O casal infértil e a reprodução medicamente assistida: uma reflexão psicanalítica sobre a representação de filho

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1 Título: O casal infértil e a reprodução medicamente assistida: uma reflexão psicanalítica sobre a representação de filho Autores: Ana Cláudia Domingos Modenesi Marcos Antônio Cheganças Orientadora: Regina Célia Pawlovski Mena Romeira Tel: / reginaromeira1@terra.com.br Banca de defesa: Luciana Chauí Elisa Villela

2 MODENESI, Ana Cláudia Domingos; CHEGANÇAS, Marcos Antônio. O casal infértil e a reprodução medicamente assistida: uma reflexão psicanalítica sobre a representação de filho. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação de Psicologia). Universidade São Marcos. São Paulo, 2006, 117p. Resumo Pesquisa que busca investigar a representação do primeiro filho para o casal heterossexual infértil diante das técnicas de Reprodução Assistida a partir da revisão de literatura da teoria psicanalítica freudiana e autores contemporâneos. Aborda questões sociais da atualidade e elucida conceitos freudianos que remetem às forças psíquicas inconscientes atuantes no desejo de ter um filho. Realiza um breve percurso histórico pelas transformações nas configurações familiares no mundo Ocidental ponderando sobre a influência das inovações tecnológicas acerca do lugar concedido ao filho. Aborda o casal contemporâneo como uma unidade psíquica e propõe uma reflexão sobre a infertilidade, suas repercussões psíquicas e influências na representação de filho: intensificação, supervalorização e hiperinvestimento. Reflete sobre a crença na Reprodução Assistida como a única solução para viabilizar o filho e destaca as repercussões no que concerne à representação de filho, ponderando sobre a atuação de psicólogos e psicanalistas diante desses casais. Discorre sobre as técnicas da reprodução humana, a abrangência e as conseqüências no campo da Bioética. Conclui que a representação de filho se constitui dentro de um processo ao longo da vida do sujeito e do casal, podendo ser influenciada pela medicina reprodutiva. Mostra ser necessário favorecer reflexões pelo casal e profissionais envolvidos sobre o que realmente se deseja antes de se submeter ao tratamento. A representação de filho é particular, única e singular. O legítimo desejo de filho sugere uma disponibilidade para transformar esse objeto de amor em parte integrante de sua história. Palavras-chave: representação de filho; desejo inconsciente; reprodução assistida.

3 São Paulo, 15 de março de 2007 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO DE PSICOLOGIA ABEP Prêmio Silvia Lane Prezados Senhores Venho pela presente recomendar que o Trabalho de Conclusão de Curso: O casal infértil e a reprodução medicamente assistida: uma reflexão psicanalítica sobre a representação de filho, de Ana Claudia Domingos Modenesi e Marcos Antônio Cheganças concorra ao Prêmio Silvia Lane - ABEP. Como orientadora do trabalho, acompanhei de perto a dedicação e o entusiasmo dos autores no aprofundamento em diferentes aspectos em um assunto difícil, polêmico, absolutamente atual e inegavelmente já intrínseco no cotidiano dos brasileiros. Pela complexidade do tema, requereu árdua pesquisa em diversos aspectos. A literatura contemplou uma retomada de pontos essenciais da teoria freudiana, da reprodução medicamente assistida (em suas diversas formas) e a tentativa de compreensão de variadas demandas, como o desejo consciente de um filho, as questões inconscientes e as representações associadas, na tentativa de se buscar uma compreensão sob o vértice psicanalítico, levando-se em conta as similaridades e contradições entre autores. Além disso, os autores efetuaram uma reflexão sobre a pressão social para que o casal infértil seja possuidor de um filho pressão essa que não surge apenas das relações sociais e dos valores histórico-culturais vigentes, mas também (e possivelmente com grande força) de grupos que possam se beneficiar economicamente desse oneroso e por certo doloroso processo, que necessita da participação ativa do profissional psicólogo. Porém, não de um profissional ingênuo, mas daquele crítico, que avalia a demanda específica de cada casal, sem perder de vista o horizonte social e os diversos interesses envolvidos. Em suma, face à atualidade do tema, às reflexões propostas e especialmente à qualidade e profundidade almejada e alcançada pelos autores, entendo se tratar de um trabalho que desperta questões que serão o foco de muitas discussões, e que preenche as características previstas para esse prêmio, cujo mérito maior é o incentivo aos iniciantes no mundo da pesquisa. Cordialmente. Regina Célia Pawlovski Mena Romeira Orientadora do TCC

4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 1. Revisão dos conceitos psicanalíticos freudianos: uma compreensão do desejo de ter filhos Uma introdução à literatura psicanalítica freudiana A Teoria da Sexualidade: a distinção entre reprodução biológica e sexualidade As fantasias originárias e o desejo de ter um filho As fases da constituição do sujeito e o Complexo de Édipo A saída do Édipo e a constituição do feminino O filho como uma realização narcísica da imortalidade Algumas considerações sobre o desejo de ter filhos A maternidade e a paternidade na História Ocidental A história da família e o lugar reservado ao filho A evolução do amor materno e paterno Um olhar contemporâneo para o casal: novos cenários para o desejo de ter filho Aspectos psíquicos do casal e o desejo unificado de ter filho O diagnóstico da infertilidade e a intensificação do desejo de filho Uma reflexão sobre as conseqüências psíquicas da infertilidade A Reprodução Humana Assistida: uma proposta de reflexão História e classificação das técnicas de Reprodução Assistida Algumas questões da Bioética A busca de soluções na Reprodução Assistida para o desejo de ter um filho: repercussões psíquicas A prática do saber psicanalítico nas clínicas de Reprodução Assistida: o efetivo papel do profissional da saúde 87 Considerações Finais 94 Referências Bibliográficas 112

5 1 INTRODUÇÃO Vem, filho meu, Vem me fazer contente. Que a vida raramente Convida a gente pra brincar Toquinho Mostram-se ágeis, e em alguns aspectos assustadoras, as transformações a que o ser humano está suscetível nos dias atuais, originadas por suas próprias ações e criações nos campos social, científico e tecnológico. Mudanças que levam a uma nova maneira de ser no mundo contemporâneo e a novas relações subjetivas com os elementos que compõem sua vida, como a família, o trabalho, o dinheiro, os relacionamentos afetivos. Esta nova realidade possibilita, conforme Sigal (2003), a origem de novos cenários para o desejo humano. Especificamente no campo da sexualidade, a tecno-ciência produziu, no último século, uma verdadeira revolução, cujo início pode ser demarcado pelo controle reprodutivo por meio das técnicas contraceptivas: a reprodução humana, a partir de então, deixou de ser um acaso biológico (p. 254). Foi diante dos descobrimentos e desdobramentos da engenharia genética, mais especificamente a partir do dia 25 de julho de 1978 com o nascimento do primeiro bebê de proveta 1, que o homem passou a observar com maior fascínio os avanços e a sólida influência desta ciência no campo da sexualidade principalmente como possibilidade de combater a infertilidade humana (Passos, 2006). Hoje se faz possível buscar soluções nas técnicas de reprodução humana que a medicina oferece, conhecidas como ART Assisted Reproduction Technics; ou Técnicas de Reprodução Assistida. Sucintamente, a Reprodução Assistida pode ser definida como um conjunto de técnicas de manipulação de sêmens e óvulos das mais simples às mais avançadas, que possibilitam aos casais inférteis gerarem o(s) filho(s) que desejam ter, descartando a necessidade do ato sexual entre os parceiros para este fim (Hora, 2002). Em junho de 2006, a Sociedade Européia de Reprodução 1 Bebê de proveta foi um termo popularmente conhecido na época para se referir à técnica de Reprodução Assistida, na qual a fecundação ocorre in vitro, ou seja, fora do útero materno (Intramed, 2006).

6 2 Humana e Embriologia 1 divulgou um relatório informando que o número de bebês nascidos no mundo com o auxilio dessas técnicas ultrapassou os três milhões. No Brasil, os números também são crescentes; o país consolidou a posição de liderança na América Latina, sendo responsável por 47,2% dos procedimentos de Reprodução Assistida realizada em 2003 em todos os países latinos (Ramírez- Galvéz, 2003). Segundo Lima (2001), o Brasil tem se destacado no cenário internacional pela realização de experiências inéditas nesse campo fato que tem ampliado o debate sobre as questões éticas que as envolvem. O que se vê na prática é uma ampla gama de ofertas para resolver o problema da infertilidade, o que já pode ser constatado em anúncios de revistas de grande circulação e no espaço dado pela mídia às notícias que abordam o tema. Há menos de 40 anos, segundo Seger-Jacob (2002), o casal infértil não tinha opção além da adoção, ou ainda, ficar sem filhos. Atualmente, diante das inúmeras possibilidades que se abrem aos casais inférteis para conceber um filho inseminação artificial, fecundação in vitro com óvulos e esperma do casal ou advindos de doação, entre outros, uma nova lógica parece predominar diante da infertilidade: se o filho é naturalmente inviável, a medicina pode resolver (Chatel, 1998). Em outras palavras, a Reprodução Assistida surge como uma solução para os limites impostos pelo corpo. Apesar da ampla possibilidade de escolha, os tratamentos aos quais homens e mulheres se submetem para conceber um filho podem ocasionar anos de tratamento, constrangimento, sofrimento psíquico, stress prolongado, investimentos financeiros e até muitas tentativas fracassadas (Seger-Jacob, 2002). Faz-se possível afirmar que as repercussões psíquicas têm sido o foco de produção e publicação de recentes estudos sobre o tema embora ainda não em número suficiente para abarcar tantas mudanças (Ribeiro, 2004). É inegável a importância desses estudos para a prática de psicoterapeutas durante esses processos invasivos. No entanto, é possível inferir que é nitidamente menor o número de investigações psicológicas ou psicanalíticas que se propõem a refletir sobre os aspectos antecessores a esses procedimentos, mais especificamente relacionados ao conteúdo projetado no objeto de desejo 1 Intramed (2006).

7 3 (um filho) que vai ser ou não concretizado com a intervenção da medicina reprodutiva. Dentre os estudiosos brasileiros que tem demonstrado essa preocupação, temos Sigal (2002; 2003) e Melamed (2005; 2006). Mesmo quando os casais são informados sobre as chances de insucesso das técnicas de Reprodução Assistida, o que freqüentemente se vê é que as expectativas diante do filho desejado permanecem altíssimas, desproporcionais às chances reais, comenta Melamed (2002). A submissão cega do casal ao próprio desejo tem levado alguns estudiosos (Leiblum, Avim e Hamer apud Seger- Jacob, 2002) a afirmarem que essas ofertas não são vistas apenas como uma opção à infertilidade, mas sim como a única oportunidade de ter um filho biológico. O filho desejado, perante o choque da notícia da infertilidade e da oferta de uma solução, pode estar sendo hiperinvestido há [nesse contexto] uma intensificação do desejo por um filho (Ribeiro, 2004, p. 21). A escolha desse tema justifica-se por questões atuais e relevantes como estas que permeiam as tecnologias de reprodução humana e que podem influenciar diretamente a maternidade, a paternidade e a criança (Moura 2005); e pelo alarmante crescimento no número de casais atendidos pela medicina reprodutiva nos últimos anos, que buscam realizar o desejo de ter um filho a qualquer custo (Ribeiro, 2004). Com o objetivo de contribuir com novas reflexões sobre as forças psíquicas que têm conduzido casais contemporâneos a uma ambiciosa busca por um filho através das técnicas reprodutivas e entendendo que este conhecimento será importante para outros estudos, esta investigação se propõe a compreender o que representa o primeiro filho para casais inférteis diante da oferta da Reprodução Assistida? Segundo Chatel (1998), qualquer que seja o modo de concepção há um grande número de razões, conscientes ou inconscientes, que motivam a mulher e o casal a ter um filho: ser como outras mulheres; satisfazer ao cônjuge, aderir à cobrança social de reproduzir; reviver desejos vivenciados na infância; satisfazer necessidades contrariadas; encontrar a plenitude; camuflar a infertilidade, entre outras. Embora haja uma intensa influência sócio-cultural sobre o que representa um filho o que é mais facilmente identificável a nível consciente não há mais como negar, após um século de psicanálise, a potência da dimensão inconsciente.

8 4 Juntamente com sua primeira noção de inconsciência humana, Freud instaurou uma nova realidade sobre a onipotência da vontade humana: o inconsciente como o verdadeiro responsável e condutor de suas ações enfim, o filho poderá ser o depositário involuntário de muitas significações freqüentemente inconscientes (Seger-Jacob, 2002, p. 04). Baseado nos dizeres de Ribeiro (2004) de que uma investigação não deve se precipitar em achar respostas simples para questões tão complexas, é que este estudo propõe uma compreensão dos núcleos inconscientes onde parecem constituir-se o desejo por um filho cujos significados, sentidos e afetos atribuídos são presentificados na atualidade na busca por um filho real. Para tanto, faz-se necessário valer-se do conhecimento proposto pela abordagem psicanalítica freudiana que ainda apresenta poucos estudos sobre o tema, conforme afirma Cunha (2003), principalmente no que diz respeito ao novo cenário marcado pelas ofertas da medicina reprodutiva. Para Sigal (2003), a fertilização assistida deve ser profundamente analisada no contexto do desejo inconsciente da mulher que quer ser mãe; Lester (apud Ribeiro, 2004) menciona que as novas situações que estão sendo vivenciadas exigem reconsideração das idéias e pensamentos psicanalíticos sobre o desejo de procriação, a infertilidade e o significado da gravidez para a futura função materna (p. 44). A relevância primeira desta investigação, portanto, é preencher a lacuna apontada pelos autores na obtenção de consistentes saberes psicanalíticos sobre o que realmente leva um casal infértil a querer ter filhos na atualidade, contribuindo como base para futuros estudo sobre os desdobramentos psíquicos destas novas técnicas reprodutivas; afinal (...) o tema será o foco de muitas discussões e debates nos próximos anos (Ribeiro, 2004, p. 31). Apesar de a presença do psicólogo estar se tornando relativamente comum nas clínicas de reprodução humana, a mesma ainda depende da demanda médica. Segundo dizeres de um médico obstetra 1 de uma das mais famosas clínicas de Reprodução Humana de São Paulo, o papel do profissional da saúde mental, mais especificamente do psicólogo, está muito claramente restrito a de um conselheiro de casais. A importância de mais conhecimento e de pesquisas fundamentadas sobre a complexidade psíquica nestes processos está também no 1 Palestra ministrada em abril de 2006 no Centro de Estudos da Maternidade São Luiz, sobre os aspectos médicos e psicológicos na Reprodução Assistida.

9 5 auxílio aos psicólogos e psicanalistas em conquistarem um papel mais ativo nas equipes multidisciplinares. O resultado prático e de relevância social a que uma efetiva atuação psicanalítica se propõe aos casais diante da infertilidade e das técnicas reprodutivas é a promoção do conhecimento sobre o que realmente um filho representa; sobre o que é ser pai, mãe e filho. É promover um entendimento que, seja qual for o caminho a seguir inseminação artificial, adoção etc permitirá ao casal lidar melhor com as expectativas, angústias, impossibilidades, com a própria história, e com o filho que virá (ou não). Conforme Ribeiro (2004), não são raros os casos em que se descobrem os mais profundos motivos de não querer um filho a psicanálise pode contribuir para uma posição preventiva: com o seu discurso, com a sua ética, com a sua escuta, em uma prática extensiva à prática do consultório (Pedreira, 2000, p. 16). Para o alcance dos objetivos propostos, esta investigação ater-se-á aos aspectos que dizem respeito especificamente ao casal heterossexual contemporâneo, e que, por não conseguir engravidar naturalmente do primeiro filho, busca a qualquer custo soluções nas técnicas de reprodução assistida. Não serão consideradas as classificações segundo nível social por conta da demanda pela Reprodução Assistida ser freqüente tanto nas clínicas particulares quanto nos hospitais públicos nos quais a fila de espera pode chegar a três anos 1. Esta investigação não tem a pretensão de esgotar o tema por se tratar de um universo novo e incontestavelmente polêmico, o qual demanda análises e estudos complexos. Esse percurso se fará possível a partir da revisão da literatura psicanalítica freudiana no que concerne à representação de filho, sem negligenciar o fato de que a realidade social é o próprio dinamismo da vida individual e coletiva, com toda a riqueza de significados dela transbordantes (Minayo et al p. 15). Em outras palavras, apesar das questões sociais não serem o foco desta investigação, serão consideradas com o propósito de enriquecer a compreensão a que se propõe até porque a psicanálise não exclui as questões sociais como ambiente. O objetivo da revisão de literatura, conforme Alves-Mazzotti (2001), é propiciar uma análise de pesquisas anteriores sobre o tema e promover a 1 IV Jornada de Psicologia em Reprodução Humana Assistida (2006).

10 6 discussão a partir de um referencial teórico; neste caso, fundamentado nas obras de Sigmund Freud. Para tanto, é pertinente até pela contemporaneidade do tema o acesso às publicações recentes de periódicos, teses, dissertações e estudos relativos ao problema de pesquisa, e que propõem um olhar para as idéias postuladas há mais de um século, observando as mudanças mais significativas sem, no entanto, mudar sua natureza (Tort apud Sigal, 2003). Esta investigação também se valerá do conhecimento produzido pelos teóricos que estudam a terapia psicanalítica de família e de casais, e que descrevem os modelos e costumes da família contemporânea. Também se justifica a importância desse conhecimento pelo olhar que direciona ao homem e à mulher em conjunto, ou seja, ao casal como uma unidade. Em outras palavras, a proposta é promover um diálogo entre a psicanálise freudiana em sua origem e como ela tem sido aplicada atualmente na assistência aos casais inférteis diante das técnicas médicas de reprodução. Nesse contexto, tornou-se relevante o que Alves-Mazzotti (2001) alertou sobre a problemática ocasionada pela variedade de teorias utilizadas nas pesquisas, o que poderia levar a uma perda de foco ou a uma maior dificuldade de articulação dos itens investigados. Por isso, foram desconsideradas as referências que não seguiam a abordagem psicanalítica freudiana, mantendo apenas os estudos com referência ao tema e à contemporaneidade dos casais. Por último, faz-se importante o esclarecimento de dois pontos que guiarão os leitores pelas páginas seguintes. O primeiro é que este trabalho se propõe a uma pesquisa que se utilizará dos conhecimentos da psicanálise, não se tratando de uma pesquisa em psicanálise. O segundo diz respeito à escolha de uma linguagem acessível aos leitores. A proposta é possibilitar aos diferentes profissionais da área da saúde, direta ou indiretamente envolvidos com a medicina reprodutiva e não apenas psicólogos e psicanalistas, a compreensão do tema abordado e analisado, fato que explica o detalhamento dos termos e conceitos psicanalíticos apresentados. Para o alcance dos objetivos propostos nesta investigação, portanto, faz-se necessário conduzir o leitor por um percurso teórico pela psicanálise freudiana, elucidando os principais conceitos que possibilitam a compreensão das forças psíquicas que constituem o desejo de ter um filho; mais especificamente, os núcleos inconscientes. Para tanto, serão focos de uma elucidação a Teoria da

11 7 Sexualidade, as fantasias originárias, o Complexo de Édipo, a constituição do feminino e o desejo narcísico de imortalidade do Eu. Mais familiarizado com a lógica simbólica da psicanálise, e compreendido o contexto sócio-cultural no qual Freud a desenvolveu, o leitor poderá percorrer a evolução da estrutura de família sob uma ótica predominantemente histórica e antropológica; compreender o lugar que foi ocupado pelo filho na sociedade ocidental no decorrer dos séculos até a atualidade; assim como fazer uma reflexão sobre o chamado amor materno e paterno. Com um olhar focado na contemporaneidade, serão abordadas as influências sócio-culturais com ênfase nas inovações tecnológicas sobre o desejo de uma mulher, um homem, um casal (como unidade psíquica) terem um filho. Para tal, o capítulo contará com o conhecimento produzido pelos teóricos que estudam a terapia psicanalítica de família e de casais, dentre eles Terezinha Féres-Carneiro, Terezinha Negreiros, Junia Vilhena, Gley Costa e Gildo Katz. No capítulo seguinte, o percurso teórico defrontar-se-á com um tema imprescindível na obtenção de respostas para a problemática desta investigação, a infertilidade. O leitor terá acesso aos conceitos, categoriais, aos principais fatores desencadeadores de dificuldades reprodutivas, e principalmente às influências sobre as representações de filho para o casal com a hipótese de que o desejo é intensificado pela situação. É diante desse diagnóstico que se dá o encontro entre os casais e a Reprodução Assistida, concebida como uma solução para os problemas da infertilidade. Será apresentada a definição e um breve histórico sobre a reprodução medicamente assistida, assim como a aplicabilidade e abrangência das suas principais técnicas. Ainda se faz necessário, diante desses conhecimentos, discorrer sobre os principais aspectos éticos e bioéticos relacionados com a aplicabilidade e limites destas técnicas. A proposta é ilustrar algumas das inúmeras situações e controvérsias produzidas por este campo, assim como os decorrentes desafios para novos estudos. Em seguida, esta investigação abrirá uma reflexão sobre as possíveis repercussões psíquicas do advindo dessas técnicas na representação do filho desejado e nos papéis da maternidade e paternidade. Apesar de não ser a proposta desta investigação adentrar nos procedimentos médicos ou na gestação

12 8 em si, alguns destes aspectos serão abordados para fins de complementação teórica. Finalmente o leitor será conduzido a uma reflexão sobre a prática psicanalítica e sobre a importância dos conhecimentos discorridos nesta investigação para uma proposta preventiva diante destas técnicas, possibilitando aos casais e profissionais envolvidos refletir sobre o que realmente representa esse filho. Em outras palavras, conforme relata Sigal (2003), possibilitar uma avaliação sobre as repercussões, positivas ou negativas, dessas técnicas (e do filho real) para cada sujeito em sua singularidade.

13 9 1. Revisão dos conceitos psicanalíticos freudianos: uma compreensão do desejo de ter filhos Inicia-se aqui um percurso pelo mundo da psicanálise freudiana em busca de um aspecto que ainda se mostra pouco explorado: o que realmente leva um casal a querer ter filhos? O que um filho representa para esse casal? Para a compreensão das forças psíquicas inconscientes que constituem esse desejo, faz-se necessário elucidar os principais conceitos psicanalíticos. Nas mais diversas fontes pesquisadas sobre o tema, e conforme relatou Moura (2005), o projeto de ter um filho pode ter diversos motivos, como evitar a solidão, dar continuidade à família, não ser diferente de outros casais etc. As causas parecem diversas, e à primeira vista, conscientes. Piccininni (et al. 2004), em um estudo realizado recentemente sobre as expectativas da gestante em relação ao bebê, afirmam que as origens desses sentimentos e suas causas estão no mundo interno dessas mulheres; mais especificamente, nas relações que foram estabelecidas no passado em relação às suas necessidades, tanto conscientes quanto inconscientes. Confirma o que Chatel (1998) mencionou no livro Mal-estar da procriação em relação aos diversos graus de consciência e inconsciência das razões de se desejar um filho. Santos (2005) vai além, afirmando que a possibilidade da maternidade desperta na mulher desejos antigos experimentados na infância em relação aos próprios pais, e que influenciarão diretamente sua vida e escolhas. No entanto, para compreender o objetivo proposto nesta investigação, convém discorrer sobre as forças psíquicas que envolvem esse desejo, não apenas na mulher, mas também no homem, cuja presença torna-se cada vez mais freqüente nos estudos atuais das interações pais-bebê (Wendland, 2001). A partir dessa concepção, faz-se possível imergir pelos principais núcleos inconscientes (Ribeiro, 2004, p. 53), conhecer como funcionam e agem no processo de constituição do desejo de ter um filho. Tendo como ponto de partida a constituição do sujeito, torna-se imprescindível discorrer sobre a sexualidade infantil, as fantasias originárias e a identificação primária com a mãe; a constituição do feminino e o desejo narcísico de imortalidade do Eu.

14 Uma introdução à literatura psicanalítica freudiana Para iniciar este percurso pelos principais conceitos psicanalíticos, cabe uma explanação mais cuidadosa sobre os termos desejo e representação. Para tanto, convém uma breve explanação sobre a origem da psicanálise e de seu fundador, Sigmund Freud. A idéia central dessa teoria torna-se mais compreensível quando se remete ao contexto histórico e cultural em que viveu. Nascido no final do século XIX, foi educado em uma sociedade patriarcal, cuja diferenciação dos papéis de cada sexo e a supremacia do homem sobre a mulher eram inquestionáveis, inclusive para a ciência (Langer, 1981). Langer (1981) relata que a partir de 1885 com os estudos que vinha desenvolvendo em Paris, com Charcot 1, sobre os aspectos neurológicos da histeria, e influenciado por grandes filósofos da época, como Kant, Hegel, Schoppenhauer e Nietzsche, Freud passou a reconhecer, assim como outros psiquiatras progressistas da época, a causalidade psicológica dos transtornos histéricos 2. Garcia-Roza (2000) conta que Sigmund Freud (médico neurologista) admitiu a possibilidade de que havia processos mentais que permaneciam ocultos da consciência. Essa seria, ainda segundo Langer (1981), a primeira noção de inconsciência que ele concebeu, e com ela, o questionamento sobre a onipotência da vontade humana. A psicanálise, com a teoria do inconsciente humano o verdadeiro responsável e condutor das ações humanas, destituiu o homem consciente e racional do próprio controle. Devido a sua formação, Freud tinha um amplo conhecimento da biologia e da neurologia; por isto buscou nas ciências naturais o apoio necessário para encontrar um ponto biológico, concreto a pulsão 3, de onde emergiriam os processos psíquicos, caracterizados por serem imateriais. O significado de pulsão pode ser compreendido como a potência do corpo (Garcia-Roza, 2000, p. 195), 1 Charcot, médico e neurologista francês, têm grande importância na história da histeria, da hipnose e das origens da psicanálise. Segundo Roudinesco (2003), teve um papel fundamental na formação de Freud. 2 A histeria é uma classe de neuroses que apresenta quadros clínicos muito variados (Laplanche e Pontalis, 2001). 3 A teoria das pulsões foi revista e ampliada por Freud em 1920, em Além do princípio do prazer. Influenciado pela Primeira Guerra Mundial, Freud propõe que a descarga da tensão do aparelho psíquico vai além da obtenção do prazer, visando também à autodestruição evidente em toda expressão da agressividade humana (Garcia-Roza, 2000).

15 11 ou conforme Monteiro (apud Santos, 2005), como uma energia libidinal 1 que o ser humano traz em sua constituição, e que é responsável pelas atividades propriamente humanas. É esta característica que a diferencia do termo instinto, voltado exclusivamente para a preservação animal. A função da pulsão fica mais clara quando Laplanche e Pontalis (2001) a descrevem como um processo dinâmico que consiste em uma pressão, uma força com origem em uma excitação corporal, e que conduz o organismo para uma ação, para um objeto-alvo escolhido em função da história do indivíduo. Aqui há uma menção à origem da pulsão como somática 2, o que pode sugerir se tratar de uma energia independente do psiquismo. Mas, apesar da origem distinta, ela não seria pulsão sem o aparato psíquico, que a captura e a adapta segundo a ordem da linguagem (Garcia-Roza, 2000). Dessa forma, a pulsão vai necessariamente ter um correlato ou um representante psíquico, algo distinto dele mesmo, mas que sempre estará representado no campo da representação ou da subjetividade. É nesse campo que as pulsões serão ordenadas, ganhando um significado e constituindo uma rede de significações; isto só é possível por meio da linguagem, que dá ao homem a capacidade de simbolizar 3 quando em contato com o mundo externo. O outro campo, ocupado pelas pulsões, tem a função de fornecer aos significados do aparato psíquico sua potência, permitindo fazer o ato, isto é, produzir efeitos. De forma sucinta e didática, o termo representação 4 pode ser definido como um conjunto de sentidos, significados e afetos investidos pulsionalmente. No entanto, é importante esclarecer, conforme citou Garcia-Roza (2000), a duplaface contida neste termo. A primeira é o representante, com os conteúdos significantes; a outra é o afeto ou quantum de afeto ou energia psíquica, que representa a dimensão intensiva da pulsão no psiquismo o afeto é a expressão qualitativa da quantidade de energia pulsional e das suas variações (Laplanche e 1 Segundo Roudinesco (1998), Freud enunciou este termo em 1905 em Três ensaios sobre a teoria da sexualidade para designar a manifestação da pulsão sexual na vida psíquica. 2 Soma: relativo ao corpo, por oposição ao psíquico (Ferreira, 1986). 3 Simbolizar, segundo definição fornecida por Garcia-Roza (2000), implica estabelecer uma relação entre o real e signo: alguma coisa que está no lugar da outra, representando alguns de seus aspectos, não sua totalidade. 4 No decorrer dessa investigação será utilizado o termo representação com o objetivo de facilitar a compreensão do leitor; no entanto faz-se necessário esclarecer que está-se referindo ao termo utilizado por Freud em alemão Vorstellungsrepräsentanz, cuja tradução literal é representante-representação (Laplanche e Pontalis, 2001, p. 455).

16 12 Pontalis, 2001, p. 09). Segundo Garcia-Roza (2000), o afeto é percebido exteriormente pelas sensações (busca de prazer) e representa mais diretamente a pulsão. Foi somente em 1915, após os artigos O recalcamento e O inconsciente, que esse conceito começa a se formar e se tornar mais claro na teoria psicanalítica, explicando todo o processo de origem das representações a partir das primeiras vivências de satisfação. Sucintamente, Freud refere-se a uma primeira fase, na qual as pulsões vão se fixar aos representantes da primeira vivência de satisfação de um indivíduo por exemplo, a sensação perceptiva das primeiras mamadas de um bebê, que até então é constituído apenas do aparelho consciente motor e perceptivo. Esta primeira representação, entretanto, ficará inscrita em um sistema psíquico ainda inacessível à consciência, e que ainda não é o inconsciente; afinal, explica Garcia-Roza (2000), ele somente será constituído quando houver o recalque propriamente dito, ou seja, quando as primeiras experiências puderem ser significadas 1 pela criança na relação com o outro. O recalque pode ser definido como: (...) operação pela qual o indivíduo procura repelir [do consciente] ou manter no inconsciente representações (pensamentos, imagens, recordações) ligadas a uma pulsão. O recalque produz-se nos casos em que a satisfação de uma pulsão susceptível de proporcionar prazer em si mesma ameaçaria provocar desprazer relativamente a outras exigências (Laplanche e Pontalis, 2001, p. 430). Em outras palavras, o recalque nada mais é do que uma operação no sentido de impedir que a atividade do sistema inconsciente resulte em desprazer para o consciente. O conceito de desprazer está calcado na internalização da lei, da moral, enfim, das regras externas (sociais) ao indivíduo, que passa a distinguir o que lhe é inadmissível (à consciência, à fala) e, portanto, censurando o que lhe ameaça. Garcia-Roza (2000) relata que o processo dessa internalização é detalhado por Freud no Complexo de Édipo o qual será exposto adiante, e que nada mais é do que a inscrição individual daquilo que é estritamente social e humano. 1 A significação só é possível por meio da linguagem, que é a capacidade de simbolizar. Segundo Garcia-Roza (2000), este ingresso no simbólico se dá através da aquisição da fala.

17 13 No processo do recalque, a parte que de fato será recalcada da representação é o representante, tendo seu acesso ao consciente impedido. A energia psíquica, apesar de não ser recalcável e de ter destinos diferentes, também será influenciada. A energia psíquica pode ser suprimida 1, transformada ou deslocada, podendo circular por outros representantes similares (Garcia-Roza, 2000). Por isso, nem sempre o recalcamento consegue atingir o objetivo de evitar integralmente o desprazer ao consciente resultante da liberação da carga de afeto. A partir do mecanismo do recalque é que Freud se refere a dois sistemas 2 psíquicos dentro do campo da representação. De um lado, regido pelo princípio da realidade, está o sistema consciente (Cs) e pré-consciente (Pcs) este último, na definição de Freud, é o que está latente e apenas temporariamente inconsciente; do outro lado, regido pelo princípio do prazer, está o inconsciente (Ics). O símbolo Ics praticamente desaparece após a publicação de O ego e o id, em 1923, e o termo inconsciente passa a ser usado com menos freqüência e como sinônimo de Id 3. O princípio de prazer é o que vai reger o Processo Primário, no qual a energia psíquica ou afeto, após o recalque, poderá escoar livremente, passando por outros representantes por meio de mecanismos fundamentais do inconsciente a condensação 4 e o deslocamento 5. A busca dessa energia, portanto, é pelo que Freud chamou de identidade de percepção. Na ocorrência de uma vivência de satisfação na infância, explica Garcia- Roza (2000), estabeleceu-se uma ligação entre a imagem do objeto que proporcionou a satisfação e a imagem do movimento que permitiu a descarga. Quando a necessidade se repete, surge essa energia livre, que busca reviver, 1 Segundo Laplanche e Pontalis (2001), supressão é a operação psíquica que tende a fazer desaparecer da consciência um conteúdo desagradável e inoportuno. 2 O conceito de sistema tornou-se explícito em Freud (1900), em A interpretação de sonhos. 3 Freud apresentou duas etapas essenciais de sua elaboração teórica. Na primeira tópica ( ), ou primeira concepção, distinguiu o inconsciente, pré-consciente e o consciente. Na segunda tópica ( ), fez intervir três lugares ou instâncias: o isso ou Id, o eu ou Ego e o supereu ou Superego (Roudinesco e Plon, 1998). Embora essa nova terminologia tenha trazido muitos esclarecimentos que tornaram possíveis novos avanços clínicos, Freud não alterou suas opiniões sobre a estrutura e funcionamentos mentais iniciais (Strachey, 1969), que constituem a base de todos os outros trabalhos posteriores a divisão do psíquico em o que é consciente e o que é inconsciente constitui a premissa fundamental da psicanálise (Freud, 1923, p. 25). 4 A condensação efetua a fusão de diversas idéias do pensamento inconsciente para desembocar em uma única imagem no conteúdo manifesto consciente (Roudinesco, 1998, p. 125). 5 O deslocamento transforma elementos primordiais de um conteúdo latente em detalhes secundários de um conteúdo manifesto (Roudinesco, 1998, p. 148).

18 14 dentro de uma lógica atemporal própria do inconsciente, essas experiências de satisfação originárias, intensificando a imagem-lembrança. (...) um impulso dessa espécie é o que chamamos de desejo; o reaparecimento da percepção é a realização do desejo, e o caminho mais curto para essa realização é a via que conduz diretamente da excitação produzida pelo desejo para uma completa catexia 1 da percepção (Freud, 1900, p. 603). Nessa busca pelo prazer imediato que nada mais é do que a descarga total da energia, o Processo Primário conduz o psiquismo a uma alucinação, que apesar de semelhante à percepção original, não pode produzir a satisfação originária, pois o objeto real não está presente (Garcia-Roza, 2000). Em contrapartida, no princípio de realidade, que rege o Processo Secundário, a energia psíquica escoa de forma controlada e a satisfação é adiada, permitindo às experiências mentais pensamento de vigília, atenção, juízo e raciocínio estabelecerem os diversos caminhos possíveis de satisfação. O que a energia psíquica busca nesse processo é o que Freud chamou de identidade de pensamento. Este é uma modificação do processo primário, com uma função reguladora e de defesa que se torna possível com a constituição do Ego. O processo de pensamento visa, portanto, substituir uma identidade perceptiva por uma identidade de pensamento. Desta forma, o processo de pensamento que se forma a partir da imagem-lembrança constitui-se como um contorno para a realização de desejo, o que faz do pensar um mero substituto do desejo alucinatório (Garcia-Roza, 2000, p ) Em outras palavras, o princípio da realidade exige uma atividade mais elaborada para a realização de um desejo em relação à atividade alucinatória, proporcionando o discernimento entre o objeto alucinado e o objeto real percebido. Esta atividade é possível devido aos signos e, portanto, à capacidade de simbolizar, fornecidos pelo sistema percepção-consciência. Torna-se importante ressaltar duas colocações sobre o signo: a primeira, comentado por Garcia-Roza (2000), adverte que os signos não fornecem a realidade em si mesma, mas sim uma representação desta; a segunda, conforme 1 Catexia é o processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é vinculada ou investida na representação mental de uma pessoa, idéia ou coisa (Fadiman e Frazer, 1986).

19 15 Freud (apud Roudinesco e Plon, 1998), é que os signos da satisfação têm sempre um caráter sexual, uma vez que o desejo é movido pela sexualidade 1. A realização de um desejo pode então ser definida por aquilo que torna realidade o que é alucinação, ilusão e fantasia 2. É pela linguagem, em seu modo de organização, que um objeto é simbolizado como aquilo que lhe falta, tomandoo como realidade. Isto não quer dizer, enfatiza Freud em Além do Princípio do Prazer (apud Garcia-Roza, 2000), que este objeto se faz presente como tal; mas ele se presentifica por seus representantes. Laplanche e Pontalis (2001), ao escreverem sobre a simbólica freudiana, ratificam que a ênfase de Freud está na relação que une um símbolo com aquilo que ele representa conceito base para a investigação a que se propõe o presente trabalho. O que está simbolizado no objeto filho para um determinado casal? O que ele representa? A pedra de toque da teoria psicanalítica do simbolismo (Garcia-Roza, 2000, p. 143) é que o objeto remete sempre ao conteúdo recalcado, e portanto, inconsciente; por isso o indivíduo não tem ciência de que simbolizou, e muito menos da significação que deu ao objeto neste caso, um filho. Segundo Jones (apud Garcia-Roza, 2000), um símbolo poderá ter várias significações, que variam conforme o indivíduo e seu contexto sócio-cultural. Assim como o processo de simbolização é inconsciente, também o que está por trás desse desejo será estranho ao sujeito (Moura, 2005). O desejo de ter um filho, assim como qualquer outro desejo, também depende das primeiras experiências de satisfação da primeira infância, que darão origem ao sistema inconsciente e ao sujeito. Laplanche e Pontalis (2001) referem-se a estas experiências como sinais infantis indestrutíveis. Seja qual for o termo, o desejo estará sujeito às vicissitudes do inconsciente: recalque, condensação, produção de sintomas... (Moura, 2005). 1 A idéia da sexualidade para Freud é de extrema importância na psicanálise e, por isso, lhe é dedicado um capítulo nesta investigação (...) pode-se afirmar que todo o edifício freudiano assentava-se sobre ela (Roudinesco, 1998, p. 704). 2 A fantasia (...) designa a vida imaginária do sujeito, e a maneira como ele representa para si mesmo sua história ou a história de suas origens (Roudinesco, 1998, p. 222); (...) é a realização alucinatória do desejo em si (p. 147).

20 A Teoria da Sexualidade: a distinção entre reprodução biológica e sexualidade Compreendida a simbólica psicanalítica e os principais conceitos que serão freqüentemente referenciados nos próximos capítulos, faz-se possível discorrer sobre a Teoria da Sexualidade, base de toda a teoria de Freud. A compreensão da sexualidade freudiana será fundamental para a compreensão da proposta de estudo desta investigação, pois estabelece a sexualidade no campo do desejo. No lugar do penso, logo sou de Descartes, Freud nos propõe um desejo, logo sou, à condição de não se confundir aquele que deseja e aquele que enuncia que deseja (Garcia-Roza, 2000, p ). Nesta analogia torna-se claro que, para a abordagem psicanalítica, aquele ser que deseja e, portanto, orienta o ser humano é em grande parte inconsciente. Mesmo que seu discurso aponte para um objeto real e racional, este estará apenas representando um desejo de raízes profundas, do verdadeiro ser-humano. Ribeiro (2004) afirma que a origem dessas vivências está na relação primária com a mãe, e mais especificamente, na sexualidade e seus desdobramentos. Esta idéia é de extrema relevância para a psicanálise, o que fica muito nítido na frase: (...) todo o edifício freudiano assentava-se sobre ela [a sexualidade] (Roudinesco e Plon, 1998, p. 704). Freud já tratava da questão da sexualidade desde 1890, mas com outra perspectiva. Foi a partir de 1905, em Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, até 1925 (última revisão), que sua teoria foi sendo alterada e desenvolvida. Rompeu com o fundamento estritamente biológico da sexologia, desvinculando a sexualidade dos órgãos sexuais, independentemente do amadurecimento genital. Langer (1981) explica que antes de Freud acreditava-se que a sexualidade normal era vista em um adulto que concentrava o desejo sexual em seus genitais. Com ele, o conceito se ampliou com a descoberta de outras zonas erógenas também capazes de gerar o prazer e descarregar a tensão presentes já na infância. Com esta concepção, Freud afrontou a opinião médica vigente na época, que classificava qualquer manifestação da sexualidade na infância como

21 17 patológica, e mudou totalmente a visão da sociedade ocidental e da história da sexualidade. Freud não negou as questões anatômicas, mas estendeu a sexualidade a uma ordem psíquica, definindo-a como a essência da atividade humana (...) mostrou que a sexualidade tanto era uma representação ou uma construção mental quanto o lugar de uma diferença anatômica (Roudinesco e Plon, 1998, p. 704). Nesse contexto, é importante destacar para esta investigação as afirmações de Hora (2002) sobre a teoria de Freud, que veio desvincular a reprodução biológica da sexualidade, instaurando-a no campo do desejo. Em outras palavras, diferenciou definitivamente instinto de pulsão, inserindo-a no campo da representação; introduziu o conceito da reprodução simbólica; e enfatizou o papel determinante da relação parental na constituição do sujeito o sujeito não se constituiria sem o outro, necessitando do seu investimento libidinal para constituir sua vida pulsional (Cunha, 2003, p. 02). A reprodução como conseqüência do ato sexual não é mais o único objetivo da sexualidade, tal como se concebia. Desvinculada do instinto, a pulsão visa à realização do desejo, satisfação, prazer e filiação. Desta forma, para uma reflexão sobre o desejo de ter um filho, torna-se fundamental considerar a sexualidade na concepção freudiana (Ribeiro, 2004). Quando Freud faz referência a um investimento libidinal, ele está se referindo à manifestação da pulsão sexual na vida psíquica. A pulsão sexual está presente no soma e no psiquismo, e o aspecto psíquico dessa energia de excitação sexual é o que Freud chamou de libido. Foi com ela que ele construiu o que, desde então, passou a ser chamado de sua Teoria da Sexualidade (Roudinesco e Plon, 1998). Com a evolução das teses do autor sobre o tema, a teoria das pulsões foi sendo revista e ampliada na segunda tópica. Na primeira, retoma Laplanche e Pontalis (2001), a energia psíquica estava submetida ao princípio do prazer, ameaçando o equilíbrio do aparelho psíquico e uma invasão ao consciente. Na segunda, explica Roudinesco e Plon (1998), Freud instaura um dualismo pulsional, opondo as Pulsões de Vida 1, ou Eros, às Pulsões de Morte 1 ambas presentes em qualquer processo de vida. 1 Pulsões de Vida são como uma força que busca, além do prazer, o movimento de união, a constituição e a manutenção das unidades vitais; tendem não apenas a conservar as unidades vitais existentes, como a constituir, a partir delas, unidades mais globalizantes. Abrangem não apenas as pulsões sexuais, mas também as pulsões de autoconservação (Laplanche e Pontalis, 2001).

22 18 A pulsão sexual inserida nas Pulsões de Vida é como uma pressão interna, que para a psicanálise, atua em um campo muito mais vasto do que as atividades sexuais, como usado no sentido comum do termo. Seus alvos, ou objetos de satisfação, assim como nas demais pulsões, são variáveis: neste caso especialmente, estão ligadas ao funcionamento de zonas corporais determinadas, chamadas de zonas erógenas 2. (...) em psicanálise, tudo o que se pode postular é que existe uma energia sexual, ou libido, cuja definição não nos é dada pela clínica, a qual, porém, nos mostra a sua evolução e transformações (Laplanche e Pontalis, 2001, p. 478). É importante ressaltar que essa diversidade de fontes somáticas de excitação sexual evidencia que a pulsão sexual não surge unificada. Esses primeiros impulsos são pulsões parciais, desordenadas e divididas, organizandose apenas na chamada primazia genital ou sexualidade madura, compondo a pulsão genital As fantasias originárias e o desejo de ter um filho Antes da descrição mais detalhada das fases postuladas por Freud para a compreensão de como se dá a evolução da energia sexual, é preciso retomar o conceito de fantasia originária e sua relação com o desejo de ter um filho. Segundo Ribeiro (2004), o desejo é inseparável da sexualidade, e mais especificamente, de seus desdobramentos para determinado indivíduo, seja homem ou mulher é possível que o menino imagine que também ele tenha filhos, sem que por isto tenhamos de lhe atribuir inclinações femininas (Freud, 1908, p. 222). Embora sigam caminhos diferentes para cada sexo, até por conta da influência cultural e social, o desejo de ter um filho começa a se constituir na primeira infância, mais especificamente na relação primária com a mãe. Ribeiro (2004) explica que ao longo do desenvolvimento do indivíduo há questões que 1 As Pulsões de Morte designam uma categoria fundamental de pulsões que se contrapõem às pulsões de vida e que tendem para a redução completa das tensões, ou seja, tendem a reconduzir o ser vivo ao estado anorgânico (Laplanche e Pontalis, 2001). 2 Qualquer região do revestimento cutâneo-mucoso susceptível de se tornar sede de uma excitação de tipo sexual (p. 533).

23 19 para o psiquismo infantil são muito difíceis de serem diferenciadas e compreendidas, como a relação sexual dos pais e a diferença entre os sexos. Tudo isso permeado pelas excitações pré-genitais 1 transformam-se em verdadeiros enigmas para o ser em constituição. A partir destas questões e da identificação da criança com o objeto primário (a figura materna) é que as fantasias surgirão para proporcionar uma representação e uma solução para esses enigmas (Laplanche e Pontalis, 2001). A primeira fantasia, a cena originária, é a fantasia da criança ao imaginar a relação sexual dos pais e o enigma da origem de um bebê e dela mesma; a segunda, a fantasia da sedução, diz respeito ao aparecimento da sexualidade; e a terceira, a fantasia da castração, à origem da diferença dos sexos (Ribeiro, 2004). O que se faz pertinente citar é que as fantasias que permeiam o desejo de ter um filho têm raízes na própria origem do sujeito. O filho desejado na vida adulta remete o sujeito às formas como fantasiou ter sido concebido o desejo de ter um filho parece alicerçar no que de mais primitivo existe no psiquismo humano as fantasias originárias (Ribeiro, 2004, p. 60). Entre o acervo de fantasias inconscientes de todos os neuróticos, e provavelmente de todos os seres humanos, existe uma que raramente se acha ausente e que pode ser revelada pela análise: é a fantasia de observar as relações sexuais dos pais. Chamo tais fantasias da observação do ato sexual dos pais, da sedução, da castração e outras de fantasias primevas (Freud, 1915, p. 303). A cena primitiva 2, portanto, representa o encontro entre o ato biológico da concepção em si e do nascimento, e o fato simbólico da filiação, ou seja, a existência da tríade mãe-pai-filho. Por ter uma inserção corporal e simbólica é que o desejo de ter um filho é tão difícil de ser descrito. Por isto que este desejo está presente muito antes da possibilidade de realizá-lo fisicamente. Para Freud, as brincadeiras de boneca, nas quais a criança dramatiza o papel de mãe, já seriam uma forma da criança estar realizando este desejo. É como um ensaio para o futuro desempenho da maternidade e paternidade (Ribeiro, 2004, p. 48). 1 Laplanche e Pontalis (2001) explicam que pré-genital é um adjetivo usado por Freud ao se referir à organização libidinal de um período do desenvolvimento psicossexual anterior ao estabelecimento do primado dos órgãos genitais, ou seja, da organização da zona genital em si. 2 Cena primitiva ou cena originária, segundo Roudinesco e Plon (1998), é a cena da relação sexual entre os pais tal como pode ser vista ou fantasiada pela criança que a interpreta como um ato de violência.

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