Avaliação da Mácula e Espessura da Camada de Fibras Nervosas Peripapilar em Crianças Prematuras

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Avaliação da Mácula e Espessura da Camada de Fibras Nervosas Peripapilar em Crianças Prematuras"

Transcrição

1 Oftalmologia - Vol. 36: pp Artigo Original Avaliação da Mácula e Espessura da Camada de Fibras Nervosas Peripapilar em Crianças Prematuras Ana Filipa Duarte 1I, Rita Rosa 1I, Arnaldo Santos 1I, Rute Lino 3III, Ana Bettencourt 2II, Cristina Brito 2II, José Nepomuceno 2II, Alcina Toscano 2II, Pinto Ferreira 2II 1 Interno do Internato Complementar; 2 Assistente Hospitalar Graduado ; 3 Ortoptista 1ª Classe I Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central II Maternidade Alfredo da Costa III Gabinete de Ortóptica Centro Hospitalar de Lisboa Central RESUMO Objectivo: Investigar alterações da mácula e da camada de fibras nervosas peripapilar numa população de crianças prematuras com idades entre os 5 e 10 anos. Métodos: Estudo prospectivo, controlado, envolvendo crianças prematuras seleccionadas na consulta de Oftalmologia Pediátrica do Centro Hospitalar de Lisboa Central, entre Maio a Julho de As mesmas foram distribuídas em 3 grupos: grupo sem retinopatia da prematuridade (ROP) prévia GP, 40 olhos; grupo com história de ROP com regressão espontânea GR, 40 olhos; grupo com ROP submetida a tratamento GT, 20 olhos. Foi igualmente constituído um grupo controlo (GC), de crianças na mesma faixa etária e com nascimento após gravidez de termo. Todas as crianças foram submetidas a tomografia óptica computorizada spectral domain (Spectralis ) para determinação das espessuras macular central, perifoveal e camada de fibras nervosas peripapilar. Resultados: Nos grupos de crianças prematuras foram detectados, face à população controlo, valores de espessura macular central significativamente superiores (GP, GR, GT, GC, 280,87 ± 18,65; 301,67 ± 24,19; 329,65 ± 29,35; 270,57 ± 10,74, respectivamente), o mesmo não acontecendo com as espessuras perifoveais interna e externa, onde não se evidenciaram diferenças. A espessura média da camada de fibras nervosas peripapilar foi significativamente inferior nas crianças prematuras (GP, GR, GT, GC 95,72 ± 16,17; 80,97 ± 12,68 81,40 ± 24,63; 97,20 ± 8,01, respectivamente). Estas diferenças foram mais significativas na população com ROP (tratada e não tratada). Conclusões: Crianças prematuras, sobretudo as que desenvolvem retinopatia da prematuridade, podem apresentar alterações na anatomia foveal e espessura da camada de fibras nervosas. Palavras-chave Prematuridade, retinopatia da prematuridade, tomografia de coerência óptica, mácula, camada de fibras nervosas. Vol Nº 2 - Abril-Junho

2 Ana Filipa Duarte, Rita Rosa, Arnaldo Santos, Rute Lino, Ana Bettencourt, Cristina Brito, José Nepomuceno, Alcina Toscano, Pinto Ferreira ABSTRACT Purpose: To investigate macular changes and retinal nerve fiber layer thickness in premature children com ages between 5 and 10 years. Methods: Prospective, controlled study involving premature children, recruited from Centro Hospitalar de Lisboa Central, from May to July Three groups were formed: children with no history of retinopathy of prematurity (ROP) - GP group, 40 eyes; group with previous ROP with spontaneous regression - GR group, 40 eyes; group with previously treated ROP - GT group, 20 eyes. Additionally 20 healthy and full-term children of the same age group were recruited and formed the control group. Group C (GC). All the children were submmited to spectral domain optical coherence tomography (Spectralis ) for determination of central and perifoveal macular thickness and nerve fiber layer thickness. Results: We found that premature children had significantly higher values of macula central thickness (GP, GR, GT, GC, ± ; ± ; ± ; ± 10.74, respectively), and there were no differences concerning perifoveal internal and external thicknesses. Average thickness of retinal nerve fiber layer area was significantly lower in children born before term (GP, GR, GT, GC ± 16.17; ± ± 24.63; ± 8.01, respectively). These differences were most significant in children with ROP (treated and not treated), in which there was also a greater loss of foveal depression. Conclusion: This study has shown that premature children, especially those with previous retinopathy of prematurity, may present changes in foveal anatomy and nerve fiber layer thickness. Key-words Prematurity, retinopathy of prematurity, optical coherence tomography, macula, nerve fiber layer. INTRODUção A Retinopatia da Prematuridade (ROP) é uma patologia vasoproliferativa que se pode desenvolver em recém-nascidos prematuros, na ausência de maturação retiniana completa. Afecta os vasos em desenvolvimento e apresenta um largo espectro de gravidade e sequelas visuais, desde ligeira com regressão espontânea, a mais agressiva com formação de neovasos, descolamento da retina e, em última instância, cegueira. Com a melhoria dos cuidados neonatais a possibilidade de sobrevivência de grandes prematuros tem aumentado e com isso, a incidência de ROP tornou-se cada vez maior (1). Vários factores têm sido implicados no seu desenvolvimento: baixo peso à nascença, baixa idade gestacional e oxigenioterapia suplementar, entre outros, sendo que mais recentemente tem sido proposta uma importante influência de factores genéticos (2). O impacto da prematuridade no desenvolvimento ocular e na visão pode, por si só, ser significativo, mesmo sem o desenvolvimento de ROP, e a primeira sido associada a várias patologias desde miopia, estrabismo, ambliopia a anomalias do disco óptico (3,4). No que respeita ao desenvolvimento macular, sabe-se actualmente que termina algumas semanas após o nascimento (5) e estudos em animais têm sugerido que a prematuridade pode alterar este processo (6). Adicionalmente, dados recentes documentam a existência de uma disfunção macular subtil, em olhos com ROP, traduzida em alterações do electroretinograma multifocal (mferg) (7), bem como um comprometimento da visão cromática e sensibilidade ao contraste a longo prazo (8). Apesar do crescente interesse crescente pelo estudo da mácula e CFN em crianças prematuras (9-13), são ainda escassos os estudos incidindo numa faixa etária mais avançada, e que relacionem alterações da retina central e sobretudo da CFN com existência de ROP prévia. A Tomografia de Coerência Óptica (OCT) e mais recentemente a nova tecnologia Spectral-Domain (SD), de elevada resolução, permite obter dados relativos à área macular e CFN de forma altamente reprodutível, sendo actualmente um dos métodos mais utilizados na avaliação destas estruturas (14). 134 Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

3 Avaliação da Mácula e Espessura da Camada de Fibras Nervosas Peripapilar em Crianças Prematuras O objectivo deste estudo é o de investigar alterações maculares e da espessura da camada de fibras nervosas peripapilar, através de OCT, numa população de crianças prematuras em idade escolar, de forma a melhorar a abordagem clínica nestas crianças. MATeRIAL e MéTOdOS Desenho do estudo Estudo prospectivo controlado. Amostra O presente estudo incluiu crianças com nascimento pré- -termo, entre os 5 e os 10 anos, seleccionadas na consulta de Oftalmologia Pediátrica do Centro Hospitalar de Lisboa Central no período de Maio a Julho de Foram excluídas crianças que apresentassem história de lesão cerebral, cirurgia ocular prévia, sequelas de ROP (prega macular, tracção vitreomacular, descolamento da retina envolvendo a mácula) ou outra patologia significativa do pólo posterior, nistagmos, ambliopia e miopia com equivalente esférico -3.0D. Os pais das crianças foram convidados por via telefónica a participar no estudo, tendo sido obtido um consentimento informado à data do exame. Seis crianças foram excluídas por falta de colaboração, 5 prematuras e 1 do grupo controlo. As crianças prematuras foram distribuídas em 3 grupos: Grupo P (GP) - sem história de retinopatia da prematuridade (ROP), 20 crianças entre 5 e 10 anos, (40 olhos); grupo R (GR) - história de ROP com regressão espontânea, 20 crianças entre 5 e 10 anos (40 olhos); grupo T (GT) história de ROP submetida a tratamento 15 crianças entre 5 e 6 anos (dos quais 20 olhos foram seleccionados, após análise dos critérios de exclusão). Foram ainda recrutadas 20 crianças saudáveis, na mesma faixa etária, com nascimento após gravidez de termo e sem patologia ocular, que formaram o grupo controlo grupo C (GC, 40 olhos). Todas as crianças foram submetidas a tomografia óptica computorizada spectral domain (SD-OCT, Spectralis ), pelo mesmo operador, numa sala com baixa iluminação e sem dilatação pupilar prévia. Para o estudo da mácula uma fonte de fixação interna foi centrada na fóvea do doente, com monitorização da sua estabilidade pelo operador, e as imagens obtidas após realização de seis scans maculares radiais com igual espaçamento angular, e 25 scans paralelos separados por 200 μm. As imagens foram analisadas através do software incorporado no aparelho. A espessura da retina foi dada automaticamente como a distância entre um plano ao nível da interface vitreoretiniana e outro ao nível do complexo membrana basal do epitélio pigmentar da retina membrana de Bruch. Foram obtidas os valores médios da espessura retiniana em cada uma das 9 áreas definidas pelo Early Treatment Diabetic Retinopathy Study (ETDRS), dispostos em 3 anéis concêntricos, com raios de 1.0, 2.22 e 3.45 mm, respectivamente. Analisou-se o valor central, perifoveal interno (soma dos 4 valores do anel intermédio ) e perifoveal externo (soma dos 4 valores do anel externo). Para o estudo da camada de fibras nervosas peri-papilar foi analisada uma área de disco óptico de 4 mm por 4 mm, com intervalos de 50 μm e obtidos os valores de espessura da camada de fibras nervosas total (CFN), determinados através do software do aparelho. Análise estatística Os resultados foram analisados estatisticamente utilizando o software SPSS versão 19.0 para o Windows (SPSS Inc, Chicago, IL). Todos os dados são expressos como média ± desvio padrão. O teste Mann-Whitney U foi utilizado para comparar os resultados entre os 4 grupos, para uma significância estatística de 5%. ResuLTAdOS As idades atuais das crianças incluídas nas amostras, bem como as idades (semanas) e pesos gestacionais (gramas) são descritos na tabela 1. Todos os olhos do grupo Tabela 1 Resultados relativos à idade atual, idade gestacional e peso à nascença nos diferentes grupos de crianças prematuras. Parâmetros GP GR GT Idade (anos) 7.29 ± ± ± 0.51 Idade gestacional (semanas) ± ± ± 0.55 Peso à nascença (gramas) ± ± ± Os valores são mostrados como média ± DP. GP = grupo de crianças prematuras sem ROP; GR = grupo de crianças prematuras com ROP com regressão espontânea; GT = grupo de crianças prematuras com ROP tratada com laser. Vol Nº 2 - Abril-Junho

4 Ana Filipa Duarte, Rita Rosa, Arnaldo Santos, Rute Lino, Ana Bettencourt, Cristina Brito, José Nepomuceno, Alcina Toscano, Pinto Ferreira GR apresentaram história de ROP de estádio 1 ou 2 na fase aguda, com posterior regressão espontânea documentada, e os olhos do grupo GT foram submetidos a tratamento de coagulação a laser para doença estádio 3 limiar. No que respeita à espessura central da mácula observámos valores significativamente superiores nos grupos de crianças prematuras (sem ROP, com ROP de regressão espontânea e com ROP tratada) face às crianças controlo (tabelas 2 e 3), com excepção do grupo de prematuros (GP), onde a espessura macular central foi superior ao grupo controlo mas não de forma significativa. As diferenças foram igualmente significativas e com valores crescentes ao compararmos os 3 grupos de crianças prematuras entre si (GP vs GR vs GT, tabela 4). Os valores de espessura das áreas perifoveais foram similares entre os 4 grupos. As figuras 1 a 4 (imagens da esquerda e centro) correspondem a 4 casos que exemplificam os resultados obtidos em cada grupo. De salientar que nas imagens de scans maculares das crianças prematuras, e de forma mais evidente no GR e GT, as depressões foveais apresentaram-se menos evidentes, definindo-se uma camada contínua entre a lâmina limitante interna e a camada de fotoreceptores, correspondente às camadas internas da retina. De forma mais precisa, no GP tal como no GC, 40/40 olhos (100%) apresentaram depressões foveais visíveis, sendo no GR 13/40 olhos (32,5%) e no GT 20/20 (100%) não. Tabela 2 Resultados relativos à espessura macular central e perifoveal nos diferentes grupos de crianças. Parâmetros GP GR GT GC Espessura mácula central (μm) ± ± ± ± Espessura peri-foveal int. (μm) ± ± ± ± Espessura peri-foveal ext. (μm) ± ± ± ± Os valores são mostrados como média ± DP. GP = grupo de crianças prematuras sem ROP; GR = grupo de crianças prematuras com ROP com regressão espontânea; GT = grupo de crianças prematuras com ROP tratada com laser; GC = grupo de crianças com nascimento após gravidez de termo. Tabela 3 Resultados do teste de Mann-Whitney, utilizado na comparação de pares de grupos. Parâmetros GP vs GC GR vs GC GT vs GC Espessura mácula central (μm) Espessura peri-foveal int. (μm) Espessura peri-foveal ext. (μm) GP = grupo de crianças prematuras sem ROP; GR = grupo de crianças prematuras com ROP com regressão espontânea; GT = grupo de crianças prematuras com ROP tratada com laser; GC = grupo de crianças com nascimento após gravidez de termo. Tabela 4 Resultados do teste de Mann-Whitney, aqui utilizado para comparar os diferentes grupos de crianças prematuras. Parâmetros GP vs GR GP vs GT GR vs GT Espessura mácula central (μm) GP = grupo de crianças prematuras sem ROP; GR = grupo de crianças prematuras com ROP com regressão espontânea; GT = grupo de crianças prematuras com ROP tratada com laser. Tabela 5 Resultados do teste de Mann-Whitney, utilizado na comparação de pares de grupos. Parâmetros GP vs GC GR vs GC GT vs GC Espessura CFN (μm) GP vs GR GP vs GT GR vs GT Espessura CFN (μm) GP = grupo de crianças prematuras sem ROP; GR = grupo de crianças prematuras com ROP com regressão espontânea; GT = grupo de crianças prematuras com ROP tratada com laser; GC = grupo de crianças com nascimento após gravidez de termo. 136 Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

5 Avaliação da Mácula e Espessura da Camada de Fibras Nervosas Peripapilar em Crianças Prematuras No que respeita à espessura de CFN podemos igualmente observar valores significativamente inferiores no grupo de crianças com ROP prévia (não tratada e tratada, entre os quais a diferença não foi estatisticamente significativa) face aos grupos de crianças prematuras sem ROP e crianças controlo (gráfico 1 e tabela 5). Mais uma vez as figuras 1 a 4 (imagens à direita) correspondem a 4 casos que exemplificam os resultados obtidos em cada grupo. DISCUSSão Neste estudo investigámos a estrutura macular e camada de fibras nervosas em crianças prematuras, distribuindo-as em 3 grupos: GP, prematuros sem ROP; GR, prematuros com ROP; e GT, prematuros com ROP tratada com laser. Procurámos determinar o efeito de cada um destes aspectos comparativamente a um grupo de crianças com nascimento de termo. Tal como Recchia et al. (12) e Ecsedy et al. (13) haviam verificado, também nos nossos grupos de crianças prematuras foram evidentes valores significativamente superiores de espessura macular central, acompanhados por depressões foveais menos pronunciadas, com manutenção, na maioria dos casos, de acuidades visuais normais (aspecto este que não foi determinado de forma exaustiva por não fazer parte do âmbito deste estudo). Em muitas destas crianças, sobretudo no GR e GT os scans maculares mostraram a persistência de camadas internas da retina a nível Gráf. 1 Resultados relativos à espessura da camada de fibras nervosas nos diferentes grupos de crianças. GP = grupo de crianças prematuras sem ROP; GR = grupo de crianças prematuras com ROP com regressão espontânea; GT = grupo de crianças prematuras com ROP tratada com laser; GC = grupo de crianças com nascimento após gravidez de termo. central sendo de salientar que os valores de espessura foram crescentes do grupo de crianças prematuras para o grupo de crianças com ROP e daí para as crianças com ROP tratada a laser, todos eles com valores significativamente Fig. 1 Imagens de scans maculares, mapas de espessura e camada de fibras nervosas de criança de 7 anos pertencente ao GP (prematuros sem ROP prévia). Vol Nº 2 - Abril-Junho

6 Ana Filipa Duarte, Rita Rosa, Arnaldo Santos, Rute Lino, Ana Bettencourt, Cristina Brito, José Nepomuceno, Alcina Toscano, Pinto Ferreira Fig. 2 Imagens de scans maculares, mapas de espessura e camada de fibras nervosas de criança de 6 anos pertencente ao GR (prematuros com ROP com regressão espontânea). Fig. 3 Imagens de scans maculares, mapas de espessura e camada de fibras nervosas de criança de 6 anos pertencente ao GT (prematuros com ROP tratada a laser). diferentes entre si. O teste de Mann- Whitney demonstrou mais especificamente que as crianças com ROP prévia (tratada e não tratada, GT e GR) mas não as prematuras sem ROP (GP) apresentaram valores de espessura macular central significativamente superiores às crianças controlo. Já as espessuras das camadas internas e externas da mácula foram similares entre todos os grupos. Estes resultados fazem-nos propor que a retinopatia pode causar uma disrupção no normal desenvolvimento da fóvea, contudo, não podemos excluir a questão da prematuridade, dado que as crianças que desenvolvem ROP são também aquelas de menores idades e pesos gestacionais, sendo que podem ser 138 Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

7 Avaliação da Mácula e Espessura da Camada de Fibras Nervosas Peripapilar em Crianças Prematuras Fig. 4 Imagens de scans maculares, mapas de espessura e camada de fibras nervosas de criança de 7 anos pertencente ao GC (grupo controlo). esses factores os responsáveis pelas alterações estruturais observadas. Uma limitação deste estudo, e que poderá ser colmatada numa análise futura, é precisamente a correlação entre esses distintos parâmetros (idade gestacional, peso à nascença, ROP, ROP tratada) com os resultados obtidos. Um estudo prévio sobre alterações angiográficas em crianças prematuras (15) demonstrou a existência de uma zona avascular central inferior ao normal, sugerindo que o processo normal de regressão vascular que ocorre nesta zona estará comprometido em crianças nascidas antes das 30 semanas. Vários outros autores descreveram igualmente as alterações maculares que decorrem nas últimas semanas de gestação, como o afastamento progressivo das células internas da retina e dos núcleos dos cones dos segmentos externos dos últimos, que se organizam de forma compacta no centro da fóvea (16). A prematuridade e/ou ROP podem condicionar este processo e justificar os achados nos scans maculares, com a persistência das camadas internas e redução da depressão foveal. Outras possíveis limitações deste estudo dizem respeito por um lado, ao tamanho das amostras, e por outro ao facto de termos tido apenas acesso aos dados de crianças entre 5 e 6 anos, para inclusão no grupo de ROP tratada (GT). O aumento das amostras e a inclusão de crianças de idades superiores no último grupo poderiam auxiliar a obtenção de conclusões definitivas. Também de referir a possibilidade de existência de erros na aquisição de imagens em crianças com fracas colaborações, com a obtenção de scans parafoveais e valores falsamente elevados de espessuras. Contudo, a realização deste exame por um técnico experiente terá minimizado este fonte de erro. No que respeita à espessura da camada de fibras nervosas peripapilar, mais uma vez os grupos de crianças prematuras apresentaram diferenças significativas entre si e comparativamente ao grupo controlo, sendo os valores decrescentes do grupo de crianças prematuras para o grupo de crianças com ROP e daí para as crianças com ROP tratada a laser. Samarawickrama CB (11) determinou previamente que o baixo peso à nascença e outros marcadores de um mau desenvolvimento intra-uterino relacionavam-se com alterações dos parâmetros da papila, nomeadamente com uma maior relação escavação/disco, numa população de crianças de 12 anos. Mais recentemente Tariq et al (9) demonstrou as associações entre baixo peso à nascença e prematuridade com o espessamento da fóvea, e entre baixo peso e a redução da espessura de CFN. Contudo, em nenhum destes estudos foi tida em conta a existência ou não de ROP. Os nossos resultados, juntamente aos já publicados, suscitam questões que podem ser relevantes na avaliação do nervo óptico destes doentes: serão estas alterações uma particularidade destes indivíduos? Essa verificação poderia evitar diagnósticos erróneos de neuropatias (p.e.glaucomatosa) na idade adulta. Por outro lado, terão estes olhos um risco acrescido de desenvolvimento de glaucoma? Para responder a esta questão seriam úteis estudos longitudinais incidindo nesse aspecto, devidamente Vol Nº 2 - Abril-Junho

8 Ana Filipa Duarte, Rita Rosa, Arnaldo Santos, Rute Lino, Ana Bettencourt, Cristina Brito, José Nepomuceno, Alcina Toscano, Pinto Ferreira acompanhados pela avaliação dos campos visuais. O mesmo acontece na avaliação da mácula, dado ser o OCT um método auxiliar de diagnóstico frequentemente utilizado em quadros de baixa visão. Concluindo, este estudo demonstrou que crianças prematuras sem patologia macular aparente na oftalmoscopia podem apresentar alterações na anatomia desta zona (aumento da espessura central, perda da depressão foveal e persistência das camadas internas da retina) e menor espessura da camada de fibras nervosas peripapilar. Essas variações são mais pronunciadas em crianças que desenvolveram retinopatia da prematuridade. BIBLIOGRAfIA 1. Palmer EA, Flynn JT, Hardy RJ, et al. Incidence and early course of retinopathy of prematurity. The Cryotherapy for Retinopathy of Prematurity Cooperative Group. Ophthalmology. Nov 1991;98(11): Csak K, Szabo V, Szabo A, et al. Pathogenesis and genetic basis for retinopathy of prematurity. Front Biosci. Jan ;11: Gallo JE, Lennerstrand G. A population based study of ocular abnormalities in premature children aged 5 to 10 years. Am J Ophthalmol. 1991; 111: Snir M, Nissenkorn I, Sherf I, Cohen S, Sira IB. Visual acuity, strabismus and amblyopia in preterm babies with and without retinopathy of prematurity. Ann Ophthalmol 1988;20: Hendrickson AE, Yuodelis C. The morphological development of the human fovea. Ophthalmology. 1984;91 (6): Hendrickson AE. Primate foveal developmen : a microcosm of current questions in neurobiology. Invest Ophthalmol Vis Sci. 1994; 35: Fulton AB, Hansen RM, Moskowitz A. Multifocal ERG in subjects with a history or retinopathy of prematurity. Doc Ophthalmol 2005; 111: Dobson V, Quinn GE, Abramov I. Color vision measured with pseudoisochromatic plates at five and a half years in eyes from the Cryo-Rop Study. Invest Ophthalmol Vis Sci. 1996; 37: Tariq YM, Pai A, Li H, Afsari S, Gole GA, Burlutsky G, Mitchell P. Association of birth parameters with OCT measured macular and retinal nerve fiber layer thickness. Invest Ophthalmol Vis Sci Mar 25;52(3): Akerblom H, Larsson E, Eriksson U, Holmström G. Central macular thickness is correlated with gestational age at birth in prematurely born children. Br J Ophthalmol Jun;95(6): Samarawickrama C, Huynh SC, Liew G, Burlutsky G, Mitchell P. Birth weight and optic nerve head parameters. Ophthalmology Jun;116(6): Recchia FM, Recchia CC. Foveal dysplasia evident by optical coherence tomography in preterm and full- -term children. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2007;48: Ecsedy M, Szamosi A, Karkó C, Zubovics L, Varsányi B, Németh J, Récsán Z A comparison of macular structure imaged by optical coherence tomography in preterm and full-term children. Invest Ophthalmol Vis Sci Nov;48(11): Pierro L, Giatsidis SM, Mantovani E, Gagliardi M. Macular thickness interoperator and intraoperator reproducibility in healthy eyes using 7 optical coherence tomography instruments. Am J Ophthalmol Aug;150(2): Mintz-Hittner HA, Knight-Nanan DM. A small avascular zone may be an historic mark of prematurity. Ophthalmology. 1999; 106: Springer AD. New role for the primate fovea: a retinal excavation determines photo receptor deployment and shape. Vis Neurosci. 1999; 16 (4): CONTACTO anaf.duarte@hotmail.com Trabalho apresentado no 54º Congresso Português de Oftalmologia, em Dezembro de Os autores não têm qualquer interesse comercial no equipamento utilizado. Este trabalho não foi publicado e os direitos de autor são cedidos à SPO. 140 Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

RESUMO. Conclusões: Na ausência de ROP, as crianças com AP apresentam uma espessura de CFNp idêntica às crianças de termo.

RESUMO. Conclusões: Na ausência de ROP, as crianças com AP apresentam uma espessura de CFNp idêntica às crianças de termo. Oftalmologia Vol. 41: pp. 000-000 RESUMO Objetivos: Comparar a espessura da camada de fibras nervosas peripapilar (CFNp) e complexo de células ganglionares (CCG) em crianças com antecedentes de prematuridade

Leia mais

INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS

INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS Título: Associação da morfologia do edema macular e do status da membrana limitante externa com a acuidade visual na retinopatia diabética. Autores: Rosana Zacarias HANNOUCHE; Marcos Pereira de ÁVILA;

Leia mais

Procedimento Descrição Custo

Procedimento Descrição Custo Nome do procedimento de acordo com a terminologia da CBHPM/TUSS (se possível, informar também o nome em inglês). Descrição do que consiste o procedimento, qual sua finalidade, qual a importância da inclusão

Leia mais

Espessura da Coróide na Oclusão de Ramo Venoso da Retina

Espessura da Coróide na Oclusão de Ramo Venoso da Retina Oftalmologia - Vol. 37: pp.251-258 Artigo Original Espessura da Coróide na Oclusão de Ramo Venoso da Retina Maria Lisboa 1, Luísa Vieira 1, Ana Cabugueira 1, Rute Lino 2, Ana Amaral 3, Miguel Marques 4,

Leia mais

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências. Avaliação de Tecnologias em Saúde

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências. Avaliação de Tecnologias em Saúde Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências Avaliação de Tecnologias em Saúde Sumário de evidências e recomendações para o uso de tomografia de coerência óptica em pacientes com glaucoma Porto Alegre,

Leia mais

MELANOMA DA COROIDEIA: DIFERENTES APRESENTAÇOES

MELANOMA DA COROIDEIA: DIFERENTES APRESENTAÇOES MELANOMA DA COROIDEIA: DIFERENTES APRESENTAÇOES Cristina Santos; Ana Rita Azevedo; Susana Pina; Mário Ramalho; Catarina Pedrosa; Mara Ferreira; João Cabral Comunicação Livre Oncologia Ocular Hospital Prof.

Leia mais

Artigo Original Original Article

Artigo Original Original Article Artigo Original Original Article Características estruturais maculares de olhos de pré-escolares nascidos prematuros: Structural features of macular eyes of preschoolers born preterm: analysis by optical

Leia mais

Persistência das fibras de mielina e não só: Síndrome de Straatsma

Persistência das fibras de mielina e não só: Síndrome de Straatsma Oftalmologia - Vol. 37: pp.117-124 Artigo Original Persistência das fibras de mielina e não só: Síndrome de Straatsma Maria Inês Rodrigues 1, Claúdia Loureiro 1, Leonor Almeida 2, Manuel Monteiro-Grillo

Leia mais

A PREVENÇÃO faz a diferença

A PREVENÇÃO faz a diferença A Visão é um dos órgãos dos sentidos mais importantes Teve uma importância essencial no processo de desenvolvimento humano. A relação do homem com o mundo ganhou maior abrangência e segurança ao adquirir

Leia mais

Avaliação do segmento anterior em crianças portuguesas com antecedentes de prematuridade usando Pentacam Scheimpflug

Avaliação do segmento anterior em crianças portuguesas com antecedentes de prematuridade usando Pentacam Scheimpflug Oftalmologia - Vol. 40: pp.139-144 Artigo Original Avaliação do segmento anterior em crianças portuguesas com antecedentes de prematuridade usando Pentacam Scheimpflug Marques, Sousa Nadine¹; Barros, Rodrigues

Leia mais

Oftalmologia Vol. 41: pp RESUMO

Oftalmologia Vol. 41: pp RESUMO Oftalmologia Vol. 41: pp. 000-000 RESUMO Introdução: A Retinopatia da prematuridade (ROP) é uma doença vasoproliferativa que afecta crianças prematuras. Têm sido desenvolvidos vários algoritmos para tentar

Leia mais

Milton Ruiz Alves. Medida da Acuidade Visual em Ambulatório de Saúde Ocupacional

Milton Ruiz Alves. Medida da Acuidade Visual em Ambulatório de Saúde Ocupacional Medida da Acuidade Visual em Ambulatório de Saúde Ocupacional Milton Ruiz Alves O apresentador declara não apresentar conflitos de interesse que possam ser relacionados à sua apresentação As funções visuais

Leia mais

NOVO ROL DA ANS TRATAMENTO OCULAR QUIMIOTERÁPICO COM ANTIANGIOGÊNICO 2018 / 2019

NOVO ROL DA ANS TRATAMENTO OCULAR QUIMIOTERÁPICO COM ANTIANGIOGÊNICO 2018 / 2019 NOVO ROL DA ANS TRATAMENTO OCULAR QUIMIOTERÁPICO COM ANTIANGIOGÊNICO 2018 / 2019 DMRI EMD OVC ORVC DMRI COBERTURA OBRIGATÓRIA PARA PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA A IDADE (DMRI)

Leia mais

Atrabeculoplastia laser é uma forma terapêutica. A Repetição da Trabeculoplastia Laser Selectiva 1 ano de follow-up. Introdução

Atrabeculoplastia laser é uma forma terapêutica. A Repetição da Trabeculoplastia Laser Selectiva 1 ano de follow-up. Introdução Oftalmologia - Vol. 33: pp. 63-67 A Repetição da Trabeculoplastia Laser Selectiva 1 ano de follow-up Tiago Silva, José Dias, José Fernandes, Arabela Coelho, A. Castanheira Dinis Instituto de Oftalmologia

Leia mais

Atlas de Oftalmologia 2. ANOMALIAS CONGÉNITAS RETINIANAS. António Ramalho

Atlas de Oftalmologia 2. ANOMALIAS CONGÉNITAS RETINIANAS. António Ramalho 2. ANOMALIAS CONGÉNITAS RETINIANAS 1 2 - ANOMALIAS CONGÉNITAS RETINIANAS Macrovasos retinianos Caracteriza-se pela presença um vaso sanguíneo aberrante, no polo posterior, podendo atravessar a região foveal.

Leia mais

Ana Cláudia Matos 1 Cristiana Gaspar 1 Marisa Alexandra Duarte 1 Patrícia Alexandra Marques 1 Ilda Maria Poças 2 Carina Silva Fortes 2

Ana Cláudia Matos 1 Cristiana Gaspar 1 Marisa Alexandra Duarte 1 Patrícia Alexandra Marques 1 Ilda Maria Poças 2 Carina Silva Fortes 2 Ana Cláudia Matos 1 Cristiana Gaspar 1 Marisa Alexandra Duarte 1 Patrícia Alexandra Marques 1 Ilda Maria Poças 2 Carina Silva Fortes 2 1.Ortoptistas 2.Docentes da ESTeSL. Lisboa, Outubro de 2011 1 Introdução

Leia mais

1 as Jornadas de Oftalmologia CHLO Hospital de Egas Moniz

1 as Jornadas de Oftalmologia CHLO Hospital de Egas Moniz 1 as Jornadas de Oftalmologia CHLO Hospital de Egas Moniz BURACOS MACULARES E BURACOS LAMELARES Nuno Gomes, Hospital de Braga, Portugal Introdução Estado da arte Perspectiva pessoal 2 3 Descritos por Knapp

Leia mais

LIGIA BEATRIZ BONOTTO

LIGIA BEATRIZ BONOTTO i LIGIA BEATRIZ BONOTTO AVALIAÇÃO DAS RESPOSTAS ANATOMOFUNCIONAIS DA RETINOPATIA DA PREMATURIDADE APÓS A SUA REGRESSÃO POR TRATAMENTO OU ESPONTÂNEA EM PREMATUROS COM MÉDIA DE SEIS ANOS DE IDADE. Tese apresentada

Leia mais

Correlação entre Espessura Macular e Camada de Fibras Nervosas Peripapilar no Glaucoma Inicial

Correlação entre Espessura Macular e Camada de Fibras Nervosas Peripapilar no Glaucoma Inicial Oftalmologia - Vol. 40: pp.199-206 Artigo Original Correlação entre Espessura Macular e Camada de Fibras Nervosas Peripapilar no Glaucoma Inicial Ana Cabugueira 1, André Vicente 2, Vanessa Lemos 2, Rita

Leia mais

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA IDIOPATICA

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA IDIOPATICA 10. PATOLOGIAS DO NERVO ÓPTICO HIPERTENSÃO INTRACRANIANA IDIOPATICA O OCT pode ser útil no diagnóstico e no seguimento clínico do edema papilar. OCT: Saliência papilar, fibras nervosas com espessamento

Leia mais

Imagiologia ocular. Potencial de cada uma das técnicas para o Optometrista

Imagiologia ocular. Potencial de cada uma das técnicas para o Optometrista Imagiologia ocular Potencial de cada uma das técnicas para o Optometrista António Filipe Macedo macedo@fisica.uminho.pt António Manuel Gonçalves Baptista abaptista@fisica.uminho.pt Docentes e Investigadores

Leia mais

GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO (GPAA)

GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO (GPAA) Prof. F. Falcão dos Reis 2006 DEFINIÇÃO Um suspeito de glaucoma é um indivíduo com achados físicos e/ou uma constelação de factores de risco que indicam uma probabilidade elevada de desenvolver Glaucoma

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ NATASHA TATIANA VIEIRA ISKOROSTENSKI MURTA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ NATASHA TATIANA VIEIRA ISKOROSTENSKI MURTA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ NATASHA TATIANA VIEIRA ISKOROSTENSKI MURTA PREVALÊNCIA DE RETINOPATIA DA PREMATURIDADE E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Leia mais

Prevenção da cegueira por Retinopatia da Prematuridade em hospital da rede privada em Porto Alegre

Prevenção da cegueira por Retinopatia da Prematuridade em hospital da rede privada em Porto Alegre Prevenção da cegueira por Retinopatia da Prematuridade em hospital da rede privada em Porto Alegre João Borges Fortes Filho * RESUMO Objetivo: Avaliar a necessidade e a eficiência da fotocoagulação por

Leia mais

DIAGNÓSTICO: - Surge em idade inferior aos 10 anos, com nictalopia. - O sintoma major é a má visão nocturna.

DIAGNÓSTICO: - Surge em idade inferior aos 10 anos, com nictalopia. - O sintoma major é a má visão nocturna. Coroiderémia Designação atribuída em 1871 por Mauthner, o que significa Desolationofthe choroid. Referiu uma perda quase completa da coróide em ambos os olhos de um doentedo sexo masculino. É uma degenerescência

Leia mais

DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA A IDADE. A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é a doença

DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA A IDADE. A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é a doença DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA A IDADE Paulo Augusto de Arruda Mello Filho INTRODUÇÃO A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é a doença ocular que acomete as regiões da retina e coróide responsáveis

Leia mais

PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO DESTINADO À ELABORAÇÃO DE UMA DISSERTAÇÃO ORIGINAL NO ÂMBITO DO CURSO DE MESTRADO EM EPIDEMIOLOGIA (1ª EDIÇÃO)

PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO DESTINADO À ELABORAÇÃO DE UMA DISSERTAÇÃO ORIGINAL NO ÂMBITO DO CURSO DE MESTRADO EM EPIDEMIOLOGIA (1ª EDIÇÃO) PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO DESTINADO À ELABORAÇÃO DE UMA DISSERTAÇÃO ORIGINAL NO ÂMBITO DO CURSO DE MESTRADO EM EPIDEMIOLOGIA (1ª EDIÇÃO) Prevalência e Factores de Sucesso do Aleitamento Materno no Hospital

Leia mais

Boas Práticas em Oftalmologia 2008 Elementos Clínicos de Avaliação e Referenciação

Boas Práticas em Oftalmologia 2008 Elementos Clínicos de Avaliação e Referenciação 6. PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES NO GLAUCOMA INTRODUÇÃO No Glaucoma de Ângulo Fechado (GAF) (estreito) existe predisposição ocular para o encerramento do ângulo da câmara anterior. Na crise, há dor intensa,

Leia mais

7. PATOLOGIAS VASCULARES

7. PATOLOGIAS VASCULARES 7. PATOLOGIAS VASCULARES O edema macular é a causa principal de diminuição da visão nas doenças vasculares da retina. O OCT permite efectuar o estudo do edema macular, não só qualitativamente, como quantitativamente.

Leia mais

Estudo comparativo das complicações maculares, após facoemulsificação com implante de lente intraocular, entre doentes normais e diabéticos

Estudo comparativo das complicações maculares, após facoemulsificação com implante de lente intraocular, entre doentes normais e diabéticos UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Ciências da Saúde Estudo comparativo das complicações maculares, após facoemulsificação com implante de lente Diana Filipa Oliveira Almeida Dissertação para obtenção do Grau

Leia mais

DR. MÁRIO JUNQUEIRA NÓBREGA CRM Graduação em Medicina: Escola Paulista de Medicina ( )

DR. MÁRIO JUNQUEIRA NÓBREGA CRM Graduação em Medicina: Escola Paulista de Medicina ( ) DR. MÁRIO JUNQUEIRA NÓBREGA CRM 4294 FORMAÇÃO Graduação em Medicina: Escola Paulista de Medicina (1976-81) Residência Médica em Oftalmologia: Escola Paulista de Medicina (1982-83) Título de Especialista:

Leia mais

TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA DESCRIÇÃO DA TÉCNICA E SUAS PRINCIPAIS APLICAÇÕES EM OFTALMOLOGIA

TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA DESCRIÇÃO DA TÉCNICA E SUAS PRINCIPAIS APLICAÇÕES EM OFTALMOLOGIA TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA DESCRIÇÃO DA TÉCNICA E SUAS PRINCIPAIS APLICAÇÕES EM OFTALMOLOGIA UNITERMOS OFTALMOLOGIA; TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA. Matheus Sporleder Bortoluci Bruno Fontoura Nogueira

Leia mais

Formação para Agentes de Desporto Novembro Ilda Maria Poças

Formação para Agentes de Desporto Novembro Ilda Maria Poças Novembro 2015 Ortoptista Prof. Coordenadora Especialista Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa Sumário Campos visuais conceitos Campimetria - Objectivos - O Exame A Via Óptica Alterações do

Leia mais

Oftalmologia Vol. 41: pp RESUMO

Oftalmologia Vol. 41: pp RESUMO Oftalmologia Vol. 41: pp. 000-000 RESUMO Introdução: No edema macular diabético (EMD) tratado a resolução do EM com restauração do contorno foveal normal, nem sempre é acompanhada de melhoria da acuidade

Leia mais

RETINOPATIA DA PREMATURIDADE

RETINOPATIA DA PREMATURIDADE ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO RETINOPATIA DA PREMATURIDADE Aproximadamente 50.000 crianças são cegas no mundo por Retinopatia da Prematuridade (ROP). Clare Gilbert, 2008 No Brasil, essa é uma das principais

Leia mais

Estudo Estrutural e Funcional da Retina em Indivíduos com Diabetes Mellitus

Estudo Estrutural e Funcional da Retina em Indivíduos com Diabetes Mellitus UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Ciências da Saúde Estudo Estrutural e Funcional da Retina em Indivíduos com Diabetes Mellitus Paula Sofia Sousa da Silva Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Optometria

Leia mais

Segmentação de Exsudatos em Imagens de Fundo de Olho para Detecção de Retinopatia Diabética

Segmentação de Exsudatos em Imagens de Fundo de Olho para Detecção de Retinopatia Diabética Segmentação de Exsudatos em Imagens de Fundo de Olho para Detecção de Retinopatia Diabética Nigel da Silva Lima 1, Geraldo Braz Júnior 1 1 Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Av. dos Portugueses, 1966

Leia mais

5. PATOLOGIAS HEREDITÁRIAS E TÓXICAS RETINOPATIA PIGMENTAR

5. PATOLOGIAS HEREDITÁRIAS E TÓXICAS RETINOPATIA PIGMENTAR 5. PATOLOGIAS HEREDITÁRIAS E TÓXICAS RETINOPATIA PIGMENTAR Os achados ao exame do OCT incluem: Diminuição da espessura e da reflectividade retiniana nas áreas afectadas. Edema macular cistóide Edema macular

Leia mais

Mini ebook DOENÇAS OFTALMOLÓGICAS NA TERCEIRA IDADE ALERTAS E RECOMENDAÇÕES

Mini ebook DOENÇAS OFTALMOLÓGICAS NA TERCEIRA IDADE ALERTAS E RECOMENDAÇÕES Mini ebook DOENÇAS OFTALMOLÓGICAS NA TERCEIRA IDADE ALERTAS E RECOMENDAÇÕES A manutenção da saúde ocular está diretamente relacionada com os exames de rotina realizados por um médico oftalmologista, em

Leia mais

Sistema Óptico do Olho

Sistema Óptico do Olho Sistema Óptico do Olho Óptica Visual Departamento de Física Universidade da Beira Interior 2018 / 19 1 refractivos do 2 O como sistema óptico do Profundidade de foco e profundidade de campo 3 esquemáticos

Leia mais

MENOS INTERVENÇÕES MAIS CUIDADOS. Parto Pélvico

MENOS INTERVENÇÕES MAIS CUIDADOS. Parto Pélvico MENOS INTERVENÇÕES MAIS CUIDADOS Parto Pélvico Maria de Carvalho Afonso 18 de Maio 2018 MENOS INTERVENÇÕES MELHORES CUIDADOS Parto Pélvico Ajudado Maria de Carvalho Afonso 18 de Maio 2018 Apresentação

Leia mais

Exotropia Intermitente: Do sucesso cirúrgico à necessidade de reintervenção a longo prazo

Exotropia Intermitente: Do sucesso cirúrgico à necessidade de reintervenção a longo prazo Oftalmologia - Vol. 37: pp.259-263 Comunicações Curtas e Casos Clínicos Exotropia Intermitente: Do sucesso cirúrgico à necessidade de reintervenção a longo prazo Diana Cristóvão 1 ; Raquel Seldon 2 ; Maria

Leia mais

Deficiência mental Síndroma de Down Tipos ou classes de Síndroma de Down Etiologia 9

Deficiência mental Síndroma de Down Tipos ou classes de Síndroma de Down Etiologia 9 Í N D I C E G E R A L ÍNDICE GERAL AGRADECIMENTOS ÍNDICE GERAL ÍNDICE DE FIGURAS ÍNDICE DE GRÁFICOS ÍNDICE DE TABELAS LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS RESUMO ABSTRACT I III V VI VII VIII IX X CAPÍTULO

Leia mais

1 SIMPÓSIO DE OFTALMOLOGIA NEUROMIELITE ÓPTICA NA PERSPECTIVA DA NEUROLOGIA

1 SIMPÓSIO DE OFTALMOLOGIA NEUROMIELITE ÓPTICA NA PERSPECTIVA DA NEUROLOGIA 1 SIMPÓSIO DE OFTALMOLOGIA NEUROMIELITE ÓPTICA NA PERSPECTIVA DA NEUROLOGIA Walter Diogo Neurologista Luanda Novembro, 2017 APRESENTAÇÃO SEM CONFLITOS DE INTERESSE OBJECTIVO GERAL OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Leia mais

Caracterização visual numa amostra infantil em idade pré-escolar e escolar - o estado da arte num rastreio

Caracterização visual numa amostra infantil em idade pré-escolar e escolar - o estado da arte num rastreio Caracterização visual numa amostra infantil em idade pré-escolar e escolar - o estado da arte num rastreio Hugo Quental, Ilda Maria Poças, Carina Esteves, Wilson Quintino, Carina Silva Fortes Escola Superior

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE CARVEL SUPRIEN CARACTERIZAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, E RESPOSTA AO TRATAMENTO EM CRIANÇAS

Leia mais

12 de Março (quinta-feira)

12 de Março (quinta-feira) XVI CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPTISTAS Novos Horizontes em Ortóptica PROGRAMA 12, 13 e 14 de Março de 2015 MELIÃ RIA HOTEL & SPA 12 de Março (quinta-feira) 14:00 Abertura do Secretariado e Entrega de Documentação

Leia mais

APLICAÇÃO DE UMA CURVA DE GANHO DE PESO PARA GESTANTES

APLICAÇÃO DE UMA CURVA DE GANHO DE PESO PARA GESTANTES APLICAÇÃO DE UMA CURVA DE GANHO DE PESO PARA GESTANTES Arnaldo Augusto Franco de Siqueira * Cyro Ciari Junior * Iara Lucia Brayner Mattos * Keiko Ogura Buralli * Malaquias Baptista Filho ** Néia Schor*

Leia mais

ROPScore: uma ferramenta para a triagem da Retinopatia da Prematuridade (ROP) João Borges Fortes Filho

ROPScore: uma ferramenta para a triagem da Retinopatia da Prematuridade (ROP) João Borges Fortes Filho FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE ROPScore: uma ferramenta para a triagem da Retinopatia da Prematuridade (ROP) João Borges Fortes Filho

Leia mais

Medição da Pressão Intra-Ocular

Medição da Pressão Intra-Ocular Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca Internato Complementar de Oftalmologia Medição da Pressão Intra-Ocular Mário Ramalho Consulta de Glaucoma: Dr. Florindo Esperancinha; Dr. Paulo Kaku; Dr. Fernando

Leia mais

8. DOENÇAS DA MÁCULA CORIORETINOPATIA CENTRAL SEROSA TÍPICA

8. DOENÇAS DA MÁCULA CORIORETINOPATIA CENTRAL SEROSA TÍPICA 8. DOENÇAS DA MÁCULA CORIORETINOPATIA CENTRAL SEROSA TÍPICA O OCT permite demonstrar diversas características morfológicas da CRCS, nas suas variantes e complicações. Os sinais tomográficos da CRCS aguda

Leia mais

Arquivos Catarinenses de Medicina

Arquivos Catarinenses de Medicina Arquivos Catarinenses de Medicina ISSN (impresso) 0004-2773 ISSN (online) 1806-4280 ARTIGO ORIGINAL Incidência de Retinopatia da Prematuridade no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa

Leia mais

DESCOLAMENTO DE RETINA

DESCOLAMENTO DE RETINA DESCOLAMENTO DE RETINA Giovana Serrão Fensterseifer Laura Medeiros Refosco José Amadeu Vargas UNITERMOS DESCOLAMENTO DE RETINA; DESCOLAMENTO DO VÍTREO POSTERIOR; MOSCAS VOLANTES KEYWORDS RETINAL DETACHMENT;

Leia mais

Ocriplasmina nas tracções vitreomaculares: a experiência do nosso serviço

Ocriplasmina nas tracções vitreomaculares: a experiência do nosso serviço Oftalmologia - Vol. 40: pp.19-25 Artigo Original Ocriplasmina nas tracções vitreomaculares: a experiência do nosso serviço Neves P. 1, Matias I. 1, Brito R. 1, Santos M. 2, Martins D. 3 1 Médico interno

Leia mais

Proposta de diretrizes brasileiras do exame e tratamento de retinopatia da prematuridade (ROP)

Proposta de diretrizes brasileiras do exame e tratamento de retinopatia da prematuridade (ROP) ATUALIZAÇÃO CONTINUADA Proposta de diretrizes brasileiras do exame e tratamento de retinopatia da prematuridade (ROP) Brazilian guidelines proposal for screening and treatment of retinopathy of prematurity

Leia mais

Parâmetros morfológicos no SD-OCT em doentes com degeneração macular da idade antes e após terapêutica com bevacizumab

Parâmetros morfológicos no SD-OCT em doentes com degeneração macular da idade antes e após terapêutica com bevacizumab Oftalmologia - Vol. 40: pp.51-58 Artigo Original Parâmetros morfológicos no SD-OCT em doentes com degeneração macular da idade antes e após terapêutica com bevacizumab Manuel Noronha 1 ; Bárbara Borges

Leia mais

AVALIAÇÃO DO SEGMENTO ANTERIOR NO GLAUCOMA GONIOSCOPIA VS PENTACAM HR

AVALIAÇÃO DO SEGMENTO ANTERIOR NO GLAUCOMA GONIOSCOPIA VS PENTACAM HR Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca Serviço de Oftalmologia Director: Dr. António Melo AVALIAÇÃO DO SEGMENTO ANTERIOR NO GLAUCOMA GONIOSCOPIA VS PENTACAM HR Cristina Santos, Fernando Trancoso Vaz, Ana

Leia mais

SD-OCT Macular no Rastreio da Retinopatia dos Anti-Maláricos

SD-OCT Macular no Rastreio da Retinopatia dos Anti-Maláricos Oftalmologia - Vol. 40: pp.289-294 Artigo Original SD-OCT Macular no Rastreio da Retinopatia dos Anti-Maláricos Inês Leal 1, André Diogo Barata 2, Ana Teresa Nunes 3, Carlos Perpétua 4, Eliana Neto 5,

Leia mais

08:00-10:30 CATARATA 1 - Cirurgia de catarata premium: de A a Z

08:00-10:30 CATARATA 1 - Cirurgia de catarata premium: de A a Z DIA 16/3/2017 - QUINTA-FEIRA AUDITÓRIO SÉRGIO BERNARDES 08:00-10:30 CATARATA 1 - Cirurgia de catarata premium: de A a Z 1º Bloco: LIOs Tóricas 08:00-08:10 Dispositivo para aferição do alinhamento intraoperatório

Leia mais

VISÃO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL. A visão é o processo pelo qual a luz refletida dos objetos no nosso meio é traduzida em uma imagem mental.

VISÃO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL. A visão é o processo pelo qual a luz refletida dos objetos no nosso meio é traduzida em uma imagem mental. SISTEMA NERVOSO SENSORIAL Sunol Alvar A visão é o processo pelo qual a luz refletida dos objetos no nosso meio é traduzida em uma imagem mental. 1 OLHOS Os olhos são órgãos complexos dos sentidos. Cada

Leia mais

Declaração de Conflitos de Interesses. O apresentador declara não haver conflitos de interesses que possam ser relacionados à sua apresentação

Declaração de Conflitos de Interesses. O apresentador declara não haver conflitos de interesses que possam ser relacionados à sua apresentação Declaração de Conflitos de Interesses O apresentador declara não haver conflitos de interesses que possam ser relacionados à sua apresentação FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

Leia mais

Mini ebook CUIDADOS COM A VISÃO ALERTAS E

Mini ebook CUIDADOS COM A VISÃO ALERTAS E Mini ebook CUIDADOS COM A VISÃO ALERTAS E Conheça lesões e doenças que podem comprometer o sistema visual. São informações rápidas para melhor entendimento do que pode ser feito para preservar a sua visão.

Leia mais

Avaliação da reprodutibilidade das medidas da camada de fibras nervosas retiniana e da cabeça do nervo óptico pela tomografia de coerência óptica

Avaliação da reprodutibilidade das medidas da camada de fibras nervosas retiniana e da cabeça do nervo óptico pela tomografia de coerência óptica 280 ARTIGO Portes ORIGINAL AJF Avaliação da reprodutibilidade das medidas da camada de fibras nervosas retiniana e da cabeça do nervo óptico pela tomografia de coerência óptica Evaluation of the reproducibility

Leia mais

PROTOCOLO PARA REQUISIÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES EM OFTALMOLOGIA:

PROTOCOLO PARA REQUISIÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES EM OFTALMOLOGIA: PROTOCOLO PARA REQUISIÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES EM OFTALMOLOGIA: PROCEDIMENTO INDICAÇÕES ABSOLUTAS 1. Curva tensional diária Confirmação diagnóstica nos glaucomas borderline Avaliação da adequação terapêutica

Leia mais

PROGRAMA. 23, 24 e 25 de Março de 2017 Hotel D. Luís Coimbra. Presidente do XVIII Congresso: Aldina Reis Presidente do Simpósio: Manuel de Oliveira

PROGRAMA. 23, 24 e 25 de Março de 2017 Hotel D. Luís Coimbra. Presidente do XVIII Congresso: Aldina Reis Presidente do Simpósio: Manuel de Oliveira PROGRAMA 23, 24 e 25 de Março de 2017 Hotel D. Luís Coimbra Presidente do XVIII Congresso: Aldina Reis Presidente do Simpósio: Manuel de Oliveira Comissão de Honra Embaixadora Maria do Carmo Trovoada Pires

Leia mais

URGÊNCIAS EM OFTALMOLOGIA

URGÊNCIAS EM OFTALMOLOGIA URGÊNCIAS EM OFTALMOLOGIA SEGMENTO POSTERIOR Ana Vergamota, José Pedro Silva SEGMENTO POSTERIOR ESCLERA Íris Córnea PUPILA CRISTALINO CONJUNTIVA Vítreo Coróide Nervo óptico Mácula RE T IN A SINTOMAS Diminuição

Leia mais

Capítulo 15 Perinatologia PATOLOGIA PERINATAL

Capítulo 15 Perinatologia PATOLOGIA PERINATAL Capítulo 15 Perinatologia PATOLOGIA PERINATAL Tanto as patologias como as anomalias que têm origem no período perinatal estão classificadas no capítulo 15 da CID-9-MC e categorias 760 779. LOCALIZAÇÃO

Leia mais

João Borges Fortes Filho

João Borges Fortes Filho FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE RETINOPATIA DA PREMATURIDADE (ROP) FATORES DE RISCO E ALTERNATIVAS PARA IDENTIFICAÇÃO DOS PACIENTES

Leia mais

RETINOPATIA DA PREMATURIDADE : Incidência, detecção e fatores relacionados. hospital de clínicas - UNICAMP

RETINOPATIA DA PREMATURIDADE : Incidência, detecção e fatores relacionados. hospital de clínicas - UNICAMP ANDRÉA MARA SIMÕES TORIGOE RETINOPATIA DA PREMATURIDADE : Incidência, detecção e fatores relacionados. hospital de clínicas - UNICAMP CAMPINAS 2005 i ii ANDRÉA MARA SIMÕES TORIGOE RETINOPATIA DA PREMATURIDADE

Leia mais

Formação para Agentes de Desporto Novembro de Ilda Maria Poças

Formação para Agentes de Desporto Novembro de Ilda Maria Poças Novembro de 2015 Ortoptista Prof. Coordenadora Especialista Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa Sumário Visão Binocular conceitos Mecanismo da Visão Binocular Graus de Visão Binocular Visão

Leia mais

com ACTIVEFOCUS Muito mais do que uma simples visão para longe 1,2

com ACTIVEFOCUS Muito mais do que uma simples visão para longe 1,2 +2,5 com ACTIVEFOCUS Muito mais do que uma simples visão para longe 1,2 Com menos anéis e com uma zona central refrativa com asfericidade negativa aumentada, o design óptico da LIO AcrySof IQ +2,5 canaliza

Leia mais

Conselho Internacional de Oftalmologia. Instruções Clínicas Internacionais. Fechamento Angular Primário (Avaliação Inicial e Tratamento)

Conselho Internacional de Oftalmologia. Instruções Clínicas Internacionais. Fechamento Angular Primário (Avaliação Inicial e Tratamento) Abril de 2007 Conselho Internacional de Oftalmologia Instruções Clínicas Internacionais Fechamento Angular Primário (Avaliação Inicial e Tratamento) (Classificações: A: importantíssimo, B: importância

Leia mais

Oftalmologia. Infografia da Especialidade

Oftalmologia. Infografia da Especialidade Oftalmologia Infografia da Especialidade by Queremos com este conteúdo contribuir para um processo de escolha mais informado, que esclareça os estudantes de medicina e médicos recém-formados acerca das

Leia mais

Dr. Marcelo Palis Ventura. Coleção Glaucoma Coordenador: Dr. Carlos Akira Omi. Volume 1. Conceito e Diagnóstico. Volume 2. Exames complementares

Dr. Marcelo Palis Ventura. Coleção Glaucoma Coordenador: Dr. Carlos Akira Omi. Volume 1. Conceito e Diagnóstico. Volume 2. Exames complementares Introdução Glaucoma pode ser definido como um grupo complexo de doenças caracterizadas pela degeneração progressiva das células ganglionares da retina e perda progressiva da visão, sendo a pressão ocular

Leia mais

Formação Contínua em Oftalmologia

Formação Contínua em Oftalmologia Fundamentação Um estudo recente revela que 85% das pessoas tem mais medo de perder a visão do que os outros quatro sentidos. 87% dos inquiridos acredita que os exames oftalmológicos regulares são importantes,

Leia mais

Psicofisiologia da visão

Psicofisiologia da visão Psicologia Percepção Visual 1º Ano, Design de Comunicação 1º Ano, Imagem Animada Psicofisiologia da visão O olho A retina O nervo óptico O núcleo geniculado lateral O córtex visual Dos neurónios à percepção

Leia mais

08:55-09:15 Debate - Tratamento do edema de macula - Anti-VEGF X Corticoide

08:55-09:15 Debate - Tratamento do edema de macula - Anti-VEGF X Corticoide DIA 17/3/2017 - SEXTA-FEIRA AUDITÓRIO SÉRGIO BERNARDES 08:30-10:00 RETINA - Encontro SBRV-SNNO 08:30-08:35 Abertura 08:35-08:55 A definir 08:55-09:15 Debate - Tratamento do edema de macula - Anti-VEGF

Leia mais

PERFIL DAS MÃES DE RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DA CIDADE DE APUCARANA

PERFIL DAS MÃES DE RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DA CIDADE DE APUCARANA PERFIL DAS MÃES DE RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DA CIDADE DE APUCARANA TAVARES, V. A. 1 ; PEÇANHA, D. S. 2 ; PESENTI, F. B. 3 RESUMO O objetivo do estudo foi analisar o perfil

Leia mais

Associação entre hiperopia e outros erros refrativos e visuais em crianças

Associação entre hiperopia e outros erros refrativos e visuais em crianças 50ARTIGO ORIGINAL DOI 10.5935/0034-7280.20160011 Associação entre hiperopia e outros erros refrativos e visuais em crianças Associations between hyperopia and others refractive and visual errors in children

Leia mais

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE MUCOSA TRATADOS COM ANTIMONIAL

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE MUCOSA TRATADOS COM ANTIMONIAL RESUMO AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE MUCOSA TRATADOS COM ANTIMONIAL PENTAVALENTE E PENTOXIFILINA Introdução: A leishmaniose mucosa (LM) é uma forma grave de apresentação da

Leia mais

Espessura macular e acuidade visual na retinopatia diabética tratada por panfotocoagulação

Espessura macular e acuidade visual na retinopatia diabética tratada por panfotocoagulação Espessura macular e acuidade visual na retinopatia diabética tratada por panfotocoagulação Visual acuity and macular thickness in diabetic retinopathy treated with panphotocoagulation Otacílio de Oliveira

Leia mais

Ocular coherence tomography in age-related macular degeneration patients treated with photodynamic therapy with vertepofirin

Ocular coherence tomography in age-related macular degeneration patients treated with photodynamic therapy with vertepofirin Avaliação da tomografia de coerência óptica em pacientes portadores de degeneração macular relacionada à idade tratada com terapia fotodinâmica com verteporfina Ocular coherence tomography in age-related

Leia mais

Retinopatia da prematuridade limiar em crianças submetidas à terapia com surfactante exógeno endotraqueal

Retinopatia da prematuridade limiar em crianças submetidas à terapia com surfactante exógeno endotraqueal 292 ARTIGO ORIGINAL Retinopatia da prematuridade limiar em crianças submetidas à terapia com surfactante exógeno endotraqueal Threshold retinopathy of prematurity in children undergoing exogenous endotracheal

Leia mais

2 -AVALIAÇÃO FARMACOCINÉTICA DE VANCOMICINA EM RECÉM- -NASCIDOS PREMATUROS

2 -AVALIAÇÃO FARMACOCINÉTICA DE VANCOMICINA EM RECÉM- -NASCIDOS PREMATUROS 2 -AVALIAÇÃO FARMACOCINÉTICA DE VANCOMICINA EM RECÉM- -NASCIDOS PREMATUROS A população envolvida no estudo de recém-nascidos a fazer vancomicina incluiu 176 bebés internados na UCIRN, com diagnóstico ou

Leia mais

EDITAL Nº 4/2017, DE 27 DE SETEMBRO DE PROCESSO SELETIVO

EDITAL Nº 4/2017, DE 27 DE SETEMBRO DE PROCESSO SELETIVO EDITAL Nº 4/2017, DE 27 DE SETEMBRO DE 2017. PROCESSO SELETIVO A ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR MOINHOS DE VENTO (AHMV), representada pelo seu Escritório de Projetos PROADI-SUS, torna público que estão abertas

Leia mais

Diferenciais sociodemográficos na prevalência de complicações decorrentes do diabetes mellitus entre idosos brasileiros

Diferenciais sociodemográficos na prevalência de complicações decorrentes do diabetes mellitus entre idosos brasileiros Diferenciais sociodemográficos na prevalência de complicações decorrentes do diabetes mellitus entre idosos brasileiros Resumo: As complicações crônicas do diabetes são as principais responsáveis pela

Leia mais

Influência das Variantes Genéticas Funcionais do Sistema Renina-Angiotensina na Doença Arterial Coronária.

Influência das Variantes Genéticas Funcionais do Sistema Renina-Angiotensina na Doença Arterial Coronária. José Ramón Lanz Luces Influência das Variantes Genéticas Funcionais do Sistema Renina-Angiotensina na Doença Arterial Coronária. Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para

Leia mais

Segmentação de Exsudatos em Imagens de Fundo de Olho para Detecção de Retinopatia Diabética

Segmentação de Exsudatos em Imagens de Fundo de Olho para Detecção de Retinopatia Diabética Segmentação de Exsudatos em Imagens de Fundo de Olho para Detecção de Retinopatia Diabética Nigel da Silva Lima 1, Lucas Bezerra Maia 1, Geraldo Braz Júnior 1, João Dallyson Sousa de Almeida 1 1 Universidade

Leia mais

SÍNDROME DE HUGONNIER

SÍNDROME DE HUGONNIER 1 SÍNDROME DE HUGONNIER Estudo de Caso Vanessa Santos*, Ilda Maria Poças**, Margarida Heitor*** *ESTeSL **ESTeSL/Hospital de Egas Moniz ***Hospital de Santa Maria 2 A Síndrome de Hugonnier é uma Paralisia

Leia mais

Atlas de Oftalmologia 4 - DOENÇAS MACULARES ADQUIRIDAS. António Ramalho

Atlas de Oftalmologia 4 - DOENÇAS MACULARES ADQUIRIDAS. António Ramalho 4 - DOENÇAS MACULARES ADQUIRIDAS 1 4. DOENÇAS MACULARES ADQUIRIDAS Degenerescência macular ligada á idade (DMI) É a causa mais frequente de cegueira acima dos 50 anos de idade, em países desenvolvidos.

Leia mais

Retinografia com angiofluoresceína anexo I

Retinografia com angiofluoresceína anexo I PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA - HOSB ANA PAULA DE ALMEIDA ÁVILA NATHALIA DOS SANTOS FERREIRA RETINOPATIA DE PURTSCHER RELATO DE CASO RELATO DE CASO Jovem de 25 anos, sexo masculino, vítima de acidente

Leia mais

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA Departamento de Neonatologia. CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA Departamento de Neonatologia. CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA Departamento de Neonatologia CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica Prevenção de Cegueira Infantil causada por Retinopatia

Leia mais

Óculos poderão detectar glaucoma antes do surgimento dos sintomas

Óculos poderão detectar glaucoma antes do surgimento dos sintomas Pesquisadores da Universidade Duke e da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e da National Chiao Tung, na China, desenvolveram uma tecnologia inédita de realidade virtual capaz de realizar o

Leia mais

Avaliação da espessura da camada de fibras nervosas da retina e mácula em pacientes com ambliopia

Avaliação da espessura da camada de fibras nervosas da retina e mácula em pacientes com ambliopia ARTIGO ORIGINAL27 Avaliação da espessura da camada de fibras nervosas da retina e mácula em pacientes com ambliopia Thickness of the retinal nerve fiber layer, macular thickness, in patients with amblyopia

Leia mais

MAURO CORRÊA DE ALBUQUERQUE 1,4 ; FRANASSIS BARBOSA DE OLIVEIRA 2,4 ; ALANA PARREIRA COSTA 3,4. GOIÂNIA, UEG.

MAURO CORRÊA DE ALBUQUERQUE 1,4 ; FRANASSIS BARBOSA DE OLIVEIRA 2,4 ; ALANA PARREIRA COSTA 3,4. GOIÂNIA, UEG. RESULTADOS INICIAIS DA IMPLANTAÇÃO DE UM LABORATÓRIO DE MOBILIDADE OCULAR EXTRÍNSECA ORTÓPTICA PARA CAPACITAÇÃO E ATUAÇÃO NA ÁREA DE FISIOTERAPIA OCULAR NA CLÍNICA ESCOLA DA ESEFFEGO EM GOIÂNIA, GOIÁS,

Leia mais

DR. EVANDRO LUÍS ROSA CRM-SC Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina 1992.

DR. EVANDRO LUÍS ROSA CRM-SC Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina 1992. DR. EVANDRO LUÍS ROSA CRM-SC 5957 FORMAÇÃO Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina 1992. Especializado em Oftalmologia no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem. Oftalmologista

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ODONTOLOGIA

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ODONTOLOGIA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ODONTOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA MESTRADO EM CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL ESTUDO DOS PONTOS ANATÔMICOS

Leia mais