BARROCO Aula 2 UEA PRÉ-CALOURO Manaus

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1 BARROCO Aula 2 UEA PRÉ-CALOURO Manaus

2 2016 by João Batista Gomes Todos os direitos reservados e protegidos por lei. Proibida a duplicação ou a reprodução deste material ou de parte dele, sob quaisquer meios, sem autorização expressa do autor. Projeto gráfico Equipe PRÉ-CALOURO UEA Revisão técnico-gramatical João Batista Gomes UEA Av. Djalma Batista, Flores CEP Manaus/AM 2

3 BARROCO 1. INTRODUÇÃO Duração no Brasil 1601 a 1768 (todo o século XVII e mais da metade do século XVIII). Obra inauguradora Prosopopeia (1601), poema épico de Bento Teixeira. Outros nomes para o movimento Seiscentismo: em homenagem aos anos de 1600 no Brasil. Grupo Baiano: no Brasil, o Barroco literário desenvolve-se na Bahia (Salvador). Gongorismo: em homenagem ao poeta espanhol Luiz de Gôngora; é também a denominação do Barroco na Espanha. Marinismo: denominação do Barroco na Itália, pela influência de Giovanni Battista Marino. Efuísmo: denominação do Barroco na Inglaterra. Preciosismo: denominação do Barroco na França. Origem do movimento Movimento fundado na Espanha para combater a simplicidade do Classicismo; adota, assim, uma arte rebuscada, sobrecarregada de figuras de linguagem. 2. PAINEL HISTÓRICO-CULTURAL DO BARROCO a) O Barroco é conhecido como a arte da Contrarreforma. b) A reação da Igreja Católica ao protestantismo luterano e calvinista principia com a convenção do Concílio de Trento, realizado entre 1544 e 1563, na localidade de Trento, norte da Itália. c) A cúpula da Igreja Católica, reunida em Trento, resolve iniciar uma Contrarreforma, que atua por meio de um órgão executivo: a Santa Inquisição, sistema eclesiástico, ideológico-administrativo, de censura, que, por intermédio do Tribunal do Santo Ofício, investiga, leva a julgamento e condena aqueles que não contribuem para a preservação, a defesa e a manutenção da Doutrina Católica. 3

4 d) Três vítimas famosas da perseguição da Contrarreforma: Galileu Galilei, Giordano Bruno e Copérnico. e) Assim, a época barroca é marcada pela contradição: de um lado, o Humanismo clássico e o Renascimento, com apelos ao racionalismo, ao prazer e ao apego aos bens materiais (é o Antropocentrismo). De outro, o homem é pressionado pela Igreja Católica a um regresso ao Teocentrismo medieval, à renúncia aos prazeres, à mortificação da carne. f) O Barroco literário convive, pois, com valores opostos: fé x razão, alma x corpo, bem x mal, perdão x pecado, espírito x matéria, Deus x homem, virtude x prazer. g) O ensino, em Portugal e no Brasil, é profundamente verbal e religioso, voltado para os dogmas da Igreja Católica. h) A capital do Brasil é Salvador, Bahia. Lá vive a elite intelectual e política brasileira. i) Na sociedade brasileira dos séculos XVII e XVIII, ainda não há um público leitor para consumir obras literárias. O movimento barroco não pode, pois, espalhar-se pelo Brasil inteiro, de norte a sul. Fica restrito a dois núcleos culturais da época: Pernambuco (onde nasce, com Prosopopeia, de Bento Teixeira) e Salvador (onde vive Gregório de Matos). 3. CRONOLOGIA HISTÓRICO-LITERÁRIA DO BARROCO NO BRASIL 1601 Publicação de Prosopopeia, de Bento Teixeira; início do Barroco no Brasil Em fevereiro, no dia 6, nasce o padre Antônio Vieira, em Portugal Fundação da atual cidade de Fortaleza Os franceses dão nome de São Luís ao povoado que se tornará a capital do Maranhão Vieira, com apenas 6 anos, chega ao Brasil A sede do governo do Brasil passa a ser a Bahia Primeira Invasão Holandesa ao Brasil Morre Giovanni Battista Marino, poeta do Barroco italiano Morre Luiz de Gôngora, poeta do Barroco espanhol Segunda Invasão Holandesa ao Brasil Antônio Vieira ordena-se padre Nasce, em Salvador, Gregório de Matos Guerra, que se torna o maior poeta do Barroco brasileiro. 4

5 Nasce, em Salvador, Manuel Botelho de Oliveira, autor de Música do Parnaso, obra publicada em Restauração do trono português. Padre Antônio Vieira prega o Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda, na igreja de Nossa Senhora da Ajuda, em Salvador, Bahia Morre Francisco de Quevedo, poeta do Barroco espanhol Pe. Antônio Vieira transfere-se para o Maranhão Expulsão definitiva dos holandeses do Brasil Vieira profere o Sermão da Sexagésima na Capela Real, em Lisboa Gregório de Matos forma-se em Direito e ingressa na magistratura, em Portugal Fim do Barroco em Portugal Dom Pedro II torna-se rei em Portugal Destruição do Quilombo dos Palmares, depois de 50 anos de resistência Morre Gregório de Matos em Pernambuco Em julho, falece, na Bahia, o padre Antônio Vieira Morre, em Salvador, Manuel Botelho de Oliveira, autor de Música do Parnaso Nasce Cláudio Manuel da Costa, primeiro poeta do Arcadismo brasileiro Nasce no Porto, Portugal, Tomás Antônio Gonzaga, o maior poeta do Arcadismo brasileiro, autor de Marília de Dirceu. 4. CARACTERÍSTICAS DO BARROCO 4.1 CULTISMO ou GONGORISMO É o jogo de palavras; é o rebuscamento da forma, é a obsessão pela linguagem culta, erudita. Viram moda a inversão da frase (hipérbato) e o uso de palavras difíceis. É o abuso no emprego de três figuras de linguagem: a metáfora, a antítese e o hipérbato. O principal cultista do barroco mundial é o espanhol Luiz de Gôngora. No Brasil, Gregório de Matos. 4.2 CONCEPTISMO É o aspecto construtivo do Barroco, voltado para o jogo das ideias e dos conceitos. 5

6 É a preocupação com as associações inesperadas, seguindo um raciocínio lógico, racionalista. No barroco mundial, o principal conceptista é o espanhol Francisco de Quevedo. No Brasil, o padre Antônio Vieira. 4.3 TEOCENTRISMO x ANTROPOCENTRISMO O rebuscamento da arte barroca é reflexo do dilema em que vive o homem do seiscentismo (os anos de 1600). Daí as preferências por temas opostos: espírito e matéria, perdão e pecado, bem e mal, céu e inferno. Tudo isso gera a preocupação com a brevidade da vida (carpe diem). 5. AUTORES DO BARROCO BRASILEIRO 1. BENTO TEIXEIRA Inicia o Barroco no Brasil com o poema épico Prosopopeia. 2. GREGÓRIO DE MATOS É o Boca do Inferno, poeta maior do Barroco brasileiro. 3. PADRE ANTÔNIO VIEIRA É o maior orador sacro de nossa literatura. 4. MANUEL BOTELHO DE OLIVEIRA É o autor de Música do Parnaso (1705), primeira obra publicada por um autor brasileiro. 5.1 BENTO TEIXEIRA Origem e formação Vem jovem de Portugal para o Brasil; forma-se no Colégio da Bahia, tornando-se professor de primeiras letras. Crime Alegando adultério, assassina a esposa (1594); fugindo à prisão, refugia-se em Pernambuco, no convento dos beneditinos, em Olinda. Intenção laudatória 6

7 A redação de Prosopopeia acontece durante o isolamento no convento. Tudo indica que o motivo não é outro senão o de agradar os poderosos, principalmente Jorge de Albuquerque Coelho, donatário da Capitania de Pernambuco. PROSOPOPEIA Epopeia Poemeto épico, em 94 estâncias (o mesmo que estrofes) de oitava-rima (as estrofes de oito versos têm os dois últimos rimando entre si), em versos decassílabos (dez sílabas métricas), conforme ensina Camões, em Os Lusíadas. Enredo O livro conta os feitos históricos de Jorge de Albuquerque Coelho, governador de Pernambuco, a quem o autor pretende agradar. Plágio A imitação de Os Lusíadas é frequente, desde a estrutura até as construções sintáticas. Isso tira da obra o valor literário pretendido, ficando a fama histórica de ser o livro inaugurador do Barroco brasileiro. CLASSIFICAÇÕES: a) Primeiro poema épico de nossa literatura. b) Poema laudatório (que contém louvor). PERSONAGENS: a) Proteu (narrador). Na mitologia grega, Proteu é deus marinho, capaz de se transformar em animais, em água e em fogo. b) Jorge de Albuquerque (herói). 5.2 GREGÓRIO DE MATOS Nascimento e morte Gregório de Matos Guerra nasce em Salvador, Bahia, em 7 de abril de Falece em Pernambuco, em Viagem a Portugal De família abastada, Gregório estuda com os jesuítas de Salvador. Em 1650, com 14 anos, embarca para Portugal (Lisboa), aonde vai com o propósito de estudar Direito. Juiz em Portugal Matricula-se na Universidade de Coimbra, onde se forma em julho de 1661 e passa a exercer a magistratura. Volta ao Brasil 7

8 Interrompe a carreira de juiz para voltar ao Brasil (por volta de 1680). Nessa altura, já tem seu talento de repentista e zombeteiro reconhecido. Poesia satírica Apesar de exercer funções religiosas e de ter um irmão padre (Eusébio de Matos), Gregório não perdoa a Igreja Católica baiana: faz sátiras ferinas contra padres e freiras, chegando mesmo a usar palavrões em pleno século XVII. E nos frades há manqueiras?... Freiras... E que ocupam os serões?... Sermões. Não se ocupam em disputas?... Putas. Com palavras dissolutas Me concluís, na verdade, Que as lidas todas de um frade São freiras, sermões e putas. Veja o que diz o poeta sobre a Sé da Bahia, órgão central da Igreja Católica no Brasil: A nossa Sé da Bahia, com ser um mapa de festas, é um presepe de bestas, se não for estrebaria. Sátiras políticas Depois de ridicularizar a Igreja Católica, Gregório volta sua pena satírica contra o governador-geral da Bahia, Antônio de Sousa Meneses, que esteve à frente do governo de maio de 1682 a junho de Nariz de embono Agressão sem igual sofre Antônio Luiz Gonçalves da Câmara Coutinho, governadorgeral do Brasil entre outubro de 1690 e maio de 1694; dizem que o ilustre político tem o maior nariz da História do Brasil, e que aceita ser xingado de tudo, menos de narigudo. Contra ele, Gregório dirige a seguinte quadra: Nariz de embono, Com tal sacada, Que entra na escada Duas horas primeiro que o dono. 8

9 Caramurus: alvo predileto A verdade é que ninguém escapa à língua ferina do Boca do Inferno: autoridades, comerciantes, padres, freiras, juízes, militares, brancos, pretos, mulatos, índios. Mas há dois alvos prediletos: o relaxamento moral da Bahia e os caramurus (primeiros colonos nascidos no Brasil e que aspiram à condição de fidalgos). O soneto cujo excerto apresentamos a seguir é famoso por tratar de tal questão. A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana e vinha, Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Exílio Tantas apronta o poeta baiano que é exilado do Brasil, para Angola. Dizem que uma das causas do exílio são estes versos que acusam o governador-geral de pederasta e amante dos seus criados: Mandou-vos acaso El-Rei Com as fêmeas não dormir, Senão com vosso criado, Que é bomba dos vossos rins? Poesia lírico-amorosa Gregório produz também poesia lírico-amorosa, considerada a de melhor teor literário. Imortaliza, nos seus sonetos, duas mulheres: Maria dos Povos (com quem se casou) e Ângela. Cultismo A poesia sacra de Gregório de Matos às vezes é simples pretexto para exercício do cultismo. Veja o jogo de palavras na estrofe a seguir. O todo sem parte não é todo, A parte sem o todo não é parte, Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga que é parte, sendo todo. OBRAS DE GREGÓRIO DE MATOS 9

10 Manuscritos Enquanto vive, os seus poemas circulam de mão em mão, de forma manuscrita, ou oralmente, de boca em boca Obras publicadas As obras de Gregório de Matos somente são publicadas no século XX, entre 1923 e 1933, pela Academia Brasileira de Letras (edição de Afrânio Peixoto), em seis volumes: I. Sacra (contém todos os poemas religiosos). II. Lírica (contém todos os poemas lírico- amorosos). III. Graciosa (contém poemas que exploram o humor). IV e V. Satírica (contém todos os poemas que exploram a sátira). VI. Última (contém poemas misturados). 5.3 Pe. ANTÔNIO VIEIRA Nascimento e morte Antônio Vieira nasce em Lisboa, em 1608, e morreu na Bahia, em Brasil / Companhia de Jesus Vem para o Brasil com seis anos de idade. Aos quinze, entra na Companhia de Jesus (1623) e começa a evangelizar. Formação Torna-se noviço em Além de teologia, estuda lógica, física, metafísica, matemática e economia. Leciona humanidades e retórica em Olinda. Em 1634, é ordenado sacerdote na Bahia. Causas defendidas Fazia pregações em defesa dos indígenas (conta a escravidão e a exploração), da liberdade dos judeus (perseguidos na época pela Inquisição da Igreja Católica). Estrutura dos sermões Os sermões de Vieira sempre começam com uma citação da bíblia, base para a tese filosófica a ser desenvolvida. Propostas rejeitadas pelo rei Em 1643, Vieira é designado pelo rei Dom João IV para negociar a reconquista das colônias. As propostas de Vieira são muito ousadas: entregar a província de Pernambuco aos holandeses a título de indenização; proteger os cristãos-novos (judeus) da 10

11 inquisição. Consideradas absurdas, suas ideias são rejeitadas, e Vieira retorna ao Brasil, indo morar no Maranhão. Expulso do Maranhão Em 1661, Vieira é obrigado a deixar o Maranhão: os senhores de escravos não concordam com suas posições contrárias à escravidão indígena. Condenado em Lisboa Volta para Lisboa onde é condenado pela inquisição por causa de seus manuscritos heréticos : Quinto Império, História do Futuro e Chave dos Profetas. A prisão vai de 1665 a Anistia Em 1669, é anistiado e segue para Roma, onde fica até 1676 sob a proteção da Rainha Cristina da Suécia. Dez anos depois, foi publicado oficialmente o primeiro volume dos Sermões, em Lisboa. De volta à Bahia Em 1681, volta para o Brasil, onde passa a dedicar-se à literatura. Padre Antonio Vieira morre aos 89 anos, na Bahia. OBRAS DE VIEIRA Sermões Mais de 200, entre os quais se destacam: Sermão da Sexagésima Sermão de São José Sermão de Santo Antônio aos peixes Sermão da Quinta Dominga da Quaresma Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as de Holanda 5.4 MANUEL BOTELHO DE OLIVEIRA Nascimento e morte Manuel Botelho de Oliveira nasce em Salvador (BA), em Morre na cidade natal, em Direito em Coimbra 11

12 É contemporâneo de Gregório de Matos no curso de Direito em Coimbra. Nesse período, dedica-se ao Latim, ao Espanhol e ao Italiano. Advocacia e política De volta à Bahia, exerce a advocacia e a política. Além de vereador, torna-se capitãomor dos distritos de Jacobina, Gameleira e Rio do Peixe. Primeiro brasileiro a publicar livro Em 1705, com quase 70 anos, publica, em Lisboa, o livro Música do Parnaso, com produção poética em português, castelhano, italiano e latim. Faz parte do livro o poemeto A Ilha de Maré, em que destaca a natureza, prenunciando traços do Arcadismo. À Ilha da Maré É o poema mais conhecido de Música do parnaso. Nele, o autor louva a terra e descreve os muitos frutos do Brasil e a inveja que esses fariam às cidades europeias. TESTES 01. (VUNESP) Ardor em firme coração nascido; pranto por belos olhos derramado; incêndio em mares de água disfarçado; rio de neve em fogo convertido: tu, que em um peito abrasas escondido; tu, que em um rosto corres desatado; quando fogo, em cristais aprisionado; quando cristal, em chamas derretido. Se és fogo, como passas brandamente, se és fogo, como queimas com porfia? Mas ai, que andou Amor em ti prudente! Pois para temperar a tirania, como quis que aqui fosse a neve ardente, 12

13 permitiu parecesse a chama fria. O texto pertencente a Gregório de Matos e apresenta todas as seguintes características: a) Trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade temática da sensualidade e do refreamento, antíteses claras dispostas em ordem direta. b) Sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo, a qual o autor buscava imitar, predomínio das metáforas e das antíteses, temática da fugacidade do tempo e da vida. c) Dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção sintática por simetrias sucessivas, predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que tendem para o paradoxo. d) Temática naturalista, assimetria total de construção, ordem direta predominando sobre a ordem inversa, imagens que prenunciam o Romantismo. e) Verificação clássica, temática neoclássica, sintaxe preciosista evidente no uso das sínteses, dos anacolutos e das alegorias, construção assimétrica. 02. (VUNESP UEA 2014) Leia o poema de Gregório de Matos para responder à questão. Discreta, e formosíssima Maria, Enquanto estamos vendo a qualquer hora Em tuas faces a rosada Aurora, Em teus olhos, e boca o Sol, e o dia: Enquanto com gentil descortesia O ar, que fresco Adônis te namora, Te espalha a rica trança voadora, Quando vem passear-te pela fria: Goza, goza da flor da mocidade, Que o tempo trata a toda ligeireza, E imprime em toda a flor sua pisada Oh não aguardes, que a madura idade 13

14 Te converta em flor, essa beleza Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada. ( Esse poema exemplifica uma característica marcante da estética barroca: a) a fugacidade da vida e a recomendação para aproveitá-la b) a necessidade de controlar emoções e desejos para melhor comportar-se. c) o reconhecimento social do idoso como fonte de sabedoria. d) a prática da corte amorosa como acesso ao reino do céu. e) a crença na continuidade da existência humana após a morte. 03. (VUNESP UEA 2014) De acordo com o texto, é correto afirmar que o eu lírico a) percebe sinais de decadência já na formosura juvenil de Maria. b) encontra coragem para revelar sua paixão à moça. c) recrimina Maria por sua volubilidade, uma jovem que gasta seu tempo a passear. d) compara a juventude a uma flor que, inevitavelmente, perderá seu viço. e) é um homem já idoso que se vangloria de ter vivido todos os prazeres mundanos. 04. (VUNESP) Assinale o que for incorreto sobre Gregório de Matos. a) Divide-se a poesia lírica de Gregório de Matos em três temáticas: poesia líricoamorosa; poesia lírico-reflexiva; poesia religiosa. b) Na lírica amorosa de Gregório de Matos, o elogio da formosura da mulher é, comumente, vasado em comparações e metáforas associadas à natureza, celebrando a superioridade daquela perante esta. c) Ao elogio da beleza feminina costuma somar-se o tema do carpe diem, em que o poeta convida a amada a desfrutar os prazeres da vida: Goza, goza da flor da mocidade. d) O carpe diem ganha um tom de apelo dramático urgente, quando associado aos temas da fugacidade do tempo e da efemeridade de todas as coisas: Oh não aguardes que a madura idade / Te converta essa flor, essa beleza, / Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada. e) Tendo em vista os preceitos morais e religiosos da Contrarreforma, o poeta nunca recua perante a tentação erótica: Olhos meus, disse então por defender-me, / Se a beleza heis de ver para matar-me,/ Antes olhos cegueis, do que eu perder-me. 14

15 04. (ENEM 2014) Quando Deus redimiu da tirania Da mão do Faraó endurecido O Povo Hebreu amado, e esclarecido, Páscoa ficou da redenção o dia. Páscoa de flores, dia de alegria Àquele povo foi tão afligido O dia, em que por Deus foi redimido; Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia. Pois mandado pela Alta Majestade Nos remiu de tão triste cativeiro, Nos livrou de tão vil calamidade. Quem pode ser senão um verdadeiro Deus, que veio estirpar desta cidade o Faraó do povo brasileiro. (DAMASCENO, D. Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo: 2006) Com uma elaboração de linguagem e uma visão de mundo que apresentam princípios barrocos, o soneto de Gregório de Matos apresenta temática expressa por a) visão cética sobre as relações sociais. b) preocupação com a identidade brasileira. c) crítica velada à forma de governo vigente. d) reflexão sobre dogmas do Cristianismo. e) questionamento das práticas pagãs na Bahia. 05. (UNESP 2014) São exemplos do que o texto afirma: A efervescência que conheceram nas Minas Gerais do século XVIII as artes e as letras também teve feição peculiar. Pela primeira vez na Colônia buscava-se solução própria para a expressão artística. a) a pintura e a escultura renascentistas. 15

16 b) a poesia e a pintura românticas. c) a arquitetura barroca e a poesia árcade. d) a literatura de viagem e a arquitetura gótica. e) a música romântica e o teatro barroco. 06. (UNICAMP 2011) A arte colonial mineira seguia as proposições do Concílio de Trento ( ), dando visibilidade ao catolicismo reformado. O artífice deveria representar passagens sacras. Não era, portanto, plenamente livre nas definições dos traços e temas das obras. Sua função era criar, segundo os padrões da Igreja, as peças encomendadas pelas confrarias, grandes mecenas das artes em Minas Gerais. (Adaptado de Camila F. G. Santiago) Considerando as informações do enunciado, a arte colonial mineira pode ser definida como a) renascentista, pois criava na colônia uma arte sacra própria do catolicismo reformado, resgatando os ideais clássicos, segundo os padrões do Concílio de Trento. b) barroca, já que seguia os preceitos da Contrarreforma. Era financiada e encomendada pelas confrarias e criada pelos artífices locais. c) escolástica, porque seguia as proposições do Concílio de Trento. Os artífices locais, financiados pela Igreja, apenas reproduziam as obras de arte sacra europeias. d) popular, por ser criada por artífices locais, que incluíam escravos, libertos, mulatos e brancos pobres que se colocavam sob a proteção das confrarias. 07. (UCS 2011) Leia o fragmento do poema de Gregório de Matos. No Brasil a fidalguia no bom sangue nunca está, nem no bom procedimento, pois logo em que pode estar? Consiste em muito dinheiro, e consiste em o guardar, cada um o guarde bem para ter que gastar mal. (In: Tufano, Douglas. Estudos de Literatura Brasileira). 16

17 A partir do fragmento, assinale a alternativa correta em relação ao Barroco. a) Essa estrofe pode ser considerada um exemplo da poesia satírica de Gregório de Matos. b) Nesse trecho, o eu-lírico preocupa-se em moralizar as ações da sociedade baiana. c) A visão de mundo barroca está posta nas hipérboles que constroem o poema. d) A transitoriedade da vida, característica importante do período, está presente no fragmento. e) No fragmento, o uso de uma linguagem rebuscada expressa o conflito interior do eu lírico. 08. (ESPM 2013) Leia os versos de Gregório de Matos abaixo e responda: A decadência econômica que afetava a Bahia e o Nordeste brasileiro no final do século XVII decorria: a) da invasão francesa e da devastação da lavoura canavieira; b) da região se encontrar então sob a ocupação holandesa; c) da concorrência que o açúcar produzido pelos holandeses, nas Antilhas, fazia ao açúcar produzido no Brasil; d) do deslanchar naquele tempo da cafeicultura; e) do fato de a Espanha, que dominava a região na época, ter seu interesse voltado para a extração da prata em regiões como México e Peru. 09. (UCS 2012) Leia o fragmento do Sermão do bom ladrão, de pe. Antônio Vieira: (...) Quantas vezes se viu em Roma ir a enforcar um ladrão por ter roubado um carneiro; e no mesmo dia ser levado em triunfo um cônsul, ou ditador, por ter roubado uma província. E quantos ladrões teriam enforcado estes mesmos ladrões triunfantes? As afirmações seguintes referem-se ao fragmento acima. I. Nesse sermão, padre Antônio Vieira denuncia a hipocrisia da sociedade e o valor conferido ao poder. II. Pelo viés da crítica à impunidade, é possível fazer uma aproximação das palavras do padre, no século XVII, com a realidade brasileira de hoje. III. A metonímia, utilizada para construir o raciocínio nesse fragmento, é uma das características da linguagem rebuscada do Barroco. Das afirmações acima, a) apenas I está correta. 17

18 b) apenas II está correta. c) apenas III está correta. d) apenas I e II estão corretas. e) I, II e III estão corretas. RESPOSTAS 01. C 02. A 03. D 04. C 05. C 06. B 07. A 08. C 09. D 18

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