Informações para o paciente referente à prótese de disco intervertebral Prodisc-L para a coluna lombar.
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- Thalita Estrela Vidal
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1 Informações para o paciente referente à prótese de disco intervertebral Prodisc-L para a coluna lombar.
2 Tarefas e funções da coluna vertebral Estabilidade A coluna vertebral provê estabilidade para a cabeça e a parte superior do corpo e determina a postura. Os corpos vertebrais são os principais responsáveis por isso. A anatomia destes ossos em forma de caixa os torna especialmente robustos e resistentes à fraturas causadas por forças dirigidas de cima para baixo, como por exemplo: saltar, subir escadas ou andar. Proteção mecânica O corpo vertebral e o arco posterior da vértebra envolvem a medula espinhal para prover proteção. Anatomicamente empilhados um sobre o outro, eles formam a coluna vertebral. A medula espinhal e as terminações nervosas estão localizadas dentro do canal espinhal. Amortecimento e mobilidade Os discos intervertebrais estão localizados entre os corpos vertebrais, e têm como função amortecer os impactos. Os discos em conjunto com as articulações das vértebras permitem os movimentos de rodar, esticar e inclinar o tronco. Medula espinhal Arco vertebral posterior Ramificações nervosas Canal vertebral dos nervos Facetas articulares Discos intervertebrais Corpos Vertebrais
3 Lesões degenerativas da coluna vertebral As alterações degenerativas da coluna abrangem qualquer processo natural de envelhecimento associado às alterações patológicas dos corpos vertebrais, discos intervertebrais, ligamentos e articulações vertebrais. Essas alterações podem limitar em muito a mobilidade e a estabilidade da coluna vertebral. A estabilidade da coluna pode também ser comprometida pelo processo natural de envelhecimento, pela distribuição de peso não natural causada por uma anormalidade hereditária, ou por falta de movimento associada com uma vida sedentária. Qualquer operação anteriormente realizada em um disco intervertebral ou na coluna vertebral também pode causar perda de estabilidade. Toda forma de instabilidade pode progredir para a dor. Hérnias de discos As alterações degenerativas descritas ou os movimentos vigorosos e bruscos podem provocar rompimentos no disco intervertebral. O escape do núcleo (ou interior mole) do disco intervertebral, através desses rompimentos, faz com que o disco se projecte para fora, ou seja, o disco intervertebral torna-se protuberante. Quando o núcleo escapa completamente, isso é chamado de prolapso ou de hérnia de disco. O sequestro do disco intervertebral ocorre quando o núcleo mole não apenas se desloca, mas também, quando se separa completamente do disco intervertebral. Como conseqüência, o disco intervertebral e o tecido cortado não estão mais firmemente ligados. O disco intervertebral protuberante ou o núcleo mole deslocado podem agora invadir os caminhos nervosos. Dependendo do local do prolapso, isso pode provocar dor ou sintomas de paralisia nas costas ou, também, nas pernas e nos pés. No caso extremo, o prolapso pode provocar paraplegia.
4 Conceito de tratamento com Prodisc O objetivo de tratamento da prótese de disco intervertebral, Prodisc Lombar, é o de restaurar o funcionamento dinâmico normal da coluna vertebral e também proporcionar uma redução considerável da dor. Este objetivo é atingido através do restabelecimento da altura do disco, mantida pela prótese. Os nervos comprimidos são liberados e as articulações vertebrais são restauradas para sua posição fisiológica. Antes do desenvolvimento de discos artificiais a única alternativa cirúrgica era a fusão de vértebras, na qual os corpos vertebrais adjacentes eram fusionados permanentemente utilizando-se implantes, enxerto ósseo e ou gaiolas (cages). O objetivo de uma prótese de disco intervertebral é o de manter a mobilidade no disco afetado e reduzir cargas extra nos discos das proximidades.
5 A prótese A prótese de disco intervertebral Prodisc Lombar, consiste de duas placas de Cobalto-Cromo-Molibidênio que são cobertas com uma camada de titânio que permite o crescimento de osso por sobre a prótese. Um núcleo plástico (Polietileno), localizado entre as placas garante a mobilidade no seguimento (principio da articulação esférica). Todos estes materiais são clinicamente testados para serem muito bem aceito pelo corpo. Este desenho previne a sobrecarga dos discos adjacentes, como pode ocorrer em uma tradicional fusão vertebral. Estão disponíveis aos cirurgiões componentes individuas de diferentes tamanhos, de forma a possibilitar a escolha e montagem da prótese que melhor se adapte à anatomia do paciente. Fixação da prótese De forma a obter uma estabilidade primaria, em curto prazo, logo após a cirurgia, a prótese de disco intervertebral Prodisc Lombar possui em suas placas uma quilha que é ancorada nos corpos vertebrais além de duas travas que evitam o deslizamento das placas. Desta maneira é garantida desde o principio a estabilidade necessária. Adicionalmente, toda a superfície é revestida por uma camada de titânio puro (patenteado) altamente poroso, que permite o crescimento de osso sobre os componentes de metal, devido a sua superfície extremamente áspera e porosa.
6 Ato cirúrgico A cirurgia é realizada através da parede abdominal, sob anestesia geral. O acesso à coluna é feito de acordo com a localização do disco intervertebral afetado. Isso pode ser feito através de um corte transversal ou longitudinal, de aproximadamente 4 a 6 cm, no abdômen inferior. Após afastamento cuidadoso dos nervos e grandes vasos localizados na superfície anterior da coluna, o disco intervertebral degenerado é removido. O espaço do disco intervertebral é expandido com instrumentos especiais até aproximadamente 10 a 14 mm, para descomprimir as raízes nervosas e criar espaço para a prótese. Depois de uma preparação precisa e da medição do espaço intervertebral o implante elegido é aplicado com auxilio de radioscopia.
7 O que acontece depois da cirurgia? O paciente permanece no hospital por poucos dias após a cirurgia. Dado que a prótese é imediatamente estável em relação a movimento e pressão, o paciente pode começar a caminhar um dia depois da cirurgia. Se necessário, seguindo aconselhamento médico, o paciente usará um colete ortopédico por poucas semanas depois da cirurgia, para suportar sua coluna. Ao contrario da cirurgia com fusão, você pode sentar durante este tempo. Apesar disso, como ocorre na cirurgia de fusão, o paciente deve evitar se inclinar para frente sobre carga, levantar objetos pesados e girar a coluna excessivamente. O tratamento pós-operatório poderá incluir, a critério de seu médico, fisioterapia, movimentação, musculação, etc. Aproximadamente 3 meses após a cirurgia haverá o crescimento ósseo por sobre a camada de titânio da prótese. Isto pode ser verificado através de um raio-x de acompanhamento. Os exames de acompanhamento são realizados em intervalos regulares para garantir a maior segurança neste procedimento cirúrgico. Por favor discuta suas atividades ocupacionais e esportivas diretamente com seu médico.
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