JESUS E VOCÊ, HOJE. Pr. Davi Freitas de Carvalho. Revista de Jovens e Adultos da Convenção Batista Fluminense

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1 Ano 14- n 53 - Abril / Maio / Junho Revista de Jovens e Adultos da Convenção Batista Fluminense JESUS E VOCÊ, HOJE Pr. Davi Freitas de Carvalho

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3 LIÇÕES SUMÁRIO LIÇÕES PLANO COOPERATIVO PRIMEIRAS PALAVRAS... ONDE DEUS QUISER... VIRA CRIANÇA 27 DE MAIO DE 2017 PALAVRA DO REDATOR ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL 30 DIAS DE ORAÇÃO COM MISSÕES ESTADUAIS 30 DIAS DE ORAÇÃO COM MISSÕES ESTADUAIS 11 APRESENTAÇÃO DAVI FREITAS DE CARVALHO JESUS, O VERBO QUE VOCÊ REPRESENTA JESUS, O PÃO COM O QUAL VOCÊ SE ALIMENTA 40 JESUS, A ÁGUA QUE VOCÊ BEBE E SERVE JESUS, A LUZ QUE FAZ VOCÊ ENXERGAR E BRILHAR JESUS, O PASTOR BOM QUE VOCÊ OUVE E SEGUE JESUS, O CAMINHO QUE VOCÊ TRILHA PARA VIVER JESUS, A VERDADE QUE VOCÊ CONHECE E PREGA JESUS, A VIDA QUE VOCÊ RECEBE E USUFRUI 44 VOCÊ PERMANECE E FRUTIFICA JESUS, A VIDEIRA NA QUAL JESUS, O MESTRE QUE VOCÊ IMITA JESUS, O REI QUE VOCÊ ENTRONIZA E OBEDECE JESUS, O SENHOR QUE VOCÊ TEME E ADORA JESUS, O MEMORIAL QUE VOCÊ CELEBRA

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5 PRIMEIRAS PALAVRAS... ONDE DEUS QUISER... Ter a visão do caminho que o Senhor traçou para nós é imprescindível e necessário: Qual é a nossa missão? O que faremos em nossa vida? Quais são os objetivos que almejamos? O desafio missionário do Senhor para nós precisa ser passado para o singular: Onde será o meu lugar? O MEU LUGAR SERÁ ONDE DEUS QUISER ME LEVAR. Com esse tema, o Departamento de Evangelismo e Missões nos conclama a viver essa ênfase de modo ativo e dinâmico, como Isaías fez, vide cap. 6, versos 1 a 8... Eis-me aqui, envia-me a mim. Às vezes tentamos encontrar desculpas para justificar a nossa inadequação ao responder ao chamado de Deus, mas nada pode impedir o querer de Deus sobre nossas vidas. Com o profeta Isaías não foi diferente: apesar de suas limitações, ele passou por experiências que também podem e devem ser as nossas, e assim Deus nos usará em sua obra poderosamente. Para estar onde Deus deseja, à semelhança do profeta Isaías, eu preciso: Ter uma visão de Deus e da Sua glória. Mesmo sentindo-se inadequado, ele testemunha da visão que teve, dizendo: eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono. Quando estamos diante de Deus, nossos referenciais mudam, pois é impossível deixar de perceber a Sua glória e o quanto Ele é Santo, adorando-o na beleza de Sua santidade. Para atender ao chamado de Deus e estar no lugar que Ele mesmo estabeleceu para que estivéssemos, precisamos ser adoradores do Deus Vivo, Eterno e Soberano Senhor do universo, e 3

6 isso decorre da visão que temos desse Senhor. Isaías teve uma visão transformadora de sua própria vida. Foi uma visão celestial e uma experiência intrapsíquica, que embora não se tratasse de algo concreto e real, era de profundo significado espiritual e refletia a genuína adoração que nós, pecadores, devemos lhe dedicar. Qual é a visão que você tem de Deus? Ter uma visão de mim mesmo e da minha real condição. A visão de Deus e de Sua glória levou Isaías a reconhecer não apenas a santidade de Deus, mas também reconhecer a sua própria condição de pecador. Nossos referenciais não podem ser os piores da sociedade. Alguns dizem: eu nunca matei, nunca roubei, não desejo mal a ninguém, sou trabalhador, etc. E daí? Isso é dever de todas as pessoas... Quem sou eu diante de Deus e diante do seu padrão de santidade? Quem é você? Reconhecendo nossa real condição e dependência de Deus, não podemos deixar de ver que embora pecador, ele pode nos purificar e nos aperfeiçoar para toda boa obra. À semelhança de Isaías, que naquela visão sobrenatural foi purificado, nós também devemos ser transformados pelo poder do Senhor. Ele já transformou a sua vida? 4 Ter prontidão para responder ao chamado do Senhor. Após ter a visão do Senhor, ser perdoados, purificados e transformados pelo Senhor, precisamos reverter o quadro da fé omissiva e sem obras, pois precisamos ter disposição para obedecer a vontade de Deus e estar no lugar que Ele determinar. Devemos fazer como o profeta Isaías, que declarou: Eis-me aqui, envia-me a mim (Is 6.8c). O chamado e a pergunta do Senhor têm ecoado em muitos corações: Quem?. Isso nem sempre é respondido ou, muitas vezes, tem uma resposta negativa o que é trágico, pois enquanto não atendermos ao chamado e à vocação que o Senhor nos deu, fracassaremos sempre e haverá uma sensação de vazio, por mais que prosperemos e tenhamos uma carreira de sucesso em quaisquer outras áreas, sempre haverá a sensação de que falta alguma coisa. A quem enviarei, e quem há de ir? (Is 6.8b) Como você responderá? Deixe o Senhor conduzi-lo em seus santos e retos caminhos e você será bem-aventurado! Pr. Amilton Vargas Diretor Executivo da CBF Membro da PIB Universitária

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8 PALAVRA DO REDATOR ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra. Oséias 6.3 Conhecer ao Senhor é um estímulo dirigido a todos os crentes, porém muitos não têm descoberto o maravilhoso motivo desta ordem divina, e não desfrutam das riquezas e tesouros a nós oferecidos por Deus através da sua Palavra. À medida que a Palavra de Deus crescia e prevalecia, a Igreja Primitiva se multiplicava. Hoje, podemos até experimentar um crescimento numérico da Igreja sem a incontestável superioridade da Palavra, mas não um crescimento saudável. A Igreja do Pentecostes começou com a Palavra. No dia de Pentecostes Pedro pregou um sermão cristocêntrico e cerca de três mil pessoas foram convertidas. Todo o registro de crescimento da Igreja Primitiva no Livro de Atos está diretamente ligado à proclamação da Palavra de Deus. O Pr. Wanderlei C. da Silva apresenta sete razões 1, como uma forma de encorajamento e estímulo a professores e alunos no aprendizado da Palavra de Deus, através da Escola Bíblica Dominical: 1 - Publicado no portal ( POR AMARMOS A JESUS. Jesus disse: Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama. (Jo 14.21) 2 - PARA NÃO ERRARMOS. Jesus disse: Errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus. (Mt 22.29) 3 - PARA SERMOS LIMPOS. Jesus disse: Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado. (Jo 15.3) 4 - PARA APRENDERMOS. Jesus disse: Aprendei de mim. (Mt 11.29) 5 - PARA SERMOS SANTOS. Jesus orou: Santifica-os na verdade. A tua palavra é a verdade. (Jo 17.17) 6 - PARA SERMOS AMIGOS DE JESUS. Jesus disse: Vós sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando. (Jo 15.14) 7 - PARA SERMOS BEM AVENTU- RADOS. Bem aventurados os que leem, ouvem e guardam a sua palavra. (Ap 1.3) A Igreja cresce à medida que a Palavra de Deus cresce. Portanto, invista no crescimento da sua Igreja através da Escola Bíblica Dominical! Pr. Marcos Zumpichiatte Miranda Redator da Revista P&V Diretor do Departamento de Educação Religiosa da CBF

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13 Um amigo pastor, há alguns anos, passou pela experiência da perda temporária de memória, em função de um acidente vascular cerebral. Não reconhecia nem os seus familiares. Quando fui visitá-lo e percebi que ele não sabia quem eu era, lágrimas escorreram no meu rosto. Foi, então, que ele começou a me consolar e expôs o plano de salvação, falando do amor de Jesus por mim. Aquela cena marcou minha vida e ministério, pois cheguei à conclusão: Jesus não pode ser apagado de nossa memória. Neste trimestre, Ele será o único assunto de nossos estudos. Nossa tese é que uma relação viva com o Cristo vivo nos possibilita, hoje, ser vitoriosos e harmônicos na família, na Igreja e na sociedade em geral. O Evangelho de João, com suas ricas imagens descritivas do Mestre, nos oferecerá excelentes recursos para refletir e agir em prol do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Bons estudos! APRESENTAÇÃO QUEM ESCREVEU Davi Freitas de Carvalho 51 anos, casado com Maria Celeste Ferreira de Carvalho e pai de dois filhos: Arthur Davis (25) e Kariny Davis (23). Formado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, RJ, graduando em Filosofia (UFRRJ), exerce o pastorado há 25 anos. Foi o escritor das revistas Palavra e Vida do 2T Gálatas: libertos para servir e 4T e 2Tessalonicenses: A Igreja Modelo. Tem servido a Deus como professor em seminários teológicos e como palestrante em treinamentos e congressos ligados à Escola Bíblica Dominical. Atualmente, pastoreia a Igreja Batista em Vila Jaguaribe, Piabetá, Magé, RJ e coordena o Departamento de Educação da ABM. 11

14 DATA DO ESTUDO Texto Bíblico: João 1.1-5,14 JESUS, O VERBO QUE VOCÊ REPRESENTA LIÇÃO 1 Você costuma refletir sobre a sua relação de discípulo com o Mestre Jesus? Relaciona esta reflexão pessoal com aquela que Jesus mantinha com seus discípulos, a de ser Senhor de servos e amigos? Nesta lição, começaremos uma análise neste sentido, destacando a temática JESUS E SEUS SEGUIDORES, HOJE. Iniciaremos nossos estudos no Evangelho de João analisando alguns versículos do prólogo joanino, João Em particular, buscaremos esclarecer a definição que se dá a Cristo, chamando-o de Verbo, termo que se pode traduzir por palavra, sentido, razão. Qual a nossa relação com o Verbo de Deus? Ele ainda fala 12 12

15 conosco? Faz sentido ser cristão? Qual a razão da nossa fé? O VERBO ERA / ESTAVA João inicia seu Evangelho com uma afirmação marcante: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (Jo 1.1). Ele traça um paralelo interessante com a afirmação inicial da Bíblia: No princípio, criou Deus os céus e a terra (Gn 1.1). É o mesmo que dizer: Deus e o Verbo se afirmam sinônimos. Deus e o Verbo se afirmam antecedentes, causais. Além disso, se Cristo é o Verbo (conforme João revelou), seguem-se duas conclusões: Deus e Jesus são sinônimos. Deus e Jesus são antecedentes, causais. Logo, você e eu somos consequências do agir divino. Em outras palavras: Jesus é o Verbo que nós, cristãos, representamos. Vamos explorar essa relação de causa-consequência durante esta primeira lição. O SIGNIFICADO DO VERBO É preciso entender a grande diferença existente entre o pensamento grego sobre o Verbo (gr. Logos) e o de João. No contexto da filosofia grega, a tradução de Logos por Verbo não é usual. Também não o é primariamente o sentido de pesquisa, estudo, o qual ocorrerá posteriormente no diálogo socrático-platônico que pode ser ilustrado no processo formador de palavras em nosso idioma, pela união do logos estudo com outros termos, como por exemplo, Psicologia estudo do comportamento ou Antropologia estudo do homem, etc. As possibilidades de sentido para o Logos grego são um dizer revelador, um dizer que deixa algo aparecer assim como é. Já no Evangelho de João, vemos surgir uma variedade de sentidos para a palavra grega Logos (Verbo), conforme lemos nos exemplos seguintes: - Logos (Verbo) como sinônimo de ditado, discurso enunciado: João 4.37; 6.60; Logos (Verbo) como a mensagem daquele que se revela, isto é, do Cristo: João 5.24; 12.48; Logos (Verbo) como o conteúdo da revelação na boca do profeta: João Logos (Verbo) como Verdade de Deus revelada na Palavra: João Mas o diferencial proposto na abertura do Evangelho de João, que vai marcar a separação radical entre o Verbo no Evangelho de João e o conceito grego de Logos, é que, para o apóstolo, o Verbo é uma pessoa, Cristo, a expressão sensível do próprio Deus no mundo. João vai afirmar que por meio do Logos de Deus encarnado, pode-se, finalmente, ver a glória de Deus (Jo 1.14), e receber, em toda a graça, a máxima expressão da Verdade divina revelada ao mundo (Jo 1.16). 13

16 Quais as implicações fundamentais desta compreensão para a fé cristã? Queremos apresentar, neste estudo, pelo menos três propostas: 1 - Jesus, o Verbo que precede o mundo (e também o meu mundo particular) João afirma que o Verbo estava no princípio com Deus, isto é, Jesus pré-existia na forma de Deus antes de existir na forma humana (Cl 1.17; Jo 8.58). Por essa razão, Ele pode ser a causa criadora do mundo: Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. (Jo 1.3). Sabemos que a Bíblia não é um tratado científico da criação do mundo, mas não podemos abrir mão do lugar central que o Verbo de Deus tem no ato criador (Gn 2.4). Cristãos que se mantêm tendenciosos a aceitar a teoria darwiniana da evolução das espécies, a qual contradiz diretamente a afirmação criacionista que se encontra tanto no prólogo quanto no Gênesis, não percebem o mal preconizado na racionalidade científica da vida: tirar Jesus deste papel causal criativo e negar a preeminência dele sobre a criação. O relato criacional de Gênesis é muito claro quando afirma que a terra era sem forma e vazia até Deus falar e, assim, criar (Gn 1.3,6,9,11,14,20,24,26). O produto da criação foi algo bom, ou, no caso do ser humano, muito bom. De fato, não há possibilidade de o Criador perfeito, santo, justo e bom criar algo imperfeito, dissoluto, injusto e mau. Como explicar então a afirmativa do profeta Isaías, ao dizer 14 as seguintes palavras, sendo a boca de Deus: Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas. (Is 45.7) Isaías referia-se às consequências que adviriam sobre a nação israelita, como ato disciplinar de Deus, aos desobedientes à aliança. O escritor de Eclesiastes esclarece: Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias (Ec 7.29). Em minha opinião, o comentário mais esclarecedor acerca de Jesus, o Verbo de Deus, ocorre na Carta de Paulo aos Colossenses 1.15,16. Ali se afirmam duas verdades acerca do Verbo criador: primeiro, que o Verbo é a imagem do Deus invisível (um dizer que deixa algo aparecer assim como é), o primogênito de toda a criação. A segunda verdade ensinada ali é que tudo o que foi criado o foi por meio dele e com a finalidade de viver numa relação de submissão a Ele. 2 - Jesus, o Verbo que encarna no mundo (e também no meu mundo particular) A doutrina bíblica da encarnação é anunciada nas profecias messiânicas arraigadas na religiosidade israelita, na afirmação da vinda do Messias Salvador (Is 56.1). João afirma que Deus humanizou-se na pessoa de Jesus, o Justo Salvador, revelando-se visivelmente ao homem. Isso significa que Cristo experimentou nossas dores, resistiu às mesmas tentações que nós, que teve uma experiência de primeira mão na existência humana, sem conhecer pecado:

17 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós... (Jo 1.14a). A encarnação (o fato de o Verbo divino revelar-se como homem) é, essencialmente, a mensagem central do Evangelho, um termo grego que significa boa notícia. No Novo Testamento, essa novidade era que Deus havia cumprido sua promessa de salvação, pela vinda de Jesus Cristo a este mundo. 3 - Jesus, o Verbo que presenteia o mundo (e também o meu mundo particular) O Verbo de Deus se encarnou com objetivos específicos em mente. Acompanhando os escritos do Evangelho, e as epístolas joaninas, percebemos essas dádivas eternas do Cristo-Verbo facilmente. O Verbo de Deus se encarnou para se identificar conosco. Agiu assim ao amar sem preconceitos (Jo 4), ao curar (Jo 5), ao alimentar multidões (Jo 6), ao perdoar pecados (Jo 8), ao oferecer a sua companhia e instrução (Jo 14). O Verbo de Deus identifica-se conosco também ao sentir a dor da perda, ao chorar (Jo 11.35,36), ao sentir fome, E na comunhão da ceia (Jo 12), ao lavar os pés dos discípulos, dando-lhes exemplo servil (Jo 13), ao orar e sentir o peso da sua missão (Jo 19). Para pensar e agir: Em conclusão, reforçamos que Jesus é o Verbo que cada um de nós representa. Ele é o sentido primeiro de nossa existência, a razão por trás da nossa fé, Aquele por meio do qual fomos salvos. A ideia da identificação de Deus conosco é a de uma relação: Jesus e nós, hoje. Pela fé, nos tornamos filhos amados. Pela fé, nos esforçamos para agir como Jesus. No Evangelho de João, é a compaixão de Jesus pelos que o circundam que revela isso. João 1.4 A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. Para o apóstolo do amor, o Verbo de Deus é o eterno princípio que rege a nossa experiência de vida. A proposta do Cristo-Verbo é participar da vida do homem, numa moradia interior, num diálogo amoroso e constante (Jo 14.23). 1João 3.5 Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado. Jesus se encarnou para nos substituir, tornando-se o sacrifício perfeito capaz de satisfazer as condições da salvação. Ao morrer na cruz, embora não tivesse culpa alguma, Ele se ofereceu em lugar do pecador como oferta sacrificial. Ao dirigirmos a Ele a nossa fé, nós não somos mais escravos do pecado. Você já parou para pensar nisso? Durante cada uma das imagens de João que estudaremos nas próximas lições, estudaremos as implicações práticas da encarnação do Verbo de Deus. Leitura Diária Segunda-feira: Gênesis 1 Terça-feira: Isaías Quarta-feira: Gálatas 4.4,5 Quinta-feira: Filipenses Sexta-feira: Colossenses Sábado: João Domingo: João

18 DATA DO ESTUDO LIÇÃO 2 Texto Bíblico: João 6.35, 48, 51 JESUS, O PÃO COM O QUAL VOCÊ SE ALIMENTA Os dias atuais têm sido marcados pelo acesso de multidões aos movimentos religiosos e aos templos em busca de pão material. É forte também nas lideranças eclesiásticas atuais uma corrente teológica de cunho materialista, recheada de frases de efeito como não adianta salvar a alma e deixar o corpo doente, tome posse, Deus vai te restituir, etc. É evidente que não podemos deixar de lado essa questão, uma vez que também somos constituídos de matéria e temos necessidades materiais, mas nossas reflexões têm a proposta de responder questões cruciais ao entendimento da figura de Jesus, o Pão da vida. Neste estudo, procuraremos responder às questões: Qual o simbolismo representado na figura do Pão? Em que sentido Jesus se diferencia do alimento material? Como se alimentar deste Pão que é Jesus? Qual o reflexo da alimentação espiritual para a saúde em geral? UM CONTEXTO ATUAL Dentre as figuras usadas no Evangelho de João para descrever Jesus, muitas são facilmente identificadas pela fórmula EU SOU que as antecede (embora nem sempre ocorra dessa maneira). Em João 6, Jesus afirma: EU SOU o Pão que alimenta o mundo, um mundo faminto. A realidade da fome no mundo não mudou muito do tempo de Jesus para os nossos dias. Dados do relatório FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) sobre o Estado da Insegurança Alimentar no Mundo em 2015 mostram que a fome é um desafio a ser vencido, atualmente. Segundo essa Organização, os esforços políticos do Brasil nos últimos anos, ainda que tenham sido por meio 16

19 de uma política de assistencialismo, tiveram resultados positivos, como se pode observar nos dados do relatório FAO, afirmando que dentre os países mais populosos, o Brasil teve a maior redução relativa de subalimentados, especialmente a partir de Na tabela abaixo, a variação do número de subalimentados no período: 1990 a a a 2014 Mundo -21,4% -8,0% -14,5% América Latina -48,1% -8,8% -43,1% China -53,7% -26,9% -36,6% Índia -7,4% -11,7% 4,9% Brasil -84,9% -15,6% -82,1% Nigéria -38,0% -46,2% 15,2% Paquistão 44,3% 19,9% 20,3% Indonésia -46,0% 6,7% -49,3% Essa fome aqui descrita é sinônima de fome de pão material. Em João 6, pode-se perceber facilmente que era a necessidade deste pão material que motivava muitas pessoas a irem ao encontro de Jesus. E o Mestre sabia disso. Ele se preocupava com os famintos e manifestava profunda compaixão por estes. No entanto, ao se revelar como o Pão de Deus, Jesus se apresentava como um alimento um tanto diferente, como veremos nesta lição. DOIS TIPOS DE PÃES Jesus e a multidão são retratados pelo escritor do Evangelho de João em diálogos fortes e provocativos (Jo 6.60). Quando se dirigiu àquela multidão que o buscava continuamente com o fim de ter suas necessidades saciadas, Jesus usou um tom de repreensão:...vós me buscastes, não porque vistes sinais, mas porque comestes do pão e vos saciastes. (Jo 6.26b) Ressalte-se que a multidão não recuou diante de sua necessidade básica e insistiu com o Mestre acerca da sua fome de pão material. Ela foi buscar uma memória histórica: a da experiência israelita no deserto, quando o povo recebeu o maná direto dos céus (Ex 16; Dt 8). Para eles, entrava em foco a figura de Moisés, o legislador e líder durante aquele evento. Era o mesmo que propor a Jesus o seguinte: Moisés fez isso. Por que você não pode fazer também? Em lugar de ceder à argumentação daquelas pessoas, Jesus se distanciou da figura de Moisés, ao afirmar-se o Maná que vem de Deus, mas com uma diferença: Ele não é alimento que perece, um pão material, mas o Pão que permanece eficazmente naquele que crê, e que também resulta na vida eterna (Jo 6.27). 17

20 A IMPORTÂNCIA DO PÃO MATERIAL Pão é carboidrato, que é a primeira fonte de energia do corpo, e a principal, também. Sabe por quê? Porque precisamos de carboidratos para ter energia. Sua falta na alimentação faz com que as fontes de reserva do organismo comecem a se esgotar. Sem pão material, aguça-se a vontade de comer e recebe-se um alerta do cérebro ao corpo de que há falta de energia. Se o indivíduo não se alimentar, os sentidos ficam aguçados, como um radar. Não saciada a fome intensa no tempo de 10 dias, um indivíduo emagrece na proporção de até 10% do total de seu peso (...) Os batimentos cardíacos caem em taxa ainda maior de 74 para 61 por minuto e a própria temperatura do corpo pode oscilar de alguns décimos de grau. ¹ 1 A partir daí, a tendência de corpo e mente é debilitarem-se e sofrerem consequências irreversíveis para, no fim, ocorrer a morte. A SUPERIORIDADE DO PÃO DE DEUS No Evangelho de João, Jesus afirma que pode saciar a fome do mundo: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim de modo algum terá fome... (Jo 6.35). Obviamente, Ele não se referia à fome material. Mas, e no caso da privação do alimento espiritual (o qual João identifica como sendo Jesus! ver Jo 6.48), o que ocorre? E se o homem não vier a Jesus? Certamente, ainda que os efeitos sejam de outra ordem, parecem-nos os sintomas bastante semelhantes. Logo, uma narrativa reveladora dos efeitos da inanição espiritual teria a seguinte descrição: Sem o Pão espiritual, aguça-se a vontade da carne de satisfazer suas necessidades (Rm 6.19). Sem o Pão espiritual, esfria-se o coração e a fé, tornando o homem um ser oscilante (Gl 5.7). Sem o Pão espiritual, a mente é fraca para resistir ao pecado (Mc 14.38). Sem o Pão espiritual, o resultado é a morte espiritual (Jo 6.57). ALMAS FAMINTAS QUE VEEM O PÃO, MAS NEM SEMPRE SE ALI- MENTAM Uma situação cotidiana: alguém com fome, olhando para a estufa de salgadinhos ao passar por uma lanchonete. A vontade de comer é uma pulsão. Mas, será que olhar um salgado quando se está com fome é uma condição suficiente para se sentir alimentado? Não, não é. A gente nem sempre se alimenta do que os nossos olhos veem. O subtítulo que nomeia essa parte da lição descreve perfeitamente a condição de morte em vida (Rm 5.12; 6.23a; 7.5), ou seja, almas famintas de Deus, pessoas que veem sinais da presença do Reino de Deus e sua justiça, mas se recusam a crer. No sentido espiritual, deixar de se alimentar é o mesmo que deixar de crer. Para Jesus, era essa a situação ocorrendo naquele momento. Depois dos sinais que Ele realizara, e que evidenciavam sua condição de afirmar-se o Pão vivo que desceu do céu, o povo recusava-se a crer. 1 - Revista Superinteressante, número 6, ano 3. 18

21 O resultado da incredulidade é a condenação. Esta tem um aspecto presente (gente que anda morta em delitos e pecados Ef 2.1,2) e, também, um aspecto eterno (a perdição). NÓS, OS QUE CREMOS, CELE- BRAMOS O PÃO DA VIDA Em conclusão, podemos afirmar que há muito mais na vida do que o pão material (Mt 4.4). Graças ao Pão espiritual que nos foi oferecido na cruz, isto é, na expiação realizada por Cristo, o nosso Deus pode suprir todas as nossas necessidades segundo as riquezas da sua glória (Fp 4.19). A figura de Jesus como o Pão da vida, serve-nos de memorial do ato Salvador, durante a celebração da Ceia do Senhor. A afirmação que atesta isso é:... o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne (Jo 6.51b). Nosso Senhor referia-se à sua crucificação em favor dos pecadores, que estava prestes a ocorrer. O fato de os judeus interpretarem erradamente essa frase, entendendo-a de forma literal, teve resultados drásticos. Além de não crerem, eles fundamentaram a acusação de canibalismo dirigida aos cristãos pelas cortes romanas, durante as perseguições religiosas que se seguiram nos primeiros séculos do cristianismo. Graças à fé que depositamos naquele em quem Deus, o Pai, imprimiu o seu selo (Jo 6.27b), que é Jesus, o Filho do Homem, não sofremos de inanição espiritual. Nesse caso, opera em nós o poder do Espírito de Deus, poder vivificador (Jo 6.33b). A realidade experimentada pelo poder de Deus naqueles que creem é a constante companhia e proteção do Salvador (Jo 6.37; Rm 8.2). Para pensar e agir: Algumas reflexões importantes: Como você descreveria a experiência de ser alimentado pelo Pão da vida? Escolha sua resposta, dentre as possibilidades abaixo, e justifique-a, diante da classe. ( ) Fé saudável e robusta. ( ) Dinamismo para fazer as obras de Deus. ( ) Caráter renovado por ter uma nova mentalidade. Na sua oração pelo pão nosso de cada dia (Mt 6.11) está envolvido apenas o aspecto material? Por quê? Quais são as suas memórias mais fortes da presença de Cristo em sua vida? Depois de responder a essa questão, em classe, faça de sua missão pessoal, durante a semana seguinte, dar esse testemunho a um amigo não crente. Leitura Diária Segunda-feira: Êxodo Terça-feira: Êxodo Quarta-feira: João Quinta-feira: João Sexta-feira: João Sábado: João Domingo: João

22 DATA DO ESTUDO LIÇÃO 3 Texto Bíblico: João 4.13,14 JESUS, A ÁGUA QUE VOCÊ BEBE E SERVE Nas lições anteriores, vimos que Jesus, o Verbo da vida, tornou-se o Pão que nos alimenta diariamente. Neste estudo, abordaremos outra importante afirmação de Jesus que, numa conversa com uma mulher samaritana, disse: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva (Jo 4.10). Nas reflexões que faremos, a partir de João 4, procuraremos descobrir as propriedades dessa Água oferecida por Jesus. Também, como fizemos com o Pão, diferenciaremos essa Água Viva da água celebrada no dia 22 de março Dia Mundial da Água. Jesus é fonte a jorrar para a vida eterna (Jo 4.14). O DESERTO: UMA IMAGEM DA CONDIÇÃO HUMANA Imaginemos a seguinte situação: você é deixado num deserto com 1 litro de água, uma bússola, um pano, dois gravetos e uma porção de alimento. Certamente, se 20

23 você pretende sair vivo dessa experiência não poderá fazer uma cabana e ficar parado no meio de um deserto. Não poderá também beber toda a água de uma vez. Não poderá andar a esmo, pois o fará em círculos. Também não poderá andar sem descansar. No seu caso, a melhor estratégia seria mover-se, mas sempre em uma mesma direção (para tal, usar a bússola, que é um objeto de orientação geográfica desenvolvida em 2000 a.c., cuja agulha magnetizada sempre aponta para o Polo Norte da Terra). Deve também racionar a água e o alimento, descansar nos momentos mais quentes do dia, locomovendo-se com maior velocidade à noite. Agindo assim, você terá muitas chances de sobreviver, pois nenhum deserto é infinito. Você há de chegar a algum oásis, onde estará seguro. O POÇO DE JACÓ: SÍMBOLO DA NOSSA NECESSIDADE MATE- RIAL DE ÁGUA 70% do planeta é coberto por água. Destes, 97% são de água salgada, e os 3% restantes de água doce. Desse reservatório de água doce, 2,325% estão em geleiras e icebergs, e os 0,675% restantes estão em rios, lagos, no subsolo e na atmosfera. No entanto, somente 0,0091% estão disponíveis para o consumo humano. Mais dados: o corpo humano é composto por 72% de água. Então, ao não beber água, o corpo de um indivíduo começa a roubar água dos órgãos para suprir essa necessidade dos tecidos. São necessários 2 litros de água por dia, para evitar a desidratação. Beber água ajuda até mesmo no controle da pressão sanguínea. Esses dados mostram porque houve necessidade de Jesus (um judeu) e a mulher samaritana (uma samaritana e mulher) superarem suas diferenças, a fim de satisfazer suas necessidades fisiológicas primárias. Eis a situação que ocorria ali: duas pessoas diferentes, com vozes e entonações diferentes, com éticas diferentes e sentidos de vida diferentes, mas unidas por uma necessidade básica: parte dos 0,675% da água disponível no planeta estava naquele poço. Segundo o Dicionário da Bíblia John D. Davis (p. 297), a água do poço de Jacó era boa, mas difícil de ser retirada. Sua parte superior era revestida de alvenaria de pedra, e daí, para baixo, cortada em rocha calcária muito mole, o que levava a constantes quedas de suas paredes. Um pouco a oeste, existia uma linda fonte, e muitas outras espalhadas pelo vale. O artigo afirma que aquele poço foi aberto, talvez, porque essas fontes eram de propriedade particular. O conflito entre samaritanos e judeus coloca Jesus no centro do problema. No artigo Samaritanos, Samaria ¹, lemos que os judeus 1- BROWN, Colin e COENEN, Lothar (Ed.) Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, São Paulo: ida Nova, 2ª ed.,

24 demonstravam certo desprezo com essa população, colocando-a em pé de igualdade com os gentios e como um povo néscio, religiosamente falando. Por outro lado, o credo samaritano, em sua quarta doutrina, afirmava ser o monte Gerizim o único local de adoração. A mulher que conversa com Jesus apelava para essa tradição, firmada por antepassados históricos (figuras ilustres, de Adão a José). Sua fala estava em oposição à prática israelita de fazer da cidade de Jerusalém o centro da vida religiosa (Jo 4.20). No texto, afirma-se que Jesus tinha sede e não tinha com que tirar a água do poço. Já a mulher, que era marginalizada pela sociedade local, precisava esperar que todos já tivessem ido ao poço (nas primeiras horas da manhã) para, ao meio dia, satisfazer suas necessidades. João 4 registra a notável entrevista que se seguiu, quando Jesus iniciou o contato com aquela mulher, surpreendendo-a. SEDE DE BEBER, SEDE DE VIVER Há necessidades que vão além das fisiológicas, não é mesmo? Podemos falar, por exemplo, da teoria da hierarquia das necessidades de Maslow, que sustenta que as necessidades fisiológicas estão na base das nossas carências e, acima delas, as necessidades de segurança, de associação, de estima; no topo, a necessidade de autorrealização. Outro importante teórico da motivação, Clayton Alderfer, a partir de 22 Maslow, prefere uma divisão mais simples: todos nós temos necessidades de existência, de relação e de crescimento. A essas necessidades Jesus atende, prontamente. Tendo como ponto de partida a água no poço, nosso Senhor aponta para a Água da Vida que está eternamente transbordando no coração de quem tem fé (Jo 4.13,14). Em outras palavras, diz-lhe: Eu o sou (o Messias que você espera), eu que falo contigo (Jo 4.26). Ao usar esse simbolismo, nosso Senhor transcende ambas as tradições religiosas citadas por aquela mulher (o Credo Samaritano e a centralidade do templo de Jerusalém), e pede que ela acredite nele, se quiser ter outras necessidades atendidas, além daquela primária e fisiológica. SEDE SACIADA, HORA DE SERVIR Jesus disse àquela mulher: aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna (Jo 4.14). Como jorra a Água da Vida em nosso viver? Essa pergunta é crucial para o entendimento do agir divino. A descrição do apóstolo João acerca das atitudes que se seguiram diante da nova realidade percebida pela mulher samaritana é de impressionar. Em João 4.42, lê-se sobre o impacto causado pelo testemunho dela às pessoas que lhe eram próximas. Fica perceptível

25 que aquela mulher adquirira uma motivação para viver, que pôde apreciar-se, restabelecer laços sociais, falar com Deus e sobre Ele aos demais, enfim, testemunhar da mudança realizada por Cristo, o Messias de Deus, em seu viver. O TEMPO DE SACIAR A SEDE É AGORA! Em conclusão, ressaltamos que o mais importante acerca das possibilidades que são abertas para nós, pecadores, a partir da Água Viva que é Jesus, não é onde beber (percepção da mulher, pensando na fonte material do precioso líquido), mas quando fazê-lo (percepção de Jesus, acerca da urgência dela de salvação), isto é, agora! O termo água também pode ser traduzido por fonte. Na frase de Jesus que se segue, entendemos que ela é uma referência ao Espírito Santo: Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva (Jo 7.38). Assim como se deu com o Pão da Vida, em que comer significa crer, dá-se com a Água Viva: beber significa crer. Graças a Deus que Jesus nos salvou do deserto simbólico que era a nossa condição pecaminosa, quando cremos (Ap 21.6; 22.17). Nenhum deserto é infinito! O Senhor providenciou os instrumentos para a viagem do pecador ao oásis, que é Cristo. Pela palavra, nossa bússola, somos direcionados ao Salvador. Pelo Espírito Santo, o rio de Água Viva a jorrar em nossos corações, temos o refrigério divino. Descansando em Deus, podemos lutar contra as hostes espirituais da maldade, em busca da santificação, até o fim almejado, a salvação de nossas almas (1Pe 1.3-9). Para pensar e agir: Devemos responder às questões que seguem e compartilhar esses resultados com as demais pessoas: Que tipo de fonte tem satisfeito sua sede de viver? É uma fonte material ou espiritual? (Cl 3.16) Que tipo de água você está servindo aos demais, com sua fé e seu testemunho? (Tg ). Lembremo-nos disto: a mesma fonte não deve produzir água potável e amarga, ao mesmo tempo. Atravessemos o deserto das necessidades e provações e ajudemos outros a atravessar também, a fim de todos chegarmos ao oásis de segurança, que é o Cristo morto e ressurreto (Rm ). Será lindo o momento em que Ele irá ao vosso encontro, dizendo: Vinde benditos do meu pai (Mt 25.34). É um convite à vida, e vida eterna!. Leitura Diária Segunda-feira: João Terça-feira: João Quarta-feira: João Quinta-feira: João Sexta-feira: João Sábado: João Domingo: João

26 DATA DO ESTUDO LIÇÃO 4 Texto Bíblico: João 1.4,5; 3.19; ,46 JESUS, A LUZ QUE FAZ VOCÊ ENXERGAR E BRILHAR É noite. Você está caminhando pela rua. De repente, falta energia e tudo fica um breu. Que sensação desconfortável, não é mesmo?! Não enxergar o caminho, andar sem segurança... Seus olhos enxergam, mas você não consegue ver. Quando a energia é restabelecida, alguns momentos depois, ouvem-se gritos por todos os lados, saudando o restabelecimento da luz. Ela traz a alegria de volta. É dia. Você está caminhando na rua. De repente, você tropeça numa pessoa deitada na calçada, maltrapilha e suja. Você não sente nada, a não ser incômodo. Você se ajeita e segue seu caminho. Seus olhos veem, mas você está cego. Não há pessoas gritando por todos os lados, pedindo ajuda para aquele ser. Não há alegria de viver. Neste estudo, ficará evidente que esses dois tipos de escuridão caracterizam a sociedade humana. A primeira cegueira é objetiva, a segunda, subjetiva. A primeira é natural, a segunda, espiritual. 24

27 JOÃO NÃO ERA A LUZ, MAS ERA LUZ Todo e qualquer cristão é luz, mas não a Luz. Sempre que leio a afirmação de João 1.7,8 (o fato de João o Batista não ser a Luz) e a comparo com a descrição que Jesus faz dos discípulos, chamando-os de luz do mundo (Mt 5.14) acende um alerta. Analisemos: Em João 1, descreve-se uma resposta do precursor de Jesus à pergunta pela sua identidade. João, o Batista, declara objetivamente que ele não era o Messias esperado, em nenhum dos aspectos aguardados: sacerdotal, profético ou político. João, o Batista, era alguém que tinha a função de testemunhar do Messias e Salvador. Ele não chamava a atenção para si mesmo, não saía anunciando que o poder, a autoridade e os milagres de Deus estavam incorporados nele, como vemos nos religiosos midiáticos destes dias em que vivemos. O brilho de João, o Batista, era reconhecer, humildemente, que ser luz é anunciar Jesus, para que os pecadores possam crer (Jo 1.7). Ou seja, ele brilhava ao testemunhar da verdadeira Luz. Mateus 5.14, por sua vez, afirma que somos convocados para dar continuidade ao testemunho de João, o Batista. Não precisamos chamar a atenção para nós mesmos. Em termos simples, nosso trabalho é anunciar que a Luz de Deus brilha no mundo, na pessoa do Salvador. ASSIM COMO A VIDA É A LUZ DOS HOMENS, A MORTE É ANDAR EM TREVAS Em João há uma relação direta entre Jesus e a luz. Onde Jesus chega, as trevas espirituais se dissipam. Ele ocupa o espaço da compreensão que o pecador pode alcançar acerca de Deus e sua vontade. Jesus ilumina os pecadores para um viver diferente, em que os olhos enxergam, naquele sentido subjetivo. À luz desse prólogo, segue-se o entendimento de que: NÃO VIR PARA A LUZ DE CRIS- TO, ISTO É, NÃO CRER NELE, SIGNIFICA AMAR AS TREVAS E AGIR SEM DEUS (Jo ). Nesse sentido, andar em trevas significará o estado mental em que se nega as boas vindas à Luz, ou, nas palavras de João:...a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam (Jo 1.5). Um episódio interessante, e que explica bastante o estado mental daqueles que não dão lugar à Luz, ocorre em João 9 a narrativa em que Jesus cura um cego de nascença, restituindo-lhe a visão. Milagres, no Novo Testamento, são sinais de que a presença do Reino irrompeu. Atestam a veracidade da proposta do Filho de Deus, de estar cumprindo o plano de salvação proposto pelo Pai. Os milagres testificam quem Jesus afirma ser: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos (Jo 9.39). 25

28 Situação complicada a daquele homem. A facção farisaica do judaísmo o culpava por ter nascido cego. Diziam os fariseus que sua doença era consequência do pecado (Jo 9.2). Logo, o sistema religioso mais acirrado e apegado à Lei de Moisés não o enxergava. O que Jesus faz? Primeiro, Ele traz o deficiente visual à luz, evidencia-o. Torna-o perceptível, aos olhos de Deus e dos homens. Depois, Jesus age sobre ele, instruindo-o. Por fim, por ter dado crédito a Jesus, aquele homem é curado, ou seja, Jesus traz a Luz até ele. A confusão que se segue àquela cura mostra um grupo perplexo de fariseus divididos entre dar crédito ou não ao milagre, entre confirmar ou não o testemunho daquele que fora curado. Infelizmente, eles decidiram continuar na posição de juízes daquele homem, questionando o milagre e o realizador do mesmo. Culparam o homem por crer e reafirmaram sua fé apenas na Lei de Moisés (que proibia realizar a cura num sábado). Enfim, expulsaram-no. Em outras palavras, milagres são suficientes para afirmar a presença do Reino de Deus. Mas se Deus não reina nos corações, nenhum milagre irá produzir fé. Todavia, em virtude da graça de Deus, nem todos os homens preferem as trevas. Jesus trouxe luz objetiva para a experiência daquele homem, mas também acendeu a candeia do seu coração. 26 SEGUIR A LUZ DE CRIS- TO, ISTO É, CRER NELE, SIG- NIFICA VIVER PLENAMENTE A PROPOSTA DE DEUS (Jo 8.12). Diante dos religiosos fariseus, o homem curado ousou refutar a acusação de que Jesus era pecador: Se (Jesus) é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego, e agora vejo (Jo 9.25). Evidenciava-se ali, a fé corajosa (2Tm 1.7). Jesus está interessado em levar os pecadores a enxergarem-no, pela fé, como o Filho de Deus e Salvador. Ele pergunta: Crês tu no Filho do homem? (Jo 9.35b) Diante do desconhecimento da identidade do Filho do homem, Jesus identifica-se como tal. E ouve a resposta de uma consciência iluminada pelo Espírito de Deus: Creio, Senhor! E o adorou (Jo 9.38). Assim, quando o Senhor Jesus foi ao encontro do homem depois de sua expulsão pela turba legalista, podemos afirmar que a Luz de Cristo suplantou a chegada da luz para os sentidos físicos. ILUMINADOS PELA FÉ PARA AS- SUMIR AS PROPRIEDADES DA LUZ DE CRISTO Dentre as propriedades da luz, destacamos três, para nossa reflexão acerca desse papel iluminador que o cristão possui: Primeiro, sua velocidade absoluta ( km/s). A velocidade da luz é absoluta, independente do ambiente que a cerca. Assim devemos

29 ser em nosso testemunho: não nos deixar apagar pelas dificuldades e tribulações. Permanecer alegres diante da aflição e com o foco na missão (Rm 12.12). A segunda propriedade da luz que damos destaque é sua propagação retilínea, como afirma Moretto: em meios transparentes e homogêneos, a luz se propaga em linha reta. 1 Da mesma forma, não devemos nos desviar, nem para a direita, nem para a esquerda, mas andar em todos os caminhos que o Senhor nos ordenou, para que sejamos felizes e bem-sucedidos em nossa tarefa missionária (Dt 5.32,33). A terceira propriedade da luz que nos interessa é a independência dos raios, isto é, quando dois raios de luz se cruzam no espaço ocorre interferência pontual, porém os raios seguem seus caminhos como se nada tivesse ocorrido. Ou seja, sua luz (testemunho) não pode apagar a luz do outro. Não há espaço para competição e disputas quando o assunto é brilhar. Jesus precisa emanar de nós por meio de um testemunho fiel à Palavra de Deus e à sua vontade. Para pensar e agir: Concluindo, podemos afirmar uma realidade inexorável: há luz e há ausência de luz (trevas). Há vida (onde há luz) e há morte (onde a luz está ausente). João descreve Jesus como a Luz da vida (portanto, espiritual) para todo o mundo; e os seus seguidores, como gente que enxerga, pela fé, e que brilha, iluminando os corações (em ambos os sentidos, natural e espiritual). Iluminados por Cristo, devemos brilhar (2Co 4.6). No Evangelho de João, o brilho cristão está no ato testemunhal. Assim, busquemos formas de brilhar, a partir da Luz de Cristo. Isso inclui as situações seguintes: - Crermos e nos tornarmos filhos da Luz (Jo 12.36; Ef 5.8); - Praticarmos a verdade (Jo 3.21); - Andarmos de dia, sem tropeçar (Jo 12.35; 1Ts 5.5, sentido ético); - Amarmos e vivermos em comunhão (1Jo ); - Lutarmos a batalha da fé (Rm 13.12). A importância da luz reside essencialmente no fato de ela ser responsável pelo fenômeno da visão. Oremos a Deus para que Ele nos permita ver com os olhos espirituais (Jo 4.35). E que sejamos luz no Senhor, para que o mundo creia e seja resgatado da sua vã maneira de viver alheia à Luz de Deus. Leitura Diária Segunda-feira: João Terça-feira: João Quarta-feira: João Quinta-feira: João Sexta-feira: João Sábado: João Domingo: João MORETTO, Vasco Pedro. Óptica, Ondas, Calor. SP: Ática, 1980, p.18 27

30 DATA DO ESTUDO LIÇÃO 5 Texto Bíblico: João JESUS, O BOM PASTOR QUE VOCÊ OUVE E SEGUE O teólogo alemão Rudolf Bultmann 1 nos oferece rica sugestão literária ao rearranjar a narrativa do Bom Pastor. Em sua opinião, a melhor ordem de leitura seria João ; ; ; ; É nossa pretensão seguir o caminho por ele indicado, com as proposições seguintes: - Contexto da passagem ( ); - Contraste entre o Bom Pastor e os mercenários ( ); - A parábola do Bom Pastor ( ); - O rebanho a ser formado, isto é, os que vierem a crer ( ); - A segurança eterna do rebanho de Cristo ( ). O CONTEXTO DA PASSAGEM João 10 situa Jesus num tour pelo Templo de Jerusalém. É dezembro. Faz frio. Nessa época, a temperatura costuma girar em torno de 8 a 15 graus. Era a semana do Chanukah, a Festa da Dedicação. Nathan Ausubel narra que esta celebração judaica rememorava o triunfo contra a perseguição de Antíoco IV Epifânio, durante a revolta dos Macabeus, em busca de liberdade e da afirmação da identidade judaica. 2 Antíoco foi um rei da dinastia Selêucida que governou a Síria entre 175 a.c e 164 a.c. Ele queria erradicar o separatismo religioso radical dos judeus, helenizar a 1 - Citado por GRANT, Robert M. A historical introduction to the New Testament. Cap. 11. In: Acesso em 08 de outubro de 2016, às 10h AUSUBEL, Natan. Conhecimento Judaico. Rio de Janeiro : KOOGAN, 1989, Vol. 1, pp

31 Judeia e promover o politeísmo grego, preparando o terreno para a sua governabilidade. Seus métodos de terror incluíram proibir a observância dos costumes religiosos judeus (guarda do sábado, circuncisão, leis de saúde) e a profanação do Templo em 168 a.c., onde colocou uma gigantesca imagem de Zeus. Quando, finalmente, os judeus insurretos conseguiram a vitória e destruíram aquele ídolo, eles limparam os escombros do Templo e purificaram o santuário. No décimo quinto dia de dezembro, Judas, o Macabeu, reconsagrou o Templo, acendendo as lâmpadas da grande Menorah. Foi esse cerimonial que se tornou parte da tradição religiosa judaica que está ocorrendo nessa passagem. Por essa razão, a festa também ficou conhecida como a Festa das Luzes. Com esse contexto, fica bem evidente o questionamento que se faz a Cristo, perguntando-lhe se Ele era ou não o Messias libertador (Jo 10.24), ou seja, queriam saber se Ele era o novo Macabeu a libertar o povo das garras do Império Romano. Também, torna-se esclarecedor o questionamento que Jesus faz dos pastores estranhos que vieram antes dele (Jo 10.8), isto é, os da tradição religiosa judaica, que pretendem guiar o rebanho de Israel, mas que na verdade pensam apenas em si mesmos (Jo 10.12,13 comparar com Judas 1.4,12). O CONTRASTE ENTRE O BOM PASTOR E OS MERCENÁRIOS No intuito de levantar dados para a preparação desta lição, deparei-me com um vídeo muito interessante, em que um rebanho de ovelhas foi filmado movendo- -se pelas pradarias da palestina, a partir de tomadas aéreas. É uma imagem muito reveladora, descritiva de um animal gregário, uma coletividade movendo-se como uma unidade, a partir de um comando dado por pastores e com a ajuda de cães pastores. 3 O vídeo revela que as ovelhas devem ser guiadas até as pastagens certas por um pastor hábil, para que possam sobreviver. Mostra que elas têm necessidade de proteção. Evidencia que sem a orientação de um pastor (ou cão pastor, no caso do vídeo), o rebanho fica disperso. Indo em seu próprio caminho, desgarradas do rebanho, as ovelhas tornam-se vítimas dos perigos e se arriscam a morrer. Em João 10, Jesus acusa os falsos pastores de Israel de serem estranhos, ladrões, salteadores e mercenários em relação às pessoas que deviam proteger. Ele denuncia que entre seus compatriotas têm aqueles que se propõem serem guias espirituais, mas esses, entretanto, não agem como bons pastores. Para Jesus, a forma de guiar dos que se apoiam na lei de Moisés contradiz o legítimo pastoreio de Deus, que se fundamenta no cuida- 3 - In: Acesso em 08 de outubro de 2016, às 11h00 29

32 do e na proteção, na orientação e na segurança. Parece-nos, essa parábola de Cristo, uma viva descrição do universo religioso de nossos dias, não é? O que mais temos presenciado é a autoafirmação de homens (e mulheres) que se dizem pastores (e pastoras), mas que servem apenas a si mesmos, e são incapazes de doarem-se, por meio da atitude servil. Líderes religiosos que agem como os reis ímpios denunciados por Jeremias como pastores malignos (Jr 10.21; 23.1,2). A PARÁBOLA DO BOM PASTOR No Salmo , o poeta reflete sobre a própria experiência como uma ovelha perdida. Lendo essa descrição, entendemos que, desgarrada de um rebanho, uma ovelha está destinada a perecer, a não ser que um pastor possa intervir. No Evangelho de João, que estamos estudando, Jesus se afirma este Pastor que veio buscar e salvar o perdido (Lc 19.10). Jesus é mais que um pastor. É o Bom Pastor (gr. ho poimèn ho kalos). O adjetivo bom, do grego kalos, refere-se à legitimidade de sua tarefa messiânica. Em oposição aos que somente tomam das ovelhas, o Bom Pastor disponibiliza sua própria vida. Na crucificação, o Bom Pastor é ferido por Deus (Mt 26.31). Mostra-se disposto a morrer para salvar as suas ovelhas. Três são as atividades descritas em João , para o Bom Pastor: 1) Em primeiro lugar, o Bom Pastor chama suas ovelhas para virem ao seu encontro. 2) A seguir, o Bom Pastor as conduz para fora do aprisco, em direção aos pastos. 3) Finalmente, o Bom Pastor vai adiante das ovelhas, que o seguem, para guiá-las e protegê-las. O REBANHO A SER FORMADO, ISTO É, OS QUE VIEREM A CRER A afirmação de Jesus, em João 10.16, de que ainda tem outras ovelhas a serem trazidas para o seu aprisco, apresenta estreita relação com o fato de que Deus está a buscar as ovelhas perdidas da casa de Israel para reuni-las em Cristo (Ez ). A salvação de Deus é para todos os que creem, independentemente de cor, raça, ou status quo. Quando os gentios fossem reunidos aos judeus numa só Igreja, com um só Senhor, então se cumpriria o propósito da obra salvífica de Cristo. Logo, um sentido possível para a expressão conduzir as ovelhas para fora (Jo 10.3b) é traçar um paralelo com a ordem de Jesus de enviar os trabalhadores para os campos, que foi movida pela percepção de que as multidões andavam desgarradas como ovelhas que não têm pastor (Mt ). É no diálogo que vai ocorrer em João , entre o Cristo 30

33 ressurreto e Pedro, que essa ideia marcará para sempre o processo de evangelização que tem como resultado a adesão de pessoas ao rebanho de Cristo. Se todos os que ouvem a voz de Cristo tornam-se seu rebanho, o pastoreio mútuo deve ser a meta. Precisamos seguir o exemplo do Bom Pastor: oferecer a vida para seu serviço. A SEGURANÇA ETERNA DO RE- BANHO DE CRISTO Jesus, o Bom Pastor, está disponível aqui e agora, bem como disponível está o eterno bem da redenção que seu pastoreio oferece. A declaração que se faz a Cristo, em 1Pedro 2.25, declarando-o pastor e bispo de nossas almas deve nos trazer essa paz e ampla segurança 4. Como um protetor e cuidador, nosso Senhor expressa seu zelo por nós (Tt ). Para pensar e agir: Nesta lição, vimos que Jesus é o verdadeiro Pastor e Guia das nossas almas, e o exemplo vivo de pastoreio deixado para a Igreja, que se formou pelo processo de discipulado com os seus ensinos. Eu e você, que cremos em Jesus, ouvimos a sua voz, mansa e suave, como um convite à vida e nos tornamos suas ovelhas. Jesus deseja que todos ouçam sua voz e, crendo, sejam salvos (Jo 10.16). Eu e você, que cremos em Jesus, fomos conduzidos para fora do domínio mortal do pecado (Lc 4.18,19). Libertos desse poder escravizador, e alimentados por sua Palavra, devemos permanecer firmes (Gl 5.1). Eu e você, que cremos em Jesus, temos nele o exemplo maior de uma conduta pastoral, em relação ao demais. Ele e seu exemplo de renúncia e serviço sofredor vão à nossa frente, oferecendo os parâmetros para o nosso viver. ALGUMAS REFLEXÕES AO FINAL DESTE ESTUDO: Estamos cientes da importância de fazer parte do rebanho de Cristo? Quais seriam os valores de pertencer a esse rebanho e em que momento da vida eles podem ser aplicados? Certamente, discipulado, vida, segurança, comunhão e paz. Em todo o tempo o Pastor é bom, o Pastor é bom o tempo todo (Se o pastor é Jesus!). Amém! Leitura Diária Segunda-feira: João Terça-feira: João Quarta-feira: João 10.14,15 Quinta-feira: João Sexta-feira: João Sábado: João Domingo: João Conferir o artigo «Bispo» em BROWN, Colin (Ed.) O Novo Dicionário internacional do NT. São Paulo: Vida Nova, p

34 DATA DO ESTUDO LIÇÃO 6 Texto Bíblico: João JESUS, O CAMINHO QUE VOCÊ TRILHA PARA VIVER Nos anos que se seguiram à ressurreição de Jesus, os discípulos de Cristo foram perseguidos com a acusação de sectarismo (a ideia de que pregavam uma heresia) 1. Eles eram conhecidos como seguidores do Caminho. Naquela época, uma maneira de determinar a instrumentalidade missionária era afirmar que um discípulo era instruído no caminho do Senhor (At 18.25), e que expunha pela pregação o caminho de Deus (At 18.26). Era comum o choque com as religiões politeístas, e isso levava grande perigo para esses primeiros cristãos, como podemos ler em Atos 19, no alvoroço que os adoradores da deusa Diana dos efésios 1 - A razão pela qual algumas versões traduzem do caminho por daquela seita, em Atos 9.2 (p.ex. ARC, ACF) é a explicação dada em Atos 24.14, onde Paulo explicita a acusação. 32

35 causam na vida de Paulo e seus companheiros. Pertencer ao Caminho não era fácil naquele tempo e continua não sendo nada fácil hoje. No texto que analisaremos hoje, João 14, encontramos a gênese dessa ideia a de que os discípulos são seguidores do Caminho. Nesse diálogo em tom grave que o Mestre tem com os discípulos, Jesus reflete acerca dos momentos que antecedem a seu martírio na cruz em prol dos pecadores. Quais as consequências de seguir o Caminho que é Cristo. O que Jesus queria dizer quando se afirmou o Caminho? Direção a seguir? Exemplo a imitar? Escape a usufruir? Não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? (Tomé) W. Hall Harris III afirma que, nessa conversa com os discípulos narrada aqui, Jesus focaliza os eventos por acontecer na tarde do dia seguinte: sua prisão, julgamento, crucificação e morte, os quais vão afetar emocionalmente tanto o corpo quanto a mente deles. 2. A pergunta de Tomé, no versículo 5, revela o peso do coração dos discípulos diante do iminente e trágico futuro do Salvador e, também, o próprio futuro deles, após a morte de Jesus. Para o Mestre, a resposta para esse dilema é a fé (Jo 14.1). A fé é a chave para a manutenção da realidade de nossa experiência cris- tã 3. Quem crê, sabe. Quem sabe para onde ir, conhece o caminho. QUAL É O CAMINHO? No início do trimestre, vimos que João, o Batista, veio preparar o caminho do Messias. E que esse caminho é o de uma salvação poderosa (Lc 1.69), que atua na remissão de pecados (Lc 1.77) e que deve ser testemunhada a todas as pessoas (Lc 3.6). Jesus faz duas afirmações sobre o caminho da salvação: Vós conheceis o caminho (referindo-se ao conteúdo de seus ensinos aos discípulos). Eu sou o Caminho (referindo-se a si mesmo como mediador que conduz o fiel a Deus). Trilhar o caminho da salvação (isto é, crer em Jesus, aderir ao caminho por Ele proposto) é tanto uma questão existencial e ética quanto uma questão de nosso destino. Por um lado, implica uma maneira de ser e de viver, uma maneira de agir. Por outro, aponta para uma direção e um sentido final: a morada eterna do salvo com Deus. Jesus espera que seus discípulos entendam que o caminho a ser seguido por Ele até a cruz revela sua submissão ao senhorio, ao poder, à provisão e à justiça de Deus. 4 Posteriormente, os discípulos deveriam assumir essa mesma atitude, na hora da evangelização. 2 - Em Acesso em 10 de outubro, às 13h LITTLE, Paul E. Como compartilhar sua fé. São Paulo: ABU/Vida Nova, p CRIM, Keith (ed). The interpreter s dictionary of the bible. Nashville: Abingdom Press, 1982, p

36 QUE SIGNIFICA ESCOLHER O CAMINHO QUE É JESUS? Num dos momentos do sermão da montanha, Jesus explicita um dilema: dois são os caminhos (Mt 7.13,14). Há o caminho mais fácil e o outro, que é o de Deus. Todos têm o direito de escolher. Escolhido o caminho, arca-se com sua consequência: o caminho mais fácil conduz à perdição e o de Deus conduz à vida. Não há a menor possibilidade de ambos os caminhos resultarem na mesma consequência, pois opostos são. Embora a vida esteja disponível a todos, a maioria prefere o caminho mais fácil. Somente alguns optam pelo difícil e vivo caminho da fé. Quando Jesus se identifica como esse único e difícil caminho (Jo 14.6a), Ele nos leva a refletir em, pelo menos, três verdades fundamentais: Primeiro, devemos reconhecer que Ele cumpre cabalmente em sua vida e obra a salvação proposta por Deus. Segundo, que por meio de uma relação com Ele pode-se conhecer a Deus e pertencer-lhe, assegurando com isso a morada eterna nos céus. Terceiro, que seu exemplo de abnegação e serviço em prol dos pecadores se tornará o padrão para os seus seguidores. Tendo crido em Jesus, sabemos o caminho. Identificado o caminho, podemos trilhá-lo. Mas isso não será uma tarefa fácil. Exemplos dessa realidade podem ser encontra- 5 - Revista Portas Abertas. Volume 34, número 10, p dos nas Cartas de Paulo, onde se lê que, para alguns que estão na linha de frente da batalha pela construção do Reino de Deus, a escolha pelo Caminho da fé pode ser um duro teste (confira o texto de 1Coríntios e tire suas conclusões). Devemos orar a Deus por todos os que escolheram o caminho difícil da fé. Um exemplo da dificuldade a enfrentar, em relação à nova identidade de seguidores do Caminho, que é Cristo, pode ser lido no testemunho seguinte: Por todo o Oriente Médio e Norte da África, muçulmanos que se converteram ao cristianismo lutam com sua nova identidade em Cristo. Abandonar o islã leva à exclusão, isolamento e, às vezes, a situações de violência e risco de morte. Para eles, seguir a Cristo, pode custar cinco coisas: família, amigos, igreja, país e vida 5. O que tem significado a escolha do Caminho que é Jesus para cada um de nós? O que tem nos custado? O que resultou essa vital decisão? CARACTERÍSTICAS DO CAMINHO QUE É JESUS Tomar o Caminho escolhido pelo Pai para irmos ao seu encontro significa, pelo menos, as seguintes realidades: Direção e sentido para a fé. O caminho nos impulsiona para frente, para o futuro, que, desse modo, é-nos antecipado (Hb 12.22,23). Mas, como estamos aguardando aquele dia em que estaremos nas

37 mansões eternas, devemos viver a experiência cristã a partir de atos conscientes e de autoafirmação hoje, sem fanatismo religioso (1Jo 4.16,17). Fé e ética andam juntas, quando se sabe o caminho. Passamos a expressar um espírito voluntário e de renúncia, alimentado por um relacionamento vivo com o Senhor. Novidade e ânimo para viver e servir. O fato de pertencer a Cristo é revitalizante. Precisamos aprender a confiar no poder de Deus aqui e agora, diante de cada dificuldade e aflição, sabendo que cumprimos nosso papel anunciando o caminho da salvação em meio a uma grande tribulação (um exemplo disso, a experiência de Paulo em 2Coríntios 7.5-7). Paz e reconciliação com Deus. Somente quem aderiu ao Caminho, que é Cristo, em arrependimento e fé, pode experimentar a remissão de pecados e consequente reconciliação, que traz paz interior (Rm 5.11). Livres da culpa e da dor, podemos avançar, confiantes, pois o ministério da pregação do Evangelho que leva o pecador à reconciliação está sobre os nossos ombros (2Co 5.18,19). resulta em vida, a despeito de todas as consequências materiais, emocionais ou culturais que se seguem a esta decisão. Analise sua própria experiência cristã e escolha um dos conceitos seguintes, refletindo com os demais participantes da classe sobre suas descobertas: O quanto estou instruído no caminho do Senhor (At 18.25): ( ) pouco ( ) o suficiente ( ) o necessário ( ) bastante O quanto exponho pela pregação ou testemunho o caminho de Deus (At 18.26): ( ) pouco ( ) o suficiente ( ) o necessário ( ) bastante O quanto celebro a vida de Deus, que resultou de minha escolha pelo caminho que é Cristo: ( ) pouco ( ) o suficiente ( ) o necessário ( ) bastante Nossas respostas apontam para as mudanças que precisamos fazer para viver com plenitude a proposta de Deus para a nossa salvação. Afinal,...para quem iremos nós se e somente se Jesus tem as palavras da vida eterna? (Jo 6.68). Para pensar e agir: Em conclusão, podemos citar o belíssimo Salmo , que antecipa o Caminho que é Jesus em forma de uma promessa garantida pelo próprio Deus. Jesus é o Caminho perfeito e totalmente eficaz. Seguir por este Caminho, isto é, crer, Leitura Diária Segunda-feira: Salmo Terça-feira: Salmo Quarta-feira: João Quinta-feira: João Sexta-feira: João Sábado: João Domingo: Mateus 7.13,14 35

38 DATA DO ESTUDO LIÇÃO 7 Texto Bíblico: João 8.31,32; 14.6b; JESUS, A VERDADE QUE VOCÊ CONHECE E PREGA No Evangelho de João, narra- -se um encontro decisivo que culminou na morte de Jesus na cruz. É uma conversa entre Pôncio Pilatos, o governador romano na Judeia, e Jesus. Nosso Salvador fora trazido por seus compatriotas para aquela audiência sob a acusação de ser um malfeitor e por se declarar Filho de Deus. Os judeus o queriam julgado e condenado à pena capital (Jo ss). Naquela época, apenas os governantes romanos podiam aplicar a pena de morte (Jo 18.31). Por isso, Pilatos acaba entrando para a história com seu gesto de lavar as mãos diante do caso. Não vê motivos para tão grave punição, mas é indiferente a ela (Jo 18.38; 19.4,6). No diálogo, Pilatos está atrás dos fatos. Quer comprovações. Ele faz perguntas sobre a identidade real de Jesus, embora estivesse preocupado apenas com o aspecto político dessa acusação (os romanos não toleravam nenhuma autoridade política que não fosse designada por eles). Jesus responde a acusação com outra pergunta. Mesmo ali o Mestre tem a ensinar. No vai e vem da conversa, entra em cena a verdade sobre Jesus, a verdade sobre seu Reino, a verdade sobre sua realeza divina, a verdade sobre sua missão. 36

39 Que é a verdade? Melhor: Quem é a Verdade? O que significa pertencer à Verdade? Quais as consequências de pertencer à Verdade que é Cristo? QUE É A VERDADE? (Jo 18.38a) A pergunta de Pilatos tem resposta. E é uma resposta objetiva: Jesus de Nazaré é a Verdade. Se os homens podem ver a realidade de Deus em algum lugar, é em Cristo. 1 Logo, a verdade espiritual está intimamente relacionada à sua pessoa e missão. O Filho de Deus é o testemunho fidedigno da Verdade de Deus aos homens (Jo 8.12-ss). Crer na Verdade nada tem a ver com fanatismo religioso. Não é religião cega. Não é seguir alguém que supostamente recebera autoridade para falar sobre Deus. Não é apenas fazer parte de um rol de membros de uma igreja. Crer na Verdade é, inevitavelmente, aceitar e enfatizar o fato de que Jesus Cristo é o Filho de Deus, e que Ele veio e morreu na cruz pelos nossos pecados, e que ressuscitou dentre os mortos (Jo 8.23-ss). QUE FAZ A VERDADE? Há uma ameaça rondando o destino de quem não crê na Verdade revelada. Jesus afirma esse perigo a alguns fariseus, durante uma de suas preleções no Templo:...se não creres que eu sou, morrereis em vossos pecados (Jo 8.24b). Ele também disse que os pecadores são escravos do pecado (Jo 8.34). Se compararmos essas sentenças com a primeira carta de João, descobriremos que permanecer nessa condição de morte espiritual significa não praticar a Verdade. E mais: que tal pessoa vive uma mentira (1Jo 1.6,8). Como resolver esse problema espiritual no cerne da existência humana? A seguir, responderemos a essa importante questão. VERDADE E LIBERDADE Segundo afirma Jesus, prover liberdade aos cativos do pecado é a mais importante função da verdade: e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (Jo 8.32) se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (Jo 8.36) Esses textos determinam dois agentes diferentes de duas ações diferentes. De um lado, os que creem na Verdade. Do outro, o libertador dos que creem na Verdade. SÃO LIVRES OS QUE CREEM. OS QUE CREEM SÃO LIVRES. Somente se crermos na Verdade, que é Cristo, estaremos livres das amarras do pecado e de suas consequências nefastas. Somente pela fé vivemos na santidade da Palavra (Jo 8.32; 17.17,19). Uma observação que não pode ser esquecida: no Novo Testamento, veem-se níveis de crença na Ver- 1 - BROWN, Colin e COENEN, Lothar (Ed.) Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 2ª ed., 2000, p

40 dade. Por exemplo, nesse discurso de Jesus no Templo, afirma-se que muitos creram nele (Jo 8.30). Nesse versículo, a expressão pode significar pelo menos dois posicionamentos. O primeiro envolve o saber e o agir em função do sabido: abriram mão de suas próprias verdades para aceitar a Verdade de Cristo, passando a segui-lo; a segunda envolve o saber sem agir em função do sabido: meramente assentiram à veracidade das palavras ditas por Jesus, sem passar a segui-lo. A esses relutantes, Jesus dirige a palavra, quando diz:...se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos (Jo 8.31). Em outras palavras, Jesus pede correspondência entre a verdade e o ato. Crer na Verdade deve levar à ação de segui-lo. MANIFESTAÇÕES DA VERDADE LIBERTADORA Na conversa com os discípulos, pouco antes de sua crucificação, Jesus solidificou sua identidade como o único Caminho (mediação) para Deus, a única Verdade de Deus, o único capaz de vivificar o pecador (Jo 14.6). A seguir, vamos analisar dois aspectos da liberdade que foi conquistada para nós pelo Filho de Deus. JESUS, A VERDADE QUE DÁ SENTIDO À EXISTÊNCIA Em João 8, Jesus testemunha que revela ao mundo a palavra do 38 Pai, a vontade do Pai, os ensinos do Pai, os quais culminam na Verdade que deve ser crida: sua morte de cruz em prol dos pecadores (Jo 8.28). Assim, permanecer na Palavra de Cristo é tornar-se seguidor da Verdade. Crer é conhecer a Verdade (Jo 8.31,32). A partir dessas afirmações, João traça íntima conexão entre a Verdade e a Luz, entre a Verdade e o Verbo que se fez carne, entre a Verdade e o chamado do Bom Pastor. Para entender esse sentido existencial da verdade, precisamos manter os ouvidos atentos para escutar o testemunho de Jesus:... todo aquele que é da verdade ouve a minha voz (Jo 18.37b). Nas palavras de Cristo, isto é, no padrão ético da graça e da verdade que está proposto por Deus no Evangelho salvador (Jo 1.14), encontramos o sentido para a vida, seja no âmbito eclesiástico ou no secular. As ovelhas de Cristo ouvem a sua voz e o seguem (Jo 10.27). JESUS, UM PRINCÍPIO DE PERTENCIMENTO A mais linda declaração de fé que conheço é somos da verdade (1Jo 3.19). No Evangelho de João, ser da Verdade implica ter comunhão com a graça e a verdade de Deus e reconhecer que este Deus está plenamente revelado em Jesus de Nazaré (Jo 1.14). Também, confiar que por meio deste é que podemos ter uma existência autêntica! (Jo 14.6).

41 A existência fidedigna a essa afirmação do Evangelho possui, dentre outras, as seguintes características: Jesus é a Luz verdadeira a brilhar em nossos corações e em nosso testemunho (Jo 8.12). Conosco habita o Espírito da Verdade a nos instruir e confirmar na fé (Jo 14.17; 15.26; 16.13; 1Jo 2.27). Discernimos a verdade do erro, e prosseguimos vigilantes embasados na Verdade, que é Cristo, a despeito de todas as tribulações e aflições que esse posicionamento nos traz, principalmente, diante da inimizade do mundo (1Pe ). Para pensar e agir: Nessa lição, vimos que não é a nossa fé que torna Jesus a Verdade objetiva de Deus. A fé tem o valor do objeto que ela tem por alvo 2. Nem os religiosos judeus, nem Pôncio Pilatos perceberam que diante deles estava a Verdade de Deus. Ainda assim, a Verdade não deixou de ser proclamada: Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. (Jo 18.37b) Devemos aplicar as leis do pensamento à afirmação que João faz em seu Evangelho de que Jesus é a Verdade. Primeiro, o princípio de identidade: a verdade é igual a ela mesma. Segundo, o princípio da não-contradição: a verdade não pode ser verdade e não-verdade ao mesmo tempo. Terceiro, o princípio do terceiro excluído: ou a verdade é a verdade ou não é a verdade, não podendo haver uma terceira opção. Assim, responda, com sinceridade: - Creio que Jesus é a Verdade? ( ) Sim ( ) não - Reconheço que a Verdade divina está plenamente revelada na pessoa de Cristo? ( ) Sim ( ) não - Confio que o testemunho dado por Jesus é verdadeiro? ( ) Sim ( ) não O que vale é agir de acordo com o sabido. Responder sim é afirmar-se discípulo, um seguidor de Jesus. Não se pode relativizar a afirmação de fé de que Jesus é a Verdade sem cair em contradição. Ou Jesus é ou não é. Ou você crê ou você não crê. Não há meio termo (1Jo 2.21; 5.20). Jesus é a Verdade que eu e você conhecemos e pregamos. Deus conta conosco, Igreja viva, para sermos coluna e esteio da Verdade (1Tm 3.15). Ao agir assim, tornamo-nos cooperadores da Verdade (3Jo 1.3-8). Topa o desafio? Leitura Diária Segunda-feira: João Terça-feira: João Quarta-feira: João Quinta-feira: João Sexta-feira: João Sábado: 1 João Domingo: 3 João LITTLE, Paul E. Como compartilhar sua fé. São Paulo: ABU, p

42 DATA DO ESTUDO LIÇÃO 8 Texto Bíblico: João 10.10; ; 14.6c JESUS, A VIDA QUE VOCÊ RECEBE E USUFRUI Em nossa própria experiência, ou pertinho da gente, sabemos de pessoas antes isoladas e inseguras, antes derrotadas e desanimadas, antes maltratadas e marginalizadas, mas que agora encontraram na fé cristã esperança e força para viver. Um acontecimento recente da história dos batistas que nos enche de orgulho é a Missão Cristolândia, um programa permanente de prevenção, recuperação e assistência a dependentes químicos e codependentes, que busca a transformação destas vidas por meio do Evangelho de Jesus Cristo 1. A expressão-chave aqui é vidas transformadas. E este é apenas um exemplo institucional recente de como a Igreja pode, por meio do Evangelho, proclamar vida. A passagem da morte para a vida, efetivada no ato de crer, e os resultados dessa escolha, compõem o conteúdo desta lição. 1 - Disponível em: Acesso em 27 de outubro de 2016, às 10h30 40

43 A PASSAGEM DA VIDA À MORTE E DA MORTE À VIDA Na construção de uma antropologia teológica (doutrina acerca do homem à luz da criação divina), devemos destacar três tempos: O homem na criação Seu valor e dignidade resultam primariamente de ter sido criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26). Isso significa que o humano que nos diferencia das demais criaturas não é apenas a vida biológica. Em nós há uma ligação com o Criador, uma conexão, um deslumbramento diante de sua glória, perfeição e santidade. Em outras palavras, na conexão com Deus, a vida flui em toda a sua plenitude (Sl 25.1; 42.1). O homem depois da queda Passa da vida à morte, mas continua com valor e dignidade intrínsecos à imagem de Deus nele. Vive dentro do universo natural, e é capaz de ter êxito no mundo, isto é, progredir cultural e socialmente. Mas perdeu a conexão com o Criador. Todos os esforços humanos passam a ser por uma vida sem Deus e, por isso, sem a direção e o sentido inicial que foram propostos pelo Criador, a saber, o prazer de glorificar, adorar e servir a Ele. O resultado dessa existência é uma vida que não flui, imersa em impureza, inimizade, injustiça e medo. É o estado de morte espiritual (Rm ). O homem restaurado Passa da morte (espiritual) à vida, pela fé na pessoa de Cristo. Na frase de Jesus Eu vim para que tenham vida (Jo 10.10), o Mestre apresenta o projeto de restauração da condição de vida abundante, da vida que flui. Significa dizer que em Cristo, isto é, crendo nele, continuamos vivendo no mundo natural, continuamos parte essencial da humanidade em toda a sua complexidade, flutuação, crise, movimento, variedade, etc., mas retomamos à direção e ao sentido inicial. Retornamos para Deus! Essa é a razão de a vida abundante seguir-se à escolha do caminho e da verdade (Jo 14.6). Importante: a vida de Deus não nos faz mais dignos que os demais, que estão mortos em delitos e pecados, isto é, espiritualmente mortos. Também não nos faz mais inteligentes, como num passe de mágica. Para Deus, todos os seres humanos têm seu valor e dignidade intrínsecos à Imagem divina neles. Outro dado relevante: a vida de Deus infundida no homem não o impede de morrer fisicamente (Rm 5.12). Lázaro e o próprio Cristo experimentaram a morte. Lázaro a vencera por um breve tempo. O Mestre, por sua vez, derrotou- -a para sempre, na ressurreição (Jo 12.32,33; Rm 1.4). O CASO LÁZARO: TEORIA POSTA À PROVA No centro da discussão da dádiva da vida eterna, isto é, a infusão de vida espiritual aos que antes estavam mortos espiritualmente, está a seguinte afirmação de Cristo: Eu sou a ressurreição e a vida; quem 41

44 crê em mim, ainda que morra, viverá (Jo 11.25). O dito fora concebido diante de uma tragédia familiar de grande relevância para o Mestre (Jo 11.5, 33-35): seu amigo Lázaro morrera. Jesus, que recebera a notícia antes de o fato realmente ocorrer, aguardou para ir à Judeia em apoio àquela família tão querida (Jo 11.6). Afirma o texto que o ambiente na região era extremamente perigoso para idas e vindas com Jesus (Jo 11.8,16b). Jesus aguardou nas cercanias da aldeia, conversou com Marta e, depois, com Maria. Na conversa com Marta, ocorre o dito. Na conversa com Maria, o homem Jesus sentiu o peso da compaixão e derramou suas lágrimas. Nos versículos que se seguem à frase em que Cristo afirmou ser o autor da ressurreição, ficam evidentes, entre outras, três verdades: Jesus realizou o milagre de trazer Lázaro da morte à vida para que sua missão de Filho de Deus fosse reconhecida pelas pessoas, a fim de que estas viessem a crer nele e a glorificar a Deus pelo envio da salvação. Alguns judeus são retratados em atitude de desdém para com Jesus. Insinuam que Ele não se importava ao ponto de curar Lázaro antes de morrer. No milagre, Jesus mostrou que tem o poder de vencer a morte, antes que ela aconteça (oferecendo a vida espiritual aos que creem) ou mesmo depois (trazendo Lázaro de volta à vida). A morte física continuou no horizonte existencial de Lázaro, assim como está em nosso horizonte. Mas, pela conquista realizada na ressurreição, o primogênito dentre os mortos abriu o caminho para a vida de qualidade eterna. O dicionário Davis assevera que Foi Jesus, com a sua própria ressurreição e a glorificação do seu corpo, e ainda por sua obra redentora, aquele que trouxe à luz a vida e a imortalidade (2Tm 1.10), isto é, foi quem elucidou, esclareceu, evidenciou e certificou definitivamente o fato da vida eterna e da imortalidade da pessoa humana. 2 RECEBER A VIDA E DEIXÁ-LA FLUIR Eis algumas considerações sobre o nosso viver, no tempo presente: - não se dá de maneira monótona; - para nós, o tempo de vida é durativo e contínuo, pois rumamos para um fim determinado por Deus; - existimos para além deste tempo, isto é, para a eternidade; - daremos conta de todo o tempo vivido aqui, por ocasião do juízo final. Usufruir a vida é deleitar-se com ela e desfrutar sua fluidez. Mas você já notou que, em vários momentos, temos a sensação de que o tempo vivido e o tempo cronológico não estão juntos. As horas e os dias muitas vezes indicam haver certo descompasso entre a marcação dos relógios e os nossos sentimentos. Isso indica ser o tempo pessoal regido por humores e sensações 2 - DAVIS, John D. Dicionário da Bíblia. Rio de Janeiro: JUERP, p

45 subjetivas. A alegria e o prazer são geralmente acompanhados pela sensação de passagem rápida do tempo; enquanto a tristeza, o medo e a espera parecem fazer de cada minuto um século. O exemplo dado esclarece a morte em vida da qual Jesus vem nos resgatar. Ele faz a proposta:...vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão (Jo 5.25b). Jesus se coloca como o método para uma existência cujo resultado é uma vida com sentido e paz interior. Para pensar e agir: Jesus evidencia no Evangelho de João que cabe ao pecador escolher: ou conduz sua própria vida, o que resulta na morte espiritual, que é a consequência natural de um viver alheio à proposta de direção divina para suas criaturas; ou deixa- -se guiar pelo Santo Espírito, o que conduz para a vida eterna. Significa fazer com que Cristo seja O cabeça e que seu Evangelho do amor seja a lei áurea. Dada a escolha, eu escolhi viver! E você? Em conclusão, podemos citar Richard O. Lawrence: É a vida que diferencia um cristão. É a vida que diferencia a igreja. E deve ser um enfoque na vida que diferencie a educação cristã. Com essas palavras, ele termina o capítulo Vida: o que a igreja é 3. Na ressurreição de Lázaro, a teoria foi posta à prova e comprova- 3 - Na obra Teologia da educação cristã. 2ª ed. São Paulo: Vida Nova, 1986, p.14. da por multidões que acompanharam o acontecido. Muitos creram (e viveram!). Outros, preocupados com as repercussões políticas e sociais, preferiram refutar o milagre e tramar a morte de Jesus (Jo ss) e, por isso, permaneceram espiritualmente mortos. Se crermos, estaremos mais unidos com outros da família da fé e nosso comportamento entre esses será mais prudente. Se crermos, a salvação graciosa de Deus tornar- -se-á o padrão de um viver alegre e esperançoso. Se crermos, pensaremos nos demais também, e não apenas em nós mesmos, pois a vida deve fluir para todos. Se crermos, seremos ensinados a ser modelos de fé para essas pessoas, pois elas precisam de parâmetros espirituais para que a vida possa fluir em toda a sua plenitude. Jesus é uma preciosidade. Assim é também a vida que resulta do convívio dos que creem nele, como afirma o estribilho do hino 546 do HCC: Precioso é Jesus para mim! Precioso é Jesus para mim! Celeste prazer é Jesus conhecer! Precioso é Jesus para mim! Leitura Diária Segunda-feira: 1João Terça-feira: 1João 5.11,12 Quarta-feira: João Quinta-feira: João Sexta-feira: João Sábado: João Domingo: João

46 DATA DO ESTUDO LIÇÃO 9 Texto Bíblico: João JESUS, A VIDEIRA NA QUAL VOCÊ PERMANECE E FRUTIFICA As parábolas de Jesus retratavam o cotidiano com maestria, bem como a riqueza e a beleza da natureza, das estações do ano, dos hábitos dos animais e do cultivo de plantações, como é o caso da lição de hoje, quando Ele se identifica como a Videira Verdadeira. A imagem dos discípulos de Cristo como varas (ramos) ligadas à Videira apresenta notável riqueza de sentido. Vamos explorar esses significados, procurando responder às questões sobre a qualidade do fruto da vide, sobre a importância de permanecer unido a Cristo e sobre os resultados dessa união salvadora. A VIDEIRA E O AGRICULTOR Para melhor entender o símbolo da videira (Jo 15.1), precisamos rever o conceito do povo de Israel como vide de Deus: Trouxeste uma videira do Egito, expulsaste as nações e a plantaste. (Sl 80.8). Logo, no Antigo Testamento, Deus é o Agricultor e Israel, a videira. Infelizmente, essa videira transgrediu a aliança com Deus, voltando-se para a idolatria: ISRAEL é uma vide ESTÉRIL que dá fruto para si mesmo; conforme a abundância do seu fruto, multiplicou também os altares; conforme a bondade da sua terra, assim, fizeram boas as estátuas (Os 10.1). 44

47 A palavra hebraica para estéril tem também um homônimo que significa o oposto: luxuriante (ARA). Eis a riqueza da poesia hebraica: Israel é vide viçosa para si mesma, mas estéril para Deus. A videira de Israel teve seu destino selado pela destruição. E o fogo é o símbolo do juízo divino sobre eles (Ez ). A vide seria destruída, mas não totalmente: Subi aos seus muros, e destruí-os (porém não façais uma destruição final); tirai os seus ramos, porque não são do SENHOR (Jr 5.10). Dentro dessa realidade de dor e lamento, explicita-se já no Antigo Testamento uma esperança para Israel. Deus permitiu um remanescente. Há esperança para Israel! (Is 10.22) Logo, entendemos por que Jesus faz ressurgir a imagem da videira, agora, diferentemente do simbolismo errático de Israel. Em João, Ele se coloca como a verdadeira videira, a Videira que produz salvação! UM OLHAR SOBRE A VIDEIRA VERDADEIRA Ao lermos os Evangelhos, percebemos que Cristo Jesus nada faz que não esteja em consonância com o Pai. É assim porque Jesus representa o cumprimento cabal da proposta de Deus apresentada na profecia dirigida à vide de Israel: Num bom campo, junto a muitas águas, estava ela plantada, para produzir ramos, e para dar fruto, a fim de que fosse videira excelente (Ez 17.8). Em sua Primeira Carta, João afirma:...o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o Verdadeiro... (1Jo 5.20a). Ao crermos em Jesus com todo o coração e entendimento, tornando-o, também, Senhor de nossa vida, chegamos ao conhecimento da Verdade:...no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. (1Jo 5.20b). A excelência da verdade de Cristo em realizar a redenção, está no fato de Ele ser o Messias enviado por Deus. Em obediência ao Pai, sua luz é verdadeira (Jo 1.9), seu alimento é verdadeiro (Jo 6.32), seu testemunho é verdadeiro (Jo 8.14), seu juízo é verdadeiro (Jo 8.16), sua missão é justa e verdadeira (Ap 15.3). UMA EXORTAÇÃO AOS RAMOS DA VIDEIRA Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. (Jo 15.2). A imagem deixada por Cristo em João 15.2 tem provocado muitas discussões teológicas. Quem seriam os cortados? Podem os discípulos que estão em Cristo não serem frutíferos? Discípulos não frutíferos perdem a salvação? O que é estar em Cristo? Primeiro, precisamos entender as limitações da imagem em si. Re- 45

48 tirar a fala de Jesus do contexto real de onde ela procede, tem efeitos perigosos. Por exemplo, na cultura da videira podar não é simplesmente suprimir galhos, mas sim escolher e deixar na planta, e na posição adequada, as gemas férteis que são fundamentais para a frutificação, qualidade e manutenção da estrutura da videira. 1 Seguindo a lógica da imagem de João 15, quanto mais o ramo se aproximar da posição vertical, maior será o seu vigor! À luz do que ocorreu com Israel, na antiga dispensação, fica evidente de que a chave de interpretação dessa passagem está na permanência do fiel na Videira Verdadeira, que é Cristo, e não em algum sistema religioso existente. A explicação de Paulo em Romanos 11, especialmente os versículos 19 e 20, de que houve a poda dos ramos da videira de Israel, por causa da incredulidade, para que os gentios fossem enxertados, mediante a fé, aponta uma direção teológica: permanecer em Cristo é somente pela graça, mediante a fé. Não vem de obras, para que ninguém se glorie diante de Deus. DEPOIS DA PODA, A FRUTIFICAÇÃO O site da EMPRAPA traz informações sobre a poda da frutificação: tem por objetivo preparar a videira para a produção da pró- xima safra. Deve ser feita através da eliminação de sarmentos mal localizados ou fracos e de ladrões, a fim de que permaneçam na planta somente as varas e/ou esporões desejados. 2 A graça é a provisão para estar/ permanecer em Cristo. Arrependimento sincero e fé em Jesus como Salvador e Senhor, são as condições. A partir daí, o ramo ligado à videira frutifica, mas os frutos são de Deus. Obviamente, ninguém pode forçar a mão de Deus e enxertar-se por conta própria na videira. Tampouco pode alguém comprar esse direito. Judas 1.12 descreve esses homens ímpios. Estão nesse triste estado por converterem em dissolução a graça de Deus e negarem Jesus Cristo. Deve ficar claro que os infrutíferos não foram cortados da videira verdadeira, que é Cristo. Aliás, nunca foram nela unidos. Se a história bíblica for levada em conta, estes podem ter sido partícipes da videira Israel, com seu apego legalista e de autojustificação (salvação por obras), mas não de Cristo. UMA AFIRMAÇÃO AOS RAMOS DA VIDEIRA Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; (Jo 15.3). O termo grego para limpos (kataroi) aparece aqui nesta passagem 1 - DOS SANTOS, Henrique Pessoa. É época de podar as videiras? Em: Acesso em 31 de outubro de 2016, às 15h Disponível em poda.htm. Acesso em 1 de novembro de 2016, às 17h. 46

49 e também em Mateus 5.8 (os limpos de coração) e no cerimonial do lava-pés, em que Jesus identifica entre os discípulos a vara fora da videira (Judas, o traidor). Os que estão em Cristo podem frutificar porque foram justificados pela Palavra da Verdade. Hebreus nos leva a perceber o novo e vivo caminho da nova aliança com Cristo: a completa remissão de pecados do salvo, a coragem para estar e andar na presença de Deus. Esse é o fruto de justiça, isto é, o resultado inerente ao modo de viver dos que estão unidos a Cristo (ler Filipenses 1.11). QUEM É QUEM NA PLANTAÇÃO Se no versículo primeiro de João 15, Jesus se apresenta a Videira que atua verdadeiramente em consonância com o Pai, que é o Lavrador da salvação, no versículo 5, Jesus distingue bem quem é quem na videira: Eu sou a videira, vós, os ramos. Prepotência e orgulho não combinam com o Evangelho. Sabemos que a finalidade do ramo é frutificar e que, depois de podado, e depois de limpo, ele o fará, se e somente se estiver unido à videira. No fim das contas, é da videira que procedem, por meio da raiz, os nutrientes para fazer o ramo frutificar. Assim, não chamamos os frutos que produzimos de nossos, e sim, frutos do Senhor, através de nós e por nós (2Co ). Para pensar e agir: Cremos e estamos na Videira verdadeira? Amém. Logo, frutificar é o natural. Mas que tipo de fruto esperar? Escolha um dos exemplos abaixo e compartilhe suas experiências com os demais participantes: - João 4.36 (Fruto para a vida eterna); - João (Fruto permanente); - Romanos 6.22 (Fruto para a santificação); - Filipenses 1.1 ( Fruto de justiça termo grego no singular, nesse sentido, colhemos o resultado da obra justificadora de Cristo); - Hebreus (Fruto de louvor, adoração e fé). No cultivo da uva, o clima tem forte influência, bem como a topografia e o solo. Depois da poda, vêm a brotação, o florescimento e a frutificação. 3 Assim somos nós, corações cujo solo fértil viu a semente do Evangelho nascer. Deus cuida do clima, produz os brotos e nos faz florescer onde estivermos plantados, para a sua glória! Leitura Diária Segunda-feira: Salmo Terça-feira: Oséias 10.1,2 Quarta-feira: Zacarias Quinta-feira: João Sexta-feira: João Sábado: João Domingo: João Em : Acesso em 11 de novembro, às 16h. 47

50 DATA DO ESTUDO Texto Bíblico: João JESUS, O MESTRE QUE VOCÊ IMITA LIÇÃO 10 Jesus era um educador inigualável, nas investidas que fazia para a formação do caráter de seus discípulos. Ele demonstrava notável percepção da realidade à sua volta, quando se propunha a ensiná-los acerca do Reino de Deus. Ele se autodesignou o Mestre por excelência, enquanto estava junto de seus discípulos (Mt 23.8). Posteriormente, durante a formação das Igrejas do Novo Testamento, alguns dentre os praticantes de seu ensino foram chamados mestres da Igreja (At 13.1; 1Co 12.28; Ef 4.11). Neste ato, todos entendiam haver sido revestidos de grande responsabilidade (Tg 3.1). Mas não demorou muito para a Igreja perceber distorções da mensagem original, por causa de mestres segundo as suas próprias cobiças... (2Tm 4.3), cheios de heresias destruidoras (2Pe 2.1). Nos dias atuais, estes se proliferam. Percebemos isso nas inúmeras tentativas humanas de gestão da Educação Religiosa, às vezes, sem nem mesmo fundamentar-se na Palavra de Deus. E em Igrejas que se veem como 48

51 mediadoras da salvação. Também, naqueles que andam ensinando esquemas reprodutores, de formatos apostilares. Neste estudo, vamos analisar o conceito autoaplicado por Jesus o Mestre. Vamos perguntar pelo seu método de ensino. Enfim, vamos destacar as consequências na vida de quem faz de Cristo seu Educador principal. QUANDO O MESTRE NÃO É JESUS Desde muito cedo, a Igreja Cristã teve que lutar para preservar sua identidade, num mundo dominado pela idolatria e pela dissolução moral. Ela o fazia pela apologia (defesa) da mensagem evangélica. Muitas vezes, o inimigo era externo. Nesse caso, provinha das forças político-culturais da sociedade gentílica. Entretanto, a Igreja também enfrentou inimigos internos. Nesse caso, eram os falsos mestres, de orientação legalista, que deturpavam a principal doutrina bíblica: a salvação pela graça, mediante a fé no Salvador e Senhor Jesus Cristo. Algumas vezes, a Igreja cedia terreno. É o caso dos textos a seguir: - Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade? (Gl 5.7). - E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou... (2Pe 2.1) certos indivíduos se introduziram com dissimulação (...) homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo (Judas v.4). Hoje, mais do que nunca, precisamos lutar para preservar nossa identidade cristã, pois o domínio do pecado estende-se, cada dia mais, na idolatria e dissolução desta era. Se formos fiéis, entretanto, resistiremos. Nossa apologia é permanecer fundados e firmes na fé e não nos movermos da esperança do Evangelho, custe o que custar, até o fim! A única maneira de fazer isso é permanecendo sob a autoridade do Mestre dos mestres, e sendo fiéis ao seu ensino, o Evangelho da nossa Salvação. 1 - BROWN, Colin (Ed.) O Novo Dicionário internacional do NT. São Paulo: Vida Nova, p NO MESTRE, O MODELO A SEGUIR A palavra grega didaskalos traduz professor, tutor, mestre. É usada no Novo Testamento para designar Jesus em 41 ocasiões. O uso vocativo, dirigido a Jesus, é meramente a tradução do hebraico rabbi, rabboni que sugere o contexto do ensinador da lei. Isso se evidencia nas situações em que esses termos consistem em discussões da lei, de palavras de sabedoria e de proclamações quanto à proximidade de Deus, isto é, exortações vinculadas com mandamentos 1. 49

52 Nesse sentido, Jesus ultrapassou o ensino legalístico, vinculando o verbo didasko (ensinar) com a proclamação da salvação. Que faz o Mestre Jesus, quando ensina? Como podemos definir seu ensino? Eis algumas possibilidades: No exemplo de Jesus, percebemos que ensinar é sinônimo de dar, ofertar. Obviamente, ninguém pode fazê-lo sem posses. Todo e qualquer mestre somente pode oferecer aquilo que, em tese, tem, isto é, apropriou-se. Neste caso, oferta- -se o Evangelho da Salvação. No exemplo de Jesus, percebemos que ensinar é sinônimo de celebrar. Obviamente, ninguém pode fazê-lo sem ânimo (do latim anima : alma, fôlego de vida). O Mestre mostrava dinamismo e alegria e impulsionava seus discípulos a esse frescor (Jo 16.33). No exemplo de Jesus, percebemos que ensinar é sinônimo de vivificar, fortalecer, alimentar. Obviamente, não se pode evitar o caráter sinonímico desses três termos. No caso do ensino proposto por Jesus, vivifica-se no presente, mas, também, para a eternidade. Somos convidados a imitar o Mestre. Se o fizermos, vamos dar (pelo ensino) aquilo que possuímos: a salvação outorgada por Cristo. Vamos celebrar a vida que nos alcançou e, por nosso intermédio, alcançou outros, fazendo da alegria do Senhor a nossa força. Vamos atuar para a transformação, isto é, 50 para a construção de si e do outro em Cristo. A ação é terrena, isto é, começa imediatamente, mas tem propósito eterno. Nas palavras do Mestre: Quem crê em mim tem a vida eterna (Jo 6.47). ENSINO NO CONTEXTO DA VIDA: O LAVA-PÉS Em João 13, ocorre um encontro inusitado. Jesus estava na iminência de sua crucificação. Tem consciência total do que está para ocorrer e, depois da refeição comum, chama seus discípulos para si, começando a lavar os seus pés. O lava-pés é um gesto educativo e orientador, por parte do Senhor Jesus. Esse gesto tem aplicação simbólica. Será entendido plenamente depois de realizado, a partir da pergunta do Messias: Compreendeis o que vos fiz?. Jesus o faz para que os discípulos entendam o que significa ter parte com Ele, o Mestre e Senhor, e também com seu ministério. O gesto não se refere à pureza exterior de quem se lava ou é lavado, mas, simbolicamente, ao ato de prestar-se ao serviço de lavar (ou de dar a própria vida). Ou seja, para quem deseja seguir a Jesus, humildade, renúncia sacrificial, amor e serviço são essenciais. Discípulos de Cristo não são passivos, mas ativos no Reino de Deus (Jo ). EU VOS DEI O EXEMPLO Podemos citar exemplos do ensino de Jesus aos seus discípulos?

53 Lendo os Evangelhos, fica fácil perceber que sim. Por meio de parábolas, conversações e atitudes, Jesus lhes mostrou como agir em obediência à Palavra de Deus e em prol do seu Reino. São memoráveis as propostas seguintes (à parte dos estudos do trimestre, em João): - A parábola da ovelha perdida (Lc ), que relata a alegria da salvação, na terra e no céu. - A parábola do bom samaritano, que revela o caráter inclusivo da proposta da graça (Lc ). Jesus vem para os doentes, mas cura- -os para que sejam inclusos. Todos os pecadores inclusos foram transformados, limpos, justificados, para, assim, serem unidos ao Salvador. - O sermão da montanha (Mt 5-7), que chama a atenção deles para enxergar os pecadores, trabalhando para a sua bem-aventurança, na segurança da redenção; anuncia-lhes o dever de ser sal e luz; o primado do amor nas motivações cristãs; a santificação da vida e das relações humanas; o valor da oração; a confiança absoluta no cuidado e na providência divina; o caminho da vida. E há tantos outros exemplos do ensino maravilhoso de Jesus. Esses bastam, no escopo deste estudo, para mostrar o impacto do Mestre na vida de seus discípulos. Depois de sua partida, tornou-se missão do Santo Espírito dar continuidade às instruções do Mestre (Jo 14.26; 15.26; 16.13). Para pensar e agir: Em conclusão, reverberamos a sentença afirmativa do Mestre Jesus, depois de os ensinar: Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes (Jo 13.17). Logo, se desejamos ser discípulos felizes do Senhor, cumpre-nos imitar Jesus e seguir seus ensinamentos. Quanto ao estilo dos discípulos, sejamos: - Discípulos com Cristo: (na companhia dele); - Discípulos para Cristo: (com a finalidade de servi-lo); - Discípulos conforme Cristo: (em conformidade com os seus ensinos); - Discípulos de Cristo: (valor semântico de posse, que pertence a Ele). Jesus é como um maestro virtuoso, a reger a música da graça divina. Sua condução é perfeita e seus ensaios conosco nos aperfeiçoam, tudo com vistas à música celestial: Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor (2Co 3.18). Leitura Diária Segunda-feira: Mateus Terça-feira: Efésios Quarta-feira: 1 Tessalonicenses Quinta-feira: Hebreus 13.8,9,15 Sexta-feira: João Sábado: João Domingo: João

54 DATA DO ESTUDO Texto Bíblico: João 1.49; ; JESUS, O REI QUE VOCÊ ENTRONIZA E OBEDECE LIÇÃO 11 Durante o primeiro século, em que seu deu a vida e o ministério de Jesus, havia entre os judeus piedosos uma expectativa muito grande pela chegada de um Messias prometido no Antigo Testamento para reinstaurar a liberdade, a independência e a prosperidade vivida nos dias de Davi. Em 40 a.c., o Senado romano havia apontado na Judeia um rei estrangeiro sobre a comunidade judaica: Herodes, o Grande. Depois da morte deste, pouco depois do nascimento de Jesus, movimentos messiânicos de libertação nacional surgiram. Para pacificar a região, governadores provinciais foram nomeados. Durante o ministério público de Jesus, Pôncio Pilatos ocupava este cargo Uma lista completa e sequencial pode ser encontrada em: DAVIS, John D. Dicionário da Bíblia. Rio de Janeiro: JUERP, pp Uma vez que os judeus compreendiam a missão do rei prometido como um messianismo político, buscava-se um novo tempo para a nação, ou seja, a liberdade daquele domínio opressor. Embora Jesus fosse esse Messias prometido, Ele procurou desvencilhar-se da interpretação tipicamente judaica de um reino político. Em João 6.15, por exemplo, ele evita a multidão que desejava proclamá-lo rei político e uma espécie de libertador nacional. Neste estudo, procuraremos analisar a natureza do Reino de Cristo. Faremos menção do encontro de Jesus com Natanael, a entrada triunfal do Rei em Jerusalém, e a inscrição de Pilatos, na cruz, na qual o Nazareno é denominado Rei dos judeus.

55 Que tipo de Rei é Jesus? Qual é a natureza de seu Reino? Que Carta Magna rege seu reinado? Quem são seus súditos? AQUELE DE QUEM ESCREVERAM No primeiro capítulo de João, versículos 35 a 51, lemos sobre o testemunho dos primeiros discípulos. Dentre eles, dois chamam a nossa atenção: Filipe e um israelita estudioso da lei, Natanael. Jesus havia deixado a região da Judeia e se dirigido à Galileia (literalmente, distrito dos estrangeiros ). Seu convite aos primeiros seguidores ocorreu dentro do contexto da pregação de João, o Batista, que o havia identificado (Jo ). Em tom de conversa, o discipulado começou. Cada seguidor levava a novidade adiante: Conheci o Messias, vem e veja com seus próprios olhos anunciavam. Depois de obedecer à ordem simples e direta Segue-me, e por causa da natureza testemunhal deste chamado, Filipe assim se referiu a Jesus:...Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas... (Jo 1.45). Jesus não é um rei aleatório, que surge num momento de oportunismo. Antes, é o Rei-profeta anunciado por Moisés (Dt 18.18,19) e o cumprimento de todas as profecias messiânicas do Antigo Testamento. Natanael parece inicialmente incrédulo, por causa da origem humilde do filho de um carpinteiro, na cidade de Nazaré. Mas, eventualmente, cedeu à força do testemunho do Cristo, exclamando:...mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel! (Jo 1.49). HOSANA AO REI! O segundo texto a considerar é João , quando ocorre a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. A multidão, com ramos de palmeiras em suas mãos, saudava Jesus como Bendito é o que vem em nome do Senhor. Esses ramos lembravam as façanhas do Período Macabeu ( a.c.), quando os revolucionários libertaram a cidade de Jerusalém dos conquistadores sírios e realizaram a rededicação do Templo. John Davis informa que Hosana é um cântico que significava Salva-nos (liberta-nos) agora!. Isso mostra uma situação que merece nossa reflexão: pode-se saudar Jesus sem que Ele seja, de fato, crido de uma maneira correta. Jesus era um Rei oposto ao desejado pelos que o saudavam. Não era um militar incitando guerras políticas, nem tinha pretensões de uma monarquia materialista. Ao montar num jumentinho, Jesus parece cumprir o texto de Zacarias 9.9, que anuncia a vinda de um rei triunfante e humilde, ao mesmo tempo, o Senhor Jesus ressalta a diferença entre seu reinado interior e espiritual daquele exterior e político pretendido pela multidão. 53

56 JESUS, O NAZARENO, O REI DOS JUDEUS Em João 19.19, lemos sobre a inscrição em hebraico, latim e grego que identificava o crucificado como O NAZARENO, REI DOS JUDEUS. Pilatos pretendia, com ela, ridicularizar os judeus. O que ele não imaginava era que sua tentativa resultou numa proclamação de caráter universal. Materializou- -se, assim, o testemunho oficial de que Deus governa a humanidade a partir de uma cruz. SIMBOLOGIA EM TORNO DO REI JESUS Como afirma Alderi de Souza Matos, Os evangelhos deixam claro que há uma relação indissolúvel entre Jesus e o Reino. Ele não somente anuncia o Reino, mas a sua pessoa e obra são elementos essenciais do Reino. 2 Na enorme riqueza de significados dos ornamentos reais mais comuns, quando o Rei é Jesus, podemos citar três: Sua coroa de espinhos, simbolizando sua entrega total em prol dos súditos do Reino. Seu cetro de justiça, simbolizando a eficácia da justificação redentora, que oferece na cruz. Seu trono de poder, simbolizando a esfera de seu domínio absoluto. Eu e você nos relacionamos com o Rei que Jesus é, quando cremos. 2 - MATOS, Alderi de Souza. A igreja como agente do reino de Deus. In: Acesso em 8 de dezembro de Ele é o Filho de Deus que vem para instaurar o Reino de justiça e paz nos corações humanos (Sl 2.6,7 conferir João 1.34). Entronizar o Senhor, isto é, conceder-lhe o trono (a autoridade) sobre a nossa vida é o dever de seus súditos leais. Para tal, precisamos obedecer aos seus estatutos e mandamentos. A CARTA MAGNA DO REINO Todo governo requer uma Constituição, uma Carta Magna. No caso do Reino de Deus, essa legislação que ordena a vida é o amor. Logo, o Evangelho de Cristo é o evangelho do amor: Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. (Jo 15.9). Nas Escrituras, o amor é uma pessoa:...deus é amor! (1 João 4.8b). E por nos amar tanto, o projeto de Deus foi plantar a semente do amor em nosso coração, pela fé. Se amarmos, seremos como um agricultor, a lançar a semente do Evangelho no solo do coração humano e a vê-la ali germinar. Poderemos, assim, alimentar o mundo com os melhores e mais puros frutos. Se amarmos, seremos como um engenheiro de pontes, a religar pessoas antes separadas de Deus, por causa da inimizade do pecado. Se amarmos, seremos como um artista, a usar todo o nosso potencial criativo para colorir o mundo e torná-lo mais belo e desejável.

57 Se amarmos, seremos como um médico, fazendo de nossa prioridade a missão de cooperar com Deus para curar a alma enferma pelo pecado e suas devastadoras consequências, pela inoculação do Evangelho da Salvação. PENSANDO O REI(NO) HOJE O Reino de Deus tem caráter pessoal e subjetivo. Diz respeito à ordem e progresso da vida interior, em toda a sua plenitude e qualidades espirituais instauradas pela nossa obediência ao Rei Jesus. Se cada cristão atentar para os ideais do Reino em sua própria existência, a Igreja poderá oferecer, sim, um exemplo de sociedade transformada pelos princípios do Rei Jesus. Aí começa a verdadeira revolução: no coração do pecador que, arrependido, crê no Rei e submete-se a Ele. Você consegue imaginar como seria uma sociedade regida pela Carta Magna do Reino de Deus, o amor? Compartilhe com os demais sua opinião. Para pensar e agir: Não podemos deixar de salientar que, em relação à instauração do Reino de Deus na terra, ocorre uma grande tensão entre a perspectiva ideal e o que ocorre na realidade. É ingênuo pressupor que a instauração do Reino de Deus para a transformação da sociedade como um todo dependa unicamente de o pecador aceitar Jesus como Salvador. A coisa não é tão simples assim. O Reino de Deus é edificado em duas premissas em relação ao Rei Jesus: devemos crer nele como Salvador e submeter-nos a Ele como Senhor. Assim, ao entronizar o Rei Jesus, teremos que, entre outras atitudes: 1) Priorizar e privilegiar a vontade de Deus sobre a nossa própria vontade. O Rei Jesus o fez e espera que seus súditos também ajam assim (Jo 5.30; 1Jo 2.17). 2) Buscar com todas as nossas forças a instauração do Reino como a proposta cristã de revolução: justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Mt 6.33; Rm 14.17). 3) Assumir, a partir do novo nascimento, as exigências éticas do Rei Jesus, que se constituem em sinais da presença do Reino de Deus na terra. Dentre elas, destacamos a humildade, a dependência de Deus e a confiança nele (ricos e pobres), a solidariedade com os sofredores e a vigilância. Temos entronizado Jesus e obedecido à sua ordem? Temos sido súditos leais ao teor amoroso de sua orientação? Se nossa resposta é sim, temos sido, verdadeiramente, súditos do Rei. Leitura Diária Segunda-feira: Salmo 2.6,7 Terça-feira: Lucas Quarta-feira: Mateus Quinta-feira: João Sexta-feira: João Sábado: João Domingo: João

58 DATA DO ESTUDO LIÇÃO 12 Texto Bíblico: João JESUS, O SENHOR QUE VOCÊ TEME E ADORA Muitas vezes, somos chamados a explicar a dura realidade da ineficácia do testemunho e da ação cristã nos dias atuais. Qualquer possibilidade de resposta passa pela questão do senhorio de Jesus. Tudo o que vimos neste trimestre sobre o Verbo de Deus que nos alimenta, que mata a nossa sede espiritual, que ilumina nossas consciências, que nos protege, que torna nossos caminhos autênticos, que nos ensina com a autoridade do Pai, enfim, sobre as competências de Jesus, tudo tem aplicação prática para nós se e somente se o Salvador tornar-se, também, Senhor de nossas vidas. A partir da leitura de Romanos 1.1-7, entendemos que após sua ressurreição e exaltação, o status de Jesus como Soberano Senhor se estabelece como realidade so- bre os que creem (1.4) 1. Também, é a partir deste senhorio que se fundamentam as ordens e comissões para pregar o seu Reino salvífico no mundo (1.1,5). Do mesmo modo, é na esfera deste conceito que se originam as palavras chave do movimento cristão: graça e paz (1.7). Portanto, a chave para a vida frutífera tem a ver com a vontade de o crente ceder o controle de sua vida Àquele que ressurreto se fez Senhor (Rm 1.4). Neste estudo, pretendemos responder às questões seguintes: qual o principal termo grego usado para designar Jesus como Senhor e o que significa? Ter Jesus como Senhor implica num choque com a ordem política e cultural existente? Quais as consequências de um estado de submissão ao senhorio de Jesus pelos que nele creem? 1 - Ver também o importante testemunho de Romanos 14.9: Porque foi para isto que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor tanto de mortos como de vivos. 56

59 TERMINOLOGIA BÍBLICA PARA O SENHORIO DE JESUS O principal termo para denotar o Senhor Jesus é kurios (do grego: senhor, amo, dono.). Este termo apresenta estreita correlação com os conceitos de Rei e Mestre, ambos aplicados a Jesus em conjunto com seu senhorio (Jo 12.13b; Jo 13.13). Ter Jesus como Senhor significa, principalmente, a submissão do fiel à autoridade de Cristo, a qual é exercida pelo Espírito Santo em cada expressão da vida individual (o crente) e coletiva (a Igreja). Kurios (Senhor) é um termo da predileção dos escritores Lucas (210 vezes) e Paulo (275 vezes), que tinham em sua maioria destinatários de origem gentílica. No Evangelho de João, o termo ocorre em 52 casos, alguns dos quais denotam uma forma cortês de trato, ainda que subentendendo que a pessoa reconhece a posição exaltada de Jesus, e demonstra disposição para a obedecê-lo. Exemplos imediatos seriam os tratamentos a Jesus pela mulher samaritana (Jo 4.7-9), pelo oficial da nobreza romana (Jo 4.49), pelo enfermo curado no tanque de Betesda (Jo 5.7) e pela mulher acusada de adultério (Jo 8.11), só para ficar com alguns. Em outros casos do Evangelho de João, a declaração vocativa Senhor parece apresentar um sentido mais intenso do que mera cortesia de tratamento. É assim porque a pessoa que o usa é fortemente impactada pela ação do Cristo e, por isso reage com fé e adoração, como é o caso do cego de nascença (já estudado em lição anterior estudo 4) para exemplificar a resposta esperada por Deus ao senhorio de Jesus. Outra possibilidade de um emprego de Senhor mais intenso é o que ocorre em pessoas que mantêm um relacionamento vivo com o Cristo. E isso faz toda a diferença na hora de conversar com Deus. Exemplos imediatos são as falas dos discípulos de Cristo, dentre os quais Pedro se destaca (Jo 6.68), das irmãs de Lázaro (Jo 11.21,27,32), e o importante testemunho do Cristo ressurreto dado por Maria Madalena (Jo 20.18). O que torna esses encontros tão especiais é o fato de os falantes terem um relacionamento vivo de fé com o Senhor, a quem se dirigem. Você concorda? O CRISTÃO DOS DEUSES E SENHORES DO MUNDO Parece correto afirmar que o termo Senhor, aplicado a Jesus, encontrou resistência imperial naquela época, apesar de ambos os imperadores Augusto (31 a.c d.c.) e Tibério (14-37 d.c.) rejeitarem o título para si. Na cunhagem das moedas, via-se a imagem do busto do imperador, detentor e símbolo do Estado. Evidentemente, qualquer outro senhorio haveria de entrar em choque direto com o opressor sistema de governo romano. 57

60 Mas a questão se tornou um problema maior para a cristandade quando, a partir do imperador Calígula (37-41 d.c.), o título se tornou atraente. Com o imperador Nero (54-68 d.c.), em especial, que foi descrito como Senhor de todo o Mundo, a Igreja sofreu dura perseguição. Famoso por sua crueldade, foi sob o domínio de Nero que a reivindicação cristã de Jesus como Senhor chocava-se com o apelo imperial (At 17.17), sendo considerada, portanto, desobediência civil e, por isso, passível de penalização. Nesse duro período que se seguiu à morte e à ressurreição de Jesus, os cristãos que defendiam o senhorio do seu Rei e Mestre eram delatados, presos, julgados e, no caso de manterem sua fé em Jesus, martirizados. Relatos de como algumas dessas mortes ocorreram podem ser lidas em Hebreus Os mártires cristãos são exemplos de uma fé viva e verdadeira de quem vai até as últimas consequências defendendo Aquele a quem se submetem, seu Salvador e Senhor Jesus. O exemplo deixado por tantos que perderam suas vidas, no primeiro século, mostra como a fé no Senhor acaba implicando com a ordem sociocultural de um mundo em trevas. Logo, quem tem Jesus como Senhor há de brilhar (Mt 5.14-ss), há de renunciar ao mundo (Jo 12.25), há de viver esperançoso e em paz (Jo 14.27), há de alvoroçar o mundo pela prega- ção de um Evangelho de amor e paz (At 17.6). E isso sempre terá um custo! DEUS É SENHOR! JESUS É DEUS! LOGO, JESUS É SENHOR! No artigo Senhor, do Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, lemos: O Novo Testamento, ao dirigir-se a Deus como kurios, reconhecendo-o como tal, expressa especialmente Sua condição de Criador, Seu poder revelado na história, e Seu domínio justo sobre o universo, e, ao mesmo tempo, confessa a continuidade da sua crença com a fé vétero-testamentária. 2 Assim, compreendemos porque o testemunho do precursor de Jesus, João, o Batista, liga o Verbo Criador à profecia de Isaías, anunciando a chegada do Senhor:...Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías (Jo 1.23). O cristianismo dos primeiros dias não teve nenhuma dificuldade de confirmar o senhorio do Verbo da vida, em sua confissão de fé: para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele (1Co 8.6). CONSEQUÊNCIAS DO SENHORIO DE JESUS A tese desta lição é que Jesus Cristo é Senhor! Nessa soberana 2 - BROWN, Colin (Ed.) O Novo Dicionário internacional do NT. São Paulo: Vida Nova, artigo Senhor, p

61 condição, Jesus torna-se a causa eficiente de toda a existência cristã. Não havendo possibilidade de destacar todas as consequências desta afirmação (por questões de espaço), com um exercício simples, propomos uma amostragem intencional delas dentre algumas epístolas paulinas: - Ao cremos no Salvador Jesus e ao confessá-lo como Senhor, estamos inseparavelmente ligados a Ele (Rm 8.39). - Não pode haver duplicidade em nós quando o assunto é nossa submissão à autoridade de Deus, em e por Cristo, nosso Senhor (1Co 8.5,6). - Aos olhos do mundo, nossa submissão ao Cristo crucificado pode parecer pretexto de escárnio ou vergonha, mas, para nós, é motivo de glorificar a Deus (Gl 6.14). - Quando o assunto é salvação, ninguém a terá se não confessar sua submissão ao senhorio de Cristo (Fp 2.11). - Ao receber a Cristo como Senhor, comprometemo-nos, também, a seguir seus passos, crescendo na graça que Ele oferece (Cl 2.6,7). - Cabe aos que se submetem ao senhorio de Cristo viver em santidade, enquanto aguardam sua vinda (1Ts 3.13; 5.23). Esses textos podem servir-nos como base para o testemunho neotestamentário acerca dos efeitos do senhorio de Cristo. Para pensar e agir: Em conclusão, afirmamos que Jesus é o Senhor que devemos temer e adorar. Isso significa reivindicar o poder do Senhor glorificado para a vida da Igreja e do indivíduo 3. Também, que devemos reconhecer sua condição exaltada e sua autoridade total em matéria de fé, vivendo em observância das Escrituras Sagradas. Leia a exortação do apóstolo Paulo ao pastor Timóteo (1Tm ) e reflita sobre sua própria submissão a Cristo. Percebe-se aqui a proximidade dos conceitos Senhor-Rei:...no tempo próprio, manifestará o bem-aventurado e único soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores (v. 15). Como você se vê, quando o assunto é guardar o mandamento sem jamais o denegrir? Você tem sido um servo obediente e fiel? Você se sente preparado para este grande encontro com o Senhor? Então, vamos viver fazendo de nossa obediência ao Senhor nosso Memorial! (próxima e derradeira lição) Leitura Diária Segunda-feira: Romanos Terça-feira: João 1.23 Quarta-feira: João Quinta-feira: João 13.13,14 Sexta-feira: João Sábado: 1 Coríntios 8.5,6 Domingo: Romanos Idem, p

62 DATA DO ESTUDO Texto Bíblico: João 20.30,31 JESUS, O MEMORIAL QUE VOCÊ CELEBRA LIÇÃO 13 Em um dos sermões a que assisti pelo sítio de compartilhamento de vídeos YouTube, o pastor Ariovaldo Ramos deixou a seguinte definição de memorial: Um memorial é a forma pela qual alguém quer ser lembrado. Nesta lição, que focaliza textos do fim do Evangelho de João, traremos à memória tudo o que estudamos neste trimestre sobre Jesus Cristo, nosso Salvador. É nosso dever confiar na fonte de sustento espiritual que emana do Cristo morto e ressurreto, em caráter memorial e permanente, até que Ele volte. Nosso estudo percorrerá o seguinte trajeto: o viver memorial como estilo de vida, em ambos os Testamentos; a relação entre os sinais de Deus e o memorial a ser celebrado; um resumo de tudo o que vimos acerca do memorial que é Jesus; a palavra chave do memorial de Cristo; e, enfim, o tempo de celebrar este memorial. O ESTILO MEMORIAL DE VIVER A ideia de viver de forma a relembrar os atos de Deus na história pode ser facilmente percebida nos textos do Antigo Testamento. Neste sentido, o memorial usa vários meios: - A revelação escrita: Então disse o SENHOR a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué... (Ex 17.14); - Objetos que simbolizam uma realidade revelada, como é o caso das pedras na estola sacerdotal que representavam as 12 tribos de Israel (Ex 39.7); - O tempo solene do encontro para a adoração coletiva (Lv 23.24); - As ofertas trazidas ao altar, confessando a Deus os pecados cometidos, em busca de perdão (Nm 5.15b); - As palavras e votos de confiança no Senhor e em sua vontade, como expressão de fé coletiva do povo de Deus (Ml 3.16,17). 60

63 No Novo Testamento, a saga memorial continua na experiência pessoal de muitos, por exemplo: - O caso da mulher que, trazendo um vaso de alabastro cheio de valioso bálsamo, derramou o líquido precioso sobre a cabeça do Senhor Jesus, estando Ele à mesa, com seus discípulos. O gesto ficou eternizado nas Escrituras (Mt 26.7); - Nossas orações e atitudes também são relatadas como memoriais (At 10.4,31); - E nossa maior fonte memorial, a celebração da ceia, em que trazemos à memória o sacrifício remidor, que é a causa eficiente de nossa salvação, seguindo a ordem de Jesus (Lc 22.19; 1Co 11.24,25). PARA QUE HAJA MEMÓRIA, HÁ DE HAVER SINAIS Na história humana, Deus concede e opera sinais que acompanham a Sua palavra e testificam a sua validez e fidedignidade. Não são atos divinos incidentais, mas atos intencionais, visando obter da parte dos homens fé (Jo 2.11,23). O maior dos sinais de Deus é a vinda de seu Filho Unigênito, que passa a apontar o caminho da salvação profetizado no Antigo Testamento e cumprido em sua vida e missão. Um sinal é uma marca, um penhor, um milagre. Este termo é predominante nos Evangelhos (48 vezes) e em Atos (13 vezes), mas também ocorre nos textos de Paulo (8 vezes), em Hebreus (uma vez) e no Apocalipse (7 vezes). No texto que apreciamos, João 20.30, lemos que...fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. O propósito maior de Jesus com seus sinais é ser crido: Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus... (Jo 20.31a). NEM TODO SINAL LEVA À FÉ, MAS A FÉ NO SINAL CONDUZ À VIDA MEMORIAL Alguns episódios narrados por João evidenciam uma grande verdade, a saber, que apesar dos muitos sinais realizados por Jesus, a grande maioria permanecia incrédula (Jo 12.37). Este é, certamente, o caso do indeciso Nicodemos (Jo 3). Também, o caso da multidão alimentada milagrosamente por Jesus, que estava unicamente interessada na satisfação de suas necessidades materiais e não percebia o Filho de Deus diante dela (Jo 6.26,30). E o caso dos religiosos legalistas judeus, que se enfureciam a cada sinal praticado pelo Senhor (Jo 7.31,32; 11.47,48). Entretanto, muitos que presenciaram os sinais realizados pelo Salvador creram nele e, por isso, tornaram-se seus discípulos. Esta é uma verdade que muitos deixam de perceber: o sinal que é Cristo, em sua vida e missão, deve nos levar a crer. Crer deve nos levar ao discipulado. O discipulado deve nos levar à vida memorial, em testemunho diário. 61

64 A FORMA COMO JESUS QUER SER LEMBRADO Se você crê no Filho de Deus, e o recebe como Senhor de sua vida, entenda uma coisa: é seu dever sagrado viver para o testemunho de tudo o que Jesus representa. Isto significa que devemos viver pela fé, ou seja, trazer à memória quem Jesus é e o que fez por nós. À luz do que vimos neste trimestre de estudos em João, ressaltamos: - Jesus quer ser lembrado como o VERBO DA VIDA. Você se lembrará dele se o representar diante dos homens. - Jesus quer ser lembrado como o PÃO DA VIDA. Você se lembrará dele se alimentar-se de sua Palavra, que é viva e eficaz para te conduzir à boa, agradável e perfeita vontade de Deus. - Jesus quer ser lembrado como a ÁGUA DA VIDA. Você se lembrará dele se permitir que essa fonte jorre continuamente e mate sua sede de viver. - Jesus quer ser lembrado como a LUZ DA VIDA. Você se lembrará dele se enxergar com os olhos da fé e se brilhar diante dos homens. - Jesus quer ser lembrado como o PASTOR DA VIDA. Você se lembrará dele se ouvir seus bons ensinamentos e segui-los, à risca, custe o que custar. - Jesus quer ser lembrado como o CAMINHO DA VIDA. Você se lembrará dele se trilhar a trajetória da renúncia, do serviço e da adoração. - Jesus quer ser lembrado como a VERDADE DA VIDA. Você se lembrará dele se conhecê-lo e se pregar o resultado deste conhecimento: a liberdade dos filhos de Deus. - Jesus quer ser lembrado como a VIDEIRA DA VIDA. Você se lembrará dele se, unido a Ele, frutificar. - Jesus quer ser lembrado como o MESTRE DA VIDA. Você se lembrará dele se o imitar em seu caráter e atitudes. - Jesus quer ser lembrado como o REI DA VIDA. Você se lembrará dele se submeter-se à sua autoridade, que é absoluta em termos de fé, juntamente com a Palavra de Deus e o agir do Espírito Santo. - Jesus quer ser lembrado como SENHOR DA VIDA. Você se lembrará dele se for um discípulo temente a Deus, reverente e verdadeiro adorador. Se Jesus for lembrado por nós, viveremos em constante atitude MEMORIAL. A PALAVRA CHAVE DO MEMORIAL DE CRISTO A palavra chave que se repete a cada representação da pessoa e da missão de Jesus Cristo no Evangelho de João é VIDA. Para os que creem, descortina-se a vida autêntica e responsável, isto é, a vida sobrenatural que é a de Deus (Jo 5.21,26), que Deus, todavia, reparte com a humanidade, através de Cristo RICHARDS, Lawrence O. Teologia da Educação Cristã. São Paulo: Vida Nova, 1986, p

65 No primeiro capítulo do seu livro Teologia da Educação Cristã 2, Richards descreve o viver memorial ao afirmar que a vida é o que a Igreja é. O propósito da vida é o que a Igreja faz. A comunicação da vida é a forma como a Igreja edifica. A dinâmica da vida é o relacionamento familiar da Igreja. A transmissão da vida é a Igreja evangelizando. Concordamos, pois somos o corpo vivo de Cristo, a Igreja do Senhor Jesus. HOJE É TEMPO DE CELEBRAR JESUS! Em conclusão, afirmamos que Jesus é o memorial que eu e você, que nele cremos, celebramos. Ele é a manifestação absoluta da graça salvadora de Deus (Tt 2.11). Ao celebrar este memorial, devemos fazê-lo com zelo e fervor, mostrando ao mundo quem realmente é Jesus. Diante do trágico quadro social em que vivemos, isso significa renegar a impiedade e as paixões mundanas, e viver, no presente século, de forma sensata, justa e piedosa, enquanto aguardamos o retorno do Salvador, com ardorosa esperança (Tt 2.12,13). Para pensar e agir: No radical livro Como compartilhar sua fé, Paul Little 3 enumera várias ponderações importantes para quem deseja viver de forma a celebrar o memorial que é Jesus Cristo. Transformamos essas ponderações em perguntas, para nossa reflexão: 2 - Idem, pp LITTLE, Paul E. Como compartilhar sua fé. São Paulo: ABU, Jesus Cristo é o fundamento de nosso viver? - Temos dado bom testemunho aos demais acerca do que Ele representa para nós e para o mundo? Que seria esse bom testemunho em atitudes? - Preservamos em nossa mensagem a essência do memorial de Cristo, a saber, a oferta de si mesmo como sacrifício agradável a Deus, em favor dos pecadores, e sua notável ressurreição, que o coloca na posição de Senhor e Rei? Como? - Se a fé é a chave da despensa da vida, temos abastecido os celeiros da alma com a Palavra da Verdade do Evangelho? Como fazê-lo com eficiência? Ao terminar este estudo, convém relembrar o estribilho do hino 487 do Cantor Cristão: Precioso é Jesus para mim! (bis) Celeste prazer é Jesus conhecer! Precioso é Jesus para mim! Celebremo-lo, pois, irmãos! Leitura Diária Segunda-feira: Êxodo Terça-feira: Números Quarta-feira: Malaquias Quinta-feira: Lucas 22.19,20 Sexta-feira: 1 Coríntios Sábado: João 21.24,25 Domingo: Tito

66 Currículo 2017 Primeiro Trimestre Mais que Vencedores! Vitórias de Deus Ao nosso Alcance Pr. Noélio Duarte Segundo Trimestre Jesus e Você, Hoje Livro do Evangelho de João Pr. Davi Freitas de Carvalho Terceiro Trimestre Josué: revelações de Deus através da história Pr. Jonas Vieira Lima Quarto Trimestre Vida Cristã Princípios eternos para tempos melhores Pr. Elildes Junio Macharete Fonseca Pr. Matheus Dutra Rebello Revista da Convenção Batista Fluminense Ano 14 - n 53 - Abril / Maio / Junho Diretor Executivo: Pr. Dr. Amilton Ribeiro Vargas Diretoria da Convenção Batista Fluminense: Presidente: Pr. Geraldo Geremias Primeiro Vice-Presidente: Dca Lindomar Ferreira da Silva Segundo Vice-Presidente: Pr. Marcos Luís Lopes Terceiro Vice-Presidente: Pr. Luiz Antonio Rodrigues Vieira Primeira Secretária: Jane Célia da Silva Rodrigues Segunda Secretária: Loide Gonçalves do Nascimento Terceiro Secretário: Pr. Ozéas Dias Gomes da Silva Quarto Secretário: Pr. Davidson Pereira de Freitas Diretor de Educação Religiosa: Pr. Marcos Zumpichiatte Miranda Redator: Pr. Marcos Zumpichiatte Miranda Revisão Bíblico Doutrinária: Pr. Paulo Pancote Revisão e copidesque: Edilene Oliveira Produção Editorial, Diagramação e Impressão: Print Master Editora (22) Distribuição: Print Master Editora Seja Mordomo Algumas Igrejas poderão estar recebendo mais revistas que o número de jovens e adultos matriculados na EBD ou em outro grupo de estudo bíblico. Por favor, avise a Convenção se for este o seu caso. Queremos investir seu dízimo também em outros projetos. Convenção Batista Fluminense Rua Visconde de Morais, lngá - Niterói - RJ CEP Tel.: (21) contato@batistafluminense.org.br Acesse nosso site:

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