FANESE Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe

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2 FANESE Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe Diretor Geral M.Sc. Ionaldo Vieira Carvalho Diretor Financeiro André Monteiro Freitas Presidente do Conselho Bárbara Monteiro Freitas Coordenador Acadêmico José Albérico Gonçalves Ferreira Autor Prof. M.Sc. Ulisses Pereira Ribeiro Revisor de Educação a Distância M.Sc. Mário Vasconcelos Andrade Ilustrações e Editoração Eletrônica TECNED - Tecnologias Educacionais TECNED - Tecnologias Educacionais Ltda. Av. Mário Jorge Menezes Vieira, 3074A - CEP Coroa do Meio - Aracaju - Sergipe atendimento@tecned.com.br - Site: - Tel.: (79)

3 Apresentação ANÁLISE ECONÔMICA I Orientações Gerais Para o Aluno Para um bom aproveitamento da Disciplina Análise Econômica I, na modalidade de Ensino a Distância, chamamos sua atenção para os seguintes aspectos: Leitura dos Objetivos Específicos de cada Unidade; Estudo do conteúdo disponibilizado no Ambiente Virtual- FANESE ou por mídia impressa; Pontualidade na entrega das atividades agendadas; Participação nos Fóruns e Chats; Interação com seu Tutor; Realização dos Exercícios de Fixação; Atenção especial para as datas das provas presenciais. Lembre-se: Você contará sempre com o apoio da Tutoria para solucionar dúvidas, discutir o conteúdo da Disciplina e orientações sobre as atividades. 3

4 ANÁLISE ECONÔMICA I Apresentação Apresentação da disciplina Prezado(a) Aluno(a), Frequentemente estamos envolvidos em processos de tomada de decisão, sejam elas pessoais, ou profissionais. Em geral, as decisões mais importantes não são fáceis de serem tomadas e passam a ser tarefas cada vez mais complexas num ambiente de rápidas mudanças econômicas, sociais, políticas e tecnológicas. No entanto, é fato que o grau de acerto das decisões aumenta quando elas são baseadas em informações capazes de tornar mais claros os custos e os benefícios de cada opção a ser escolhida. A economia é uma ciência que fornece informações de grande utilidade para os tomadores de decisão. Ela é fundamental para a compreensão do ambiente econômico, permitindo a previsão de mudanças que possam ocorrer neste ambiente, facilitando a antecipação de ações que podem ser realizadas no sentido de se lidar com a nova realidade. Pode-se, com isso, aproveitar melhor as oportunidades e enfrentar com mais propriedade as ameaças. Este material foi desenvolvido para nortear os estudos dos alunos matriculados na disciplina Análise Econômica I da Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe FANESE. Enfoca o conteúdo básico necessário para a compreensão da economia como ciência; dos princípios econômicos; dos problemas econômicos básicos de uma economia capitalista; do comportamento dos agentes econômicos numa economia de mercado; do funcionamento dos mercados; das flutuações econômicas e papel das políticas econômicas; dos indicadores de conjuntura da economia brasileira e internacional, dentre outros conteúdos. A intenção deste material didático é familiarizar o aluno com os conceitos econômicos, os problemas econômicos básicos e as técnicas de análise econômica. Não há intenção de se tratar com profundidade os temas específicos da Teoria Econômica. O que se deseja é facilitar ao máximo o entendimento da matéria sem prejuízo do conteúdo básico exigível. Os aprofundamentos necessários serão realizados por meio da leitura da literatura indicada ao longo deste material, nas bibliografias básica e complementar apresentadas no conteúdo programático, encontrado no Controle Acadêmico, além de outros materiais que você encontrará na plataforma da Webaula, indicados pelo tutor. Esperamos que você se apaixone pela Ciência Econômica e não deixe de estudar os assuntos econômicos. Busque sempre estar a par do noticiário, ele é muito útil no processo de aprendizagem. Lembre-se também que seu tutor está à sua disposição. Não deixe de consultá-lo. 4

5 Apresentação ANÁLISE ECONÔMICA I APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO Este material didático está dividido em três partes correspondentes às unidades avaliativas da disciplina Análise Econômica I. A primeira unidade compreende as unidades temáticas 1, 2 e 3, que correspondem, respectivamente, aos temas: Economia; Entendendo a dinâmica do mercado; e Fundamentos da Teoria da produção. Seus objetivos são: apresentar os conceitos que fundamentam a economia como ciência; explicar o funcionamento dos mercados; demonstrar as técnicas básicas de análise de mercado; e apresentar os fundamentos da teoria da produção, sob a ótica da Teoria Econômica. Ao final da primeira unidade, o aluno estará apto a: identificar o problema econômico fundamental e questões econômicas básicas; explicar os princípios econômicos; conceituar sistema econômico e apresentar os principais sistemas; explicar como funciona uma economia de mercado; diferenciar a microeconomia da macroeconomia; diferenciar economia positiva e economia normativa; identificar as variáveis de mercado; explicar os comportamentos da oferta e da demanda; identificar os fatores influenciadores da oferta e da demanda e explicar como eles afetam as forças do mercado; explicar o equilíbrio de mercado e as alterações neste; explicar as flutuações do preço de equilíbrio; identificar os tipos de estrutura de mercado; conceituar e exemplificar os fatores de produção fixos e variáveis; e apresentar as técnicas de análise da produção, diferenciando a análise de curto prazo e de longo prazo. A segunda unidade compreende as unidades temáticas 4, 5 e 6, correspondentes aos temas: Fundamentos da Teoria dos custos; Noções sobre dinâmica macroeconômica e ciclo econômico; e Noções sobre inflação. Seus objetivos são: apresentar os fundamentos da Teoria do Custo e como são determinados o lucro, o ponto de equilíbrio e o máximo do lucro; apresentar as principais variáveis determinantes da renda agregada, como esta última evolui ao longo do tempo e como a política econômica interfere no desempenho da economia; e apresentar o significado da inflação, os problemas consequentes, os tipos clássicos de inflação e as formas de controle de processos inflacionários. Ao final da segunda unidade, o aluno estará apto a: classificar os custos de produção; explicar o comportamento dos custos da firma no curto e longo prazo; determinar o lucro e o ponto de equilíbrio; explicar o processo de maximização do lucro; identificar o ponto de fechamento da firma; explicar o equilíbrio macroeconômico e os desequilíbrios; identificar as variáveis componentes da renda agregada e seus determinantes; explicar o efeito multiplicador da renda; identificar as injeções e os vazamentos do circuito econômico e compreender seus efeitos; explicar como a economia evolui ao longo do tempo e as consequências de um superaquecimento e de uma recessão econômica; explicar os efeitos das políticas econômicas expansionistas e restritivas; definir inflação e taxa de inflação; identificar os principais problemas causados pela inflação; e apresentar as características dos tipos clássicos de inflação e principais formas de combate às mesmas. A terceira e última unidade compreende as unidades temáticas 7, 8, 9 e 10, correspondentes aos temas: Noções sobre teoria monetária; Tópicos de Comércio internacional; Balanço de pagamentos; e Taxa de câmbio. Seus objetivos são: apresentar a teoria referente à moeda e à política monetária; apresentar conceitos e elementos relevantes para o entendimento da existência e desenvolvimento do comércio internacional; apresentar o balanço de pagamentos e técnica de análise dos resultados de suas contas; e apresentar o significado da taxa de câmbio, como ela flutua e como ela influencia as transações econômicas internacionais. Ao final da terceira unidade, o aluno estará apto a: conceituar moeda; apresentar as funções da moeda; apontar as características básicas da moeda; conceituar oferta monetária e apresentar sua composição; explicar os motivos pelos quais os agentes demandam moeda; explicar os efeitos das ações das autoridades monetárias na oferta monetária e na economia; apontar os motivos pelos quais os países comercializam entre si; apresentar o significado das vantagens comparativas; identificar os principais obstáculos ao livre comércio entre países; apresentar as principais políticas de comércio exterior; apresentar a função da Organização Mundial do Comércio; apresentar o significado e principais efeitos da globalização econômica; explicar a utilidade do balanço de pagamentos; apresentar a divisão do balanço de pagamentos; explicar a função de cada conta do balanço de pagamentos; explicar o significado dos saldos de cada conta do balanço de pagamentos; apresentar o significado e a utilidade das reservas internacionais; conceituar taxa de câmbio; explicar como a taxa de câmbio é determinada; e diferenciar os principais regimes cambiais. 5

6 ANÁLISE ECONÔMICA I Economia Unidade I ECONOMIA Esta unidade temática tem como objetivo apresentar os conceitos que fundamentam a economia como ciência. Ao final desta unidade você estará apto a: Identificar o problema econômico fundamental e questões econômicas básicas; Explicar os princípios econômicos; Conceituar sistema econômico e apresentar os principais sistemas; Explicar como funciona uma economia de mercado; Explicar o problema da escassez e a necessidade de se fazer escolhas; Diferenciar microeconomia de macroeconomia e apresentar seus principais objetivos; Diferenciar economia positiva e economia normativa Explicar os pressupostos básicos da análise microeconômica 1.1. O Problema Econômico Fundamental Como atender a uma infinidade de necessidades humanas com recursos escassos? A questão acima é o principal objeto de estudo da economia, ou seja, a ES- CASSEZ. Este problema é a razão pela qual a sociedade estuda como racionalizar (planejar) o uso dos recursos. Há limite na disponibilidade de dinheiro, tempo, espaço, energia, água, gente para trabalhar, máquinas, dentre outros recursos necessários à produção dos bens materiais (tangíveis) e imateriais (intangíveis) que a sociedade necessita. Por outro lado, a população mundial é cada vez maior e mais exigente em termos de consumo, necessitando-se de mais produção de alimentos, roupas, calçados, transporte, educação, saúde, diversão, dentre outras demandas. A Ciência Econômica origina-se desse problema. Ou seja, é a ciência social que estuda como os indivíduos e a sociedade decidem como produzir, distribuir e consumir bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas, alocando recursos escassos nesses processos. As ciências sociais estudam a organização e o funcionamento da sociedade. Considerando a natureza desse tipo de ciência, não há possibilidade de serem realizados experimentos controlados sobre o comportamento dos seres humanos, nem tampouco que se pensar em precisão das previsões e dos resultados de intervenções junto à sociedade de uma política pública, por exemplo. Ou seja, qual será o aumento exato da demanda efetiva de tablets no Brasil a partir da redução de 5% nos impostos sobre a produção e circulação deste bem? Dificilmente se consegue a informação exata. Apesar disso, informações sobre tendências de comportamento e estimativas de valor ou de taxa de variação dos dados são de grande valia para a tomada de decisão Questões Econômicas Fundamentais 6 São preocupações de qualquer sociedade. Questões que devem ser respondidas por conta da existência de escassez de recursos. As questões são:

7 Unidade I ANÁLISE ECONÔMICA I Economia o que e quanto produzir a sociedade tem que escolher quais bens devem ser produzidos e respectivas quantidades; como produzir a sociedade tem que definir a tecnologia que será utilizada na produção dos bens escolhidos; para quem produzir a sociedade tem que definir como a produção será distribuída Princípios Econômicos Além da escassez, há outros dois princípios econômicos básicos que devemos considerar: o hedonismo e a utilidade. Conceito de Hedonismo: o ser humano sempre busca o melhor para si, ou seja, busca a máxima satisfação. Deseja e busca o máximo benefício (satisfação, prazer) e tenta evitar o custo (insatisfação, desprazer). Assim sendo, ações ou reações da sociedade ou individuais podem ser previstas com base nesse princípio. Pense bem! Refrigerantes e sorvetes tendem a ser consumidos em maior quantidade quando o clima é quente ou frio? É comum as pessoas utilizarem trajes de banho por longo tempo em épocas de forte frio? Se houver aumento da renda dos consumidores, eles preferirão consumir mais bens de qualidade superior ou inferior? Se produzir milho dá mais lucro do que produzir soja, os agricultores tenderão a investir mais na produção de milho ou de soja? Vale observar que os comportamentos coletivos são mais importantes do que os individuais. Ou seja, se uma pessoa, numa população de 1.000, tem comportamento diferente das demais, o comportamento geral não será influenciado. Conceito de Utilidade: o valor que uma pessoa atribui a um bem depende da utilidade (satisfação) que esta pessoa acredita conseguir com a aquisição do mesmo. Bens considerados úteis são aqueles que proporcionam satisfação. Quanto maior é o grau de utilidade atribuído por um consumidor a um bem, maior será o preço (ou esforço) que o consumidor se disporá a pagar (realizar) para adquirir o mesmo Sistema econômico Forma como uma sociedade está organizada em termos políticos, econômicos e sociais para desenvolver as atividades de produção, distribuição e consumo dos bens e serviços. Um sistema econômico é caracterizado por um conjunto de regras e regulamentos que definem o comportamento dos agentes econômicos. O estudo do sistema econômico é importante porque: possibilita conhecer o funcionamento do sistema econômico; permite prever o comportamento futuro do sistema e identificar os distúrbios que possam prejudicar seu funcionamento; e orienta as famílias, gestores e governo no sentido controlar os fatores que afetam o funcionamento do sistema. 7

8 ANÁLISE ECONÔMICA I Economia Unidade I Tipos de sistema econômico: De forma geral, podemos classificar os sistemas econômicos como sistema de Economia Centralizada ou Planificada (socialista) ou sistema de Economia de Mercado (capitalista). Características do sistema de Economia Centralizada ou Planificada : As questões econômicas são resolvidas por um órgão central de planejamento; Predomina a propriedade pública dos fatores de produção (recursos produtivos); China e Cuba são economias organizadas com base nesse sistema econômico. Características de uma Economia de Mercado: Sistema regido pelas forças de mercado (demanda e oferta); Predomina a livre iniciativa; Predomina a propriedade privada dos fatores de produção; As questões econômicas são resolvidas de forma predominante pelo mecanismo de preços, através das forças de mercado. O sistema de economia de mercado é predominante no mundo, inclusive na nossa economia. Funcionamento de uma economia de mercado A disciplina Análise Econômica I enfoca, prioritariamente, conceitos e técnicas de análise do sistema de economia de mercado. Uma economia de mercado pode funcionar livremente ou sob a regulação governamental. As respectivas características são: Sistema de concorrência pura as forças do mercado (demanda e oferta) operam livremente sem a intervenção do governo. Sistema de economia mista as forças do mercado (demanda e oferta) atuam predominantemente, mas há intervenção governamental no sentido de melhorar a alocação dos recursos, a distribuição da renda e da riqueza geradas e o padrão de vida da coletividade. Condições que dificilmente ocorrem numa situação de concorrência pura. Circuito econômico básico (Economia de Mercado concorrência pura) O funcionamento básico de uma economia de mercado, concorrência pura, demonstra as interações econômicas entre as famílias 1 e as empresas 2, os dois agentes desse modelo de mercado. Na parte inferior do circuito, ilustrado na figura a seguir, é demonstrado o mercado de fatores de produção 3, onde percebemos a venda de fatores de produção por parte das famílias às empresas e, como contrapartida, o recebimento de rendas 4 pelas famílias, pagas pelas empresas. Na parte superior do circuito temos a representação do mercado de bens, onde percebemos o fluxo que ilustra a venda dos bens e serviços finais 5 por parte das empresas às famílias. Como contrapartida disso, tem-se a despesa 6 realizada pelas famílias com o pagamento às empresas pelos bens e serviços adquiridos Famílias: fornecem os fatores de produção às empresas e consomem os bens e serviços finais 2 - Empresas: instituições responsáveis pela produção dos bens e serviços que a sociedade necessita. Para realizar a produção necessitam dos fatores de produção. 3 - Fatores de produção (recursos produtivos) - Mão-de-Obra, Capital, Recursos Naturais. 4 - Remuneração dos fatores (renda) - Salários, Lucros, Juros, Aluguéis. 5 - Bens e serviços de consumo final: produtos acabados destinados a satisfazer as necessidades das pessoas físicas (famílias) 6 - Despesa com consumo: gasto com a aquisição dos bens e serviços de consumo final

9 Unidade I ANÁLISE ECONÔMICA I Economia Circuito Econômico Básico (Economia de Mercado) Mais informações sobre sistemas econômicos são encontradas em Vasconcellos (2008, cap. 1) 1.5. Escassez e Escolhas Os recursos são escassos, portanto, temos que fazer escolhas. O problema da escassez é ilustrado pelo modelo denominado de fronteira (ou curva) de possibilidades de produção, que demonstra combinações de produção de dois bens possíveis de ser realizadas com os recursos disponíveis. A escassez de recursos impõe limite à quantidade que pode ser produzida de cada um dos dois bens. Assim sendo, em pleno uso dos recursos disponíveis, somente será possível aumentar a produção de um dos bens se, obrigatoriamente, houver redução da produção do outro bem. Um exemplo prático: se você destina 04 horas diárias para estudar as disciplinas da faculdade e acaba dedicando mais tempo para estudar uma das disciplinas, sobrará menos tempo para estudar as outras disciplinas. Diante dessa condição, quatro conceitos são relevantes: Eficiência Produtiva Ocorre quando a economia opera em sua fronteira de possibilidades de produção. Onde não há desemprego de recursos. Custo de Oportunidade benefício que a sociedade abre mão por reduzir a quantidade produzida de um dos bens e empregar os recursos disponíveis no aumento da produção do outro bem. Desemprego Ocorre quando a economia opera abaixo da fronteira de possibilidades de produção, abaixo de sua capacidade; existência de recursos que não são aplicados; ociosidade: mão-de-obra, máquinas, dinheiro e outros recursos desempregados. O desemprego existe quando o grau de utilização da capacidade produtiva é menor que 100%. Crescimento Ampliação da capacidade de produção. Isto é possível pelo aumento na quantidade de recursos ou mudança tecnológica: Determinantes do crescimento Aumento da dotação de recursos: Mais recursos naturais Mais Mão-de-Obra Mais Capital (produtivo) 9

10 ANÁLISE ECONÔMICA I Economia Unidade I Mais Recursos financeiros Variação Tecnológica: Novos processos de produção; Novos produtos; Novos recursos Microeconomia e Macroeconomia Microeconomia ramo da Teoria Econômica que estuda os comportamentos individuais. Estuda o funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de produtos. Principais problemas microeconômicos: o comportamento do consumidor e a análise da procura; o comportamento do empresário, a empresa e a análise da oferta; a remuneração dos fatores de produção e repartição da renda; e a estrutura concorrencial e equilíbrio dos mercados. Macroeconomia - ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia como um todo. Procura identificar e medir as variáveis que determinam a produção de um país, o nível de emprego, o nível geral de preços do sistema econômico e a inserção do país na economia mundial. Principais problemas macroeconômicos: nível de produção da economia; nível geral de preços; nível de emprego; transações internacionais; e dinâmica macroeconômica 1.7. Economia Positiva e Economia Normativa Economia Positiva argumentos positivos, fundamentados num conjunto de conhecimentos objetivos, de base científica. Referem-se ao que é ou como de fato funciona. Economia Normativa argumentos normativos ou subjetivos, que contêm juízo de valor. Referem-se ao que ou como deveria ser Pressupostos Básicos da Análise Microeconômica 10 A Condição coeteris paribus os cientistas econômicos usam esse pressuposto para explicar que o comportamento de uma variável provocado por outra está condicionado a inexistência de alterações em outras variáveis. Por exemplo, a demanda de um bem tende a diminuir quando há aumento do preço deste, coeteris paribus, ou seja, se não houver aumento da renda, aumento do crédito, dentre outras mudanças que afetam a demanda deste bem. O papel dos preços relativos quanto vale um bem em termos de outro bem. É usual no campo os agricultores ou pecuaristas medirem o valor de um bem em termos do que produz. Por exemplo, quantas sacas de soja são necessárias, ao preço de hoje, para se comprar um caminhão ou um trator. Mudanças no preço relativo tendem a provocar alterações na demanda. Ou seja, caso o agricultor precise produzir e vender mais

11 Unidade I ANÁLISE ECONÔMICA I Economia soja para comprar o mesmo caminhão ou trator, a demanda de mercado destes últimos tenderá a ser menor. O princípio da racionalidade o ser humano é hedonista e, por isso, seu comportamento, em termos gerais, pode ser previsto. Ver conceito de hedonismo acima. RESUMO Esta unidade temática teve como objetivo apresentar os conceitos que fundamentam a economia como ciência. O conteúdo desta unidade tratou do problema econômico fundamental; questões econômicas básicas; princípios econômicos; sistema econômico; funcionamento de uma economia de mercado; problema da escassez e a necessidade de se fazer escolhas; diferenças entre a microeconomia e a macroeconomia e seus principais objetivos; economia positiva e economia normativa; e dos pressupostos básicos da análise microeconômica 11

12 ANÁLISE ECONÔMICA I Entendendo a Dinâmica do Mercado Unidade I ENTENDENDO A DINÂMICA DO MERCADO 7 O objetivo desta unidade é explicar o funcionamento dos mercados, considerando- -se os comportamentos das forças de mercado e fatores influenciadores e demonstrar as técnicas básicas de análise de mercado. Ao final da unidade você estará apto a: Identificar as variáveis de mercado; Explicar os comportamentos da oferta e da procura (demanda); Identificar os fatores influenciadores da oferta e da demanda e explicar como eles afetam essas forças do mercado; Explicar o equilíbrio de mercado e alterações neste; Explicar as flutuações do preço de equilíbrio; Identificar os tipos de estrutura de mercado; O mercado de um bem é constituído pelos ofertantes (vendedores) e demandantes (consumidores) desse bem e a partir da interação entre estes dois agentes são estabelecidos o preço e a quantidade transacionada. Em bolsas de mercadorias, por exemplo, podemos perceber, através de gráficos publicados nos sites das próprias bolsas, o comportamento dos preços dos bens, nos quais os ofertantes podem avaliar o melhor momento para vender sua mercadoria e os demandantes avaliar o melhor momento para comprar o bem. O desempenho desse tipo de bolsa demonstra a dinâmica dos mercados dos diversos bens que são transacionados naquele mercado. O aumento do preço no mercado de um bem é sinal de que houve aumento da demanda ou redução da oferta ou, ainda, de que esses dois eventos aconteceram de forma concomitante. Isto é sinal de escassez do bem no mercado. Ao contrário, a redução do preço de um bem é provocada pela redução da demanda ou aumento da oferta ou, ainda, pela ocorrência desses dois eventos de forma concomitante. Isto é sinal de abundância (excesso) do bem no mercado. Exemplo: Preço do feijão no ano xxxx Preço Preço do feijão 0 Oferta (e/ou) demanda Oferta (e/ou) demanda meses Observação: considerando o escopo da disciplina Análise Econômica I, neste material didático abordaremos os fundamentos da teoria microeconômica básica, que tem por base os conceitos e técnicas de análise de mercados competitivos. É um modelo teórico que nos fornece conhecimentos importantes para análise dos mercados, mas que não têm a abrangência necessária a um aprofundamento da análise da realidade de mercados não competitivos, por exemplo.

13 Unidade I ANÁLISE ECONÔMICA I Entendendo a Dinâmica do Mercado 2.1. Forças de Mercado Demanda e Oferta DEMANDA É a quantidade de um bem que um indivíduo ou grupo de indivíduos desejam e podem comprar, a cada nível de preço. Depende das preferências do consumidor; Depende da restrição orçamentária. Só existe se o consumidor puder pagar pelo consumo. Lei da demanda A Lei da demanda demonstra o comportamento geral do consumidor diante da variação do preço dos bens. Ou seja, que a quantidade demandada de um bem tenderá a ser maior se o preço deste diminuir e vice-versa. O gráfico a seguir ilustra esse comportamento. A curva decrescente representa a demanda, demonstrando a relação inversa entre a quantidade demandada e preço do bem. Pode-se perceber que, se o preço passar de P 1 para P 2 (redução do preço), a quantidade demandada passará de q 1 para q 2 (aumento da quantidade demandada), e vice-versa. Curva da Demanda P 1 Preço P 2 Demanda 0 q 1 Quantidade ofertada q 2 Este comportamento se deve a: O consumo depende das preferências do consumidor; A satisfação que o consumidor percebe no consumo de determinado bem tende a ser cada vez menor à medida que ele passa a dispor de quantidades cada vez maiores deste bem. Ou seja, quanto mais saciado o consumidor estiver, menor será o valor que ele estará disposto a gastar na aquisição de novas unidades do mesmo bem. Na teoria econômica, esse comportamento do consumidor é explicado pela teoria do valor utilidade. A condição orçamentária do consumidor (restrição orçamentária) limita seu consumo. Ou seja, se o consumidor destina R$ 100,00 de seu orçamento para gastar na compra de um bem que custa R$ 20,00, ele poderá comprar até 5 unidades deste bem. Se o preço do bem aumentar, mas a renda do consumidor permanecer a mesma, o consumo diminuirá. 13

14 ANÁLISE ECONÔMICA I Entendendo a Dinâmica do Mercado Unidade I Demanda de mercado Ao contrário, se o preço do bem diminuir, com os mesmos R$ 100,00 o consumidor poderá adquirir mais unidades do bem. É a demanda total existente no mercado a cada nível de preço. Vejamos um exemplo: Supondo que as demandas individuais de João, Maria e José por um bem sejam aquelas demonstradas nos esquemas de demanda a seguir, e que não existam outros consumidores para este bem; então, qual seria a variação absoluta da quantidade demandada no mercado deste bem se o preço do mesmo passasse de R$ 2,00 para R$ 1,00? Vamos analisar! Ao preço de R$ 2,00 a demanda de mercado soma 20 unidades ( ). Se o preço passa para R$ 1,00, a demanda de mercado passa a ser de 30 unidades ( ). Assim, a variação absoluta é um aumento de 10 unidades (passou de 20 para 30 unidades). Sensibilidade da demanda a alterações no preço (Elasticidade-Preço da Demanda) 14 Conceito geral de elasticidade Alteração percentual em uma variável como consequência de uma variação percentual em outra, coeteris paribus. Este índice demonstra o grau de sensibilidade da demanda em relação a mudanças nas suas variáveis determinantes como preço e renda, por exemplo. A Elasticidade-Preço da Demanda (EPD) É determinada pela razão entre a variação percentual da quantidade demandada e a variação percentual do preço. Se a quantidade demandada de um bem variar numa proporção menor que a do preço (EPD < 1), então essa demanda é inelástica. Caso contrário, se a demanda variar numa proporção maior que a do preço (EPD > 1), então essa demanda é elástica. Há também o índice de elasticidade unitária (EPD = 1), quando a variação percentual da quantidade demandada é igual à variação percentual do preço. Elasticidade-Preço da Demanda e Receita da firma Empresários e governos observam os graus de elasticidade da demanda dos produtos antes de implementar suas políticas. Isto porque, a depender do grau de elasticidade-preço da demanda do produto objeto da ação, o resultado da política poderá ser diferente do esperado. Por exemplo, se um empresário fizer uma promoção a partir de descontos nos preços dos produtos que vende, os resultados, em termos de receita, podem ser: Para demanda elástica - a redução no preço terá como resultado um aumento na receita de vendas e vice-versa. Para demanda inelástica - a redução no preço terá como resultado uma queda na receita de vendas e vice-versa.

15 Unidade I ANÁLISE ECONÔMICA I Entendendo a Dinâmica do Mercado Por isso, um empresário que vende um produto que tem demanda inelástica dificilmente utiliza a redução de preço como estratégia de aumento de receita. Vejamos um exemplo prático: Determinado bem que é vendido por R$ 10,00 cada tem um volume de vendas mensal de unidades. Suponha que a empresa diminua o preço do mesmo para R$ 9,00 e, como consequência, o volume de vendas aumente para unidades. Pode-se observar que a demanda deste bem é elástica, pois a variação na quantidade demandada é maior que a variação no preço. Neste caso, a receita de vendas que antes era de R$ ,00 (10,00 x 1.000) passa a ser de R$ ,00 (9,00 x 1.200). Agora, se a demanda passar, por exemplo, para unidades, ao invés de 1.200, a demanda, neste caso, é inelástica, pois a variação na quantidade demandada é menor que a variação no preço. Assim, com a redução do preço a receita de vendas passará a ser de R$ 9.450,00 (9,00 x 1.050), portanto, menor que a receita original. Efeito do aumento de impostos, considerando os graus de elasticidade Outro aspecto a ser observado é o impacto na receita da firma decorrente do aumento de impostos. Neste caso, um empresário tem mais dificuldade de repassar aumentos de impostos para o preço de produtos que têm demanda elástica do que para os que têm demanda inelástica. Isto porque, se o aumento do imposto for repassado integralmente para o preço de venda, a receita de vendas dos produtos que têm demanda mais elástica sofrerão queda significativamente maior do que os bens que têm demanda inelástica. Assim sendo, para os produtos que têm demanda elástica, o empresário geralmente, opta pela redução de sua margem de lucro (diferença entre o preço de venda e o custo de se produzir e vender o produto), ao invés de repassar de forma integral o aumento do imposto para o preço de venda desse produto. Desse modo, ele evita a queda drástica da receita, evitando assim, o prejuízo (receita < custo). Fatores influenciadores da Elasticidade-Preço da demanda (EPD): O quadro a seguir apresenta as principais características das demandas elástica e inelástica, considerando os fatores influenciadores da EPD. Características da demanda elástica e inelástica Exemplos: Bens essenciais e que não tenham substitutos próximos tendem a ter demanda inelástica. Quanto mais substitutos próximos um bem tiver, mais elástica (ou menos inelástica) tende a ser sua demanda Outros fatores influenciadores da demanda Não somente o preço do bem exerce influência sobre o consumo, mudanças em outras variáveis provocam aumento ou redução do mesmo. No mercado de imóveis de Aracaju, por exemplo, os preços sobem em ritmo acelerado, mas as vendas desse bem continuam aumentando. O que isso significa? Não pense que a lei da demanda não funciona no mercado de imóveis. Na verdade, outras variáveis estão exercendo 15

16 ANÁLISE ECONÔMICA I Entendendo a Dinâmica do Mercado Unidade I maior influência na demanda de imóveis do que o preço desses bens. Aumento da renda e do crédito são os principais fatores que explicam a situação atual deste mercado. Fatores que influenciam a demanda: A demanda é influenciada por alterações na renda do consumidor, crédito, preço de bens substitutos e de bens complementares, clima, cultura, preferências do consumidor, propaganda, entre outros fatores. No quadro a seguir são apresentados alguns exemplos de formas de influência na demanda, que a fazem flutuar. Comportamento da demanda diante de alterações de fatores influenciadores Bens normais, inferiores e de consumo saciado Bens normais - são todos os bens cujo consumo tende a aumentar quando há aumento da renda do consumidor e vice-versa. Eletrodomésticos, brinquedos, a maioria dos tipos de roupas e calçados são exemplos desse tipo de bem. No entanto, o aumento da renda não influencia positivamente a todos os bens. Existem dois tipos de bem que têm comportamento diferente, conhecidos como bens inferiores e bens de consumo saciado. Bens inferiores são bens cuja demanda tende a diminuir quando há aumentos na renda do consumidor. Em muitos casos, são bens de qualidade inferior que são substituídos à medida que o consumidor passa a ter uma renda maior. Também há bens de consumo básico que não necessariamente são de qualidade inferior, mas que têm queda da demanda pelo fato do consumidor buscar diversificar o consumo. Bens de consumo saciado são bens que não sofrem influência da renda. O sal e o remédio de uso contínuo que não tenha substituto são exemplos desse tipo de bem. Se os consumidores ficarem mais ricos, ou mais pobres, deverão consumir as mesmas quantidades desses bens. A elasticidade-renda 16 É um importante instrumento de gestão, tanto para empresários como para o governo. Este índice mede o grau de sensibilidade da demanda de um bem a alterações na renda do consumidor. Através dele o empresário ou o governo pode medir o impacto de uma política de rendas, por exemplo, na demanda de determinados bens. Com isso, o empresário poderá preparar seus estoques de mercadorias com o objetivo de aproveitar oportunidades ou minimizar prejuízos. Já o governo poderá regular a renda do consumidor de modo a estimular ou desestimular a economia na intensidade mais conveniente, por exemplo. O grau de elasticidade-renda (ER) é obtido pela razão entre a variação percentual da quantidade demandada e a variação percentual da renda do consumidor.

17 Unidade I ANÁLISE ECONÔMICA I Entendendo a Dinâmica do Mercado Um índice ER igual a ½, por exemplo, indica que para cada 2% de aumento da renda do consumidor, a demanda do bem deverá aumentar em 1%. Em termos práticos, se considerarmos um mercado que tenha esse índice e a renda do consumidor aumente em 10%, se tudo mais se mantiver constante (coeteris paribus), a demanda do bem deverá aumentar em 5% 8. Conhecer previamente que a demanda crescerá em 5% permite ao empresário se preparar para vender 5% a mais. Caso o bem que está sendo analisado seja inferior, o índice ER será negativo. Imaginemos um índice ER igual a - ¼. Isso significa que para cada 4% de aumento da renda do consumidor a demanda do bem deverá diminuir 1%. Assim, para saber o impacto na demanda, o agente deverá multiplicar a variação percentual da renda por 1/4. Bens substitutos e complementares A demanda de um bem tende a sofrer mudanças quando há alterações no mercado dos bens substitutos e complementares. Vamos entender como isso ocorre. Bens substitutos - são bens que proporcionam satisfação semelhante à satisfação do bem em análise e, assim sendo, são concorrentes no mercado. Neste caso, há concorrência indireta. Quanto mais perfeita for a substituição, mais facilmente o consumidor trocará um bem pelo outro. São substitutos - transporte público: ônibus, metrô, táxi lotação e táxi; adoçante: açúcar, adoçante, mel, melaço e rapadura; meios de comunicação: carta, fax, , e telefone. Caso o bem substituto fique mais barato, a demanda do bem em análise sofrerá redução. Bens complementares bens que, normalmente, são consumidos em conjunto. A satisfação do consumidor somente se realiza com o consumo do conjunto dos bens que se complementam. São bens complementares café e açúcar; pão e manteiga; arroz e feijão com carne; automóvel e combustível. Caso haja aumento do preço do bem complementar a demanda do bem em análise tenderá a sofrer redução. A elasticidade-preço Cruzada (EPZ) Outro importante instrumento de gestão, o índice de elasticidade-preço cruzada mede o grau de sensibilidade da demanda de um bem a alterações no preço do bem substituto ou do complementar. O grau de elasticidade-preço cruzada (EPZ) é obtido pela razão entre a variação percentual da quantidade demandada do bem em análise e a variação percentual do preço do outro bem. O índice EPZ de sinal positivo resulta do cálculo com bens substitutos. Já o índice EPZ de sinal negativo é resultante do cálculo com bens complementares. E o índice EPZ nulo (igual a zero) indica que não há relação entre os dois bens relacionados. Um índice EPZ igual a ½, por exemplo, indica que a análise está sendo feita entre bens substitutos e que, para cada 2% de aumento do preço do bem substituto, a demanda do bem estudado deverá aumentar em 1%. No entanto, se o índice fosse - ½, o estudo estaria sendo feito entre bens complementares e a demanda do bem estudado tenderia a ter queda de 1% para cada 2% de aumento do preço do bem complementar. 8 - Lembre-se que no numerador temos a variação na quantidade demandada (5%) e no denominador a variação na renda (10%). 17

18 ANÁLISE ECONÔMICA I Entendendo a Dinâmica do Mercado Unidade I OFERTA Quantidade que um indivíduo ou grupo de indivíduos deseja e pode vender a cada nível de preço. Depende da capacidade de produção existente; Depende do custo de produção; O custo de produção pode inviabilizar a atuação da firma no mercado. Não tem nada a ver com desconto de preço. Lei da Oferta Expressa que o produtor é estimulado a ofertar mais unidades de seu produto se o preço de vendas deste aumentar. Ao contrário, a queda do preço desestimulará o produtor, resultando em menor oferta do produto no mercado. Isto acontece em mercados competitivos, nos quais o produtor deseja maximizar seu lucro, ou seja, alcançar a máxima diferença entre a receita de vendas e o custo do produto. Em termos de margem, o máximo lucro seria alcançado com a máxima diferença entre o preço de vendas e o custo médio do produto. O gráfico abaixo ilustra a curva da oferta, expressão da Lei da oferta. Está representando um aumento da quantidade ofertada como resposta ao aumento do preço do bem Curva da Oferta Oferta Preço P 2 P 1 0 q 1 q 2 Quantidade ofertada Além de expressar a reação do produtor a alterações no preço, em mercados competitivos, a curva de oferta é derivada do crescimento dos custos relacionados aos acréscimos de produção no curto prazo. Assim, a firma ofertará uma quantidade maior de produtos somente se o preço destes aumentar. A oferta de mercado é a soma das ofertas individuais a cada nível de preço. Ou seja, se houver 50 ofertantes no mercado, a oferta total será a soma das ofertas dos 50 ofertantes. Sensibilidade da oferta a alterações no preço (Elasticidade-Preço da Oferta) 18 É determinada pela razão entre a variação percentual da quantidade ofertada e a variação percentual do preço. Se a quantidade ofertada de um bem variar numa proporção menor que a do preço (EPO < 1), então essa oferta é inelástica. Caso contrário, se a oferta variar numa proporção maior que a do preço (EPO > 1), então essa oferta é elástica. Há também o índice de elasticidade unitária (EPO = 1), quando a variação percentual da quantidade ofertada é igual à variação percentual do preço.

19 Unidade I ANÁLISE ECONÔMICA I Entendendo a Dinâmica do Mercado Em termos práticos, a EPO indica se a firma tem facilidade ou dificuldade de atender ao crescimento da demanda no prazo que o consumidor necessita. Isto depende, basicamente, dos fatores que influenciam a EPO, apresentados no item a seguir. Fatores influenciadores da elasticidade-preço da oferta (EPO): Taxa de crescimento do custo à medida que a produção aumenta. Se os custos aumentam a uma taxa maior que a do aumento da produção, então a margem de lucro tende a ser cada vez menor, tornando o aumento da oferta desvantajoso. Neste caso, a oferta é inelástica. Caso os custos não cresçam rápido, a oferta tende a ser elástica; Existência de capacidade de reserva. A existência de capacidade reserva permite o aumento mais rápido da produção, já que não requer ampliação de capacidade produtiva. Neste caso, quanto maior é a capacidade reserva, mais elástica será a oferta da firma. Nível de estoque da empresa. Se a empresa tem estoque suficiente para atender mais rapidamente às necessidades do mercado, maior será o grau de elasticidade da oferta; Grau de facilidade de substituição de produtos na linha de produção. Se a empresa produz mais de um produto, utilizando a mesma estrutura produtiva e consegue fazer a substituição facilmente de um produto pelo outro de acordo com as necessidades do mercado, então as ofertas dos produtos são elásticas. Caso haja dificuldade e seja necessário muito tempo para adequar a estrutura para os diferentes produtos, então a oferta será inelástica. Fatores influenciadores da oferta Além do preço, outros fatores influenciam o produtor a aumentar ou diminuir sua produção. Levando-se em conta o objetivo da maximização do lucro, em mercados competitivos, a oferta de um produto tenderá a aumentar caso o lucro aumente. Assim, ocorrerá aumento da oferta de um produto caso haja redução do custo; melhoramento tecnológico, que implica em redução do custo; regulamentação governamental favorável; incentivos do governo; condições climáticas propícias à produção; e caso os bens de produção alternativos fiquem mais baratos, tornando sua produção desvantajosa. Condições contrárias a estas tendem a provocar a queda da oferta EQUILÍBRIO DE MERCADO O equilíbrio de mercado é uma situação que não há presença de pressões sobre o preço no mercado. Nem para aumento, nem para redução. Isto porque a oferta do bem no mercado é igual à demanda, não havendo excesso ou escassez da mercadoria. Caso haja excesso da mercadoria, ou seja, a oferta seja maior do que a demanda, haverá pressão para a queda do preço. Este seria o caso de haver tomate demais na feira. Dessa forma, o tomate ficaria mais barato. Ao contrário, no caso de haver escassez da mercadoria, ou seja, a demanda é maior do que a oferta, haverá pressão para que o preço aumente. Aproveitando o exemplo do tomate, seria ele o caso de estar faltando a mercadoria, e de os consumidores precisarem de mais unidades. Dessa forma, o tomate ficaria mais caro. O gráfico a seguir ilustra o processo de equilíbrio no mercado. Temos representadas as curvas da oferta (curva crescente) e da demanda (curva decrescente). O ponto onde as duas curvas se cruzam (oferta igual à demanda) identifica o preço de 19

20 ANÁLISE ECONÔMICA I Entendendo a Dinâmica do Mercado Unidade I equilíbrio e a quantidade de equilíbrio. Acima do preço de equilíbrio temos ilustrada uma situação de excesso de oferta e abaixo uma situação de excesso de demanda. O equilíbrio de mercado pode mudar de posição, se deslocando para níveis mais altos ou mais baixos. Isto ocorre como consequência de alterações nas curvas da oferta e da demanda, como consequência de variações nos fatores influenciadores da demanda e da oferta. A seguir são apresentadas ilustrações a esse respeito. Vejamos: 20

21 Unidade I ANÁLISE ECONÔMICA I Entendendo a Dinâmica do Mercado 2.2. ESTRUTURAS DE MERCADO A estrutura ou Tipo de mercado indica o grau de controle competitivo existente em um mercado. É estabelecida por um conjunto de características, como o número de compradores e de vendedores; a existência ou não de bens substitutos próximos; como a competição é realizada entre os vendedores, se via preço ou diferenciação; e se há barreiras à entrada, condições que impedem a entrada de novos concorrentes no mercado. Ou seja, para definirmos a estrutura de um mercado temos que observar suas características, quais sejam: Nº de empresas; Nº de consumidores; Existência ou não de substitutos próximos; Existência ou não de diferenciação; Existência ou não de barreiras à entrada Fatores que representam barreiras à entrada de outras firmas no mercado monopolista: Dimensão reduzida do mercado Existência de patentes Proteção oferecida por leis governamentais Controle das fontes de suprimento de matérias-primas Escala mínima de produção, dentre outras A depender da estrutura do mercado, perceberemos se pode haver concentração de poder de modo que um indivíduo ou grupo de indivíduos exerça vantagem sobre os outros agentes e, desse modo, possa obter benefícios, mais lucros, por exemplo. O grau de controle competitivo é estabelecido pelas barreiras à entrada existentes no mercado. Quanto maior for a barreira à entrada existente em um mercado, maior será o grau de controle competitivo. Imaginemos um monopólio, por exemplo. Como só existe um único vendedor neste mercado, atendendo a número grande de consumidores, quem detém todo o poder sobre a formação do preço no mercado é o monopolista (vendedor). O contrário acontece no monopsônio, mercado constituído de muitos vendedores e apenas um comprador do bem. Neste caso, o poder sobre o estabelecimento do preço é exclusivo do monopsonista (comprador). Veja na figura a seguir exemplos de estruturas de mercado e o respectivo grau de controle competitivo. Estruturas de mercado e grau de controle competitivo Nulo Grau de controle competitivo Alto Concorrência perfeita Concorrência Monopolística Oligopólio Monopólio Oligopsônio Monopsônio O quadro a seguir apresenta as principais características das estruturas de mercado destacadas: concorrência perfeita, monopólio, monopsônio, oligopólio, oligopsônio e concorrência monopolística. 21

22 ANÁLISE ECONÔMICA I Entendendo a Dinâmica do Mercado Unidade I Estruturas de Mercado Exemplos de estruturas de mercado: Concorrência Perfeita: hortifrutigranjeiros, commodities. Concorrência Monopolística: consultórios médicos (por especialidade), lojas de roupas e sapatos, faculdades Monopólio: concessão de habilitação para motoristas, concessionárias responsáveis por rodovias, distribuição de energia e água em Aracaju. Monopsônio: apenas uma usina de pasteurização de leite numa bacia leiteira; um único comprador de ferramentas especiais. Oligopólio Homogêneo ou concentrado: cimento, aço, máquinas e equipamentos. Oligopólio diferenciado: bens de consumo duráveis (automóveis, geladeiras, fogões, etc.); bens de consumo não duráveis (produtos farmacêuticos, de perfumaria, cigarros e bebidas). Oligopsônio: mercado da laranja em Sergipe poucas fábricas de suco e grande número de produtores de laranja. RESUMO O objetivo desta unidade temática foi explicar o funcionamento dos mercados, considerando os comportamentos das forças de mercado como resposta às influências de seus fatores influenciadores. Outro objetivo foi demonstrar as técnicas básicas de análise de mercado. O conteúdo apresenta a dinâmica do mercado, explicitando o comportamento do preço como resultado de mudanças na oferta e na demanda. Além disso, explica como os fatores influenciadores da oferta e da demanda atuam de modo alterar o preço de equilíbrio de mercado. Apresenta ainda como o preço flutua regulando os desejos dos ofertantes e demandantes. Por fim, foram mostradas as principais diferenças entre as estruturas de mercado e como o poder de mercado se estabelece Em termos teóricos, no monopólio, além do produto ser único, não há substitutos próximos.

23 Unidade I ANÁLISE ECONÔMICA I Entendendo a Dinâmica do Mercado EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Questão 1 - Qual é o principal problema da economia? a) a pobreza b) o mercado c) a escassez d) o capitalismo e) nenhuma das opções anteriores Questão 2 - A Ciência Econômica considera a característica hedonista do ser humano, ou seja, este sempre buscará sua felicidade, sua máxima satisfação. Sendo assim, a) Qual é o comportamento de um consumidor diante de aumentos do preço de mercado dos produtos que consome? (informe se haverá estímulo ou desestímulo a ação desse agente e explique o porquê desse comportamento) b) Quais fatores podem provocar aumentos na demanda de um produto, mesmo que o preço dele não se altere? (cite dois fatores). Questão 3 - O que tende a acontecer com a demanda de um bem normal quando ocorre cada evento listado a seguir (sofrer aumento, redução ou não deverá se alterar)? a) O preço do bem sofreu redução, coeteris paribus b) O substituto próximo do bem ficou mais caro, coeteris paribus c) A renda do consumidor diminuiu, coeteris paribus d) O complementar do bem ficou mais caro, coeteris paribus Questão 4 - Identifique a opção correta com um X. O preço de um bem normal deverá sofrer aumento caso: a) A oferta do bem diminua, coeteris paribus b) O número de consumidores deste bem diminua, coeteris paribus c) O bem saia da moda, coeteris paribus d) A renda do consumidor diminua, coeteris paribus Questão 5 - Uma redução na renda do consumidor diminuirá simultaneamente as demandas de um bem normal e de um bem inferior. A afirmativa está correta? Justifique. Questão 6 - Por que os ofertantes desejam que os preços de seus produtos aumentem no mercado? Questão 7 - Assinale com verdadeiro ou falso as afirmativas a seguir: a. ( ) A cultura de um povo influencia, em grande medida, a demanda por um bem. b. ( ) Considerando-se dois bens substitutos, se o preço de um deles diminuir a demanda do outro tende a aumentar, coeteris paribus. 23

24 ANÁLISE ECONÔMICA I Entendendo a Dinâmica do Mercado Unidade I c. ( ) Em um mercado competitivo, aumentos no preço de um produto tendem a reduzir a oferta do mesmo, coeteris paribus. d. ( ) O crescimento econômico está relacionado ao aumento da capacidade de produção da economia, seja a partir de mudanças tecnológicas, do aumento da disponibilidade de recursos, descoberta de novos recursos, dentre outros fatores. e. ( ) Se o número de ofertantes aumentar em determinado mercado, coeteris paribus, o preço de equilíbrio tenderá a diminuir. f. ( ) O aumento do preço de um bem no mercado indica que a demanda do mesmo aumentou em relação à oferta ou a oferta diminuiu em relação à demanda. Questão 8 - Se você fosse um(a) produtor(a) de milho aqui do Nordeste do Brasil e estivesse planejando a produção, então sua decisão seria produzir mais ou menos milho, considerando-se cada situação relacionada no quadro a seguir. (marque com um X) Questão 9 - Identifique com um X apenas a afirmativa falsa. ( ) Bens essenciais e que não tenham substitutos próximos têm demanda inelástica. ( ) Se a quantidade demandada de um bem variar numa proporção maior que a do preço, então essa demanda é inelástica. ( ) Quanto mais substitutos próximos um bem tiver, mais elástica (ou menos inelástica) tende a ser sua demanda ( ) Um empresário tem maior dificuldade de repassar aumentos de impostos para bens que tenham demanda elástica do que para bens que tenham demanda inelástica. ( ) Uma empresa que produza um bem cuja curva de demanda seja inelástica, dificilmente utilizaria a redução de preço como estratégia de aumento de receita. 24 Questão 10 - O preço de equilíbrio do mercado do álcool tende a aumentar quando o preço de equilíbrio do mercado do açúcar aumenta, coteris paribus. Essa afirmativa está correta? Justifique.

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