"BDP - BAGAS DE PORTUGAL, C.R.L."
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- Nicholas Fartaria Valente
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1 "BDP - BAGAS DE PORTUGAL, C.R.L." ESTATUTOS CAPÍTULO I Da Constituição, Denominação, Sede, Área Social, Duração, Objeto e Fins Artigo 1º Denominação e Duração 1. É constituída a Cooperativa agrícola de responsabilidade limitada, denominada BDP - Bagas de Portugal, C.R.L., que se regerá pela lei pelos presentes estatutos e pelo regulamento interno. 2. A Cooperativa é constituída por tempo indeterminado. Artigo 2º Sede 1. A Cooperativa tem a sua sede no Lugar da Estação Edifício Vougapark, Paradela - Sever do Vouga, e a sua área social corresponde ao território da República Portuguesa. 2. O Conselho de Administração poderá estabelecer delegações, quando justificado, em qualquer ponto do território nacional, carecendo de autorização da Assembleia Geral o estabelecimento de delegações no exterior. A Cooperativa tem por objeto: Artigo 3º Objeto a) A comercialização, conservação, armazenagem, transformação, promoção, produção, importação e exportação e seus derivados, nomeadamente em quantidade e qualidade de fruta, em especial pequenos frutos, nomeadamente, entre outros, amora, framboesa, fisalis, groselha, baga de sabugueiro, medronho, mirtilo, arando-vermelho, goji, (géneros morus, rubus, physalis, ribes, sambucus, arbutus, vaccinum, lycium); b) A prestação de bens e serviços necessários ao desenvolvimento da atividade dos seus cooperadores, nomeadamente, entre outros, de índole organizativa, técnica, tecnológica, jurídica, económica, financeira, comercial, administrativa e associativa; c) A programação da produção e a adaptação desta à procura, nomeadamente em termos de qualidade e de quantidade, bem como o desenvolvimento de produtos abrangidos por uma marca de qualidade nacional; Pág. 1 de 9
2 d) A promoção da concentração da oferta e a colocação no mercado da produção dos cooperadores; e) O desenvolvimento e apoio à investigação, e a integração em iniciativas nos domínios dos métodos de produção sustentável, das práticas inovadoras, da competitividade económica e da evolução do mercado; f) A promoção de práticas de cultivo e técnicas de produção e de gestão dos resíduos respeitadores do ambiente, nomeadamente para proteger a qualidade das águas, do solo e da paisagem e para preservar e/ou fomentar a biodiversidade e mitigar as alterações climáticas, bem como prestar assistência técnica às mesmas; g) A organização de ações de formação, workshops, seminários, conferências e outros eventos formativos, bem como a conceção de programas, conteúdos e publicações de suporte aos eventos. CAPÍTULO II Do Capital, Joia, Títulos de investimento e Obrigações Artigo 4º Capital Social 1. O capital da Cooperativa é variável e ilimitado, no montante mínimo de cinco mil euros. 2. O capital é representado por títulos nominativos de cinco euros cada um. Artigo 5º Entradas 1. As entradas de cada cooperador não poderão ser inferiores a sessenta títulos de capital, equivalente a 300 euros, até 1 hectare, acrescendo quinze títulos de capital por cada hectare a mais, equivalente a 75 euros. 2. Excetua-se do disposto no número anterior as áreas iguais ou inferiores a 0,5 hectares, cujo cooperador dará entrada de 150 euros, correspondentes a 30 títulos de capital. Artigo 6º Transmissão dos títulos de capital Os títulos de capital só são transmissíveis, por ato inter vivos ou mortis causa, mediante autorização da Conselho de Administração, e desde que os adquirentes sejam produtores dos produtos abrangidos pelo reconhecimento como organização de produtores, aplicando-se o previsto na lei. Pág. 2 de 9
3 Artigo 7º Títulos de Investimento, Títulos de Capital e Obrigações 1. A Cooperativa pode emitir títulos de investimento nos termos e condições previstas no Código Cooperativo e demais legislação aplicável. 2. A Cooperativa pode emitir títulos de capital nos termos e condições previstas no Código Cooperativo e demais legislação aplicável. 3. A Cooperativa pode emitir obrigações nos termos e condições previstas no Código Cooperativo e demais legislação aplicável. Artigo 8º Joia, Quota, Contribuição 1. Aos Cooperadores admitidos após a constituição da Cooperativa será exigida uma joia de montante a fixar nos termos legais, pela Assembleia Geral. 2. Aos Cooperadores será exigida uma Quota anual de montante a fixar nos termos legais, pela Assembleia Geral. 3. Para efeitos do presente artigo, o ato constitutivo da cooperativa termina 180 dias após a respetiva escritura de constituição. CAPÍTULO III Admissão, Direitos, Deveres, Demissões e Sanções Artigo 9º Admissão 1. Podem ser cooperadores as pessoas singulares ou coletivas que sejam produtores de produtos referidos no n.º 1 do artigo 3.º dos presentes estatutos. 2. Podem ainda ser cooperadores as pessoas jurídicas singulares ou coletivas que desenvolvam atividades diretamente relacionadas ou conexas com as referidas no número anterior. 3. Não podem ser cooperadores os titulares de interesses diretos ou indiretos na área de ação da Cooperativa, relacionados com a atividade ou atividades exercidas por ela ou suscetíveis de a afetar. 4. A admissão como cooperador efetuar-se-á mediante proposta apresentada por escrito ao Conselho de Administração, subscrita por dois cooperadores em pleno uso dos seus direitos e, pelo proposto. Pág. 3 de 9
4 5. A proposta deverá ser apreciada pelo Conselho de Administração que aceitará a admissão no caso do candidato se enquadrar nas condições dos números anteriores. A deliberação deve ser comunicada ao candidato no prazo de 30 dias a contar da data da receção da proposta. 6. A recusa de admissão é passível de recurso para a Assembleia Geral a interpor no prazo de quinze dias por iniciativa do candidato ou dos cooperadores proponentes. Artigo 10º Membros investidores Nos termos da lei e do regulamento interno, podem ser admitidos membros investidores pela Assembleia Geral, mediante proposta do Conselho de Administração. Artigo 11º Direitos e deveres dos Cooperadores Os direitos e deveres dos cooperadores são os previstos na lei e regulamento interno. Artigo 12º Demissão Os cooperadores podem solicitar a demissão nos termos da lei e do regulamento interno. Artigo 13º Sanções A violação culposa e grave dos deveres dos cooperadores ou o não cumprimento do regulamento interno e normas de produção, pode implicar a aplicação de sanções, nos termos da lei e do regulamento interno. CAPÍTULO IV Dos Órgãos Sociais 1. Os Órgãos Sociais da Cooperativa são: a) A Assembleia Geral; b) O Conselho de Administração; c) O Conselho Fiscal. Artigo 14º Órgãos 2. Poderão ser criadas pela Assembleia Geral na dependência do Conselho de Administração comissões especiais de carácter consultivo sendo a sua composição, funcionamento e duração da responsabilidade daquela. Pág. 4 de 9
5 Artigo 15º Duração dos Mandatos A duração dos mandatos dos titulares da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal é de quatro anos, sendo permitida a reeleição até três mandatos consecutivos. Artigo 16º Eleições Os membros titulares da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, são eleitos por maioria simples dos votos, entre os cooperadores no pleno gozo dos seus direitos em escrutínio secreto. Artigo 17º Deliberações 1. Salvo expressa indicação em contrário dos presentes estatutos ou do regulamento interno, as deliberações dos órgãos eletivos são tomadas por maioria simples com a presença de mais de metade dos seus membros efetivos. 2. Em todos os órgãos o Presidente terá voto de qualidade. 3. Nenhum titular de órgão ou cooperador poderá votar em deliberação da qual possa resultar para si, seu ascendente, descendente, pessoa com quem viva ou união de facto ou que com ele coabite, ou pessoa coletiva detida maioritariamente ou representada por uma das pessoas elencadas, vantagem ou prejuízo direto. Artigo 18º Ata De todas as reuniões dos órgãos sociais será lavrada ata, obrigatoriamente assinada pelo presidente. Artigo 19º Remuneração Os titulares dos Órgãos Sociais da Cooperativa poderão receber as remunerações que lhes forem fixadas pela Assembleia Geral. Secção I Assembleia Geral Artigo 20º Definição, composição 1. A Assembleia Geral é o Órgão supremo da Cooperativa e as suas deliberações, tomadas nos termos legais estatuários, são obrigatórias para os restantes órgãos sociais e para todos os membros da Cooperativa. 2. Participam na Assembleia Geral todos os membros no pleno gozo dos seus direitos. Pág. 5 de 9
6 3. Cada cooperador dispõe apenas, de um voto, independentemente da sua participação no capital da cooperativa. 4. São admitidos o voto por correspondência e por representação, nos termos da lei e do regulamento interno. Artigo 21º Sessões A Assembleia Geral reúne em sessões extraordinárias e ordinárias, nos termos da lei e do regulamento interno. Artigo 22º Mesa da Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário. Secção II Conselho de Administração Artigo 23º Composição 1. O Conselho de Administração é composto por três ou cinco elementos, sendo um Presidente, um Vice-Presidente e os restantes Vogais. 2. Assembleia Geral poderá determinar um maior número de elementos, designadamente em função do número de cooperadores, sendo essa decisão aplicada no ato eleitoral seguinte ao da sua aprovação e sempre em número impar. Artigo 24º Competências O Conselho de Administração é o órgão de administração e representação da Cooperativa tendo as competências que lhe são fixadas na lei, nos presentes estatutos e no regulamento interno. Artigo 25º Reuniões, quórum, deliberação e atas As matérias referentes a reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho de Administração, sua convocatória, quórum, tomada de deliberações e participação de suplentes ou elementos estranhos ao órgão são reguladas pela lei e regulamento interno. Artigo 26º Forma de obrigar 1. Para obrigar a Cooperativa são bastantes duas assinaturas, sendo uma delas a do Presidente. 2. Nos atos de mero expediente é suficiente a assinatura de um dos membros do Conselho de Administração. Pág. 6 de 9
7 Artigo 27º Mandatários O Conselho de Administração pode designar um ou mais gerentes, diretores ou outros mandatários, delegando-lhe poderes específicos previstos nestes estatutos, no regulamento interno ou aprovados pela Assembleia Geral, e revogar os respetivos mandatos. Artigo 28º Responsabilidade dos membros Conselho de Administração Os membros do Conselho de Administração, os gerentes e outros mandatários são responsáveis civilmente, de forma pessoal e solidária, perante a Cooperativa e terceiros, sem prejuízo de eventual responsabilidade criminal e da aplicabilidade de outras sanções, nos termos da lei e do regulamento interno. Secção III Conselho Fiscal Artigo 29º Composição O Conselho Fiscal é composto por um Presidente e dois vogais e um Revisor Oficial de Contas ou uma sociedade de Revisores Oficiais de Contas, se a lei assim o determinar. Artigo 30º Competências O Conselho Fiscal é o órgão de controlo e fiscalização da Cooperativa cujas competências são fixadas na lei, nos presentes estatutos e no regulamento interno. Artigo 31º Reuniões, quórum, deliberação e atas As matérias referentes a reuniões ordinárias e extraordinárias, sua convocatória, quórum, tomada de deliberações e participação de suplentes ou elementos estranhos ao órgão são reguladas pela lei e regulamento interno. Artigo 32º Responsabilidade dos membros do Conselho Fiscal Os membros do Conselho Fiscal são responsáveis civilmente, de forma pessoal e solidária, perante a Cooperativa, sem prejuízo de eventual responsabilidade criminal e da aplicabilidade de outras sanções, nos termos da lei e do regulamento interno. Pág. 7 de 9
8 CAPÍTULO V Das Receitas, Reservas e Distribuição de Excedentes São receitas da Cooperativa: Artigo 33º Receitas a) Os rendimentos de bens e as receitas próprias provenientes das suas atividades, designadamente rendas e outras prestações, venda de bens e serviços, gestão de projetos e equipamentos, distribuição de resultados das sociedades que possua ou em que participe e patrocínios ou outros apoios; b) O produto de joias e demais prestações dos cooperadores; c) Quaisquer receitas que legalmente lhe sejam atribuídas; d) As comparticipações e financiamentos de que seja beneficiário; e) As transferências de quaisquer entidades, no âmbito dos Protocolos ou contratos que estabeleça; f) As doações, legados, heranças de que seja beneficiário e respetivos rendimentos, desde que aceites pelo conselho de administração; g) Quaisquer receitas compatíveis com a sua natureza. Artigo 34º Reservas 1. São criadas as seguintes reservas obrigatórias: a) Reserva Legal destinada a cobrir eventuais perdas de exercício e integradas por meios líquidos disponíveis, para a qual revertem a percentagem das joias e dos excedentes anuais líquidos fixados em Assembleia Geral, numa percentagem não inferior a cinco por cento; b) Reserva para educação e formação cooperativa destinada a cobrir as despesas com a educação cooperativa e com formação técnica e profissional dos seus membros, para a qual revertem a percentagem das joias que não for afeta à reserva legal e a percentagem dos excedentes anuais líquidos fixadas pela Assembleia Geral que não pode ser inferior a um por cento. 2. Poderão ser criadas pela Assembleia Geral outras reservas. Artigo 35º Excedentes Depois da atribuição das percentagens às reservas, aos títulos de capital e aos títulos de investimento, o remanescente dos excedentes poderá ser rateado, como retorno, pelos cooperadores na proporção do valor das operações realizadas por cada um durante o exercício. Pág. 8 de 9
9 CAPÍTULO VI Disposições Finais Transitórias Artigo 36º Direito subsidiário As relações entre os cooperadores e o Conselho de Administração, entre este e os restantes órgãos sociais, os atos eleitorais e todos os casos omissos nestes Estatutos serão regidos pela legislação aplicável e pelo regulamento interno em vigor. Artigo 37º Pacto de aforamento Para todas as questões é escolhido o foro da comarca da sede. Pág. 9 de 9
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