 2015 na Coreia do Sul. [Foto: Javier Tisi Yávar] Modalidade: Triatlo O Major do Exército Javier Tisi Yávar, 37, obteve um dos seis melhores resultados em uma prova com 50 atletas chilenos de triatlo que inclui natação, ciclismo e corrida para se classificar aos Jogos Mundiais Militares. É um esporte supercompleto, e me fascina o nível exigente da competição das provas que engloba, afirma. Atualmente no terceiro posto do ranking nacional dos melhores triatletas das Forças Armadas, ele foi o melhor chileno da modalidade nos Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro, quatro anos atrás. O Maj Tisi pratica o triatlo há 20 anos; é o atleta mais veterano a representar o Exército. Esta será sua terceira participação nos Jogos Mundiais Militares, após competir em 2011 no Rio e 2003 na Itália. Ele concluiu em menos de cinco horas sua primeira prova do Iron Man 70.3 de Pucón, em 2007, antes de ser campeão nacional de sua categoria em 2010 e 2011 nesse evento anual realizado no sul do Chile. Hoje, é diretor comercial do Hospital Militar de Santiago, trabalho que deve compatibilizar com sua rotina de treinos diários: para a competição de 2015, a Confederação Esportiva da Defesa Nacional elaborou um rigoroso plano de treinamento e contratou um treinador com dedicação exclusiva para preparar os triatletas. Temos avaliado o nível de nossos competidores na Coreia, e será uma prova muito dura. Ao contrário da gente, a grande maioria dos países oferece programas de alto rendimento para seus atletas, algo que nosso país não tem. No entanto, estou confiante em nosso trabalho de preparação e quero fazer o melhor

5 possível. Espero ficar entre os melhores da América do Sul e dentro dos 50 melhores na prova. Argentina: Capitão Tenente Diego Alexis Puchetta Modalidade: Vela Aos 37 anos, o Cap Ten Puchetta é chefe da Divisão de Alimentação da Direção de Abastecimento da Marinha Argentina e destaque da equipe de vela. Em 2008, foi subcampeão sul-americano na regata IMS 500 e, em 2005, foi fita azul na regata Rolex Buenos Aires-Punta del Este, quando obteve o recorde histórico em tempo real no percurso. Ainda em 2005, foi cinta azul da Regata Buenos Aires-Rio de Janeiro. Os Jogos Mundiais da Coreia são um torneio de alto rendimento, diz o Cap Ten Puchetta, que integra a delegação de 19 atletas argentinos. Sabemos que competimos contra Marinhas que contratam atletas de elite para chegar ao pódio. Temos uma atitude de muito respeito pelos adversários porque competimos contra países que são campeões mundiais dos últimos Jogos. O Brasil tem uma equipe de elite, assim como os croatas, espanhóis e italianos. Mas acho que estamos à altura e vamos dar o melhor. A equipe de vela argentina conta com oficiais que aprenderam a navegar na Escola Militar da Marinha, motivados pelo desejo de ganhar e pelos valores da instituição. É o caso das Segundas Tenentes Judit Alejandra Cardozo e Victoria Neme Vélez, que também têm grandes expectativas para os Jogos. O objetivo é conseguir que a Argentina seja bem representada, diz a 2ª Ten Cardozo, que é ajudante do Chefe de Máquinas na Marinha Argentina. Além dos bons resultados, queremos deixar uma boa impressão. A 2ª Ten Vélez, que começou a carreira náutica aos 13 anos no Liceu Naval Almirante Brown, em Buenos Aires, sabe que o Brasil é o favorito, mas está concentrada no objetivo de ganhar. Vou me esforçar ao máximo poder competir à altura das circunstâncias. Competiremos com uma equipe unida, com a confiança e o companheirismo que nos caracteriza. Os atletas militares argentinos também competirão em pentatlo militar, orientação, esgrima, pentatlo moderno e paraquedismo modalidade em que competirá o Subtenente de Infantaria da Marinha Juan Carlos Pérez, um paraquedista altamente considerado. * Carolina Contreras colaborou com esta reportagem de Santiago, Chile; e Eduardo Szklarz, de Buenos Aires, Argentina. Copyright 2017 Diálogo Americas. All Rights Reserved.