O DESAMPARO E A FANTASIA: UMA DEFESA DO SUJEITO 1

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1 1 O DESAMPARO E A FANTASIA: UMA DEFESA DO SUJEITO 1 Ricardo Monteiro Guedes de Almeida 2 Propõe-se discutir dois temas fundamentais para o campo da clínica psicanalítica. Primeiramente, a fronteira instransponível frente a qual o sujeito confronta-se ao longo de toda a sua vida psíquica: o desamparo (Hilflosigkeit) fundamental, causador de angústia. Trata-se de uma noção metapsicológica que procuraremos reconhecer na obra de Freud. Em segundo lugar, abordaremos a fantasia, conceito forjado por Freud na clínica. Em função dos limites desta apresentação, focaremos apenas na primeira lógica lacaniana da fantasia, presente no Seminário 6: O desejo e sua interpretação ( /2016). Aquela que não pode ser, em hipótese alguma, confundida com a lógica desenvolvida anos depois e trabalhada em seu décimo quarto Seminário, A lógica da fantasia ( ). Visamos traçar uma articulação entre a noção freudiana de desamparo e a concepção lacaniana de fantasia. O desamparo (Hilflosigkeit) que, apesar de não ser reconhecido de forma unânime como conceito, implica numa condição fundamental com a qual todos nós temos que nos haver. Esta noção metapsicológica sofreu transformações significativas no decorrer do percurso teórico freudiano e, ao invés de perder espaço, foi sendo revisitada e reconhecida em sua abrangência. O Projeto para uma psicologia cientifica de Freud ( /1996), com toda a sua complexidade, é composto por uma noção de desamparo ainda muito restrita a uma visão objetiva e profundamente arraigada a uma fase inicial do ser humano. Ou seja, um estado caracterizado exclusivamente por uma incapacidade psicomotora frente a uma necessidade vital. Sendo assim, o desamparo foi inicialmente concebido com base na impotência psicomotora do bebê, ou seja, num estado objetivo, precoce e comum a toda criança. No desenvolvimento da obra de Freud, o desamparo passou a ultrapassar os limites que o estado inicial da vida humana representava. Por exemplo, anos mais tarde, no texto Inibição, sintoma e ansiedade (FREUD, 1926[1925]/1996), o 1 Este trabalho trata-se de um recorte da Tese de doutorado em desenvolvimento no Programa de Estudos Pós-graduados em Psicologia Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). 2 Psicólogo e psicanalista. Mestre em Psicologia Social (PUC-SP) e atualmente doutorando no mesmo programa.

2 2 desamparo passou a corresponder a uma possibilidade não restrita a uma fase inicial do desenvolvimento infantil. Afinal, essa noção foi abordada por Freud neste texto de 1926, tendo em vista uma condição geral do aparelho psíquico que daria margem a possibilidade de entrada, em determinado contexto, numa situação traumática concreta (PEREIRA, 2008). Desta forma, o desamparo, até este momento teórico da obra freudiana, pode ser considerado como uma possibilidade efetiva da vida psíquica, independente da idade ou fase. Porém, uma questão fica em aberto: seria esse o limite de seu alcance teórico? Estaria o desamparo restrito aos eventos e situações traumáticas? Posteriormente, essa noção ganha uma maior proporção, uma vez que seus limites teóricos não se restringem aos eventos traumáticos, que dizem respeito à situação efetiva de desamparo marcada pelo aumento de estímulos e pela impotência do Eu. Desta forma, é concebida para além destes limites e como condição fundamental de desamparo do sujeito. Esta noção ganha o sentido de uma dimensão própria ao sujeito, ou melhor, o sentido de uma condição fundamental do funcionamento psíquico, tal como podemos observar nos textos do final do percurso teórico de Freud, especialmente os artigos considerados antropológicos, por representarem uma contribuição psicanalítica ao estudo da religião e ao problema da cultura, a saber: O futuro de uma ilusão (1927/1996), O Mal-estar na civilização (1931/1996) e Moisés e o Monoteísmo (1939/1996). Trata-se de uma nova acepção, complementar ao que foi exposto no texto sobre a inibição. Assim, optamos por adotar uma leitura destes últimos textos de Freud, sem desconsiderar, no entanto, sua compreensão em relação ao escrito sobre a Inibição, aquele que concebe o desamparo como uma possibilidade efetiva da vida psíquica. No texto sobre O futuro de uma ilusão (1927/1996), Freud comenta sobre a necessidade de uma renúncia pulsional exigida pela civilização. Questão esta fundamental para o seu trabalho seguinte, O Mal-estar da civilização (1931/1996), no qual a renúncia é descrita como primordial para o laço-social. De fato, de acordo argumenta neste texto, no cerne de todo processo civilizatório existem impossibilidades, restrições e renúncias que nos impedem de pensar a relação com o outro, o laço-social, senão em termos de um mal-estar. Não é de surpreender que Freud aqui tenha destacado o relacionamento com o outro como a principal causa de sofrimento, sobretudo, quando levamos em consideração no sujeito a presença de uma inclinação à agressão. O que

3 3 exemplifica bem o antagonismo entre as exigências pulsionais, a tendência de tomar o outro como objeto, e as restrições da civilização. A civilização, tem, segundo Freud a missão de nos proteger do poder superior da natureza. Sem dúvida, ela não passa de uma forma relativamente eficaz de proteção, porque diante da terrível fúria da natureza o que persiste é apenas o reconhecimento da dimensão concreta, fatídica e insuperável da condição humana: o desamparo. A civilização como uma alternativa ao sofrimento da natureza, não esconde o fato que ela mesma representa uma fonte de sofrimento, uma renúncia que sua própria regulamentação impõe. Em vista disto e do sofrimento proveniente dos poderes superiores da natureza, Freud discute sobre a solução adotada por todas as civilizações: a humanização da natureza. A natureza, também chamada de destino, é despida de sua realidade terrificante em um processo imaginário de humanização. Com certeza, um artifício do sujeito e da civilização que não possui nenhum efeito concreto, todavia, é um meio psíquico que nas palavras de Freud ajuda a respirar melhor, inclusive diante da maior das ameaças: a própria morte. O desamparo no referido texto é associado à impotência do homem, sua fragilidade e incapacidade, ante a força terrível da natureza e a inevitabilidade da morte. Para além dos limites de uma fase precoce do desenvolvimento, do nascimento e qualquer outra situação traumática, a noção de desamparo recebe a consistência de uma condição humana, e como tal inevitável e irrestrita. Entretanto, o que a natureza representa não é justamente um grande perigo real e externo? Certamente, neste texto o desamparo é pensado frente à força da natureza, agregando-lhe um caráter de universalidade. Nessa perspectiva, o desamparo não pode ser concebido como proveniente do encontro com o perigo objetivo, visto que esse encontro nunca foi suficiente por si só. Freud pôde reconhecer que havia algo mais por detrás, caso contrário, o encontro não receberia o significado e o peso que possui. Em Inibição, sintoma e ansiedade, Freud (ano), ao discutir sobre as neuroses traumáticas, defendeu que os sofrimentos dos soldados que retornaram da guerra não eram explicados apenas por causa das situações terríveis presenciadas, já que havia outras questões complexas atreladas a questão, e que não deveriam ser negligenciadas. O mesmo vale quando o desamparo é relacionado ao perigo em No futuro de uma

4 4 ilusão, pois o perigo aqui não corresponde a algo objetivo apenas, mas sim a um referencial libidinal narcísico. Como Pereira (2008) afirma: É sob o prisma da ameaça à imagem amada do próprio corpo que um evento pode ser considerado como perigoso. [...] Se a natureza é perigosa, não o é por nos ameaçar de dor ou de morte, mas, antes, por ameaçar nosso narcisismo (p. 210). Independente da ameaça que se interpõe ao homem, Freud apresenta uma esperança de que alguma coisa possa ser feita. Essa é uma das principais mensagens do texto, nossa condição de desamparo não é superada, mas não nos encontramos desamparadamente paralisados, nas suas palavras: pelo menos, poderíamos reagir. (FREUD, 1927/1996, p. 25). É justamente neste ponto que o vínculo que une a fantasia, como defesa, à condição fundamental de desamparo do sujeito recebe o seu sentido. Pois, conforme vimos em Freud, mesmo em meio ao terror, há ainda uma possibilidade de elaborar psiquicamente aquilo que nos atormenta, através de uma roupagem imaginária. Diante de um estado desamparo propriamente dito, o sujeito não encontra outra saída, a não ser produzir teorizações fantasmáticas a respeito daquilo que se apresenta de forma incognoscível. Vimos como as forças da natureza, mesmo a morte, a mais terrível e inevitável de todas, sofrem no imaginário humano um processo de antropomorfismo para que, assim, a humanidade encontre algum alívio e proteção, deixando para trás um estado de passividade, para, deste modo, atuar de forma mais ativa diante do mundo em que se encontra e de sua própria condição. Com efeito, esses artifícios, essas tentativas do sujeito de elaborar aquilo que se apresenta de forma enigmática e que lhe atormenta, não deixam de representar fantasias. Artifícios pelos quais ele se defende em meio ao seu estado fundamental de desamparo que, como vimos, é inerente a sua subjetividade. Sobre essa problemática do desamparo, Lacan em seu Seminário 6: O desejo e sua interpretação ( /2016), apresentou uma hipótese que articula a presença do desejo do Outro, que ali é descrito como uma presença opaca e obscura. Aqui está uma questão que diz respeito sobre a importância da fantasia para o sujeito diante dessa presença primitiva. De fato, a fantasia é posta como um recurso para o sujeito, uma defesa, quando o mesmo se encontra diante da elegibilidade do desejo do Outro. Essa é

5 5 uma solução que se apresenta justamente quando o sujeito se encontra desprovido de recursos. A fim de situarmos, então, a hipótese de Lacan de que a fantasia é uma defesa contra a opacidade do desejo do Outro, podemos notar uma proximidade com a ideia proposta por Freud em seu texto Totem e tabu (1913[ ]/1996), mais especificamente com relação ao confronto entre a criança, em sua condição de impotência, e o desejo do adulto. Freud comentou sobre a necessidade de que certas pessoas precisam ser protegidas, em suas palavras: Homens mortos, recém-nascidos e mulheres menstruadas ou nas dores do parto estimulam desejos pelo seu desamparo especial; [...] Por essa razão, todas essas pessoas e todos esses estados são tabu, visto que se deve resistir à tentação (ibid, p. 50). Como esta passagem sugere, esta proteção vem pela via da criação de um tabu. Nesta direção, o tabu traz em si uma ambivalência, por representar tanto a proteção como a transgressão. Apesar disso, essas pessoas em situações de desamparo, inclusive a criança, revelam-se alvos de um desejo absoluto do outro. No seminário sobre o desejo e sua interpretação, Lacan aponta o lugar onde se origina e experimenta o desamparo como aquele em que o desejo se produz e, além disso, ele o toma como uma forma de defesa contra o desamparo. Isso se encontra na aula de número 24, intitulada A dialética do desejo no neurótico, na qual descreve a Hilflosigkeit, novamente, em termos de uma posição em que sujeito se encontra desprovido de recursos. Lacan acrescenta: Ela é mais primitiva que tudo, mais primitiva que a angústia, que já é um esboço de organização, na medida em que é expectativa, Erwartung, ainda que não se saiba de quê, ainda que não se articule imediatamente ( /2016, p. 455). É importante ressaltar que mesmo cientes de que o desejo é concebido como desejo do Outro, isso não muda o fato de que aí há uma relação dramática. Uma vez que, se por um lado o desejo do sujeito se situa impreterivelmente diante do desejo do Outro, por outro lado, esse último é o que há de mais angustiante. Essa relação dramática do sujeito com o desejo do Outro e, aliás, com o próprio desejo é ilustrada quando Lacan nos apresenta o exemplo de A regra do jogo (La regle du jeu), através do filme de Jean Renoir. Neste filme, a personagem que se chama Dalio, um colecionador de objetos antigos, apresenta publicamente o seu mais recente e precioso achado, uma gigantesca e bela caixa de música. No entanto, neste momento ele

6 6 se encontra numa posição que Lacan chama de pudor, ele enrubesce, se apaga, desaparece, está muito constrangido (LACAN, /2016, p. 100). Para o psicanalista francês, tal reação não se resume ao fato dele ter mostrado o que poderia ser considerado o mais íntimo de si mesmo. Mais do que isso, ele entende que o que é suportado por esse objeto é justamente o que o sujeito não pode desvelar, nem mesmo para si mesmo (ibid, p. 101). Não por acaso, em se tratando especialmente da neurose, Lacan aborda nesta aula o desejo como uma forma de defesa. Com relação a isso, destaca algumas soluções através das quais o sujeito pode vir a sustentar seu desejo frente ao desejo do Outro. Em especial, ele ressalta algumas maneiras: primeiramente, a do fóbico que consiste na promoção de um objeto fóbico, ou seja, um objeto de interdição do gozo que se faz perigoso por abrir o abismo do desejo. O que em Freud já era entendido como uma proteção contra a proximidade do próprio desejo. A solução do histérico, por sua vez, consiste em sustentar o desejo insatisfeito, criando uma trama em que o obstáculo para a satisfação do desejo é o próprio histérico, é ele quem impede que o desejo venha a cabo. Já a solução do obsessivo se resume em permanecer fora do jogo. Naquilo que poderíamos descrever como o lugar em que está em jogo o seu desejo, o obsessivo não se encontra. Com a proximidade do desejo, ele faz do desaparecimento do sujeito, $, uma arma e esconderijo, o que só é possível ao temporalizar sua relação com o desejo, adiando-a ao máximo. Feita essa observação, retomamos o tema do recurso que o sujeito faz à fantasia quando se encontra desamparado. O que nos leva ao seguinte questionamento: se nesta condição o sujeito recorre à fantasia como defesa, como isso é possível? Para Lacan, o sujeito se defende com o seu eu [moi], tal como na seguinte passagem: Em outras palavras, assim como não se deve dizer que a alma pensa, mas, como Aristóteles, que o homem pensa com sua alma, deve-se dizer que o sujeito se defende com seu eu. (LACAN, /2016, p. 28). Ao afirmar isso, ele se baseia na própria experiência clínica e explica que esse uso é possível graças aos recursos do estádio do espelho. Isto é, com aquilo que a experiência imaginária com o outro proporciona ao sujeito. Tratase, então, de um elemento que ele tira deste registro, para, assim, produzir uma resposta ao desejo do Outro. Então, a partir do suporte encontrado na relação imaginária com o outro semelhante, o sujeito produz uma resposta, cuja confirmação se encontra na construção da fantasia fundamental, ($ a), sem que, com isso, se estabeleça jogos de

7 7 preeminência, pois como nos diz Lacan: não é simplesmente seu aparecimento para o outro no prestígio e no artifício, é ele mesmo como sujeito falante (LACAN, /2016, p. 28). Nesta relação imaginária, o que o sujeito reflete vai para além de um mero jogo de prestígio, ele reflete a si mesmo como ser falante. Por essa razão que Lacan ali designa a fantasia, $ a, como o lugar de saída, no qual o desejo aprende a se situar. Não por acaso, no Seminário 6, ele se esforça por acentuar que nesta expressão da fantasia já está posta a relação do sujeito barrado com o outro imaginário. Na verdade, trata-se de um sujeito falante dado que se refere ao outro como olhar, ao outro como imaginário (ibid, p. 28). Levando em consideração o que foi dito na supracitada passagem de Lacan, podemos nos remeter a outro momento de seu Seminário, em que o ponto pânico (point panique) do sujeito é articulado. Por que isso? Porque, na passagem em questão, que se encontra na quinta aula deste Seminário, Lacan comenta sobre o momento em que o sujeito tem que enfrentar a sua existência, o que é posto em termos de uma existência na linguagem. Sendo assim, neste confronto, o objeto corresponde a coisa na qual o sujeito encontra o seu suporte. Conforme Lacan afirma: o objeto consiste em algo que está fora dele e que ele só pode apreender em sua natureza própria de linguagem no momento preciso em que ele, como sujeito, tem de se apagar, desvanecer, desaparecer por trás do significante (ibid, p. 100). Ele, logo em seguida, denomina esse momento de ponto pânico, aquele em que o sujeito se apaga detrás de um significante. Quando já não pode dizer mais nada sobre si mesmo, em seu desvanecimento, só lhe resta se apegar ao objeto enquanto objeto do desejo. Quanto a isso, Miller (2014) identifica a mesma lógica da fantasia que opera no campo do inconsciente. Pois, quando o sujeito não encontra a possibilidade de designar a si mesmo, a fantasia passa a ser o seu último recurso. Concluímos, então, no ponto em que fantasia é concebida por Lacan como o recurso do sujeito para designar a si mesmo, para manter essa ilusão de ser e para se defender diante do próprio desamparo. REFERÊNCIAS FREUD, S. ( /1996). Projeto para uma psicologia cientifica. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (J. Salomão, trad., Vol. I, p ). Rio de Janeiro: Imago.

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