UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETERINÁRIA ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS VETERINÁRIAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETERINÁRIA ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS VETERINÁRIAS"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETERINÁRIA ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS VETERINÁRIAS DIAGNÓSTICO DE DERMATOFITOSE EM PEQUENOS ANIMAIS: UM ESTUDO RETROSPECTIVO NA REGIÃO SUL DO RIO GRANDE DO SUL ANTONELLA SOUZA MATTEI PORTO ALEGRE 2009

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETERINÁRIA ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS VETERINÁRIAS DIAGNÓSTICO DE DERMATOFITOSE EM PEQUENOS ANIMAIS: UM ESTUDO RETROSPECTIVO NA REGIÃO SUL DO RIO GRANDE DO SUL Autor: M.V Antonella Souza Mattei Orientador: Prof. Dr. Laerte Ferreiro Monografia apresentada à Faculdade de Veterinária como requisito no curso de Especialização em Análises Clínicas Veterinárias PORTO ALEGRE 2009

3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela vida, pela saúde, conquistas, por ter uma família unida e querida e amigos inigualáveis. Aos meus pais Alice e José, por tantos anos de dedicação, amor, paciência, companheirismo, amizade e cuidados que os devo agradecer para sempre. As minhas irmãs, Caroline e Liara, que sempre estiveram ao lado me dando força. Ao meu lindo cachorro Floppy, que me deu muito carinho nas horas que não cabiam palavras. Muito obrigada, amo vocês. Aos meus tios Gilka e Clóvis que me acolheram em sua casa, me dando carinho, atenção e amor, durante as aulas da especialização. Ao meu namorado e amigo Anderson a quem sem dúvida devo muito também. Obrigada pelo amor, carinho, paciência, compreensão, apoio e estímulo em todos os momentos. As minhas amigas Alejandra e Wendy com quem dividi além dos finais de semana, amizade, companheirismo, passeios e chimarrões. Aos amigos do Laboratório de Micologia, pela oportunidade da realização desta monografia, mas também pela amizade, apoio, força, paciência, experiência e compreensão a mim dedicados. Ao Prof. Dr. Laerte pela ajuda e conhecimento dispensados na realização desta monografia. A todos os professores da Especialização em Análises Clínicas Veterinárias pelos ensinamentos e amizade.

4 RESUMO A população de animais de companhia, nos últimos anos, tem aumentado significativamente, estando cada vez mais inserida no nosso cotidiano. Seguindo esta tendência mundial, na região de Pelotas/RS/Brasil, estima-se que a população de cães seja aproximadamente de 60 mil, havendo um cão para cada 5,6 habitantes. Assim, o estreito relacionamento homemanimal pode facilitar o contato com microorganismos patogênicos, predispondo o desenvolvimento de enfermidades zoonóticas, como por exemplo, a dermatofitose. Como essa doença é de interesse público, o conhecimento de como se comporta na região sul do Rio Grande do Sul pode auxiliar os Médicos Veterinários no diagnóstico, tratamento, controle e prevenção, tanto para animais quanto para humanos. Neste contexto, o presente trabalho objetiva relatar a ocorrência de dermatofitose em pequenos animais na região sul do Rio Grande do Sul, nos últimos 12 anos. As informações relacionadas ao diagnóstico de dermatofitose foram coletadas através do banco de dados do Laboratório Regional de Diagnóstico, Setor de Micologia, UFPel/RS durante o período de 1996 a Foram analisadas 852 amostras enviadas com suspeita de dermatofitose de cães e gatos, sendo confirmados 66 casos de dermatofitose, 46 (69,7%) em caninos e 20 (30,3%) em felinos. O agente etiológico mais freqüente foi o Microsporum canis correspondendo a 54 casos (82%), seguido do M. gypseum, 8 casos (13%), Trichophyton spp., 2 casos (3%), T. mentagrophytes e T. verrucosum, 1 caso cada (1%). Em relação ao material coletado, a maior freqüência de isolamento dos dermatófitos foi obtida a partir de amostras de pêlos. O período do ano com maior freqüência desta enfermidade foi no mês de abril com 21,2% dos casos, seguido do mês de junho com 18,2% e agosto com 15,1%. Em relação ao sexo, a dermatofitose ocorreu em 49% das fêmeas e 51% dos machos, em caninos e felinos. Em 53% dos casos, a enfermidade predominou na categoria jovem, 25% em adultos e 22% em idosos. Com relação à raça, os animais sem raça definida representaram 58% dos casos, enquanto que, os de raça pura, tiveram o Yorkshire como a mais freqüente, nos caninos e o Persa, nos felinos. A dermatofitose em pequenos animais no sul do Rio Grande do Sul comporta-se de forma semelhante aos trabalhos descritos na literatura, porém com diferente sazonalidade. Desse modo, a pesquisa poderá auxiliar os clínicos na compreensão, tratamento, controle e prevenção da doença nesta região. PALAVRAS-CHAVE: cão, gato, Microsporum spp, Trichophyton spp, zoonose

5 ABSTRACT The pet population has increased in the last years. These animals are more and more inserted in our daily life. Following the world tendency, in Pelotas/RS/Brazil region, the dog population is estimated in approximately 60,000, with one dog for each 5.6 inhabitants. Thus, the closer relationship between man and animal would facilitate contact with pathogenic microorganisms, predisposing the development of zoonotic diseases, such as the dermatophytosis. As this disease is of public interest, the knowledge of how it behaves in the south region of Rio Grande do Sul state can help the veterinarians with the diagnostic, treatment, control and prevention of both animals and humans. In this context, this study aimed to report the dermatophitosis occurrence in small animals in the south region of the state of Rio Grande do Sul, in the last 12 years. The related information of dermatophytosis diagnostic was collected through database of the Diagnostic Regional Laboratory, Sector of Mycology, UFPel/RS from 1998 to From a total of 852 samples collected from dogs and cats that were found to be suspectious of being contaminated with dermatophytosis during this period, 66 cases were confirmed, 46 (69.7%) in dogs and 20 (30.3%) in cats. The most common etiologic agent was Microsporum canis, in 54 cases (82%); followed by Microsporum gypseum, in eight cases (13%); Trichophyton sp, in two cases (3%); T. mentagrophytes and T. verrucosum, both in one case each (1%). In the material collected, the hair samples obtained the highest frequency of isolation. April was the month of the year when this disease appeared with more frequency (21.2%), followed by June (18.2%) and August (15.1%). Regarding sex, the dermatophytosis occurred in 49% of the females and 51% of the males, both canine and feline. In 53% cases, this disease prevailed in young category, 25% in adults and 22% in olderly. So, the dermatophytosis occurred in mixed breeds, 58% of the cases, while in the pure breeds it was more frequent in the Yorkshire canines and Persian felines. The dermatophytosis, in the small animals in the south region of the state of Rio Grande do Sul had similar characteristics to the studies described in the literature, but with difference in seasonality. The research helps clinicians to understand the treatment, control and prevention of the disease in this region. KEY-WORDS: cat, dog, Microsporum spp, Trichophyton spp, zoonosis

6 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Gráfico 1: Porcentagem de amostras de caninos e felinos com suspeita de dermatofitose enviadas ao Laboratório Regional de Diagnóstico, Laboratório de Doenças Infecciosas Setor de Micologia, UFPel/RS no período de 1996 a Gráfico 2: Diagnósticos de dermatofitose em pequenos animais realizados nos últimos 12 anos no Laboratório de Regional de Diagnóstico, Laboratório de Doenças Infecciosas, Setor de Micologia da UFPel/RS Gráfico 3: Número de casos de dermatofitose em pequenos animais, no período de 1996 a 2008, relacionados com a época do ano do diagnóstico e agente etiológico envolvido Figura 1A e B: Macroscopia (A) e microscopia (B) de colônia de Microsporum canis isolada no Laboratório Regional de Diagnóstico Laboratório de Doenças Infecciosas, Setor de Micologia da UFPel Figura 2A e B: Macroscopia (A) e microscopia (B) de colônia de Microsporum gypseum isolada no Laboratório Regional de Diagnóstico Laboratório de Doenças Infecciosas, Setor de Micologia da UFPel Figura 3A e B: Macroscopia (A) e microscopia (B) de colônia de Trichophyton mentagrophytes isolada no Laboratório Regional de Diagnóstico Laboratório de Doenças Infecciosas, Setor de Micologia da UFPel... 22

7 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Casos de dermatofitose relacionados com o agente etiológico e espécie animal acometida durante os últimos 12 anos, na região sul do Rio Grande do Sul... 21

8 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS LRD Laboratório Regional de Diagnóstico UFPel Universidade Federal de Pelotas FIV Imunodeficiência Viral Felina FeLV Leucemia Viral Felina SRD Sem raça definida KOH Hidróxido de potássio PAS Ácido Periódico de Schiff

9 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO Revisão bibliográfica Definição Etiologia Epidemiologia Patogenia Sinais Clínicos Diagnóstico Tratamento Prevenção e Controle Objetivos Materiais e métodos Resultados Discussão CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 28

10 10 1. INTRODUÇÃO A população de animais de companhia, nos últimos anos, tem aumentado significativamente, estando cada vez mais inseridos no nosso cotidiano. Seguindo esta tendência mundial, na região de Pelotas/RS/Brasil, estima-se que a população de cães seja aproximadamente de 60 mil, havendo um cão para cada 5,6 habitantes. Assim, o estreito relacionamento homem-animal facilitaria o contato com microorganismos patógenos, predispondo o desenvolvimento de enfermidades zoonóticas, como por exemplo, a dermatofitose. A dermatofitose acomete estruturas queratinizadas do corpo, sendo causada por um grupo de fungos denominados dermatófitos que estão divididos em três gêneros: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton, sendo considerada a doença fúngica mais comum na clínica de pequenos animais. As três espécies que causam a maioria dos casos clínicos em cães e gatos são Microsporum canis, M. gypseum e Trichophyton mentagrophytes. Como essa doença é de interesse público, o conhecimento de como se comporta na região sul do Rio Grande do Sul auxiliaria os médicos veterinários no diagnóstico, tratamento, controle e prevenção, tanto para animais quanto para humanos. Neste contexto, o presente trabalho objetiva relatar a ocorrência de dermatofitose em pequenos animais na região sul do Rio Grande do Sul, durante o período de 1996 a 2008.

11 11 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Revisão bibliográfica Definição A dermatofitose é uma infecção superficial da pele, confinada ao epitélio queratinizado, sendo a doença fúngica mais comum na clínica de pequenos animais (COPETTI et al., 2006). Esta enfermidade é constituída por um grupo de fungos com características semelhantes, que são dos gêneros Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton, e compreendem mais de 40 espécies, tendo apenas algumas patogênicas (DAHDAH; SCHER, 2008). Os fungos são classificados do ponto de vista ecológico em antropofílicos, geofílicos e zoofílicos. (COELHO; ALEGRIA; RODRIGUES, 2008). A infecção nos animais ocorre frequentemente pelas espécies zoofílicas, mas também pelas geofílicas e excepcionalmente pelas antropofílicas (CHERMETTE; FERREIRO; GUILLOT, 2008) Etiologia As três espécies que causam a maioria dos casos clínicos de dermatofitose em cães e gatos são Microsporum canis, Trichophyton mentagrophytes e Microsporum gypseum (SCOTT et al., 1996). O Microsporum canis é caracterizado como zoofílico, no qual o felino pode ser reservatório assintomático transmitindo aos humanos pelo contato direto ou indireto (NOBRE; MEIRELES; CORDEIRO, 2000). O parasitismo do pêlo ocorre da forma ectothrix (ao redor do pêlo). Seu crescimento em ágar Sabouraud dextrose é rápido, de seis a 10 dias. As colônias apresentam uma textura algodonosa, com discreto relevo umbilicado e radiado, de tonalidade branca. O reverso apresenta coloração amarelo-limão, que pode difundir-se pelo meio e com o tempo torna-se castanho. O pleomorfismo muitas vezes é evidenciado, apresentando-se como colônias algodonosas altas. A microscopia das colônias demonstra grande número de macroconídios fusiformes, de parede grossa e com septos, que variam de seis a quinze células. Os microconídios, quando presentes, são sésseis e sem valor de

12 12 diagnóstico. Podem ainda ser observados clamidoconídios, órgãos nodulares e hifas pectinadas (LACAZ et al., 2002; SIDRIM; ROCHA, 2004). Microsporum gypseum é uma espécie geofílica e a infecção de humanos e animais ocorre através do contato com solo. O parasitismo no pêlo é do tipo ectothrix, produzindo poucos esporos. O crescimento é rápido, em torno de três a cinco dias, a temperatura de 25ºC em ágar Sabouraud dextrose. Suas colônias caracterizam-se por uma superfície plana, de bordas irregulares e extremamente granulares, conferindo aspecto de areia de praia, com pigmentação do verso amarelo-acastanhado e o reverso pode variar de laranja a marrom, porém este não se difunde pelo meio. Nesta espécie, há uma forte tendência ao pleomorfismo das colônias, caracterizadas por superfície algodonosa e branca, constituída apenas de hifas estéreis. Microscopicamente apresenta uma grande quantidade de macroconídios simétricos com três a sete septos com parede fina, extremidade arredondada e superfície rugosa. Algumas cepas podem ainda apresentar numerosos microconídios piriformes (LACAZ et al., 2002; SIDRIM; ROCHA, 2004). Trichophyton mentagrophytes possui cinco variedades, interdigitale, mentagrophytes, quinckeanum, erinacei e nodulare. As variedades interdigitale e nodulare são antropofílicas e as outras são zoofílicas (LACAZ et al., 2002). T. mentagrophytes var. mentagrophytes quando invade o pêlo é do tipo ectothrix com conídios pequenos. Em ágar Sabouraud dextrose, as colônias são planas, de coloração branca a creme e superfície pulverulenta a granular. Algumas colônias apresentam dobras ou tufos centrais e áreas penugentas, devido ao pleomorfismo. O reverso possui coloração marromamarelado, variando até marrom-avermelhado. No exame direto das colônias observa-se abundância de estruturas de frutificação como, grande quantidade de microconídios arredondados e agrupados, conferindo formato de cacho. Os macroconídios, quando presentes, mostram aspecto de charuto de um a seis septos transversais ligados a hifas hialinas e septadas. Além de apresentarem estruturas de ornamentação como, hifas em espiral, órgãos nodulares, hifas em raquete e clamidoconídios intercalares (LACAZ et al., 2002; SIDRIM; ROCHA, 2004). T. mentagrophytes var. quinckeanum quando parasita o pêlo pode ser do tipo ectothrix ou endothrix (no interior do pêlo). Em ágar Sabouraud dextrose, as colônias são planas ou levemente elevadas e pregueadas, com textura acamurçada de coloração branca a creme e reverso de cor marrom-amarelado a marrom-rosado. Microscopicamente há numerosos microconídios, predominantemente clavados, finos quando jovens nascendo lateralmente ao longo das hifas. Com envelhecimento os microconídios tornam-se mais largos e piriformes

13 13 com algumas formas subglobosas. Podem ainda estar presentes alguns macroconídios clavados, multisseptados e de parede lisa. T. mentagrophytes var. erinacei parasita o pêlo na forma ectothrix. Em ágar Sabouraud dextrose, as colônias são brancas, planas, pulverulenta ou penugentas com reverso amarelolimão. São observados numerosos microconídios largos e clavados nascendo ao lado da hifa. Os macroconídios são clavados de parede lisa e de tamanhos variados, podendo apresentar apêndices terminais (LACAZ et al., 2002) Epidemiologia Quanto à distribuição geográfica, os dermatófitos são ubiquitários, não há área ou grupo de ocorrência destes fungos. A variada distribuição etiológica desta enfermidade pode ser explicada por áreas onde condições geoclimáticas e sociais são extremamente diferenciadas, fatalmente influenciando nas espécies de dermatófitos isolados (COSTA et al., 2002). A frequência desta enfermidade nos caninos varia de 4 a 10%, mas existem estudos demonstrando que este percentual está aumentando, enquanto que nos felinos fica em torno de 20% (BRILHANTE et al., 2003). A prevalência varia de acordo com clima, umidade relativa, temperatura e precipitação em regiões demográficas diferentes, além da presença de reservatórios naturais (BRILHANTE et al., 2003; CAFARCHIA et al., 2004). Na Itália, o M. canis é o dermatófito mais comumente isolado em cães, enquanto que, as espécies geofílicas, como o M. gypseum e T. terrestre têm sido isolados também em cães, com prevalência de 2,2 a 8,7% (CAFARCHIA et al., 2004). A transmissão pode ocorrer através do contato direto com as lesões, entre e intraespécies ou pelo contato indireto, através de instrumentos e ambientes contaminados (ATES et al., 2008). A espécie felina pode comportar-se como portadora assintomática de espécies fúngicas zoofílicas, apresentando índices de 8 até 88% dos casos. Isso ocorre devido à presença de um emulsificado lipídico na superfície da pele que inibe a patogenicidade determinada pelos dermatófitos (NOBRE; MEIRELES; CORDEIRO, 2000; RAMALHO et al., 2007). Não há diferenças na prevalência da micose com relação ao sexo dos animais (PAIXÃO et al., 2001; MANCIANTI et al., 2002; BALDA et al., 2004; COELHO; ALEGRIA; RODRIGUES, 2008), porém em relação à idade, os jovens com idade inferior a um ano apresentam maior predisposição a dermatofitose (PAIXÃO et al., 2001; MANCIANTI et al.,

14 ; BALDA et al., 2004). Em relação à raça, parece haver predisposição aos animais puros, ocorrendo principalmente em Yorkshire, nos caninos; e nos Persas, em felinos (BALDA et al., 2004). A susceptibilidade aos dermatófitos depende do estado geral de saúde do animal, doenças concomitantes como hiperadrenocorticismo ou terapia prolongada com medicamentos podem favorecer o desenvolvimento desta enfermidade. Em felinos pode estar relacionada a doenças imunossupressivas, como vírus da leucemia felina (FeLV) e imunodeficiência viral felina (FIV) (CHERMETTE; FERREIRO; GUILLOT, 2008) Patogenia O desenvolvimento da micose ocorre quando o animal é exposto ao dermatófito, podendo ocorrer ou não a invasão do estrato córneo. Assim, há germinação dos esporos ao redor do pêlo que podem ser do tipo ectothrix ou endothrix. Logo após, formam-se hifas que invadem o óstio do folículo piloso, proliferando e migrando para o bulbo do pêlo, no qual produzem enzimas ceratolíticas. As hifas continuam infectando outros pêlos que encontram-se na fase de crescimento (anagênica), invadindo de forma centrífuga, caracterizando as lesões circulares. A resolução espontânea pode ocorrer, se os pêlos infectados entrarem na fase telogênica ou ocorrer reação inflamatória local. Esta inflamação cutânea ocorre devido a toxinas produzidas no estrato córneo que provoca uma espécie de dermatite por contato biológico (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996; LACAZ et al., 2002; SIDRIM; ROCHA, 2004) Sinais clínicos Os sinais clínicos da dermatofitose caracterizam-se por lesões alopécicas, regulares e circulares com eritema regional e descamação. Geralmente não há prurido. Podem apresentar lesões únicas ou múltiplas e localizadas ou disseminadas (CHERMETTE; FERREIRO; GUILLOT, 2008). As lesões do tipo quérion, também conhecidas como dermatofitose nodular, são granulomatosas, úmidas, exsudativas, variavelmente circunscrita e frequentemente está associado a infecções por M. canis, M. gypseum ou T. mentagrophytes (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996). Ferreira et al. (2006) descreveram um caso de dermatofitose nodular em um

15 15 canino da raça Dachshund com lesão no focinho, no qual o agente isolado foi M. gypseum, sendo o primeiro caso registrado no Brasil. Enquanto que, o pseudomicetoma dermatofítico ocorre quando há invasão do dermatófito para o interior da derme e do tecido subcutâneo produzindo um processo inflamatório piogranulomatoso, do tipo corpo estranho. As regiões comumente afetadas são o dorso e base da cauda com lesões nodulares de consistência firme ou friável e de formato irregular, sendo a raça Persa a mais acometida (TOSTES; GIUFFRIDA, 2003; PEREIRA et al., 2006) Diagnóstico O diagnóstico da dermatofitose é realizado através da anamnese, sinais clínicos, exame da lâmpada de Wood, exame microscópico dos pêlos arrancados, unhas e crostas, citologia, exame micológico e histopatologia (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996; LACAZ et al., 2002). O diagnóstico definitivo é realizado pela micologia, pois só com este exame ocorre a identificação do agente envolvido facilitando o tratamento e controle desta enfermidade. A lâmpada de Wood é utilizada sobre os pêlos e caspas suspeitos que irão fluorescer à coloração amarelo-esverdeada, quando há presença de espécies como M. canis, M. audouinii, M. distorum e T. schoenleinii. Aproximadamente 50% das infecções por M. canis fluorescem, além de existir diversas falhas no uso e interpretação deste método (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996). Ao exame direto pode-se utilizar hidróxido de potássio (KOH) de 10 a 40%. Coloca-se a amostra (pêlos, unhas ou crostas) em lâmina de microscopia juntamente com KOH, deixando agir por alguns minutos, para que ocorra clarificação. Em seguida, ao microscópio óptico, em objetivas de 10 e 40x, pode-se observar a fase de crescimento no pêlo (hifas e artroconídeos) (SIDRIM; ROCHA, 2004). No exame micológico realiza-se cultivo das amostras que são colocadas em ágar Sabouraud dextrose acrescido de cloranfenicol e cicloheximida (ágar Mycosel) e incubadas a 25ºC por até 15 dias. Avalia-se a macroscopia e microscopia das colônias isoladas. Para o exame direto, retira-se uma alçada da colônia, colocando entre lâmina e lamínula contendo lactofenol azul de algodão e após, observa-se as estruturas no em objetivas de 10 e 40x (SIDRIM; ROCHA, 2004). Na histopatologia pode-se observar dermatite hiperplásica e foliculite supurativa, com hiperqueratose e acantose da epiderme associada a microabscessos. Nos tecidos visualizam-se

16 16 hifas septadas, ramificadas e artroconídeos ou fragmentos de hifas. Na coloração de PAS (Ácido Periódico de Schiff) e Prata Metenamina de Gomori são visualizados hifas e artroconídeos no estrato córneo e no interior ou ao redor dos pêlos. Já na análise do pseudomicetoma ocorre a presença de nódulos e processo inflamatório granulomatoso na derme, com vários agregados de aspecto bolhoso semelhantes a hifas septadas e esporos embebidos em material amorfo eosinofílico, conhecido como reação de Splendore-Hoeppli (PÉREZ; CARRASCO, 2000; MEIRELES; NASCENTE, 2009). Assim, o exame histopatológico pode ser útil quando ocorre uma apresentação clínica incomum, mas não permite conhecer a espécie do dermatófito envolvida (PÉREZ; CARRASCO, 2000; CHERMETTE; FERREIRO; GUILLOT, 2008). O diagnóstico diferencial deve ser feito das enfermidades foliculares como, foliculite estafilocócica e demodicose. Além do pênfigo foliáceo e eritematoso, hipersensibilidade à picada de pulgas, dermatite seborréica e várias foliculites eosinofílicas estéreis. Os quérions dermatofíticos devem ser diferenciados de outros granulomas infecciosos ou por corpo estranho e dermatite acral por lambedura ou neoplasias. Enquanto que o pseudomicetoma dermatofítico, de outros granulomas infecciosos ou por corpo estranho, paniculite estéril e várias neoplasias (SCOTT, MILLER; GRIFFIN, 1996) Tratamento O tratamento preconizado para dermatofitose seria tópico, quando não há remissão das lesões em quatro semanas, o indicado seria o tratamento sistêmico. Para o sucesso do tratamento tópico, deve-se cortar o pêlo ao redor das lesões e ainda, se o animal possuir pêlos longos, deve-se realizar a tricotomia generalizada. Recomenda-se o uso de pomadas ou loções contendo antifúngicos (cetoconazol, clotrimazol ou miconazol) e xampus a base de clorexidine 3% por até duas semanas após a cura clínica ou cultura negativa (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996). Entre os antifúngicos sistêmicos indicados encontram-se griseofulvina, cetoconazol e itraconazol, sendo que este último apresenta menores efeitos colaterais, indicado para fêmeas prenhes e animais jovens, principalmente para felinos (CHERMETTE; FERREIRO; GUILLOT, 2008). Em um estudo realizado sobre a eficácia da griseofulvina e terbinafina em cães e gatos com dermatofitose foi observado cura aos 41 dias de 100% dos animais sem efeitos colaterais com a utilização da griseofulvina, enquanto que a terbinafina apresentou alguns efeitos colaterais (BALDA; OTSUKA; LARSSON, 2007).

17 17 O tratamento de lesões focais do tipo quérion consiste na utilização de antibiótico, corticóide e antifúngico (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996). O tratamento tópico com creme contendo associação medicamentosa de miconazol, gentamicina e betametasona, duas vezes ao dia, por quarenta e cinco dias, determinou a regressão completa do quadro, sem recidiva clínica (FERREIRA et al., 2006). O tratamento preconizado para o pseudomicetoma dermatofítico inclui, além da remoção cirúrgica, a terapia com antifúngicos sistêmicos como itraconazol, com o tempo variável de seis a 18 meses (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996). Pereira et al. (2006) relatou um caso de pseudomicetoma dermatofítico causado por Microsporum canis em um gato persa, no qual o tratamento escolhido foi o itraconazol sistêmico e sem a remoção cirúrgica, descrevendo que após um mês de tratamento o animal já apresentava redução das lesões. Zur e Elad (2006) testaram o lufenuron in vitro em cães e gatos com dermatofitose, e não houve inibição dos dermatófitos tanto in vitro quanto in vivo, porém sua atividade imunomoduladora poderia ser possível. O lufenuron é um fenol benzil-uréia que inibe a síntese de quitina, sendo usado como inseticida Prevenção e controle Existe uma vacina no mercado com antígenos de M.canis para o tratamento da dermatofitose, preconizando três doses com intervalos de 14 dias após a primeira dose e 10 dias após a segunda dose, aplicada intramuscular em caninos, e subcutâneo em felinos. É recomendada também a utilização preventiva, com duas doses, a partir dos três meses de idade e revacinar anualmente para garantir adequada imunidade. Um estudo realizado por Rybnikar et al. em 1997 testaram uma vacina contra M. canis em gatos com dermatofitose, observando remissão das lesões no grupo tratamento, enquanto que no grupo controle estas permaneceram. As medidas de controle da dermatofitose visam interferir na cadeia de transmissão da enfermidade, entretanto, o controle dessa doença é particularmente difícil devido a existência de animais portadores assintomáticos. Assim, as medidas profiláticas consistem no controle e isolamento de animais doentes, além das medidas higiênico-sanitárias. Para a desinfecção de pisos, instalações e utensílios pode-se utilizar hipoclorito de sódio (1:10), Biocid (1:250) ou soda cáustica a 5%. Considerando que os artroconídeos podem permanecer viáveis por até 18 meses no ambiente, a desinfecção de materiais e instalações é fundamental para evitar a contaminação e recontaminação dos animais e humanos (MEIRELES; NASCENTE, 2009).

18 Objetivos a) Gerais Realizar um levantamento das amostras enviadas ao Laboratório Regional de Diagnóstico (LRD), Laboratório de Doenças Infecciosas/Setor de Micologia da Universidade Federal de Pelotas/RS, com suspeita de dermatofitose em pequenos animais, durante o período de 1996 a b) Específicos Determinar o número de amostras enviadas com suspeita de dermatofitose durante esse período; Relacionar as amostras positivas com método de coleta; Determinar a freqüência da dermatofitose em relação à sazonalidade, espécie, sexo, raça e idade; Determinar qual o agente da dermatofitose foi o mais isolado.

19 Materiais e métodos No banco de dados do Laboratório Regional de Diagnóstico foram coletadas informações pertencentes às amostras enviadas ao Laboratório de Doenças Infecciosas - Setor de Micologia, durante o período de 1996 a O LRD pertence à Universidade Federal de Pelotas/RS, no qual presta serviços laboratoriais nas áreas de parasitologia, patologia, bacteriologia, micologia e virologia veterinária à comunidade da região sul do Rio Grande do Sul. No período de 2007 a 2009 o Laboratório de Micologia desenvolveu um projeto de extensão de diagnóstico micológico em pequenos animais junto à comunidade da região, visando esclarecer e auxiliar os clínicos nos diagnósticos de enfermidades fúngicas. Os materiais enviados ao laboratório, após coleta, eram carpetes, pêlos, crostas, biópsias de pele e swabs. Para cada amostra eram preenchidas fichas com os dados do animal, histórico, sinais clínicos, medicação utilizada e provável diagnóstico. Conforme a suspeita clínica, a amostra era semeada em placas de Petri contendo ágar Sabouraud dextrose acrescido de cloranfenicol e/ou oliva e Mycosel incubadas a 25º e/ou 37ºC. A partir das colônias formadas, realizava-se exame microscópico com lactofenol azul de algodão ou coloração de Gram para a caracterização do gênero e espécie fúngica. Quando a visualização não era possível, realiza-se microcultivo em lâmina. Os dados coletados eram referentes às amostras enviadas com suspeita de dermatofitose em cães e gatos, assim, analisaram-se o número de amostras enviadas durante o período mencionado, os diagnósticos positivos, agente etiológico envolvido, método de coleta, sazonalidade, raça, sexo, idade e espécie animal. Em relação ao agente etiológico mais frequente foram comparadas as espécies de Microsporum canis, M. gypseum e Trichophyton mentagrophytes. De acordo com a sazonalidade, caracterizou-se o período em que o diagnóstico foi realizado. O método de coleta foi relacionado com diagnóstico positivo como, carpete, pêlos ou biópsia. A idade foi dividida em categorias como, jovem (zero a três anos), adulto (quatro a sete anos) e idoso (acima de oito anos), e a espécie animal avaliada foi canina e felina. Logo após a análise de todos os dados, se estabeleceu a freqüência de dermatofitose em relação a cada variável escolhida, descrevendo a situação desta enfermidade na região sul do Rio Grande do Sul nos últimos 12 anos.

20 Resultados Foram analisadas 852 amostras enviadas ao Laboratório de Doenças Infecciosas Setor de Micologia com suspeita de dermatofitose em cães e gatos durante o período de 1996 a Do total coletado, 721 (84,7%) amostras eram provenientes de caninos e 131 (15,3%) de felinos (Gráfico 1). Gráfico 1: Porcentagem de amostras de caninos e felinos com suspeita de dermatofitose enviadas ao Laboratório Regional de Diagnóstico, Laboratório de Doenças Infecciosas Setor de Micologia, UFPel/RS no período de 1996 a Neste período foram diagnosticados 66 casos de dermatofitose em pequenos animais, sendo 46 (69,7%) em caninos e 20 (30,3%) em felinos. Destes, 43 foram diagnosticados no período de 1996 a 2006 e 23 casos entre 2007 a Em 1998 não houve nenhum caso de dermatofitose em pequenos animais, diagnosticado pelo LRD (Gráfico 2). Houve envolvimento zoonótico confirmado em dois casos, realizados por laboratório humano.

21 21 Gráfico 2: Diagnósticos de dermatofitose em pequenos animais realizados nos últimos 12 anos no Laboratório Regional de Diagnóstico, Laboratório de Doenças Infecciosas, Setor de Micologia da UFPel/RS. O agente etiológico isolado mais freqüente foi o Microsporum canis (Figura 1A e B) com 54 casos (82%), seguido do Microsporum gypseum (Figura 2A e B) em oito casos (13%), Trichophyton spp. em dois casos (3%), Trichophyton mentagrophytes (Figura 3A e B) e Trichophyton verrucosum, ambos em um caso cada (1%), descritos na tabela 1. Tabela 1: Casos de dermatofitose relacionados com o agente etiológico e espécie animal acometida durante os últimos 12 anos, na região sul do Rio Grande do Sul. ESPÉCIE ISOLADA CASOS CANINA FELINA Microsporum canis Microsporum gypseum Trichophyton mentagrophytes 1-1 Trichophyton spp Trichosporum verrucosum TOTAL

22 22 A B Figura 1A e B: Macroscopia (A) e microscopia (B) de colônia de Microsporum canis isolada no Laboratório Regional de Diagnóstico Laboratório de Doenças Infecciosas, Setor de Micologia da UFPel. A B Figura 2A e B: Macroscopia (A) e microscopia (B) de colônia de Microsporum gypseum isolada no Laboratório Regional de Diagnóstico Laboratório de Doenças Infecciosas, Setor de Micologia da UFPel. A B Figura 3A e B: Macroscopia (A) e microscopia (B) de colônia de Trichophyton mentagrophytes isolada no Laboratório Regional de Diagnóstico Laboratório de Doenças Infecciosas, Setor de Micologia da UFPel.

23 23 Em relação ao material coletado, a maior freqüência de isolamento dos dermatófitos foi obtida a partir de amostras de pêlos, correspondendo a 45 casos (68,2%). Com a técnica de coleta por carpete, 20 casos (30,3%) foram diagnosticados e apenas um (1,5%) por biópsia. A amostra obtida por biópsia era proveniente de um felino fêmea da raça Persa, no qual o isolamento foi de Microsporum canis e juntamente com histopatológico foi caracterizado como pseudomicetoma dermatofítico. O período do ano com maior freqüência de casos de dermatofitose em pequenos animais foi no mês de abril com 21,2% dos casos, seguido do mês junho com 18,2% e agosto com 15,1%, sendo o Microsporum canis o mais isolado nestes meses (gráfico 3). Gráfico 3: Número de casos de dermatofitose em pequenos animais, no período de 1996 a 2008, relacionados com a época do ano do diagnóstico e agente etiológico envolvido. Em relação ao sexo, a dermatofitose ocorreu em 49% das fêmeas e 51% dos machos, nos caninos e felinos. Em 53% dos casos, a enfermidade predominou na categoria jovem, 25% em adultos e 22% em idosos. Assim, a enfermidade ocorreu nos animais sem raça definida com 58% dos casos, enquanto que, em raça pura a mais freqüente foi Yorkshire, nos caninos e Persa, nos felinos.

24 Discussão O laboratório de micologia durante 12 anos de estudo (1996 a 2008) diagnosticou 66 casos de dermatofitose em pequenos animais, enquanto que destes, 23 casos ocorreram nos dois últimos anos (2007 a 2008). Provavelmente, este aumento da casuística foi decorrente ao projeto de extensão inicializado pelo laboratório, no qual notou-se facilitação do envio de amostras com suspeitas de enfermidade fúngica pelos clínicos, obtendo diagnósticos diferenciais e precisos. Copetti et al. (2006) realizou um estudo semelhante no qual analisou 1240 amostras provenientes de caninos e felinos de clínicas veterinárias de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, principalmente em Santa Maria durante o período de 1998 a A porcentagem de amostras positivas para caninos foi próxima à encontrada neste estudo, enquanto que em felinos foi dez vezes maior. Isto pode ter ocorrido pela maior demanda de felinos em clínicas veterinárias e além desta espécie, poder carrear em seu pelame o Microsporum canis, facilitando assim, a sua infecção. Um estudo realizado na cidade de Porto Alegre sobre a prevalência das dermatopatias em 250 caninos no período de um ano observou-se que as doenças fúngicas ocorreram em 7,6% dos casos, sendo o M. canis o mais isolado (MACHADO; APPELT; FERREIRO, 2004). Em outros estudos sobre dermatofitose, as amostras analisadas de caninos estiveram em maior número, similar ao encontrado no presente estudo. Porém o diagnóstico ocorreu na espécie felina com 15,2% das amostras enviadas (PAIXÃO et al., 2001; BRILHANTE et al., 2003; CAFARCHIA et al., 2003; BALDA et al., 2004). O principal dermatófito isolado nos animais com suspeita desta micose foi o Microsporum canis, concordando com outros estudos (BRILHANTE et al., 2003; CAFARCHIA et al., 2003; BALDA et al., 2004; COPETTI et al., 2006; COELHO et al., 2008), seguidos por M. gypseum e T. mentagrophytes, respectivamente, espécies que também foram obtidas em outros trabalhos (PAIXÃO et al., 2001; MANCIANTI et al., 2002; COPPETI et al., 2006). Entretanto, em Portugal, o T. mentagrophytes foi a espécie mais isolada, seguido pelo M. canis (COELHO et al., 2008). Numa pesquisa realizada por Bentubo et al. (2006), em que amostras de pelame de felinos adultos assintomáticos foram coletadas de um zoológico de São Paulo, obteve-se maior isolamento de Microsporum gypseum, sugerindo que este poderia ser uma fonte de infecção para humanos.

25 25 Segundo Ferreiro et al. (2007), M. canis está gradualmente aumentando a casuística de dermatofitose, tanto em animais quanto em humanos, destacando a importância da transmissão zoonótica. Nas amostras de pêlos conseguiu-se maior isolamento de dermatófitos, o que indica que quando utilizou-se este método de coleta para diagnóstico, o número de positivos foi superior quando comparado ao uso de carpete estéril ou swab, além de apresentar como vantagem a possibilidade de realizar o exame direto, observando as formas de parasitismo e crescimento no pêlo (LACAZ et al., 2002; SIDRIM; ROCHA, 2004). Os dois casos zoonóticos diagnosticados no período do estudo eram de proprietários de felinos que apresentavam lesões cutâneas e conviviam muito próximos aos animais. A participação do felino na disseminação desta enfermidade e a importância como zoonose já foi descrito, no qual cinco pessoas da mesma casa adquiriram a doença após o contato com o animal de estimação que possuía lesões (NOBRE; MEIRELES; CORDEIRO, 2000). O caso de pseudomicetoma dermatofítico por M. canis, diagnosticado pelo LRD durante a pesquisa, acometeu um felino da raça Persa, sendo localizado em regiões do dorso e cauda, como descrito na literatura (TOSTES et al., 2003; PEREIRA et al., 2006), e em 2008 foi descrito o primeiro caso de micetoma por M. canis em felino da raça Persa, macho de nove anos (KANO et al., 2008). Não houve tendência na frequência sexual em nenhuma espécie. Estes dados conferem com outros descritos (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996; MANCIANTI et al., 2002). Entretanto, Cafarchia et al. (2003) observaram em seu estudo que em caninos, a prevalência de dermatofitose foi maior em machos. Com relação à idade, neste estudo e em outros, os jovens são os mais acometidos pela dermatofitose, pois o sistema imune destes animais está ainda em processo de formação, predispondo a ocorrência de enfermidades oportunísticas (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996; MANCIANTI et al., 2002; CAFARCHIA et al., 2003; BALDA et al., 2004). A ocorrência da enfermidade predominou nos animais SRD, provavelmente pela maior freqüência de amostras enviadas, porém as raças Persa e Yorkshire, como descritas por outros autores, foram as mais frequentes em felinos e caninos respectivamente (CAFARCHIA et al., 2003; BALDA et al., 2004). A maioria dos casos de dermatofitose ocorreu durante as estações de outono e inverno, como relatado por Cafarchia et al. (2003) no sul da Itália e Brilhante et al. (2003) em Fortaleza (Brasil). Entretanto, Balda et al. (2004) não observou diferença sazonal, em São Paulo (Brasil) e Mancianti et al. (2002) no norte da Itália observou maior prevalência no

26 26 verão. Assim, de acordo com a situação geográfica esta enfermidade pode ocorrer em diferentes estações do ano.

27 27 3 CONCLUSÃO A dermatofitose em pequenos animais no sul do Rio Grande do Sul comporta-se de forma semelhante aos trabalhos descritos na literatura, porém com diferente sazonalidade. O principal dermatófito isolado tanto em caninos quanto em felinos foi Microsporum canis. A espécie Trichophyton mentagrophytes foi isolada apenas em felinos, enquanto que Microsporum gypseum e Trichophyton verrucosum, apenas em caninos. Desse modo, a pesquisa auxiliará aos clínicos na compreensão, tratamento, controle e prevenção da enfermidade nesta região.

28 28 REFERÊNCIAS ATES A, ILKIT, M, OZDEMIR, R, OZCAN, K. Dermatophytes isolated from asymptomatic dogs in Adana, Turkey: A preliminary study. Journal de Mycologie Médicale, v. 18, p , BALDA, A.C, LARSSON, C.E, OTSUKA, M, GAMBALE, W. Estudo retrospectivo de casuística das dermatofitoses em cães e gatos atendidos no serviço de dermatologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Acta Scientiae Veterinariae, v. 32, n. 2, p , BALDA, A.C.; OTSUKA, M.; LARSSON, C.E. Ensaio clínico da griseofulvina e da terbinafina na terapia das dermatofitoses em cães e gatos. Ciência Rural, v.37, n.3, p , BENTUBO, H.D, FEDULLO, J.D, CORRÊA, S.H, TEIXEIRA, R.H, COUTINHO, S. Isolation of Microsporum gypseum from the haircoat of health wild felids kept in captivity in Brazil. Brazilian Journal of Microbiology, v. 37, p , BRILHANTE, R.S.N., CAVALCANTE, C.S.P., SOARES-JUNIOR, F.A., CORDEIRO, R.A., SIDRIM, J.J.C., ROCHA, M.F.G. High rate of Microsporum canis feline and canine dermatophytoses in Northeast Brazil: Epidemiological and diagnostic features. Mycopathologia, v. 156, p , CAFARCHIA, C., ROMITO, D., SASANELLI, M., LIA, R., CAPELLI, G., OTRANTO, D. The epidemiology of canine and feline dermatophytoses in southern Italy. Mycoses, v. 47, p , CHERMETTE, R., FERREIRO, L. ; GUILLOT, J. Dermatophytoses in Animals. Mycopathologia, v. 166, p , COELHO, A., ALEGRIA, N. ; RODRIGUES, J. Isolamento de dermatófitos em animais domésticos em Vila Real, Portugal. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 60, n. 4, p , COPETTI, M.V., SANTURIO, J.M., CAVALHEIRO, A.S., BOECK, A.A., ARGENTA, J.S., AGUIAR, L.C., ALVES, S.H. Dermatophytes isolated from dogs and cats suspected of dermatophytosis in Southern Brazil. Acta Scientiae Veterinariae, v. 34, n. 2, p , COSTA M., PASSOS, X.S., SOUZA, L.K., MIRANDA, A.T., LEMOS, J.A., JÚNIOR, J.G., SILVA, M.R. Epidemiologia e etiologia das dermatofitoses em Goiânia, GO, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 35, n. 1, p , jan-fev, DAHDAH, M. ; SCHER, R. Dermatophytes. Current Fungal Infection Reports, v. 2, p , FERREIRA, R.R., MACHADO, M.L., SPANAMBERG, A., FERREIRO, L. Quérion causado por Microsporum gypseum em um cão. Acta Scientiae Veterinariae, v. 34, n. 2, p , 2006.

29 29 FERREIRO, L, SANCHES, E.M.C, SPANAMBERG, A, FERREIRA, R.R, MACHADO, M, ROEHE, C, PEREIRA, S.A., SCHUBACH, T.M., SANTURIO, J.M. Zoonoses micóticas em cães e gatos. Acta Scientiae Veterinariae. v. 35, p , KANO, R., EDAMURA, K, YUMIKURA, H, MARUYAMA, H, ASANO, K, TANAKA, S., HASEGAWA, A. Confirmed case of feline mycetoma due to Microsporum canis. Mycoses. v. 52, p , LACAZ, C., PORTO, E, MARTINS, J., HEINS-VACCARI, E., MELO, N. Tratado de Micologia Médica. 9. ed. São Paulo: Sarvier, p. LAUTENSCHLÄGER, JUSSARA. Pelotas tem um cão para 5,6 habitantes. Diário Popular, Pelotas, 12 jul Caderno Cidade. Disponível em:< http// > Acesso em: 27 mar MACHADO, M.L., APPELT, C.E.,; FERREIRO, L. Dermatófitos e leveduras isolados da pele de cães com dermatopatias diversas. Acta Scientiae Veterinariae. v. 32, n. 3, p , MANCIANTI, F., NARDONI, S., CECCHI, S., CORAZZA, M., TACCINI, F. Dermatophytes isolated from symptomatic dogs and cats in Tuscany, Italy during a 15-yearperiod. Mycopathologia,v.156, p , MEIRELES, M.C.A.; NASCENTE, P.S. Micologia Veterinária. Pelotas: Universitária. UFPEL, p. NOBRE, M.O., MEIRELES, M.C. ; CORDEIRO, J.M.C. Importância do felino doméstico na epidemiologia da dermatofitose por Microsporum canis. Revista da Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia. Uruguaiana, v.7/8, n.1, p , PAIXÃO, G.C., SIDRIM, J.J.C., CAMPOS, G.M.M., BRILHANTE, R.S.N., ROCHA, M.F.G. Dermatophytes and saprobe fungi isolated from dogs and cats in the city of Fortaleza, Brazil. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 2001, n.5, Belo Horizonte out., PEREIRA, A.N., DAMICO, C.B., SOUZA, H.J., CORGOZINHO, K.B., GRAÇA, R., ALMEIDA, E.C., FERREIRA, A.M. Pseudomicetoma dermatofítico causado por Microsporum canis em gato da raça persa. Acta Scientiae Veterinariae. v. 34, n. 2, p , PÉREZ, J. ; CARRASCO, L. Diagnóstico histopatológico de micosis en patología veterinária. Revista Iberoamericana de Micologia. v.17, p.18-22, RAMALHO, F., FARIAS, M., BIER, D., CONDAS, L., MURO, M., PIMPÃO, C. Avaliação do estado de carreador assintomático de fungos dermatofíticos em gatos destinados à doação em centros de controle de zoonoses e sociedade protetora de animais. In: 2007, Recife. RESUMOS. Recife: 5ºCongresso Brasileiro de Micologia, 2007, p.268.

30 30 RYBNIKAR, A., VRZAL, V., CHUMELA, J., PETRÁS, J. Immunization of cats against Microsporum canis. Acta Veterinary Brunensis. v. 66, p , SCOTT, D., MILLER, W., GRIFFIN, C. Muller & Kirk, dermatologia de pequenos animais. 5. ed. Original. Rio de Janeiro: Interlivros, p. SIDIRM, J. ; ROCHA, M. Micologia médica à luz de autores contemporâneos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. TOSTES, R.A ; GIUFFRIDA, R. Pseudomicetoma dermatofítico em felinos. Ciência Rural, Santa Maria, v.33, n.2, p , ZUR, G. ; ELAD, D. In vitro and in vivo Effects of Lufenuron on Dermatophytes Isolated from Cases of Canine and Feline Dermatophytoses. Journal of Veterinary Medicine B, v. 53, p , 2006.

DERMAFITOSE EM CÃES E GATOS- REVISÃO DE LITERATURA. Camila Aparecida Lopes², Waleska de Melo Ferreira Dantas³

DERMAFITOSE EM CÃES E GATOS- REVISÃO DE LITERATURA. Camila Aparecida Lopes², Waleska de Melo Ferreira Dantas³ 292 Camila Aparecida Lopes et al. DERMAFITOSE EM CÃES E GATOS- REVISÃO DE LITERATURA. Camila Aparecida Lopes², Waleska de Melo Ferreira Dantas³ Resumo: As dermatofitoses são zoonoses causadas por fungos

Leia mais

TÍTULO: PANORAMA DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ANIMAIS COM DERMATOFITOSES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DE LEME-SP

TÍTULO: PANORAMA DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ANIMAIS COM DERMATOFITOSES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DE LEME-SP TÍTULO: PANORAMA DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ANIMAIS COM DERMATOFITOSES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DE LEME-SP CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA VETERINÁRIA

Leia mais

DERMATOFITOSE PUSTULAR CANINA POR Microsporum canis. CANINE PUSTULAR DERMATOPHYTOSIS BY Microsporum canis

DERMATOFITOSE PUSTULAR CANINA POR Microsporum canis. CANINE PUSTULAR DERMATOPHYTOSIS BY Microsporum canis DERMATOFITOSE PUSTULAR CANINA POR Microsporum canis CANINE PUSTULAR DERMATOPHYTOSIS BY Microsporum canis Bárbara Nogueira da SILVA 1 ; Roseane Oliveira FEITOSA 2 ; Lilian Sabrina Silvestre de ANDRADE 3

Leia mais

MICROSPOROSE CANINA E HUMANA UM RELATO DE CASO ZOONÓTICO

MICROSPOROSE CANINA E HUMANA UM RELATO DE CASO ZOONÓTICO MICROSPOROSE CANINA E HUMANA UM RELATO DE CASO ZOONÓTICO WALLER, Stefanie Bressan 1 ; GOMES, Angelita dos Reis 2 ; CABANA, Ângela Leitzke 2 ; FARIA, Renata de Osório 3 ; MEIRELES, Mário Carlos Araújo 4

Leia mais

São causadas por fungos filamentosos, queratinofílicos e queratinolíticos pertencentes aos gêneros Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton.

São causadas por fungos filamentosos, queratinofílicos e queratinolíticos pertencentes aos gêneros Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. Dermatofitose DERMATOFITOSE Nomes populares Dermatomicose, Tinea, Tinha, Ringworm. Agente causador São causadas por fungos filamentosos, queratinofílicos e queratinolíticos pertencentes aos gêneros Microsporum,

Leia mais

VOLUME 01/2015 DERMATOFITOSE. Desafio ao clínico e ao proprietário

VOLUME 01/2015 DERMATOFITOSE. Desafio ao clínico e ao proprietário VOLUME 01/2015 DERMATOFITOSE Desafio ao clínico e ao proprietário M.V. Karin Denise M.V Botteon Karina Denise Botteon Departamento Coordenadora Técnico Pet Técnica Agener Pet União Agener União ÍNDICE

Leia mais

DERMATOFITOSE POR MICROSPORUM GYPSEUM EM FELINO: RELATO DE CASO FELINE DERMATOPHYTOSIS BY MICROSPORUM GYPSEUM: CASE REPORT

DERMATOFITOSE POR MICROSPORUM GYPSEUM EM FELINO: RELATO DE CASO FELINE DERMATOPHYTOSIS BY MICROSPORUM GYPSEUM: CASE REPORT DERMATOFITOSE POR MICROSPORUM GYPSEUM EM FELINO: RELATO DE CASO FELINE DERMATOPHYTOSIS BY MICROSPORUM GYPSEUM: CASE REPORT BALDINI, M.C. 1 ; MOREIRA, K.C. 2 ; FERRARIAS, T.M. 3 ; ROSSI, F.Z. 4 ; BENTUBO,

Leia mais

PROCESSO DE SECAGEM E DESIDRATAÇÃO DE FRUTAS TROPICAIS POR OSMOSE E MICROONDAS

PROCESSO DE SECAGEM E DESIDRATAÇÃO DE FRUTAS TROPICAIS POR OSMOSE E MICROONDAS PROCESSO DE SECAGEM E DESIDRATAÇÃO DE FRUTAS TROPICAIS POR OSMOSE E MICROONDAS ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE Vol. 13, N. 19, Ano 2010 Gisliane Porfirio dos Santos Daiana Cristina

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA UNIFOR-MG CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA LORENA MARIA LEÃO

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA UNIFOR-MG CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA LORENA MARIA LEÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA UNIFOR-MG CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA LORENA MARIA LEÃO OCORRÊNCIA DE DERMATOFITOSE EM CÃES E GATOS ATENDIDOS NA CLÍNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA (CLIMVET) DO CENTRO UNIVERSITÁRIO

Leia mais

www.drapriscilaalves.com.br [DERMATOFITOSE]

www.drapriscilaalves.com.br [DERMATOFITOSE] D [DERMATOFITOSE] 2 A Dermatofitose é uma micose que acomete as camadas superficiais da pele e é causada pelos fungos dermatófitos: Microsporum canis, Microsporum gypseum e Trichophyton mentagrophytes.

Leia mais

Palavras-chaves: dermatologia, cão, fungo INTRODUÇÃO

Palavras-chaves: dermatologia, cão, fungo INTRODUÇÃO DERMATOFITOSE CANINA FIGUEIREDO, Karolyna Brito¹; CRUZ, José Acácio Chavier 1 ; LEHNEN, Paula Letícia 1 ; SILVA, Nara Cristina 1 ; COSTA, Jackeline de Sousa 1, BERTOLINO, Jessica Fernanda 1 ; OLIVEIRA,

Leia mais

PERFIL DA POPULAÇÃO CANINA DOMICILIADA DO LOTEAMENTO JARDIM UNIVERSITÁRIO, MUNICÍPIO DE SÃO CRISTÓVÃO, SERGIPE, BRASIL

PERFIL DA POPULAÇÃO CANINA DOMICILIADA DO LOTEAMENTO JARDIM UNIVERSITÁRIO, MUNICÍPIO DE SÃO CRISTÓVÃO, SERGIPE, BRASIL 1 PERFIL DA POPULAÇÃO CANINA DOMICILIADA DO LOTEAMENTO JARDIM UNIVERSITÁRIO, MUNICÍPIO DE SÃO CRISTÓVÃO, SERGIPE, BRASIL ALINE R. DE MENEZES 1, ROSEANE N. S. CAMPOS 2, MARIA JOSÉ DOS SANTOS 1, CLEODOM

Leia mais

Enfermidades Micóticas

Enfermidades Micóticas Enfermidades Micóticas Msc. Larissa Pickler Departamento de Medicina Veterinária Universidade Federal do Paraná Disciplina de Doenças das Aves Curitiba Paraná Brasil 2011 Enfermidades Micóticas Infecções

Leia mais

ESPOROTRICOSE FELINA - RELATO DE CASO SPOROTRICHOSIS IN CAT - CASE REPORT

ESPOROTRICOSE FELINA - RELATO DE CASO SPOROTRICHOSIS IN CAT - CASE REPORT 1 ESPOROTRICOSE FELINA - RELATO DE CASO SPOROTRICHOSIS IN CAT - CASE REPORT PRISCILA PEREIRA¹, GIOVANE FRANCHESCO DE CARVALHO ², GIOVANE BARON QUINAGLIA², MÁRCIO HAMAMURA³, MÔNICA KANASHIRO OYAFUSO 4.

Leia mais

DIAGNÓSTICO DE MICOSES EM PEQUENOS ANIMAIS DA CIDADE DE PELOTAS-RS E REGIÃO

DIAGNÓSTICO DE MICOSES EM PEQUENOS ANIMAIS DA CIDADE DE PELOTAS-RS E REGIÃO Autor(es): DIAGNÓSTICO DE MICOSES EM PEQUENOS ANIMAIS DA CIDADE DE PELOTAS-RS E REGIÃO Apresentador: Orientador: Revisor 1: Revisor : Instituição: SANTIN, Rosema; MEINERZ, Ana Raquel Mano; XAVIER, Melissa

Leia mais

ESPOROTRICOSE EM FELINOS DOMÉSTICOS

ESPOROTRICOSE EM FELINOS DOMÉSTICOS ESPOROTRICOSE EM FELINOS DOMÉSTICOS MONTEIRO, Héllen Renata Borges TANENO, Joyce Costa Discentes da Faculdade de Zootecnia e Medicina Veterinária de Garça SP, FAMED/FAEF, UNITERRA hellen_monteiro@zipmail.com.br

Leia mais

DERMATOFITOSE SUÍNA CAUSADA POR TRICHOPHYTON MENTAGROPHYTES RELATO DE CASO DERMATOPHYTOSIS OF PIGS CAUSED BY TRICHOPHYTON MENTAGROPHYTES A CASE REPORT

DERMATOFITOSE SUÍNA CAUSADA POR TRICHOPHYTON MENTAGROPHYTES RELATO DE CASO DERMATOPHYTOSIS OF PIGS CAUSED BY TRICHOPHYTON MENTAGROPHYTES A CASE REPORT DERMATOFITOSE SUÍNA CAUSADA POR TRICHOPHYTON MENTAGROPHYTES RELATO DE CASO DERMATOPHYTOSIS OF PIGS CAUSED BY TRICHOPHYTON MENTAGROPHYTES A CASE REPORT Daniela Isabel Brayer Pereira 1, Eliza Simone Viegas

Leia mais

DERMATOFITOSES MICOSES DERMATOFITOSES DERMATOFITOSES 04/05/2017 MICOSES SUPERFICIAIS, SUBCUTÂNEAS E PROFUNDAS

DERMATOFITOSES MICOSES DERMATOFITOSES DERMATOFITOSES 04/05/2017 MICOSES SUPERFICIAIS, SUBCUTÂNEAS E PROFUNDAS MICOSES MICOSES SUPERFICIAIS, SUBCUTÂNEAS E PROFUNDAS SUPERFICIAIS: Dermatofitose Dermatomicoses: candidíase, malassezíase SUBCUTÂNEAS: micetoma, pitiose, esporotricose Profa. Juliana Peloi Vides PROFUNDAS:

Leia mais

www.paulomargotto.com.br Introdução Micoses superficiais que se limitam às camadas queratinizadas ou semiqueratinizadas da epiderme, dos pêlos e das unhas. Embora não invadam a derme e epiderme, ocorre

Leia mais

INCIDÊNCIA DE DERMATÓFITOS EM FELINOS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE DE FRANCA (UNIFRAN-SP)

INCIDÊNCIA DE DERMATÓFITOS EM FELINOS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE DE FRANCA (UNIFRAN-SP) INCIDÊNCIA DE DERMATÓFITOS EM FELINOS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE DE FRANCA (UNIFRAN-SP) Alex Roberto de Oliveira 1, Juliana de Andrade Cintra 2, Lucas de Freitas Pereira 3, Regina

Leia mais

Etiologia e epidemiologia das dermatofitoses em Goiânia, GO, Brasil

Etiologia e epidemiologia das dermatofitoses em Goiânia, GO, Brasil Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 32(4):367-371, jul-ago, 1999. ARTIGO Etiologia e epidemiologia das dermatofitoses em Goiânia, GO, Brasil Etiology and epidemiology in dermatophytosis

Leia mais

Anais do Conic-Semesp. Volume 1, Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN

Anais do Conic-Semesp. Volume 1, Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: LEVANTAMENTO RETROSPECTIVO DE CASOS DE DEMODICOSE CANINA E FELINA, ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO

Leia mais

DIAGNÓSTICO CLÍNICO E HISTOPATOLÓGICO DE NEOPLASMAS CUTÂNEOS EM CÃES E GATOS ATENDIDOS NA ROTINA CLÍNICA DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVIÇOSA 1

DIAGNÓSTICO CLÍNICO E HISTOPATOLÓGICO DE NEOPLASMAS CUTÂNEOS EM CÃES E GATOS ATENDIDOS NA ROTINA CLÍNICA DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVIÇOSA 1 361 DIAGNÓSTICO CLÍNICO E HISTOPATOLÓGICO DE NEOPLASMAS CUTÂNEOS EM CÃES E GATOS ATENDIDOS NA ROTINA CLÍNICA DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVIÇOSA 1 Márcia Suelen Bento 2, Marcelo Oliveira Chamelete 3,

Leia mais

DEMODICOSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA

DEMODICOSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA DEMODICOSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA SANTOS, Luana Maria MACHADO, Juliane de Abreu Campos Acadêmicos da Associação Cultural e Educacional de Garça - FAMED. NEVES, Maria Francisca Docente da Associação

Leia mais

Retrospectiva das dermatofitoses em cães e gatos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso, nos anos de 2006 a 2008

Retrospectiva das dermatofitoses em cães e gatos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso, nos anos de 2006 a 2008 Ciência Rural, Santa Maria, v.41, n.8, Retrospectiva p.1405-1410, das ago, dermatofitoses 2011 em cães e gatos... ISSN 0103-8478 1405 Retrospectiva das dermatofitoses em cães e gatos atendidos no Hospital

Leia mais

RECONHECIMENTO DE DERMATOFITOSE FELINA EM GATOS ASSINTOMÁTICOS FELINE DERMATOPHYTOSES RECOGNITION IN ASYMPTOMATIC CATS

RECONHECIMENTO DE DERMATOFITOSE FELINA EM GATOS ASSINTOMÁTICOS FELINE DERMATOPHYTOSES RECOGNITION IN ASYMPTOMATIC CATS 1 RECONHECIMENTO DE DERMATOFITOSE FELINA EM GATOS ASSINTOMÁTICOS FELINE DERMATOPHYTOSES RECOGNITION IN ASYMPTOMATIC CATS Gisele Fabrícia Martins dos REIS 1 ; Giovana Menechelli FERRARI 2 ; Fabrício Zoliani

Leia mais

ANTIFUNGIGRAMA: QUANDO SOLICITAR E COMO INTERPRETAR

ANTIFUNGIGRAMA: QUANDO SOLICITAR E COMO INTERPRETAR ANTIFUNGIGRAMA: QUANDO SOLICITAR E COMO INTERPRETAR O antifungigrama é recomendado para situações específicas quando o paciente portador de fungemia e/ou imunocomprometido não responde bem ao tratamento

Leia mais

PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS RESPONSÁVEIS PELAS MICOSES CUTÂNEAS EM FELINOS

PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS RESPONSÁVEIS PELAS MICOSES CUTÂNEAS EM FELINOS PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS RESPONSÁVEIS PELAS MICOSES CUTÂNEAS EM FELINOS TOZZETTI, Danilo Soares SANTOS, William Ribeiro Martins dos INFORZATO, Guilherme Repas ZANATTA, Julio César SAMARONI, Maicon

Leia mais

Revista CES Medicina Veterinaria y Zootecnia E-ISSN: Universidad CES Colombia

Revista CES Medicina Veterinaria y Zootecnia E-ISSN: Universidad CES Colombia Revista CES Medicina Veterinaria y Zootecnia E-ISSN: 1900-9607 revistamvz@ces.edu.co Universidad CES Colombia Rodrigues Frias, Danila Fernanda; Kozusny-Andreani, Dora Inês Isolamento e identificação de

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CARLOS RENATO PFAU EFICÁCIA DO SULFETO DE SELÊNIO EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES SOBRE Malassezia pachydermatis EM CÃES: ESTUDO IN VITRO E IN VIVO. Dissertação apresentada ao

Leia mais

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA BÁRBARA SILVA DA COSTA OCORRÊNCIA DE DERMATOFITOSES EM CÃES E GATOS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Leia mais

SERVIÇO DE CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS DO INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE - CÂMPUS CONCÓRDIA

SERVIÇO DE CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS DO INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE - CÂMPUS CONCÓRDIA SERVIÇO DE CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS DO INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE - CÂMPUS CONCÓRDIA Voese, Francine Maiara 1 ; Rosa, Débora Fernanda da 1 ; Olsson, Débora Cristina1; Faria, Joice Lara Maia

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE A FAIXA ETÁRIA DE TUTORES DE CÃES E GATOS E A PERCEPÇÃO DE ZOONOSES, EM BELÉM, PARÁ

RELAÇÃO ENTRE A FAIXA ETÁRIA DE TUTORES DE CÃES E GATOS E A PERCEPÇÃO DE ZOONOSES, EM BELÉM, PARÁ 1 RELAÇÃO ENTRE A FAIXA ETÁRIA DE TUTORES DE CÃES E GATOS E A PERCEPÇÃO DE ZOONOSES, EM BELÉM, PARÁ CAROLINY DO SOCORRO BRITO SANTOS 1, JEAN CAIO FIGUEIREDO DE ALMEIDA 1, MONIQUE LEÃO DELGADO 1, YAN CARLOS

Leia mais

FIBROADENOCARCINOMA, CARCINOSSARCOMA E LIPOMA EM CADELA RELATO DE CASO FIBROADENOCARCINOMA, CARCINOSARCOMA AND LIPOMA IN BITCH - CASE REPORT

FIBROADENOCARCINOMA, CARCINOSSARCOMA E LIPOMA EM CADELA RELATO DE CASO FIBROADENOCARCINOMA, CARCINOSARCOMA AND LIPOMA IN BITCH - CASE REPORT FIBROADENOCARCINOMA, CARCINOSSARCOMA E LIPOMA EM CADELA RELATO DE CASO FIBROADENOCARCINOMA, CARCINOSARCOMA AND LIPOMA IN BITCH - CASE REPORT 1 SARA LETÍCIA DOS SANTOS ANDRADE¹, SUELLEN BARBOSA DA GAMA

Leia mais

Clarisse Alvim Portilho et all

Clarisse Alvim Portilho et all 294 CASUÍSTICA DE CÃES E GATOS ATENDIDOS COM SUSPEITA DE NEOPLASIA NO HOSPITAL VETERINÁRIO UNIVIÇOSA NO PERÍODO DE 2010 A 20141 Clarisse Alvim Portilho2, Alessandra Arreguy3, Anna Laura Alves dos Santos⁴,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETRINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETRINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETRINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS ESTUDO RETROSPECTIVO DAS DERMATOFITOSES DIAGNOSTICADAS EM CÃES E GATOS EM PORTO ALEGRE,

Leia mais

PRESENÇA DE Malassezia sp. EM COELHOS DOMÉSTICOS (Oryctolagus cuniculus) PRESENCE OF Malassezia sp. IN DOMESTIC RABBITS (Oryctolagus cuniculus)

PRESENÇA DE Malassezia sp. EM COELHOS DOMÉSTICOS (Oryctolagus cuniculus) PRESENCE OF Malassezia sp. IN DOMESTIC RABBITS (Oryctolagus cuniculus) 1 PRESENÇA DE Malassezia sp. EM COELHOS DOMÉSTICOS (Oryctolagus cuniculus) PRESENCE OF Malassezia sp. IN DOMESTIC RABBITS (Oryctolagus cuniculus) Hérika Regina Vieira SANTIAGO 1 ; Claudio Douglas de Oliveira

Leia mais

[DERMATITE ALÉRGICA A PICADA DE PULGAS - DAPP]

[DERMATITE ALÉRGICA A PICADA DE PULGAS - DAPP] www.drapriscilaalves.com.br [DERMATITE ALÉRGICA A PICADA DE PULGAS - DAPP] 2 É considerada a doença alérgica mais comum na rotina dermatológica, podendo corresponder a até 90% dos casos nos pacientes felinos

Leia mais

[DEMODICIOSE]

[DEMODICIOSE] [DEMODICIOSE] 2 Demodiciose É uma dermatose parasitária não contagiosa (ou seja, não há transmissão de um cão para o outro) muito comum da pele dos cães e um problema também reconhecido em gatos, embora

Leia mais

ASSOCIAÇÃO ENTRE A RENDA FAMILIAR DE TUTORES DE CÃES E GATOS E A PERCEPÇÃO DE ZOONOSES, EM BELÉM, PARÁ

ASSOCIAÇÃO ENTRE A RENDA FAMILIAR DE TUTORES DE CÃES E GATOS E A PERCEPÇÃO DE ZOONOSES, EM BELÉM, PARÁ 1 ASSOCIAÇÃO ENTRE A RENDA FAMILIAR DE TUTORES DE CÃES E GATOS E A PERCEPÇÃO DE ZOONOSES, EM BELÉM, PARÁ CAROLINY DO SOCORRO BRITO SANTOS 1, JAMILE ANDRÉA RODRIGUES DA SILVA 2, ANTÔNIO VINÍCIUS BARBOSA

Leia mais

OCORRÊNCIA DE MALASSEZIA PACHYDERMATIS E CERÚMEN EM CONDUTO AUDITIVO DE CÃES HÍGIDOS E ACOMETIDOS POR OTOPATIAS

OCORRÊNCIA DE MALASSEZIA PACHYDERMATIS E CERÚMEN EM CONDUTO AUDITIVO DE CÃES HÍGIDOS E ACOMETIDOS POR OTOPATIAS OCORRÊNCIA DE MALASSEZIA PACHYDERMATIS E CERÚMEN EM CONDUTO AUDITIVO DE CÃES HÍGIDOS E ACOMETIDOS POR OTOPATIAS ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE Vol. 3, N. 0, Ano 00 Gustavo Grisolia

Leia mais

TERBINAFINA HCL. Identificação: Propriedades:

TERBINAFINA HCL. Identificação: Propriedades: TERBINAFINA HCL Identificação: Fórmula Molecular: C 21H 2 5N. HCL PM: 327,9 DCB: 08410 CAS: 78628-80-5 Fator de correção: Aplicável Uso: Oral e Tópica Propriedades: O cloridrato de terbinafina pertence

Leia mais

MICROSPOROSE MISTA CANINA - RELATO DE CASO

MICROSPOROSE MISTA CANINA - RELATO DE CASO CABANA et al. 97 MICROSPOROSE MISTA CANINA - RELATO DE CASO Ângela Leitzke Cabana 1 Angelita dos Reis Gomes 2 Alessandra Jacomelli Teles 3 Luiza da Gama Osório 4 Tatiane Barbosa de Oliveira 5 Otávia de

Leia mais

Instituto de Biociências IBB. Departamento de Microbiologia e Imunologia. Disciplina de Microbiologia Veterinária

Instituto de Biociências IBB. Departamento de Microbiologia e Imunologia. Disciplina de Microbiologia Veterinária 1 Instituto de Biociências IBB Departamento de Microbiologia e Imunologia Disciplina de Microbiologia Veterinária Roteiro para aulas práticas de Micologia Professores: Sandra Bosco e Eduardo Bagagli Técnicos

Leia mais

INTRODUÇÃO. Artigo Original/Original Article

INTRODUÇÃO. Artigo Original/Original Article Artigo Original/Original Article Etiologia das dermatofitoses diagnosticadas em pacientes atendidos no Laboratório de Micologia Médica no Centro de Biociências da Universidade Federal de Pernambuco, entre

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO SAZONAL DE ESPÉCIES DE SIPHONAPTERA EM CÃES DAS CIDADES DE BAGÉ E PELOTAS NO RS

DISTRIBUIÇÃO SAZONAL DE ESPÉCIES DE SIPHONAPTERA EM CÃES DAS CIDADES DE BAGÉ E PELOTAS NO RS DISTRIBUIÇÃO SAZONAL DE ESPÉCIES DE SIPHONAPTERA EM CÃES DAS CIDADES DE BAGÉ E PELOTAS NO RS Autor(es): Apresentador: Orientador: Revisor 1: Revisor 2: Instituição: XAVIER, Graciela Augusto; FERNANDES,

Leia mais

Mariana Isa Poci Palumbo 1* ; Luiz Henrique de Araújo Machado 2 ; Antonio Carlos Paes 3 ; Simone Henriques Mangia 4 ; Rodrigo Gracia Motta 5.

Mariana Isa Poci Palumbo 1* ; Luiz Henrique de Araújo Machado 2 ; Antonio Carlos Paes 3 ; Simone Henriques Mangia 4 ; Rodrigo Gracia Motta 5. Estudo epidemiológico das dermatofitoses em cães e gatos atendidos no serviço de dermatologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP Botucatu Epidemilogic survey of dermatophytosis in

Leia mais

As doenças de pele causadas por fungos em cães e gatos

As doenças de pele causadas por fungos em cães e gatos As doenças de pele causadas por fungos em cães e gatos As dermatopatias em cães e gatos representam grande parte do atendimento na clínica médica. Entre os alérgenos causadores dessas doenças, estão fungos,

Leia mais

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1 HEMANGIOSSARCOMA CUTÂNEO CANINO: ESTUDO RETROSPECTIVO RENATA MADUREIRA 1, ANA PAULA FREDERICO LOUREIRO BRACARENSE 2, SELWYN ARLINGTON HEADLEY 2, GIOVANA WINGETER DI SANTIS 2, JULIANA SPEROTTO BRUM 1

Leia mais

Ensaio clínico da griseofulvina e da terbinafina na terapia das dermatofitoses em cães e gatos

Ensaio clínico da griseofulvina e da terbinafina na terapia das dermatofitoses em cães e gatos Ciência 750 Rural, Santa Maria, v.37, n.3, p.750-754, mai-jun, 2007 Balda et al. ISSN 0103-8478 Ensaio clínico da griseofulvina e da terbinafina na terapia das dermatofitoses em cães e gatos A clinical

Leia mais

PROCEDIMENTOS DE COLETA E ENVIO DE AMOSTRAS PARA EXAME MICOLÓGICO 2ª

PROCEDIMENTOS DE COLETA E ENVIO DE AMOSTRAS PARA EXAME MICOLÓGICO 2ª Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Veterinária Departamento de Veterinária Preventiva PROCEDIMENTOS DE COLETA E ENVIO DE AMOSTRAS PARA EXAME MICOLÓGICO 2ª edição Pelotas, 2011 AUTORES/EDITORES

Leia mais

AVALIAÇÃO DA OTITE EXTERNA CERUMINOSA E EVOLUÇÃO CLÍNICA FRENTE A DUAS FORMAS DE TRATAMENTO

AVALIAÇÃO DA OTITE EXTERNA CERUMINOSA E EVOLUÇÃO CLÍNICA FRENTE A DUAS FORMAS DE TRATAMENTO AVALIAÇÃO DA OTITE EXTERNA CERUMINOSA E EVOLUÇÃO CLÍNICA FRENTE A DUAS FORMAS DE TRATAMENTO GUIOT, Êmille Gedoz 1 ; MUELLER, Eduardo Negri 2 ; BERGMANN, Lucimara Konflanz 3 ; SILVA, Patrícia Lisiane Santos

Leia mais

PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA MEDICINA VETERINÁRIA

PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA MEDICINA VETERINÁRIA PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA MEDICINA VETERINÁRIA Contaminação por ovos e larvas de helmintos em areia de praças públicas na cidade de Taguatinga-DF BRASÍLIA 2012 PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA MEDICINA

Leia mais

MICOSES SUBCUTÂNEAS E PROFUNDAS. Prof. Benedito Corrêa ICB/USP

MICOSES SUBCUTÂNEAS E PROFUNDAS. Prof. Benedito Corrêa ICB/USP MICOSES SUBCUTÂNEAS E PROFUNDAS Prof. Benedito Corrêa ICB/USP ESPOROTRICOSE SPOROTHRIX SCHENCKII SCHENCK, 1898 EUA SMITH, 1910 EUA Sporotrichum HEKTOEN & PERKINS, 1910m Absesso subcutâneo semelhante ao

Leia mais

DERMATOFITOSE FELINA REVISÃO E RELATO DE CASO FELINE DERMATOPHYTOSIS CASE REPORT AND REVIEW OF THE LITERATURE

DERMATOFITOSE FELINA REVISÃO E RELATO DE CASO FELINE DERMATOPHYTOSIS CASE REPORT AND REVIEW OF THE LITERATURE Curso de Medicina Veterinária DERMATOFITOSE FELINA REVISÃO E RELATO DE CASO FELINE DERMATOPHYTOSIS CASE REPORT AND REVIEW OF THE LITERATURE Dulce Ester Campos de Oliveira 1, Diogo Ramos Leal 2 1 Aluna

Leia mais

DERMATOPATIAS PARASITÁRIAS ZOONÓTICAS EM ANIMAIS ATENDIDOS EM HOSPITAL VETERINÁRIO UNIVERSITÁRIO EM TERESINA/PIAUÍ

DERMATOPATIAS PARASITÁRIAS ZOONÓTICAS EM ANIMAIS ATENDIDOS EM HOSPITAL VETERINÁRIO UNIVERSITÁRIO EM TERESINA/PIAUÍ DERMATOPATIAS PARASITÁRIAS ZOONÓTICAS EM ANIMAIS ATENDIDOS EM HOSPITAL VETERINÁRIO UNIVERSITÁRIO EM TERESINA/PIAUÍ SOUSA, K. R. F. 1 ; MOURA, N. O. 1 ; OLIVEIRA, Q. S. A. 1 ; SILVA, M. M. 1 ; BARROS, N.

Leia mais

Ano VI Número 10 Janeiro de 2008 Periódicos Semestral ESPOTRICOSE FELINA. DABUS, Daniela Marques Maciel LÉO, Vivian Fazolaro

Ano VI Número 10 Janeiro de 2008 Periódicos Semestral ESPOTRICOSE FELINA. DABUS, Daniela Marques Maciel LÉO, Vivian Fazolaro ESPOTRICOSE FELINA DABUS, Daniela Marques Maciel LÉO, Vivian Fazolaro Graduandas da Associação Cultural e Educacional de Garça FAMED vifleo@yahoo.com.br LOT, Rômulo Francis Estangari PICCININ, Adriana

Leia mais

O diagnóstico. cutâneas. Neoplasias Cutâneas 30/06/2010. Neoplasias Epiteliais. Neoplasias Mesenquimais. Neoplasias de Origem Neural

O diagnóstico. cutâneas. Neoplasias Cutâneas 30/06/2010. Neoplasias Epiteliais. Neoplasias Mesenquimais. Neoplasias de Origem Neural UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA DE PATOLOGIA VETERINÁRIA Patologia do Sistema Tegumentar 3ª parte Prof. Ass. Dr. Raimundo Alberto Tostes Neoplasias

Leia mais

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Microbiologia 2006-2007 23ª Aula Micoses superficiais e cutâneas. Ptiríase (tínea) Versicolor. Dermatofitoses. Micoses Infecções fúngicas, classificadas de

Leia mais

UTILIZAÇÃO DA FLURALANER NO TRATAMENTO DE ESCABIOSE EM CÃO: RELATO DE CASO RESUMO

UTILIZAÇÃO DA FLURALANER NO TRATAMENTO DE ESCABIOSE EM CÃO: RELATO DE CASO RESUMO 198 UTILIZAÇÃO DA FLURALANER NO TRATAMENTO DE ESCABIOSE EM CÃO: RELATO DE CASO Marines de Castro 1 Mayara Heler Zimermann 2 RESUMO A sarna sarcóptica é uma doença que acomete a pele de cães, sendo causada

Leia mais

INFORME TÉCNICO 005/2014

INFORME TÉCNICO 005/2014 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL GERÊNCIA DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES E ZOONOSES -

Leia mais

MICOLOGIA MICOSES SUBCUTÂNEAS E PROFUNDAS

MICOLOGIA MICOSES SUBCUTÂNEAS E PROFUNDAS MICOLOGIA MICOSES SUBCUTÂNEAS E PROFUNDAS FONTES DE INFECÇÃO Solo MICOSES PROFUNDAS CONCEITO Vegetais Fezes de animais Vias de infecção Inalatória Tegumentar Digestória DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Cosmopolita

Leia mais

ISOLAMENTO DE Malassezia pachydermatis DO CONDUTO AUDITIVO EXTERNO, MUCOSA ORAL E PELE DE CÃES

ISOLAMENTO DE Malassezia pachydermatis DO CONDUTO AUDITIVO EXTERNO, MUCOSA ORAL E PELE DE CÃES ISOLAMENTO DE Malassezia pachydermatis DO CONDUTO AUDITIVO EXTERNO, MUCOSA ORAL E PELE DE CÃES WÜRFEL, Simone de Fátima Rauber¹*; SOUZA, Francine Bretanha Ribeiro¹; FISCHER, Elisângela Coelho¹; MARTINS,

Leia mais

( 02 ) Teórica ( 02 ) Prática

( 02 ) Teórica ( 02 ) Prática Unidade Universitária: CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE Curso: Farmácia Núcleo Temático Disciplina: Micologia Clínica Professor(es):Ligia Beatriz Lopes Persoli Carga horária: 2h/a 68 semestral

Leia mais

Introdução O Lynxacarus radovskyi é um ácaro da família Listrophoridae, com aproximadamente 0,5 mm de comprimento, que parasita as hastes dos pelos de

Introdução O Lynxacarus radovskyi é um ácaro da família Listrophoridae, com aproximadamente 0,5 mm de comprimento, que parasita as hastes dos pelos de INFESTAÇÃO DE Lynxacarus radovskyi EM GATAS DA CIDADE VIÇOSA - ALAGOAS: RELATO DE CASO. Maria de Nazaré Santos FERREIRA¹; Camila Almeida TOLEDO¹, Luiz Henrique da Silva LIMA¹, Manara Alves da Silva LEITE

Leia mais

Archives of Veterinary Science ISSN PRESENÇA DE FUNGOS COM POTENCIAL PATOGÊNICO EM INSTRUMENTOS DE TOSA

Archives of Veterinary Science ISSN PRESENÇA DE FUNGOS COM POTENCIAL PATOGÊNICO EM INSTRUMENTOS DE TOSA Archives of Veterinary Science ISSN 2317-6822 v.19, n.2, p.40-45, 2014 www.ser.ufpr.br/veterinary PRESENÇA DE FUNGOS COM POTENCIAL PATOGÊNICO EM INSTRUMENTOS DE TOSA Antonella Souza Mattei¹, Isabel Martins

Leia mais

DERMATOFITOSES. Alice Cardoso Pellizzari Ana Paula Schwarbach Ana Eliza Teixeira RibeiroGerson Vettorato Sergio Antonio Curcio Celia UNITERMOS

DERMATOFITOSES. Alice Cardoso Pellizzari Ana Paula Schwarbach Ana Eliza Teixeira RibeiroGerson Vettorato Sergio Antonio Curcio Celia UNITERMOS DERMATOFITOSES Alice Cardoso Pellizzari Ana Paula Schwarbach Ana Eliza Teixeira RibeiroGerson Vettorato Sergio Antonio Curcio Celia UNITERMOS TINHA/Diagnóstico, TINHA/Terapêutica. KEYWORDS TINEA/Diagnosis,

Leia mais

CAROLINA MARQUES RIBEIRO PESSOA PARVOVIROSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA.

CAROLINA MARQUES RIBEIRO PESSOA PARVOVIROSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA. CAROLINA MARQUES RIBEIRO PESSOA PARVOVIROSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA. SALVADOR BA 2008 CAROLINA MARQUES RIBEIRO PESSOA PARVOVIROSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA. Monografia apresentada a Universidade

Leia mais

CARACTERÍSTICAS GERAIS

CARACTERÍSTICAS GERAIS Fungos CARACTERÍSTICAS GERAIS Eucariontes Heterótrofos por absorção (digestão extra corpórea) Substância de reserva: glicogênio Parede celular de quitina e ergosterol Uni ou multicelulares Corpo formado

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Unidade Universitária: CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE Curso: Farmácia Disciplina: Micologia Professor(es):Ligia Beatriz Lopes Persoli Carga horária: Ementa: DRT: 1086619 Código da Disciplina:

Leia mais

Dermatófitos. Grupo de fungos queratinofílicos, capazes de invadir tecidos queratinazados causando as Dermatofitoses

Dermatófitos. Grupo de fungos queratinofílicos, capazes de invadir tecidos queratinazados causando as Dermatofitoses Dermatófitos Grupo de fungos queratinofílicos, capazes de invadir tecidos queratinazados causando as Dermatofitoses A micologia humana e veterinária trabalham essencialmente com as mesmas doenças fúngicas.

Leia mais

LABORATÓRIO ANÁLISE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO ANALITICO

LABORATÓRIO ANÁLISE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO ANALITICO Código: POP.MIC.01 Versão: 04 Data da Revisão: 08/06/2018 Página 1 de 5 Elaboração Análise Crítica Aprovação NOME: Patrícia Freitas NOME: Marcelo Villar NOME: Marcelo Villar FUNÇÃO/CARGO: Bioquímica FUNÇÃO/CARGO:

Leia mais

ALOPECIA POR DILUIÇÃO DA COR EM UMA CADELA DA RAÇA YORKSHIRE TERRIER. Introdução

ALOPECIA POR DILUIÇÃO DA COR EM UMA CADELA DA RAÇA YORKSHIRE TERRIER. Introdução 43 ALOPECIA POR DILUIÇÃO DA COR EM UMA CADELA DA RAÇA YORKSHIRE TERRIER Gláucia Matos Marques da Silva¹, Marcelo de Oliveira Chamelete², Paula Baêta da Silva Rios¹, João Paulo Machado², Kelly Cristine

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - PROCISA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - PROCISA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - PROCISA LAYELE MARTINS DIAS DE OLIVEIRA ESTUDO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES

Leia mais

Resumo. Abstract. Médica Veterinária, Mestre, Universidade do Oeste de Santa Catarina, UNOESC. 5

Resumo. Abstract. Médica Veterinária, Mestre, Universidade do Oeste de Santa Catarina, UNOESC.   5 DOI: 10.5433/1679-0359.2011v32n3p1095 Agentes fúngicos da dermatofitose em cães e gatos do município de Xanxerê, Santa Catarina Fungal agents of dermatophytosis in dogs and cats from Xanxerê county, Santa

Leia mais

FURUNCULOSE ASSOCIADA À DEMODICOSE EM UM CANINO - RELATO DE CASO 1 FURUNCULOSIS ASSOCIATED WITH DEMODICOSE IN A CANINE

FURUNCULOSE ASSOCIADA À DEMODICOSE EM UM CANINO - RELATO DE CASO 1 FURUNCULOSIS ASSOCIATED WITH DEMODICOSE IN A CANINE FURUNCULOSE ASSOCIADA À DEMODICOSE EM UM CANINO - RELATO DE CASO 1 FURUNCULOSIS ASSOCIATED WITH DEMODICOSE IN A CANINE Emanuelli Tres Bernicker 2, Luiza Kelm Kommers 3, Jéssica Andressa Lorenset 4, Cristiane

Leia mais

IVANA GIOVANNETTI CASTILHO LARISSA RAGOZO C. DE OLIVEIRA LUIZ ALQUATI

IVANA GIOVANNETTI CASTILHO LARISSA RAGOZO C. DE OLIVEIRA LUIZ ALQUATI Roteiro para aulas práticas de Micologia 2 o Medicina 2019 1 DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA IBB/UNESP CURSO DE MEDICINA HUMANA ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS DE MICOLOGIA PROFESSORES EDUARDO BAGAGLI

Leia mais

PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DAS PRINCIPAIS DERMATOPATIAS QUE AFETAM CÃES DA RAÇA BULDOGUE FRANCÊS NO NORTE DE SANTA CATARINA

PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DAS PRINCIPAIS DERMATOPATIAS QUE AFETAM CÃES DA RAÇA BULDOGUE FRANCÊS NO NORTE DE SANTA CATARINA PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DAS PRINCIPAIS DERMATOPATIAS QUE AFETAM CÃES DA RAÇA BULDOGUE FRANCÊS NO NORTE DE SANTA CATARINA Modalidade: ( ) Ensino (X) Pesquisa ( ) Extensão Nível: ( ) Médio ( X ) Superior

Leia mais

AVALIAÇÃO DE HEMOGRAMA DE CÃES COM ALTERAÇÕES NO SISTEMA TEGUMENTAR (ESTUDO RETROSPECTIVO: MARÇO Á JULHO DE 2007)

AVALIAÇÃO DE HEMOGRAMA DE CÃES COM ALTERAÇÕES NO SISTEMA TEGUMENTAR (ESTUDO RETROSPECTIVO: MARÇO Á JULHO DE 2007) AVALIAÇÃO DE HEMOGRAMA DE CÃES COM ALTERAÇÕES NO SISTEMA TEGUMENTAR (ESTUDO RETROSPECTIVO: MARÇO Á JULHO DE 2007) Autor(es): Apresentador: Orientador: Revisor 1: Revisor 2: Instituição: SOARES, Nidele

Leia mais

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1 1 PESQUISA DE ANTICORPOS ANTI- Brucella abortus EM CÃES DA ZONA RURAL DA CIDADE DE RIBEIRÃO BRANCO SP. OCCURENCE OF ANTI- Brucella abortus ANTIBODIES IN DOGS RESIDING IN NEIGHBORHOODS AT RIBEIRÃO BRANCO

Leia mais

DERMATOFITIAS NO DISTRITO DE BRAGA ESTUDO RETROSPECTIVO DOS ÚLTIMOS 11 ANOS ( )

DERMATOFITIAS NO DISTRITO DE BRAGA ESTUDO RETROSPECTIVO DOS ÚLTIMOS 11 ANOS ( ) Trab Soc Port Dermatol Venereol 69 (1): 69-78 (2011) DERMATOFITIAS NO DISTRITO DE BRAGA ESTUDO RETROSPECTIVO DOS ÚLTIMOS 11 ANOS (1999 2009) Joana Rocha 1, Maria Luz Duarte 1, Pedro Oliveira 2, Celeste

Leia mais

Silva Simões et al., Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal (v.12, n.1) p jan mar (2018)

Silva Simões et al., Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal (v.12, n.1) p jan mar (2018) Artigo Silva Simões et al., Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal (v.12, n.1) p. 30 jan mar (2018) Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal Brazilian Journal of Hygiene and Animal Sanity

Leia mais

AVALIAÇÃO CLÍNICA DOS CASOS DE OTITE EXTERNA EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

AVALIAÇÃO CLÍNICA DOS CASOS DE OTITE EXTERNA EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO 1 AVALIAÇÃO CLÍNICA DOS CASOS DE OTITE EXTERNA EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO AVALIAÇÃO CLÍNICA DOS CASOS DE OTITE EXTERNA EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL

Leia mais

DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA IBB/UNESP CURSO DE MEDICINA HUMANA ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS DE MICOLOGIA PROFESSORES

DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA IBB/UNESP CURSO DE MEDICINA HUMANA ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS DE MICOLOGIA PROFESSORES Roteiro para aulas práticas de Micologia 2 o Medicina 2012 1 DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA IBB/UNESP CURSO DE MEDICINA HUMANA ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS DE MICOLOGIA PROFESSORES EDUARDO BAGAGLI

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ LUÍS AMÉRICO DE BORBA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ LUÍS AMÉRICO DE BORBA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ LUÍS AMÉRICO DE BORBA COLORAÇÃO DE ESPOROS EM PELOS NA DERMATOFITOSE E COMPARAÇÃO DE TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO CURITIBA 2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ LUÍS AMÉRICO DE

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO NPG CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS Dermatofitoses: Causas e Tratamento Jones Bahri CURITIBA 2013 DERMATOFITOSES:

Leia mais

Agente etiológico. Leishmania brasiliensis

Agente etiológico. Leishmania brasiliensis Leishmaniose Agente etiológico A leishmaniose é causada por protozoários flagelados chamados Leishmania brasiliensis e Leishmania chagasi, que invadem e se reproduzem dentro das células que fazem parte

Leia mais

Isolation of dermatophytes from 50 asymptomatic domestic cats treated at the Federal University of Mato Grosso Veterinary Hospital in Cuiabá, MT

Isolation of dermatophytes from 50 asymptomatic domestic cats treated at the Federal University of Mato Grosso Veterinary Hospital in Cuiabá, MT DOI: 10.5433/1679-0359.2016v37n4p2003 Isolation of dermatophytes from 50 asymptomatic domestic cats treated at the Federal University of Mato Grosso Veterinary Hospital in Cuiabá, MT Isolamento de dermatófitos

Leia mais

Dermatófitos em gatos sem dermatopatias na região metropolitana de Florianópolis, Brasil

Dermatófitos em gatos sem dermatopatias na região metropolitana de Florianópolis, Brasil Acta Scientiae Veterinariae, 2017. 45: 1430. RESEARCH ARTICLE Pub. 1430 ISSN 1679-9216 Dermatófitos em gatos sem dermatopatias na região metropolitana de Florianópolis, Brasil Dermatophytes in Cats without

Leia mais

ROTEIROS PARA AS AULAS PRÁTICAS

ROTEIROS PARA AS AULAS PRÁTICAS 1 Instituto de Biociências IBB Departamento de Microbiologia e Imunologia Disciplina de Microbiologia Veterinária ROTEIROS PARA AS AULAS PRÁTICAS CICLO DE MICOLOGIA MEDICINA VETERINÁRIA Aluno (a): Botucatu

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS DEIZIENY AIRES DA SILVA ALMEIDA

CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS DEIZIENY AIRES DA SILVA ALMEIDA CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS DEIZIENY AIRES DA SILVA ALMEIDA PREVALÊNCIA DE TINEA CORPORIS EM PACIENTES ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE MICOLOGIA MÉDICA DO CENTRO DE PESQUISA EM MEDICINA TROPICAL - CEPEM

Leia mais

TIAPLEX. Instituto Terapêutico Delta Ltda Pomada 50 mg/g

TIAPLEX. Instituto Terapêutico Delta Ltda Pomada 50 mg/g TIAPLEX Instituto Terapêutico Delta Ltda Pomada 50 mg/g tiabendazol Tiaplex FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO Pomada dermatológica 50 mg/g: embalagem contendo uma bisnaga com 20 g. USO TÓPICO USO ADULTO

Leia mais

Trichophyton verrucosum em bovinos com pele hígida e com lesões *

Trichophyton verrucosum em bovinos com pele hígida e com lesões * Acta Scientiae Veterinariae. 31(1): 45-49, 2003. SHORT COMMUNICATION Pub. 552 ISSN 1678-0345 Trichophyton verrucosum em bovinos com pele hígida e com lesões * Trichophyton verrucosum in bovine with skin

Leia mais

FUNGONAZOL cetoconazol

FUNGONAZOL cetoconazol FUNGONAZOL cetoconazol MEDQUÍMICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA S.A. shampoo 20mg/mL FUNGONAZOL cetoconazol shampoo I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Nome Genérico: cetoconazol. Forma Farmacêutica e Apresentações:

Leia mais

ESPOROTRICOSE SISTÊMICA EXPERIMENTAL: COMPARAÇÃO DA RESPOSTA CLÍNICA EM RATOS WISTAR INOCULADOS COM ISOLADO FELINO E CANINO

ESPOROTRICOSE SISTÊMICA EXPERIMENTAL: COMPARAÇÃO DA RESPOSTA CLÍNICA EM RATOS WISTAR INOCULADOS COM ISOLADO FELINO E CANINO ESPOROTRICOSE SISTÊMICA EXPERIMENTAL: COMPARAÇÃO DA RESPOSTA CLÍNICA EM RATOS WISTAR INOCULADOS COM ISOLADO FELINO E CANINO Autor(es): Apresentador: Orientador: Revisor 1: Revisor 2: Instituição: SILVA,

Leia mais

PIODERMITES DE CÃES E GATOS

PIODERMITES DE CÃES E GATOS DE CÃES E GATOS Staphylococcus pseudointermedius (gram +) PROF A. JULIANA PELOI VIDES Felinos: raramente piodermites abscessos subcutâneos: por mordeduras Processo inflamatório da pele, superficial ou

Leia mais

PIODERMITE EM UMA CADELA: UM BREVE RELATO DE CASO

PIODERMITE EM UMA CADELA: UM BREVE RELATO DE CASO REVISTA CIENTÍFICA DE MEDICINA VETERINÁRIA - ISSN 1679-7353 Ano XVI - Número 32 JANEIRO de 2019 Periódico Semestral PIODERMITE EM UMA CADELA: UM BREVE RELATO DE CASO Priscila de Alencar ALVES 1 Hanna Beatriz

Leia mais

Pseudomicetoma dermatofítico em gato persa na cidade de Curitiba - Paraná: relato de caso

Pseudomicetoma dermatofítico em gato persa na cidade de Curitiba - Paraná: relato de caso PÓS-GRADUAÇÃO EM DERMATOLOGIA VETERINÁRIA EQUALIS ENSINO E QUALIFICAÇÃO SUPERIOR VIVECCA MARQUES VIEIRA PASSOS Pseudomicetoma dermatofítico em gato persa na cidade de Curitiba - Paraná: relato de caso

Leia mais