MESTRADO EM ARQUITECTURA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "MESTRADO EM ARQUITECTURA"

Transcrição

1 MESTRADO EM ARQUITECTURA DISCIPLINA DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES PARA ARQUITECTURA ACÚSTICA DE EDIFÍCIOS Cristina Matos Silva CONCEITO DE SOM O som é o resultado de uma perturbação física (vibração) provocada por uma variação da pressão, p, em relação à pressão atmosférica, p atm, a qual pode ser detectada pelo ouvido humano. p p atm (compressão) Pressão sonora: p = p' p atm 2 (descompressão) t Em condições normais, tem-se: p atm = 5 Pa

2 CONCEITO DE SOM Normalmente, o que tem significado não é a pressão sonora instantânea, mas o seu valor médio pressão eficaz - num dado intervalo de tempo (t ; t 2 ). Define-se pressão eficaz à que resulta da média quadrática: p 2 ef = t 2 t t2 t p 2 (t)dt p p m PROPAGAÇÃO DO SOM A vibração dos corpos transmite-se às partículas do ar, as quais vibram em torno das suas posições de equilíbrio, propagando, através do movimento ondulatório (longitudinal) que adquirem, as variações de pressão e o som. Som puro: movimento T harmónico simples: Harmónica simples t p = p cos t m ( ω φ) T período [s] f = /T frequência [Hz] ω=2πf frequência angular [rad/s] φ fase inicial (para t=) p m - amplitude

3 PROPAGAÇÃO DO SOM Outros parâmetros, como o deslocamento relativo (s) das partículas e sua velocidade (v) (derivada do deslocamento) são igualmente traduzidas por funções sinusoidais. A cada partícula fica associado um conjunto de funções (pressão, deslocamento, velocidade) dependentes do tempo (abrangendo todos os instantes). Por sua vez, a cada instante é possível associar esse conjunto de funções mas dependendo do espaço (abrangendo todas as partículas). PROPAGAÇÃO DO SOM A distância que separa duas partículas em fase é designado por comprimento de onda, λ. O tempo que uma partícula demora a realizar um ciclo completo é o período do movimento, T. Esta ligação entre o espaço e o tempo é realizada através da velocidade de propagação do som, c: λ = ct Os sons reais não são sons puros (simples), mas podem estudar-se como uma sobreposição de harmónicas simples (som composto).

4 QUALIDADES DO SOM Som e ruído Fisicamente, som musical é o resultado da sobreposição de ondas sonoras periódicas ou quase; ondas sonoras não-periódicas e breves, que mudam imprevistamente de características são ruído. O som musical é simples ou composto se corresponder a uma ou mais onda harmónicas, respectivamente. Os sons simples distinguem-se pela INTENSIDADE e ALTURA; os sons compostos, para além destas, diferenciam-se pelo TIMBRE. QUALIDADES DO SOM Intensidade fisiológica do som Está ligada à amplitude das vibrações: som forte (grande energia) corresponde a altas amplitudes.

5 QUALIDADES DO SOM Altura do som Está ligada unicamente à sua frequência; é a qualidade pela qual um som grave (som baixo - frequência baixa) se distingue de um som agudo (som alto - frequência alta). QUALIDADES DO SOM Timbre do som O timbre depende das harmónicas associadas ao som fundamental no caso dos sons musicais ou das ondas que se sobrepõem, no caso dos sons compostos. No caso dos sons musicais, é esta qualidade que permite distinguir dois sons da mesma altura emitidos por fontes sonoras diferentes: flauta, violino e piano, por exemplo.

6 GRANDEZAS ACÚSTICAS Potência sonora P É a quantidade de energia sonora produzida na unidade de tempo e mede-se em Watt. Intensidade sonora I É o débito de energia sonora que passa, numa dada direcção, através da unidade de área ao redor dum ponto dum campo sonoro, e perpendicularmente àquela: S P I = [W/m 2 ] S GRANDEZAS ACÚSTICAS Intensidade sonora I (continuação) Uma fonte sonora pontual emite uma onda esférica (todos os pontos a uma mesma distância da fonte mesma frente de onda - apresentam a mesma fase) I = P 4π d 2 Conclusão: a intensidade sonora varia na razão inversa do quadrado da distância à fonte

7 GRANDEZAS ACÚSTICAS Intensidade sonora I (continuação) O processo mais corrente de determinar a intensidade sonora faz uso das seguintes relações: Intensidade sonora num ponto: I = p.v () p Impedância sonora num ponto: Z = = ρ. c (2) v Substituindo (2) em () fica: I = p 2 ρc MEDIÇÃO DO SOM A escala extremamente ampla das pressões sonoras torna mais cómodo a utilização de uma escala logarítmica, designada por escala dos decibeis.

8 MEDIÇÃO DO SOM O decibel (db) é um nível que mede a relação entre duas grandezas. L(G) = log G G (db) em que L(G) é o nível da grandeza G relativamente a G. MEDIÇÃO DO SOM Nível de pressão sonora ou nível sonoro: Substituindo a relação tem-se: I = 2 p ρc na expressão acima, 2 p / ρc p L(p) log 2log 2 p / c p = = ρ (db) A pressão de referência é p =2x -5 Pa e corresponde ao limiar de audibilidade para frequências médias.

9 MEDIÇÃO DO SOM Nível de intensidade sonora L(I) = log I I (db) Toma-se I = -2 (W/m 2 ) de forma a ter-se, por conveniência, L(p)=L(I). MEDIÇÃO DO SOM Na tabela seguinte mostram-se os valores dos níveis de pressão sonora correspondentes a situações da vida quotidiana. Situação Avião militar a levantar voo a 3 m Martelo pneumático na posição do manobrador Camiões pesados a 6 m Rua com tráfego pesado Carro eléctrico a m Rua com tráfego leve Escritório ruidoso Escritório normal Residência sossegada (dia) Residência sossegada (noite) Quarto (noite) Nível de pressão sonora L(p) 4 db db 9 db 85 db 8 db 5 db 65 db 45 db 5 db 4 db 25 db

10 AUDIÇÃO SONORA Uma onda sonora deve ter um valor mínimo de pressão sonora em cada frequência para ser percebida pelo ouvido. AUDIÇÃO SONORA Uma onda sonora deve ter um valor mínimo de pressão sonora em cada frequência para ser percebida pelo ouvido.

11 AUDIÇÃO SONORA As curvas isofónicas são curvas com a mesma intensidade aparente. AUDIÇÃO SONORA Para melhor caracterizar a sensação humana de audição, os níveis de pressão sonora devem ser corrigidos com base na curva de ponderação mostrada. Os valores corrigidos passam a ter a designação db(a).

12 AUDIÇÃO SONORA É usual recomendar para os limites do nível sonoro do ruído ambiente, em função das actividades a realizar, os seguintes: - para o sono 25 a 3 db(a) - para o repouso 3 a 35 db(a) - para o trabalho intelectual 35 a 5 db(a) - para o trabalho doméstico 4 a 45 db(a) ACÚSTICA DE SALAS Propagação do som em recintos fechados Num recinto fechado, ao contrário de um campo livre, a energia sonora emitida por uma fonte (E) é em parte reflectida, em parte absorvida e a parte restante transmitida pelos elementos da envolvente. E t E i E r E a Parcela transmitida Influi nas condições de conforto do local adjacente (isol. sonoro) Parcela reflectida Influi na qualidade acústica do local onde é emitido o som. E Parcela absorvida α = E a i

13 ACÚSTICA DE SALAS Propagação do som em recintos fechados Quando as dimensões são grandes comparadas ao comprimento da onda sonora, pode-se assimilar a reflexão sonora à reflexão luminosa: i) O raio incidente, o raio reflectido e a normal à superfície estão no mesmo plano; ii) O ângulo de incidência α i é igual ao de reflexão α r. L λ α i α r λ << L Fonte ACÚSTICA DE SALAS Propagação do som em recintos fechados Superfícies convexas Superfícies côncavas

14 ACÚSTICA DE SALAS Fenómeno do eco O atraso e a intensidade das primeiras reflexões comparativamente ao som directo têm grande importância na qualidade acústica dos locais. O ouvido distingue sons separados de t,5 a, s, o que corresponde a L=L ref -L dir 7 a 34m. Se tal acontecer o mesmo som é ouvido duas vezes: ECO. L dir L ref L=c. t c 34 m/s ACÚSTICA DE SALAS Tempo de reverberação (T r ) A maior ou menor rapidez com que decresce o ruído de fundo numa sala é também um bom indicador da qualidade acústica da mesma. Tempo de reverberação: é o tempo que decorre entre o instante da interrupção da fonte sonora e o instante em que se verifica a queda da pressão sonora de vezes (queda de 6 db). 6 db L(p) t t 2 T r

15 ACÚSTICA DE SALAS Para avaliar o tempo de reverberação utiliza-se a expressão de Sabine ou de Eyring: T r =.6 V S α se α. (Sabine) T r,6 V = S ln ( α) se α >. (Eyring) com: S α = A = Área de absorção sonora equivalente [m 2 ]; V Volume interior da sala (m 3 ); S superfície total dos paramentos envolventes da sala [m 2 ]. ACÚSTICA DE SALAS A área de absorção sonora equivalente é : A = Si αi + n j A j S i - superfície com coeficiente de absorção α i (m 2 ); n j - número de elementos com área de absorção equivalente A j.

16 ACÚSTICA DE SALAS A área de absorção sonora (e o tempo de reverberação, por consequência) dependem da frequência. ACÚSTICA DE SALAS De uma forma geral os tempos de reverberação são recomendados em função do tipo de local: Tempo de reverberação a 5 Hz (s) Igreja (orgão) Sala de concertos Estúdio-Ópera Cinema..5 Volume (m 3 )

17 ABSORÇÃO DE SOM Para diminuir o tempo de reverberação dos locais é, em geral, necessário aumentar a área de absorção equivalente dispondo-se para tal, no mercado, de uma gama de materiais e sistemas absorventes complexos. Tais materiais podem subdividir-se em três grandes grupos: i) materiais porosos ii) ressoadores de Helmotz iii) painéis ressonantes. ABSORÇÃO DE SOM MATERIAIS POROSOS dissipam a energia sonora sob a forma de calor por atrito do ar nos poros do material. Exemplos: aglomerados negros de cortiça, plásticos alveolares, mantas de lã mineral, lã de vidro. Incidente. Reflectida Material poroso Coeficiente de absorção α Material pouco espesso Material mais espesso Frequência em Hz

18 ABSORÇÃO DE SOM RESSOADORES DE HELMOTZ é um sistema formado por um volume fechado com uma estreita abertura para o exterior. A onda sonora força a massa (m) de ar à entrada do gargalo, à qual se opõe o ar contido na caixa, formando-se um sistema massamola, sendo a energia dissipada por atrito do ar no gargalo. Massa de ar no gargalo Massa K S = Área do gargalo Volume V Mola L Frequência de ressonância (c velocidade do som) f = 2π K m = c 2π S L.V ABSORÇÃO DE SOM RESSOADORES DE HELMOTZ é um tipo de sistema muito absorvente para frequências do som próximas da frequência de ressonância. Exemplos: placas de madeira ou metálicas perfuradas e colocadas a certa distância de elementos rígidos.. α a sem material poroso b com material poroso a.5 b

19 ABSORÇÃO DE SOM PAINÉIS RESSONANTES sob a acção da pressão sonora o sistema entra em vibração com conversão da energia sonora em energia mecânica e dissipação desta em calor. Frequência de ressonância vibração K m f = 2π 2 ρc md = 2π,4 md 5 d ABSORÇÃO DE SOM PAINÉIS RESSONANTES características de absorção boas nas baixas e médias frequências, decaindo a absorção para f > f. Exemplos: placa ou painel montado a certa distância dum elemento rígido α.5.4 Sem preenchimento da caixa de ar Com preenchimento da caixa de ar

20 TRANSMISSÃO DO SOM Diferentes fontes e formas de transmissão do som TRANSMISSÃO DO SOM A transmissão do som entre locais pode efectuar-se: por via aérea: quando a vibração do elemento é provocada pelo campo sonoro criado pela fonte no ar; por percussão: quando a vibração do elemento é provocada pela própria fonte sonora Font e Font e Transmissão de sons aéreos Transmissão de sons de percussão

21 TRANSMISSÃO DO SOM A transmissão que se faz directamente (por vibração) através do elemento de separação designa-se por transmissão directa. A transmissão que se dá por outros meios (vibração de outros elementos, aberturas) designa-se por transmissão marginal. PLANTA CORTE (3) () (2) Local emissor Local emissor Local Local (4) receptor receptor (5) ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Índice de redução sonora de um elemento (R) A (densidade de) energia sonora incidente E i sobre um elemento é em parte reflectida (E r ), em parte absorvida (E a ) e em parte transmitida (E t ). E i E r E a E t Designa-se por índice de redução sonora à diferença R = L(E i ) L(E t ) R = log (E i /E ) log (E t /E ) = log R Ei Et

22 ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Índice de redução sonora de um elemento (R) Definindo τ = E E t i E i E t obtém-se E a R = log τ E r ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Índice de redução sonora aparente (R ) L(p ) L(p 2 ) E E 2 S Objectivo: Determinar R com R' = log τ ' S 2 Se a densidade de energia sonora no local for E, demonstra-se que a energia incidente sobre a área S da divisória é: (c/4) E S Se E 2 for a densidade de energia no local 2, a energia incidente no contorno S 2 é (c/4) E 2 S 2. Et Determinar τ ' = Ei?

23 ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Índice de redução sonora aparente (R ) L(p ) L(p 2 ) Em regime estacionário, a energia transmitida para o local 2 é igual à energia neste absorvida: Et E2S2α c / 4 τ ' = = = Ei E Sc / 4 E2S2α E S E E 2 S 2 com: A2 = S2.α = área de absorção sonora equivalente do local 2 S ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Índice de redução sonora aparente (R ) L(p ) L(p 2 ) E S R' = log E2S2α ESE R' = log E2S2α E E E 2 S S 2 E E2 R' = log log + log E E S S2α ' = L L2 + log R S A S Área do elemento de separação. A Área de absorção sonora equivalente do local receptor.

24 ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Isolamento sonoro, a sons aéreos, de elementos da construção: D Considerando então dois locais adjacentes separados por uma parede divisória designa-se por isolamento sonoro efectivo (de um local em relação ao outro, embora se atribua frequentemente o resultado à parede de separação) a grandeza D: D = L L 2 com L - nível médio de pressão sonora no local emissor; L 2 - nível médio de pressão sonora no local receptor. ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Isolamento sonoro normalizado, a sons aéreos, de elementos da construção: D n Para tornar comparáveis os valores medidos da redução sonora dos elementos de construção, os resultados são normalizados para uma área de referência A =m 2 : D n = L L 2 log ( A / A ) A Área de absorção sonora equivalente do local receptor (A 2 ). A Área de absorção sonora equivalente de referência para salas de dimensões correntes em edifícios de habitação (A =m 2 ). Tendo em conta as definições atrás, verifica-se também a seguinte relação: S Área do Dn = R' + log( A /S) elemento de separação

25 ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Isolamento sonoro normalizado, a sons aéreos, de elementos da construção: D nt DL 96/28 ( T ) D nt = L + T L2 log 2 / T 2 Tempo de reverberação do local receptor T Tempo de reverberação de referência para salas de dimensões correntes em edifícios de habitação (T =.5 seg.). Tendo em conta as definições atrás, verifica-se também a seguinte relação: (.32V S) D nt = R + log / ' ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Índice de redução sonora

26 ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Lei da massa Na região controlada pela massa e para incidência das ondas sonoras normalmente à parede, deduz-se teoricamente que: R R+6 db R = 2log ( f.m) 43 db 2 m m massa superficial do elemento (kg/m 2 ); f frequência do som incidente. d 2 d A expressão mostra que a redução sonora aumenta 6 db sempre que a frequência ou a massa duplicam. ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Índice de redução sonora 6 db/oit 6 db/oit 9 db/oit

27 ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Curva de referência EN 77- O valor do isolamento depende da frequência do som. Para obter um valor único cobrindo todas as frequências de medição, os valores medido são ponderados através de uma curva de referência. Redução sonora (db) A curva é ajustada em passos de db, até uma posição final em que a soma dos desvios desfavoráveis dos valores medidos de R/D n /D nt, relativamente à curva de referência, seja a maior possível, mas não superior a 32 db, para medições em bandas de /3 de oitava, ou db, para medições em bandas de oitava. ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Curva de referência EN 77-

28 ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Lei da massa A expressão anterior é descrita em frequência. Para tornála dependente apenas da massa pode-se aplicar a curva de referência. Assim, para cada valor de massa, ajusta-se a curva pelo processo descrito e tira-se o valor ponderado R w correspondente para f=5 Hz. O processo conduz às seguintes correlações: 5 m < 5 kg/m 2 R w = 2,6 log (m) + 2,6 db m 5 kg/m 2 = 37,5log (m) 42, db R w ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Isolamento sonoro calculado analiticamente A partir das relações anteriores e reconhecendo que a diferença entre a redução sonora teórica e a redução sonora aparente (experimental) deverá corresponder à transmissão marginal (TM), R' = R TM a expressão analítica para o índice de isolamento sonoro é: D nt, w = R w? + R w TM w.32v + log S

29 ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Isolamento sonoro calculado analiticamente Elementos simples (paredes, pavimentos) D nt, w = R w + R w TM w.32v + log S Calculado a partir da Lei da massa = Elementos duplos (paredes, tecto falso) D nt, w = R w + R TM R w é o acréscimo de isolamento sonoro introduzido pela caixa de ar no caso de paredes duplas. w w.32v + log S ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Paredes duplas R w + R w : Freq. de Ressonância f (Hz) R w (db) 8 35-R w /2 32-R w / R w / R w / >6-5 Caixa de ar livre Material de preenchimento f = C + d m m2 d - espessura da caixa de ar m i - massa do pano i C=6 caixa de ar sem material poroso C=53 caixa de ar total ou parcialmente preenchida com material poroso NOTAS: R w é o valor do pano de maior m Para f abaixo de 2 Hz, o valor mínimo de R w é db

30 ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA TM w Na ausência de informação mais completa podem utilizarse as seguintes aproximações para a transmissão marginal: R w + R w <35dB TM w =db; 35 db R w + R w <45dB TM w =3dB; 45 db R w + R w <55dB TM w =4dB; R w + R w 55 db TM w =5dB. ISOLAMENTO A SONS AÉREOSA Elementos heterogéneos em área O coeficiente τ do elemento resulta, neste caso, duma ponderação, em função da área, dos coeficientes τ i dos elementos parciais: τi.si τ = i e R = log Si τ Sendo que i = R τi então i / e τ = R = log i R i / Si i Si i Si i R Si i / τ 2 S 2 τ S τ 3 S 3

31 TRANSMISSÃO DO SOM A transmissão do som entre locais pode efectuar-se: por via aérea: quando a vibração do elemento é provocada pelo campo sonoro criado pela fonte no ar; por percussão: quando a vibração do elemento é provocada pela própria fonte sonora Font e Font e Transmissão de sons aéreos Transmissão de sons de percussão ISOLAMENTO A RUÍDO DE IMPACTO Isolamento sonoro efectivo L Para estimar o isolamento sonoro a sons de percussão, o ensaio consiste em aplicar uma pancada normalizada sobre a face superior do elemento em estudo e medir o valor do nível de pressão sonora no local subjacente: L = L(p) Máquina de percussão Enquanto nos sons aéreos o isolamento sonoro é uma diferença de níveis, nos sons de percussão é o próprio nível medido. L(p)

32 ISOLAMENTO A RUÍDO DE IMPACTO Isolamento sonoro normalizado (L n ) No caso dos sons de percussão, o isolamento sonoro normalizado obtém-se do efectivo através da introdução dum termo correctivo do mesmo tipo dos sons aéreos: L = L(p) + log n A A A, A Áreas de absorção sonora equivalente do local receptor e de referência, respectivamente (A =m 2 ). No caso de medições no local (L ), em vez de no laboratório (L) - onde se pode eliminar a transmissão marginal -, a expressão mantém-se a mesma mas toma a designação de L n para mostrar que inclui o efeito da transmissão marginal, K, devendo ter-se: L n = L n +K ISOLAMENTO A RUÍDO DE IMPACTO Isolamento sonoro normalizado (L n ) DL 96/28 L nt = L n log(.32v )

33 ISOLAMENTO A RUÍDO DE IMPACTO Índice de isolamento sonoro a sons de impacto (L n,w ou L nt,w ) O processo de determinação é idêntico ao dos sons aéreos, recorrendo (ISO 77) a uma curva de referência para ponderar os valores medidos nas diferentes frequências. Ajustada a curva pelo processo já descrito (os desvios desfavoráveis são agora os que ficam acima da curva), L n,w é o ponto da curva para f=5 Hz. Nível sonoro a sons de percussão L n,w Frequência Hz ISOLAMENTO A RUÍDO DE IMPACTO Isolamento sonoro calculado analiticamente O nível de ruído de impacto transmitido por um pavimento não revestido pode ser relacionado com a sua redução sonora, obtendo-se a seguinte lei também dependente da massa: L n,w,eq =64 35 log (m s ) No caso de um pavimento revestido e entrando em conta com a transmissão marginal tem-se: L n,w =L n,w,eq - L w + K K acréscimo devido à transmissão marginal L redução da transmissão devido ao revestimento aplicado.

34 ISOLAMENTO A RUÍDO DE IMPACTO Isolamento sonoro calculado analiticamente Conhecendo L n,w é possível determinar L nt,w fazendo: L nt,w =L n,w,eq - L w + K log(.32v) K acréscimo devido à transmissão marginal. L redução da transmissão devido ao revestimento aplicado. ISOLAMENTO A RUÍDO DE IMPACTO Valores de K e L w Valores de L w (em db/oit) Valores de K (em db) Designação Características L w Massa do piso (kg/m 2 ) Massa das paredes do compartimento inferior (kg/m 2 ) Tacos de madeira Piso flutuante de madeira Alcatifa tufada Espessuras entre 5 e 5 mm Parquet de madeira (e=5 a 5 mm) sobre espuma de polietileno com base de latex com base de favos de borracha sobre tecido de juta

ACÚSTICA DE EDIFÍCIOS Conceitos e princípios elementares de projecto. António Moret Rodrigues IST

ACÚSTICA DE EDIFÍCIOS Conceitos e princípios elementares de projecto. António Moret Rodrigues IST ACÚSTICA DE EDIFÍCIOS Conceitos e princípios elementares de projecto António Moret Rodrigues IST ÍNDICE Conceito de som ( slides) Propagação do som (3 slides) Grandezas acústicas (4 slides) Medição do

Leia mais

ACÚSTICA DE EDIFÍCIOS Conceitos e princípios pios elementares de projecto. António Moret Rodrigues IST

ACÚSTICA DE EDIFÍCIOS Conceitos e princípios pios elementares de projecto. António Moret Rodrigues IST ACÚSTICA DE EDIFÍCIOS Conceitos e princípios pios elementares de projecto António Moret Rodrigues IST ÍNDICE Conceito de som (2 slides) Propagação do som (3 slides) Grandezas acústicas (4 slides) Medição

Leia mais

TRANSMISSÃO DO SOM TRANSMISSÃO DO SOM TRANSMISSÃO DO SOM 1º MODO DE VIBRAÇÃO ESTRUTURAL ÍNDICE DE REDUÇÃO SONORA DE ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO

TRANSMISSÃO DO SOM TRANSMISSÃO DO SOM TRANSMISSÃO DO SOM 1º MODO DE VIBRAÇÃO ESTRUTURAL ÍNDICE DE REDUÇÃO SONORA DE ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO A transmissão do som entre locais pode efectuar-se: por via aérea: quando a vibração do elemento é provocada pelo campo sonoro criado pela fonte no ar; por percussão: quando a vibração do elemento é provocada

Leia mais

ISOLAMENTO A SONS AÉREOS ISOLAMENTO AOS SONS SONS AÉREOS. Proveniência dos Sons Aéreos. Sons Aéreos. Isolamento. Sons de Percussão

ISOLAMENTO A SONS AÉREOS ISOLAMENTO AOS SONS SONS AÉREOS. Proveniência dos Sons Aéreos. Sons Aéreos. Isolamento. Sons de Percussão ISOLAMENTO A SONS AÉREOS ISOLAMENTO AOS SONS Isolamento Sons Aéreos Sons de Percussão A distinção entre sons aéreos e sons de percussão é importante porque o isolamento sonoro dos elementos de construção

Leia mais

Acústica nos edifícios. Acústica nos edifícios. Acústica nos edifícios. Som directo. Som reflectido. 6dB, quando se (2X) a distância à fonte

Acústica nos edifícios. Acústica nos edifícios. Acústica nos edifícios. Som directo. Som reflectido. 6dB, quando se (2X) a distância à fonte Som directo Som reflectido Anabela Moreira FC - Acústica de difícios 1 CAMPO ABRTO Nível sonoro SPAÇOS FCHADOS 6dB, quando se (2X) a distância à fonte nergia directamente nergia reflectida pelos obstáculos

Leia mais

FICHA TÉCNICA. IMPERALUM Manual de Acústica. nº 24. Nº Pág.s: Maio Copyright Construlink.com - Todos os direitos reservados.

FICHA TÉCNICA. IMPERALUM Manual de Acústica. nº 24. Nº Pág.s: Maio Copyright Construlink.com - Todos os direitos reservados. FICHA TÉCNICA IMPERALUM Manual de Acústica nº 24 Nº Pág.s: 10 24 04. Maio 2006 MANUAL DE ACÙSTICA IMPERSOM 01 1. MANUAL DE ACÙSTICA A gama acústica IMPERSOM Fruto de todo um trabalho de investigação e

Leia mais

CURCEP 2015 ACÚSTICA

CURCEP 2015 ACÚSTICA CURCEP 2015 ACÚSTICA FÍSICA B PROF.: BORBA INTRODUÇÃO É o segmento da Física que interpreta o comportamento das ondas sonoras audíveis frente aos diversos fenômenos ondulatórios. ONDA SONORA: Onda mecânica,

Leia mais

Materiais. Conceitos para acústica arquitetônica. Marcelo Portela LVA/UFSC

Materiais. Conceitos para acústica arquitetônica. Marcelo Portela LVA/UFSC Materiais Acústicos Conceitos para acústica arquitetônica Marcelo Portela LVA/UFSC LEMBRANDO... ISOLAMENTO ACÚSTICO Capacidade de certos materiais formarem uma barreira, impedindo que a onda sonora passe

Leia mais

Acústica em Reabilitação de Edifícios

Acústica em Reabilitação de Edifícios Reabilitação 2009- Parte 2-1 Reabilitação 2009- Acústica de edifícios 1+2 Condicionamento acústico interior 3 - Isolamento de sons aéreos 4 - Isolamento de ruídos de instalações 5 - Isolamento de ruídos

Leia mais

Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura

Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura AUT 0278 - Desempenho Acústico, Arquitetura e Urbanismo Transmissão Sonora Alessandra Prata-Shimomura,

Leia mais

ACÚSTICA DE EDIFÍCIOS

ACÚSTICA DE EDIFÍCIOS Conforto Ambiental em Edifícios Acústica de Edifícios Mestrado em Engenharia Civil ACÚSTICA DE EDIFÍCIOS Albano Neves e Sousa Ano lectivo 007/008 O CONCEITO DE SOM Existe quando o ouvido humano detecta

Leia mais

Pavimentos e revestimentos de pavimentos, isolamento a sons de percussão ÍNDICE

Pavimentos e revestimentos de pavimentos, isolamento a sons de percussão ÍNDICE Pavimentos e revestimentos de pavimentos, isolamento a sons de percussão ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 1 2 TERMINOLOGIA... 2 2.1 Considerações gerais... 2 2.2 Definições... 2 2.2.1 Índice de isolamento sonoro,

Leia mais

Ondas Sonoras. Profo Josevi Carvalho

Ondas Sonoras. Profo Josevi Carvalho Ondas Sonoras Profo Josevi Carvalho INTRODUÇÃO É o ramo da Física que interpreta o comportamento das ondas sonoras audíveis frente aos diversos fenômenos ondulatórios. ONDA SONORA: Onda mecânica, longitudinal

Leia mais

Física. a) As intensidades da figura foram obtidas a uma distância r = 10 m da rodovia. Considere que a intensidade. do ruído sonoro é dada por I =

Física. a) As intensidades da figura foram obtidas a uma distância r = 10 m da rodovia. Considere que a intensidade. do ruído sonoro é dada por I = Física Revisão Prova bimestral 3 os anos Julio jun/11 Nome: Nº: Turma: 1. (Unicamp) O ruído sonoro nas proximidades de rodovias resulta, predominantemente, da compressão do ar pelos pneus de veículos que

Leia mais

COMPLEXO DESPORTIVO DE VIMIOSO

COMPLEXO DESPORTIVO DE VIMIOSO COMPLEXO DESPORTIVO DE VIMIOSO PROJECTO ACÚSTICO COMPLEXO DESPORTIVO DE VIMIOSO 1/7 TERMO DE RESPONSABILIDADE Nuno Manuel Martins, Eng. Técnico Civil, titular do cartão do cidadão com numero do cidadão

Leia mais

NP ISO :2011 Acústica Descrição, medição e avaliação do ruído ambiente Parte 2: Determinação dos níveis de pressão sonora do ruído ambiente

NP ISO :2011 Acústica Descrição, medição e avaliação do ruído ambiente Parte 2: Determinação dos níveis de pressão sonora do ruído ambiente NP ISO 1996 2:2011 Acústica Descrição, medição e avaliação do ruído ambiente Parte 2: Determinação dos níveis de pressão sonora do ruído ambiente 2011 03 03 1 NP ISO 1996 2:2011 7 Condições meteorológicas

Leia mais

1 T. Ondas acústicas ONDAS. Formalismo válido para diversos fenómenos: o som e a luz, por exemplo, relacionados com dois importantes sentidos.

1 T. Ondas acústicas ONDAS. Formalismo válido para diversos fenómenos: o som e a luz, por exemplo, relacionados com dois importantes sentidos. Ondas acústicas ONDAS Formalismo válido para diversos fenómenos: o som e a luz, por exemplo, relacionados com dois importantes sentidos. Descrição válida para fenómenos periódicos ALGUNS CONCEITOS RELACIONADOS

Leia mais

O SOM E A ONDA SONORA

O SOM E A ONDA SONORA O SOM E A ONDA SONORA Complementar com a leitura das páginas 94 a 101 Todos os sons são ondas em meios materiais. Na origem de qualquer onda sonora está sempre a vibração de partículas, que se transmite

Leia mais

Acústica em Reabilitação de Edifícios

Acústica em Reabilitação de Edifícios Reabilitação 009- Parte 5 - Reabilitação 009- Protecção contra o ruído de equipamentos colocados no exterior Silenciadores circulares p/ condutas de ventilação Grelhas atenuadoras (5 a 1 db) Atenuadores

Leia mais

Acústica nos edifícios

Acústica nos edifícios Acústica nos edifícios Som directo Som reflectido Anabela Moreira FC - Acústica de Edifícios 1 Os materiais ou sistemas absorventes sonoros podem ser classificados em: - materiais texturados; -Ressoadores

Leia mais

ACÚSTICA AMBIENTAL E DE EDIFÍCIOS

ACÚSTICA AMBIENTAL E DE EDIFÍCIOS pág. i DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL T E X T O D E A P O I O À D I S C I P L I N A D E ACÚSTICA AMBIENTAL E DE EDIFÍCIOS A. P. Oliveira de Carvalho ÍNDICE pág. PREÂMBULO

Leia mais

COMPARAÇÃO ENTRE MODELOS DE PREVISÃO DE ISOLAMENTO SONORO A SONS DE CONDUÇÃO AÉREA DE ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

COMPARAÇÃO ENTRE MODELOS DE PREVISÃO DE ISOLAMENTO SONORO A SONS DE CONDUÇÃO AÉREA DE ELEMENTOS CONSTRUTIVOS COMPARAÇÃO ENTRE MODELOS DE PREVISÃO DE ISOLAMENTO SONORO A SONS DE CONDUÇÃO AÉREA DE ELEMENTOS CONSTRUTIVOS Luís Bragança, Francisco Correia da Silva Departamento de Engenharia Civil, Universidade do

Leia mais

FÍSICA. Oscilação e Ondas. Acústica. Prof. Luciano Fontes

FÍSICA. Oscilação e Ondas. Acústica. Prof. Luciano Fontes FÍSICA Oscilação e Ondas Acústica Prof. Luciano Fontes ACÚSTICA = É o estudo das ondas sonoras. Ondas sonoras são mecânicas, longitudinais e tridimensionais; Ondas sonoras não se propagam no vácuo; VELOCIDADE

Leia mais

PROCEDIMENTO DE MEDIÇÃO DE RUIDO EM AMBIENTES INTERNOS.

PROCEDIMENTO DE MEDIÇÃO DE RUIDO EM AMBIENTES INTERNOS. PROCEDIMENTO DE MEDIÇÃO DE RUIDO EM AMBIENTES INTERNOS. Prof. Msc. Lucas C. Azevedo Pereira ALTAMIRA/PA 04 de novembro de 2016 A ACÚSTICA é a ciência do som, incluindo sua produção, transmissão e efeitos.

Leia mais

Fenómenos ondulatórios

Fenómenos ondulatórios Fenómenos ondulatórios Interferência É o fenômeno resultante da superposição de duas ou mais ondas. Onda estacionária Figura de interferência determinada pela superposição de ondas de mesma frequência

Leia mais

INSTRUMENTAÇÃO PARA IMAGIOLOGIA MÉDICA

INSTRUMENTAÇÃO PARA IMAGIOLOGIA MÉDICA INSTRUMENTAÇÃO PARA IMAGIOLOGIA MÉDICA TÉCNICAS DE IMAGEM POR ULTRA-SONS Licenciatura em Engenharia Biomédica da FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA INSTRUMENTAÇÃO PARA IMAGIOLOGIA

Leia mais

SOM. Para ouvir um som são necessários os seguintes elementos: PROPAGAÇÃO DO SOM

SOM. Para ouvir um som são necessários os seguintes elementos: PROPAGAÇÃO DO SOM SOM O som corresponde à vibração de partículas constituintes de um meio material elástico (onda sonora). Para termos uma sensação sonora é necessário que se produzam, pelo menos, vinte vibrações por segundo

Leia mais

Transmissão Sonora por Impacto e Acústica de Edificações

Transmissão Sonora por Impacto e Acústica de Edificações Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura AUT0278 - Desempenho Acústico, Arquitetura e Urbanismo Transmissão Sonora por Impacto e Acústica

Leia mais

ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO

ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO Profa. Dr.-Ing. Erika Borges Disciplina ministrada ao IV semestre do curso de Engenharia Civil Universidade do Estado de Mato Grosso Campus Sinop/MT FREQUENCIA UMA OITAVA E UM TERÇO

Leia mais

ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE VILA FRANCA DO CAMPO CURSO VOCACIONAL ANO LETIVO 2016/2017. Módulo I. Som e Luz MARILIA CARMEN DA SILVA SOARES

ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE VILA FRANCA DO CAMPO CURSO VOCACIONAL ANO LETIVO 2016/2017. Módulo I. Som e Luz MARILIA CARMEN DA SILVA SOARES ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE VILA FRANCA DO CAMPO ANO LETIVO Módulo I Som e Luz MARILIA CARMEN DA SILVA SOARES APONTAMENTOS O SOM O som resulta da vibração dos corpos. Para que possamos ouvir o som produzido

Leia mais

ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO

ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO Profa. Dr.-Ing. Erika Borges Leão Disciplina ministrada ao IV semestre do curso de Engenharia Civil Universidade do Estado de Mato Grosso Campus Sinop/MT FREQUENCIA UMA OITAVA E

Leia mais

Ondas. Onda é uma perturbação em movimento

Ondas. Onda é uma perturbação em movimento Ondas Onda é uma perturbação em movimento Um meio em equilíbrio é perturbado e essa perturbação é transmitida, com atraso, aos pontos vizinhos As ondas não transportam matéria, mas sim energia. Uma onda

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ÁREA DE CONSTRUÇÃO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ÁREA DE CONSTRUÇÃO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ÁREA DE CONSTRUÇÃO 1. Para determinar a porosidade aberta de uma pedra calcária, utilizou-se um provete com as dimensões de 7.1 7.1 7.1 cm 3. Determinou-se a massa no estado

Leia mais

PROGRAMA DE CONFORTO ACÚSTICO EM EDIFÍCIOS

PROGRAMA DE CONFORTO ACÚSTICO EM EDIFÍCIOS Aplicação da Normalização Europeia e de Marcação CE à Caixilharia Exterior 16 de Setembro de 2009 Eng.ª Odete Domingues PROGRAMA DE CONFORTO ACÚSTICO EM EDIFÍCIOS ANÁLISE GERAL Local de implantação Conforto

Leia mais

Fenómenos ondulatórios

Fenómenos ondulatórios Fenómenos ondulatórios Relação entre a velocidade de propagação da onda, o comprimento da onda e o período: v. f ou v T Reflexão de ondas Na reflexão de ondas, o ângulo de reflexão r é igual ao ângulo

Leia mais

Aula-6 Ondas IΙ. Física Geral IV - FIS503 1º semestre, 2017

Aula-6 Ondas IΙ. Física Geral IV - FIS503 1º semestre, 2017 Aula-6 Ondas IΙ Física Geral IV - FIS503 1º semestre, 2017 Interferência Duas ondas de amplitudes (A) iguais: y1 (x, t ) = Asin(kx ωt ) y2 (x, t ) = Asin(kx ωt + φ ) y(x, t ) = y1 (x, t ) + y2 (x, t )

Leia mais

CAPÍTULO VII ONDAS MECÂNICAS

CAPÍTULO VII ONDAS MECÂNICAS CAPÍTULO VII ONDAS MECÂNICAS 7.1. INTRODUÇÃO As ondas mecânicas são fenómenos ondulatórios que necessitam de um meio material para se propagarem. Como exemplos destas ondas, vamos estudar neste capítulo

Leia mais

Diferença de caminho ΔL

Diferença de caminho ΔL s 1 t = A 1 cos(kl 1 ωt + φ 1 ) s 2 t = A 2 cos(kl 2 ωt + φ 2 ) iguais a Φ = 2π 2,0 m (38 m 34 m) = 4π (CONSTRUTIVA) b Φ = 2π 2,0 m (39 m 36 m) = 3π (DESTRUTIVA) Diferença de caminho ΔL 2π λ ΔL + Δφ =

Leia mais

ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO

ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO Profa. Dr.-Ing. Erika Borges Leão Disciplina ministrada ao IX semestre do curso de Engenharia Civil Universidade do Estado de Mato Grosso Campus Sinop/MT FREQUENCIA UMA OITAVA E

Leia mais

Vidro. 14 Vidraria Taipas. Esta estrutura dota o vidro duplo das seguintes propriedades:

Vidro. 14 Vidraria Taipas. Esta estrutura dota o vidro duplo das seguintes propriedades: 14 Vidraria Taipas Esta estrutura dota o vidro duplo das seguintes propriedades: Propriedades Acústicas Propriedades Espectrofotométricas Propriedades Térmicas Propriedades de Segurança Propriedades Decorativas

Leia mais

ACÚSTICA ONDAS SONORAS. Patrick de Almeida

ACÚSTICA ONDAS SONORAS. Patrick de Almeida ACÚSTICA ONDAS SONORAS Patrick de Almeida ACÚSTICA Acústica é o estudo das ondas sonoras; Ondas sonoras são mecânicas, longitudinais e tridimensionais; Ondas sonoras não se propagam no vácuo; Vibração

Leia mais

ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO

ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO Profa. Dr.-Ing. Erika Borges Leão Disciplina ministrada ao IV semestre do curso de Engenharia Civil Universidade do Estado de Mato Grosso Campus Sinop/MT OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Leia mais

8.2. Na extremidade de uma corda suficientemente longa é imposta uma perturbação com frequência f = 5 Hz que provoca uma onda de amplitude

8.2. Na extremidade de uma corda suficientemente longa é imposta uma perturbação com frequência f = 5 Hz que provoca uma onda de amplitude Constantes Velocidade do som no ar: v som = 344 m /s Velocidade da luz no vácuo c = 3 10 8 m/s 8.1. Considere uma corda de comprimento L e densidade linear µ = m/l, onde m é a massa da corda. Partindo

Leia mais

O Som O som é uma onda mecânica, pois necessita de um meio material para se propagar. O Som. Todos os sons resultam de uma vibração (ou oscilação).

O Som O som é uma onda mecânica, pois necessita de um meio material para se propagar. O Som. Todos os sons resultam de uma vibração (ou oscilação). O Som Todos os sons resultam de uma vibração (ou oscilação). O Som O som é uma onda mecânica, pois necessita de um meio material para se propagar. As ondas sonoras são longitudinais. Resultam de compressões

Leia mais

Física B Semiextensivo V. 4

Física B Semiextensivo V. 4 Física B Semiextensivo V. 4 Exercícios 0) V V F V F 0) C 03) A 04) D a) Verdadeira. b) Verdadeira. Devemos fazer com que a onda emitida entre em ressonância com a vibração da antena. c) Falsa. Para ocorrer

Leia mais

Comportamento da Onda Sonora:

Comportamento da Onda Sonora: Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura AUT 0278 - Desempenho Acústico, Arquitetura e Urbanismo Comportamento Sonoro Ranny L. X. N. Michalski

Leia mais

do Semi-Árido - UFERSA

do Semi-Árido - UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA Ondas Sonoras Subênia Karine de Medeiros Mossoró, Outubro de 2009 SOM O som é uma onda mecânica, longitudinal e tridimensional que se propaga em um meio

Leia mais

Pressão Sonora e Nível em db:

Pressão Sonora e Nível em db: Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura AUT0278 - Desempenho Acústico, Arquitetura e Urbanismo d, Pressão, Potência e Intensidade e-mail:

Leia mais

GALDINO DISCIPLINA: FÍSICA CONTEÚDO:

GALDINO DISCIPLINA: FÍSICA CONTEÚDO: PROFESSOR: DANILO GALDINO DISCIPLINA: FÍSICA CONTEÚDO: Quanto a forma Transversais Longitudinais Quanto a natureza Mecânicas Eletromagnéticas 2 3 4 São ondas que necessitam de um meio material para se

Leia mais

LINHA OPTIMA 4+ Tratamento térmico e acústico de ambientes

LINHA OPTIMA 4+ Tratamento térmico e acústico de ambientes LINHA OPTIMA 4 Tratamento térmico e acústico de ambientes LINHA OPTIMA A LINHA OPTIMA 4 é composta por painéis e feltros em uma nova geração de lã de vidro. Sua cor remete ao tom natural da terra e reforça

Leia mais

29/05/14. Exemplos : Ondas em cordas, ondas na superfície de um líquido, ondas sonoras, etc.

29/05/14. Exemplos : Ondas em cordas, ondas na superfície de um líquido, ondas sonoras, etc. Classificação das ondas Natureza Ondas Mecânicas Ondas Eletromagnéticas Modo de vibração Transversais Longitudinais Dimensão Unidimensionais Bidimensionais Tridimensionais Natureza das ondas Natureza das

Leia mais

Impedância Acústica - Relação Entre Componente De Pressão e de Velocidade

Impedância Acústica - Relação Entre Componente De Pressão e de Velocidade Interacções Sonoras Impedância Acústica - Relação Entre Componente De Pressão e de Velocidade Caso específico de uma onda plana em propagação - velocidade e pressão em fase Impedância Acústica Relação

Leia mais

Comportamento da Onda Sonora:

Comportamento da Onda Sonora: Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura AUT 0278 - Desempenho Acústico, Arquitetura e Urbanismo Comportamento Sonoro Alessandra Prata-Shimomura,

Leia mais

Olimpíadas de Física Selecção para as provas internacionais. Prova Experimental A

Olimpíadas de Física Selecção para as provas internacionais. Prova Experimental A Prova Experimental A Sociedade Portuguesa de Física 26/Maio/2006 Prova Experimental A Ressoador de Helmholtz Duração da prova: 2h 1 Material régua de plástico craveira balão de vidro suporte para balão

Leia mais

ONDAS. Ondas Longitudinais: Ondas Transversais: Ondas Eletromagnéticas: Ondas Mecânicas:

ONDAS. Ondas Longitudinais: Ondas Transversais: Ondas Eletromagnéticas: Ondas Mecânicas: ONDAS Uma onda é uma perturbação oscilante de alguma grandeza física no espaço e periódica no tempo. Fisicamente, uma onda é um pulso energético que se propaga através do espaço ou através de um meio (líquido,

Leia mais

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA II ONDAS SONORAS. Prof.

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA II ONDAS SONORAS. Prof. CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA II ONDAS SONORAS Prof. Bruno Farias Ondas Sonoras De todas as ondas mecânicas da natureza,

Leia mais

7,9g / cm. e a do alumínio é

7,9g / cm. e a do alumínio é 1. (Unicamp 015) O primeiro trecho do monotrilho de São Paulo, entre as estações Vila Prudente e Oratório, foi inaugurado em agosto de 014. Uma das vantagens do trem utilizado em São Paulo é que cada carro

Leia mais

GABARITO. β = 10. log 10 23) A. β = 10 log I I 0 I = P A 1 = P P W 24) B. 25) β = 120 db I =? β = 10log I. 120 = 10log =

GABARITO. β = 10. log 10 23) A. β = 10 log I I 0 I = P A 1 = P P W 24) B. 25) β = 120 db I =? β = 10log I. 120 = 10log = Física B Extensivo V. 7 Exercícios 0) C λ 0 mm 0. 0 3 m 05) A 30 0. 0 3. f f 3000 Hz (ultrassom) 0) A λ 3,3. 0 3 m 30 (3,3. 0 3 ). f f,03. 0 5 Hz 03) a) Ondas sonoras são ondas mecânicas longitudinais

Leia mais

ONDAS SONORAS. Nesta aula estudaremos ondas sonoras e nos concentraremos nos seguintes tópicos:

ONDAS SONORAS. Nesta aula estudaremos ondas sonoras e nos concentraremos nos seguintes tópicos: ONDAS SONORAS Nesta aula estudaremos ondas sonoras e nos concentraremos nos seguintes tópicos: Velocidade das ondas sonoras. Relação entre a amplitude do deslocamento e a pressão. Interferência de ondas

Leia mais

Conforto Ambiental I I Aula 04 Tratamento Acústico

Conforto Ambiental I I Aula 04 Tratamento Acústico Conforto Ambiental I I Aula 04 Tratamento Acústico Professores: Ana Cristina Hillesheim Karina Colet Marcela Cebalho Michelle de Almeida Costa TRATAMENTO ACÚSTICO Os sons classificam-se, segundo sua origem,

Leia mais

ONDAS SONORAS - Mecânicas - Longitudinais

ONDAS SONORAS - Mecânicas - Longitudinais ONDAS SONORAS - Mecânicas - Longitudinais CONCEITOS FUNDAMENTAIS Fonte Sonora: ponto a partir do qual são emitidas as ondas sonoras, em todas as direções; Frentes de Ondas: superfícies nas quais as ondas

Leia mais

Mecânica e Ondas. Ondas estacionárias em cordas vibrantes

Mecânica e Ondas. Ondas estacionárias em cordas vibrantes Mecânica e Ondas Ondas estacionárias em cordas vibrantes Objectivo Estudo das ondas estacionárias em cordas vibrantes. Estudo da variação da frequência de ressonância da onda com a tensão e o comprimento

Leia mais

Física B Semiextensivo V. 4

Física B Semiextensivo V. 4 Física B Semiextensivo V. 4 Exercícios 0) V V F V F 0) C 03) A 04) D a) Verdadeira. b) Verdadeira. Devemos fazer com que a onda emitida entre em ressonância com a vibração da antena. c) Falsa. Para ocorrer

Leia mais

Física Módulo 2 Ondas

Física Módulo 2 Ondas Física Módulo 2 Ondas Ondas, o que são? Onda... Onda é uma perturbação que se propaga no espaço ou em qualquer outro meio, como, por exemplo, na água. Uma onda transfere energia de um ponto para outro,

Leia mais

ACÚSTICA. Professor Paulo Christakis, M.Sc. 05/09/2016 1

ACÚSTICA. Professor Paulo Christakis, M.Sc. 05/09/2016 1 ACÚSTICA 05/09/2016 1 O QUE É ACÚSTICA? Acústica é o ramo da Física que estuda a propagação das ondas sonoras. O som é originado a partir da vibração da matéria em camadas de compressão e rarefação, sendo

Leia mais

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE ABSORÇÃO SONORA

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE ABSORÇÃO SONORA DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE ABSORÇÃO SONORA Placas de LecaMIX MAXIT, Préfabricação em Betão Leve S.A. Albergaria-a-Velha Dezembro de 2004 praceta da rua da república, nº 17, 2º dto. alagoas. 3810-160

Leia mais

ECOGRAFIAS. Ecografias. Imagens estruturais, baseadas na reflexão dos ultra-sons nas paredes dos tecidos.

ECOGRAFIAS. Ecografias. Imagens estruturais, baseadas na reflexão dos ultra-sons nas paredes dos tecidos. ECOGRAFIAS Ecografias Imagens estruturais, baseadas na reflexão dos ultra-sons nas paredes dos tecidos. Imagens dinâmicas baseadas no efeito de Doppler aplicado ao movimento sanguíneo. ULTRA-SONS, ECOS

Leia mais

FÍSICA. Constantes físicas necessárias para a solução dos problemas: Aceleração da gravidade: 10 m/s 2. Constante de Planck: 6,6 x J.s.

FÍSICA. Constantes físicas necessárias para a solução dos problemas: Aceleração da gravidade: 10 m/s 2. Constante de Planck: 6,6 x J.s. FÍSIC Constantes físicas necessárias para a solução dos problemas: celeração da gravidade: 10 m/s Constante de lanck: 6,6 x 10-34 J.s 01. Um barco de comprimento L = 80 m, navegando no sentido da correnteza

Leia mais

FENÔMENOS OSCILATÓRIOS E TERMODINÂMICA AULA 4 ONDAS II

FENÔMENOS OSCILATÓRIOS E TERMODINÂMICA AULA 4 ONDAS II FENÔMENOS OSCILATÓRIOS E TERMODINÂMICA AULA 4 ONDAS II PROF.: KAIO DUTRA Ondas Sonoras Ondas sonoras são definidas como qualquer onda longitudinal. O ponto S representa uma pequena fonte sonora, chamada

Leia mais

Evento PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS, SUSTENTABILIDADE E CONFORTO INTERIOR OPTIMIZAÇÃO DE SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS AVALIAÇÕES ACÚSTICAS

Evento PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS, SUSTENTABILIDADE E CONFORTO INTERIOR OPTIMIZAÇÃO DE SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS AVALIAÇÕES ACÚSTICAS Evento PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS, SUSTENTABILIDADE E CONFORTO INTERIOR OPTIMIZAÇÃO DE SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS Técnicas de Inspecção e Avaliação do Desempenho de Edifícios Paulo Amado

Leia mais

Lista de exercícios 2. Propagação da onda acústica, atenuação, absorção e espalhamento

Lista de exercícios 2. Propagação da onda acústica, atenuação, absorção e espalhamento Ultrassom em biomedicina Prof. Theo Pavan Lista de exercícios 2 Propagação da onda acústica, atenuação, absorção e espalhamento 1) (a) Encontre a velocidade do som no hidrogênio em 1 atm e 0 o C a partir

Leia mais

Etapas na transmissão de informação EMISSÃO PROPAGAÇÃO RECEÇÃO

Etapas na transmissão de informação EMISSÃO PROPAGAÇÃO RECEÇÃO COMUNICAÇÕES A CURTAS DISTÂNCIAS Etapas na transmissão de informação 2 EMISSÃO O emissor (ou fonte) produz um sinal que contém a informação a transmitir PROPAGAÇÃO o sinal emitido propaga-se no espaço

Leia mais

Sumário. Comunicações. Comunicação da informação a curtas distâncias 12/11/2015

Sumário. Comunicações. Comunicação da informação a curtas distâncias 12/11/2015 Sumário UNIDADE TEMÁTICA 2. 1.1- Comunicação de informação a curtas distâncias. - Transmissão de sinais. Sinais. - Propagação de um sinal: energia e velocidade de propagação (modelo ondulatório). Comunicação

Leia mais

DOC. 07 DEZEMBRO 2007 REQUISITOS DE CONDICIONAMENTO ACÚSTICO

DOC. 07 DEZEMBRO 2007 REQUISITOS DE CONDICIONAMENTO ACÚSTICO DOC. 07 DEZEMBRO 2007 REQUISITOS DE CONDICIONAMENTO ACÚSTICO DIRECÇÃO-GERAL DO LIVRO E DAS BIBLIOTECAS REDE NACIONAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS REQUISITOS DE CONDICIONAMENTO ACÚSTICO Nota prévia justificativa

Leia mais

ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO

ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO ACÚSTICA DA EDIFICAÇÃO Profa. Dr.-Ing. Erika Borges Leão Disciplina ministrada ao IV semestre do curso de Engenharia Civil Universidade do Estado de Mato Grosso Campus Sinop/MT OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Leia mais

Mapesilent System. Sistema para o isolamento acústico contra o ruído de passos

Mapesilent System. Sistema para o isolamento acústico contra o ruído de passos Mapesilent System Sistema para o isolamento acústico contra o ruído de passos O sistema Mapesilent Ao longo dos últimos anos, o conhecimento do conceito de conforto habitacional, combinado com a utilização

Leia mais

Bioacústica. Maria Luisa da Silva UFPa Jacques Vielliard UNICAMP

Bioacústica. Maria Luisa da Silva UFPa Jacques Vielliard UNICAMP Bioacústica Maria Luisa da Silva UFPa silva.malu@uol.com.br Jacques Vielliard UNICAMP jacques@unicamp.br As bases físicas da comunicação sonora e da análise dos sinais sonoros O fenômeno acústico Os parâmetros

Leia mais

O que são s o ondas sonoras? Ondas? Mecânicas? Longitudinais? O que significa?

O que são s o ondas sonoras? Ondas? Mecânicas? Longitudinais? O que significa? Movimento Ondulatório Fisíca Aplicada a Imaginologia - 115 O que são s o ondas sonoras? São ondas mecânicas, longitudinais que podem se propagar em sólidos, líquidos e gases. Ondas? Mecânicas? Longitudinais?

Leia mais

db, Pressão, Potência e Intensidade

db, Pressão, Potência e Intensidade Universidade de São Paulo Faculdade de rquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da rquitetura UT 0278 - Desempenho cústico, rquitetura e Urbanismo d, Pressão, Potência e Intensidade lessandra

Leia mais

Instituto Politécnico co de Tomar Escola Superior de Tecnologia de Tomar ÁREA INTERDEPARTAMENTAL DE FÍSICA

Instituto Politécnico co de Tomar Escola Superior de Tecnologia de Tomar ÁREA INTERDEPARTAMENTAL DE FÍSICA Ano lectivo 1-11 Engenharia Electrotécnica e de Computadores Exercícios de Física Ficha 8 Movimento Vibratório e Ondulatório Capítulo 5 Conhecimentos e capacidades a adquirir pelo aluno Aplicação dos conceitos

Leia mais

Capítulo 17 Ondas II. Neste capítulo vamos estudar ondas sonoras e concentrar-se nos seguintes tópicos:

Capítulo 17 Ondas II. Neste capítulo vamos estudar ondas sonoras e concentrar-se nos seguintes tópicos: Capítulo 17 Ondas II Neste capítulo vamos estudar ondas sonoras e concentrar-se nos seguintes tópicos: Velocidade de ondas sonoras Relação entre deslocamento e amplitude Interferência da onda de som Intensidade

Leia mais

Física B Extensivo V. 7

Física B Extensivo V. 7 Física B Extensivo V. 7 Resolva 6.) D N =. log 4 N =. log 8 N =. 8. log N = 8 db Aula 6 6.) = 3 W/m (intensidade das ondas sonoras no interior de uma fábrica têxtil). = W/m (menor intensidade que uma onda

Leia mais

introdução //

introdução // 1 índice temático: - introdução - noções teóricas - disposições regulamentares aplicáveis - RGR - RRAE - licenciamentos - operações urbanísticas - novos edifícios - edifícios existentes - materiais e soluções

Leia mais

Medidas da Onda Sonora Prof. Theo Z. Pavan

Medidas da Onda Sonora Prof. Theo Z. Pavan Medidas da Onda Sonora Prof. Theo Z. Pavan Física Acústica Aula 8 Energia transportada pelas ondas Ondas transportam energia. Intensidade I de uma onda: Potência transportada por unidade de área perpendicular

Leia mais

The Big Bang Theory - Inglês. The Big Bang Theory - Português Ressonância PROF. DOUGLAS KRÜGER

The Big Bang Theory - Inglês. The Big Bang Theory - Português Ressonância PROF. DOUGLAS KRÜGER The Big Bang Theory - Inglês The Big Bang Theory - Português Ressonância PROF. DOUGLAS KRÜGER PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DAS ONDAS Uma onda transporta ENERGIA e QUANTIDADE DE MOVIMENTO de um ponto a outro

Leia mais

Complementos de Fluidos

Complementos de Fluidos Complementos de Fluidos A consequência mais visível da viscosidade de um fluido é o seu perfil de velocidades no interior de um tubo: Ver nota 1 A equação de Bernoulli é, então, substituída pela expressão:

Leia mais

Fenómenos ondulatórios

Fenómenos ondulatórios Fenómenos ondulatórios Onda É uma perturbação que se propaga em um meio, determinando a transferência de energia, sem transporte de matéria. Em relação à direção de propagação da energia nos meios materiais

Leia mais

Sala de Estudos FÍSICA Evandro 3 trimestre Ensino Médio 3º ano classe: Prof.Evandro Nome: nº Sala de Estudos: Máquinas térmicas e acústica.

Sala de Estudos FÍSICA Evandro 3 trimestre Ensino Médio 3º ano classe: Prof.Evandro Nome: nº Sala de Estudos: Máquinas térmicas e acústica. Sala de Estudos FÍSICA Evandro trimestre Ensino Médio º ano classe: Prof.Evandro Nome: nº Sala de Estudos: Máquinas térmicas e acústica. 1. (Unesp 018) A figura mostra uma máquina térmica em que a caldeira

Leia mais

Ondas Mecânicas. Exemplos de interferência construtiva, genérica e destrutiva.

Ondas Mecânicas. Exemplos de interferência construtiva, genérica e destrutiva. Ondas Mecânicas A soma de ondas é vectorial. Por isso, quando duas ou mais ondas se propagam no mesmo meio observam se fenómenos de interferência. resultantes Exemplos de interferência construtiva, genérica

Leia mais

Física: Ondulatória e Acústica Questões de treinamento para a banca Cesgranrio elaborada pelo prof. Alex Regis

Física: Ondulatória e Acústica Questões de treinamento para a banca Cesgranrio elaborada pelo prof. Alex Regis Física: Ondulatória e Acústica Questões de treinamento para a banca Cesgranrio elaborada pelo prof. Alex Regis Questão 01 Na propagação de uma onda há, necessariamente, transporte de: a) massa e energia.

Leia mais

Ondulatória Parte 1. Física_9 EF. Profa. Kelly Pascoalino

Ondulatória Parte 1. Física_9 EF. Profa. Kelly Pascoalino Ondulatória Parte 1 Física_9 EF Profa. Kelly Pascoalino Nesta aula: Introdução; Ondas mecânicas; Ondas sonoras. INTRODUÇÃO Ondas de vários tipos estão presentes em nossas vidas. Lidamos com os mais diversos

Leia mais

FÍSICA RESOLUÇÃO/GABARITO LISTA DE EXERCÍCIOS ACÚSTICA ALEX SIQUEIRA. 01 A 02 D = 12 a) I = 1 w/m² 04

FÍSICA RESOLUÇÃO/GABARITO LISTA DE EXERCÍCIOS ACÚSTICA ALEX SIQUEIRA. 01 A 02 D = 12 a) I = 1 w/m² 04 Prof. Alex Siqueira FÍSCA RESOLUÇÃO/GABARTO LSTA DE EXERCÍCOS ACÚSTCA ALEX SQUERA Questão Resposta 01 A 0 D 03 4 + 8 = 1 a) = 1 w/m² 04 b) β = 90 db c) P = 7,5.10-7 W 05 A 06 C 07 D 08 D 09 C 10 C 11 a)

Leia mais

Propagação da onda sonora Prof. Theo Z. Pavan

Propagação da onda sonora Prof. Theo Z. Pavan Propagação da onda sonora Prof. Theo Z. Pavan Física Acústica Aula 6 Definição de onda sonora Denomina-se onda ao movimento das partículas causado por uma perturbação que se propaga através de um meio.

Leia mais

Física II. Capítulo 04 Ondas. Técnico em Edificações (PROEJA) Prof. Márcio T. de Castro 22/05/2017

Física II. Capítulo 04 Ondas. Técnico em Edificações (PROEJA) Prof. Márcio T. de Castro 22/05/2017 Física II Capítulo 04 Ondas Técnico em Edificações (PROEJA) 22/05/2017 Prof. Márcio T. de Castro Parte I 2 Ondas Ondas: é uma perturbação no espaço, periódica no tempo. 3 Classificação quanto à Natureza

Leia mais

ONDAS. é solução da equação de propagação de onda

ONDAS. é solução da equação de propagação de onda ONDAS 1. Uma estação de rádio emite a uma frequência de 760 khz. A velocidade das ondas de rádio é igual a 3 10 8 m/s. Determine o respectivo comprimento de onda (c.d.o.). 2. Um diapasão oscila com a frequência

Leia mais

Estudo das ondas. Modelo corpuscular de transferência de energia. v 1. v = 0. v 2. Antes do choque. Depois do choque

Estudo das ondas. Modelo corpuscular de transferência de energia. v 1. v = 0. v 2. Antes do choque. Depois do choque Estudo das ondas Estudo das ondas Modelo corpuscular de transferência de energia v = 0 v 1 v v 2 Antes do choque Depois do choque Estudo das ondas Modelo ondulatório A Pulso da onda B Modelo ondulatório

Leia mais

[COMUNICAÇÃO A CURTAS DISTÂNCIAS ]

[COMUNICAÇÃO A CURTAS DISTÂNCIAS ] [COMUNICAÇÃO A CURTAS DISTÂNCIAS ] Unidade 2 - Física FQ A Marília Peres e Rosa Pais 1 É possível imaginar como seria o nosso mundo sem os meios de comunicação de que dispomos? * * * * Aparelhos de rádio

Leia mais