EVOLUÇÃO DO EMPREGO E IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO PESADA NA ECONOMIA
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- Joana de Figueiredo Peixoto
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1 EVOLUÇÃO DO EMPREGO E IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO PESADA NA ECONOMIA Base dados: Janeiro 2017 (RAIS/CAGED), 4º Trimestre 2016 (PNAD Contínua) Atualizados em: 07/03/2017
2 Sumário Executivo Emprego na construção cai mais que a média Emprego formal no Brasil recuou 5,7% entre jan/2015 e jan/2017 Recuo¹ de 30% na construção pesada e de 26% na civil Construção pesada corresponde a 1,5% da mão de obra e explica 10,3% da queda do emprego formal no Brasil acumulada desde jan/15 Queda do emprego formal não está sendo compensada pela informalidade ou conta própria Emprego total da construção recuou 373 mil postos de trabalho em 2 anos (dez/14 a dez/16) Taxa de informalidade² da construção pesada (~20%) é menor que a do Brasil (~51%) Informalidade na construção civil: ~77% Queda da construção retrai toda a economia Setor da Construção cai mais que PIB pelo terceiro ano consecutivo Participação da construção no PIB recua de 5,4% em 2013 para 5,0% em 2016 Queda da construção tem impactos de curto e longo prazos na economia Fortes efeitos multiplicadores sobre a economia: redução de investimentos e de obras impacta diretamente diversos setores Sem investimentos, custo logístico brasileiro continuará a ser um dos maiores do mundo reduz potencial de crescimento econômico e impacta negatividade a competitividade nacional ¹ Período considerado: Janeiro/15 a Janeiro/17 ² Considera também conta própria
3 Empregos no Setor de Construção Clique para editar o estilo do título mestre 4
4 Composição do emprego na Construção Queda do emprego afeta as modalidades de contratação formal e conta própria a partir de 2015 queda mais intensa no setor formal (em mil postos de trabalho) dez/14 dez/15 dez/16 Participação no total dez/14 dez/15 dez/16 Formal % 32% 29% Informal % 20% 23% Conta própria % 48% 48% Total Construção Total Brasil Fonte: RAIS/CAGED-MTE e PNAD Contínua do IBGE. Elaboração LCA. Obs: os números de trabalhadores informais e conta própria da construção pesada e civil foram ajustados a partir do número de empregos formais da RAIS/CAGED, assim como as taxas de informalidade e de conta própria. 5
5 Composição do emprego na Construção Queda do emprego afeta todas modalidades de contratação a partir de 2015 queda mais intensa no setor formal (em mil postos de trabalho) dez/14 dez/15 dez/16 Participação no total dez/14 dez/15 dez/16 Formal % 32% 29% PESADA (infraestrutura e montagem) % 10% 9% CIVIL (edificações e Instalações) % 22% 20% Informal % 20% 23% PESADA (infraestrutura e montagem) % 2% 1% CIVIL (edificações e Instalações) % 18% 22% Conta própria % 48% 48% PESADA (infraestrutura e montagem) % 1% 1% CIVIL (edificações e Instalações) % 47% 47% Fonte: RAIS/CAGED-MTE e PNAD Contínua do IBGE. Elaboração LCA. Obs: os números de trabalhadores informais e conta própria da construção pesada e civil foram ajustados a partir do número de empregos formais da RAIS/CAGED, assim como as taxas de informalidade e de conta própria. 6
6 Emprego formal na Construção Dados mais recentes do emprego formal (jan/17) continuam mostrando queda muito mais acentuada do emprego na construção (-27% jan/15 a jan/17) em relação ao total (-6% jan/15 a jan/17) (em mil postos de trabalho) jan/15 jan/16 jan/17 Jan/16 e Jan/17 Variação Jan/15 e Jan/17 PESADA (infraestrutura e montagem) % -30% CIVIL (edificações e Instalações) % -26% TOTAL DA CONSTRUÇÃO % -27% Emprego Total - BRASIL % -6% Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração LCA. Total de empregos Brasil abrange ambos os setores privados e público. A comparação mais precisa seria relativizar exclusivamente com emprego privado. Porém, por incompatibilidade entre as séries RAIS/CAGED e informações CNAE/CBO, esse ajuste, até o presente momento, não é possível. 7
7 Evolução do Emprego Formal na Construção Pesada Mil trabalhadores Saldo de jan/17 é o primeiro positivo desde set/14 (Crescimento de 0,02%, ou 147 postos de trabalho) % % % 935 8% % 1% 9% -6% % % -16% jan/17 Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração: LCA Nº de postos de trabalho em dezembro de cada ano (milhares) 8
8 Tendência do Emprego na Construção Milhões Emprego na Construção ainda mantém trajetória de queda, apesar da relativa estabilidade apresentada em Janeiro/2017 Total Empregos Construção (Média móvel 12 meses) 3,3 3,1 2,9 2,7 2,5 2,3 2,1 1,9 1,7 1,5 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 Tendência de queda iniciada em 2015 ainda se mantém, tanto no agregado do setor como para Construção Pesada e Civil 9
9 Evolução do Emprego Formal na Construção Forte queda da atividade econômica afeta o setor de Construção O Brasil sofreu entre jan/2015 e jan/2017, redução de 2,84 milhões de postos formais de trabalho. Destes, 811,4 mil postos (28,6%) foram perdidos na construção em geral (pesada + edificações e instalações). Somente na construção pesada perderam-se 292,5 mil postos nesse período, ou seja, 10,3% do total das perdas do país. 10
10 Qual a dimensão disto? O setor da construção pesada representava 2,0% do total de empregos do país¹ e respondeu por 10,3% da redução de postos formais de trabalho nos últimos 2 anos. 2,0% vs. 10,3%!!! ¹ Em janeiro de Participação caiu para 1,5% em janeiro de
11 Emprego informal 2014 a 2016 Aumento das taxas de informalidade no setor da construção, como verificado em toda a economia (em mil postos de trabalho) dez/14 dez/15 dez/16 Tx. Informalidade dez/14 dez/15 dez/16 PESADA (infraestrutura e montagem) % 12% 11% CIVIL (edificações e Instalações) % 21% 24% TOTAL DA CONSTRUÇÃO % 20% 23% Emprego Total - BRASIL % 21% 22% Fonte: PNAD Contínua, RAIS/CAGED, IBGE. Elaboração LCA. * Trabalhadores por Conta Própria categorizados em separado dos informais 12
12 Emprego informal + Conta própria na Construção Aumento das taxas de informalidade somado com conta própria no setor de construção supera o observado na economia (em mil postos de trabalho) dez/14 dez/15 dez/16 Tx. Informalidade dez/14 dez/15 dez/16 PESADA (infraestrutura e montagem) % 22% 20% CIVIL (edificações e Instalações) % 75% 77% TOTAL DA CONSTRUÇÃO % 68% 71% Emprego Total - BRASIL % 50% 51% Fonte: PNAD Contínua, RAIS/CAGED, IBGE. Elaboração LCA. 13
13 mil tr abalhador es Informalidade no setor da construção Taxa de informalidade subiu de 19% para 23% entre dez/2014 e dez/2016 por queda do emprego formal e por aumento do informal* set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 Civil Pesada Fonte: PNAD Contínua, RAIS/CAGED, IBGE. Elaboração LCA. Dados PNAD podem apresentar divergências em relação aos dados RAIS/CAGED. * Valores de emprego informal não consideram trabalhadores de Serviços da Construção Civil e trabalhadores por Conta Própria. 14
14 Dimensão do Setor na Economia Clique para editar o estilo do título mestre 15
15 Evolução do PIB Brasil Brasil não observa dois anos consecutivos de queda no PIB desde 1930/31 Evolução PIB Brasil R$ bilhões ,1% -0,1% 7,5% 4,0% 1,9% 3,0% 0,5% -3,8% -3,6%
16 PIB construção Construção representou 5,0% do PIB de 2016 e seu recuo foi equivalente a 6,9 % da queda do PIB Brasil em ,0% vs. 6,9%!!!¹ PIB Construção - R$ Bilhões de 2015 e participação no PIB (%) 4,4% 235 4,8% 252 5,0% 5,2% 5,3% 5,4% 5,2% 5,1% 5,0% Setor de Construção apresentou três anos consecutivos de queda Fonte: IBGE. Elaboração: LCA. ¹ Comparação dos resultados das contas nacionais, sem considerar potenciais impactos diretos e indiretos sobre o restante da economia. 17
17 Multiplicadores: impactos sobre a cadeia produtiva Queda Construção Pesada impacta restante da economia: Forte interdependência com diversos setores Ofertantes de Insumos Construção Pesada Demandantes de Produtos Exemplos: Produtos de minerais não-metálicos; Tintas; Cimento; Serviços. Exemplos: Indústria, Comércio, Transporte 18
18 Multiplicadores dos investimentos na Construção Pesada R$ 1 milhão investido na produção do setor de Construção Pesada R$ 1,6 milhão de valor adicionado 56 mil ocupações R$ 538 mil em salários Incremento marginal no PIB gerado por efeitos diretos, indiretos e renda Aumento no total de pessoas ocupadas, ao longo de um ano Acréscimo de massa salarial Elaboração: LCA com base nos dados das Contas Nacionais e PAIC IBGE (2009). Considera apenas os efeitos multiplicadores da Construção Pesada. 19
19 Aumentos na produção do setor de Construção Pesada possuem reflexos praticamente em todos os outros setores econômicos do País R$ 173 mil R$ 105 mil Serviços imobiliários e aluguel R$ 92 mil Intermed. financeira e seguros Transporte, armazenagem e correio R$ 68 mil Comércio Construção Pesada R$ 1 Milhão Produtos de minerais não- metálicos R$ 60 mil R$ 1 milhão Demais 49 setores R$ 19 mil Refino de petróleo e coque Alimentos e Bebidas Serviços prestados às empresas R$ 57 mil R$ 26 mil Elaboração: LCA Matriz Insumo-Produto (MIP) com base nos dados das Contas Nacionais e PAIC IBGE (2009) 20
20 Impactos da Construção sobre o restante da Economia Uma retração de 6,5% do PIB* da Construção tem potencial para reduzir o PIB nacional em R$ 35,6 bilhões via efeitos diretos e indiretos *como foi observado em 2015 Uma queda de 6,5% do PIB do setor da Construção R$ -35,6 bilhões de valor adicionado -932 mil ocupações R$ -12,2 bilhões em salários Decréscimo marginal no PIB em um ano, considerando efeitos diretos e indiretos Queda no total de pessoas ocupadas, ao longo de um ano Decréscimo de massa salarial em 12 meses Elaboração: LCA com base nos dados das Contas Nacionais e PAIC IBGE (2009). Exercício considera choque estritamente exógeno na economia, sob a estrutura produtiva de 2009 (dados disponíveis para cálculo). Valores inflacionados para Efeitos multiplicadores consideram Construção Pesada e Civil. 21
21 Investimentos no setor de Construção Forte redução dos investimentos dos governos estaduais e federal em 2015 (R$ 63 bilhões). Montante não considera queda de 33%¹ dos desembolsos do BNDES Investimentos no setor de construção (R$ bilhões 2015) e Participação no PIB (%) 2,46% 2,08% 2,22% 2,38% 1,71% 1,34% 139,8 131,4 143,1 109,9 90,7 67,3 3,01% 2,66% 2,07% 2,10% 187,8 165,2 124,4 121, Fonte: Tesouro Nacional e Secretaria da Fazenda *: Não considera informações de MS. ¹: Desembolsos em infraestrutura (dados reais para 2015): 42,39 bi em 2014 vs 34,93 bi em Desembolsos totais: 201,82 bi em 2014 vs 135,8 bi em
22 Investimentos no setor de Construção A perda de investimentos de R$ 63 bilhões gera um impacto na economia de: VALOR ADICIONADO (PIB) (R$) OCUPAÇÃO (unidades, por 1 ano) IMPOSTOS (R$) - R$ 98,7 bilhões - 3,5 milhões - R$ 13,4 bilhões Equivalente a 1,6% do PIB Equivalente a 7,3% do emprego formal Equivalente a 1,6% da arrecadação federal Nota: em valores de Elaboração: LCA com base nos dados das Contas Nacionais e PAIC IBGE (2009) Perdas significativas de produção, emprego e renda, por representar um setor com tamanho significativo na economia e apresentar efeitos encadeados relevantes para toda a economia. 23
23 Custo logístico - % do PIB Custo com logística no Brasil é um dos mais altos do mundo 12,0% 9% 9% 8% 8% 7% 6% 6% Brasil Canadá Vietnã Estados Unidos Índia Alemanha França Austrália Fonte: Boston Logistics Group (2012). São considerados os custos de transporte, estoque, armazenagem e administrativo, desconsiderando o transporte de passageiros. 24
24 Construção Pesada: efeitos de longo prazo na economia Atraso de grandes obras interrompe atividade econômica, com impactos em diversos setores e ao longo do tempo Redução do custo logístico de 12,7¹% (observado em 2015) para 9% (nível do Canadá² em 2012) diminuiria os custos em R$ 222 bi³ ¹ Fonte: Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) ² Fonte: Boston Logistics Group ³ Em valores de
25 Considerações Finais Emprego formal da construção tem queda mais acentuada que o observado na média da economia Entre jan/2015 e jan/2017: Emprego formal total: -27% Construção civil: -25% Construção pesada: -30% Construção tem aumento da taxa de informalidade, como o observado na economia Taxa de informalidade cresce na economia, atingindo 23% em dez/16¹. Construção Civil: 24% Construção Pesada: 11% Informalidade na construção pesada é menor que a média nacional Queda da construção explica parte relevante da retração econômica Construção representou 5,0% do PIB de 2016 e respondeu por 6,9 % da queda do PIB Brasil em 2016 Necessários investimentos em infraestrutura para reduzir o elevado custo logístico brasileiro Melhora em infraestrutura é fator importante para impulsionar crescimento econômico com promoção da competitividade ¹ Não considera conta própria 26
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Estoque de crédito SFN Evolução por tipo de instituição 11,7% 51,4% 7,4% 53,1% Variação do Crédito em 12 meses 3,6% -2, -1,2% Crédito/PIB 50, 46,9% 46,8% 19% 14% 9% 4% -1% Públicas Privadas 11,7% -1,6%
Leia maisa.a. 18% 15% 5,0% 12% 9% 6% 3% Pessoa Jurídica Pessoa Física Total 16% 5,3% -1,0% -4% -8,3% -8%
Estoque de crédito SFN 11, 52, 53,3% 6,1% 48,8% -3,8% Recursos Direcionados 3-0,1% 46,8% 46,8% Crédito/PIB Variação do Crédito em 12 meses 5, - 5,3% -1, -8,3% Evolução por tipo de instituição 18% Públicas
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53, 52, 51, 50, 49, 48, 47, 46, 45, 44, 43, 15, 10, 5, 0, -5, Estoque de Crédito SFN 12, Crédito/PIB Variação do crédito em 12 meses 10,2% 52, 51,8% 50,4% 2,1% Recursos Direcionados 47,9% 46,6% -2,6% 1,3%
Leia maisa.a. 24% 14% a.a. 12% 5,7% -0,6% -4% -7,7% -12%
Estoque de crédito SFN Evolução por tipo de instituição 11,3% 6,7% Variação do Crédito em 12 meses 5,5% -3,5% -0,5% 24% 14% Públicas Privadas 12,4% 53,7% 52,2% 49,6% Recursos Direcionados Crédito/PIB 47,2%
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