Prisão temporária, prisão em flagrante e prisão domiciliar

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Prisão temporária, prisão em flagrante e prisão domiciliar"

Transcrição

1 Prisão temporária, prisão em flagrante e prisão domiciliar Francisco Monteiro Rocha Jr. * Espécies de prisão no ordenamento jurídico brasileiro Para se analisar o instituto da prisão no processo penal brasileiro, há que se fazer rápida menção às espécies de prisões admitidas em nosso ordenamento. Primeiramente, temos a prisão decorrente de decisão penal condenatória transitada em julgado. Por não se tratar de prisão processual, mas prisão material, oriunda do deslinde da decisão do caso penal, não será objeto de nossos comentários no presente momento. Em segundo lugar, tem-se a prisão temporária, decretada pela autoridade judicial quando se mostrar imprescindível para as investigações do inquérito policial. Num terceiro plano, tem-se a prisão em flagrante, medida pré-cautelar, que efetiva a prisão no momento, ou logo após, o cometimento do crime. E por fim, a prisão preventiva, medida cautelar que pode ser decretada, segundo os pressupostos do artigo 312 do CPP, durante o inquérito e inclusive em qualquer momento da instrução processual, desde que haja indícios de autoria e materialidade, ao que se deve somar ameaça à ordem pública, à instrução processual, à futura aplicação da pena ou à ordem econômica. Será objeto desta aula a prisão temporária, a prisão em flagrante e a prisão domiciliar, uma modalidade de prisão preventiva. Comecemos pela análise da primeira. * Doutorando em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mestre em Direito pela UFPR. Professor das Faculdades Integradas do Brasil (Unibrasil). Advogado.

2 DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão temporária Cabimento da prisão temporária A prisão temporária se constitui em modalidade de prisão que, segundo o artigo 1.º da Lei de 21 de dezembro de 1989, pode ser decretada nas seguintes hipóteses: Art. 1.º Caberá prisão temporária: I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: [...] Analisemos separadamente cada uma das hipóteses nos subitens a seguir. Imprescindibilidade para as investigações do inquérito policial Num primeiro lugar, pode-se referir ao fato de que a prisão temporária pode ser decretada quando for absolutamente indispensável para as investigações que ocorrem no inquérito policial, nos termos do inciso I do artigo 1.º da Lei quando imprescindível para as investigações do inquérito policial. É de se destacar que a decisão judicial que decreta a medida extrema, não se consubstancia em uma argumentação estéril, sem qualquer aprofundamento nas circunstâncias fáticas do caso concreto. Ao contrário: o magistrado deverá demonstrar porque, entre todas as medidas que poderiam ser decretadas para a instrumentalização da investigação do caso concreto entre as quais poderíamos citar as interceptações telefônicas, quebra de sigilo bancário, oitiva de testemunhas, provas periciais e técnicas há ainda necessidade de se segregar o acusado. Caso essa motivação não seja satisfatoriamente cumprida, será nula a decisão. Quando não houver elementos para esclarecimento da necessidade do acusado A segunda hipótese, nos termos da lei em análise, é quando o acusado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. Trata-se de modalidade extrema e que deve se restringir a situações absolutamente necessárias, sendo efetivamente menos incidente em termos práticos do que a modalidade anterior.

3 87 Crimes para os quais a prisão temporária é cabível Para qualquer das duas hipóteses anteriormente explicitadas, há que se demonstrar nos termos do inciso III do artigo 1.º da Lei 7.960/89 que ora se comenta, a autoria ou a participação do indiciado em um rol de crimes preestabelecidos pelas alíneas do próprio inciso III. Por se tratar da mais contundente e incisiva modalidade de prisão prevista em nosso sistema processual, houve por bem o legislador em limitar a sua incidência para os casos reconhecidamente mais graves, definindo-os em rol exaustivo compostos pelos seguintes crimes: Lei 7.960/89, Art. 1. Caberá prisão temporária: III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu 2. ); b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus 1. e 2. ); c) roubo (art. 157, caput, e seus 1., 2. e 3. ); d) extorsão (art. 158, caput, e seus 1. e 2. ); e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus 1., 2. e 3. ); f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art , caput, e parágrafo único); g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único) 2 ; h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único) 3 ; i) epidemia com resultado de morte (art. 267, 1. ); j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; m) genocídio (arts. 1., 2. e 3. da Lei n , de 1. de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n , de 21 de outubro de 1976) 4 ; o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n 7.492, de 16 de junho de 1986). 1 O artigo 223 do CP foi revogado pela Lei / Os artigos 214 e 223 foram revogados pela Lei / O artigo 219 foi revogado pela Lei / A Lei 6.368/76 foi revogada pela Lei /2006.

4 DIREITO PROCESSUAL PENAL Prazo da prisão temporária Como se verifica do artigo 2.º da Lei 7.960/89, o prazo da prisão é de 5 dias, prorrogáveis pelo mesmo tempo: Art. 2. A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. Assim como a decretação, a prorrogação da prisão por igual período deverá ser decretada através de ordem judicial devidamente fundamentada. Por se tratar de prazo material, incluir-se-á no cômputo o dia do início do seu cumprimento, devendo o preso ser imediatamente colocado em liberdade no final do 5.º dia de prisão, como se vê do 7.º do mesmo artigo 2.º que ora se comenta: Art. 2.º [...] 7. Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva. Relativamente aos crimes hediondos, há incidência de prazo maior, como se verifica do 4.º do artigo 2.º da Lei 8.072/90 a lei de crimes hediondos, nela inserido através da Lei /2007: Lei 8.072/90, Art. 2.º [...] 4.º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei n.º 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. Via de consequência, o prazo para a hipótese de prorrogação é idêntica. Demais aspectos da prisão temporária Há que destacar outros aspectos positivados pelo legislador no que se refere à prisão temporária. Primeiramente, a necessidade de parecer do Ministério Público sobre a conveniência e legalidade da prisão temporária quando a representação for proveniente de autoridade policial, nos termos do 1.º do artigo 2.º da Lei 7.960/89: Art. 2.º [...] 1.º Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.

5 Em segundo lugar, e ainda que tenha incidência prática absolutamente rara, há que se fazer referência à apresentação do preso à autoridade judicial, como se verifica do 3.º do artigo 2.º da Lei 7.960/89: Art. 2.º [...] 3.º O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado, determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito. Há que se referir ainda aos direitos do preso temporário, dentro os quais podemos destacar os seguintes, todos previstos na Lei 7.960/89: Art. 2.º [...] 4.º Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa. 6.º Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no art. 5. da Constituição Federal. [...] Art. 3. Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos. Prisão em flagrante A prisão em flagrante se constitui em uma medida pré-cautelar, por se tratar de precária detenção que pode ser realizada por qualquer pessoa do povo ou autoridade policial, que posteriormente deverá se submeter a controle jurisdicional, nos termos do artigo 306 do CPP: Art A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. 1.º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. 2.º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. Não se pode deixar de mencionar o fato de que existe substancial parcela da doutrina que defina a natureza jurídica da prisão em flagrante como sendo medida cautelar. Não obstante, não se pode deixar de considerar o fato de que não se trata de medida que visa a garantir o resultado final do processo, como nos explica Aury Lopes Jr. (2011, 29/34), mas apenas tem como fundamento colocar o detido à disposição do juiz para que adote uma verdadeira medida cautelar. Nesse sentido, inclusive, Franco Cordero (2000,

6 DIREITO PROCESSUAL PENAL p. 41) define sua natureza jurídica como sendo a de uma subcautelar, ou seja, trata-se do instrumento para o instrumento (de tutela do processo), não se sustentando autonomamente, mas somente perdurará através de medida judicial necessariamente fundamentada, como adiante se analisará. Relaxamento ou homologação do flagrante Tanto é pré-cautelar a natureza jurídica da prisão e flagrante que assim que o magistrado recebe o auto de prisão em flagrante, deverá obrigatoriamente adotar uma das duas medidas, desde logo: ou homologa a prisão em flagrante que tiver respeitado e obedecido todas as normas legais e constitucionais aplicáveis ao procedimento; ou a relaxa no caso contrário, ou seja, quando a prisão em flagrante estiver eivada de ilegalidade(s). Para que se possa analisar a envergadura de tal decisão, é fundamental que analisemos os requisitos legais e constitucionais cuja observância deve ser analisada pelo juiz para relaxar ou homologar a prisão em flagrante. Comunicação da prisão Em primeiro lugar, é de se fazer referência ao artigo 5.º, LXII, da CF, que determina a imediata comunicação da prisão à autoridade judicial e à família do preso (ou a pessoa por ele indicada, sendo esse o caso). Cabe ressaltar que por força do artigo 306 do CPP, é imprescindível ainda a comunicação da prisão ao órgão do Ministério Público, o que também se constitui em legalidade inafastável do ato. Comunicação dos direitos do preso Num segundo momento, há que se fazer referência ao artigo 5.º, LXIII também da CF. Assevera a norma superior que: Art. 5.º [...] LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; Sobre o tema, é importante se destacar a edição da Súmula Vinculante 14 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que estatuiu que: N. 14. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. Ou seja, além do dispositivo constitucional acima citado, tem-se a Súmula, o que espanta de uma vez por todas, toda e qualquer interpretação que queira restringir o

7 91 acesso do advogado ao procedimento do flagrante incluindo-se aqui tanto a lavratura do auto e interrogatório, quanto o acesso aos autos físicos. Quer nos parecer que a autoridade policial, em casos tais, querer invocar desconhecimento das diretrizes citadas é absolutamente desarrazoado, sendo possível até mesmo se cogitar de cometimento de crime de abuso de autoridade. Informação da identificação dos responsáveis pela prisão Também de cariz constitucional, há que se mencionar o direito individual estatuído no artigo 5.º, LIV, da CF, segundo o qual o preso tem o direito de ser informado da identificação dos responsáveis por sua prisão ou seu interrogatório policial. Se a primeira vista pode se constituir em formalismo afastável, é de se reparar que o expediente tem o salutar reflexo de evitar prisões efetuadas por agentes que não se identificam, o que poderia servir de técnica para abusos e arbitrariedade não serem rastreáveis. Comunicação ao juiz da prisão e ao acusado dos respectivos motivos Além dos requisitos constitucionais anteriormente analisados, é de se reparar que ainda há requisitos legais incidentes na análise a ser feita pelo juiz para a homologação ou relaxamento da prisão. É o que se verifica da análise do artigo 306, 1.º, do CPP, que estabelece a obrigatoriedade de se enviar ao juiz competente, em até 24 horas, o auto de prisão em flagrante. O 2.º do mesmo artigo ainda positiva a necessidade de entrega da nota de culpa ao preso em até 24 horas. Não obstante a pouca felicidade do legislador em denominar o instrumento através do qual o preso tomará ciência das acusações contra ele assacadas (quer nos parecer que pedir para o preso assinar uma nota de culpa não teria um impacto psicológico muito positivo para quem já está preso), trata-se de mecanismo imprescindível para se evitar prisões secretas, em que o acusado não sabe os motivos que o levaram à prisão. Estado de flagrância Para além dos requisitos formais explicitamente previstos em nossa normatização constitucional e infraconstitucional, é de se fazer referência à necessidade de o auto de prisão em flagrante descrever, ainda que sucintamente e sem aprofundamento de provas o que somente será realizado com as investigações realizadas no âmbito do inquérito policial o momento da prisão, no qual deverá estar implícito o estado de flagrância.

8 DIREITO PROCESSUAL PENAL Sim, pois só pode ser preso em flagrante quem está cometendo ou quem acabou de cometer um crime, nos termos do artigo 302 do CPP, que regulamenta a matéria: Art Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. Sem a pormenorização, no auto de prisão em flagrante, da hipótese legal do artigo 302 do CPP, na qual os fatos se encaixam, também não poderá a prisão ser homologada, como inclusive se verifica de decisão de abril de 2011 do STF, noticiada em seu respectivo informativo: A 1ª Turma, por maioria, concedeu habeas corpus para anular flagrante imposto ao paciente, preso por haver sido encontrado drogas no interior de sua residência, onde morava com o enteado. Na espécie, após a segregação deste pela suposta prática do crime de tráfico, fora expedido mandado de busca e apreensão, que culminara na prisão em flagrante do padrasto, única pessoa presente naquele local no momento da busca. Asseverou-se que o enteado teria, posteriormente, confessado a prática criminosa e declarado não existir envolvimento por parte do paciente, bem como que este ostentaria bons antecedentes e primariedade. Concluiu-se que o flagrante teria decorrido de ilação e que seria, portanto, ilegal. Determinou-se a expedição de alvará de soltura, a ser cumprido com as cautelas próprias. Vencido o Min. Ricardo Lewandowski, relator, que denegava a ordem. (STF HC /PR, Rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, ). Decisão judicial que relaxa ou homologa o flagrante De tal sorte, estando presentes todos os requisitos legais da prisão, o juiz deverá homologar o flagrante. Caso contrário, ou seja, caso algum dos requisitos não esteja presente, o juiz deverá relaxar a prisão em flagrante. De todo modo, sendo o caso de homologação do flagrante, ou seja, de manutenção da prisão do acusado, e por força da nova redação do artigo 310 do CPP, há que se fazer referência ainda que não seja objeto da presente aula à necessidade do juiz automaticamente analisar a necessidade ou não de prisão em flagrante. Veja-se o artigo 310 do CPP, com a redação que lhe foi dada pela Lei /2011:

9 93 Art Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: I - relaxar a prisão ilegal; ou II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação. Ou seja, a partir de agora, e por mais este ângulo de análise, é de se concluir que a natureza jurídica da prisão em flagrante é a de uma medida precautelar. Isso porque, mesmo no caso de estarem presentes todos os requisitos exigíveis para uma prisão em flagrante, não poderá ela ser mantida se não for o caso de decretação de prisão preventiva. Em apertada síntese, o itinerário que deve ser trilhado pelo magistrado no momento do recebimento do auto de prisão em flagrante é o seguinte: 1) Deverá o magistrado relaxar a prisão ilegal se não estiverem presentes os requisitos, ou deverá homologar a prisão em flagrante, na hipótese de todos os requisitos terem sido atendidos. 2) No caso de homologação, deverá o magistrado observar a necessidade de prisão preventiva, nos moldes do artigo 312 do CPP, quando se mostrarem insuficientes e inadequadas as medidas cautelares diversas previstas no artigo 319 do CPP. 3) Caso não haja a necessidade da decretação de medida cautelar (seja ela a prisão preventiva ou qualquer das outras modalidades previstas no artigo 319 do CPP), poderá o magistrado conceder liberdade provisória com ou sem fiança. 4) Se for o caso de decretação da prisão preventiva, caberá ainda ao magistrado a análise de se tal modalidade de encarceramento antecipado não poderia ser eventualmente substituída por prisão domiciliar, nas hipótese legais. Essa última situação é a que se analisa no tópico a seguir. Prisão domiciliar A prisão domiciliar foi incluída pela Lei /2011, através da nova redação dos artigos 317 e 318 do CPP, que assim dispõem: Art A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua

10 DIREITO PROCESSUAL PENAL residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. Art Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: I - maior de 80 (oitenta) anos; II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; IV - gestante a partir do 7 (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. Como se verifica, trata-se de medida substitutiva da prisão preventiva. Não se trata de medida que pode ser decretada independentemente da existência de cautelaridade. Os mesmos requisitos do artigo 312 do CPP, que são exigíveis para as demais modalidades, aqui também se fazem necessários. Como se depreende do texto legal, o acusado deverá permanecer em sua própria residência, dela só podendo se ausentar por razões amplamente demonstradas e justificáveis, e previamente comunicadas ao juízo, que deferirá o pleito ou não, segundo as circunstâncias do caso, conforme o parágrafo único do artigo 318 do CPP. Do artigo 319 do CPP, se verifica que todas as hipóteses dizem respeito a razões humanitárias, tudo em homenagem ao princípio da dignidade da pessoa humana, elemento central de interpretação, não só do direito processual penal, mas de todo o direito brasileiro, por força do artigo 1.º, III, da CF. LOPES JR., Aury. O Novo Regime Jurídico da Prisão Processual, Liberdade Provisória e Medidas Cautelares Diversas. Lumen Juris, NICOLITT, André Luiz. Lei 12403/2011: o novo processo penal cautelar. Campus, 2011.

11

12

Professor Wisley Aula 16

Professor Wisley Aula 16 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 7 PRISÕES 1. PRISÃO TEMPORÁRIA: Lei 7.960/89 A prisão temporária caracteriza-se por

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale PRISÃO PROVISÓRIA A prisão provisória, também chamada de prisão processual ou prisão cautelar se destaca no processo penal brasileiro por ser uma forma de isolar o agente

Leia mais

CONCESSÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA

CONCESSÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA CONCESSÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA Uma vez recebido o auto de prisão em flagrante, não sendo o caso de relaxamento da prisão ilegal, deverá o juiz conceder, de ofício, por meio de decisão fundamentada,

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale PRISÃO E LIBERDADE (continuação) Prisão em flagrante (continuação) Flagrante Atenção: Diferenças entre Flagrante Preparado Flagrante Forjado Flagrante Esperado Flagrante

Leia mais

Mãe, Bacharel em Direito, Especialista em Direito Penal e Processo Penal, Advogada, Professora, Palestrante.

Mãe, Bacharel em Direito, Especialista em Direito Penal e Processo Penal, Advogada, Professora, Palestrante. Não é possível exibir esta imagem no momento. Não é possível exibir esta imagem no momento. Não é possível exibir esta imagem no momento. PROCESSO PENAL Prof.ª Priscila Souto Mãe, Bacharel em Direito,

Leia mais

Processo Penal Material de Apoio Professor Marcos Carrasco. Espécies de prisão. Prisão pena/penal. Prisão processual/sem pena/cautelar/provisória

Processo Penal Material de Apoio Professor Marcos Carrasco. Espécies de prisão. Prisão pena/penal. Prisão processual/sem pena/cautelar/provisória 1 Espécies de prisão Prisão pena/penal Prisão processual/sem pena/cautelar/provisória Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se

Leia mais

PRISÕES PRISÃO PREVENTIVA. Vídeo: Prisão Parte 2 do início até 17:28

PRISÕES PRISÃO PREVENTIVA. Vídeo: Prisão Parte 2 do início até 17:28 AULA AO VIVO PRISÕES PRISÃO PREVENTIVA Vídeo: Prisão Parte 2 do início até 17:28 Vimos o esquema da prisão em flagrante: - lavratura do flagrante; - em 24 horas, audiência de custódia: I - relaxar a prisão

Leia mais

Conceitos. Fundamentos.

Conceitos. Fundamentos. Conceitos. Fundamentos. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA INTRODUÇÃO A PRISÃO TEMPORÁRIA é uma das modalidades de prisões cautelares. Prisão cautelar

Leia mais

PROCESSO PENAL MARATONA OAB XX

PROCESSO PENAL MARATONA OAB XX PROCESSO PENAL MARATONA OAB XX AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA RESOLUÇÃO 213/15 RESOLUÇÃO Nº 213/15 - CNJ Art. 1º Determinar que toda pessoa presa em flagrante delito, independentemente da motivação ou natureza

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Direitos Constitucionais Penais e Garantias Const. do Processo Parte 3 Profª. Liz Rodrigues - A terceira modalidade de prisão extrapenal são as prisões militares.

Leia mais

Direito. Processual Penal. Prisão

Direito. Processual Penal. Prisão Direito Processual Penal Prisão Prisão Conceito: É a privação da liberdade de locomoção de alguém, em razão de ordem judicial ou prisão em flagrante Prisão Art. 5, LXI, CF. Ninguém será preso senão em

Leia mais

Procedimento. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA

Procedimento. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA Procedimento. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA DECRETAÇÃO A PRISÃO TEMPORÁRIA poderá ser decretada, somente, pelo

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal Prisão Preventiva Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal PRISÃO PREVENTIVA CÓDIGO DE PROCESSO PENAL TÍTULO IX CAPÍTULO III Da Prisão

Leia mais

Direito Processual Penal Professor Leonardo Galardo

Direito Processual Penal Professor Leonardo Galardo 01) Considerando que João tenha sido indiciado, em inquérito policial, por, supostamente, ter cometido dolosamente homicídio simples, e que Pedro tenha sido indiciado, em inquérito policial, por, supostamente,

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Da prisão e da Liberdade Provisória Prisões cautelares: definições e espécies Prof. Gisela Esposel - Da prisão temporária: - Previsão legal: Lei 7960/89 - Da constitucionalidade:

Leia mais

DIREITO ELEITORAL. Polícia Judiciária Eleitoral. Prof. Karina Jaques

DIREITO ELEITORAL. Polícia Judiciária Eleitoral. Prof. Karina Jaques DIREITO ELEITORAL Prof. Karina Jaques CAPÍTULO I DA POLÍCIA JUDICIÁRIA ELEITORAL Art. 1º O Departamento de Polícia Federal ficará à disposição da Justiça Eleitoral sempre que houver eleições, gerais ou

Leia mais

DIREITO ELEITORAL. Polícia Judiciária Eleitoral - Parte 2. Prof. Roberto Moreira de Almeida

DIREITO ELEITORAL. Polícia Judiciária Eleitoral - Parte 2. Prof. Roberto Moreira de Almeida DIREITO ELEITORAL - Parte 2 Prof. Roberto Moreira de Almeida CAPÍTULO II DA NOTÍCIA-CRIME ELEITORAL Art. 3º. Qualquer pessoa que tiver conhecimento da existência de infração penal eleitoral deverá, verbalmente

Leia mais

Vistos e examinados os autos.

Vistos e examinados os autos. CONCLUSÃO Em 08 de fevereiro de 2013, faço estes autos conclusos à MMª. Juíza Federal Titular da 3ª Vara Federal de Sorocaba, Drª SYLVIA MARLENE DE CASTRO FIGUEIREDO. Técnico Judiciário RF 5448 PROCESSO

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale PRISÃO E LIBERDADE PRISÃO PROVISÓRIA (continuação) Prisão em flagrante é a única que não é decretada pela Autoridade Judiciária. De acordo com o artigo 301 do CPP sempre

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº INSTRUÇÃO Nº CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL

RESOLUÇÃO Nº INSTRUÇÃO Nº CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL RESOLUÇÃO Nº 23.363 INSTRUÇÃO Nº 1160-71.2011.6.00.0000 CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL Relator: Ministro Arnaldo Versiani Interessado: Tribunal Superior Eleitoral Dispõe sobre a apuração de crimes

Leia mais

28/03/2019. Professor: Anderson Camargo 1

28/03/2019. Professor: Anderson Camargo 1 28/03/2019 Professor: Anderson Camargo 1 Espécies de Prisão Cautelar. a) Prisão em flagrante; b) Prisão preventiva; c) Prisão temporária. 28/03/2019 Professor: Anderson Camargo 2 PRISÃO EM FLAGRANTE. 1-

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº INSTRUÇÃO Nº CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL

RESOLUÇÃO Nº INSTRUÇÃO Nº CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL RESOLUÇÃO Nº 23.396 INSTRUÇÃO Nº 958-26.2013.6.00.0000 CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL Relator: Ministro Dias Toffoli Interessado: Tribunal Superior Eleitoral Dispõe sobre a apuração de crimes eleitorais.

Leia mais

RESOLUÇÃO N XXXXXXX INSTRUÇÃO N xxx-xx.20xx CLASSE 19 - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL.

RESOLUÇÃO N XXXXXXX INSTRUÇÃO N xxx-xx.20xx CLASSE 19 - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL. RESOLUÇÃO N XXXXXXX INSTRUÇÃO N xxx-xx.20xx6.00.0000 - CLASSE 19 - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL. Relator: Ministro Dias Toffoli. Interessado: Tribunal Superior Eleitoral. Dispõe sobre a apuração de crimes

Leia mais

FIANÇA E PROCEDIMENTO S NOVOS

FIANÇA E PROCEDIMENTO S NOVOS ATUALIZAÇÕES E ENTENDIMENTOS SOBRE A. LEI 12.403/11 FIANÇA E PROCEDIMENTO S NOVOS Cley Celestino Batista Delegado de Polícia Cuiabá, 2011 I VACATIO LEGIS: Conforme preceitua a Lei 12.403/2011, suas normas

Leia mais

Introdução. Principais alterações:

Introdução. Principais alterações: LEI 12.403/11 Lei 12.403/11 A Lei 12.403 de 04 de maio de 2011 altera dispositivos do Código de Processo Penal no que diz respeito a: - Prisões Provisórias - Liberdade Provisória - Relaxamento da Prisão

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale Competência SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA Súmula Vinculante 45 A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido

Leia mais

TEMA: Prisões. Gabarito Comentado

TEMA: Prisões. Gabarito Comentado 01/04/19 TEMA: Prisões Gabarito Comentado 1 - (CESPE JUIZ SUBSTITUTO 2019) A gravidade específica do ato infracional e o tempo transcorrido desde a sua prática não devem ser considerados pelo juiz para

Leia mais

Professor Wisley Aula 17

Professor Wisley Aula 17 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 8 PRISÃO EM FLAGRANTE 1. ESPÉCIES DE FLAGRANTE PRÓPRIO/Perfeito/Real: O agente é surpreendido

Leia mais

PERSECUÇÃO PENAL INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ACUSAÇÃO CRIMINAL

PERSECUÇÃO PENAL INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ACUSAÇÃO CRIMINAL PERSECUÇÃO PENAL INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ACUSAÇÃO CRIMINAL INVESTIGAÇÃO CRIMINAL Polícia judiciária Procedimento inquisitivo Ausência de partes Contraposição de interesses Dupla função FUNÇÕES DA INVESTIGAÇÃO

Leia mais

Prisão preventiva Conceito: Pressupostos: I) Prova da existência do crime II) indício suficiente de autoria

Prisão preventiva Conceito: Pressupostos: I) Prova da existência do crime II) indício suficiente de autoria PRISÃO PREVENTIVA 1 Prisão preventiva Conceito: Pressupostos: I) Prova da existência do crime II) indício suficiente de autoria 2 HIPÓTESES: I) Garantia da ordem pública II) garantia da ordem econômica

Leia mais

NOVO MODELO DE PRISÃO PROVISÓRIA E MEDIDAS CAUTELARES

NOVO MODELO DE PRISÃO PROVISÓRIA E MEDIDAS CAUTELARES NOVO MODELO DE PRISÃO PROVISÓRIA E MEDIDAS CAUTELARES Fabiano Samartin Fernandes * Em 05 de maio de 2011 foi sancionada pela Presidenta da República Dilma Rousseff a Lei nº 12.403, que alterou, substancialmente,

Leia mais

Pág. 25 Item 3.5. Direitos do preso

Pág. 25 Item 3.5. Direitos do preso Atualização Pág. 25 Item 3.5. Direitos do preso Segundo parágrafo e continuação na pág. 26: Texto no livro: O caput do art. 306 do Código de Processo Penal possui a mesma redação do referido inciso LXII,

Leia mais

PRISÕES PRISÃO EM FLAGRANTE. Vídeo: Prisão Parte I de 1:02:00 até final

PRISÕES PRISÃO EM FLAGRANTE. Vídeo: Prisão Parte I de 1:02:00 até final AULA AO VIVO PRISÕES PRISÃO EM FLAGRANTE Vídeo: Prisão Parte I de 1:02:00 até final Prisão em Flagrante: Importante: Um sujeito pode ser preso em flagrante, mas não pode permanecer preso em flagrante.

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL III. AULA 26 de maio Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA

DIREITO PROCESSUAL PENAL III. AULA 26 de maio Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA DIREITO PROCESSUAL PENAL III AULA 26 de maio Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com PROCEDIMENTO PROBATÓRIO 2.3. Produção das Provas a) Proposição: momento ou instante em que se

Leia mais

RESUMO PROCEDIMENTO DE DECRETAÇÃO DE PRISÃO, RELAXAMENTO DE PRISÃO E CONCESSÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA (ART. 282 A 350 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL)

RESUMO PROCEDIMENTO DE DECRETAÇÃO DE PRISÃO, RELAXAMENTO DE PRISÃO E CONCESSÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA (ART. 282 A 350 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL) Universidade de Brasília Faculdade de Direito Graduação em Direito Teoria Geral do Processo II Daniela Martins Lopes 13/0106747 Joyce Teru Nóia Sato 13/0117714 Maria Clara Ruas Coelho 13/0124842 Thais

Leia mais

INQUÉRITO POLICIAL. Art. 4º ao 23 do CPP

INQUÉRITO POLICIAL. Art. 4º ao 23 do CPP INQUÉRITO POLICIAL Art. 4º ao 23 do CPP o inquérito policial é um procedimento administrativo, inquisitório e preparatório e consiste em um conjunto de diligências realizadas pela polícia investigativa

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. CERT Regular 4ª Fase. Prisão temporária. Período:

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. CERT Regular 4ª Fase. Prisão temporária. Período: CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER CERT Regular 4ª Fase Período: 2013-2016 1) CESPE - Escrivão de Polícia (PC BA)-2013 Em relação ao processo penal e à legislação pertinente, julgue o item que se segue.

Leia mais

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. MÓDULO II 1. Regras de competência 2. Procedimento 3. Pedidos 4. Recurso Ordinário Constitucional

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. MÓDULO II 1. Regras de competência 2. Procedimento 3. Pedidos 4. Recurso Ordinário Constitucional CONTEÚDO PROGRAMÁTICO MÓDULO II 1. Regras de competência 2. Procedimento 3. Pedidos 4. Recurso Ordinário Constitucional 1. REGRAS DE COMPETÊNCIA O habeas corpus deve ser interposto à autoridade judicial

Leia mais

COMENTÁRIOS A LEI /2011 MEDIDAS CAUTELARES E-LEARNING

COMENTÁRIOS A LEI /2011 MEDIDAS CAUTELARES E-LEARNING O presente trabalho tem por objetivo fazer uma análise sucinta da nova lei de Prisão Preventiva aplicáveis como novas regras da prisão processual, fiança, liberdade provisória e medidas cautelares alternativas

Leia mais

Direito Processual Penal. Aula demonstrativa. Prof. Aurélio Casali

Direito Processual Penal. Aula demonstrativa. Prof. Aurélio Casali Direito Processual Penal Aula demonstrativa Prof. Aurélio Casali 1 (SEJUS/PI 2017) Quanto a lei processual no tempo, marque a alternativa CORRETA. a) Um processo que tiver sido encerrado sob a vigência

Leia mais

CRIMES HEDIONDOS. Conceito. Sistema Legal (art. 5º, inc. XLIII, CF) Sistema Judicial Sistema Misto

CRIMES HEDIONDOS. Conceito. Sistema Legal (art. 5º, inc. XLIII, CF) Sistema Judicial Sistema Misto Conceito Sistema Legal (art. 5º, inc. XLIII, CF) Sistema Judicial Sistema Misto Sistema legal temperado? Habeas Corpus (HC) 118533 tráfico privilegiado; Crimes militares Art. 5º, XLIII - a lei considerará

Leia mais

MARATONA EOAB XXVIII EXAME. PROCESSO

MARATONA EOAB XXVIII EXAME. PROCESSO MARATONA EOAB XXVIII EXAME PROCESSO PENAL @vilaca_neto CITAÇÕES CITAÇÃO: É o ATO PROCESSUAL utilizado para cientificar o acusado dos termos da denúncia ou queixa e chamá-lo ao processo para responder as

Leia mais

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR FRANCISCO MARTÔNIO PONTES DE VASCONCELOS

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR FRANCISCO MARTÔNIO PONTES DE VASCONCELOS fls. 74 Processo: 0627098-73.2017.8.06.0000 - Habeas Corpus Impetrante: Alexandre dos Santos Geraldes Paciente: Luiz Fabiano Ribeiro Brito Impetrado: Juiz de Direito da 5ª Vara Júri da Comarca de Fortaleza

Leia mais

Provas Juiz não pode proferir uma sentença condenatória somente com base nas provas coletadas na fase investigatória (art.

Provas Juiz não pode proferir uma sentença condenatória somente com base nas provas coletadas na fase investigatória (art. INQUÉRITO POLICIAL - Escrito (art. 9º do CPP) - Feito por órgãos oficiais - Conteúdo informativo, tendo valor probatório relativo - Inquisitivo - Sigiloso (art. 20 do CPP) Súmula Vinculante 14 STF: É direito

Leia mais

Professor Wisley Aula 18

Professor Wisley Aula 18 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 6 PRISÃO PREVENTIVA 1. PRISÃO PREVENTIVA A prisão preventiva caracteriza-se por ser

Leia mais

Nº COMARCA DE PORTO ALEGRE MARINA DA SILVA LAMEIRA DIONATAN DA SILVA RIBEIRO A C Ó R D Ã O

Nº COMARCA DE PORTO ALEGRE MARINA DA SILVA LAMEIRA DIONATAN DA SILVA RIBEIRO A C Ó R D Ã O HABEAS CORPUS. AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE. AUSÊNCIA DE ADVOGADO. ILEGALIDADE. RELAXAMENTO DA PRISÃO. O magistrado ao receber o auto de prisão em flagrante deverá relaxar a prisão quando constatar a inobservância

Leia mais

Mini Simulado GRATUITO de Direito Processual Penal. TEMA: Diversos

Mini Simulado GRATUITO de Direito Processual Penal. TEMA: Diversos Mini Simulado GRATUITO de Direito Processual Penal TEMA: Diversos 1. A prisão em flagrante deve: a) ser comunicada apenas à família do preso, sob pena de nulidade. b) ser comunicada ao juiz competente,

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Da prisão e da liberdade provisória Medidas cautelares pessoais: normas fundamentais, pressupostos e fundamentos Parte 6 Prof. Thiago Almeida Pressupostos e fundamentos. Lembrar:

Leia mais

A questão baseia-se na literalidade do art. 283, 284 e 285 do CPP:

A questão baseia-se na literalidade do art. 283, 284 e 285 do CPP: Cargo: S01 - AGENTE DE POLÍCIA CIVIL Disciplina: Noções de Direito Processual Penal Questão Gabarito por extenso Justificativa A questão baseia-se na literalidade do art. 283, 284 e 285 do CPP: Conclusão

Leia mais

AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA FUNDAMENTOS E ASPECTOS PRELIMINARES

AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA FUNDAMENTOS E ASPECTOS PRELIMINARES AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA FUNDAMENTOS E ASPECTOS PRELIMINARES RESOLUÇÃO N.º 213, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2015, DO CNJ Art. 1º - Determina que toda pessoa presa em flagrante delito, independente da motivação ou

Leia mais

Professor Wisley Aula 15

Professor Wisley Aula 15 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 7 PRISÕES 1. INTRODUÇÃO Prisão é a privação da liberdade de locomoção em virtude do

Leia mais

OBRA: GUILHERME DE SOUZA NUCCI-MANUAL DE PROCESSO PENAL E EXECUÇÃO PENAL EDITORA RT OBRA: EUGÊNIO PACELLI DE OLIVEIRA CURSO DE PROCESSO PENAL EDITORA

OBRA: GUILHERME DE SOUZA NUCCI-MANUAL DE PROCESSO PENAL E EXECUÇÃO PENAL EDITORA RT OBRA: EUGÊNIO PACELLI DE OLIVEIRA CURSO DE PROCESSO PENAL EDITORA OBRA: GUILHERME DE SOUZA NUCCI-MANUAL DE PROCESSO PENAL E EXECUÇÃO PENAL EDITORA RT OBRA: EUGÊNIO PACELLI DE OLIVEIRA CURSO DE PROCESSO PENAL EDITORA LUMEN JURIS CONCEITO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, preparatório

Leia mais

Prisão Cautelar 1. Ano: Banca: Órgão: Prova:

Prisão Cautelar 1. Ano: Banca: Órgão: Prova: 1. Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: Analista Técnico - Administrativo João, aproveitando-se de distração de Marcos, juiz de direito, subtraiu para si uma sacola de roupas usadas a ele pertencentes.

Leia mais

PONTOS INICIAS: -Privação da liberdade / tolhimento do direito de ir e vir. Marco de divisão das prisões: Sentença condenatória transitada em julgado

PONTOS INICIAS: -Privação da liberdade / tolhimento do direito de ir e vir. Marco de divisão das prisões: Sentença condenatória transitada em julgado Prof. Vinícius Abdala Me. em Ciências Criminais pela Universidade de Lisboa Juiz da Inter-American Human Rigthts Moot Court Competition, Washington, DC. Advogado Criminalista. PRISÕES PONTOS INICIAS: -Privação

Leia mais

REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº F DE O CONGRESSO NACIONAL decreta:

REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº F DE O CONGRESSO NACIONAL decreta: REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 4.208-F DE 2001 Altera dispositivos do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 Código de Processo Penal, relativos à prisão processual, fiança, liberdade provisória,

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Da prisão e da Liberdade Provisória Prisões cautelares: definições e espécies Parte II Prof. Gisela Esposel - Da prisão preventiva stricto sensu - Previsão legal: artigo 311 316

Leia mais

LFG MAPS. INQUÉRITO POLICIAL 08 questões. qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

LFG MAPS. INQUÉRITO POLICIAL 08 questões. qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. NOÇÕES DE DIREITO PENAL Nível de importância Tema QTDE de Questões Porcentagem (%) 1 Inquérito Policial 8 32% 2 Prisões 7 28% 3 Provas 6 24% 4 Ação Penal 2 8% 5 Habeas Corpus 2 8% TOTAL 25 100% INQUÉRITO

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale LEI 12.403/11 (continuação) Introdução Principais alterações: Da Prisão Domiciliar O Capítulo IV mudou o seu foco. Da Prisão Domiciliar O Capítulo IV mudou o seu foco.

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Das Provas (Parte 2) Profa. Letícia Delgado 8) Bifásico: art. 187, CPP Art. 187 do CPP: O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos.

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA TRIBUNAL DE JUSTIÇA. : Segunda Camara Criminal - Segunda Turma

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA TRIBUNAL DE JUSTIÇA. : Segunda Camara Criminal - Segunda Turma fls. 1 DECISÃO MONOCRÁTICA / ALVARÁ DE SOLTURA / OFÍCIO Nº /2014 Classe : Habeas Corpus n.º 0006063-41.2014.8.05.0000 Foro de Origem : Salvador Órgão Relator(a) Paciente : : Osvaldo de Almeida Bomfim :

Leia mais

DECISÃO. Trata-se de incidente ajuizado pelo Ministério Público Federal objetivando a transferência de presos provisórios para presídio federal.

DECISÃO. Trata-se de incidente ajuizado pelo Ministério Público Federal objetivando a transferência de presos provisórios para presídio federal. Processo n 16076-44.2017.4.01.3200 Classe 15000 - CRIMINAL DIVERSA Requerente MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL DECISÃO Trata-se de incidente ajuizado pelo Ministério Público Federal objetivando a transferência

Leia mais

A ocorrência dos requisitos da prisão preventiva como fator determinante para as prisões provisórias

A ocorrência dos requisitos da prisão preventiva como fator determinante para as prisões provisórias A ocorrência dos requisitos da prisão preventiva como fator determinante para as prisões provisórias Jean Marcelo da Rosa Formado em Direito pela Universidade Luterana do Brasil e especializando em Direito.

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Da prisão e da liberdade provisória Medidas cautelares pessoais: normas fundamentais, pressupostos e fundamentos Parte 5 Prof. Thiago Almeida Art. 282 [...] I - necessidade para

Leia mais

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO CAPÍTULO I - FUNÇÃO E CARREIRA DO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL...

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO CAPÍTULO I - FUNÇÃO E CARREIRA DO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL... SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO... 15 CAPÍTULO I - FUNÇÃO E CARREIRA DO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL... 19 1. INTRODUÇÃO E BREVE RECONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA FUNÇÃO E DA CARREIRA...19 2. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal AÇÃO CAUTELAR 4.352 DISTRITO FEDERAL RELATOR AUTOR(A/S)(ES) PROC.(A/S)(ES) : MIN. EDSON FACHIN :SOB SIGILO :SOB SIGILO DESPACHO: 1. Em 8 de setembro o Procurador-Geral da República protocolou neste STF

Leia mais

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO CAPÍTULO I - FUNÇÃO E CARREIRA DO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL CAPÍTULO II - INQUÉRITO POLICIAL...

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO CAPÍTULO I - FUNÇÃO E CARREIRA DO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL CAPÍTULO II - INQUÉRITO POLICIAL... SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO... 17 CAPÍTULO I - FUNÇÃO E CARREIRA DO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL... 19 1. Introdução e breve reconstrução histórica da função e da carreira...19 2. Fundamento constitucional

Leia mais

ATIVIDADES DE FIXAÇÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE

ATIVIDADES DE FIXAÇÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE CURSO DIREITO DISCIPLINA PROCESSO PENAL II SEMESTRE 7º Turma 2015.1 ATIVIDADES DE FIXAÇÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE Questão 01. (Prova: CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polícia - Civil). Acerca de prisões

Leia mais

Lei n /2011 e prisão provisória: questões polêmicas

Lei n /2011 e prisão provisória: questões polêmicas Fernando Capez é Procurador de Justiça licenciado e Deputado Estadual. Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (2007-2010). Mestre em Direito pela

Leia mais

Princípios: 1 Obrigatoriedade Art. 5 o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 2 Indisponibilidade Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 3

Leia mais

REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL

REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL CARGOS: OFICIAL DE JUSTIÇA E ANALISTA JUDICIÁRIO FUNÇÃO JUDICIÁRIA PROVA OBJETIVA: 9.1.3. A Prova Objetiva será

Leia mais

A PRISÃO PROCESSUAL COMO ULTIMA RATIO

A PRISÃO PROCESSUAL COMO ULTIMA RATIO Maraísa Beraldo Sanches 1 Rafael Henrique Mello Araújo 2 Walter Francisco Sampaio Filho 3 INTRODUÇÃO O ordenamento jurídico brasileiro rege-se sob a égide dos princípios constitucionais a fim de preservar

Leia mais

PROVISÓRIA É PRECISO QUE O CANDIDATO ANALISE SE A PRISÃO EM FLAGRANTE FOI OU

PROVISÓRIA É PRECISO QUE O CANDIDATO ANALISE SE A PRISÃO EM FLAGRANTE FOI OU 1 RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE E LIBERDADE PROVISÓRIA PARA SABER SE É CASO DE PLEITEAR O RELAXAMENTO DO FLAGRANTE OU LIBERDADE PROVISÓRIA É PRECISO QUE O CANDIDATO ANALISE SE A PRISÃO EM FLAGRANTE

Leia mais

DA PRISÃO EM FLAGRANTE

DA PRISÃO EM FLAGRANTE DA PRISÃO EM FLAGRANTE Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. Art. 302. Considera-se em flagrante

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. CERT Regular 4ª Fase. Prisão preventiva. Período:

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. CERT Regular 4ª Fase. Prisão preventiva. Período: CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER CERT Regular 4ª Fase Período: 2013-2016 1) CESPE - Analista Judiciário TJDFT-2013 Julgue o item seguinte, referente a prisão, medidas cautelares, liberdade provisória e

Leia mais

Conteúdo: Inviolabilidades Constitucionais: Inviolabilidade do Domicílio; Inquérito Policial: Conceito; Natureza Jurídica; Características.

Conteúdo: Inviolabilidades Constitucionais: Inviolabilidade do Domicílio; Inquérito Policial: Conceito; Natureza Jurídica; Características. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 03 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Inviolabilidades Constitucionais: Inviolabilidade do Domicílio; Inquérito Policial: Conceito; Natureza

Leia mais

XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA

XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA Princípios Devido Processo Legal Juiz Natural PRINCÍPIOS IMPORTANTES Ampla Defesa Presunção de Inocência Aplicação da lei processual Art. 2º,

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Meios autônomos de impugnação Prof. Gisela Esposel - Previsão legal: artigo 5 º, inciso LXVIII da CR/88 e artigo 647 e seguintes do CPP. - Natureza jurídica: ação autônoma de impugnação

Leia mais

SUMÁRIO. Manuais das Carreiras-Brene-Lepore-Manual Delegado Policia Civil-4ed.indb 9 23/05/ :52:28

SUMÁRIO. Manuais das Carreiras-Brene-Lepore-Manual Delegado Policia Civil-4ed.indb 9 23/05/ :52:28 SUMÁRIO... 19 1. Introdução e breve reconstrução histórica da função e da carreira... 19 2. Fundamento constitucional da carreira... 20 2.1 abrangência da expressão autoridade policial... 20 3. Lei de

Leia mais

SUMÁRIO A ǧ.! A A ǧ

SUMÁRIO A ǧ.! A A ǧ SUMÁRIO... 19 1. Introdução e breve reconstrução histórica da função e da carreira... 19 2. Fundamento constitucional da carreira... 20 2.1 Abrangência da expressão Autoridade Policial... 20 3. Lei de

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Direitos Constitucionais Penais e Garantias Const. do Processo Parte 2 Profª. Liz Rodrigues - Coisa julgada: Novelino explica que a coisa julgada deve ser entendida

Leia mais

Direito Penal. Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990 Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos

Leia mais

CEM. Direito Processual Penal. CERT 10ª Fase TRE PE

CEM. Direito Processual Penal. CERT 10ª Fase TRE PE CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER CERT 10ª Fase Período: 1) FCC - JE TJGO/TJ GO/2012 Em relação à prisão em flagrante delito, é correto afirmar que a) qualquer do povo deverá prender quem quer que seja

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale Ações de Impugnação revisão criminal Órgão competente para julgar a revisão criminal: (art. 624, CPP) Ações de Impugnação revisão criminal STF TFR (???), TJ, TACRIM (???)

Leia mais

Espécies de Prisão Preventiva e a Lei /2011

Espécies de Prisão Preventiva e a Lei /2011 Espécies de Prisão Preventiva e a Lei 12.403/2011 Por Francisco Sannini Neto Delegado de Polícia Especialista em Direito Público pela Escola Paulista de Direito. 1-) Considerações Gerais Em 04 de julho

Leia mais

MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS Medidas cautelares no processo penal - panorama geral. Davi André Costa Silva

MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS Medidas cautelares no processo penal - panorama geral. Davi André Costa Silva MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS Medidas cautelares no processo penal - panorama geral Davi André Costa Silva Medidas cautelares diversas da prisão 1. Contextualização transição do sistema binário ao multicautelar

Leia mais

AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA 1 Sumário INTRODUÇÃO... 3 IMPLANTADA DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA CAMPINAS...4 O QUE O ADVOGADO DEVE SABER SOBRE AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA... 5 A ATUAÇÃO DO ADVOGADO

Leia mais

Professor Wisley Aula 05

Professor Wisley Aula 05 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 5 AÇÃO PENAL 1. CONCEITO É o direito público subjetivo de provocar o Estado-Juiz a

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 554, DE

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 554, DE SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 554, DE 2011 Altera o 1 o do art. 306 do Decreto-Lei n o 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), para determinar o prazo de vinte e quatro

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal HABEAS CORPUS 137.078 SÃO PAULO RELATORA PACTE.(S) IMPTE.(S) ADV.(A/S) COATOR(A/S)(ES) : MIN. ROSA WEBER :RENAN SILVA DOS SANTOS :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO

Leia mais

PONTO 1: Prisão 1. PRISÃO. Quanto às espécies de prisão, podemos falar em:

PONTO 1: Prisão 1. PRISÃO. Quanto às espécies de prisão, podemos falar em: 1 DIREITO PROCESSUAL PENAL PONTO 1: Prisão 1. PRISÃO Segundo o art. 5º, LXI, da CF/88, é possível a prisão mediante flagrante delito ou ordem escrita e fundamentada da autoridade competente, salvo transgressão

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimentos alternativos de investigação criminal Parte 3 Prof. Thiago Almeida . Hipóteses de abordagem em estado de flagrância: Art. 69, parágrafo único - Ao autor do fato que,

Leia mais

ENUNCIADOS VOTADOS DURANTE O I FÓRUM NACIONAL DE JUÍZES CRIMINAIS

ENUNCIADOS VOTADOS DURANTE O I FÓRUM NACIONAL DE JUÍZES CRIMINAIS ENUNCIADOS VOTADOS DURANTE O I FÓRUM NACIONAL DE JUÍZES CRIMINAIS ENUNCIADO N. 1 Para fins estatísticos, será considerado preso definitivo quem ostentar condenação, definitiva ou não, independentemente

Leia mais

PRISÕES CAUTELARES NO PROCESSO PENAL

PRISÕES CAUTELARES NO PROCESSO PENAL PRISÕES CAUTELARES NO PROCESSO PENAL www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. PRISÕES CAUTELARES NO PROCESSO PENAL...5 Noções Gerais... 5 Presunção de Inocência vs Prisão Cautelar... 5 2. HIPÓTESES DE PRISÃO EM

Leia mais

Prof. Marcelo Lebre. Crimes Hediondos. Noções Gerais sobre a Lei nº 8.071/1990

Prof. Marcelo Lebre. Crimes Hediondos. Noções Gerais sobre a Lei nº 8.071/1990 Prof. Marcelo Lebre Crimes Hediondos Noções Gerais sobre a Lei nº 8.071/1990 1. INTRODUÇÃO 1.1. Previsão Constitucional art. 5º, inciso XLIII CF/1988 - A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis

Leia mais

Direito Processual Penal. Provas em Espécie

Direito Processual Penal. Provas em Espécie Direito Processual Penal Provas em Espécie Exame de Corpo de Delito Conceito: é análise técnica realizada no corpo de delito. O que é corpo de delito? O exame de corpo de delito é obrigatório em todos

Leia mais

DETENÇÃO. - Os actos processuais com detidos são urgentes e os prazos correm em férias (art. 80º CPP).

DETENÇÃO. - Os actos processuais com detidos são urgentes e os prazos correm em férias (art. 80º CPP). DETENÇÃO 1- Definição. Medida cautelar de privação da liberdade pessoal, não dependente de mandato judicial, de natureza precária e excepcional, que visa a prossecução de finalidades taxativamente 1 previstas

Leia mais