MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MATERIAIS BETUMINOSOS

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1 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MATERIAIS BETUMINOSOS

2 DEFINIÇÃO O betume puro é uma mistura orgânica complexa composta de hidrocarbonetos pesados e de seus derivados não metálicos. Pode ter origem natural ou pirogênica e é solúvel em dissulfeto de carbono.

3 CARACTERÍSTICAS - Aglomerante; - Hidrófugo; - Grande sensibilidade à temperatura; - Quimicamente inerte; - Fácil obtenção a preço relativamente baixo.

4 CARACTERÍSTICAS O betume puro envelhece rapidamente, por evaporação de seus constituintes voláteis ou por oxidação ao ar, tornando-se quebradiço e possui baixo ponto de fusão, podendo fundir-se até ao sol forte.

5 TIPOS Asfaltos são materiais constituídos predominantemente de betumes, que se apresentam no estado sólido ou semisólido à temperatura ambiente, possui cor preta ou pardaescura e cheiro de óleo queimado.

6 TIPOS Alcatrão: são materiais constituídos predominantemente de betumes, que se apresentam no estado líquido com grande viscosidade à temperatura ambiente. Possui cheiro mais forte que o asfalto e é mais sensível à temperatura. São obtidos a partir da destilação da carvão, madeira, turfa, etc.

7 ASFALTOS Naturais (CAN): são encontrados na natureza em jazidas. - Rochas asfálticas: são rochas calcárias impregnadas de betume (10% a 30%) - depósito de Sassel e Gord na França. - Lagos naturais: são o resíduo da ação da atmosfera e intempéries sobre o petróleo lago Trinidad (Venezuela).

8 ASFALTOS Pirogenados (CAP): são obtidos da destilação fracionada do petróleo. Devem ser aquecidos para serem aplicados, apresentam teor mais elevado de betume e são mais voláteis.

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10 PRODUTOS Asfaltos oxidados (PICHE): o asfalto destilado recebe um jato de ar a 200 o C. Apresenta consistência mais sólida, menor ductilidade, menor sensibilidade à temperatura, menor adesividade e maior resistência ao intemperismo. Usado como impermeabilizantes devido à sua resistência ao intemperismo e envelhecimento.

11 PRODUTOS Asfaltos diluídos: não precisam ser aquecidos para aplicação em obras, pois contém um solvente misturado. Após a aplicação o solvente evapora, resultando em uma película sólida, muito aderente e impermeável. São divididos em 3 tipos: - ADR cura rápida; - ADM cura média; - ADL cura lenta.

12 PRODUTOS Emulsões asfálticas ou hidrasfalto. São constituídos de 50% a 65% de asfalto, 1% de emulsionante (sabão) e o resto com água. É líquido em temperatura ambiente, porém com o tempo a água evapora, solidificando o asfalto. Podem ser do tipo: rápido (40 minutos), médio (2 horas) ou lento (4 horas).

13 PRODUTOS Misturas betuminosas: são misturas de dois ou mais constituintes. Adicionando alcatrão ao asfalto melhora a aderência. Adicionando asfalto ao alcatrão melhora a resistência à temperatura.

14 PRODUTOS Feltros asfálticos: são constituídos de feltros de algodão ou papelão embebidos em asfaltos. São conhecidos por papelão alcatroado.

15 PRODUTOS Cartões asfálticos: são placas mineralizadas recobertas com pedrisco ou pó de pedra, prensadas com asfalto. São utilizados como telhas.

16 PRODUTOS Piche e Breu: o piche é o resultado da destilação do alcatrão bruto. Possuem de 11% a 17% de betume. É sólido à temperatura ambiente. O breu é o resíduo de refino do piche, sendo sólido à temperatura ambiente.

17 PROPRIEDADES Dureza: é utilizada para a classificação dos asfaltos, sendo medida pelo índice de penetração. A penetração é definida como a profundidade, em décimos de milímetro, que uma agulha de massa padronizada (100g) penetra numa amostra de volume padronizado de cimento asfáltico, por 5 segundos, à temperatura de 25 C ABNT NBR 6576/98

18 PROPRIEDADES

19 PROPRIEDADES Viscosidade: é a resistência oferecida por um fluido à deformação sob a ação de uma força. A viscosidade é uma medida de consistência do cimento asfáltico, por resistência ao escoamento. A unidade do coeficiente de viscosidade mais utilizada é o Poise (g/[cm.s]). A viscosidade também pode ser medida em m 2 /s, ou ainda mm 2 /s, unidade referida como centistoke (cst).

20 PROPRIEDADES

21 PROPRIEDADES Ductilidade: este ensaio determina quanto o material pode dilatar sem fissurar. A coesão dos asfaltos é avaliada indiretamente pela medida empírica da ductilidade, que é a capacidade do material de se alongar na forma de um filamento. Nesse ensaio, os corpos de prova de asfalto, colocados em moldes especiais, são imersos em água dentro de um banho que compõe o equipamento ABNT NBR 6293/2001

22 PROPRIEDADES Ponto de amolecimento: o ponto de amolecimento do CAN e do CAP deve situar-se entre 36 o C e 62 o C. O ponto de amolecimento é uma medida empírica que correlaciona a temperatura na qual o asfalto amolece quando aquecido sob certas condições particulares e atinge uma determinada condição de escoamento. ABNT NBR 6560/2008

23 PROPRIEDADES

24 PROPRIEDADES Ponto de fulgor: o ponto de fulgor é um ensaio ligado à segurança de manuseio do asfalto durante o transporte, a estocagem e a produção da mistura asfáltica. Determina a menor temperatura sob a qual os vapores emanados durante o aquecimento do asfalto se inflamam por contato com uma chama padronizada. Valores de ponto de fulgor de asfaltos são normalmente superiores a 230 C. ABNT NBR 11341/2004

25 PROPRIEDADES

26 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO IMPERMEABILIZAÇÃO

27 IMPERMEABILIZANTES Impermeabilização: Tem como objetivo impedir o transporte indesejável de águas, fluídos e vapores nos materiais e componentes, podendo atuar na contenção ou no direcionamento desses elementos para algum local que se deseja.

28 IMPERMEABILIZANTES Impermeabilização: É uma técnica que consiste na aplicação de produtos específicos com o objetivo de proteger as diversas áreas de um imóvel contra ação de águas que podem ser de chuva, de lavagem, de banhos ou de outras origens.

29 IMPERMEABILIZANTES A exemplo dos projetos de arquitetura, da estrutura de concreto armado, das instalações hidráulica e elétrica, de paisagismo e decoração, entre outros de uma obra comercial, industrial ou residencial, a impermeabilização também deve ter um projeto específico, um projeto que detalhe os produtos e a forma de execução das técnicas de aplicação dos sistemas ideais de impermeabilização para cada obra.

30 IMPERMEABILIZANTES Rígidos Baixa capacidade de absorver deformações da base, principalmente deformações concentradas como fissuras e trincas. Exemplos: concretos impermeáveis, cimentos cristalizantes Flexíveis Suportam deformações da base com amplitudes variáveis, em função do sistema de impermeabilização, inclusive trincas e fissuras. Exemplos: membranas, mantas e emulsões asfálticas.

31 IMPERMEABILIZANTES Flexíveis Membranas (moldadas no local) Poliméricas Elastoméricas (Neoprene, Hypalon) Acrílicas Mantas (pré-fabricadas) Asfálticas Poliméricas Elastoméricas (butílicas, EPDM) Plásticas (PVC, PEAD)

32 IMPERMEABILIZANTES Flexíveis Membranas moldadas no local Asfálticas A quente (asfalto oxidado fundido) A frio (emulsão asfáltica) Riscos à saúde do operador: 1. Temperatura em locais de difícil acesso 2. Química do diluente Solução asfáltica modificada com polímeros (geralmente a frio)

33 IMPERMEABILIZANTES Flexíveis

34 IMPERMEABILIZANTES Flexíveis Membranas moldadas no local Poliméricas Acrílicas Sem adição de cimento Com adição de cimento (MAI) Elastoméricas (Neoprene, Hypalon)

35 IMPERMEABILIZANTES Flexíveis MANTAS pré-fabricadas ou pré-formadas Asfálticas Estruturadas Não estruturadas Poliméricas PVC PEAD Elastoméricas (borrachas) Butílicas Hypalon EPDM

36 IMPERMEABILIZANTES MANTAS ASFÁLTICAS Muito utilizadas na construção civil Compostas por mantas pré-fabricadas de asfalto (3 a 5 mm) ou modificado com polímeros, estruturada internamente por véu ou tela de fibra de vidro, poliéster ou nylon. Podem ser emendadas por fusão do asfalto da própria manta (maçarico) ou de asfalto oxidado externo (forno)

37 IMPERMEABILIZANTES MANTAS ASFÁLTICAS Massa asfáltica Estruturante Acabamento superficial (inferior e exterior) A combinação de vários tipos de cada um dos três componentes origina uma enorme quantidade de mantas asfálticas diferentes em desempenho e aplicação, mas muito parecidas, em alguns casos idênticas, em sua aparência. Isso é objeto de muita confusão entre construtores, engenheiros, consumidores e vendedores, que, por desconhecerem o assunto, compram, vendem e aplicam o produto apenas pelo critério do custo inferior, sem considerar as particularidades de cada tipo de manta asfáltica.

38 IMPERMEABILIZANTES

41 Vídeo sobre mantas asfálticas Vídeo mostrado em sala de aula que ilustra bem todo o processo de colocação da manta asfáltica, recomendável assistir:

48 IMPERMEABILIZANTES ,5 1,5 2,5 Alvenaria Revestimento Pino para fixação da tela galvanizada Acerto de superfície Tela galvanizada Manta asfáltica Argamassa de assentamento Proteção mecânica Piso acabado Mastique

49 IMPERMEABILIZANTES Peça com pingadeira Mastique Piso cimentado Proteção mecânica Isolamento térmico IMPERMEABILIZAÇÃO Regularização i = 1% Laje de concreto

50 IMPERMEABILIZANTES Por muitas vezes, uma obra é iniciada utilizando um conjunto de projetos construtivos incompletos. Chegada a etapa da impermeabilização, percebe-se uma série de interferências que dificultam a sua execução, tais como tubulações passando rente às lajes e paredes, cotas finais que impedem a execução de caimentos, ralos de diâmetro reduzido, falta de altura adequada para arremates dos rodapés, caixilhos montados impedindo arremates adequados, execução de enchimentos, etc.

51 IMPERMEABILIZANTES Nesses casos, para um bom desempenho e segurança da impermeabilização, são necessárias demolições, aberturas de rasgos em alvenarias, retirada de caixilhos, etc., que acabam por aumentar o custo da construção. Adaptações que muitas vezes o aplicador é levado a fazer acabam por acarretar problemas a médio ou longo prazo. Deve-se sempre lembrar que, para a execução de um bom projeto, é necessário boa experiência ou assessoramento por profissional competente.

52 Manutenção de impermeabilização