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1 BuscaLegis.ccj.ufsc.br Nova maioridade civil (dezoito anos) e suas repercussões penais Luiz Flávio Gomes * Louve-se o trabalho de Marcus Vinicius de Viveiros Dias, publicado no site ( ), que foi, provavelmente, o primeiro a abordar alguns reflexos do novo Código civil (que entrou em vigor no dia ) no âmbito penal. Em resumida síntese, suas conclusões são no sentido de que o legislador deve agora fazer as devidas adequações no âmbito penal, tomando por base a maioridade civil (aos dezoito anos). Louve-se o trabalho de Marcus Vinicius de Viveiros Dias, publicado no site ( ), que foi, provavelmente, o primeiro a abordar alguns reflexos do novo Código civil (que entrou em vigor no dia ) no âmbito penal. Em resumida síntese, suas conclusões são no sentido de que o legislador deve agora fazer as devidas adequações no âmbito penal, tomando por base a maioridade civil (aos dezoito anos). Não há dúvida que o novo parâmetro etário para fins civis (dezoito anos art. 5º) conduz a repensar vários institutos (e dispositivos legais) no âmbito criminal. Mas é preciso fazer uma série de distinções:

2 (a) contra o acusado, no âmbito do Direito penal, nenhuma repercussão acontecerá. Note-se que a maioridade penal há décadas já está fixada no patamar dos dezoito anos (CP, art. 27; CF, art. 228). Ambas as maioridades (civil e penal), agora, acham-se niveladas. Não se nega a existência de dispositivos penais que beneficiam o menor de 21 anos. Assim, por exemplo: (a) artigo 65 do Código penal: São circunstâncias que sempre atenuam a pena: I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; (b) artigo 115 do Código Penal: São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos. Mas esses diplomas legais não encontram sua razão de ser na capacidade de autodeterminação do agente, na sua capacidade para a prática de atos civis, de discernimento etc. A fundamentação deles reside na imaturidade do agente menor de 21 anos para suportar, em igualdade de condições com o deliqüente adulto, os rigores de uma condenação penal (RT 601, p. 348 e ss.). A diminuição da pena em favor do réu menor de 21 anos faz parte, portanto, do processo de individualização da pena, exigido pela Constituição Federal (art. 5º, inc. XLVI), que concebe que os menores de 21 anos devem ficar separados dos demais condenados, que sua pena deve ser menor, que sua influenciabilidade frente aos adultos é mais intensa, que seu prazo prescricional deve ser menor etc.

3 O centro (leia-se: o eixo) dos dispositivos penais citados, assim, não reside na capacidade do ser humano de praticar atos civis, senão na necessidade imperiosa de individualizar o mais possível a aplicação e execução da pena, sobretudo a de prisão. Por essa razão, o novo Código civil, nesse ponto, nenhuma repercussão tem. (b) Direito processual penal: incontáveis são os dispositivos processuais penais que conferiam ao réu menor de 21 anos o status de relativamente incapaz (leia-se: segundo a visão do CPP de 1941, o acusado ou a vítima com menos de 21 anos não tinha plena capacidade para praticar os atos da vida civil ou mesmo atos processuais penais). Marcus Vinicius de Viveiros Dias fez uma relação preciosa desses dispositivos: (a) artigo 15 do Código de Processo Penal: Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial; (b) artigo 34 do Código de Processo Penal: Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito) anos, o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal; (c) artigo 50 do Código de Processo Penal: A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito do primeiro;

4 (d) artigo 52 do Código de Processo Penal: Se o querelante for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito) anos, o direito de perdão poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal, mas o perdão concedido por um, havendo oposição do outro, não produzirá efeito; (e) artigo 54 do Código de Processo Penal: Se o querelado for menor de 21 (vinte e um) anos, observar-se-á, quanto à aceitação do perdão, o disposto no art. 52; (f) artigo 194 do Código de Processo Penal: Se o acusado for menor, proceder-se-á ao interrogatório na presença de curador; (g) artigo 262 do Código de Processo Penal: Ao acusado menor dar-se-á curador; (h) artigo 449 do Código de Processo Penal: Apregoado o réu, e comparecendo, perguntarlhe-á o juiz o nome, a idade e se tem advogado, nomeando-lhe curador, se for menor e não o tiver, e defensor, se maior. Em tal hipótese, o julgamento será adiado para o primeiro dia desimpedido;

5 (i) artigo 564 do Código de Processo Penal in fine: A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: c a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 (vinte e um) anos. Todos os dispositivos legais que acabam de ser mencionados foram afetados pelo novo Código civil. Todos têm por base a capacidade do ser humano para praticar atos civis e, por conseguinte, processuais. Para o novo Código civil essa capacidade é plena aos 18 anos. Logo, todos os artigos citados acham-se revogados ou derrogados (lei nova que disciplina um determinado assunto revoga ou derroga a anterior). Doravante, com 18 anos, tanto o acusado como a vítima podem praticar validamente todos os atos processuais, sem necessidade de qualquer cautela extra (nomeação de curador, dupla legitimidade para a queixa etc.). Quanto ao direito de oferecer queixa ou representação, v.g., já tivemos ocasião de salientar o seguinte:... (b) vítima maior de 18 e menor de 21 anos: somente ela, agora, pode representar. Antes do advento do novo Código Civil, que entrou em vigor no dia , a capacidade civil plena era conquistada aos 21 anos. Agora ela acontece aos 18. Nosso Código de Processo Penal, coerente com o Código Civil de 1916, conciliava a divergência entre a idade penal (18 anos) e a idade civil plena (21) prevendo curador para o menor no momento do interrogatório (CPP, art. 15), direito de queixa ou de representação conferido também ao representante legal (CPP, art. 34) etc. Todos esses dispositivos que

6 consideravam o menor entre 18 e 21 anos relativamente incapaz (ou relativamente capaz ) perderam sentido. Se o sujeito, com 18 anos, reúne capacidade plena no âmbito do Direito penal (podendo sofrer todas as penas nele contempladas), por coerência, também a tem no âmbito do processo penal (que é direito instrumental). Quem tem capacidade para o mais (para o substantivo), tem também para o menos (para o instrumental), que só existe para a realização daquele. Por força do art. 34 do CPP, antes do novo Código Civil, tanto podia representar a vítima quanto o seu representante legal, no caso da faixa etária compreendida entre 18 e 21 anos. Falava-se em dupla titularidade do direito de queixa ou de representação. E no caso de divergência entre os dois, prevalecia a vontade de quem queria representar. Tudo isso agora foi alterado. Aos 18 anos o sujeito conta com plena capacidade jurídica para a prática de todos os seus atos. Logo, foi derrogada a parte final do art. 34 que previa a possibilidade de manifestação da vontade do representante legal quando a vítima tinha entre 18 e 21 anos. Já não há que se falar em representante legal, a partir dos 18 anos (salvo se se trata de enfermo mental, retardo mental etc., nos termos do art. 33 do CPP). Nos casos em andamento, não se pode falar em ilegitimidade (superveniente) do representante legal que representou. Tempus regit actum. No momento da propositura da

7 representação (e da ação) o representante legal podia agir. O ato praticado é e continua sendo válido. A ação penal promovida pelo Ministério Público prossegue normalmente. Diferente é a hipótese de queixa-crime em andamento. Considerando-se que o representante legal (no caso de vítima da faixa etária entre 18 e 21 anos) perdeu essa condição, urge que a vítima dê prosseguimento na ação no prazo de 60 dias, sob pena de perempção (CPP, art. 60, II). É o caso de incapacidade superveniente do representante legal para continuar no pólo ativo da ação privada. No que se refere à nomeação de curador ao indiciado ou acusado menor: acabou essa necessidade. Perdeu todo sentido, ademais, falar em nulidade do interrogatório quando feito sem a presença de curador. Nada disso mais tem sentido diante do novo Código civil. (c) aumento de pena previsto no art. 18, III, da Lei 6.368/76: prevê esse dispositivo legal o aumento pena do traficante quando o tráfico visa a menores de 21 anos. O fundamento dessa causa de aumento de pena é a relativa capacidade da pessoa para praticar os atos da vida civil antes dos 21 anos. Logo, foi afetada pelo novo Código civil. Onde se lê 21 anos leia-se, agora, 18 anos. Nesse ponto a lei nova é mais favorável ao réu. Logo, é retroativa. * Doutor em Direito penal pela Faculdade de Direito da Universidade Complutense de Madri, Mestre em Direito penal pela USP, Secretário-Geral do IPAN (Instituto Panamericano de Política Criminal), Consultor e Parecerista, Fundador e Presidente da Rede LFG Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes (1ª Rede de Ensino Telepresencial do Brasil e da América Latina - Líder Mundial em Cursos Preparatórios Telepresenciais

8 Disponível em: < >. Acesso em: 11 mar

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