EVOLUÇÃO DO EMPREGO DA CONSTRUÇÃO PESADA. Base dados: Maio 2017 (RAIS/CAGED), 1º Trimestre 2017 (PNAD Contínua) Atualizados em: 20/06/2017
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- Zilda Mirandela Andrade
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1 EVOLUÇÃO DO EMPREGO DA CONSTRUÇÃO PESADA Base dados: Maio 2017 (RAIS/CAGED), 1º Trimestre 2017 (PNAD Contínua) Atualizados em: 20/06/2017
2 Sumário Executivo Emprego da Construção Emprego na construção continua em queda, apesar da recuperação do mercado de trabalho Houve criação de 34,3 mil vagas em maio de 2017 Setor de Construção apresentou saldo negativo de 4,5 mil empregos. Construção Pesada criou 3,1 mil empregos, enquanto Construção Civil teve saldo negativo de 7,6 mil empregos Emprego formal no Brasil recuou 5,2% entre mai/2015 e mai/2017 Recuo¹ de 26,4% na construção pesada e de 25,1% na civil Construção pesada corresponde a 1,5% da mão de obra e explica 9,5% da queda do emprego formal no Brasil acumulada desde mai/15 Queda do emprego formal não está sendo compensada pela informalidade ou conta própria Emprego total da construção recuou 422 mil postos de trabalho em 2 anos (mar/15 a mar/17) Taxa de informalidade² da construção pesada (19,8%) é menor que a do Brasil (51,3%) Informalidade na construção civil: 78,2% ¹ Período considerado: Maio/15 a Maio/17 ² Considera também conta própria 2
3 Glossário (1/2) Fontes das informações contidas neste documento: RAIS / CAGED: base de dados de emprego formal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). CAGED (mensal): número de empregados formais admitidos e demitidos no mês anterior. RAIS (anual): estoque total de empregados com carteira de trabalho assinada em dezembro do ano anterior. O ajuste da base anual (RAIS) com a mensal (CAGED) permite o acompanhamento mês a mês do total de trabalhadores formais com vínculo empregatício Variação anual da RAIS não é exatamente igual a variação anual do CAGED RAIS é mais precisa PIB Brasil e PIB Construção: informações do IBGE sobre crescimento da economia e de setores específicos Publicação trimestral Investimentos no setor de Construção (Tesouro Nacional, Secretaria da Fazenda e BNDES) Informações mensais ou bimestrais 3
4 Glossário (2/2) Outras fontes de informações: PNAD: pesquisa amostral do IBGE, com abrangência nacional, apresenta diversas informações demográficas e socioeconômicas da população, incluindo informações sobre o mercado de trabalho A PNAD Contínua substituiu a antiga Pesquisa Mensal do Emprego (PME) com informações trimestrais acerca do mercado de trabalho para as principais capitais e regiões metropolitanas Inclui informações sobre trabalhadores informais e por conta própria (ausentes nas bases do MTE) As classificações trabalhistas adotadas pela PNAD incluem: Empregados: pessoa que trabalha para um empregador (PF ou PJ), geralmente obrigando-se ao cumprimento de uma jornada de trabalho e recebendo em contrapartida uma remuneração em dinheiro, mercadorias, produtos ou benefícios Formal: trabalhador empregado com carteira assinada Informal: dentre os trabalhadores empregados, são aqueles que não possuem registro (não tem carteira de trabalho assinada) Conta Própria: trabalhador que explora seu próprio empreendimento, sozinho ou com sócio, sem ter empregado e contando, ou não, com a ajuda de trabalhador não remunerado 4
5 Composição do emprego no Brasil Brasil apresentou redução de 2,9 milhões de vagas de trabalho formal entre Mar/15 e Mar/17, o que representa uma queda de 2,1 p.p. na taxa de formalidade (em millhões de postos de trabalho) mar/15 mar/16 mar/17 Participação no total mar/15 mar/16 mar/17 Formal 49,5 47,7 46,6 50,8% 49,4% 48,7% Informal 20,5 19,8 20,7 21,1% 20,5% 21,7% Conta própria 27,5 29,1 28,3 28,2% 30,1% 29,6% Total Brasil 97,5 96,7 95,7 Fonte: RAIS/CAGED-MTE e PNAD Contínua do IBGE. Elaboração LCA. Obs: os números de trabalhadores informais e conta própria foram ajustados a partir do número de empregos formais da RAIS/CAGED, assim como as taxas de informalidade e de conta própria. 5
6 Composição do emprego na Construção Recessão dos últimos dois anos propicia migração do emprego formal para a informalidade ou para o trabalho por conta própria (em milhões de postos de trabalho) mar/15 mar/16 mar/17 Participação no total mar/15 mar/16 mar/17 Formal 3,0 2,5 2,2 36,5% 31,3% 28,3% Informal 1,5 1,5 1,6 18,5% 18,7% 20,8% Conta própria 3,6 4,1 3,9 44,9% 50,1% 51,0% Total Construção 8,1 8,1 7,7 Participação no Total Brasil (%) 8,3% 8,4% 8,0% Fonte: RAIS/CAGED-MTE e PNAD Contínua do IBGE. Elaboração LCA. Obs: os números de trabalhadores informais e conta própria da construção pesada e civil foram ajustados a partir do número de empregos formais da RAIS/CAGED, assim como as taxas de informalidade e de conta própria. 6
7 Composição do emprego na Construção Construção Civil é mais intensa em trabalhos informais e por conta própria do que a Pesada (em milhões de postos de trabalho) mar/15 mar/16 mar/17 Participação no total mar/15 mar/16 mar/17 PESADA (infraestrutura e montagem) 1,2 1,0 0,9 Formal 1,0 0,8 0,7 81,1% 78,4% 80,2% Informal 0,1 0,1 0,1 9,9% 12,3% 12,7% Conta própria 0,1 0,1 0,1 9,0% 9,3% 7,1% CIVIL (edificações e Instalações) 6,9 7,1 6,8 Formal 2,0 1,7 1,5 29,0% 24,4% 21,8% Informal 1,4 1,4 1,5 20,0% 19,6% 21,8% Conta própria 3,5 4,0 3,9 51,0% 56,0% 56,4% Fonte: RAIS/CAGED-MTE e PNAD Contínua do IBGE. Elaboração LCA. Obs: os números de trabalhadores informais e conta própria da construção pesada e civil foram ajustados a partir do número de empregos formais da RAIS/CAGED, assim como as taxas de informalidade e de conta própria. 7
8 Emprego formal na Construção Queda acumulada nos últimos 12 meses(mai/16 a mai/17) foi mais intensa para o setor da Construção, tanto Pesada (-13,3%) quanto Civil (-12,7%), do que para o total do emprego no Brasil (-1,9%) (em milhões de postos de trabalho) mai/15 mai/16 mai/17 Mai/15 e Mai/17 Variação Mai/16 e Mai/17 PESADA (infraestrutura e montagem) 0,9 0,8 0,7-26,4% -13,3% CIVIL (edificações e Instalações) 2,0 1,7 1,5-25,1% -12,7% TOTAL DA CONSTRUÇÃO 2,9 2,5 2,2-25,5% -12,9% Emprego Total - BRASIL 49,3 47,6 46,7-5,2% -1,9% Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração LCA. Total de empregos Brasil abrange ambos os setores privados e público. A comparação mais precisa seria relativizar exclusivamente com emprego privado. Porém, por incompatibilidade entre as séries RAIS/CAGED e informações CNAE/CBO, esse ajuste, até o presente momento, não é possível. 8
9 Evolução do Emprego Formal na Construção Mil trabalhadores Setor da Construção apresentou queda de 4,4 mil empregos, enquanto Brasil apresentou aumento 34 mil (mai/17 vs abr/17) % % 12% % 10% 4% 3% -2% % % mai/17 Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração: LCA Nº de postos de trabalho em dezembro de cada ano (milhares) 9
10 Mil trabalhadores Evolução do Emprego Formal na Construção Pesada Construção Pesada apresentou aumento de 3,1 mil empregos, enquanto Civil seguiu com queda de 7,6 mil vagas de trabalho (mai/17 vs abr/17) % % % 935 8% % 1% 9% -6% % % mai/17 Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração: LCA Nº de postos de trabalho em dezembro de cada ano (milhares) 10
11 Evolução do Emprego Formal na Construção Forte queda da atividade econômica afeta o setor de Construção O Brasil sofreu entre mai/2015 e mai/2017 redução de 2,6 milhões de postos formais de trabalho. Destes, 742 mil postos (28,8%) foram perdidos na construção em geral (pesada + edificações e instalações). Somente na construção pesada perderam-se 245,9 mil postos nesse período, ou seja, 9,5% do total das perdas do país. 11
12 Qual a dimensão disto? O setor da construção pesada representava 1,9% do total de empregos do país¹ e respondeu por 9,5% da redução de postos formais de trabalho nos últimos 2 anos. 1,9% vs. 9,5%!!! ¹ Em maio de Participação caiu para 1,5% em maio de
13 Emprego informal 2015 a 2017 Aumento das taxas de informalidade no setor da construção, assim como verificado no restante da economia Emprego Informal (milhões de postos de trabalho) mar/15 mar/16 mar/17 Tx. Informalidade mar/15 mar/16 mar/17 PESADA (infraestrutura e montagem) 0,1 0,1 0,1 9,9% 12,3% 12,7% CIVIL (edificações e Instalações) 1,4 1,4 1,5 20,0% 19,6% 21,8% TOTAL DA CONSTRUÇÃO 1,5 1,5 1,6 18,5% 18,7% 20,8% BRASIL 20,5 19,8 20,7 21,0% 20,3% 21,2% Fonte: PNAD Contínua, RAIS/CAGED, IBGE. Elaboração LCA. * Trabalhadores por Conta Própria categorizados em separado dos informais 13
14 Emprego informal + Conta própria Aumento das taxas de informalidade somado com conta própria no setor de construção supera o observado na economia Emprego Infomal + Conta Própria (milhões de postos de trabalho) mar/15 mar/16 mar/17 Tx. Informalidade mar/15 mar/16 mar/17 PESADA (infraestrutura e montagem) 0,2 0,2 0,2 18,9% 21,6% 19,8% CIVIL (edificações e Instalações) 4,9 5,4 5,4 71,0% 75,6% 78,2% TOTAL DA CONSTRUÇÃO 5,2 5,6 5,5 63,5% 68,7% 71,7% BRASIL 48,0 49,0 49,1 49,2% 50,6% 51,3% Fonte: PNAD Contínua, RAIS/CAGED, IBGE. Elaboração LCA. 14
15 mil trabalhadores Informalidade no setor da construção Taxa de informalidade subiu de 19% para 21% entre mar/2015 e mar/2017 por queda do emprego formal e por aumento do informal* mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 Construção Civil Construção Pesada dez/16 mar/17 Fonte: PNAD Contínua, RAIS/CAGED, IBGE. Elaboração LCA. Dados PNAD podem apresentar divergências em relação aos dados RAIS/CAGED. * Valores de emprego informal não consideram trabalhadores de Serviços da Construção Civil e trabalhadores por Conta Própria. 15
16 Considerações sobre Empregos da Construção Emprego formal da construção tem queda mais acentuada que o observado na média da economia Entre mai/2015 e mai/2017: Total de empregos na Construção: -25,5% Construção civil: -25,1% Construção pesada: -26,4% Construção tem aumento da taxa de informalidade, como o observado na economia Taxa de informalidade cresce na economia, atingindo 21,2% para o Brasil e 20,8% em mar/17¹. Construção Civil: 21,8% Construção Pesada: 12,7% Informalidade na construção pesada é menor que a média nacional Setor da Construção deve demorar um tempo maior que restante do país para se recuperar Apesar de apresentar quedas relativamente menores que no começo de 2016, Construção Civil ainda segue em ritmo fraco Construção Pesada voltou a apresentar, pelo terceiro mês consecutivo, um saldo positivo de emprego ¹ Não considera conta própria 16
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