Rodada #1. Direito Penal

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1 Rodada #1 Direito Penal Professora Lorena Nascimento Assuntos da Rodada Direito Penal Aplicação da lei penal. Imputabilidade penal contra a administração em geral (praticados por funcionário público ou por particular). Crimes contra a administração da justiça. Crimes contra as finanças públicas. Crimes contra a ordem tributária (Lei no 8.137/1990). Crimes contra a ordem econômica. Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (Lei no 7.492/1986). Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores (Lei no 9.613/1998). Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor (Lei no 7.716/1989). O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa, civil e penal, nos casos de abuso de autoridade (Lei no 4.898/1965). Crimes hediondos. Crimes ambientais.

2 a) Teoria em tópicos Princípios de Direito Penal afetos à aplicação da Lei Penal 1.1. Princípio da legalidade N á q N á v 1.2 Conceito. Nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma pena criminal pode ser aplicada, sem que antes tenham sido instituídos por lei o tipo delitivo e a pena respectiva. Vale também para as contravenções penais e (de acordo com a maioria) medidas de segurança. Trata-se de uma limitação ao poder estatal de interferir na esfera das liberdades individuais 1.3. Fundamento. Art. 1 o do CP; art. 5o, inc. XXXIX da CF/ Subprincípios ou princípios derivados: í v ( á ) í ( ) á (crime + contravenção) ou sanção penal (pena + medida de segurança) sem lei anterior. Aplicação da Lei Penal no Tempo 2.1. Em razão do princípio da legalidade, aplica-se, em regra, a lei penal vigente ao tempo da realização do fato criminoso (tempus regit actum) Regra geral. Não pode a lei, em tese, alcançar fatos ocorridos em período anterior ao início de sua vigência nem ser aplicada àqueles ocorridos após a sua revogação. 2

3 2.2. Exceções. Será permitida a retroatividade da lei penal para alcançar os fatos passados, desde que para beneficiar o réu. A lei penal, portanto, poderá se movimentar no tempo. A esse fenômeno damos o nome de extra-atividade da Lei Penal Conceito de extra-atividade. Capacidade que tem a lei penal de se movimentar no tempo regulando fatos ocorridos durante a sua vigência, mesmo depois de ter sido revogada, ou de retroagir no tempo, a fim de regular situações ocorridas anteriormente à sua vigência, desde que benéficas ao agente. Espécies: retroatividade e ultratividade Retroatividade. Fenômeno pelo qual uma norma jurídica é aplicada ao fato ocorrido antes do início de sua vigência Ultratividade. Aplicação da lei após a sua revogação. A regra geral é a irretroatividade da lei penal, excetuada somente quando lei posterior for mais benéfica (retroatividade) Abolitio criminis. 2º, P - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos ó Trata-se da supressão da figura criminosa do mundo jurídico e se configura como umas das espécies de causa de extinção da punibilidade (vide art. 107, III, CP) A abolitio criminis impede que a pessoa seja considerada reincidente, mas não impede que essa condenação sirva como título executivo judicial Abolitio criminis temporária. Ocorre quando um tipo penal se encontra temporariamente suspenso. Ex. crime de posse irregular de arma de fogo restou, L /2003 3

4 2.6. Princípio da continuidade normativo-típica. Ocorre quando há a migração do conteúdo criminoso para outro tipo penal incriminador. Ex. Crime de ato libidinoso (antigo art. 214, CP) passou a integrar o tipo do art. 213, CP com o advento da Lei / Lex mitior. lei posterior que de qualquer modo favorece o réu. Ela também não respeita coisa julgada, incidindo a sua retroatividade (Art.2º, Parágrafo único, CP) Súmula 611, STF - T j ó, juízo das execuções a aplicação da lei 2.9. Crime Continuado e sucessão de leis penais. Aplica-se sempre a última lei vigente, mesmo que mais grave. Súmula 711, STF v -se ao crime continuado ou ao crime permanente se a sua vigência é anterior à cessação da ê Combinação de leis penais. Não é possível, pois o juiz, assim agindo, transforma-se em legislador, criando uma terceira lei Lei excepcional ou temporária (art. 3º, CP) - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica- v ê (ultratividade) Conceito de Lei Temporária (ou temporária em sentido estrito). É aquela que tem prefixado no seu texto o tempo de sua vigência (prazo determinado). Ex. Lei A com vigência do dia 1º de janeiro de 2012 até o dia 1º de junho de Conceito de Lei Excepcional (ou temporária em sentido amplo). É a que atende a transitórias necessidades estatais, tais como guerra, epidemias, calamidades, etc. Perdura por todo o tempo excepcional (editada em função de algum evento transitório, sendo que perdura enquanto persistir o estado de emergência). Ex. Lei A que vai do dia 1º de janeiro de 2012 até o fim da epidemia. 4

5 2.13. Estas leis (temporária/excepcional) não se sujeitam aos efeitos da abolitio criminis, salvo se lei posterior for expressa nesse sentido Características das leis ultrativas: a) autorrevogabilidade: são leis autorrevogáveis (leis intermitentes). Consideram-se revogadas assim que encerrado o prazo fixado (lei temporária) ou cessada a situação de anormalidade (lei excepcional); b) ultratividade: são leis ultrativas; os fatos praticados durante sua vigência continuam sendo punidos ainda que revogadas as leis temporária ou excepcional Teorias sobre a eficácia da lei penal no tempo; definição do momento em que o crime se considera praticado. I - Teoria da Atividade. Considera-se praticado o crime no momento da conduta - momento da ação ou da omissão. II - Teoria do Resultado ou do Evento. Considera-se praticado o crime no momento do resultado. III - Teoria da Ubiquidade ou Mista. Considera-se praticado o crime no momento da conduta ou do resultado O CP adotou Teoria da Atividade - conforme artigo 4º, CP: Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado O artigo 4º, do CP tem inteira aplicação não somente na fixação da lei a reger o caso, mas também para fixação da imputabilidade do agente Princípio da Coincidência, Congruência ou Simultaneidade. Todos os elementos do crime (fato típico, ilicitude e culpabilidade), devem estar presentes no momento da conduta. 5

6 Há dois momentos quando do cometimento do crime: o momento da conduta e do resultado. Poderão, ou não, ocorrer ato contínuo um ao outro O momento do crime é também o marco inicial para saber a lei que, em regra, será aplicada ao caso concreto (sucessão de leis penais no tempo) Tempo do Crime X Sucessão de Complementos de Norma Penal em Branco. Sobre o tema, existem 4 correntes: 1ª Corrente. Para essa corrente, se a alteração é mais benéfica, retroage sempre. 2ª Corrente. Oposta à primeira. Não retroage, mesmo que mais benéfica. 3ª Corrente. Retroage, pois alterou o próprio crime provoca real modificação na figura criminosa abstrata). 4ª Corrente. Informa que na NPB homogênea (lei complementada por lei) a alteração mais benéfica retroage. Mas a NPB heterogênea só vai retroagir se ela (norma complementar) não ocorrer em estado excepcional ou de emergência, pois nestes casos, há ultratividade. Corrente adotada pelo STF Lei intermediária. Quando ocorrer uma sucessão de 3 leis A, B e C - a lei intermediária será a lei B. Poderá retroagir ou ser ultrativa, a entender da natureza da lei que a anteceda ou a suceda. Se for a lei B sempre a mais benéfica da configuração, comportar-se-á da seguinte forma: a) quando a Lei B revoga a Lei A, é retroativa (mais benéfica); quando a Lei B é revogada pela Lei C, é ultrativa Retroatividade de jurisprudência mais benéfica. Possibilidade, não obstante a CF/88 mencionar, apenas, a retroatividade da lei, bem como Código Penal. No Brasil, a doutrina vem admitindo a retroatividade de jurisprudência mais benéfica em casos de súmula vinculante e controle concentrado de constitucionalidade. Exemplo. 6

7 Cancelamento da Súmula 174 do STJ e retroatividade nas condenações que aplicaram a majorante da arma de brinquedo. Aplicação da Lei Penal no Espaço 3.1. Justificativa. O estudo da lei penal no espaço visa descobrir qual é o âmbito territorial de aplicação da lei penal brasileira, bem como de que forma o Brasil se relaciona com outros países em matéria penal, haja vista o mesmo fato pode percorrer territórios de países distintos, e atingir os interesses de dois ou mais Estados igualmente soberanos Princípios aplicáveis ao aparente conflito do Direito Penal no espaço Princípio da Territorialidade. Aplica-se a lei penal do local do crime, não importando a nacionalidade do agente ou da vítima Princípio da Nacionalidade ou da Personalidade. Aplica-se a lei penal da nacionalidade do agente, pouco importando o local em que o crime foi praticado Princípio da Nacionalidade Ativa ou da Personalidade Ativa. Aplica-se a lei penal da nacionalidade do agente, não importando o local do crime, a nacionalidade da vítima ou do bem jurídico (art. 7º, II, b, do CPB); Personalidade Passiva. Nesta hipótese importa somente se a vítima do delito é nacional (art. 7º, 3º, do CPB) Princípio da Defesa (ou Real). Aplica-se a lei da nacionalidade do bem jurídico lesado, não importando a nacionalidade dos envolvidos ou o local do crime Princípio da Justiça Penal Universal ou Cosmopolita. Aplica-se a lei do país em que o sujeito for encontrado, não importando a nacionalidade dos envolvidos, do bem jurídico ou o local do crime. Esse princípio acaba norteando os crimes que países se 7

8 obrigam a reprimir em Tratados Internacionais de Cooperação de (repressão de determinados delitos de alcance transnacional) Princípio da Representação (do Pavilhão, da Bandeira, da Substituição ou da Subsidiariedade). A lei penal nacional aplica-se aos crimes praticados em aeronaves ou embarcações privadas quando no estrangeiro e aí não sejam julgados, não importando a nacionalidade do agente, do bem jurídico (inércia do país estrangeiro) O Brasil adotou o princípio da territorialidade como regra, e os demais princípios aplicados nas hipóteses de extraterritorialidade da lei penal nacional. Tratase, no entanto, de territorialidade temperada. Art.5º, CP: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no ter ó O art. 5º, do CP adotou territorialidade temperada, v õ, e regras internacionais podem impedir a aplicação da lei brasileira ao crime cometido ó ( - o que está entre aspas) Em nenhuma hipótese o juiz criminal nacional pode aplicar a legislação penal estrangeira. Apenas o próprio país da lei é quem a aplicará Tribunal Penal Internacional. O art. 1º do Estatuto de Roma consagrou o princípio da complementariedade, isto é, o TPI não pode intervir indevidamente nos sistemas judiciais nacionais. Estes últimos continuam tendo a responsabilidade de investigar e processar os crimes cometidos no seu território, salvo nos casos em que os Estados se mostrem incapazes ou não demonstrem efetiva vontade de punir os seus criminosos Território nacional é o espaço físico (geográfico) e o espaço jurídico (espaço por ficção ou equiparação ou extensão) do país, sendo este previsto no art.5º, 1º e 2º, do CP. 8

9 Quando os navios ou aeronaves forem públicos ou estiverem a serviço do governo brasileiro, são considerados partes do nosso território. Então, aplica-se a lei brasileira, onde quer que se encontrem Se os navios ou aeronaves forem privados, quando em alto-mar ou espaço aéreo correspondente, seguem a lei da bandeira que ostentam. Em alto-mar ou no espaço aéreo correspondente nenhum país exerce soberania. Ex. avião da LATAM. Só é extensão do governo brasileiro se estiver em alto-mar. Se estiver em espaço aéreo de outro país, não será território brasileiro Quando houver navios e aeronaves estrangeiros em território brasileiro, desde que públicos, não serão considerados partes do nosso território (princípio da reciprocidade). Quando estrangeiros, em território brasileiro, desde que privados, são considerados parte de nosso território Embaixadas. não fazem parte do território do país que representam, apesar de invioláveis Lugar do Crime. Existem 03 teorias na discussão do assunto. 1ª) Teoria da Atividade Considera-se o lugar do crime aquele em que houve a conduta. 2ª) Teoria do Resultado/Evento Considera-se o lugar do crime aquele em que ocorreu o resultado. 3ª) Teoria da Ubiquidade ou Mista Considera-se o lugar do crime aquele em que ocorreu a conduta, bem como onde se produziu ou deveria se produzir o resultado O CP adotou a Teoria da Ubiquidade ou Mista, conforme art.6º, do CP Se a conduta ocorrer no Brasil e o resultado fora crime praticado no Brasil. 9

10 Se a conduta ocorrer fora do Brasil e o resultado no Brasil crime praticado no Brasil; Se a conduta ocorrer fora do Brasil e o resultado deveria ocorrer no Brasil (o destino era o Brasil) crime praticado no Brasil Se em território brasileiro ocorre unicamente o PLANEJAMENTO ou PREPARAÇAO do crime, não se aplica a lei brasileira (salvo quando a lei brasileira punir os atos preparatórios, isto é, quando a preparação por si só, caracterizar crime, por exemplo, no caso do crime de associação para o tráfico) Direito de passagem inocente. Se um navio estiver de passagem no mar territorial brasileiro, não se aplica o CP, mas lei especial. O princípio da passagem inocente (art.3º da Lei 8.617/93) diz que quando um navio atravessa o território nacional apenas como passagem necessária para chegar ao seu destino, não se aplica o art.5º, 2º, do CP (não se aplica a lei brasileira) Crime à Distância. O delito percorre territórios de DOIS países soberanos. Ex: Brasil e Argentina. Gera conflito internacional de jurisdição, resolvido no Brasil pelo art.6º, do CP (teoria da ubiquidade se a execução ou resultado foi no Brasil, aplica a lei brasileira) Crime em Trânsito. O crime percorre territórios de MAIS DE DOIS países soberanos. Ex: Brasil, Argentina e Uruguai. Gera conflito internacional de jurisdição. Esse conflito é resolvido no Brasil pelo art.6º, do CP (teoria da ubiquidade se a execução ou resultado foi no Brasil, aplica a lei brasileira) Crime Plurilocal. O delito percorre territórios do mesmo país (UM SÓ país).ex: SP, BH e RJ. Gera um conflito interno de competência. Esse conflito é resolvido no Brasil pelo art. 70, do CPP (competência do juiz do local da consumação ou no caso de tentativa no último ato de execução). 10

11 3.9. Princípio da Extraterritorialidade (art.7º, CP) Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: (hipóteses de extraterritorialidade incondicionada a lei brasileira alcança o fato, pouco importando se a pessoa foi condenada ou absolvida no estrangeiro) a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Princípio da Defesa preocupação com o bem jurídico) b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Princípio da Defesa preocupação com o bem jurídico) c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Princípio da Defesa preocupação com o bem jurídico) d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Princípio da Justiça Universal) II - os crimes: (hipóteses de extraterritorialidade condicionada a lei brasileira somente alcançará o fato caso haja o preenchimento de algumas condições), a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Princípio da Justiça Universal) b) praticados por brasileiro; (Princípio da Nacionalidade Ativa) c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Princípio da Representação) 11

12 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional (não precisa permanecer no território brasileiro); Entrar não significa permanecer. Então, mesmo que a pessoa entra e saia imediatamente do território nacional, estará preenchida essa condição. Prevalece que território nacional abrange o território jurídico (art.5º, 1º, CP). A competência para o processo e julgamento, via de regra, será da justiça Estadual. A competência da Justiça Federal somente incidirá quando presentes as hipóteses do art.109, IV, da CF. No território nacional, a competência da julgamento encontra-se descrita no art. 88 do CPP. b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; O fato também deve ser crime no estrangeiro, senão a lei brasileira não alcançará esse fato, bem como deverá estar dentre os delitos cuja lei brasileira autoriza a extradição. c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; Se o agente foi absolvido ou tiver cumprido pena no estrangeiro, não se alcança o fato novamente. e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 12

13 Se já estiver extinta a punibilidade, a lei brasileira não alcançará o fato. 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (hipóteses de extraterritorialidade hipercondicionada a lei brasileira somente alcançará o fato caso haja o preenchimento das condições do 3º, além das condições previstas no 2º) a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça. Pena cumprida no estrangeiro 4.1. Fundamento. Art. 8º, CP - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas O art. 8º, CP atenua o bis in idem. Hipótese excepcional em que se admite o bis in idem, com vistas a reforçar a soberania do nosso país. 5. Aplicabilidade da Lei Penal em relação às pessoas (imunidades) 5.1. A imunidade é uma prerrogativa funcional, e não um privilégio da pessoa. Não obstante a lei penal se aplicar a todos, nacionais ou estrangeiros, por igual, não existindo privilégios pessoais, há pessoas que, em virtude de suas funções, ou em razão de regras internacionais, desfrutam de imunidades. Trata-se uma causa pessoal de isenção de pena 5.2. Imunidades Diplomáticas. São imunidades de direito público internacional de que desfrutam: 13

14 Chefes de governo ou de Estado estrangeiro, sua família e membros de sua comitiva; Embaixador e sua família; Funcionários do corpo diplomático e suas respectivas famílias; Funcionários das organizações internacionais, quando em serviço (ex. funcionários da ONU) Por força da característica da generalidade da lei penal, os agentes diplomáticos devem obediência ao preceito primário do país em que se encontram. Escapam, no entanto, da sua competência jurídica (punição preceito secundário), permanecendo sob a eficácia da lei penal do Estado a que pertencem (intraterritorialidade). Diplomata Americano que atropela e mata um nacional cometeu homicídio culposo e será julgado pelo seu país pelo referido crime Se no país de origem do diplomata não houver punição, haverá um conflito de direito internacional, que, ao ser resolvido pelas imunidades, pode levar ao fato de o diplomata não ser punido O agente diplomático, por disposição expressa, não poderá ser objeto de nenhuma forma de detenção ou prisão. É o que dispõe o Decreto no /65 (regulamenta a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas) A imunidade diplomática não impede a investigação policial Impossibilidade de renúncia à sua imunidade diplomatica. Trata-se de uma prerrogativa do cargo. Somente o país de origem do imune pode renunciar à sua imunidade, a qual deverá ser sempre expressa O agente consular possui imunidade somente nos delitos praticados em razão da função, não abrangendo os crimes praticados fora da função Imunidades Parlamentares. 14

15 Imunidade material. Dispõe o art. 53, caput, da CF, sobre a Imunidade Parlamentar absoluta ou material ou real ou substancial ou inviolabilidade ou indenidade. Trata-se de causa de atipicidade da conduta De acordo com o STF, a inviolabilidade exime o seu titular de qualquer tipo de responsabilidade (criminal, civil, administrativa e política) Imunidade parlamentar e concurso de pessoas. Sabendo que a punição do partícipe pressupõe fato principal (fato praticado pelo autor) típico e ilícito, o partícipe também não poderá ser punido Limites da imunidade material (imunidade parlamentar absoluta). Deverá haver nexo causal com o exercício da função parlamentar. Nas dependências do parlamento, o nexo causal é presumido. Fora das dependências do parlamento, o nexo deve ser comprovado Imunidade Parlamentar relativa ou formal ao foro de julgamento (art.53, 1º, da CF). O foro natural para julgar Deputados e Senadores é o STF. O foro especial é somente para ações penais. Não abrange ações extrapenais, nem mesmo as de improbidade administrativa O termo inicial do foro especial é a expedição do diploma, que ocorre antes da posse Terminado o mandato, o processo volta para o primeiro grau Imunidade relativa à prisão (art.53, 2º, da CF) A garantia por ela prevista é a de que o parlamentar só pode ser preso em flagrante delito de crime inafiançável O termo inicial dessa imunidade é desde a expedição do diploma Admite-se prisão decorrente de sentença condenatória transitada em julgado. 15

16 No caso de flagrante em crime inafiançável, a casa legislativa faz um juízo político da clausura. O juízo não é jurídico, mas político (conveniência e oportunidade de se manter o parlamentar preso) Súmula 245, STF - A imunidade parlamentar não se estende ao co-réu sem essa prerrogativa. Essa súmula só se aplica no caso de imunidade parlamentar relativa (não se aplica para a imunidade parlamentar absoluta) Imunidade relativa ao processo (art.53, 3º, 4º e 5º, da CF): Esta imunidade só alcança os crimes praticados após a diplomação Imunidade relativa à condição de testemunha (art.53, 6º, da CF) Deputados e senadores, quando arrolados, são obrigados a servir como testemunha. Eles prestam o compromisso de dizer a verdade. Contudo, não estão obrigados a testemunhar sobre as informações recebidas ou prestadas em razão do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam as informações Os Congressistas serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz, nos termos do art.221, do CPP Imunidades dos Parlamentares dos Estados (deputados estaduais) Os parlamentares dos Estados possuem as mesmas imunidades dos deputados federais, em razão do princípio da simetria No caso de prerrogativa de foro, os deputados estaduais são julgados no TJ, ou TRF ou TRE, dependendo se o crime é estadual, federal ou eleitoral. Os deputados federais são sempre julgados no STF Imunidades dos Parlamentares dos Municípios (vereadores). Só possuem imunidade material, mesmo assim limitada aos atos praticados no exercício do 16

17 mandato, dentro da circunscrição do município. Então, essa é uma imunidade material limitada. Em regra, os vereadores não possuem imunidade formal ou relativa Súmula 721, do STF ê T J v sobre o foro de prerrogativa de função estabelecido exclusivamente na constituição 6. Imputabilidade (capacidade de culpabilidade) Conceito. Trata-se da capacidade ou aptidão para ser culpável. Pressupõe a compreensão do injusto e da vontade de agir com a ciência de que a ação ou a omissão incorrera na prática de um delito. A possibilidade de se atribuir, imputar o fato típico e ilícito ao agente é a regra, sendo a inimputabilidade a exceção Essa consciência engloba dois pressupostos: I - aspecto cognoscitivo ou intelectivo capacidade de compreender a ilicitude do fato; II - aspecto volitivo ou determinação da vontade capacidade de atuar conforme essa compreensão Sistemas de aferição da inimputabilidade sistema biológico ou etiológico. Leva em consideração a saúde mental do agente. Se o agente for portador de alguma doença mental ou desenvolvimento incompleto ou retardado será ele considerado inimputável, não se levando em conta, na análise do caso concreto, se ao tempo do fato típico cometido o agente era capaz de entender o caráter ilícito do fato e de se determinar de acordo com esse 17

18 entendimento. Esse sistema foi adotado pelo CP para justificar a inimputabilidade dos menores de 18 anos, por questões de política criminal (art. 27 do CP); sistema psicológico ou psiquiátrico. Condiciona a imputabilidade à circunstância de o agente, ao tempo do fato, seja qual for a causa, entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento; sistema biopsicológico ou misto. Conjuga os dois critérios anteriores: afasta-se a imputabilidade se o agente, em razão de estado mental patológico, era, ao tempo da conduta, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinarse de acordo com esse entendimento. É o sistema acolhido como regra geral no Código Penal Brasileiro (art. 26 do CP) Semi-imputabilidade Fundamento legal. Art. 26, parágrafo único do CP Ocorrerá uma redução de pena, de um a dois terços, para aquele que, em razão de perturbação da saúde mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era INTEIRAMENTE capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Na semi-imputabilidade, o agente pratica um fato típico, ilícito e culpável Hipóteses de Inimputabilidade Inimputabilidade em razão de anomalia psíquica (art. 26, caput, do CP) É isento de pena o agente que, por doença mental (deve ser tomada em sua maior amplitude e abrangência, isto é, qualquer enfermidade que venha a debilitar as funções psíquicas - critério biológico) ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 18

19 entendimento (critério psicológico - nem toda doença mental causa inimputabilidade, é imprescindível que apresente inteira incapacidade de entendimento e autodeterminação) O Código Penal adota o critério biopsicológico. Anomalia psíquica (doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado no momento da ação ou omissão) + inexistência de entendimento, da consciência do caráter da ação Consequências. O inimputável não pratica crime (teoria tripartite). É, porém, investigado, denunciado, responde a processo e é sentenciado com absolvição imprópria com imposição de sanção-tratamento (medida de segurança) Semi-imputável. O parágrafo único do art. 26 não traz hipótese de inimputabilidade, mas de imputabilidade com responsabilidade penal diminuída Natureza jurídica. Causa obrigatória de diminuição de pena, havendo discricionariedade apenas no tocante à fração eleita pelo magistrado com base no grau de semi-imputabilidade (redução de um a dois terços) O semi-imputável pratica crime. Contra ele haverá denúncia, processoe condenação. Na condenação o juiz irá optar por reduzir a pena ou substituir a pena por medida de segurança. Adoção do sistema vicariante ou unitário Inimputabilidade em razão da idade do agente Fundamento legal. Art. 27 do CP e 228 da CF/ Adoção do sistema biológico. Presume-se que o menor de 18 anos não tem desenvolvimento mental completo, mesmo se antecipada a capacidade civil No primeiro minuto do 18º aniversário a pessoa é considerada imputável independente do horário de nascimento (00:01). 19

20 Julgamento de menores de 18 pelo Tribunal Penal Internacional. (art. 26, do R : O T á j q, à á, Inimputabilidade em razão da embriaguez Fundamento legal: art. 28, 1 do CP Adoção do sistema biopsicológico Conceito de embriaguez. Trata-se de intoxicação aguda e transitória causada pelo álcool, cujos efeitos podem progredir de uma ligeira excitação até o estado de paralisia e coma. O Código Penal equipara ao álcool substâncias de efeitos análogos (ex: drogas) Espécies de Embriaguez Embriaguez acidental. Dar-se-á por meio de caso fortuito ou força maior e poderá ser completa ou incompleta Caso fortuito: o agente desconhece os efeitos da substância que ingere Força maior: o agente é obrigado a ingerir a substância Embriaguez completa: retira a capacidade de entendimento e autodeterminação hipótese de inimputabilidade (art. 28, 1 do CP) Embriaguez incompleta: diminui a capacidade de entendimento e autodeterminação hipótese de redução de pena (art. 28, 2 do CP) Embriaguez não acidental. Poderá ser culposa ou dolosa. Para a embriaguez preordenada utiliza-se a teoria da actio libera in causa Teoria da actio libera in causa. Trata-se do ato transitório revestido de inconsciência decorre de ato antecedente que foi livre na vontade, transferindo-se 20

21 para esse momento anterior à constatação da imputabilidade e voluntariedade do agente, evitando responsabilidade penal objetiva Índio e inimputabilidade. O índio só é inimputável se apresentar anomalia, menoridade ou embriaguez acidental completa. O simples fato de ser índio não o torna inimputável. Se índio não integrado, pode ser caso de excluir a culpabilidade por falta de potencial conhecimento da ilicitude Surdo-mudo e inimputabilidade. O surdo-mudo não é automaticamente inimputável. Pelo contrário, completados 18 anos de idade, todos se presumem imputáveis. Compete à perícia indicar o grau de prejuízo a ele causado por essa falha biológica Causas de não exclusão da imputabilidade Emoção e paixão (art. 28 do CP); Embriaguez não acidental Emoção, paixão e embriaguez não acidental não excluem a culpabilidade, salvo se consubstanciarem estado patológico do agente. Nessa situação, estarão enquadradas no caput do art. 26 do Código Penal. Contudo, há a POSSIBILIDADE DE REDUÇÃO de pena caso o agente cometa crime nessas circunstâncias. Ex: art. 65, III, c circunstância atenuante agente cometer crime sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima. 21

22 b) Revisão 1 (questões) QUESTÃO 01 - CESPE TJDFT TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA 2016 (ADAPTADA). De acordo com o Código Penal, considera-se praticado o crime no momento em que ocorreu seu resultado. QUESTÃO 02 CESPE TCE/SC AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO DIREITO No Código Penal brasileiro, adota-se a teoria da ubiquidade, conforme a qual o lugar do crime é o da ação ou da omissão, bem como o lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. QUESTÃO 03 CESPE TJDFT TÉCNICO JUDICIÁRIO AREA ADMINISTRATIVA Ainda que se trate de tentativa delituosa, considera-se lugar do crime não só aquele onde o agente tiver praticado atos executórios, mas também aquele onde deveria produzir-se o resultado. QUESTÃO 04 - CESPE TJDFT JUIZ 2016 (ADAPTADA). Ficam sujeitos à lei brasileira os crimes contra o patrimônio ou a fé pública do DF, de estado, de município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo poder público, embora cometidos no estrangeiro, sendo o agente punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro. 22

23 QUESTÃO 05 - CESPE TJDFT JUIZ 2016 (ADAPTADA). Não é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, ainda que achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. QUESTÃO 06 - CESPE PC-PE ESCRIVÃO DE POLÍCIA 2016 (ADAPTADA) Situação hipotética: João, namorado de Maria e por ela apaixonado, não aceitou a proposta dela de romper o compromisso afetivo porque ela iria estudar fora do país, e resolveu mantê-la em cárcere privado. Assertiva: Nessa situação, a atitude de João enseja o reconhecimento da inimputabilidade, já que o seu estado psíquico foi abalado pela paixão. QUESTÃO 07 - CESPE PC-PE ESCRIVÃO DE POLÍCIA 2016 (ADAPTADA) Na situação em que o agente, com o fim precípuo de cometer um roubo, embriaga-se para ter coragem suficiente para a execução do ato, não se aplica a teoria da actio libera in causa ou da ação livre na causa. QUESTÃO 08 - CESPE PC-PE ESCRIVÃO DE POLÍCIA 2016 (ADAPTADA) Situação hipotética: Elizeu ingeriu, sem saber, bebida alcoólica, pensando tratar-se de medicamento que costumava guardar em uma garrafa, e perdeu totalmente sua capacidade de entendimento e de autodeterminação. Em seguida, entrou em uma 23

24 farmácia e praticou um furto. Assertiva: Nesse caso, Elizeu será isento de pena, por estar configurada a sua inimputabilidade. QUESTÃO 09 - CESPE PC-PE ESCRIVÃO DE POLÍCIA 2016 (ADAPTADA) Situação hipotética: Paulo foi obrigado a ingerir álcool por coação física e moral irresistível, o que afetou parcialmente o controle sobre suas ações e o levou a esfaquear um antigo desafeto. Assertiva: Nesse caso, a retirada parcial da capacidade de entendimento e de autodeterminação de Paulo não enseja a redução da sua pena no caso de eventual condenação. QUESTÃO 10 - CESPE PC-PE ESCRIVÃO DE POLÍCIA 2016 (ADAPTADA) Situação hipotética: Em uma festa de aniversário, Elias, no intuito de perder a inibição e conquistar Maria, se embriagou e, devido ao seu estado, provocado pela imprudência na ingestão da bebida, agrediu fisicamente o aniversariante. Assertiva: Nessa situação, Elias não será punido pelo crime de lesões corporais por ausência total de sua capacidade de entendimento e de autodeterminação. 24

25 c) Revisão 2 (questões) QUESTÃO 11 - CESPE TRE/GO ANALISTA JUDICIÁRIO / ÁREA JUDICIÁRIA A revogação expressa de um tipo penal incriminador conduz a abolitio criminis, ainda que seus elementos passem a integrar outro tipo penal, criado pela norma revogadora. QUESTÃO 12 CESPE POLÍCIA CIENTÍFICA/PE - PERITO PAPILOSCOPISTA E AUXILIAR 2016 (ADAPTADA) De acordo com o princípio da nacionalidade, é possível a aplicação da lei penal brasileira a fato criminoso lesivo a interesse nacional ocorrido no exterior. QUESTÃO 13 CESPE POLÍCIA CIENTÍFICA/PE - PERITO PAPILOSCOPISTA E AUXILIAR 2016 (ADAPTADA) A aplicação da lei penal brasileira a cidadão brasileiro que cometa crime no exterior é possível, de acordo com o princípio da defesa. QUESTÃO 14 CESPE POLÍCIA CIENTÍFICA/PE - PERITO PAPILOSCOPISTA E AUXILIAR 2016 (ADAPTADA) De acordo com o princípio da representação, a lei penal brasileira poderá ser aplicada a delitos cometidos em aeronaves ou embarcações brasileiras privadas, quando estes delitos ocorrerem no estrangeiro e aí não forem julgados. 25

26 QUESTÃO 15 CESPE POLÍCIA CIENTÍFICA/PE - PERITO PAPILOSCOPISTA E AUXILIAR 2016 (ADAPTADA) Segundo o princípio da territorialidade, a lei penal brasileira poderá ser aplicada no exterior quando o sujeito ativo do crime praticado for brasileiro. QUESTÃO 16 - CESPE - POLÍCIA FEDERAL - AGENTE DE POLICIA FEDERAL Segundo o Código Penal, a emoção e a paixão não são causas excludentes da imputabilidade penal. QUESTÃO 17 FCC MPE-SE ANALISTA DIREITO (ADAPTADA) Desenvolvimento mental incompleto ou retardado, embriaguez decorrente de caso fortuito e menoridade constituem, dentre outras, excludentes de culpabilidade QUESTÃO 18 UPENET/IAUPE SERES/PE AGENTE PENITENCIÁRIO 2010 (ADAPTADA) A embriaguez, voluntária ou culposa, não exclui a culpabilidade, devendo o agente ser apenado normalmente. QUESTÃO 19 UPENET/IAUPE SERES/PE AGENTE PENITENCIÁRIO 2010 (ADAPTADA) 26

27 Quanto às medidas de segurança, pode-se dizer que elas são aplicáveis exclusivamente aos inimputáveis por doença mental. QUESTÃO 20 UPENET/IAUPE SERES/PE AGENTE PENITENCIÁRIO 2010 (ADAPTADA) Aquele que pratica crime sob os influxos de uma violenta emoção, decorrente de injusta provocação da vítima, não tem sua culpabilidade excluída. 27

28 d) Revisão 3 (mapa mental) 28

29 29

30 30

31 31

32 32

33 33

34 e) Gabarito E C C C E E E C E E E E E C E C C C E C 34

35 g) Normas utilizadas Constituição Federal Art São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. Codigo Penal Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Lei excepcional ou temporária Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Territorialidade Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 35

36 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. Lugar do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Extraterritorialidade Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 36

37 b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça. Inimputáveis Art É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento Redução de pena 37

38 Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Menores de dezoito anos Art Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. Emoção e paixão Art Não excluem a imputabilidade penal: I - a emoção ou a paixão; Embriaguez II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 38

39 h) Breves comentários às questões QUESTÃO 01 - CESPE TJDFT TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA 2016 (ADAPTADA). De acordo com o Código Penal, considera-se praticado o crime no momento em que ocorreu seu resultado. Errado. Considera-se praticado o crime no momento em que ocorreu a ação ou omissão, ainda que seja outro o momento do resultado. TEORIA DA ATIVIDADE (tempus regit actum) QUESTÃO 02 CESPE TCE/SC AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO DIREITO No Código Penal brasileiro, adota-se a teoria da ubiquidade, conforme a qual o lugar do crime é o da ação ou da omissão, bem como o lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Certo. Trata-se do disposto no art. 6 o do CP. Vejamos. Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado 39

40 QUESTÃO 03 CESPE TJDFT TÉCNICO JUDICIÁRIO AREA ADMINISTRATIVA Ainda que se trate de tentativa delituosa, considera-se lugar do crime não só aquele onde o agente tiver praticado atos executórios, mas também aquele onde deveria produzir-se o resultado. Certo. O Código Penal adotou quanto ao lugar do crime a teoria da ubiquidade ou mista, constante em seu art. 6o. Vejamos. Art. 6º Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. QUESTÃO 04 - CESPE TJDFT JUIZ 2016 (ADAPTADA). Ficam sujeitos à lei brasileira os crimes contra o patrimônio ou a fé pública do DF, de estado, de município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo poder público, embora cometidos no estrangeiro, sendo o agente punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro. Certo. A questão corresponde ao disposto no art. 7o, b do CP que trata do Princípio da Defesa ou da Proteção. Vejamos. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: (...) b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. 40

41 QUESTÃO 05 - CESPE TJDFT JUIZ 2016 (ADAPTADA). Não é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, ainda que achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. Errado. O erro se encontra na negativa da questão. De acordo com o art. 5º, 2º do CP é também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. QUESTÃO 06 - CESPE PC-PE ESCRIVÃO DE POLÍCIA 2016 (ADAPTADA) Situação hipotética: João, namorado de Maria e por ela apaixonado, não aceitou a proposta dela de romper o compromisso afetivo porque ela iria estudar fora do país, e resolveu mantê-la em cárcere privado. Assertiva: Nessa situação, a atitude de João enseja o reconhecimento da inimputabilidade, já que o seu estado psíquico foi abalado pela paixão. Errado. A emoção e a paixão não excluem a imputabilidade penal. (Art. 28 do CP). QUESTÃO 07 - CESPE PC-PE ESCRIVÃO DE POLÍCIA 2016 (ADAPTADA) Na situação em que o agente, com o fim precípuo de cometer um roubo, embriaga-se para ter coragem suficiente para a execução do ato, não se aplica a teoria da actio libera in causa ou da ação livre na causa. 41

42 Errado. A embriaguez não acidental, seja ela derivada de dolo ou culpa, jamais exclui a imputabilidade. Aplica-se a teoria da actio libera in causa. (Art. 28 do CP) QUESTÃO 08 - CESPE PC-PE ESCRIVÃO DE POLÍCIA 2016 (ADAPTADA) Situação hipotética: Elizeu ingeriu, sem saber, bebida alcoólica, pensando tratar-se de medicamento que costumava guardar em uma garrafa, e perdeu totalmente sua capacidade de entendimento e de autodeterminação. Em seguida, entrou em uma farmácia e praticou um furto. Assertiva: Nesse caso, Elizeu será isento de pena, por estar configurada a sua inimputabilidade. Certo. Exclui-se a imputabilidade em virtude de embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou de força maior. (art. 28 do CP) QUESTÃO 09 - CESPE PC-PE ESCRIVÃO DE POLÍCIA 2016 (ADAPTADA) Situação hipotética: Paulo foi obrigado a ingerir álcool por coação física e moral irresistível, o que afetou parcialmente o controle sobre suas ações e o levou a esfaquear um antigo desafeto. Assertiva: Nesse caso, a retirada parcial da capacidade de entendimento e de autodeterminação de Paulo não enseja a redução da sua pena no caso de eventual condenação. Errado. A embriaguez derivada de caso de força maior, quando parcial, acarreta na diminuição da pena. QUESTÃO 10 - CESPE PC-PE ESCRIVÃO DE POLÍCIA 2016 (ADAPTADA) 42

43 Situação hipotética: Em uma festa de aniversário, Elias, no intuito de perder a inibição e conquistar Maria, se embriagou e, devido ao seu estado, provocado pela imprudência na ingestão da bebida, agrediu fisicamente o aniversariante. Assertiva: Nessa situação, Elias não será punido pelo crime de lesões corporais por ausência total de sua capacidade de entendimento e de autodeterminação. Errado. A embriaguez não acidental, seja ela derivada de dolo ou culpa, jamais exclui a imputabilidade. Aplica-se a teoria da actio libera in causa. (Art. 28 do CP) QUESTÃO 11 - CESPE TRE/GO ANALISTA JUDICIÁRIO / ÁREA JUDICIÁRIA A revogação expressa de um tipo penal incriminador conduz a abolitio criminis, ainda que seus elementos passem a integrar outro tipo penal, criado pela norma revogadora. Errado. A questão se refere ao princípio da continuidade típico-normativa. Nesse caso não há abolitio criminis, pois a conduta continua sendo considerada crime, ainda que por outro tipo penal. QUESTÃO 12 CESPE POLÍCIA CIENTÍFICA/PE - PERITO PAPILOSCOPISTA E AUXILIAR 2016 (ADAPTADA) De acordo com o princípio da nacionalidade, é possível a aplicação da lei penal brasileira a fato criminoso lesivo a interesse nacional ocorrido no exterior. Errado. A questão se refere ao Princípio da Defesa, da Proteção ou Real, constante no art. 7o, I, alíneas a, b e c do CP. Vejamos. CP, art. 7º: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 43

44 I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia pu fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço. QUESTÃO 13 CESPE POLÍCIA CIENTÍFICA/PE - PERITO PAPILOSCOPISTA E AUXILIAR 2016 (ADAPTADA) A aplicação da lei penal brasileira a cidadão brasileiro que cometa crime no exterior é possível, de acordo com o princípio da defesa. Errado. A questão se refere ao princípio da nacionalidade ativa, previsto no art. 7o, II, b do CP, o qual afirma aplicar-se a lei penal correspondente com a nacionalidade do agente, independentemente do lugar da nacionalidade da vítima. QUESTÃO 14 CESPE POLÍCIA CIENTÍFICA/PE - PERITO PAPILOSCOPISTA E AUXILIAR 2016 (ADAPTADA) De acordo com o princípio da representação, a lei penal brasileira poderá ser aplicada a delitos cometidos em aeronaves ou embarcações brasileiras privadas, quando estes delitos ocorrerem no estrangeiro e aí não forem julgados. Certo. A questão se refere ao art. 7o, II, c do CP, o qual informa o Princípio da Representação ou da Bandeira. Vejamos Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 44

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