UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Relatório referente ao encontro realizado no Departamento de Educação Física (06/05/15)

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ GIOVANE BELLÉ PIBID SUBPROJETO EDUCAÇÃO FÍSICA 0 (06/05/15) Nosso primeiro encontro com todos os participantes do Projeto-0 aconteceu no dia 06/05, às 11:30, na sala 7 do Departamento de Educação Física da UFPR, onde a princípio ocorrerão todas as reuniões semanais. Neste mesmo dia, todos, juntamente com a Profª Rosecler, coordenadora do Projeto, nos apresentamos e falamos um pouco sobre nossas expectativas, objetivos e motivações em relação ao Projeto. Nesse grupo somos 14 bolsistas, 2 professores supervisores (Eumar e Vanessa) e a profª Rosecler. (13/05/15) No encontro foram abordadas algumas "regras e obrigações" de nós bolsistas, e alguns esclarecimentos quanto aos relatórios, às atividades na escola (intervenções), à forma com que devemos nos comunicar tanto entre os participantes do Projeto, quanto entre as pessoas com quem estaremos convivendo nas intervenções, quanto com os alunos. (20/05/15) Nosso terceiro encontro, os dois professores supervisores apresentaram um pouco da realidade das suas escolas, a Vanessa iniciou a fala. A escola em que ela trabalha é o Colégio Estadual Profº Teobaldo Kletemberg, localizado no bairro Sítio Cercado. A escola contém 58 turmas no total, e no horário em que estaremos fazendo a intervenção há 19 turmas, 5 pedagogas e 3 professores de Educação Física. Na fala ela também esclareceu um pouco sobre o Projeto Político Pedagógico (P.P.P) e os documentos norteadores do trabalho pedagógico. O colégio possui um bom espaço para realização das práticas, contando com uma quadra poliesportiva e uma cancha de grama sintética.

2 O professor Eumar atua na Escola Municipal Rolândia, localizada no bairro Boqueirão. Apresentou o colégio e como é no geral o público que frequenta a escola. O bairro tem predominância da cultura Menonita, então a religião está bastante presente nos alunos da escola. A escola conta com um bosque em anexo ao terreno da mesma, um espaço que ao meu ver é muito interessante para trabalhar com as práticas corporais, fugindo da esportivização da Educação Física e trazendo novas práticas. (27/05/15) Conversamos e discutimos as práticas corporais, abordamos o tema cultura, e conversamos sobre como deve atuar a Educação Física escolar, e seus objetivos. Os supervisores falaram sobre a resistência dos alunos às novas práticas, fugindo dos esportes tradicionais escolares, e como é difícil trabalhar com isso sem que seja negada a bagagem de práticas que o aluno já carrega consigo. Relatório referente à participação no Seminário Institucional PIBID/UFPR (20/06/15) No dia 20 de junho, realizou-se o V Seminário Institucional PIBID/UFPR, onde cada PIBID da UFPR apresentou uma oficina sobre seu conteúdo, com o intuito de auxiliar os participantes na sua prática pedagógica, independentemente da área de atuação. O PIBID de educação física, no qual fazemos parte, apresentou uma oficina de Danças Circulares, nas quais já tive uma pequena experiência anteriormente, em um estágio no Instituto Federal do Paraná. Foi realizada às 13:30, no pátio da reitoria da UFPR, local onde julguei bem apropriado para a realização das práticas, tendo em vista que estávamos em grande número e a prática seria muito mais limitada caso ocorresse em ambiente fechado, supostamente menor. Apesar de estarmos sujeito às mudanças climáticas, nessa questão tudo ocorreu bem, não tivemos imprevistos em nenhum momento. Houve durante o decorrer da oficina alguns imprevistos com o microfone da professora Thayana (ministrante principal da oficina), porém nada que nos impedisse de prosseguir com as práticas. Nós, ministrantes da oficina, éramos 4: eu, Camila Andretta, André Guths Kugler (bolsistas) e Thayana Ribeiro (professora supervisora).

3 A oficina se deu início um pouco após o horário combinado. A professora Thayana falou um pouco sobre as danças circulares, e como ela trabalha com elas no contexto escolar. Foram passadas 14 músicas, cada uma com o seu propósito pedagógico. Eu auxiliei a mesma com o som, mas apesar disso consegui participar da maioria das propostas elaboradas por ela. Algumas danças possuíam coreografias mais elaboradas, e algumas pessoas tiveram dificuldades na execução, porém, a meu ver, é totalmente viável que se trabalhe com essas coreografias no âmbito escolar como um desafio para as crianças e jovens, fazendo assim com que se estimule o desenvolvimento motor, aumentando o repertório motor dos indivíduos. As danças que nos foram apresentadas são excelentes para serem desenvolvidas na escola, já que a dança nos dá a flexibilidade de adaptá-las facilmente para a inclusão de todos os alunos. Refletindo sobre as práticas que nos foram apresentadas, podemos relacionar alguns benefícios de se trabalhar com a dança nas escolas, assim relaciono: Aumento do repertório motor Estímulo à criatividade (podem ser feitas adaptações da coreografia juntamente com os alunos) Sociabilização (troca de pares, interação entre todos) Levantamento da questão "Gênero" Aprendizagem cultural (história da dança, de onde surgiu, para quais fins) Melhoras fisiológicas (flexibilidade, agilidade, força) Após a prática das danças, fizemos um círculo onde todos nos abraçamos e a professora Thayana deu a oportunidade de falarmos algo relacionado à prática. No momento eu não estava muito seguro para falar, mas relato aqui o que estava sentindo na hora. Fiquei muito satisfeito com o repertório passado pela professora, as músicas muito bem elaboradas e muito dentro do contexto da escola, cada qual com o seu objetivo. Espero conseguir trabalhar com dança quando estiver de fato atuando como professor, e com certeza me lembrarei dessa oficina. Eu estava ali com mais alguns bolsistas do PIBID, juntamente à excelentes professores de educação física, Eumar, a Vanessa e a Thayana, e foi/é uma satisfação enorme estar aprendendo e agregando dessa forma prática a profissão de educador físico

4 com eles. Fiquei realmente muito contente e realizado ao sair da oficina, pois agora me sinto mais completo e preparado para aplicar uma aula de danças circulares, e não a prática pela prática, mas saber dar-lhe um sentido. Relatório referente á observação no Colégio Estadual Professor Teobaldo Leonardo Kletemberg (21/07/2015). No dia 21 (terça-feira) às 8:30 nos reunimos na biblioteca do colégio Teobaldo com a professora Vanessa para retornar as atividades do PIBID. Recebemos do vice-diretor do colégio, o professor Wolney, o calendário aprovado para a continuidade do ano letivo, pois devido à greve dos trabalhadores da educação algumas alterações tiveram que ser feitas. Além dessa reorganização, foi aprovada pela comunidade escolar a reposição da carga horária com a inserção da 6ª aula. Após uma breve conversa com a professora Vanessa sobre a divisão das duplas de observação/intervenção, a mesma chamou um aluno do PIBID de química que também faz intervenções no colégio, para nos contar um pouco da experiência dele com o PIBID e a relação com a Universidade. Depois desse Logo após o relato, fomos observar o recreio, pois a professora nos confessou anteriormente que esse espaço de tempo aparentemente era monótono e pouco aproveitado pelos adolescentes. Nesse sentido, fomos instigados a pensar em possibilidades para realizar um projeto específico nesse horário de intervalo e assim fomentar a melhor utilização dos espaços da escola. Fiquei empolgado com essa perspectiva e algumas imagens dos jovens utilizando o espaço do intervalo para a uma maior sociabilização e integração me vieram à tona. Fomos os ao pátio para ter uma visão geral do intervalo e ali não houve muita surpresa para mim, grande parte dos estudantes ficam em rodinhas de conversas e por causa do clima frio muitos procuraram um local em que batesse sol, alguns sentaram nas mesas de refeição e comeram, mas não foram muitos. Algo que me chamou bastante atenção nesse tempo, foi o fato do interesse dos alunos em assistir uma aula do projeto Mais Educação que estava acontecendo na quadra coberta com outro professor de educação física. A aula era de futsal e muitos ficaram nas laterais da quadra observando o tempo todo. Percebo essa situação como um indicativo da vontade de jogar também, de participar da aula e, com isso me animei mais para, quem sabe no

5 futuro, colocar em prática algumas atividades durante o intervalo. Mesmo que não tenhamos a possibilidade de utilizar a quadra coberta, os outros espaços ficam sem utilização, porém ficaríamos reféns do clima instável de Curitiba. Acredito que os desafios que começamos a identificar dentro dos espaços da escola são elementos importantes para ampliar o olhar sobre nossa própria prática e nos preparar para enfrentar os vários obstáculos que encontraremos durante a carreira de professor.