Impactos da deficiência hídrica na produtividade de soja e milho no Estado do Paraná
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- Júlio César Fidalgo Alves
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1 Impactos da deficiência hídrica na produtividade de soja e milho no Estado do Paraná Geovanna C. Zaro Bolsista do CNPq/Finep IAPAR/SIMEPAR Wilian da S. Ricce Pesquisador EPAGRI/CIRAM Paulo. H. Caramori Pesquisador IAPAR/SIMEPAR Angela. B. F. da Costa SIMEPAR Juliandra R. Rosisca Bolsista Embrapa Café IAPAR Heverly Morais Pesquisadora IAPAR.
2 Introdução O estado do Paraná é um dos maiores produtores agrícolas do país, contribuindo em 2012 com cerca de 17% da produção nacional de soja e 20% de milho, de acordo com as estatísticas oficiais. A ocorrência de períodos secos durante a safra tem sido um dos principais causadores de perdas na agricultura de grãos paranaense.
3 Neste trabalho foi realizado um estudo dos impactos de deficiência hídrica no período novembro-janeiro sobre a produtividade de soja e milho da primeira safra no Paraná.
4 MATERIAIS E MÉTODOS Dados de produtividade de milho e soja foram obtidos da Secretaria Estadual de Agricultura (SEAB/DERAL) do Paraná para seis regiões: Centro-Oeste, Noroeste, Norte, Oeste, Sudoeste e Sul. Foram analisados sete anos agrícolas, de 2007/2008 a 2013/2014. Divisões regionais no estado do Paraná.
5 Núcleos Regionais da SEAB por região
6 As produtividades médias por regiões foram analisadas em relação ao melhor ano de cada região, considerado como o de produção potencial, calculando-se as perdas relativas em cada ano. Para cada uma das regiões elegeu-se uma estação meteorológica da rede do IAPAR representativa e estimou-se o balanço hídrico climatológico durante os anos agrícolas analisados, por meio do método de Thornthwaite e Matter (1955), para períodos decendiais, considerando uma Capacidade de Água Disponível de 100mm. As perdas relativas foram confrontadas com a deficiência hídrica acumulada no período de novembro a janeiro em cada região.
7 RESULTADOS E DISCUSSÕES Identificaram-se os anos de 2008/2009 (com deficiência hídrica severa entre meados de novembro a final de dezembro) e 2011/2012 (com deficiência hídrica em dezembro-janeiro) como os piores anos para as duas culturas.
8 HG/HA Produtividade da soja ANO AGRÍCOLA CENTRO-OESTE NOROESTE NORTE OESTE SUDOESTE SUL Piores anos: e Melhor ano:
9 KG/HA Produtividade do milho ANO AGRÍCOLA CENTRO-OESTE NOROESTE NORTE OESTE SUDOESTE SUL Menor produtividade: região Noroeste Maiores produtividades: regiões Centro Oeste, Sudoeste e Oeste Maior variabilidade comparado à soja
10 Perdas relativas médias por regiões Região Sul menores perdas relativas mais estável Regiões Noroeste e Sudoeste maiores perdas relativas
11 As perdas relativas de rendimento de soja e milho tiveram uma relação linear com a deficiência hídrica acumulada nos meses de novembro a janeiro.
12 Perdas relativas de rendimento da soja no Paraná em função da deficiência hídrica acumulada de novembro a janeiro.
13 Tomando-se os preços dos produtos nos respectivos anos agrícolas, foram calculadas perdas acumuladas de $6,872 bilhões de dólares para a soja e $1,798 bilhões de dólares para o milho durante os sete anos analisados
14 A região noroeste é a que apresenta menor potencial produtivo e grandes percentuais de perdas, devido aos solos arenosos com baixa retenção de água e maior deficiência hídrica. Os valores não são expressivos devido à menor área plantada. A região sul é a que apresenta rendimentos mais estáveis por sofrer menor deficiência hídrica.
15 CONCLUSÃO A deficiência hídrica é responsável por grandes perdas na agricultura paranaense. A utilização de melhores práticas de manejo do solo e irrigação, principalmente nas regiões norte, noroeste, oeste e sudoeste são alternativas para redução dos prejuízos e assim obter produtividades estáveis e crescentes. Pesquisas em manejo da água devem ter prioridade máxima para essas culturas no PR.
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