A EXPERIÊNCIA DE MOÇAMBIQUE EM AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
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- Sérgio Malheiro Alencar
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2 A EXPERIÊNCIA DE MOÇAMBIQUE EM AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
3 COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO Art. 228 Constituição da República O controlo da legalidade dos actos administrativos e da aplicação das normas regulamentares emitidas pela Administração Pública, bem como a fiscalização da legalidade das despesas públicas e a respectiva efectivação da responsabilidade por infracção financeira cabem ao Tribunal Administrativo
4 COMPETÊNCIA S DA SECÇÃO DE CONTAS PÚBLICAS Art. 34 da Lei n.º 24/2013, de 1 de Novembro Proceder à fiscalização concomitante e sucessiva dos dinheiros públicos no âmbito das competências conferidas por lei; Proceder a fiscalização da aplicação dos recursos financeiros obtidos através de empréstimos, subsídios, avales e donativos, no âmbito da administração pública central; Apreciar e decidir os processos de prestação de contas das entidades sob sua jurisdição; Conhecer dos recursos interpostos dos tribunais administrativos provinciais e da Cidade de Maputo;
5 Início dos trabalhos: 2007 AUDITORIA DE OBRAS Constituição da equipa 7 técnicos dentre engenheiros civis, arquitectos e técnicos de construção civil. Cooperação técnica TCE Pernambuco, Brasil
6 Actuação das Equipas de Auditoria Até 2012: Fiscalização sucessiva - Obras de edificações até a presente data: Fiscalização sucessiva e concomitante auditorias piloto.
7 PLANEAMENTO 1. Recolha de informação Fontes: Processos de prestação de contas, Orçamento do Estado, Base e dados da Contadoria do Visto, entre outras. 2. Selecção de obras Critérios: Valor da obra, Impacto social (Ex.: escolas, hospitais), Acessibilidade (respeitando-se as limitações de tempo e custo, assim como de recursos humanos). 3. Comunicação da auditoria às Entidades Visadas, solicitação da documentação pertinente para a realização da auditoria.
8 EXECUÇÃO 1. Análise Documental Análise do processo de contratação (documentos de concurso, projectos, contratos, etc), processo de despesa e demais documentação da obra, verificação da sua conformidade com a legislação vigente no País. 2. Vistoria Verificação in loco da situação da obra, com vista a verificação da conformidade com o projecto, especificações técnicas e autos de medição. Acompanhada pelo representante da entidade.
9 RELATÓRIO 1. Elaboração do Relatório Preliminar de Auditoria o auditor relata os factos e/ou constatações levantadas em sede do trabalho de campo e apresenta recomendações; 2. Envio ao Contraditório (Prazo legal para o exercício do contraditório: 30 dias) 3. Elaboração do Relatório Final de Auditoria o auditor expõe o seu juízo final após apreciação da resposta da gerência (Contraditório) face as constatações levantadas.
10 N.º DE OBRAS AUDITADAS ANO
11 PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES DE AUDITORIA Execução de contratos sem o Visto do TA; Instrução deficiente dos processos; Adopção de Ajuste Directo como modalidade de contratação em detrimento do Concurso Público; Pagamentos adiantados, sem apresentação de garantias; Realização de despesas, sem a correspondente contraprestação de execução de obras (pagamentos indevidos); Obras paralisadas;
12 PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES DE AUDITORIA (Cont.) Não cumprimento dos prazos das obras; Execução de obras sem o acompanhamento de fiscais independentes; Projectos mal executados; Alteração do projecto sem a celebração da respectiva adenda/apostila; Execução de obras com baixa qualidade; Mão-de-obra não qualificada (empreiteiro); Não cumprimento das regras de Higiene e Segurança no Trabalho.
13 OBRAS DE BAIXA QUALIDADE
14 OBRAS PARALISADAS
15 PRINCIPAIS CONSTRANGIMENTOS NO TRABALHO DE AUDITORIA Inexistência de tabelas de preço de referência o que dificulta a análise dos orçamentos; Inexistência de decomposição de preços dos serviços que integram os orçamentos apresentados pelos empreiteiros; Deficiente informação relativa as obras públicas do País; Baixa qualidade das vias de acesso às obras; Dificuldade para ter acesso aos documentos das obras.
16 RESULTADOS POSITIVOS DAS AUDITORIAS Incremento no envio dos processos à fiscalização prévia do Tribunal Administrativo; Melhoria na instrução dos processos; Incremento de obras públicas fiscalizadas por fiscais independentes, contribuindo para a melhoria da qualidade das obras, bem como para a observância do cronograma físicofinanceiro.
17 DESAFIOS Reforçar o quadro de pessoal; Incrementar do n.º de auditoria ao sector de estradas; Privilegiar a realização de auditorias de acompanhamento; Definir estratégias para a implementação de tabelas de preço de referência em colaboração com o Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos; Actualizar as instruções de execução obrigatória para a submissão dos processos de obras ao Tribunal Administrativo.
18 OBRIGADA
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