Diversidade Sexual: uma visão arejada e crítica da. Lula Ramires Serra Negra, SP Junho de 2010
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- Lívia Franca Eger
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1 Diversidade Sexual: uma visão arejada e crítica da homofobia nas escolas Lula Ramires Serra Negra, SP Junho de 2010
2 Lula Ramires Formado em Filosofia pela USP Mestre em Educação pela F.E. USP Tradutor técnico e professor de inglês Empreendedor Social da Ashoka Coordenador de Política, Ativismo e Comunidade do CORSA Membro da Comissão Executiva do Fórum Paulista LGBT
3 C.O.R.S.A. Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor ONG de São Paulo que atua em projetos de Direitos Humanos, DST/Aids e Educação Criador da Parada do Orgulho LGBT Advocacy (atuação política leis e políticas públicas) Intervenção técnica
4 Juventudes Pluralidade social e cultural Condições materiais de existência Ethos familiar Escolaridade do pai e da mãe Acesso aos bens culturais Mobilidade física, possibilidades de interação corpo, a família, o meio em que vive
5 A passagem para a vida adulta em cada sociedade Tribais: linha demarcatória clara ritos de passagem Pré-industrial o menino sai do convívio com as mulheres aos 7-8 anos e é inserido no mundo dos homens adultos (campo/oficina caçadas, viagens, guerras) Industrial o jovem vai para o campo, pastoreio, minas ou fábrica. Aprende no local. Ritos no exército e casamento.
6 QUEM SOU EU? Confusão, contradição, transtornos ao próprio corpo, desejos, identidade Novo papel, entre a dependência e a independência Pais dificuldade em lidar com a personalidade e a sexualidade. Deixam de ser heróis para serem os que criticam e julgam.
7 Contato com o mundo adulto pensar a vocação e ingressar no mundo do trabalho. Falta de perspectiva: 1 em 10 entra na faculdade, poucos concluem. Alto índice de mortes (10 e 19 a) por conduta de risco (50% dos acidentes de carro fatais são com adolescentes usuários de álcool). Alto índice de homicídios ator/vítima 2/3 dos casos de gonorréia em < de 25 anos
8 Em nossa sociedade, o lugar da aprendizagem formal é a escola - Transmissão do conhecimento científico, cultural e artístico - Socialização
9 Conhecimento: - Pedagogias específicas para cada conteúdo (disciplinas) Matemática, Português, História, Química, Geografia, etc. Pedagogia das relações sociais: - Aprendemos o tempo todo, em todas as situações e interações pessoais e coletivas
10 Pedagogia das relações sociais: - liberdade - autonomia - afirmação - busca - receptividade - estímulo - horizontalidade
11 A escola transmite e constrói conhecimento mas também: - reproduz padrões sociais - perpetua concepções, valores e clivagens sociais - fabrica sujeitos (corpos e identidades) - legitima relações de poder, hierarquias e processos de acumulação
12 A escola é tributária de uma visão do outro como aquele que está fora dos seus padrões, normas e crenças, aquele ou aquela que não se sintoniza com eles.
13 SEXUALIDADE E GÊNERO
14 Sexualidade = Energia vital cuja base é: os corpos humanos são sexuados Cromossomos XY = macho XX = fêmea = Procriação, reprodução da espécie = Prazer, elo erótico e/ou afetivo entre as pessoas
15 Gênero Conceito feminista para denunciar que as diferenças biológicas são insuficientes para explicar as desigualdade sociais entre homens e mulheres Gênero é elemento constitutivo e estruturante das relações sociais, primeiro modo de dar sentido às relações de poder
16 Preconceito - nascido de visões naturalizadas sobre os sexos e, por extensão, sobre o que é ser homem e mulher Discriminação atos explícitos que limitam ou impedem o exercício de direitos Crimes de ódio HOMOFOBIA (lesbofobia, transfobia)
17 DIVERSIDADE SEXUAL Termo utilizado para falar de todas as variações possíveis de expressão da sexualidade Inclui a heterossexualidade, fala-se de todas e todos Situa-se no campo ético, trabalha-se o respeito à diferença
18 Identidade de Gênero É como nos sentimos e nos portamos em face da maneira como somos vistos e somos tratados pelas pessoas ao nosso redor É uma CONSTRUÇÃO: não nascemos nada, nos tornamos o que somos
19 Orientação Sexual É a direção (seta) do desejo, para onde aponta a nossa libido É atração espontânea, não influenciável 3 possibilidades: Pelo sexo oposto: heterossexual Pelo mesmo sexo: Indistinta: homossexual bissexual
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21 O QUE FAZER ENTÃO? não pensar estes aspectos como conteúdo separado (perpassar o currículo, fazer parte do PPP) cotidiano (mesmo sem querer estamos lá todos os dias, o que é bom e ruim ao mesmo tempo) estamos no presente (desfaz a ideia de preparar para o futuro ) adiar prazeres e direitos esforço/trabalho para realizar/obter conquistas nem tudo é prazer
22 Avançar na comunicação... - jornal mural (visibilidade) - internet - - sites informativos - blogs - sites de relacionamento - ferramentas de interação (chat)
23 Dentro e fora da escola: a vida acontece... Sexismo Heteronormatividade Homofobia Vulnerabilidade maior: Garotas adolescentes Garotos homo e bissexuais
24 A escola é também um lugar de opressão, preconceito e discriminação LGBTs são vulneráveis porque Internalizam a homofobia Entram em crise e negam a si mesmos Se culpabilizam (são assim pq querem) Tem aversão ou ódio de si mesmos
25 Homofobia na escola: - Tratamento preconceituoso - medidas discriminatórias - ofensas - constrangimentos - ameaças e agressões físicas e verbais São constantes na vida das e dos estudantes LGBT
26 Pedagogia do insulto: piadas, brincadeiras, jogos, apelidos, insinuações, expressões desqualificadoras são mecanismos poderosos de silenciamento e dominação simbólica.
27 Articulação Saúde e Educação SPE Saúde e Prevenção nas Escolas Árvore do Prazer (dinâmica / Unicef) Ação destinada a impedir que algo ruim ou desfavorável aconteça
28 JOVENS LGBT Sentimento de ser diferente desde a infância IDENTIDADE construída de forma clandestina, oculta, dolorosa, solitária Sem apoio da familia ou da escola, de materiais, de modelos positivos Baixa auto-estima (incorpora os rótulos que a sociedade atribui aos homossexuais)
29 JOVENS LGBT Medo de expor - cair no ridículo ou sofrer violência verbal e física Seqüelas do estigma e conflitos intensos tentativas de suicídio Entre o desejo e a identidade: incerteza Exploração e experimentação Namorar e ficar Bissexualidade Práticas sexuais X identidade de gênero e orientação sexual
30 ASSUMIR-SE (sair do armário) 1. Impacto do estigma na construção da identidade 2. Ocorre ao longo de um intervalo de tempo (não é um momento único) 3. Auto-aceitação gradual 4. Revelação a pessoas não homossexuais
31 Guia CORSA / ECOS Discussão dos conceitos Contexto escolar Situações desafiadoras Indicações de filmes e bibliografia
32 L U L A R A M I R E S lularamires@terra.com.br Fones: (11) / CORSA / São Paulo
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