micro economia compêndio instituto superior de contabilidade e administração instituto politécnico do porto antónio saraiva

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1 instituto suerior de contabilidade e administração instituto olitécnico do orto micro economia II comêndio curso de contabilidade e administração antónio saraiva

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3 MICOECONOMIA I Índice Índice das figuras Asectos metodológicos Modelos teóricos Economia normativa versus economia ositiva Formalização do roblema económico Uma definição de economia Dimensões da economia Dimensão social Dimensão histórica Dimensão olítica Conceitos e classificações roedêuticos Necessidades e utilidade Classificação dos bens económicos Linha limite de ossibilidades de rodução Custo de oortunidade Taa marginal de transformação Sobre a curvatura da LLPP Factores de crescimento Classificação das relações económicas Classificação das variáveis económicas Procura Função rocura Função rocura-rendimento Função rocura cruzada Traçado da curva da rocura de mercado Oferta Função oferta Mercado Equilíbrio de mercado Condições ara o equilíbrio estável Modelo teia de aranha Função rocura ecedente e função oferta ecedente Elasticidades Elasticidade-reço da rocura Determinação geométrica de elasticidade-reço da rocura Casos em que a elasticidade-reço da rocura não varia com o reço eceita total, receita média e receita marginal elação entre a elasticidade-reço da rocura e a receita marginal Elasticidade-rendimento da rocura Determinação geométrica da elasticidade-rendimento da rocura Bens normais e bens inferiores Elasticidade cruzada Elasticidade-reço da oferta Determinação geométrica de elasticidade-reço da oferta Alguns casos em que a elasticidade-reço da oferta não varia com o reço

4 ANTÓNIO SAAIVA 8. Teoria do consumidor Aiomas da escolha Curvas de indiferença Proriedades das curvas de indiferença Taa marginal de substituição Conveidade das curvas de indiferença Maa de indiferença Configurações ossíveis das curvas de indiferença Função utilidade Utilidade cardinal Utilidade marginal Princíio da utilidade marginal decrescente elação entre a taa marginal de substituição e as utilidades marginais Otimização da situação do consumidor Linha de orçamento Deslocações da linha de orçamento Problema do consumidor Soluções de canto Funções rocura e curvas de consumo Análise das consequências de alterações no reço do bem X, cæteris aribus, Curva consumo reço de um bem Função rocura marshalliana Análise das consequências de alterações do rendimento do consumidor, cæteris aribus, Curva consumo rendimento Função rocura rendimento Configurações ossíveis das curvas consumo rendimento Curvas de indiferença, curvas de consumo e curvas da rocura associadas a uma função utilidade de tio Cobb-Douglas Decomosição de Hicks do efeito da variação do reço de um bem Efeito substituição, efeito rendimento e efeito total Efeitos cruzados da variação do reço de um bem Função rocura hicksiana versus função rocura marshalliana Preço de um bem e ecedente do consumidor Ecedente do rodutor Bens normais versus bens inferiores Bens Giffen Intervenção do Estado Fiação autoritária de reços Preços máimos Preços mínimos Tributação indirecta Tributação indirecta versus tributação directa Imostos esecíficos Imostos ad valorem Casos em que um imosto indirecto é integralmente suortado elos rodutores ou elos consumidores Alterações no bem-estar rovocadas or imostos indirectos

5 MICOECONOMIA I ÍNDICE DAS FIGUAS Figura 1 Linha limite de ossibilidades de rodução Figura 2 Taa marginal de transformação Figura 3 Custos de oortunidade crescentes Figura 4 Factores de crescimento Figura 5 Curva da rocura Figura 6 Curvas de Engel Figura 7 Bens sucedâneos Figura 8 Bens comlementares Figura 9 Bens indeendentes Figura 10 Curva da rocura de mercado Figura 11 Curva da oferta Figura 12 Equilíbrio de mercado Figura 13 Equilíbrio de mercado modelo linear Figura 14 Equilíbrio instável Figura 15 Equilíbrio estável (d < b) Figura 16 Equilíbrio instável (d > b) Figura 17 Elasticidade-reço da rocura medida num arco, AA Figura 18 Elasticidade-reço da rocura medida num onto, A Figura 19 Determinação geométrica da elasticidade-reço da rocura Figura 20 Elasticidade-reço da rocura ao longo de uma curva da rocura linear 46 Figura 21 Casos de elasticidade-reço da rocura invariante com o reço Figura 22 eceita total Figura 23 eceita total, receita média e receita marginal Figura 24 elação entre a elasticidade-reço da rocura e as receitas total, média e marginal Figura 25 Elasticidade-rendimento da rocura Figura 26 Elasticidade-reço da oferta Figura 27 Determinação geométrica da elasticidade-reço da oferta Figura 28 Casos em que a elasticidade-reço da oferta é invariante com o reço 55 Figura 29 Vectores de consumo A e B no esaço de consumo (,) Figura 30 A é referível a B Figura 31 Curva de indiferença Figura 32 As curvas de indiferença não se intersectam Figura 33 As curvas de indiferença têm inclinação negativa Figura 34 Taa marginal de substituição de Y or X Figura 35 Conveidade das curvas de indiferença Figura 36 Diferentes configurações das curvas de indiferença Figura 37 Construção da função utilidade a artir do maa de indiferença Figura 38 Função utilidade: U = u(,) Figura 39 Utilidade total e utilidade marginal Figura 40 Linha de orçamento Figura 41 Variação do rendimento nominal, cæteris aribus Figura 42 Variação do reço do bem X, cæteris aribus

6 ANTÓNIO SAAIVA Figura 43 Variação do reço do bem Y, cæteris aribus Figura 44 Equilíbrio do consumidor Figura 45 Solução de canto Figura 46 Curva consumo reço e curva da rocura marshalliana Figura 47 Curva consumo rendimento e curva de Engel Figura 48 Diferentes configurações das curvas consumo rendimento Figura 49 CCP e curva da rocura marshalliana associadas a uma função utilidade de Cobb-Douglas Figura 50 CCP e curva da rocura marshalliana associadas a uma função utilidade de Cobb-Douglas Figura 51 CC e curva de Engel associadas a uma função utilidade de Cobb- Douglas 87 Figura 52 Decomosição de Hicks Figura 53 Efeitos cruzados Figura 54 Função rocura hicksiana e função rocura marshalliana Figura 55 Curva da rocura hicksiana Figura 56 Ecedente do consumidor Figura 57 Ecedente do consumidor de mercado Figura 58 Ecedente do rodutor de mercado Figura 59 Bem inferior Figura 60 Bem Giffen Figura 61 Preço máimo Figura 62 Preço mínimo Figura 63 Imosto esecífico sobre os rodutores Figura 64 Imosto esecífico sobre os consumidores Figura 65 Incidência efectiva dos imostos esecíficos Figura 66 Imostos esecíficos com curvas da oferta e da rocura lineares Figura 67 A relação entre as elasticidades-reço da oferta e da rocura como determinante da incidência efectiva de um imosto Figura 68 Imosto ad valorem sobre os rodutores Figura 69 Imostos ad valorem com curvas da oferta e da rocura lineares Figura 70 Perda absoluta de bem-estar devida a um imosto indirecto

7 MICOECONOMIA I 1. ASPECTOS METODOLÓGICOS 1.1. Modelos teóricos Antes de se avançar na abordagem da roblemática microeconómica, é conveniente sublinhar a imortância da modelização teórica em economia, o que se fará remontando aos rimórdios desta ciência. Em regra, os economistas da corrente clássica (e.g. Adam Smith ( ) e David icardo ( )) encaravam com otimismo os crescimentos demográfico e económico. emando contra a corrente, obert Malthus ( ) mostrou-se rofundamente essimista erante o crescimento demográfico otenciado elo aumento de rodutividade na agricultura e o início da industrialização. Enquanto Adam Smith se tinha limitado a fazer algumas considerações sobre uma eventual interdeendência entre o nível de vida e a taa de nascimentos, Malthus foi mais longe aresentando um modelo abstracto que desafiava a refutação emírica. Afirmou que enquanto a oferta de alimentos crescia em rogressão aritmética, a oulação crescia em rogressão geométrica recisando, deste modo, as relações quantitativas entre os dois fenómenos. Este modelo de Malthus destinava-se a demonstrar a necessidade de conter o número de nascimentos e manter as desigualdades sociais o que assava, entre outras coisas, ela abolição das leis de assistência aos obres, então objecto de discussão. Não considerando a ossibilidade de o rogresso técnico comensar a disaridade de ritmos de crescimento da rodução e da oulação, Malthus via como única forma de evitar a queda geral do nível de vida a estrita manutenção do nível mínimo de subsistência dos trabalhadores, ou seja, da miséria, que assim funcionaria como elemento de auto-regulação do sistema, na medida em que desencorajava a rerodução. Ao ôr a questão nestes termos, Malthus tinha elaborado um modelo, ou seja, uma reresentação simlificada dum sistema económico onde se evidencia a acção recíroca, o encadeamento e a interdeendência de certos fenómenos. 5

8 ANTÓNIO SAAIVA Teoria da oulação de Malthus (esquematização do modelo) Definições: oulação; rodução; nível de vida; nível de subsistência dos trabalhadores; rogresso técnico. Hióteses: oulação cresce em rogressão geométrica; rodução cresce em rogressão aritmética; rogresso técnico sem influência relevante; salários asseguram a sobrevivência biológica; assistência aos obres incrementa a oulação. A caridade rivada e a assistência social ública contribuem ara acelerar o ritmo de crescimento da oulação. POPULAÇÃO CESCE EM POGESSÃO GEOMÉTICA ESULTADO: Nestas circunstâncias, o nível de vida decresce ois a rodução er caita diminui. O rogresso técnico não é suficiente ara que a rodução acomanhe o ritmo de crescimento da oulação. PODUÇÃO CESCE EM POGESSÃO AITMÉTICA CONCLUSÃO: é necessário contrariar o crescimento da oulação. As leis de assistência aos obres são erniciosas e como tal devem ser revogadas. Como se obtém então um modelo? Dado que não se tem acesso directo à essência das coisas, fica-se na contingência de lidar com a sua aarência. O investigador científico, orém, roõe-se areender a essência encoberta ela aarência. 6

9 MICOECONOMIA I Para o conseguir deve anteciar a comreensão esclarecida dos fenómenos formulando hióteses, estabelecendo definições, comondo teorias, ou seja, concretizando um esforço de abstracção que lhe ermita evitar ser enganado ela aarência. As definições destinam-se a elicitar o significado dos termos utilizados. A enunciação das hióteses assa ela: - esecificação das condições de alicação da teoria - elaboração das relações funcionais - esecificação das variáveis envolvidas naquelas relações. As definições e hióteses são, então, consideradas num rocesso dedutivo de que resultam os modelos teóricos que ermitem obter resultados teóricos. Mas se, num rimeiro momento, o cientista ode, recorrendo à abstracção, "esquivar-se" à aarência ara atingir a essência, o seu trabalho não ode deter-se a este nível, há que emreender e/ou roorcionar a comrovação (validação) não só emírica, mas também racional (ou seja, através da crítica) das redições da teoria e hióteses subjacentes. As teorias que não cumrem esta eigência de validação e se subtraem, or construção, à crítica não odem ser consideradas como científicas. A confrontação dos resultados teóricos com os factos é assim um momento imortante do trabalho científico. Imorta aqui sublinhar que os factos não são manifestações imediatas da essência dos fenómenos, mas sim construções mentais que resultam do trabalho dos nossos mecanismos de erceção cujo funcionamento não rescinde, contrariamente ao que se oderia ensar, de oerações abstractas. Não há, ois, factos uros no sentido de algo que se oferece a um mero registo. Os factos disoníveis ara o trabalho científico contêm já uma interretação teórica na medida em que resultaram, inevitavelmente, da utilização de um determinado "código de leitura" do real. 7

10 ANTÓNIO SAAIVA "Os factos são os materiais da ciência, mas todos os factos envolvem ideias; muito frequentemente as nossas rórias inferências e interretações entram nos factos que aercebemos. Quando vemos um carvalho abater-se sob uma violenta rajada de vento, consideramos esse acontecimento como um facto de que nos aercebemos através dos nossos sentidos. E, no entanto, qual é o sentido que nos faz distinguir um carvalho de todas as outras árvores? Torna-se claro, se reflectirmos, que é o nosso esírito que, neste caso, nos fornece a conceção de imulso eterior e de ressão, mediante a qual interretamos assim os movimentos observados." (William Whewell, ) Na sequência da confrontação com os factos e da areciação crítica concomitante, duas situações odem ocorrer: - os resultados teóricos são refutados o que eige, no mínimo, a reconsideração das hióteses utilizadas. - os resultados teóricos não são refutados o que autoriza considerá-los como leis ainda que sujeitos a eventual refutação osterior. Sendo este o esquema que deve informar o trabalho científico e sabendo-se que "em ciência nada acontece or si, nada nos é dado, tudo é construído" 1 verifica-se, contudo, uma grande resistência a aceitar a falsidade ou irrelevância das rórias ideias. "O nosso esírito tem uma irresistível tendência ara considerar como mais clara a ideia que mais frequentemente lhe serve." (Henri Bergson, ) Tanto é assim que "chega enfim um momento em que o esírito gosta mais do que confirma o seu saber do que o que o contradiz, um momento em que tem mais aego às resostas que às questões." 2 Ora deve ter-se resente que, mais que a caacidade de fornecer resostas, caracteriza a atitude científica o modo como são ostas as questões. Assim o trabalho científico ode ser comrometido ela recusa em aceitar a evidência e/ou a crítica. 1 Bachelard, G., La formation de l'esrit scientifique, Paris, Vrin, 3º ed., Bachelard, G., ibidem 8

11 MICOECONOMIA I O esquema delineado tem subjacente a reocuação com a relevância das teorias face aos factos de modo a garantir-se a caacidade elicativa daquelas. No entanto, à economia, como de resto a muitas outras ciências (sociais ou não), está raticamente vedada a ossibilidade de realizar eeriências controladas o que confina a base de análise à observação dos fenómenos no seu contínuo devir. Assim, as técnicas estatísticas revelam-se reciosas na aferição das relações tanto mais que estas não são deterministas antes comortando um certo grau de aleatoriedade. Como tal, as leis económicas referem-se a regularidades estatisticamente verificáveis são leis estatísticas. São também leis hiotéticas dado que são formuladas admitindo certas condições (hióteses) esecificamente consideradas. Não se fique, orém, com a ideia de que tais características são eclusivas ou esecíficas das leis económicas, ou mesmo das leis obtidas no âmbito das ciências sociais, já que, em maior ou menor escala, todas as leis científicas odem classificar-se desta forma. Imorta sim sublinhar que toda a teoria científica é abstracta e geral e, or conseguinte, nenhuma é universalmente válida nem no esaço, nem no temo. Uma teoria científica é: - abstracta, orque requer a esecificação das condições ara a sua alicação. - geral, ois elica todos os fenómenos relevantes nas circunstâncias corresondentes às condições esecificadas. Pode mesmo afirmar-se que quanto mais abstracta e geral for uma teoria mais restrito será o seu camo de alicação. 9

12 ANTÓNIO SAAIVA 1.2. Economia normativa versus economia ositiva Para servir de referência a uma refleão crítica sobre este tóico, torna-se necessário caracterizar sucintamente as duas grandes tradições da filosofia moderna: o racionalismo e o emirismo. ACIONALISMO (ené Descartes, ) EMPIISMO (Francis Bacon, ) O trabalho científico consiste em generalizar através: de uma análise dedutiva de hióteses a riori ariorismo. [método dedutivo] de inferências indutivas a artir da observação directa. [método indutivo] Se estas são as duas conceções metodológicas que, desde o séc. XVII, se contraõem o que se verifica é que os cientistas, indeendentemente do que ossam ensar ou declarar, não desenvolvem o seu trabalho no cumrimento estrito de nenhuma delas. Como já se retendeu mostrar, "a ciência não 'começa' com, ou generaliza a artir da 'observação', nem 'acaba' com conclusões e redições derivadas de modelos inteiramente abstractos e a riori." (Katouzian [1982, 249]) Qualquer teoria científica está imregnada de subjectividade. Esta subjectividade está desde logo resente aquando a formulação de hióteses a riori, révias a qualquer investigação. Mesmo que aceitássemos que o trabalho científico começa ela "observação directa" a subjectividade insinuar-se-ia: - na escolha dos critérios de selecção dos dados. - na selecção dos métodos adequados ao tratamento dos dados recolhidos. - no rório tratamento dos dados. - na utilização de uma linguagem ara comunicar os resultados obtidos. 10

13 MICOECONOMIA I A neutralidade científica não ode ois consistir na elaboração de teorias alegadamente eurgadas de juízos de valor já que tal é irrealizável "Toda a observação está imregnada de teoria" (Karl Poer, ). Considere-se o seguinte quadro classificativo dos enunciados de conteúdo económico, ilustrado com quatro eemlos. ENUNCIADOS DESCITIVOS (1) PESCITIVOS (2) e (3) NOMATIVOS MOAIS (4) 1. «As receitas úblicas corresondem a 80 % do valor das desesas.» 2. «É ossível reduzir em 10 % a taa de desemrego rovocando o agravamento do deficit orçamental em 25 %.» 3. «A eansão das desesas úblicas é benéfica orque reduz os conflitos sociais e aumenta a rodutividade.» 4. «O equilíbrio orçamental é o objectivo ideal.» Os enunciados 2, 3 e 4 são normativos mas aenas o 2 e o 3 são rescritivos ois são assíveis de refutação, nomeadamente com base na observação emírica. O enunciado 4 consiste tão só numa oinião insuscetível em si mesma de uma refutação com base em critérios objectivos. Porém, na ersectiva ortodoa dominante, a classificação faz-se nos seguintes termos: POSITIVOS ( DESCITIVOS) (1) e (2) NOMATIVOS ( MOAIS) (3) e (4) 11

14 ANTÓNIO SAAIVA Encontra-se largamente difundida a oinião de que o cientista, enquanto tal, deveria dedicar-se a questões relativas ao que é e não ao que deve ser, oinião esta que encontra corresondência na demarcação entre economia ositiva e economia normativa. Suostamente, a rimeira, orque descritiva, não envolveria juízos de valor. A segunda, orque rescritiva, redundaria num inventário de "oiniões essoais". Ora, embora aceitando como óbvia a distinção entre enunciados descritivos e enunciados normativos, deve salientar-se que os rimeiros estão inevitavelmente imregnados de valores sem que, or isso, esteja, necessariamente, comrometida a sua objectividade; os segundos não são forçosamente juízos de valor morais. Os enunciados rescritivos (ao contrário dos juízos morais) são suscetíveis de refutação, ou seja, estão disoníveis ara uma validação elo confronto com os factos e/ou ela crítica racional. Tendo em conta esta tiologia imediatamente se conclui que a economia, enquanto ciência, concebe e articula, redominantemente, enunciados rescritivos. Assim, a economia é, caracteristicamente, não uma ciência "ositiva" i.e. descritiva mas sim "normativa" i.e. rescritiva. Contesta-se, deste modo, a visão que a ortodoia insiste em imor quando distingue economia ositiva de economia normativa considerando a rimeira como o coro rincial do conhecimento económico orque de conteúdo descritivo, neutral e, ortanto, científico. A economia normativa, identificada com a olítica económica, comortaria tão só juízos morais ou "oiniões essoais" sendo or isso eterior ao camo científico. "A economia 'ositiva' não eiste, é o resultado de um equívoco. A economia é uma ciência normativa, rescritiva." (Katouzian [1982]) Invocando a auto-evidência dos seus ressuostos básicos a ortodoia neoclássica autoriza-se a considerar como "ositivos" enunciados manifestamente normativos remetendo ara o camo não-científico (orque não ositivo, não neutral) os enunciados que reconhece como normativos (questões de oinião, na sua ersectiva). 12

15 MICOECONOMIA I A demarcação entre economia ositiva e economia normativa e a ideia inerente de que aenas a rimeira é científica baseia-se numa conceção de neutralidade científica absolutamente inconsistente na medida em que o conhecimento científico comorta, inevitavelmente, elementos normativos. 2. FOMALIZAÇÃO DO POBLEMA ECONÓMICO A ortodoia neoclássica, tendenciosamente, considera a afectação eficiente dos recursos como o objectivo rimordial atribuindo-lhe o estatuto de científico (orque "neutral" e "ositivo"). Todos os outros são reteridos como normativos e, ortanto, estranhos ao camo científico. ESCASSEZ Insuficiência dos bens (recursos) em relação às necessidades ESCOLHA Hierarquizar as necessidades e constituir o cabaz de bens ara as satisfazer. POBLEMA [racionalização] [conteto] ECONÓMICO Como obter o máimo de satisfação das necessidades dados os recursos disoníveis? O roblema económico é deste modo equacionado como um roblema de otimização, isto é, de maimização condicionada. 13

16 ANTÓNIO SAAIVA 2.1. Uma definição de economia A esta formalização do roblema económico corresonde uma conceção de ciência económica assim enunciada: "Economia é a ciência que estuda o comortamento humano enquanto relação entre fins e meios escassos suscetíveis de usos alternativos." (Lionel obbins, 1933) Trata-se de uma conceção formalista orque não atende à esecificidade das organizações sociais reclamando-se de uma validade universal no esaço e no temo. eare-se que, nos termos desta definição, toda a actividade humana seria, afinal, económica revelando-se, assim, esta conceção formal de economia tão "amla" quanto irrelevante. Subjacente a esta conceção está a ideia de que "um indivíduo só age sabendo erfeitamente o que quer e como obtê-lo e nunca quer outra coisa além de maimizar o seu ganho minimizando o seu esforço." (C. Castoriades, 1970) A tese formalista revela-se restritiva na medida em que ignora "as roriedades dos sistemas económicos e sociais que não são desejadas nem, muitas vezes, conhecidas elos indivíduos e gruos que são os agentes", ficando-se aenas ao nível da "análise do comortamento económico intencional dos indivíduos e dos gruos sociais." Assim, alheia às relações sociais e sua evolução histórica, a definição formal de economia adota como objecto o comortamento do homo economicus autado ela "racionalidade económica, entendida como maimização do lucro dos indivíduos ou dos gruos sociais que se defrontam na concorrência no interior de uma sociedade reduzida a um mercado (de bens, de oder, de valores, etc.)" (M. Godelier [1977]) Esta definição remete abstractamente ara a consecução de fins que requerem meios escassos ara a sua concretização. Deve, no entanto, ter-se resente que os fins a que se roõem os indivíduos e a sua concretização, nomeadamente no lano económico, são fortemente determinados elo rório sistema. 14

17 MICOECONOMIA I Assim, é osta em causa a retensa "ura lógica da escolha entre meios limitados ara atingir fins ilimitados" a que, suostamente, se confinaria a economia. "Os fins estão inscritos na rória materialidade, na natureza, na organização dos meios" or sua vez consubstanciais ao sistema social. Deste modo, a dissociação dos fins e dos meios revela-se falaciosa ficando, assim, comrometida a definição formalista de economia. Suostamente, a economia ositiva estaria ata a, de um modo neutral, indicar os meios adequados à consecução de fins que, de fora, lhe fossem roostos. A discussão e hierarquização dos fins, dos objectivos far-se-ia aenas no âmbito da economia normativa. Mas se, como já se afirmou, os fins são "imanentes" aos meios, a sua discussão imlica, ara a economia, estabelecer relações de vizinhança com as restantes ciências sociais o que nos conduz a uma conceção lata (sociológica) de ciência económica cujas dimensões se assam a aresentar Dimensões da economia Dimensão social Os homens vivem em sociedade, ou seja, disõem-se numa estrutura social que deende estreitamente das relações económicas esecíficas que resultam do controlo dos recursos. Nas sociedades ré-caitalistas, as relações de arentesco ou as relações olítico-religiosas arecem dominar o seu funcionamento "camuflando" a estrutura económica elo que o estudo dos fenómenos económicos assa, aí, forçosamente, ela consideração de asectos etra-económicos intrinsecamente articulados com os rimeiros. Mas, mesmo nas economias caitalistas onde o "económico", orque dominante, tende a aresentar-se como algo imediatamente discernível, a análise das relações económicas não ode confinar-se à análise do que são, ou aarentam ser, relações económicas. 15

18 ANTÓNIO SAAIVA Sendo a realidade social única, cada uma das ciências sociais conhece-a, interreta-a de uma forma diferente orque cada uma delas recorre a um "código de leitura" e a um modo de a interrogarem rórios. Então a interdiscilinaridade é fundamental ara o conhecimento dessa realidade social elo que nenhuma ciência social ode retender rescindir das contribuições das restantes sob ena de degenerar num formalismo oco sem caacidade elicativa. "Para usar a tradicional abordagem económica formal tem-se também de amliá-la. A economia tradicional é insensível aos constrangimentos normativos, culturais e ecológicos que condicionam o jogo do mercado. Antroólogos como eu estão articularmente atentos à eistência destes constrangimentos, de tal modo que tive de modificar abordagens formais ara os introduzir e, consequentemente, tornar mais comreensível o modo como os Turu tomam as suas decisões no mercado." (Harold Schneider, antroólogo formalista) Dimensão histórica O económico articia indissociavelmente da evolução histórica dos sistemas sociais; o económico (condiciona e) é condicionado elo conteto histórico em que, em cada momento, se insere. O economista não ode, ois, alhear-se do carácter dinâmico do seu objecto sob ena de imotência ara elicar uma dada estrutura num dado momento (e.g. roblemática do subdesenvolvimento). A dimensão económica não deia, evidentemente de estar resente no rório rocesso de rodução de conhecimento científico em que se constitui a economia Dimensão olítica As contribuições marcantes ara a ciência económica resultaram, muitas vezes, de um esforço ragmático no sentido de resolver os roblemas económicos à medida que se foram colocando ao longo da história quando não da tentativa de sancionar "cientificamente" a ordem económica vigente ou desejada (e.g. teoria da oulação de Malthus) 16

19 MICOECONOMIA I 3. CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES POPEDÊUTICOS 3.1. Necessidades e utilidade A actividade económica torna ossível a satisfação de uma arte das necessidades sentidas elas essoas em cada sociedade. A eistência das necessidades está mesmo, ortanto, na base do surgimento e manutenção da actividade económica. Tal, orém, não nos ermite, só or si, concluir nada sobre o modo como as necessidades se constituem e o modo como evoluem. Será, então, abusivo artir ara a formulação do roblema económico tomando como absolutamente válida a ideia de que as necessidades são ilimitadas. Alegadamente, tal ressuosto encontraria o seu fundamento na rória natureza humana imondo-se, desta forma, como um ostulado. "O homem traz em si uma necessidade de infinito e troeça constantemente no finito da criação. Esta antítese traduz-se em rimeiro lugar na ideia de raridade. As necessidades aarecem como sendo inumeráveis e os meios ara as satisfazer são limitados. Pode acontecer também que os meios sejam suficientes, or vezes até demasiado numerosos. Então intervém uma outra noção, a de inadatação. Os bens não estão necessariamente onde são recisos. É necessário reduzi-los se são demasiado abundantes, roduzi-los se são insuficientes." (H. Guilton) Quando se emreendeu "o estudo reciso do ambiente ecológico, das condições concretas de rodução, dos regimes alimentares e dos balanços energéticos" de certos gruos de caçadores-recolectores concluiu-se, ao contrário do que até então se acreditava, que nessas sociedades "todas as necessidades sociais eram satisfeitas e os meios ara as satisfazer não eram raros". Para erceber em que conteto se aresenta como válido o ostulado de que as necessidades são ilimitadas, atenda-se à noção de necessidade habitualmente considerada no âmbito da economia: 17

20 ANTÓNIO SAAIVA necessidade "estado de insatisfação acomanhado da consciência de que eiste um meio ato a fazer cessar ou atenuar esse estado e do desejo de ossuir esse meio." Mas o que surge rimeiro, a necessidade ou o bem que a satisfaz? Se bem que as necessidades são subjectivamente sentidas elas são, em alguma medida, socialmente "roduzidas" e "reroduzidas". NECESSIDADES ECONÓMICAS Aquelas que requerem bens económicos ara a sua etinção ACTIVIDADE ECONÓMICA O marketing, e a ublicidade em articular, tem aqui um ael imortante, mas não é, de modo algum, a única via ela qual a rória actividade económica engendra continuamente novas necessidades. De facto, este não é um asecto subsidiário ou acessório, mas sim um fenómeno intrínseco do rório modo de funcionamento do sistema económico das chamadas sociedades de consumo, onde os rodutos são concebidos de modo a gerar-se teias de comlementaridade que os ligam entre si. A sociedade de consumo integra um "rocesso de rodução de necessidades" (normas de consumo), de modo que elas tendem a aresentar-se virtualmente em número ilimitado, assim se justificando o ressuosto subjacente à formalização acima referida do roblema económico. Utilidade (em sentido económico): roriedade de anulação das necessidades atribuída aos bens económicos or arte de quem eerimenta essas mesmas necessidades. Assim, na aceção económica, a utilidade aresenta-se como: - subjectiva (orque só eiste quando reconhecida como tal nos objectos elo sujeito); - neutra (orque indeendente de considerações morais ou outras). 18

21 MICOECONOMIA I BEM: algo útil e acessível BENS ECONÓMICOS (escassos) BENS LIVES (não escassos) BENS NATUAIS AOS BENS PODUZIDOS FACTOES DE PODUÇÃO TEA TABALHO CAPITAL Os bens roduzidos resultam da combinação de recursos escassos também designados or factores de rodução. Terra e trabalho constituem os factores de rodução rimários, ou seja, que não são roduzidos. Caital designa o conjunto de bens de caital que se caracterizam elo facto de serem bens roduzidos a ser utilizados na rodução de outros bens. Enquanto factor de rodução o caital é considerado em termos reais: caital técnico Classificação dos bens económicos i. BENS DE PODUÇÃO (= indirectos; = intermediários) - destinam-se a ser utilizados na rodução de outros bens BENS DE CONSUMO (= directos; = finais) - satisfazem directamente as necessidades dos consumidores. ii. BENS MATEIAIS: são rodutos físicos tangíveis BENS IMATEIAIS (SEVIÇOS): rodutos que não se concretizam em bens materiais. 19

22 ANTÓNIO SAAIVA iii. BENS NÃO-DUADOUOS: bens cuja utilidade se etingue num curto eríodo de temo. BENS DUADOUOS: bens cuja utilidade erdura ao longo de eríodos sucessivos Linha limite de ossibilidades de rodução Consideremos os ressuostos: i. encontra-se disonível uma certa dotação de recursos. ii. os recursos (escassos) são suscetíveis de usos alternativos. iii. a economia roduz aenas dois bens. iv. admite-se o leno-emrego dos recursos. v. a tecnologia atingiu um determinado nível. vi. é máimo o grau de eficiência da utilização dos recursos. TABELA DE POSSIBILIDADES DE PODUÇÃO ALTENATIVAS Combinações ossíveis alternativas Pão (10 3 t.) Vinho (10 6 l.) A 64 0 B 60 2 C 48 4 D 28 6 E

23 MICOECONOMIA I Figura 1 Linha limite de ossibilidades de rodução Pão A B G C F D LINHA LIMITE DE POSSIBILIDADES DE PODUÇÃO: lugar geométrico dos ontos cujas coordenadas reresentam as roduções máimas dos dois (tios de) bens, dados os recursos disoníveis, o estádio da tecnologia e o grau de eficiência na sua utilização. ZONA DE POSSIBILIDADES DE PODUÇÃO E Vinho G: combinação ineficiente ois uma maior quantidade de um bem, ou de ambos, oderia ser roduzida com os recursos dados. D: os recursos estão a ser integralmente utilizados com a tecnologia disonível alicada com eficiência máima. F: combinação que só oderá ser elicada elo facto de a LLPP ter sido definida com base numa subavaliação: - dos recursos disoníveis; - do nível tecnológico; - do grau de eficiência. Porque os recursos são escassos e suscetíveis de usos alternativos há que escolher o modo eficiente de utilizá-los, ou seja, cotejando a satisfação obtida com aquela a que se renuncia a LLPP é descendente Custo de oortunidade A escolha comorta uma renúncia que se traduz num custo de oortunidade. 21

24 ANTÓNIO SAAIVA Custo de oortunidade da obtenção de uma dada quantidade corresonde à quantidade de outro(s) bem(s) a que se renuncia ao otar ela obtenção daquela quantidade do bem Taa marginal de transformação A taa marginal de transformação de um bem noutro é a medida do custo de oortunidade de um bem medido em termos de outro. A taa marginal de transformação equivale, ois, ao número de unidades de um bem a que é necessário renunciar ara obter uma unidade adicional do outro, dados os recursos disoníveis, o nível tecnológico e o grau de eficiência com que se emrega a tecnologia. Quando referida a um arco da LLPP, esta taa corresonde ao valor absoluto do quociente das variações nas quantidades dos bens, onde em denominador figura a quantidade adicionalmente obtida de um bem e em numerador a quantidade sacrificada do outro bem. Quando referida a um onto da LLPP, esta taa corresonde ao valor absoluto da inclinação da tangente à LLPP nesse onto, i.e. corresonde ao valor absoluto da derivada da eressão analítica da LLPP, Y = f(x), nesse onto. Figura 2 Taa marginal de transformação Y Taa marginal de transformação de Y em X, entre A e B: a b TMgT Y +1 A α B X β Y b a TMgTYX = = = tg( ) X b a Taa marginal de transformação de Y em X, no onto A: Y dy TMgTYX = lim = = tg( β ) X 0 X dx α a b X 22

25 MICOECONOMIA I Sobre a curvatura da LLPP A concavidade da LLPP significa que os custos de oortunidade são crescentes. Porquê? Para resonder a esta interrogação há que, reviamente, esclarecer alguns asectos. Se os factores variarem na mesma roorção, mantém-se a roorção em se combinam e, assim, é de eserar que a rodução varie na mesma roorção que os factores. Falase, então, em rendimentos constantes à escala. Terra Trabalho Produção rodução Mas a influência de certos asectos inerentes às esecificidades da tecnologia utilizada oderão conduzir ao fenómeno dos rendimentos crescentes à escala que se traduz no facto de a rodução crescer a uma roorção suerior àquela a que crescem os factores. O aumento da escala da rodução ermite que a rodução cresça a taas crescentes devido à esecialização resultante da divisão do trabalho que aquele aumento roicia. Terra Trabalho Produção rodução

26 ANTÓNIO SAAIVA Se, no entanto, os factores crescerem em roorções diferentes o que imlica a alteração da roorção em que se combinam é de eserar que a rodução cresça a taas decrescentes rendimentos decrescentes. Terra Trabalho Produção rodução Está-se agora em condições de erceber que a verificação de custos de oortunidade crescentes decorre da aceitação da lei dos rendimentos decrescentes que estabelece que um volume decrescente de rodução adicional se obtém, eventualmente, ao acrescentar-se sucessivas unidades adicionais de um factor a uma quantidade fia de outro(s) factor(es), dado o nível tecnológico. Terra Trabalho Produção rodução

27 MICOECONOMIA I Neste caso, a artir do emrego do quarto trabalhador verificam-se rendimentos decrescentes, já que mantendo-se constante um dos factores altera-se a roorção em que se combinam à medida que, sucessivamente, se utiliza mais factor variável. Mas, mesmo que a roorção em se combinam os factores não sofra alteração a lei dos rendimentos decrescentes oderá verificar-se, na medida em que a eansão da rodução obrigar à utilização de recursos menos atos ara a rodução em causa. À medida que se transferem recursos da rodução de ão ara a rodução de vinho verifica-se ser cada vez menor o acréscimo de rodução de vinho em resultado de sacrifícios de igual grandeza na rodução de ão, o que será devido: - à alteração da roorção em que se combinam os factores na sequência da sua transferência duma rodução ara a outra e/ou - à desigual atidão dos factores ara cada uma das roduções. Atidão diferenciada dos factores rodutivos Alteração da roorção em que se combinam os factores rodutivos LEI DOS ENDIMENTOS DECESCENTES LEI DOS CUSTOS DE OPOTUNIDADE CESCENTES 25

28 ANTÓNIO SAAIVA Figura 3 Custos de oortunidade crescentes Pão X Y W Z Vinho A lei dos rendimentos decrescentes justifica, assim, o traçado côncavo da LLPP que traduz, geometricamente, a lei dos custos de oortunidade crescentes. 26

29 MICOECONOMIA I Factores de crescimento - Aumento da dotação de recursos: força de trabalho e caital; - Progresso tecnológico. Figura 4 Factores de crescimento Bens de investimento líquido Bens de investimento líquido PAÍS A PAÍS B I LLPP 0A LLPP 1A I I0B LLPP 0B LLPP 1B I 0A C 0A C 1A Bens de C 0B C 1B Bens de C C consumo consumo O nível de investimento líquido mantido or cada economia é decisivo ara o ritmo de crescimento da resectiva caacidade rodutiva. Aesar de terem inicialmente as mesmas caacidades rodutivas, o aís B aumentou substancialmente mais do que o aís A a sua caacidade rodutiva, no mesmo eríodo de temo, elo facto de ter rivilegiado o investimento, garantindo, assim, a ossibilidade de eansão do nível de consumo no futuro. 27

30 ANTÓNIO SAAIVA 3.4. Classificação das relações económicas Sabe-se já que, num conteto de escassez, se imõe a necessidade de escolher, o que requer uma avaliação, a qual, or sua vez, imlica o conhecimento do sistema de reços que funciona, assim, como elemento regulador dos fluos económicos. Postulado: As necessidades são ilimitadas. Afectação ótima Escolha Avaliação ecursos limitados Sistema de reços (indicadores de raridade) MECADO Comra Preço Venda Vontade de comrar Vontade de vender POCUA OFETA Oferece-se como evidência a ideia de que os reços se engendram ao nível das trocas efectuadas no mercado. A análise há-de, ortanto, incidir, referencialmente, sobre o mercado, ou seja, sobre cada uma das "forças" que nele se confrontam: rocura e oferta. Sem custo se aceitaria, então, que bastaria deiar revalecer o bom-senso ara admitir que a "mera observação" dos fenómenos atentes no mercado autoriza as seguintes roosições: a quantidade rocurada de um bem é tanto maior quanto menor for o reço; a quantidade oferecida de um bem é tanto maior quanto maior for o reço. Acontece, orém, que ao fazê-lo se está, inevitavelmente, a resumir certos ressuostos e definições, ou seja, se está a elaborar um modelo. 28

31 MICOECONOMIA I Ora num modelo articulam-se variáveis entre as quais se estabelecem relações que odemos classificar como segue. - elações funcionais - elações técnicas e: X = t(k,l) - elações de comortamento e: q s = f(); q d = g() - elações de equilíbrio e: Q s = Q d - elações de definição e: = C + S - elações institucionais e: T = i() 3.5. Classificação das variáveis económicas I. 1. Variáveis instantâneas 1.1. Variáveis reço (assumem um certo valor em determinado momento) 1.2. Variáveis stock (quantificam-se através do valor acumulado até certo momento) 2. Variáveis de fluo (ara a sua quantificação é necessário referir um determinado intervalo de temo) II. 1. Variáveis endógenas (o seu valor é determinado no âmbito do rório modelo) 2. Variáveis eógenas (o seu valor é tomado como dado eteriormente ao modelo) 29

32 ANTÓNIO SAAIVA 4. POCUA Função rocura alargada do bem n: q Dn = ψ( n, i,, G, ) q Dn quantidade rocurada do bem n quantidade que o consumidor ode e deseja comrar. n reço do bem n i reço de outro bem i (=1, ) rendimento do consumidor 4.1. Função rocura Função rocura do bem n: q Dn = g( n ), cæteris aribus TABELA DA POCUA DO BEM n a b c d e f Preço (u.m./u.f.) q Dn (u.f./eríodo de temo)

33 MICOECONOMIA I Figura 5 Curva da rocura n /u.f CUVA DA POCUA q Dn = g( n ) q Dn /eríodo de temo Uma variação do reço de um bem induz dois tios de efeitos que, conjuntamente, elicam a corresondente variação da quantidade rocurada: 3 Efeito rendimento em resultado do decréscimo do reço do bem aumenta o oder de comra do consumidor [o rendimento real ( = ) cresce, o n que lhe ermitirá adquirir maiores quantidades dos bens, designadamente do rório bem cujo reço baiou]. Efeito substituição aquando da descida do reço do bem, cæteris aribus, verifica-se um encarecimento relativo de todos os outros bens, o que levará o consumidor a afectar uma maior arcela do seu rendimento à aquisição do bem em causa em detrimento das comras que i efectuará dos outros bens [o reço relativo ( = ) dos outros bens sobe em consequência da descida do reço do bem de referência]. n 3 Este asecto é mais detalhadamente analisado na secção sobre a teoria do consumidor. 31

34 ANTÓNIO SAAIVA 4.2. Função rocura-rendimento Função rocura-rendimento do bem n: q Dn = r(), cæteris aribus Figura 6 Curvas de Engel CUVAS DE ENGEL Bens inferiores: aqueles cuja quantidade rocurada varia inversamente ao rendimento deois que este ultraassa determinado nível. Bens normais: aqueles cuja quantidade rocurada varia directamente com o rendimento. q D 4.3. Função rocura cruzada Função rocura cruzada do bem n: q Dn = z( z ), cæteris aribus. Bens sucedâneos: a quantidade rocurada de um varia no mesmo sentido do reço do outro. Figura 7 Bens sucedâneos z Curva da rocura cruzada entre os bens n e z q Dn 32

35 MICOECONOMIA I Bens comlementares: a quantidade rocurada de um varia em sentido contrário ao reço do outro. Figura 8 Bens comlementares z Curva da rocura cruzada entre os bens n e z q Dn Bens indeendentes: a quantidade rocurada é invariante com o reço do outro. Figura 9 Bens indeendentes z Curva da rocura cruzada entre os bens n e z q Dn 4.4. Traçado da curva da rocura de mercado A curva da rocura de mercado obtém-se or agregação das curvas da rocura individuais: n Q D = i = q 1 Di, com q Di quantidade rocurada elo consumidor i. Eemlo considerando curvas da rocura lineares e reços limite diferentes: 33

36 ANTÓNIO SAAIVA Figura 10 Curva da rocura de mercado n n n 22 Consumidor 1 Consumidor 2 Curva da rocura de mercado q D 200 q D Q D [0, 10]: Q D = q D1 + q D2 = (220-10) + (200-20) = ]10, 22]: Q D = q D1 + q D2 = (220-10) + (0) = OFETA Função oferta alargada do bem n: q Sn = ϕ( n, i, f, Objectivo do rodutor, Tecnologia, ) q Sn quantidade oferecida do bem n quantidade que o rodutor ode e deseja vender. n reço do bem n i reço de outro bem i (=1, ) f reço do factor de rodução f (=1, ) 5.1. Função oferta Função oferta do bem n: q Sn = f( n ), cæteris aribus 34

37 MICOECONOMIA I Figura 11 Curva da oferta n Curva da oferta Preço limite do rodutor q Sn 6. MECADO Para um determinado nível de reço, três situações odem ocorrer: - Q D > Q S (ecesso de rocura) - Q D < Q S (ecesso de oferta) - Q D = Q S. Na rimeira situação os consumidores não conseguirão comrar toda a quantidade que, àquele reço, desejam comrar, elo que não há equilíbrio no mercado. Na segunda situação os rodutores não conseguirão vender toda a quantidade que, àquele reço, desejam vender, elo que não há equilíbrio no mercado. O equilíbrio do mercado aenas está garantido na terceira situação, ois é aquela em que consumidores e rodutores conseguem ver comatibilizados os seus interesses a quantidade que uns retendem adquirir é a mesma que os outros estão interessados em vender: Q D = Q S. 35

38 ANTÓNIO SAAIVA Figura 12 Equilíbrio de mercado S 2 E 1 Equilíbrio Ecesso de oferta: Q S2 > Q D2 Ecesso de rocura: Q D1 > Q S1 D Q S1 Q D2 Q E Q S2 Q D1 Q Considerar-se-á que o reço de equilíbrio eiste e é único, admitindo que: - A função rocura é não crescente no reço; - A função oferta é não decrescente no reço; - Uma situação de ecesso de rocura (carência do bem) induz os consumidores a concorrerem ara obterem o bem, redisondo-os a aceitarem agar um reço suerior; - Uma situação de ecesso de oferta (dificuldade de escoamento da rodução) leva os rodutores a entrarem em concorrência, redisondo-os a aceitarem um reço inferior. Para elicar o modo como se estabelece o reço de equilíbrio, admita-se a eistência de um agente coordenador cuja função é ir roondo alterações no reço até que as quantidades rocurada e oferecida coincidam e, então, se concretizem as transacções no mercado. O esquema oerativo deste agente coordenador é o seguinte: ; Q D > Q S ; ' > ; Q D < Q S ; ' < ; Q D = Q S ; ' = = E. 36

39 MICOECONOMIA I 6.1. Equilíbrio de mercado Para ilustrar o equilíbrio de mercado (estático), considere-se o modelo em que as funções rocura e oferta são lineares: QD = a b QS = c+ d. QD = QS A solução de equilíbrio é Q E E a c = b + d, ad + bc = b + d sendo, ortanto, estas as coordenadas do onto de intersecção entre as curvas da rocura e da oferta. Figura 13 Equilíbrio de mercado modelo linear a b b +1 S E c d +1 d D c Q E a Q 37

40 ANTÓNIO SAAIVA 6.2. Condições ara o equilíbrio estável O equilíbrio é estável se na sequência de uma erturbação (alteração da oferta e/ou da rocura) o mercado rescinde de qualquer intervenção eógena ara retornar novamente a uma situação de equilíbrio. Para que tal ocorra têm que ser normais as curvas da oferta e da rocura. Ilustra-se, a seguir, um caso em que isso não acontece. Figura 14 Equilíbrio instável S D D* ' E E* E Ecesso de rocura Q E Q Se, neste caso, se alicar o esquema oerativo do agente coordenador, i.e., se o reço for ajustado de acordo com as motivações de consumidores e rodutores tenderá a acentuar-se a divergência entre as quantidades oferecida e rocurada rovocada or uma alteração da rocura de D ara D*. Em lugar de se caminhar ara a novo equilíbrio E*, agravar-se-ia cada vez mais o desequilíbrio Modelo teia de aranha A questão da estabilidade do equilíbrio do mercado é de natureza intrinsecamente dinâmica, no sentido de que envolve o decurso do temo. Por isso, a análise da estabilidade do equilíbrio deve fazer-se no âmbito de um modelo dinâmico. 38

41 MICOECONOMIA I Seja o mercado de um bem cuja rodução se rocessa ciclicamente, durando cada ciclo uma unidade de temo (e.g. um semestre). No final de cada eríodo, o rocesso rodutivo conclui-se, ficando disonível uma certa quantidade do roduto, a qual será integralmente comrada ao reço que os consumidores se disõem a agar. No início de cada ciclo, os rodutores decidem quantas unidades de roduto têm interesse em roduzir baseados na eectativa de que o reço que vigorou no eríodo anterior se irá manter no eríodo restes a iniciar-se. Formalmente, tem-se QDt = a b Q = c+ d QDt = QSt St t 1 t, donde resulta que b + d = a c. t t 1 A solução desta equação (de diferenças de 1ª ordem) é d = ( ) + b t 0 E E t, onde E reresenta o reço de equilíbrio estático acima determinado e 0 é o reço inicialmente considerado elos rodutores. Para que o equilíbrio seja estável, é reciso que à medida que o temo assa (i.e. à medida que t aumenta) o reço em cada eríodo, t, se aroime do reço de equilíbrio, E, até que este seja atingido e erdure. Como é fácil de erceber, tal só ocorrerá se o factor d b t tender ara zero à medida que t cresce, o que acontece se, e só se, o valor d absoluto da base desta otência for inferior a um: < 1. b A condição de estabilidade do equilíbrio ode, ois, traduzir-se ela desigualdade d < b, i.e. o rocesso de ajustamento do reço só é convergente se, em módulo, o declive da curva da oferta for inferior ao da curva da rocura. Se d > b, o rocesso de ajustamento 39

42 ANTÓNIO SAAIVA do reço aresenta-se divergente, significando isto que o reço oscilará entre valores cada vez mais afastados do valor de equilíbrio, E. Se d = b, o reço oscilará indefinidamente entre dois valores equidistantes do valor de equilíbrio, ora acima, ora abaio deste. Admita-se que os rodutores revêem que o reço a raticar no eríodo 1 coincidirá com o reço que vigorou no eríodo anterior, 0. O facto de ter sido este o reço raticado oderá elicar-se or razões de diversa ordem, como sejam: o reço foi administrativamente fiado durante aquele eríodo; devido a circunstâncias anormais (e.g. terramoto, seca, guerra), a quantidade roduzida foi ececionalmente reduzida, Q o. Tomando como referência o nível de reço 0, os rodutores roduzirão globalmente, no eríodo 1, Q 1 unidades de roduto. Sendo esta a quantidade disonível no mercado, os consumidores estão disostos a agar um reço unitário de 1 u.m., sendo, ortanto este o reço a que se farão as transacções. Ao rojectarem a quantidade a roduzir durante o eríodo 2, os rodutores, mais uma vez, confiam que o reço irá ermanecer ao nível do raticado no eríodo anterior (i.e. 1 ), elo que rojectam roduzir Q 2 unidades. No entanto, quando esta quantidade chegar ao mercado, os consumidores aceitarão agar um reço de 2 u.m.. Acreditando que este reço revalecerá no eríodo seguinte, os rodutores decidem roduzir Q 3 unidades, o que induzirá um reço de 3 u.m.. Na Figura 15, ilustra-se o caso em que o rocesso de ajustamento do reço continua nestes termos até que o reço de equilíbrio é atingido, garantindo-se, assim, a coincidência da quantidade oferecida com a quantidade rocurada e a consequente manutenção do reço ao nível de E u.m., salvo se ocorrer alguma outra interferência eógena ao mercado. Na Figura 16, reresenta-se uma situação em que, uma vez erturbado, o reço raticado em cada eríodo se afasta cada vez mais do nível de equilíbrio, elo que o equilíbrio se revela instável. 40

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