Regulação do mercado dos serviços postais
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- Fernanda Gabeira Carrilho
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1 Regulação do mercado dos serviços postais PROJEP / DIREITO DAS COMUNICAÇÕES Lisboa Agostinho Franco 24 setembro 2013
2 Liberalização do sector postal: desafios regulatórios Regulação dos preços do SU Regulação da QoS do SU Avaliação de custos e financiamento do SU; Acesso à rede postal do PSU; Arbitrar/Resolver conflitos entre prestadores de serviço; Assegurar o tratamento de reclamações dos utilizadores; Assegurar divulgação aos utilizadores sobre os serviços e condições associadas (preços, qualidade de serviço, etc.).
3 Regulação dos preços do SU
4 Regulação dos preços do SU Regulação dos preços Porquê? [promoção concorrência; garantir/proteger direitos utilizadores] Monopólio (preço acima equilíbrio em concorrência) Área reservada e área não reservada (subsidiação cruzada vs serviços prestados em concorrência) Incentivo à eficiência Acessibilidade (SU) Evitar/prevenir práticas de preços anti-concorrenciais
5 Regulação dos preços do SU até 1992: preços serviço público correios definidos administrativamente 1993 (2013): Convenção / Convénio entre Regulador e CTT (+ DGCC até 2003); Lei 17/2012: ICP-ANACOM define os critérios de formação dos preços do SU; Auscultação prévia: Associações de Consumidores (art.º 43º); Audiência de interessados (artigos 100º e 101º CPA); Consulta pública (se impacto no mercado) (art.º 9º); Princípios tarifários: Orientação para os custos, devendo os preços incentivar uma prestação eficiente do SU; transparência e não discriminação; acessibilidade a todos os utilizadores;
6 Regulação dos preços do SU Uniformidade tarifária: permitida apenas por motivos de interesse público p/ correspondências até 50gr; mediante decisão do Regulador. ICP ANACOM pode: impor mecanismos de controlo de preços (ex: limites máximos); Determinar prestação gratuita de serviços para cegos; Determinar alteração ex-post dos preços (princípios tarifários) Medidas em curso: Definição dos critérios de formação de preços Sentido Provável de Decisão sobre critérios de formação dos preços do SU (deliberação de ) Sujeito a procedimentos de consulta pública, audiência de interessados, audição de Assoc. consumidores (até ) Aguarda-se decisão final
7 Regulação da qualidade do SU
8 Regulação da qualidade do SU Regulação da qualidade Porquê? [garantir/proteger direitos utilizadores] Evitar redução de custos (aumento de lucro) por via de degradação da qualidade de serviço Oferta de serviços (SU) com qualidade especificada Como: Definição de obrigações de qualidade bem como assegurando tratamento de reclamações e monitorizando satisfação dos utilizadores (inquéritos/estudos)
9 Regulação da qualidade do SU Primeiros Indicadores Qualidade de Serviço (IQS) introduzidos em (2013): Convenção / Convénio entre Regulador e CTT; Lei 17/2012: ICP-ANACOM define IQS e respetivos objetivos Auscultação prévia: Associações de Consumidores (art.º 43º); Audiência de interessados (artigos 100º e 101º CPA); Consulta pública (se impacto no mercado) (art.º 9º); Incumprimento dos níveis de qualidade de serviço origina compensação direta aos utilizadores (via preços ou outras medidas de valor equivalente).
10 Regulação da qualidade do SU Atuais indicadores de qualidade: Indicadores de Qualidade do Serviço Postal Universal Descrição I.R. Mínimo Objectivo IQS1 Demora de encaminhamento no Correio Normal (% em D+3) 45,0% 95,5% 96,3% IQS2 Demora de encaminhamento no Correio Azul Continente (% em D+1) 15,0% 93,5% 94,5% IQS3 Demora de encaminhamento no Correio Azul CAM (% em D+2) 4,0% 84,0% 87,0% IQS4 Correio Normal não entregue até 15 dias úteis (por cada mil cartas) 5,0% 2,3 1,4 IQS5 Correio Azul não entregue até 10 dias úteis (por cada mil cartas) 3,0% 2,5 1,5 IQS6 Demora de encaminhamento de Jornais e Publicações Periódicas (% em D+3) 11,0% 95,5% 96,3% IQS7 Demora encaminhamento no Correio Transfronteiriço Intracomunitário (% em D+3) 3,5% 85,0% 88,0% IQS8 Demora encaminhamento no Correio Transfronteiriço Intracomunitário (% em D+5) 3,5% 95,0% 97,0% IQS9 Demora de encaminhamento na Encomenda Normal (% em D+3) 5,0% 90,5% 92,0% IQS10 Tempo em fila de espera no atendimento (% de operações com tempo de espera até 10 mn) 5,0% 75,0% 85,0% I.R. - Importância relativa do IQS. Total = 100%. Supervisão e Monitorização da qualidade de serviço: CTT reporta trimestralmente valores dos IQS ao ICP-ANACOM; ICP-ANACOM realiza auditorias, publicando os resultados.
11 Custos líquidos do SU e financiamento
12 CLSU e financiamento: E. Objetivo: Assegurar a sustentabilidade e viabilidade económicofinanceira da prestação do SU: PSU tem direito à compensação do custo líquido do SU (CLSU) quando este constitua um encargo financeiro não razoável (EFNR) para si (Lei 17/2012). CLSU consiste na diferença entre o custo líquido em que incorre o PSU, operando com as obrigações de SU, e o custo líquido operando sem essas obrigações (Lei 17/2102). E. Até à liberalização total, garantia do SU através de: Área Reservada aos CTT Fundo de compensação - Financiado por: Operadores que ofereçam serviços não reservados no âmbito do SU; Lucros da actividade filatélica; Outros: Dedução à renda da Concessão; Sistemas tarifários em vigor.
13 CLSU e financiamento: E. Com liberalização (Lei 17/2012) - CLSU financiado por: Fundo de compensação Financiado por: Operadores que ofereçam serviços no âmbito do SU; Outros: doações; rendimentos do fundo; coimas e sanções pecuniárias. ICP-ANACOM tem em curso: Definição da metodologia de cálculo do CLSU Definição do conceito de EFNR (SPDs de 5 julho; foram objeto de consulta pública e audiência de interessados) Compete ao ICP-ANACOM verificar se existem CLSU e se representam EFNR (após apresentação, pelo PSU, de cálculo e respetivo pedido de compensação).
14 Acesso à rede postal
15 Acesso à rede postal: 1º) PSU deve assegurar o acesso à sua rede em condições transparentes e não discriminatórias, mediante acordos a estabelecer com prestadores de serviços postais; 2º) ICP-ANACOM intervém: Via de procedimento de Resolução de conflitos; e/ou Via definição ex-ante de condições de acesso (se necessário para promover concorrência efetiva ou interesses dos utilizadores). Restantes prestadores de serviços postais podem negociar e acordar entre si acesso às respetivas redes. ICP-ANACOM pode intervir (se necessário para promover concorrência efetiva ou interesses dos utilizadores).
16 Obrigado ICP-ANACOM Direcção de Regulação de Mercados Coordenador - Núcleo de Serviços Postais
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