Hábitos de condução decidem prémio de seguro

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1 Nº 1243 / 04 Abril de 2008 / Semanal / Portugal Continental 2,20 DIRECTOR João Peixoto de Sousa Teixeira dos Santos considera Metas orçamentais são agora credíveis Sector automóvel reclama dedução do IVA em todas as viaturas de uso profissional Legislação nacional contraria Sexta Directiva da UE Os operadores do sector automóvel querem ver alargada a possibilidade de dedução do IVA, neste momento concedida apenas aos veículos comerciais de utilização profissional, a todos os automóveis ligeiros de passageiros. Essa medida representaria, segundo António Teixeira Lopes, a aplicação em Portugal da Sexta Directiva da União Europeia, que consagra a dedução de IVA em todas as viaturas destinadas a uso profissional. Inversão geral do encargo de liquidar o IVA corrigiria injustiça fiscal O presidente da ARAN advoga que, desta forma, não seria afectada a competitividade das empresas nacionais, face às congéneres europeias. A medida serviria ainda para relançar um sector que está em crise há alguns anos. O director de frotas e remarketing da Ford Lusitana refere que as alterações não deveriam ficar pela possibilidade de dedução do IVA nas viaturas de passageiros em utilização profissional e que toda a política fiscal referente ao sector automóvel deveria ser revista. Suplemento Frotas Págs. 6 e 7 Vem aí o Big Brother para os clientes das seguradoras Portugal conseguiu corrigir o défice orçamental apesar dos factores externos desfavoráveis afirmou Teixeira dos Santos, no Porto. O ministro das Finanças fez a apresentação do último livro editado pela Vida Económica, da autoria de João Loureiro. Pág. 7 ESPECIAL ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE BARCELOS Formação da ACIB atinge taxa de empregabilidade superior a 85% Vice-presidente da Capgemini avisa Bancos devem ser cautelosos na concessão de crédito Pág. 6 Hábitos de condução decidem prémio de seguro As seguradoras podem vir a adoptar uma nova solução que permite cobrar prémios de seguro automóvel consoante os hábitos de condução do segurado. Algumas seguradoras preparam-se para lançar no mercado nacional um seguro automóvel com prémios fixados em função do perfil de condução dos segurados. Para a seguradora, pode contar tudo, desde quilómetros percorridos a travagens bruscas. Para os condutores mais pacatos há bónus no prémio do seguro automóvel. A Vida Económica apurou que existem pelo menos duas seguradoras que pretendem avançar com a solução PAYD até ao final deste ano. A solução PAYD consiste num sistema de seguimento por satélite para acompanhar o percurso efectuado pelas viaturas seleccionadas. Um dispositivo de controlo do tamanho de um telemóvel, instalado na viatura em local não visível, transmite informações sobre o seu percurso através de GPRS para o centro de gestão da companhia de seguros. Aqui, a seguradora pode definir que tipo de informação quer receber, já que o dispositivo pode ser programado. Assim que a solução for implementada pela primeira seguradora, aparecerão de imediato companhias seguidoras, afirma Jorge Galhardo Antunes, director da Indra. Pág. 36 BANCOS NÃO ALTERAM FACILIDADES NO CRÉDITO À HABITAÇÃO Pág. 39 COMMODITIES AGRÍCOLAS SÃO REFÚGIO DOS INVESTIDORES Pág. 40 FUGA LEGAL À INSOLVÊNCIA PENALIZA DIREITOS dos CREDORES Pág. 21 FUNDOS DE PENSÕES NACIONAIS COM RENDIBILIDADE NEGATIVA Pág

2 2 ACTUALIDADE sexta-feira, 04 Abril de 2008 Abertura Baixa do Porto confere créditos que podem autofinanciar projectos de reabilitação NESTA EDIÇÃO Mercado de créditos à construção já operacional Está já em vigor o projecto SIM- Porto, lançado pela autarquia portuense, que cria um mercado de créditos à construção, transáccionáveis e conferidos aos promotores que apostem em projectos de reabilitação na Baixa do Porto. Segundo o vereador do Urbanismo da Invicta, Lino Ferreira, a negociação dos créditos pode ser feita logo a seguir à aprovação do projecto, podendo ser utilizados como forma de autofinanciamento da empresa. Esta revelação foi feita no decurso do Imobitur Salão de Imobiliário do Porto, num almoço promovido pela Vida Imobiliária e que reuniu profissionais e vários agentes públicos do urbanismo e construção. Lino Ferreira reiterou a aposta do município no centro da cidade, dando conta dos vários projectos em curso. É a primeira cidade do país com obras já no terreno, dando os exemplos dos quarteirões-piloto de Carlos Alberto e Infante e, mais recentemente, das Cardosas, que albergará uma unidade hoteleira de charme e onde prosseguem já as obras de demolição no interior do quarteirão. Quanto ao projecto aprovado para a reabilitação do Mercado do Bolhão, alvo de várias críticas, Lino Ferreira disse que este poderia ter recebido muitas soluções, mas nenhuma foi operaconalizada. Recorde-se que, actualmente, estão sob a alçada da Porto Vivo Sociedade de Reabilitação Urbana, intervenções em 37 quarteirões-piloto, as quais se encontram em diversas fases de prossecussão. A quarta edição do Imobitur, que teve lugar na Exponor, recebeu a visita de cerca de 25 mil pessoas, como referiu a organização, das quais cerca de 30 por cento profissionais. O evento tem como objectivo fortalecer o posicionamento do evento como espaço de referência para empresas, profissionais e instituições vinculadas ao sector imobiliário português. Segundo José Enrique Elvira, director do Imobitur, este é um certame desenhado para agilizar os contactos entre todas as partes implicadas no mercado imobiliário, desde o promotor ao cliente final. Aquele responsável estima que o certame tem argumentos suficientes para confirmar que ganhou, por direito próprio, um espaço no panorama imobiliário português. Parques empresariais Oceanis em Portugal Foram vários os projectos apresentados no Imobitur 2008, na sua maioria vocacionados para os segmentos habitacional e turismo residencial. Porém, um dos projectos de maior envergadura foi levado ao certame pela promotora espanhola Dovhe, que levará a cabo em Porriño, na Galiza, o parque empresarial Oceanis. Com uma área de 100 mil metros quadrados, a estrutura será capaz de acolher 60 empresas e permitirá criar dois mil postos de emprego. O projecto resulta de um investimento de 36 milhões de euros e incluirá um centro de negócios de 17 mil metros quadrados com heliporto próprio para a deslocação de directores, bem como 1500 lugares de estacionamento. As primeiras naves serão entregues em 2009 e a área central de negócios estará operacional no ano seguinte. MARC BARROS marcbarros@vidaeconomica.pt ACTUALIDADE INTERNACIONAL Pág. 6 Pág. 8 PME HUMOR ECONÓMICO Pág. 10 BANCOS DEVEM SER CAUTELOSOS NA CONCESSÃO DE CRÉDITO Eric Rajendra é vice-presidente do grupo de serviços financeiros Capgemini. Considera exageradas algumas reacções à crise, mas nem por isso deixa de aconselhar cautela aos bancos e consumidores, em especial no que respeita à concessão de crédito. E apesar de não haver margem para o Banco Central Europeu descer as taxas de juro, revela-se optimista quanto à actual situação económica da União Europeia. FUSÕES E AQUISIÇÕES COM VALOR MAIS BAIXO EM QUATRO ANOS O primeiro trimestre deste ano revelou que a actividade das fusões e aquisições está em dificuldades. A crise do crédito e a turbulência nos mercados financeiros reflectem-se na actividade da banca de investimento. O volume global de fusões e aquisições desceu ao nível mais baixo dos últimos quatro anos, para 652 mil milhões de dólares, menos 40% do que em período homólogo do ano passado. AEP QUER AUMENTAR DIMENSÃO DAS PME Ludgero Marques está de saída à frente dos destinos da AEP. Em conferência de imprensa deixou claro que é necessário as PME ganharem dimensão. É preciso um maior investimento junto deste tipo de empresas, promover a sua internacionalização e apostar na modernização pela via tecnológica. BREVE GOVERNO LANÇA CONCURSOS PARA NOVAS BARRAGENS EMPRESAS CITADAS BREVE O Governo lançou a concurso quatro barragens, na cascata do Alto Tâmego, num investimento que poderá ir até 760 milhões de euros. Até ao final do mês vão ser colocas a concurso mais cinco, tendo sido ajudicada a barragem do Foz Tua à EDP. Os concursos fazem parte do Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hídrico, que envolve a construção de dez novas barragens. O potencial hídrico previsto é de sete mil MW, no final da segunda década. A construção destes empreendimentos terá início dentro de dois anos. O Governo garante que está apostado em desenvolver as vertentes hídrica e eólica, para reduzir a sua dependência energética de modo substancial. BES Goldman Sachs Morgan Stanley UBS KPMG Seat Vicaima Fluxograma Temahome PT Optimus InCentea CB Richard Ellis Cushman & Wakefield Fujitsu Siemens Henkel Famo Iduna Guialmi PraxisD Apple Travelport British Airways TAP Suplemento Frotas C. Santos Mercedes Rodivex Masterlease ALD Automotive Portugal Volvo Arval Portugal GE Fleet Services LeasePlan Ford Lusitana Toyota Caetano Portugal Cimpomóvel Hertz Europcar Portugal ESTATUTOS PIN VÃO SER REVISTOS Basílio Horta, presidente da AICEP, admite que é necessário introduzir melhorias nas regras dos PIN. E garante que o Governo já está a trabalhar no sentido da alteração dos respectivos estatutos. Uma coisa é EDITOR E PROPRIETÁRIO Vida Económica Editorial, SA DIRECTOR João Peixoto de Sousa COOR- DENADORES EDIÇÃO João Luís de Sousa e Albano Melo REDACÇÃO Virgílio Ferreira (Chefe de Redacção), Adérito Bandeira, Alexandra Costa, Ana Santos Gomes, Aquiles Pinto, Fátima Ferrão, Guilherme Osswald, Martim Porto, Rute Barreira, Sandra Ribeiro e Susana Marvão; redaccao@vidaeconomica.pt; PAGINAÇÃO Célia César, Flávia Leitão, José Barbosa e Mário Almeida; PUBLICIDADE PORTO Rua Gonçalo Cristóvão, 111, 6º Esq Porto - Tel Fax comercial@vidaeconomica.pt; PUBLICIDADE LISBOA Campo Pequeno, 50-4º Esq Lisboa Tel Fax publicidade@vidaeconomica.pt; ASSINATURAS Tel assinaturas@vidaeconomica.pt; IMPRESSÃO Naveprinter, SA - Porto DISTRIBUIÇÃO VASP, SA - Cacém geral@vasp.pt Tel Fax EMPRESA CERTIFICADA MEMBRO DA EUROPEAN BUSINESS PRESS TIRAGEM CONTROLADA PELA: TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: Município (Porto) TAXA PAGA Registo na D G C S nº Depósito Legal nº /89 ISSN Registo do ICS nº certa, a avaliação dos projectos considerados de interesse nacional continuará a ser realizada com base nas vertentes ambiental e económica. Entrentanto, Basílio Hora faz um balanço positivo dos dois anos de existência dos PIN e desvaloriza as críticas dos promotores dos projectos à comissão de avaliação. Aliás, deixa claro que não problemas ou tensões no seio da comissão de avaliação. Fica a certeza que o organismo, no seu todo, tem como objectivo central o desenvolvimento económico do país.

3 sexta-feira, 04 Abril de 2008 actualidade 3 10% Receita fiscal que pode ser subtraída através da fraude carrossel 1,7 milhões Número de portugueses que jogou online no ano passado 90% Peso das alianças no tráfego aéreo global ECONÓMETRO tendências Belmiro de Azevedo O futuro está na educação. E é sempre muito positivo quando são os empresários a reconhecerem essa realidade. Belmiro de Azevedo está a construir uma escola para alunos dos ensinos pré-escolar e do primeiro ciclo, num investimento de cerca de três milhões de euros. A capacidade é de apenas 280 alunos, pelo que se pretende uma escola de ensino personalizado. O colégio vai abrir já em Setembro e fica localizado em Matosinhos, na antiga fábrica têxtil Efanor. O espaço foi recuperado, numa obra interessante a todos os níveis. Zeinal Bava O novo CEO da PT chega ao cargo com apenas 42 anos de idade, o que por si só é revelador da sua capacidade intelectual e empresarial. Logo na primeira intervenção não deixou margem para dúvidas. A única via de evolução para a empresa é o crescimento. Mas também é sempre agradável os colaboradores ouvirem o responsável máximo afirmar que a empresa pretende ser a melhor do país para se trabalhar. Por outro lado, também incute confiança o facto de existirem objectivos claramente definidos para os próximos anos. Ricardo Salgado É uma nova era no Banco Espírito Santo. O conselho de administração passou a incluir mais membros independentes, ou seja, a família perde peso nas decisões da instituição bancária. Esta segue a tendência que se verifica a nível internacional, isto é, as grandes empresas são geridas por indivíduos que se distinguem pelas suas competências e não por eventuais laços familiares. Mas este é também um passo importante no sentido de uma maior transparência. António Borges Borges até poderá ter razão quanto a algumas das acusações que fez relativamente à ingerência do Governo na actividade do banco a que presidia. Mas os seus argumentos saem fragilizados quando é sabido que as denúncias surgem três anos após os acontecimentos. Para tornar os seus argumentos ainda mais fragilizados, Mexia, da EDP, da mesma área política de Borges, já veio a terreiro afirmar que tem tido absoluta liberdade na gestão da eléctrica. Tudo indica que o professor não vai sair bem nesta fotografia. FACTOS RELEVANTES Consumidores podem ter electricidade mais barata A EDP pretende investir cerca de sete milhões de ros para implementar medidas de eficiência energética. O que acontecer terá lugar através do Programa ECO. Estas medidas poderão resultar numa poupança de 47 milhões de euros nas facturas de electricidade dos consumidores industriais e domésticos. De referir que, já no ano passado, este programa possibilitou que as famílias poupassem cerca de 43 milhões de euros. Além disso, é um facto que não está só em causa a questão monetária, o ambiente também é visado com estas medidas. O aumento da eficiência energética permitirá evitar a emissão de mais de 182 mil toneladas de dióxido de carbono. Entre estas medidas, destaque para distribuição de lâmpadas eficientes, de multitomadas e subsídios para a compra de arcas frigoríficas eficientes. De referir ainda que a EDP vai oferecer aos consumidores auditorias energéticas. Fileira da moda em debate alargado Fonte: DGCI Fonte: INE Fonte: Eurostat Cobrança coerciva bate recorde (em milhões de euros) Produção industrial volta a terreno positivo (variação homóloga, %) -2 Fevereiro 07 Fevereiro Défice orçamental estabiliza na zona euro (% do PIB) -2.5 Expansión REVISTA DE IMPRENSA Inditex supera expectativas dos analistas O gigante têxtil galego Inditex superou as expectativas dos analistas. Obteve lucros de 1250 milhões de euros, no ano passado, mais 25% do que no exercício anterior. O volume de negócios cifrou-se em mais de 9,4 mil milhões de euros, um crescimento de 16% face ao ano anterior (...). Foram inaugurados 560 locais, cerca de 80% destes fora de Espanha. O investimento ascendeu a 942 milhões de euros, com a maior parte a destinar-se, claramente, à expansão internacional. Actualmente, o grupo conta com 3691 estabelecimentos, num total de 68 países. Também estão a ser realizados investimentos importantes ao nível das plataformas logísticas. De salientar que o grupo criou mais de dez mil postos de trabalho, só no exercício passado. As câmaras de comércio e indústria luso-alemã e luso-francesa realizam, no próximo dia 8 de Abril um seminário, com almoço/debate, sob o tema A fileira da moda e os mercados de segunda geração: Alemanha e França. O evento tem lugar no Hotel Sheraton Porto, contando com a intervenção de consultoras, especialistas do sector e exemplos de empresas envolvidas no processo de internacionalização. Trata-se de uma matéria pertinente para toda a fileira têxtil. É uma realidade que, nos últimos anos, os sectores de vestuário/confecção e calçado perderam quota nos principais mercados de exportação, designadamente França e Alemanha. A ATP chama a atenção para o facto do modelo tradicional de negócio baseado nas actividades de fabrico e baixo custo estar esgotado. O sucesso das empresas passa agora pelo seu reposicionamento através de actividades que acrescentem valor ao produto, como a inovação, o design, as marcas e a distribuição. O certame conta com os apoios da ATP, da APICCAPS, da ANIVEC/Apiv e da Associação Selectiva Moda. Financial Times BCE não desce taxas de juro A inflação da zona euro atingiu o nível mais elevado em 16 anos. O aumento da inflação de 3,3%, em Fevereiro, para 3,5%, em Março, coloca de parte a possibilidade de um corte nas taxas de juro, pelo menos no breve prazo. Mesmo que o crescimento económico abrande. Apesar de tudo, existe algum sentimento de confiança. As empresas parecem continuar a investir em projectos de expansão, o que deverá sustentar o crescimento da economia. O BCE acredita que não está em perspectiva um abrandamento considerável na taxa de crescimento. O grande problema que se coloca, e que está a levantar alguma preocupação, é que há grandes diferenças regionais (...).

4 4 actualidade sexta-feira, 04 Abril de 2008 Marcelo Rebelo de Sousa considera fundos europeus Victor Cabrita Neto, ex-secretário de Estado do Turismo, adverte QREN deve assegurar apoios para as PME do turismo e da restauração Ministro da Economia devia falar mais com as PME Portugal está ainda a tempo de corrigir o desvio que existe em relação àqueles que são os destinatários dos apoios financeiros no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). E deve também canalizá-los para as micro, pequenas e médias empresas do sector do turismo e do subsector da restauração e bebidas. A ideia foi transmitida à Vida Económica por Victor Cabrita Neto, vice-presidente da AIP e ex-secretário de Estado do Turismo de António Guterres, à margem do congresso da Associação da Restauração e Similares de Portugal (ARESP), que decorreu esta semana em Lisboa. Se assim não for, diz Cabrita Neto, deixamos estas empresas desamparadas num momento crucial das suas vidas, que é o da modernização e da competitividade. Eu acho que ainda estamos a tempo de corrigir esse desvio, afirmou o ex-governante, que fala com a experiência de quem tutelou a pasta do sector durante cerca de quatro anos e de quem acompanha, inclusive, a aplicação do QREN na região do Algarve. Isso não o impede, porém, de fazer uma análise crítica sobre a forma e os conteúdos como o QREN é apresentado, renovando, Compete, também, às associações empresariais ajudar os empresários a identificar quais são as candidaturas possíveis e ajudá-los a construí-las, Numa altura em que se fala tanto da importância das PME, o que pensa Marcelo Rebelo de Sousa sobre o assunto? O professor universitário esteve esta semana, na FEP (Faculdade de Economia do Porto) estamos a falar de uma conferência organizada pela associação de estudantes desta escola sob o mote Portugal , e aos jornalistas e à VE, em particular, fala das PME como uma prioridade. Estas, diz, deveriam ser uma das prioridades do Governo. Marcelo Rebelo de Sousa chega, mesmo, a dizer que preferia que o ministro da Economia falasse um pouco menos com os grandes grupos e falasse mais com as PME. E na mesma linha de pensamento, acrescenta: O actual ministério da Economia tem estado muito sensível ao investimento estrangeiro, aos grandes grupos. E os Governos anteriores não fizeram o mesmo? A esta pergunta da VE, Marcelo Rebelo de Sousa diz que é verdade tem razão, não é só este Governo, é tradicional nos Governos -, mas volta a dizer que, agora, está a comentar a política deste Executivo e que estes ligam pouco ao facto de a grande maioria das empresas portuguesas ser constituída por PME. Isto, acrescenta, exige não apenas programas pontuais, mas perceber que o fundamental da estrutura empresarial portuguesa corresponde a este tipo de empresas. E Marcelo Rebelo de Sousa dá o exemplo concreto de antecessores de Manuel Pinho que fizeram este trabalho, como é o caso de Mira Amaral. Este, afirma ainda, corria, de facto, as empresas uma a uma, pequenas e médias. Penso que seria importante que isso fosse feito nesta fase. Sobre as exportações, o seu aumento, um outro assunto abordado pela VE, Marcelo Rebelo de Sousa diz que esta evolução é positiva. O professor universitário alerta, contudo, para o facto de estas estarem a sofrer as consequências de a Europa estar, neste momento, a comprar um pouco menos. País descobriu demasiado tarde a importância que a justiça tem para a economia Nesta conferência sobre o estado do país, em um evento que contou com uma plateia atenta e animada -, Marcelo falou aos universitários que o ouviam da reforma dos sistemas sociais como uma necessidade. Assim sendo, surge a nossa pergunta: está a ser feito o necessário para potenciar o crescimento do país? Marcelo Rebelo de Sousa elege a justiça e diz que arrancámos demasiado tarde. Ou seja, o país só Mais uma voz a somar-se a muitas outras que se têm ouvido: a descida do IVA é, sobretudo um sinal psicológico e eleitoral. Marcelo Rebelo de Sousa diz ainda que esta alteração não vai ter consequências efectivas na vida, no bolso da maior parte dos portugueses. Eu não estou convencido que fique pelos 1%, destaca. Esta mesma opinião tem Marcelo Rebelo de Sousa em relação àquilo que foi avançado por Luís descobriu a importância da justiça para uma boa economia demasiado tarde e isto a propósito de casos criminais, casos pontuais. Isto quando, acrescenta, o problema para a economia não está nos casos criminais, mas nos casos de trabalho, no direito comercial, nas falências. E a prova disto mesmo, diz, está no facto de só agora estar a ser discutido o mapa judiciário. A reforma da justiça está a demorar muito tempo e a economia está a ser muito penalizada por isso, destacou ainda Marcelo Rebelo de Sousa. Por pressão dos jornalistas, o professor universitário falou ainda do Norte e da sua perda de influência. Aqui, o também comentador político considera que tal se deve à falta de meios. Como destaca, criaram-se as áreas metropolitanas, mas os recursos não estão lá ou dão-se a conta-gotas. Ficou-se a meio do caminho e sempre com o Estado a querer intervir, referiu por último. SANDRA RIBEIRO sandraribeiro@vidaeconomica.pt Descida do IVA é sobretudo um sinal psicológico e eleitoral Filipe Menezes este defende um IVA igual ao de Espanha, de 16% - quando diz que se trata de uma afirmação também ela eleitoralista. As suas palavras aos jornalistas são reveladoras: Penso que é, no quadro eleitoral, que estas propostas têm de ser tomadas. Marcelo Rebelo de Sousa alerta, contudo, para os riscos de tais posições e que passam, por exemplo, por baixar os impostos para além daquilo que a economia suporta. nesta entrevista à Vida Económica, um grande apelo para que se alterem ainda os mecanismos, de forma a aproximar o QREN das pequenas e das médias empresas. Salientando que compete, também, às associações empresariais ajudar os empresários a identificar quais são as candidaturas possíveis e ajudá-los a construí-las, o também empresário do sector disse à Vida Económica que, se o Governo não corrigir a trajectória de concessão de apoios financeiros no âmbito do QREN deixamos estas empresas desamparadas num momento crucial das suas vidas, que é o da modernização e da competitividade. Instado a comentar a manchete da edição da semana passada da Vida Económica que advertia para o facto de as grandes empresas estarem a engolir os apoios do QREN, Victor Cabrita Neto disse partilhar do risco de que as grandes empresas possam absorver esses apoios. É que os programas não foram feitos à medida das micro, das pequenas e das médias empresas e, por isso, os objectivos que o QREN apresenta e as linhas de orientação que acalenta podem desviar, efectivamente, os apoios, não digo que só para as grandes empresas, mas também para sectores muito específicos que são muito importantes mas que não são o todo da economia nacional. Cabrita Neto focou que é extremamente difícil conseguir apoios financeiros para o sector, que não existiram antes de 1998, porque há falta de sensibilidade para as PME e para o sector da restauração e bebidas. Portugal tem dois desafios de modernização. Um que é criar empresas novas, modernas e inovadoras e outro que é o de apoiar e ajudar a modernizar as empresas que já existem. E essas duas coisas não são incompatíveis, como ouço de alguns. Os dois desafios são perfeitamente compatíveis. TERESA SILVEIRA teresasilveira@vidaeconomica.pt Marcas e patentes é tema de fórum da APCI A Associação Portuguesa dos Consultores em Propriedade Industrial (ACPI) organizará, na póxima terça-feira, dia 8, o seu primeiro fórum. O evento terá lugar no Hotel Corinthia, em Lisboa. Este fórum terá como tema As Marcas, as Patentes e o Sucesso das Empresas. Pretende-se que seja um espaço de debate, de troca de ideias, juntando-se empresas, entidades públicas e consultores em Propriedade Industrial. O objectivo principal do encontro é chamar a atenção da classe empresarial para a existência e importância do sistema de propriedade industrial (vulgarmente conhecido como marcas e patentes) e para o papel fulcral que nele desempenham os consultores em propriedade industrial.

5 sexta-feira, 04 Abril de 2008 Actualidade 5 Tiago Caiado Guerreiro e Miguel Frasquilho concordam Governo não tem intenção de aumentar a competitividade fiscal A descida de impostos é sempre encarada como uma medida positiva. No entanto, a recente baixa do IVA num ponto percentual está a suscitar fortes críticas, quanto às motivações da medida e ao momento escolhido. Os fiscalistas Tiago Caiado Guerreiro e Miguel Frasquilho dizem que o Governo não pretende aumentar a competitividade fiscal e que estamos perante uma medida de cosmética política. Tiago Caiado Guerreiro. Tiago Caiado Guerreiro admite que a descida de 1% no IVA é positiva, mas chama a atenção para o facto de se tratar de um imposto neutral quanto ao investimento estrangeiro. Vai mais longe ao afirmar que, em termos de crescimento económico, o seu impacto é nulo. E adianta sobre a questão fiscal no nosso país: É preciso notar que há uma descida permanente no IRC a nível europeu há já alguns anos, algo que não está a suceder a nível nacional. Nos próximos anos, terá que se verificar uma quebra brutal para estamos a par dos restantes países da UE. O grande problema é que então poderá ser tarde demais. Aquele fiscalista acha que se está a desenvolver uma tipo de política fiscal que corre o risco de conduzir à destruição do país. O mais grave é que existem condições para avançar com o tão falado choque fiscal, o qual previa uma baixa generalizada dos impostos. No que se refere à variável do estímulo empresarial, seria fundamental enveredar por essa via. Com um problema acrescido e que está a levantar muita polémica e um mau ambiente entre os agentes económicos e os contribuintes individuais. A administração fiscal está a perseguir os contribuintes de uma forma cega, muitas vezes contra os seus direitos e garantias. Há realidades que os políticos parecem não ter qualquer interesse em mudar, de acordo com Tiago Caiado Guerreiro. O país continua sujeito a um burocracia excessiva, há abusos inaceitáveis por parte da administração fiscal, as pessoas sentem que se está cada vez mais num sistema prosecutório, todos se sentem perseguidos. No fim de tudo isto, está-se num país em que a Justiça não funciona. Temos uma sociedade em que alguns senhores tratam os seus semelhantes como se de escravos se tratassem. Miguel Frasquilho, nas suas declarações à Vida Económica, lamentou sobretudo o facto de não se vislumbrar qualquer intenção de garantir maior competitividade ao sistema fiscal. Falando em nome pessoal e não enquanto deputado parlamentar, naturalmente que também acha a descida uma medida positiva, mas claramente insuficiente. Na sua opinião, Miguel Frasquilho. já no ano passado havia condições para se ter dado tal passo. Na sua óptica, mais não terá sido do que uma medida de reduzido impacto, com a intenção de adoçar a boca dos eleitores. Aliás, considera que se deve esperar numa descida, muito provavelmente antes das eleições. Não compreende que se faça tanta publicidade a esta medida, quando a taxa foi aumentada em dois pontos e já com este Governo houve um forte aumento do peso da tributação. Se a descida tivesse sido há um ano, mesmo assim o défice orçamental seria agora de 2,8%, isto é, há muito que existiam condições para baixar o IVA. Frasquilho adianta que mais não é do que oportunismo político. Guilherme Osswald Rui Rio apresenta livro de José Manuel Moreira A ANJE Associação Nacional de Jovens Empresários acolhe, hoje, pelas 17h30, na sua Sede Nacional, no Porto, a sessão de apresentação do livro Estado, Sociedade Civil e Administração Pública: Para um Novo Paradigma do Serviço Público. Coordenada pelo professor catedrático da Universidade de Aveiro, José Manuel Moreira, esta obra conta também com a colaboração de Carlos Jalali (Universidade de Aveiro) e André Azevedo Alves (London School of Economics). A apresentação do livro ficará a cargo do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, bem como do responsável máximo dos jovens empresários, Armindo Monteiro. Editada pelas Edições Almedina, esta obra abarca as comunicações da conferência Estado, Sociedade Civil e Administração Pública em Portugal, que ocorreu em Abril de 2006 na Universidade de Aveiro com o propósito de encontrar um novo paradigma do serviço público, do papel do Estado e das políticas públicas. Governo publica Estratégia Nacional para a Segurança e Saúde no Trabalho O Governo fez publicar ontem em Diário da República uma resolução do Conselho de Ministros a Estratégia Nacional para a Segurança e Saúde no Trabalho para o período entre 2008 e 2012, na sequência da aprovação, em 2007, pelas instâncias da União Europeia (UE), de uma nova Estratégia de Segurança e Saúde no Trabalho, para o período O documento foi publicado após discussão em sede de Conselho Nacional de Higiene e Segurança no Trabalho (CNHST) e servirá como um instrumento de política global de promoção da segurança e saúde no trabalho, de médio prazo. O objectivo é dar resposta à necessidade de promover a aproximação aos padrões europeus em matéria de acidentes de trabalho e doenças profissionais e alcançar o objectivo global de redução constante e consolidada dos índices de sinistralidade laboral. Aumento dos prazos de pagamento assegura liquidez à grande distribuição Fornecedores vão pagar factura da concentração O reflexo imediato dos movimentos de concentração na distribuição deverá ser o aumento dos prazos de pagamento aos fornecedores. De acordo com fontes do sector, o grupo Jerónimo Martins está a contactar os seus fornecedores com o objectivo de negociar um alargamento no prazo de pagamento entre 30 e 60 dias, passando a pagar os fornecimentos entre 90 a 120 dias. A alteração dos prazos de pagamento pode ser a consequência da compra da cadeia Plus por parte do grupo JM, apesar de a operação não ter sido ainda aprovada pela Autoridade da Concorrência. O aumento do prazo do pagamento tem um impacto considerável sobre a liquidez das empresas do grupo JM. O grupo tem um volume de negócios anual de 2600 milhões de euros. Um prazo de pagamento de mais 30 dias proporciona um encaixe imediato de 214 milhões de euros. Se o prazo normal de pagamento aumentar 45 dias, o encaixe obtido pelo grupo JM ultrapassa os 300 milhões de euros. Este financiamento por parte dos fornecedores não tem custo para as empresas de distribuição, nem tem que ser restituído a menos que no futuro o prazo de pagamento seja reduzido. O acréscimo de liquidez conseguido por esta via pelas empresas de distribuição tem como contrapartida e perda de liquidez dos fornecedores. Algumas das empresas fornecedoras de pequena e média dimensão já sentem dificuldades para fazer face aos compromissos correntes e frequentemente recorrem aos bancos para antecipar o pagamento, com os custos financeiros que daí resultam. Tendo em conta a elevada concentração que existe no mercado português da distribuição alimentar, o cenário não é animador para os fornecedores. Além da pressão sobre os prazos de pagamento, os fornecedores são confrontados com a subida das margens da distribuição na generalidade dos produtos alimentares. Em relação aos maiores fornecedores as margens podem situar-se nos 30% a 35%. Mas alguns fornecedores chegam a ter que dar condições que assegurem uma margem garantida de 52% à empresa de distribuição. Espanha e França impõem regras à distribuição Em Portugal, os efeitos da concentração são agravados pela estagnação do consumo. Mas os reflexos da concentração também são preocupantes na generalidade dos países europeus. Em França o Governo decidiu impor novas regras para que haja uma maior transparência nos contratos que envolvem a grande distribuição. Os prazos de pagamento vão ser reduzidos para um máximo de 60 dias, havendo um agravamento das sanções no caso de os prazos não Grupo Jerónimo Martins tem vendas anuais de 2609 milhões Feira Nova S.A. João Gomes Camacho, S.A. Lidosol II Distr. de prod. Al. S.A. Pingo Doce, S.A. Recheio S.A. Total* J J J J J J * Vendas em 2007 serem respeitados. O objectivo é favorecer a concorrência na grande distribuição. O Governo francês está empenhado em contribuir para a redução das margens efectivas que actualmente se praticam o que permitirá a descida dos preços. Em Espanha, o Governo decidiu criar um novo Observatório de preços alimentares para evitar as margens consideradas abusivas que se praticam na distribuição.

6 6 Actualidade sexta-feira, 04 Abril de 2008 Eric Rajendra, vice-presidente da Capgemini, avisa Bancos devem ser cautelosos na concessão de crédito Manuela Micael O vice-presidente da Capgemini Financial Services Group esteve em Portugal, para reunir com representantes de várias instituições bancárias. À chegada, falou à Vida Económica, numa entrevista exclusiva. Eric Rajendra mostrou um grande optimismo quanto à situação económica na União Europeia, embora ache muito cedo para o Banco Central Europeu fazer baixar as taxas de juro. Rajendra revelou que considera exageradas algumas reacções à crise que se atravessa actualmente, mas aconselha cautela a bancos e consumidores, no que toca à concessão de créditos. Vida Económica Está confiante na situação económica europeia? Eric Rajendra Acima de tudo, acho que a situação económica da Europa é bastante sólida. A situação nos EUA é mais questionada, actualmente, por causa dos mercados hipotecários. Alguns dizem que os EUA não vivem ainda uma recessão, outros dizem que sim, outros entraram em pânico e falam já em depressão. Ninguém questiona que há um problema nos EUA. Mas só nos EUA. Nem sequer o Canadá vive uma situação de maior risco. Mas quando olhamos para a Europa, sobretudo para a União Europeia, percebemos que está numa situação muito mais segura. VE Mas não há dúvida que a crise do sub-prime já teve algumas implicações na Europa. Como é que a União Europeia pode prevenir-se contra este tipo de situações? ER Considero que os grandes bancos e as associações de bancos de cada país têm de trabalhar em conjunto com os bancos centrais e estes têm de trabalhar em conjunto com o BCE. Simplesmente, injectar dinheiro no sistema bancário, muitas vezes, cria uma reacção diferente nos mercados e nos consumidores do que aquela que é pretendida. A intenção será aumentar a liquidez do sistema financeiro e bancário, mas, se os fundamentos não forem claros, as pessoas ficam a achar que estamos perante uma grande crise. A solução será, muitas vezes, simplesmente dizer: Nós vamos fortalecer certos aspectos das instituições, vamos fortalecer as estruturas financeiras, vamos fortalecer a capacidade de gerir os riscos das empresas. Declarações como estas, vindas dos bancos centrais e no BCE, são muito melhores para amenizar a crise do que simplesmente injectar dinheiro no mercado. Isso, muitas vezes, só cria mais pânico nos consumidores e nos investidores. VE Será que as exportações europeias vão sobreviver a esta depreciação do dólar face ao euro? ER Acho que sim. Fiquei agradavelmente surpreendido com a economia alemã, que, apesar da taxa de câmbio europeia, continuou com as exportações em alta. E porquê? Porque tinha algo que o mercado necessitava. VE É um homem muito optimista... ER Muito optimista, diria que sim. Sou ainda mais optimista porque acho que há a hipótese de a União Europeia mostrar liderança a nível global. No passado, era tudo dominado pelos EUA. VE Muitos portugueses estão a optar pela emigração para fugir à crise no país. Qual é o mercado mais interessante para se trabalhar? ER A minha mensagem seria: não pense apenas no seu país. Pense a nível continental. Pense na Europa, que está cheia de oportunidades, em Paris, Londres... mas, se quiser olhar a nível mais global, a Ásia tornou-se mais importante. Se quiser pensar no presente, considere pelo menos a nível europeu. Mas se for um executivo e quiser prever o futuro, pense não só na América do Norte e na Europa, mas também na Ásia. VE Acha que os bancos deviam ser mais exigentes na concessão de créditos? ER Quando a vida está boa, os bancos tendem a esquecer (e eu tenho visto isso nos meus 26 anos de carreira. Comecei a minha carreira no crédito e, por isso, é-me um assunto muito caro) de como é quando a vida está má. Este é um grande problema nos EUA. Quando o mercado de emprego estava bom e o mercado imobiliário crescia, houve um excesso de créditos, porque acharam que sempre haveria empregos e a economia sempre seria forte. A lição que eu tiraria é que os bancos deviam ser mais cuidadosos. VE Como encara o mercado aberto a nível bancário? O facto de um português poder fazer um empréstimo, por exemplo, num banco alemão... ER A promessa de um verdadeiro sistema bancário europeu, em que bancos e consumidores se encarem a nível europeu, ainda está longe. Não vejo, actualmente, os consumidores a pensarem a um nível verdadeiramente europeu, integrados numa única moeda. Acho que um português não vai pedir um A situação económica da Europa é bastante sólida, afirma Eric Rajendra. empréstimo a um banco alemão, a não ser que vá comprar uma casa na Alemanha. Não creio que vá pedir um empréstimo para, por exemplo, comprar uma casa ou um carro em Portugal. Do ponto de vista do consumidor, creio que ainda há um longo caminho a percorrer. VE Como reconquistar a confiança dos consumidores e como incentivar as pessoas a poupar? ER Consumidores e investidores têm de ser muito realistas. Não Taxas de juro não devem baixar tão cedo VE A inflação cresceu 3,3% na Zona Euro em Fevereiro. Que cautelas devem ser tomadas? ER As pessoas geralmente culpam o preço do petróleo. Mas se tomarmos como exemplo o mercado norte-americano, antes de a Reserva Federal baixar as taxas de juro, fê-las subir, porque estava preocupada com a inflação. O BCE está preocupado com a inflação e, por isso, não baixou as taxas de juro de forma sistemática. Isso acabou por criar um problema monetário, não propriamente uma crise, mas um problema de desvalorização do dólar. A manutenção da taxa de inflação é bastante crítica. Uma descida artificial das taxas de juro, no sentido de levar a uma maior paridade entre o dólar e o euro, pode fazer subir a inflação. Penso que os bancos centrais acabarão por se arrepender de uma decisão baseada apenas na situação monetária. O que é importante é controlar movimentos que conduzam a excesso de liquidez no mercado, no sentido de prevenir reacções exageradas nas Bolsas. Isso terá uma implicação a médio prazo no controlo da inflação. Acho que a preocupação do BCE com a inflação é positiva, mas a pressão para trabalhar com outros bancos centrais, especialmente com o dos EUA, é grande. Acho que não será fácil a solução para esta questão, porque, quando se mexe num sítio, é imprevisível o impacto noutro sítio. há um mundo perfeito, com riscos baixos e retornos altos. Onde eu acho que a confusão começa é quando os bancos convencem as pessoas que podem ter altos retornos com um índice de risco muito baixo. Esses bancos vão acabar por pagar o preço. Vimos isso no mercado norte-americano. O conselho que dou aos consumidores é: em tempo de crise, sejam mais realistas e cautelosos. VE Alguma vez será possível termos um único sistema de Eric Rajendra está no top 25 dos consultores mundiais Eric Rajendra é actualmente um dos vice-presidentes da Capgemini Financial Services Group. Antes, passou por companhias como a Electronic Data Services e pela McKinsey & Company. Em mais de um quarto de século de carreira foi consultor financeiro em várias empresas, na América do Norte, Europa, América Latina e Ásia. Viu o seu trabalho reconhecido publicamente em várias ocasiões, chegando, por exemplo, a ser nomeado pela Consulting Magazine como um dos 25 consultores mais influentes a nível mundial. impostos a nível da União Europeia? ER Acho que algum dia, provavelmente, isso terá de acontecer. A questão é saber se o nivelamento será feito pelo país com impostos mais altos ou pelo país que tem impostos mais baixos. Claro que todos os países preferem ter uma boa base de impostos. Estou curioso para ver se algum país diz: não me importo de descer o meu IVA ou o meu IRS. Talvez tenhamos de esperar por uma época mais forte a nível económico para que isso aconteça. PUB VE Quando acha que o BCE pode baixar as taxas de juro na Zona Euro? ER Volto a um ponto de que já falámos - o foco na inflação tem sido o ponto fulcral para o BCE. Acho que muitas vezes, a Reserva Federal (contrariamente ao que eu acho correcto) deixou de pensar na inflação, por causa das preocupações com o mercado hipotecário, para prevenir uma recessão ou, pior, uma depressão. Em tempo de eleições nos EUA, a preocupação foi mais económica e baixaram-se as taxas de juro. Quanto à situação europeia, a questão é saber quanto tempo durará a pressão de outros bancos centrais antes de o BCE decidir descer as taxas de juro. Pode levar meses, com a pressão a aumentar ainda mais. Essa pressão não vem apenas da Reserva Federal norte-americana e do facto de lá as taxas de juro estarem mais baixas, vem também do facto de o dólar estar tão baixo e isso começar a afectar economias sólidas, como a alemã, que tem muito capital investido na exportação. Uma mudança a esse nível pode levar o BCE a descer as taxas de juro. VE E não prevê um prazo para que isso aconteça? ER Não, não prevejo.

7 sexta-feira, 04 Abril de 2008 actualidade 7 Ministro das Finanças apresenta Política Orçamental na Área do Euro Portugal está no rumo certo da convergência Portugal tem conseguido reequilibrar as finanças públicas numa conjuntura externa pouco favorável referiu o ministro das Finanças na apresentação do livro Política Orçamental na Área do Euro. Esta obra, da autoria de João Loureiro, foi editada pela Vida Económica e contou com o apoio da Pricewaterhouse Coopers. A sessão de lançamento decorreu na Fundação de Serralves, tendo contado com a presença de duas centenas de convidados, entre os quais um elevado número de economistas formados na Faculdade de Economia do Porto. As expectativas de baixo crescimento, a forte subida do preço do petróleo e a actual crise financeira não impediram que Portugal atingisse os objectivos, superando as expectativas. A obra mais recente da Vida Económica foi lançada na mesma semana em que o ministro das Finanças anunciou a descida da taxa de IVA, de 21% para 20%. Esta primeira redução da pressão fiscal tornou-se possível com os bons resultados obtidos a nível orçamental. João Loureiro e Teixeira dos Santos: o ex-aluno e o professor reencontraram-se na Fundação de Serralves. A intervenção de Teixeira dos Santos foi a mais aguardada pelos participantes. Para João Loureiro, autor do livro, a política orçamental dos governos anteriores evidenciou um certo excesso de optimismo nas previsões. Pelo contrário, com o Governo actual os valores previstos têm sido excedidos pela positiva. O livro dá especial atenção ao Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC). Para o autor, Portugal contribuiu para a falta de credibilidade do PEC. O ministro das Finanças não é da mesma opinião. Basta ver que fomos sancionados por não cumprir com as metas preestabelecidas - referiu. O autor deste livro é professor da Faculdade de Economia do Porto, tendo sido aluno de Teixeira dos Santos. Recorde-se que o ministro das Finanças foi professor da FEP antes de ter iniciado funções governativas no Executivo de António Guterres. O ministro das Finanças disse que gostava de ter feito este trabalho de investigação sobre política orçamental se tivesse continuado na Faculdade de Economia do Porto. E referiu que o livro de João Loureiro esteve na mesa de trabalho onde foi tomada a decisão de reduzir a taxa de IVA. A sessão de lançamento desta edição contou com a presença de José Costa, presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Economia do Porto. Na sessão de lançamento não faltou a sessão de autógrafos com o autor do livro. O ministro das Finanças com João Loureiro, José Pereira Alves, Manuel Heleno Sismeiro e João Luís de Sousa. A apresentação do livro reuniu convidados da Pricewaterhouse Coopers, da Vida Económica e da Faculdade de Economia do Porto. João Loureiro destacou a inflexão positiva nas previsões orçamentais. Teixeira dos Santos voltou ao Porto e ao ambiente da FEP para explicar a política orçamental.

8 8 internacional sexta-feira, 04 Abril de 2008 Fusões e aquisições com o valor mais baixo em quatro anos O volume global de fusões e aquisições desceu para o nível mais baixo em quatro anos, no primeiro trimestre. A crise do crédito e a turbulência nos mercados financeiros continuam a travar as fusões e aquisições. O valor anunciado, nos três primeiros meses, foi de 652 mil milhões de dólares, menos 40% do que em período homólogo do ano passado. Goldman Sachs passou a liderar ranking da intermediação Ranking no 1º Trim. Valor do negócio Nº de Entidade (mil milhões dólares) negócios 1 2 Goldman Sachs 111, Morgan Stanley 94, Lehman Brothers 93, Merrill Lynch 71, UBS JP Morgan 63, Citigroup 61, Credit Suisse 51, Blackstone 50, Moelis & Co 44,8 3 Fonte: Dealogic G G G Os números agora divulgados pela Dealogig são reveladores de como se tornou mais complicado para os investidores financiarem eventuais negócios, ao mesmo tempo que se tornou bastante mais difícil definir valores. E coloca-se um outro problema não menos grave. Caso a actividade não sofra um impulso considerável nos próximos tempos, a banca de investimento terá que eliminar postos de trabalhos, para garantir o controlo dos custos e compensar a descida das receitas. A banca assume que o contexto de negócios está complicado, ainda que se verifique bastante actividade nos mercados emergentes, ao mesmo tempo que o mercado das matérias-primas se mantém particularmente activo. No âmbito das fusões e aquisições, de notar que os volumes baixaram substancialmente, face à partida de private equity do terreno. Se na Europa e na Ásia/Pacífico se verifica a intenção de serem realizados alguns negócios estratégicos, a realidade é que a situação nos Estados Unidos é pouca animadora. Durante o período em análise, é ainda de relevar o peso crescente dos fundos soberanos (fundos estatais). Em apenas três meses fizeram investimentos estratégicos de mais de 25 mil milhões de dólares, mais de metade do investimento realizado ao longo de todo o ano passado. Entretanto, o Goldman Sachs apareceu como o principal interveniente na actividade, tendo ultrapassado o Morgan Stanley. Mas coube ao JPMorgan Chase o maior número de negócios, em valor, envolvendo empresas europeias. PUB EUA ultrapassam Europa como destino mais rentável para fazer negócios Os Estados Unidos ultrapassaram, pela primeira vez, a Europa no ranking dos destinos rentáveis para fazer negócios. É uma das consequências directas da desvalorização do dólar face ao euro. Essa a conclusão principal de um estudo da consultora KPMG. A Holanda, a Itália, a Alemanha e o Reino Unido foram os países que apresentaram os maiores aumentos nos custos, face aos Estados Unidos. Os custos empresariais são substancialmente superiores, sobretudo devido à desvalorização do dólar. Por sua vez, o Canadá e a Austrália, que em anos anteriores beneficiaram de um dólar muito mais alto, ocupam agora os segundo e quarto lugares e os seus custos empresariais são praticamente os mesmos dos Estados Unidos. O México aparece pela primeira vez no estudo e é o país mais barato para fazer negócios. Os seus custos são cerca de 25% inferiores aos norte-americanos. O Japão continua a ser um dos países mais dispendiosos para fazer negócios, mas ganhou terreno face a outras economias, tendo em conta taxas de inflação muito baixas. A Alemanha continua a ser dos países com a estrutura de custos mais elevada. Além disso, juntamente com o Japão e a Itália, defronta-se com o grave problema do envelhecimento da população. Construção espanhola prevê eliminação de 750 mil postos de trabalho É uma situação que acabará por ter um forte impacto na taxa de emprego nacional. As associações empresariais espanholas prevêem que a eliminação de 750 mil postos de trabalho no sector da construção, até ao final do próximo ano. Já não se fala de abrandamento nesta indústria, mas de crise. A destruição de emprego vai acontecer sobretudo no segmento da habitação residencial. O volume de habitações iniciadas vai crescer mais do que o previsto. Ora, por cada casa que não for construída haverá, em média, dois desempregados. No ano passado, foram iniciadas mais do dobro das habitações previstas, na ordem de 630 mil imóveis. O sector considera que a solução para este problema passa por aumentar o gasto em infra-estruturas, isto é, em obras públicas. No entanto, as associações patronais assumem que terá que haver uma apertar do cinto. Aliás, várias entidades internacionais avisaram que a Espanha seria um dos países europeus mais afectados pela crise financeira. Nem por isso houve uma travagem na concessão de crédito à habitação, pelo que as consequências se começam agora a fazer sentir. Fed critica ajuda a bancos com falta de liquidez O construtor automóvel Seat, detido pelo grupo VW, entrou em terreno positivo, depois de três anos consecutivos de perdas. Obteve um resultado líquido de quase 170 milhões de euros, pelo que foi A Reserva Federal considera negativa a decisão de ajudar os bancos que estão em problemas, devido à crise financeira. Isto numa altura em que são os próprios responsáveis desta entidade que avisam que os Estados Unidos estão cada vez mais perto de uma recessão. Existe a convicção que é um erro dar este tipo de apoio, já que poderá ser uma via para os bancos assumirem riscos futuros, como as empresas em geral, ao perceberem que há uma rede de segurança que os socorrerá em caso de falta de liquidez. Além disso, estão a ser criadas distorçõres graves em termos de mercado. Por sua vez, a Reserva Federal acha que se está quase em recessão, pelo que será também sua responsabilidade minimizar os efeitos da desaceleração. Quanto muito, a Fed poderá apoiar de alguma forma os credores dos bancos em situação financeira complicada, mas não muito mais do que isso. Seat sai do vermelho possível encerrar o exercício no positivo, um ano antes do previsto. Entretanto, os responsáveis da fábrica de Martorell acreditam que há boas hipóteses de ficarem com a produção do novo todo-o-terreno Tribu. Para já, foi dada a garantia que a empresa continuará centrada em melhorar a sua competitividade. Todavia, a inflação está a causar problemas no país vizinho. Os custos laborais têm aumentado, apesar da redução da força de trabalho. A China é o mercado agora mais apetecido pela Seat, já que parece haver apetência pelos seus veículos. Também se pretende uma maior penetração no mercado da América Latina.

9 Espaço dedicado às Pequenas e Médias Empresas de Portugal 4 de Abril de 2008 Suplemento Nº129 IDEIA Atlântico é anfitrião de iniciativa que promete desenvolver capacidades de liderança Toastmasters querem lançar clube em Braga Portal IDEIA Atlântico já está on-line Numa iniciativa inédita na região, o Instituto IDEIA Atlântico organizou a primeira sessão do Braga Toastmasters. Em Portugal desde 2006, depois de Lisboa e Porto, a cidade de Braga bem poderá ser a próxima localidade portuguesa a acolher um Clube Toastmasters, cujo principal objectivo é ajudar as pessoas a tornarem-se mais confiantes e persuasivas, de forma a enfrentarem o público, bem como melhorarem os seus relacionamentos interpessoais. Porventura, poderá nunca ter ouvido falar em Toastmasters, mas esta poderá ser a BARÓMETRO PME* Todas as semanas, exprima a sua opinião no Portal das PME solução que procurava para aprender a formular e expressar as suas ideias eficazmente, perante uma audiência. Isto porque, divididas em três blocos (Bloco dos Discursos, Table Topics e Bloco de Avaliações), cada reunião Toastmasters apresenta-se, segundo os seus promotores, como a forma mais eficiente, agradável e menos dispendiosa de desenvolver capacidades de comunicação, organização e liderança. Actualmente com mais de 200 mil membros em 90 países, o Toastmasters Internacional é uma organização sem fins lucrativos que tem espalhado pelo mundo mais de 10 Resultados da Semana de 27 de Março a 02 de Abril de 2008: Está em curso uma campanha de informação sobre o Tratado de Lisboa ( que será ratificado por via parlamentar a 23 de Abril. Conhece o Tratado de Lisboa? Sim 79% Não 21% Nunca ouvi falar 0% mil clubes, cujos membros aprendem a falar, ouvir e pensar capacidades vitais para promover a aprendizagem contínua, o potencial de liderança e a compreensão mútua, contribuindo para o enriquecimento pessoal e humano. O Braga Toastmasters Club, logo que for criado, passará a reunir-se no edifício do IDEIA Atlântico, cuja inauguração está prevista para o próximo mês de Maio, pelo que os interessados em obter mais informações sobre o clube ou mesmo inscrever-se, podem fazê-lo através do empreender@ideia-atlantico. pt ou do telefone Tema em auscultação até 09 de Abril de 2008: O anúncio do Governo da redução do IVA para 20%, a partir de 1 de Julho, trará benefícios para as empresas? Participe. Dê o seu contributo em: *Através deste barómetro pretende-se auscultar e conhecer a opinião e hábitos dos utilizadores on-line do Portal das PME, relativamente a temas da actualidade económica. O Instituto IDEIA Atlântico apresentou, em conferência de imprensa, o seu sítio na Internet. pt pretende posicionar-se como a montra do IDEIA Atlântico, onde os cibernautas poderão encontrar um conjunto de informações e indicações sobre o Instituto, enquanto instituição, sobre os serviços que disponibiliza às empresas, bem como acerca dos espaços que integram a rede IDEIA Atlântico, sublinhou o seu administrador, Hermenegildo Mota Campos. O portal prevê ainda uma área reservada a parceiros, empresas e Business Angels, onde estes poderão consultar e trocar informações, e uma outra secção com conteúdos e novidades destinados aos Empreendedores. É de sublinhar que o IDEIA Atlântico visa promover a criação e desenvolvimento de empresas, com particular destaque para as de cariz tecnológico.

10 10 PME sexta-feira, 04 Abril de 2008 AEP quer aumentar a dimensão das PME É necessário que o país aumente substancialmente o seu nível de educação, destaca Ludgero Marques, presidente da AEP. Quais são os desafios da AEP (Associação Empresarial de Portugal) agora que Ludgero Marques está de saída e vai passar o testemunho a outros? Numa conferência de imprensa marcada de propósito para falar sobre as questões da sucessão um evento recente realizado na sede da AEP, no Porto, Ludgero Marques destaca o papel das PME e aos jornalistas revela que é necessário que estas ganhem uma outra dimensão. Queremos dar um maior apoio às pequenas e médias empresas, por forma a que estas ganhem dimensão, sejam maiores, destaca. Mas o que é que a AEP defende em concreto para as PME, que medidas propõe? A esta pergunta da VE, Ludgero Marques responde com aquilo que é normal neste tipo de situações: um maior investimento junto deste tipo de empresas. Esta poderá ser a rampa de lançamento necessária à sua internacionalização, à sua modernização pela via tecnológica. E porque o ensino está intimamente ligado à economia, às empresas, Ludgero Marques aproveita esta oportunidade para falar do nível de educação da nossa população que, no seu entender, é muito baixo, sobretudo quando comparado com o de outros países europeus, nomeadamente os de Leste. É necessário que o país aumente substancialmente o seu nível de educação por forma a que 70%, 80% da população seja possuidora do 12º ano de escolaridade e não, apenas, 26%, como acontece actualmente. E acrescenta em tom de preocupação: Esta percentagem é extraordinariamente baixa, é muito mais baixa do que em qualquer país de Leste. E Ludgero Marques não fica por aqui nos comentários que faz ao nosso ensino e diz ainda que, no momento, vivemos uma situação muito negativa por considerarmos que a nossa mão-de-obra é barata, porque as pessoas são pouco preparadas ou incultas, não podendo, por isso, ser melhores. Descer 1% do IVA é a mesma coisa que nada As palavras de Ludgero Marques sobre a descida do IVA são reveladoras: Descer 1% é a mesma coisa que nada. O que leva o presidente da AEP a falar desta maneira? Ludgero Marques explica que as empresas já vivem tão mal que não é esta descida de 1% que vai cobrir os prejuízos. Entendo perfeitamente, diz ainda o dirigente da AEP, o esforço do Governo e o facto de termos conseguido baixar o défice para os 2,6%, mas a descida do IVA em 1% faz-me lembrar o anúncio do Governo quando este dava conta que o PIB tinha crescido uma décima. E podemos dizer que Ludgero Marques não fica por aqui ao propor não, como diz, um choque tecnológico, mas antes um choque ao nível do IVA. Ludgero Marques defende, por isso, descidas de 3% e 4%. Algo que já se fazia sentir, destaca ainda. O mesmo defende em relação ao IRC ao dizer que o Governo tem de arranjar outras formas de protecção social que não passem pela protecção orçamental, que não se façam em exclusivo à custa da produção, das exportações. SANDRA RIBEIRO sandraribeiro@vidaeconomica.pt PUB José António Barros deverá ser o novo presidente da AEP Ludgero Marques está de saída da direcção da AEP, da presidência após 23 anos de actividade. E quem vai ocupar a cadeira do poder? Segundo aquilo que já veio a público e foi confirmado, há pouco tempo, aos jornalistas, José António Barros. Um nome que não surge por acaso, mas sim por sugestão e, depois do pedido realizado pelo Conselho Geral, de Ludgero Marques e de uma comissão nomeada para o efeito. Mas, como é óbvio, uma associação não vive só do seu presidente e, por isso, mesmo, já foram adiantados outros nomes. Assim sendo, na vice-presidência deverá ficar Paulo Nunes de Almeida, à frente do Conselho Geral, Adalberto Neiva de Oliveira. Já na presidência da Assembleia Geral, o lugar deverá pertencer a Ludgero Marques, o qual mantém assim a sua ligação à sua casa de sempre e, por último, temos o Conselho Fiscal e o nome de Artur Santos Silva. A não surgir outra lista, algo que ainda não aconteceu até ao momento de realização desta conferência de imprensa, estes nomes deverão fazer parte dos novos órgãos sociais da AEP para o triénio de 2008/2011, já no próximo mês de Maio. Em jeito de balanço, Ludgero Marques fala dos anos que dedicou à AEP considero que trabalhei com muita dedicação para esta associação e das várias etapas percorridas, como, por exemplo, as lutas pós-25 de Abril, a Exponor, ou as missões empresariais. Ficou algo por fazer? Aqui, Ludgero Marques lamenta a não concretização da confederação empresarial de Portugal. Estar num país como o nosso sem uma confederação representativa dos empresários portugueses é mau, é péssimo, destaca. Algo que atribui à CIP, ao seu presidente. Temos o associativismo que nós próprios queremos ter, remata.

11 sexta-feira, 04 Abril de 2008 PME 11 Artur Santos Silva e António Mexia analisam estado do país Excesso de regulamentação inibe desenvolvimento A incapacidade de mudança e reforma institucional, o baixo nível de coesão social e de confiança nas instituições são os principais obstáculos ao crescimento forte e sustentado da economia nacional - afirmou Artur Santos Silva, durante um recente colóquio-debate sobre Portugal: Sim ou Não? realizado, às quintas-feiras e até ao final do mês de Maio, pela Fundação de Serralves. Segundo opinião do presidente do Conselho de Administração do BPI, acompanhado no debate por António Mexia, presidente da EDP, também convidado para abordar o tema O que pode fazer um pequeno país vulnerável e dependente como o nosso?, o défice de confiança existente conduz a um estado de excesso de regulamentação que, por sua vez, limita os cidadãos e inibe o desenvolvimento. O pequeno investimento em investigação, desenvolvimento e inovação, quer ao nível estatal quer ao nível privado, a fraca atitude empreendedora, a baixa cultura de exigência, mesmo ao nível do Estado, são também factores apontados pelo presidente do BPI para o actual panorama económico nacional. Contudo, apesar da divergência económica com a União Europeia, que ocorreu sobretudo nos últimos anos, e do simultâneo elevado crescimento da taxa de endividamento familiar, Artur Santos Silva demonstrou o seu optimismo geral justificado pelo inegável sucesso das políticas actuais, nomeadamente a redução da despesa pública e progressivamente assegurada sustentabilidade da segurança social. Em conclusão, Artur Santos Silva delineou ainda aquelas que, na sua Fernanda Silva Teixeira redacção@vidaeconomica.pt opinião, deveriam ser as prioridades da economia nacional: garantir a estabilidade das políticas de incentivo ao crescimento, assegurar a competitividade na captação de investimento estrangeiro, apoiar a requalificação dos recursos humanos e apostar na reestruturação das instituições nacionais. Partilhando a maioria das opiniões do seu parceiro de debate, António Mexia mencionou também como obstáculos o tradicional comportamento de defesa do interesse individual e a dificuldade de introdução de princípios de poupança e racionalização. Defensor do princípio de utilizador/pagador, Mexia lamentou ainda a opção pelo caminho mais fácil, penalizando, sobretudo através dos impostos, o trabalho, a poupança e o lucro e sugeriu a incidência fiscal sobre a utilização dos recursos escassos. Sobre o tema abordado, ambos os oradores concordaram que a pequenez não é obstáculo, se tomarmos como exemplo aquilo que os países nórdicos foram capazes de fazer. Artur Santos Silva e António Mexia reconhecem o sucesso das reformas estruturais em curso. Risa alarga presença internacional A Risa participou na Feira Alimentaria de Barcelona, juntamente com a Intarex, seu parceiro local. A Risa marcou presença na Feira Alimentaria, recentemente realizada em Barcelona. Neste certame internacional, considerado o evento mais importante da indústria agro-alimentar em 2008, a Risa participou com o seu parceiro local em Espanha a Intarex, com espaço próprio, tendo divulgado as suas soluções específicas para o sector agro-alimentar, com especial enfoque na área das carnes, dos produtos hortofrutícolas e da indústria dos transformados em geral. A lista de referências de casos de sucesso, utilizadores da solução Risa, já representa uma importante quota de mercado, assumindo desta forma uma posição de destaque no sector agroalimentar. Reflexo da experiência alcançada nas implementações nacionais, a estratégia da Risa passa por aumentar a sua presença nos mercados internacionais, nomeadamente no Reino Unido, Alemanha, Espanha, Angola e Brasil, países onde já conta com instalações da solução Risa. GCI assessoria ANREEE O Grupo GCI reforça área corporate ao acrescentar a ANREEE Associação Nacional para o Registo de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos ao seu portefólio de clientes. À ANREEE a GCI começou deste modo a prestar os seus serviços em todas as vertentes nas áreas de comunicação corporate, public affairs e organização de eventos. PUB

12 12 PME sexta-feira, 04 Abril de 2008 Vicaima ganha empreendimento no centro do Porto A Vicaima foi a marca escolhida para equipar os apartamentos do empreendimento La Rioja, localizado no centro do Porto. Serão cerca de 700 portas em mais de 60 apartamentos. Foi seleccionada uma linha de revestimento em madeira natural de carvalho. Para a empresa, trata-se de um passo muito importante para reforçar a sua posição no mercado nacional das portas. Para mais, este é um empreendimento que se destina a um tipo de cliente bastante exigente. O projecto integra pisos de três e quatro habitações, sendo que a promoção do empreendimento é da responsabilidade do grupo espanhol Aransa. Aliás, o mercado espanhol já fazia parte da estratégia deste grupo ligado à transformação de madeiras. A Vicaima posiciona-se como um dos maiores intervenientes europeus na produção de portas interiores. Nos últimos seis anos, o negócio das portas cresceu cerca de 62%, sendo que quase 80% da produção se destina aos mercados externos. O grupo conta, actualmente, com mais de 1200 colaboradores e dedica-se, maioritariamente, à transformação e distribuição de madeiras e derivados. Calçado nacional com melhor desempenho europeu O calçado português foi o único a crescer na Europa. De facto, a produção do sector, a nível nacional, cresceu 4,5%, para quase 75 milhões de pares. Em contrapartida, os concorrentes mais directos apresentaram recuos. A indústria do calçado nacional tem sabido adaptar-se às novas condições do mercado. A produção do calçado da União Europeia registou uma quebra de 2,5%, no ano passado, para um total de 573,3 milhões de pares. De salientar que a maior descida teve lugar em Espanha. Este importante produtor foi responsável por 109 milhões de pares, menos 7,5% do que no ano anterior. A Itália continua a posicionar-se como o maior produtor europeu, mas também sofreu uma ligeira quebra de 0,4%, para 243 milhões de pares. Já a França teve uma quebra de 5%, para 36,7 milhões de pares. Apesar destas quebras entre os maiores produtores, há que referir que as exportações europeias de calçado cresceram, no ano transacto. Nos 10 primeiros meses, o crescimento foi de 7,7%. A Europa exportou essencialmente calçado em couro. No entanto, o maior aumento foi no segmento do calçado sintético. Em termos gerais, o preço médio do calçado exportado aumentou 4%, para 28,25 euros. Este resultado é tanto mais expressivo quanto um dos principais mercados europeus, os Estados Unidos, revelou um claro recuo (quase 13%), para 28 milhões de pares. Também o Japão passa por uma momento de baixa quanto à aquisição de calçado proveniente do Velho Continente. Neste cenário, importa referir que as importações não dão descanso às empresas europeias. A tendência continua a ser de crescimento. Desta feita, o crescimento, no ano passado, situou-se perto dos 15%, para 2,2 mil milhões de pares. Com a agravante que o preço médio do par mantém a curva descendente, tendo-se ficado por apenas cinco euros o par. Como já vai sendo habitual, a China e o Vietname estão à cabeça dos países exportadores de calçado para a Europa. A Índia ganha também peso nessas vendas para a União Europeia. Governo agiliza Informação Empresarial Simplificada No âmbito da Informação Empresarial Simplificada (IES), o Governo procedeu a alterações em dois aspectos específicos, relativamente ao exercício económico do ano passado. A intenção é tornar ainda mais simplificada a entrega de informação de natureza fiscal, contabilística e estatística sobre as contas de empresas. Em primeiro lugar, clarifica-se que a entrega das contas consolidadas deve ser feita mediante a digitalização de todos os documentos e a sua submissão através de um ficheiro único. É dispensado o preenchimento e o envio de um modelo declarativo específico para as contas consolidadas. Passa também a prever-se que as entidades que tenham optado por elaborar as suas contas individuais em conformidade com as normas internacionais de contabilidade possam enviar essas contas mediante a digitalização e submissão conjunta com a declaração IES. As empresas entregam a informação legalmente relevante de acordo com o POC e mediante o envio das contas individuais elaboradas em conformidade com as NIC, feito através da submissão do ficheiro que contenha a respectiva digitalização, as empresas que tenham exercido essa opção passam a submeter também essas contas. PUB Fluxograma ganha espaço no sector público A Fluxograma Equipamentos e Organização de Empresas desenvolveu dois projectos de obra no sector público. A partir de parcerias estabelecidas com arquitectos, marcas de design de escritórios e iluminação nasceram os projectos do cineteatro Vigínia de Torres Novas e da Biblioteca de Fafe. A propósito destes dois projectos, refere Marta Correia, administradora da Fluxograma: A empresa consolida a versatilidade e a capacidade de concretização ao nível da organização de espaços públicos, traduzidos num conceito de design inovador e de vanguarda. A qualidade, a inovação e a originalidade fazem parte dos principais padrões, pelo que a personalização dos projectos se naturalizou e faz parte do portefólio de possibilidades de implementação. Quanto à Fluxograma, é uma empresa de referência no segmento do mobiliário de escritório. Entretanto, há cerca de um ano, foi criada a Fluxodesign, para trabalhar um segmento mais exigente no mercado dos escritórios e dos serviços e para alargar a actividade do grupo a áreas como a restauração, a hotelaria e a habitação. A Fluxograma representa algumas das marcas internacionais mais importantes, em regime de exclusividade, no mercado nacional. TemaHome procura designers inovadores A TemaHome, empresa exportadora de mobiliário de madeira, continua a desenvolver esforços no sentido de promover a vertente inovadora e diferenciar-se no mercado internacional. A empresa está a organizar um concurso nacional de design para estudantes e recém-licenciados na área do design de equipamento industrial. Conta com o apoio oficial do Centro Português de Design (CPD). Trata-se de descobrir novos talentos e desenvolver conceitos de mobiliário e complementos, capazes de criar ambientes, tendo em conta os novos estilos de vida. O designer vencedor tem a possibilidade de fazer um estágio profissional na TemaHome. A iniciativa representa uma reflexão conceptual sobre a crescente multifuncionalidade e modularidade dos espaços de habitação e o desenvolvimento de projectos ou sistemas inovadores no âmbito da casa do futuro passando por mobiliário, complementos ou outros equipamentos capazes de criarem ambientes integrados de qualidade e limitados apenas pela imaginação, de acordo com os seus promotores.

13 sexta-feira, 04 Abril de 2008 OPINIÃO 13 Portucação A. magalhães pinto Economista Está na moda. E os deuses me livrem de, enquanto emissor de opinião com direito a publicação por gentileza do director deste nosso jornal, não seguir a moda. Moda é para seguir. Mesmo por pessoas que, como eu, não entendem patavina do assunto. Como a Joana Amaral Dias, por exemplo. Sinto-me em boa companhia, portanto. E, nisto de modas, ou a gente tem companhia para exibir os trastes ou não tem coragem para os usar. Daí a minha coragem. Desde já, porém, previno o meu Leitor de que encontrará, aqui e além, uns toques de originalidade. Tenho que justificar o direito à publicação dizendo coisas que ainda não foram ditas. Ou foram ditas muito escondidas, o que dá no mesmo. Quase como quem traz vestido Dior e usa lingerie da Fábrica do Cavalinho. Como convém, para que não passe despercebido, introduzir um toque dessa originalidade logo no título. Toda a gente está a chamar-lhe Eduquês. Sistema educativo português. Eu preferi contrair Educação e Portugal. Indo buscar o Portu ao segundo e caçando, passe o quase pleonasmo, o cação da Edu. Bom. Não interessa, Caro Leitor. Já viu o que quer dizer PORTUCA- ÇÃO. A partir de agora, eu só poderia fazer chover no molhado. E, para temporal, já basta o que existe na dita. Não entendo nada do assunto. Melhor, sou vesgo nele. Praticamente, só fui aluno. Professor, apenas em algumas horas vagas. Muito menos fui pedagogo, filósofo, advogado, sociólogo, antropólogo, reitor, presidente de conselho directivo, contínuo de escola ou mulher de limpeza. Isto é, não tenho nada que me recomende para emitir opinião sobre a portucação. Ademais, eu não sinto nada; mas, a acreditar nos modernos pedagogos, devo trazer comigo um qualquer recalcamento derivado das palmatoadas que abichei. Devo ter sido um inadaptado. O sucesso profissional que contabilizei deve ter sido devido às Devo trazer comigo um qualquer recalcamento derivado das palmatoadas que abichei cunhas do papá. A minha inserção social deve ser um perigo para os de mais. De cultura, só devo saber o plantar das batatas. Fui seguramente transformado numa máquina de calcular, sabendo quantos são dois vez dois automaticamente, em lugar de saber manusear uma dessas dignas auxiliares do raciocínio humano que são as calculadoras. Frustrado. É isso. Sou um grande frustrado. Só ainda não me apercebi disso. Por isso, desculpe o meu Caro Leitor eu meter a colherada em queque que não é o meu. Mas entenda-me, por favor. É moda. Para não fazer má figura, comecei por pensar que, para comentar o assunto, eu devia perceber para que serve a escola. Para dar de mamar às criancinhas, não é. Elas chegam lá já fartas de mamar. Para tomar conta das criancinhas no sentido de ter um olho em cima delas enquanto brincam, não será. A escola seria uma ama. Ainda se entende isso nos infantários. Na escola, não. E a escola não é um infantário. Para os ensinar a brincar, também não. A generalidade dos alunos já sabe isso quando chega à escola. Mais, muitos deles dão autênticas lições na matéria quando já estão na escola. Ainda pensei que a escola poderia servir para lhes ensinar as aptidões fundamentais do sexo. Mas só se for aí até aos doze anos. Depois dessa idade, elas já sabem tudo também. A escola também não é um grupo de bem-fazer, tanto do agrado dos jovens. O dinheiro que os contribuintes lá metem não tem a ver com o que vai para a segurança social. Discoteca, não é. Bom. Começava a ficar sem hipóteses. Mudei a agulha. Apontei mais alto. E se a escola fosse, antes que tudo, um local de aprendizagem da vida em sociedade? Algumas reminiscências da História aquela coisa inútil e maçadora que um professor que ainda recordo me tinha enfiado na cabeça com mais ou menos força diziam-me que os Gregos, dos primeiros a usar a escola proficuamente, tinham concebido a escola como um local de formação cívica dos futuros homens. Mais voltada para a guerra, nos Espartanos, mais dedicada às coisas do espírito, ao convívio social e às artes, no meio dos Atenienses. Bom. Aqui já me parecia apropriado. Para dizer a verdade, o meu espírito provavelmente mesquinho encontrava uma boa razão para gastarmos o que gastamos com a escola. Fazer cidadãos conscientes dos seus deveres para com a sociedade na qual se integram. Tinha encontrado um objectivo, o primeiro, digno para a escola. Mas o meu Leitor sabe como é. Nisto de objectivos dignos, é como as cerejas. A gente pega num e logo vêm muitos mais agarrados. Não se pode ser cidadão inteiro, correcto, sem se dispor de uma escala de valores. Escala é régua. Neste caso, régua para medir a distância que vai entre o bem e o mal. Honestidade, solidariedade, amizade, delicadeza, respeito pelos outros, comportamento correcto, EDU- CAÇÃO afinal, são os centímetros dessa régua. Ora aí estava outro bom objectivo para a escola. Se os jovens não tiverem quem os oriente na busca dos valores que enformam uma sociedade digna de si, como hão-de encontrá-los? De mais a mais, porque jovem é folião. Meia criança a caminho de ser homem ou mulher, dá no mesmo ainda traz consigo o desejo de folgar. E não é por acaso que FOLGAR é o reverso de TRABALHAR. De algum modo, é preciso mostrar aos jovens que dois terços da sua vida vão ser passados a trabalhar e a dormir. E que se não tiverem hábitos de trabalho não vão ser capazes de produzir a sua vida com dignidade. Com dignidade para si e com dignidade para os outros, para nós. Logo, a escola também tem que ser um local onde se aprende a trabalhar. De duas maneiras. Aprender a trabalhar abstractamente, a fazer o que é necessário, e aprender a trabalhar naquilo que cada um escolhe para sua profissão. A escola tem que ser isso. Se não for isso, a escola não é nada, só tem o recreio. Nada fomenta mais o crime do que a consciência de que ele não tem castigo E porque a actividade dos jovens será, amanhã, no meio dos outros, o jovem tem que aprender a reconhecer, a cada momento, em que parcela do espaço e do tempo se encontra. Também tem que ser a escola a ensiná-lo a ver isso. Inculcar uma escala de valores que induza um comportamento cívico correcto, mostrar a necessidade do trabalho para que quem quer que seja produza a sua existência e seja digno dela, num dado momento do tempo e do espaço, eis a suprema função da escola, a meu ver. E para atingir os seus objectivos, a escola tem que usar todos os meios. Porque, se a escola falhar, não haverá mais lugar nem tempo para ensinar isso, com todos os custos adicionais para quem já pagou a escola para cumprir essa função. Isto é, a escola tem que cumprir a sua função nem que seja contra a vontade de quem tem que aprender isso. Nem que seja necessário coagir. A liberdade é, antes de tudo, o modo e o meio para respeitar os outros. Sem medo, deve a escola cumprir a sua função. Dizem que coagir demasiado um desses jovens por exemplo, expulsando-o da escola é colocá-lo em perigo. Que me perdoem os pedagogos, que eu não sou. Não me parece que qualquer jovem esteja mais em perigo do que se consciencializar que pode adoptar o comportamento que quiser, sem ser sancionado por mais adverso que esse comportamento seja para a sociedade. Salvaguardando as proporções, nada fomenta mais o crime do que a consciência de que ele não tem castigo. Cheguei a este ponto baralhado. Eu não sou especialista de nada relacionado com a Educação. E tudo a quanto assisto à minha volta parece contrariar o meu pensamento. Estou, provavelmente, muito enganado. O melhor mesmo é calar-me e deixar este assunto para todos os cérebros que andam por aí a fazer as coisas muito melhor do que eu posso sequer imaginar. Viola no saco, portanto. AZUIL BARROS Especialista no Crescimento de Negócios Partner & Director Geral da Quantum Portugal Sr. Empresário, a linguagem que utiliza influencia os resultados que obtém Existem diferenças subtis na sua atitude, enquanto empresário, que podem originar uma diferença significativa no futuro da organização empresarial que está a construir, e que podem estar relacionadas, simplesmente, com a linguagem que utiliza. A forma como fala de si e dos outros tem influência nos resultados que obtém. Por isso, em consciência, tome uma decisão consciente de deixar de dizer aquilo que não quer e comece a dizer aquilo que quer! Acreditar no melhor e esperar pelo melhor fá-lo-á mover-se em direcção ao melhor. Vou-lhe dar alguns exemplos: em vez de dizer E se não fizerem a encomenda?, substitua por E se eles lhe fizerem a encomenda? ; em vez de dizer E se algum funcionário me disser que não?, substitua por E se disser que sim? ; em vez de dizer E se a minha equipa me começar a abandonar?, substitua por E se quiser ficar comigo? ; ou, E se isso A forma como fala de si e dos outros tem influência nos resultados que obtém não funcionar?, substitua por E se funcionar? ; e por aí em diante. Irá descobrir que, se começar a pensar e a dizer aquilo que realmente quer, a sua mente automaticamente transformase e guia-o para uma nova direcção. E, por vezes, é tão simples quanto isso, apenas uma troca no vocabulário pode ilustrar a Si e à sua equipa a sua atitude e a sua filosofia. Vou dar-lhe um exemplo mais delicado de como a linguagem pode influenciar a sua prestação Suponha que o seu funcionário lhe solicita um aumento salarial de 10%. Em vez de lhe dizer que não, porque esse tipo de linguagem não funciona, pergunte-lhe como é que ele irá fazer para que a empresa ganhe uma receita que suporte, em excesso, essa subida salarial. É essa a magia das palavras. Há sempre dinheiro suficiente. Há dinheiro para todas as pessoas e para todos os projectos, desde que aprenda a utilizar as palavras mágicas para o conseguir. Em suma, retirando o exagero propositado das palavras anteriores, quero transmitir-lhe o seguinte: o que quer que seja que deseje, há sempre uma possibilidade de o conseguir. Tem é que saber colocar as coisas da forma certa. Por exemplo: Como é que eu posso ganhar mais 100J? Preciso de um terreno para plantar; depois de ter o terreno, pergunte como arranja as sementes; depois, pergunte como as vai plantar e como as vais cuidar; e assim sucessivamente. Desta forma, verá que tudo lhe acontece de uma maneira positiva. Se conhecer estes princípios simples de linguagem, verá que tudo lhe irá correr melhor. Comece já e faça com que o ano de 2008 seja o MELHOR de sempre para Si.

14 14 opinião sexta-feira, 04 Abril de 2008 A descida do IVA Ricardo Rio rrio_dmecon@yahoo.com Por paradoxal que possa parecer, a decisão de descida da taxa do IVA que o Primeiro-Ministro tornou pública na pretérita semana teve tanto de surpreendente quanto de inevitável. Surpreendente, porque contrariou totalmente o discurso (ainda recentemente utilizado) e a estratégia política de consolidação das contas públicas assumida por este Governo. Inevitável, porque, face às características da nossa economia, à conjuntura actual e ao comportamento dos nossos parceiros, em particular da vizinha Espanha, era impossível manter um tão significativo diferencial de taxas como o que estava em vigor. É especialmente sob esses dois prismas de análise que se pode avaliar a recente iniciativa do Governo do Partido Socialista, mas não só. Comecemos então pelo discurso e pela estratégia. Está hoje claro aos olhos de todos os Portugueses que os resultados alcançados por este Governo ao nível do controlo do défice orçamental, que potenciaram, como também recentemente foi divulgado, a obtenção de uma marca histórica nos valores de 2007, foi alicerçada num aumento sustentado das receitas fiscais e no esmagamento do investimento público, mais do que num efectivo controlo da despesa corrente. Este aumento das receitas fiscais resultou de uma mais eficaz política de combate à evasão e à fraude fiscal, na linha do trabalho desenvolvido pelo anterior directorgeral das Contribuições e Impostos, Dr. Paulo Macedo, mas sobretudo de uma efectiva subida da carga fiscal incidente sobre particulares e empresas (com o aumento do IVA, IRS e outros impostos sobre o consumo). Doze dias antes da data do anúncio desta decisão, o mesmo Primeiro-Ministro afirmava convictamente que era leviano e irresponsável falar em baixar impostos, em resposta às propostas então formuladas pelo líder da Oposição. É certo, lembrarão alguns, que José Sócrates acrescentou a tal expressão a ideia de que era necessário conhecer em pormenor os dados da economia portuguesa do ano passado e que, sublinhou, teríamos que estar seguros de que tudo aquilo que ganhámos nestes últimos anos não será posto em causa. Mas alguém acredita que o Primeiro- Ministro e o Ministro das Finanças não tinham qualquer noção dos dados que depois vieram a ser divulgados? E que no dia 26 de Março é que ficaram com segurança sobre a solidez da descida do défice? É que, mesmo que existissem dúvidas sobre o acerto final e que uma décima de PIB até represente verbas muito significativas, o que é que esse eventual diferencial garante em termos de sustentabilidade da consolidação orçamental? Trata-se, obviamente, de mera estratégia eleitoral. E é extremamente provável que a taxa volte a descer pelo menos mais um ponto percentual em 2009, retomando os valores de 2005, porque o Primeiro-Ministro tem consciência que tem mais valor eleitoral dizer que desceu duas vezes a taxa do que promover já uma descida de maior amplitude. Mas esta descida era igualmente inevitável por razões que se prendem com a competitividade do nosso tecido empresarial, quer interna quer externamente. O IVA representa um pesado acréscimo sobre o valor dos produtos e serviços transaccionados, sendo particularmente crítico que o parceiro comercial com o qual temos um maior volume de trocas tenha uma taxa significativamente mais baixa. Neste âmbito, as novas descidas só não serão irreversíveis se ocorrer qualquer ajustamento em alta da taxa do IVA do lado de lá da fronteira. Sempre que se verifica este tipo de movimentos das taxas de um imposto sobre o consumo, coloca-se sempre a questão de saber quem serão os reais beneficiários da medida, se os consumidores, se os produtores/distribuidores. E, por mais que o Governo ameace com o reforço da fiscalização, que os retalhistas reiterem o seu compromisso de descida de preços e avancem até com aquelas campanhas-tipo do nós antecipámos a descida do IVA: não espere por Julho para ter todos os preços 1% mais baratos (0,83% dos preços actuais, para ser mais rigoroso), não fiquem muitas dúvidas que esta medida reverte quase integralmente em favor das empresas, o que não é necessariamente mau. A título de exemplo, para lá de problemas ligados aos arredondamentos dos novos valores, tendo por base os preços actuais, a mudança de preços é manifestamente impraticável pelo custo que a própria operação acarretaria na generalidade das superfícies comerciais. A juntar a tudo isto, na mediática análise da variação do custo dos cabazes-base de uma qualquer família-tipo, valerá a pena lembrar que há bens e serviços cuja taxa de incidência do IVA é inferior aos actuais 21% da taxa normal. Em suma, esta é uma daquelas medidas que, sendo intrinsecamente positiva, também aparenta mais do que é, e pode ser jogada como trunfo eleitoral, sem que da mesma revertam especiais benefícios para o bem-estar concreto dos cidadãos. E essa é uma questão que, cada vez mais, urge colocar na agenda governativa. Congresso Empresarial do Alto Minho teve segunda edição em Viana do Castelo Região do Alto Minho no trilho da inovação Gerir, inovar e globalizar. É este o caminho apontado para colocar a região do Minho na vanguarda da inovação e do empreendedorismo. A segunda edição do Congresso Empresarial do Alto Minho realizou-se em Viana do Castelo e contou com a presença de vários empresários e agentes privilegiados no desenvolvimento da região, e do secretário de estado adjunto da indústria, António José Castro Guerra. Portugal está a mudar. A conclusão é do secretário de estado adjunto da indústria que, no encerramento do congresso empresarial O Futuro Hoje? Gerir, Inovar e Globalizar, referiu que as regiões começam a assumir uma posição privilegiada em termos de inovação e empreendedorismo. A par da iniciativa Minho-Lima: a construção de uma região de excelência, o Conselho Empresarial dos Vales do Lima e Minho (CEVAL), promoveu o debate à volta da região do Alto Minho. A discussão desenrolou-se em volta de três painéis: gerir, inovar e globalizar. Os presidentes das Comunidades dos Vales do Minho e Lima, Rui Solheiro e Francisco Araújo, destacaram a função inovadora das iniciativas promovidas Regiões começam a assumir uma posição privilegiada em termos de inovação e empreendedorismo pela CEVAL neste projecto, em especial as acções de benchm a r k i n g r e a l i z a d a s a países de economias emergentes, e n q u a n - to Castro Guerra centrou a sua intervenção no QREN e nos projectos para as pequenas e médias empresas. O secretário de Estado acabou, no entanto, por admitir que, apesar de estas iniciativas serem uma boa alavanca para o crescimento português, são insuficientes quando comparadas com o investimento privado que existe em Portugal. No painel da inovação, o destaque foi para a importância dos pólos de conhecimento e para a necessidade de apostar na formação e ter recursos humanos cada vez mais qualificados. O congresso reforçou a necessidade de a região do Alto Minho apostar numa imagem de marca que possa ser levada até ao exterior e contribuir para a internacionalização da economia. A presença de vários empresários do Alto Minho nesta iniciativa permitiu um debate alargado, com vista à construção de projectos que potenciem o crescimento da região. Na conferência estiveram também alguns membros da comitiva do CEVAL presente em países como Brasil, China ou EUA, que reflectiram sobre as potencialidades de internacionalização das empresas da região do Minho para estes mercados. Jantar de Vocações ajuda alunos da FEP a decidir o futuro A Associação de Estudantes da Faculdade de Economia do Porto (AEFEP) e a Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Economia do Porto (AAAFEP) organizam um Jantar de Vocações no próximo dia 10 de Abril. O jantar é uma oportunidade para os alunos da FEP contactarem com economistas de relevo na sua área. O evento será composto por 10 mesas com temas como mercados financeiros, política autárquica, gestão internacional, bancária, da cultura e desportiva, marketing, indústria de construção, reabilitação urbana e auditoria. Em cada mesa estará uma individualidade representativa na área. Nélson Machado, membro do conselho de administração executivo do Millennium BCP, Fernado Freire, vice-presidente de La Sede Barcelona, Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Pedras, administrador da CMVM, e Odete Patrício, directora-geral da Fundação de Serralves, são alguns dos nomes que marcarão presença no jantar. A partilha de experiências entre os alunos e os convidados pretende ajudar os estudantes a decidir o seu futuro profissional. AAAFEP cria prémio para jovens economistas Incentivar e reconhecer os graduados pela Faculdade de Economia do Porto (FEP). Foi com este objectivo que a Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Economia do Porto (AAAFEP) criou o prémio AAAFEP Professor Manuel Baganha Economista Revelação. O prémio analisa o percurso profissional de ex-alunos da FEP, que tenham até 35 anos. A participação no concurso é gratuita e o prémio é de 2500 euros, oferecidos pelo Instituto de Investigação e Serviços da FEP (ISFEP), e patrocinado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD). Os antigos alunos podem concorrer ao prémio até dia 31 de Maio, e serão avaliados pelo presidente da AAAFEP, o director da FEP e os ex-alunos Miguel Cadilhe, Daniel Bessa e Oliveira Marques. Os resultados são conhecidos numa cerimónia a realizar no dia 3 de Outubro. TAFEP assinala 15 anos no Coliseu do Porto A Tuna Académica da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (TAFEP) vai actuar no Coliseu do Porto no dia 5 de Abril. O concerto assinala os 15 anos de existência da TAFEP e vai contar com a presença de todos os grupos de economia grupo coral, tuna feminina, ecoromia e grupo de fados e guitarradas.

15 sexta-feira, 04 Abril de Oport Show coloca Portugal no mapa das maiores mostras de design e interiores & Ócio Negócios O 22º Salon Internacionl Club Gourmets decorre entre 15 e 17 de Abril Destaques da semana Inês Abril triunfa em Santiago Xunta de Turismo de Galicia e FHER apoiam iniciativa transfronteiriça O XI Campeonato Galego de Cozinheiros, que funciona como eliminatória para a selecção do chef que representará Espanha no Bocuse d Or em Lyon, em Fevereiro de 2009, reuniu 10 concorrentes no Centro Superior de Hosteleria de Galicia, em Santiago de Compostela, no passado mês de Março. O certame, organizado pelo Grupo HG&T, e dirigido por Guillermo Campos, contou com o apoio da Xunta de Turismo de Galicia e da FHER, que foi representada pelo seu presidente José Maria Rubio. Inês Abril, que foi ajudada por Ricardo Juste, terá agora de vencer os representantes de outras Autonomias em Madrid, durante a competição que decorre no XXII Salon Internacionl Club Gourmets, entre 15 e 17 de Abril. A chef, que ainda não tem 24 anos, trabalha no Maruja Limon, de Vigo, e teve que passar por um aturado processo de eliminatórias para entrar no certame de Santiago, onde estiveram os sucessores dos chefs que gerem alguns dos melhores restaurantes de Espanha. Em Santiago, aplicou-se o mesmo regulamento do Bocuse d Or, com o júri de degustação de 12 elementos a pontuar cada um dos pratos apresentados, e outros quatro júris técnicos a acompanhar os trabalhos dentro da cozinha. A vitória de Inês Abril em Santiago de Compostela coincidiu com o triunfo de outra chef galega, Beatriz Sotelo, na Alimentária, em Barcelona. Vinho chileno distinguido Casillero del Diablo Carmenere 2006 obteve 88 pontos na Wine Spectator A revista Wine Spectator atribuiu uma pontuação de 88 valores ao vinho Casillero del Diablo Carmenere 2006, um vinho produzido no Chile e distribuído em Portugal pela UVA Distribuição. Além dos 88 pontos, o Casillero del Diablo Carmenere 2006 foi considerado Best Value», o que vem uma vez mais confirmar, se é que ainda era preciso, a qualidade dos vinhos produzidos por esta marca. A crítica que acompanha a pontuação atribuída pela Wine Spectator realça a sua estrutura, bem como os aromas a cacau, a frutos vermelhos e a tabaco, que flúem para um grande final, tornandoo num vinho com uma excelente relação qualidade/preço. A UVA é a distribuidora de algumas das melhores marcas de produtos associados ao mundo da gastronomia e dos vinhos. O Casillero del Diablo Carmenere 2006 pode ser adquirido na garrafeira Vinho & Coisas, em Matosinhos. O PVP deste vinho é de 7,95 euros. Português dirige primeiro outlet na Galiza Pedro Ribeiro dirige centro comercial com 80 lojas De 12 a 15 de Junho, no Edifício da Alfândega Oporto Show está de volta O Edifício da Alfândega, no Porto, vai receber, entre os dias 12 e 15 de Junho, a segunda edição do Oporto Show. Depois de se ter saldado por um sucesso em 2007 com mais de 20 mil visitantes e um número de participantes que ultrapassou a centena, o espectáculo continua este ano e promete voltar a trazer à Invicta o melhor do design nacional e internacional. Inspirado nas mais conceituadas feiras mundiais deste ramo, o Oporto Show é um manifesto internacional nas áreas do design e da arquitectura de interiores, realizando-se novamente com o intuito de ser o maior evento do género na Península Ibérica. Ao longo de quatro dias, a Alfândega estará dividida em espaços cénicos concebidos pelos decoradores e arquitectos escolhidos pelas marcas presentes, entre as quais estarão as mais conceituadas do mundo. Todas elas darão a conhecer ao público as novas tendências em mobiliário, iluminação, tecidos e banho. Entre os objectivos definidos pela organização para 2008 está o posicionar Portugal no mapa das maiores mostras de design e interiores, a nível mundial. Palestras e festas temáticas A par dos diversos stands em exposição, o Oporto Show 08! incluirá uma programação paralela. Entre as várias iniciativas, está previsto um ciclo de palestras onde os temas em exposição estarão em debate. Para tal, será fundamental a presença e colaboração dos profissionais das áreas em questão, bem como dos representantes das diversas marcas e de docentes de faculdades da cidade. Durante os quatro dias do evento haverá também festas temáticas, que contarão com os representantes das várias marcas e de patrocinadores e terão como grande objectivo a sua promoção, bem como do evento no seu todo. À semelhança do que aconteceu na primeira edição, este ano vai ainda decorrer o 2º Prémio Adico de Design Industrial, que pretende fomentar e promover o design português. PUB Aos 31 anos, Pedro Ribeiro é o director-geral do OutleTui, o primeiro espaço do género na Galiza, com inauguração prevista para a primeira quinzena de Junho de Com formação na área do Direito e da Gestão, Pedro Ribeiro torna-se assim no primeiro português a assumir o cargo de director de um centro comercial na Europa, fora do nosso país. Para chegar aqui, foi fundamental a experiência na área comercial, onde trabalha há já mais de 15 anos. O OutleTui resulta de um investimento de 30 milhões de euros e terá cerca de 80 lojas, distribuídas por três pisos. Aqui serão comercializadas marcas de topo, destinadas a um público de classe média/alta. É ainda importante referir que o OutleTui terá uma área de abrangência que se divide entre os espanhóis cerca de 60% e os portugueses cerca de 40%.

16 16 ócio & negócios sexta-feira, 04 Abril de 2008 Patrões Má vizinhança Poucos se lembrarão que José António Barros era um dos grandes empresários que Maria Filomena Mónica retratou no livro, de 1990, Os Grandes Patrões da Indústria portuguesa. No livro, Barros, que na altura liderava a Cinca, era retratado como um socialista - o empresário é votante regular no Partido Socialista e diz aos amigos que está à esquerda de Sócrates, mas sempre evitou a política. O empresário não poupava elogios a Belmiro, um tipo francamente atrevido e espertíssimo. Ser empresário não é uma posição cómoda, mas é extremamente emocionante. É uma forma de aventura, sabe? Há quem goste de fazer esqui, eu gosto de trabalhar na indústria, confessou a Maria Filomena Mónica. Mas, três anos depois, Barros interrompia uma carreira na indústria, vendendo a Cinca, e transferindo-se para a área financeira. Primeiro fora o irmão que vendera a sua posição, depois ele viu-se forçado a sair também da empresa. Aos 50 anos fechava um ciclo e passava a tocar muitos outros instrumentos, ele que na adolescência aprendera a tocar piano e guitarra clássica. No Porto, o Ministério da Economia tem umas amplas instalações no Viso, que acolhem os serviços do IAPMEI e do ex- ICEP. No âmbito da fusão ICEP/ AIP para formar a nova entidade AI- CEP, a concentração de serviços no Viso não chegou a ser uma hipótese, apesar de a API pagar uma renda exorbitante (fala-se em euros mensais) pelas instalações no Edifício Península. Desde a primeira hora que Basílio Horta queria reduzir este custo. Mas, quando verificou que o Viso estava rodeado de bairros, torres degradadas e ciganos, reconheceu que o ambiente não era adequado a receber investidores nem nacionais nem estrangeiros. A má vizinhança poderia afastar os investidores. A solução foi encontrar novas instalações para albergar a API e o ICEP: neste processo, beneficiam os funcionários do ICEP que deixam o Viso e migram para zona mais nobre da Boavista, passando a ter o Sheraton ou Meridien como vizinhos. Mas, com a saída do ICEP, é o IA- PMEI que se prepara para deixar o Viso. As instalações deixam de acolher serviços do Estado, o Ministério até as pode colocar à venda. Será por causa de o Viso ser uma zona problemática do Porto? O QUE SE DIZ José Manuel Barros, o sucessor de Ludgero na AEP, não está preocupado com o passivo de 85 milhões de euros. Engenheiro com uma larga carreira na finança, estará sempre preparado para engenharias financeiras difíceis. Mas não é Angola Passivo O país faz bem aos negócios, mas cuidado com as febres, infecções e outras maleitas incómodas. O mercado angolano continua a atrair os empresários portugueses, mas é preciso evitar surpresas no domínio da saúde. O afoito Miguel Monteiro (Chip 7 e Seara.com), angolano de nascimento, é dos que acreditam nas potencialidades do país. No início do mês, viajou mais uma vez para Luanda, mas regressou muito mais tarde do que o previsto. E debilitado. Apanhou uma infecção que o forçou a um internamento num hospital da capital angolana. O problema ficou resolvido, mas Miguel Monteiro passará a ter mais cuidado na sua próxima digressão. por isso que não está preocupado. É que, além de os activos da associação serem muito superiores às dívidas, Barros acredita que consegue pôr os equipamentos a gerar receitas e liquidez para amortizar o passivo. Há uma semana, dávamos aqui conta do paradoxo que era, numa cidade flagelada pelo desemprego (o Porto), um anúncio de uma rede de cafetarias ter registado apenas cinco candidaturas. Hoje, invocamos um exemplo em sentido contrário. Uma rede hoteleira prepara-se para abrir uma unidade em Viana e tem 700 currículos para as 60 vagas de que dispõe. Neste caso, o sinal é de que o emprego É conhecida a apetência de Joe Berardo para especular e ganhar dinheiro. Nada contra, desde que os métodos sejam legítimos. O comendador surgiu associado às suspeitas de inside na OPA do BCP sobre o BPI, mas saiu ilibado. Mas há reputados juristas que discordam da complacência das autoridades face aos seus métodos. Houve mesmo amigos de Vítor Constâncio que defenderam que Paradoxo Berardo é um bem escasso e muito desejado. Os dois exemplos talvez traduzam uma visão e imagem social diferente das duas actividades. A hotelaria tem status, as cafetarias nem por isso. As redes da fast food sempre se queixaram da volatilidade dos seus funcionários, alguns dos quais se transferiram menos de uma semana depois para lojas vizinhas. Desempregados, mas esquisitos, portanto. o Banco de Portugal e a CMVM deviam ter actuado quando Berardo apareceu nas televisões a dar conta da queixa que entregou na PGR contra os gestores do BCP. Os juristas defendem que tal publicitação é uma forma de manipular o mercado e as acções. Na altura, a lógica seria a de abater a cotação para Berardo reforçar no BCP. Mas Constâncio não foi sensível ao apelo dos seus amigos. PLMJ doa escultura de Rui Chafes à cidade de Lisboa Para celebrar os 40 Anos da Sociedade, a Fundação PLMJ encomendou ao escultor Rui Chafes uma obra pública que o artista denominou Sou como tu - instalada no jardim em frente à entrada de PLMJ na Avenida da Liberdade, tendo sido obtida a necessária autorização camarária para a concretização desta iniciativa. A escultura foi doada à Cidade de Lisboa nos termos do protocolo negociado com a CML. Com este projecto, a Sociedade de Advogados PLMJ A.M. Pereira, Sáragga Leal, Oliveira Martins, Júdice e Associados visou contribuir para o enriquecimento patrimonial da cidade e para a valorização do espaço público de Lisboa, renovando o seu compromisso para com uma sociedade de advogados como espaço de cultura e, simultaneamente, assinalar os seus 40 anos de actividade em Portugal. A obra elaborada por Rui Chafes é uma escultura de grande escala na senda dos últimos trabalhos do artista, como Quero tudo de ti e Eu sou os outros, de 2007, respectivamente apresentados na Catedral de Louvaina, na Bélgica, e na Galeria Graça Brandão, em Lisboa. Este trabalho, assim, deixou as instâncias sagrada e institucional para, como o seu título sugere, interpelar o espectador no espaço público..

17 sexta-feira, 04 Abril de 2008 empresas familiares 17 A remuneração dos conselheiros na empresa familiar Jesus e Francisco Negreira del Rio. Professores da Escuela de Negocios Caixanova É importante deixar bem claro que o trabalho de um conselheiro deve ser remunerado, pois na empresa não há lugar para o altruísmo e a empresa familiar é, antes de mais, uma empresa. Se dizemos isto é porque existe uma cultura de colaboração da família face à empresa que pode levar-nos a cometer importantes equívocos. Não são poucas as empresas familiares que conhecemos (embora seja verdade que na primeira geração, em que o fundador trabalha e dirige) onde a actividade-colaboração de um filho não é remunerada, em virtude de este pertencer à família e a família ser o suporte da mesma. Embora este seja o caso extremo de colaboração sem remuneração, a filosofia de fundo é totalmente válida. Por exemplo, tal como o filho de um padeiro (estudante de hotelaria) ajuda na distribuição do pão com a carrinha, ou como o filho de um empresário (estudante numa escola de negócios) participa na elaboração de um plano de marketing, a importância do trabalho não modifica a essência da abordagem. Se fosse alguém alheio à família, será que o faria gratuitamente? Claro que não. O correcto é chegar a um acordo de remuneração para os conselheiros, tal como para qualquer outro colaborador. A remuneração por assistência com frequência é utilizada para retribuir o capital: nesta situação os accionistas cobram quer por participar no conselho quer pela participação nos lucros. À margem dos aspectos fiscais, esta abordagem de repartir os lucros via conselho apenas é aceitável se todos os accionistas participarem no conselho e se a sua participação na empresa for semelhante. Caso contrário, estaríamos a penalizador os sócios que têm maior peso no capital. Depois de esclarecer e estabelecer estas condições prévias de organização sobre como retribuir os proprietários, as complicações surgirão na altura de decidir a retribuição dos membros do Conselho. Se estabelecermos um valor muito elevado estaremos a incentivar que pessoas que não têm competência adequada para tal mas que se sintam atraídas pelo aspecto pecuniário queiram aceder ao Conselho; pelo contrário; se pagarmos muito pouco, desmotivaremos aqueles membros da família que têm que assumir as importantes responsabilidade inerentes ao cargo. Na nossa experiência profissional e da análise da bibliografia sobre o tema, encontramos apenas um método neutro, válido para qualquer organização e que parece justo a todos: a remuneração de um conselheiro é o equivalente a uma parte proporcional do salário do Director- Geral em função do tempo dedicado ao Conselho, isto é, se um conselheiro trabalha seis dias por ano, deveríamos pagarlhe o equivalente a 2 ou 3% do salário anual do Director-Geral (1), ou se considerarmos que o Director-Geral trabalha em média 250 dias por ano, dividiremos o seu salário entre esse valor e o resultado será a remuneração de todos e cada um dos nossos conselheiros (2). Ou seja, um conselheiro cobraria por um dia de trabalho (a manhã da reunião mais o tempo prévio da preparação) o que cobra por um dia de trabalho o principal director da empresa, o Director-Geral. Como o salário deste último não entra nesta discussão, o valor parece justo a todos (seja alto ou baixo, estará em consonância com a dimensão e a capacidade da empresa). Faça os cálculos na sua empresa, o método também será certamente válido para si. Notas 1 - ard, Ward, J.L... (1991): (1 1): Creating effective boards for private enterprises: meeting the challenges of continuity and competition, Jossey-Bass, San Francisco, pág Neubauer, F. y Lank, G.L. (2003): La empresa familiar, cómo dirigirla para que perdure. Ed. Deusto, Bilbau, pág Falhar é uma oportunidade de aprendizagem, não um ponto final. Este pode ser, de forma resumida, o lema que caracteriza a cultura empreendedora que o Massachusetts Institute of Technology (MIT) fomenta, por forma a potenciar o círculo virtuoso que o seu ecossistema de inovação privilegia na ligação entre as várias faculdades e as empresas: A inovação é a chave para o crescimento económico e tem um impacto acelerador sobre esta. E esta experiência contradiz em muito o trajecto seguido nos últimos anos em Portugal. Segundo aquele académico, o MIT valoriza mais o papel facilitador que pode prestar à investigação e inovação do que propriamente arranjar espaço a novas empresas, ou incubar. A sua missão, diz, é ensinar o empreendedor a fazer e ajudar a fazê-lo, e não fazer por ele. Por essa razão, sublinha, não há espaço para incubadoras no campus do MIT, algo que Tony Knopp classifica, de forma algo irónica, como empreendedorismo socialista. Os resultados que a instituição pretende obter relacionam-se sobretudo com o volume de empreendedorismo, Tony Knopp, agente de ligação industrial do MIT, refere Incubadoras de empresas não promovem empreendedorismo O papel das universidades na economia é fundamental mas não deve circunscrever-se à incubação de start-ups. Aliás, este empreendedorismo socialista não promove a dinâmica de criação de tecnologia e inovação que a economia necessita. Esta foi, em traços gerais, uma das principais conclusões da conferência As Universidades como motores económicos a experiência do MIT, proferida por Tony Knopp, agente de ligação industrial daquela instituição de investigação e ensino norte-americana, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. as patentes e transferência de tecnologia que se criam, gerando por sua vez receitas para o MIT. Segundo aquele oficial de ligação, 30% das empresas de biotecnologia dos EUA foram criadas no MIT. A ligação ao mundo real Com mil professores, 2700 investigadores a tempo inteiro e mais de 2000 profissionais de várias áreas, o MIT acolhe alunos em cinco escolas, 35 departamentos académicos e mais de 90 centros interdisciplinares, laboratórios e programas de investigação. Com um orçamento que ronda os dois mil milhões de dólares anuais, dos quais 1,2 são vocacionados para investigação, o empreendedorismo que o MIT apregoa é aplicado na própria instituição: O MIT paga apenas nove meses de salários por ano ao seu quadro de académicos e investigadores; o restante terão que ser os próprios a ganhar, através da investigação, criação de empresas ou consultoria. Segundo Tony Knopp, para além de constituir uma forma evidente de reduzir despesas, esta política impede os académicos de perderem a ligação ao mundo real. O papel da indústria no MIT é fulcral. Em 2006, mais de 4000 empresas ligadas ao MIT geraram facturações de 232 mil milhões de dólares e empregaram 1,1 milhões de pessoas. O envolvimento entre o instituto e as empresas é tanto maior quanto o volume de retorno estimado em cada projecto de investigação desenvolvido ou a desenvolver. Tony Knopp salienta, porém, que o trabalho de investigação dura, em média, 5 a 8 anos antes de dar os primeiros frutos. Este risco é partilhado pelas empresas, uma vez que a tecnologia criada nas universidades é embriónica. Daí a importância do empreedendorismo, o qual, segundo Tony Knopp, pode ser ensinado. O MIT criou um Centro de Empreendedorismo que aceita os erros e apresenta-os como uma experiência de aprendizagem. São mais de 30 cursos que este centro ministra em várias escolas de todo o mundo, que contemplam a formação de base e, mais importante, catalisam o trabalho de rede. Marc Barros marcbarros@vidaeconomica.pt Consultório da empresa familiar zx Dois dos meus três filhos trabalham na empresa. A minha filha mais velha, a única que não trabalha, propôs que o seu marido trabalhe com os seus cunhados. Na verdade, temos toda uma boa relação com ele e não duvidamos das suas capacidades profissionais. Fará sentido que venha trabalhar para a empresa, ocupando o lugar da sua esposa? zx Permita-me que comece directamente pelo final da questão que nos coloca: não, não vejo qualquer sentido nem utilidade. O facto de uma empresa ser de propriedade familiar, e em virtude de tal gozar de uma série de vantagens características, e também de determinadas desvantagens ou limitações, não significa em absoluto que todos os familiares tenham um compromisso de trabalho para com a mesma. Dito de outra forma, empresa familiar não significa trabalho para ou pelos familiares. A empresa familiar poderia ser definida como aquela organização empresarial, com uma parte significativa da propriedade numa ou várias famílias que desenvolvem o trabalho de direcção ou administração da mesma, e na qual existe vontade de transmissão às gerações seguintes. De acordo com esta abordagem, o facto de a sua filha não trabalhar na empresa da família não deveria ser motivo, à priori, para a afastar da mesma ou da sua realidade. O que quero dizer é que é perfeitamente possível vincular os familiares à propriedade da empresa, inclusive na sua administração, sem que trabalhem ou participem na gestão da mesma. Assim, se a sua filha é ou será no futuro proprietária de uma parte da empresa, terá oportunidade para exprimir e manifestar a sua opinião no órgão de gestão adequado (o Conselho de Administração) De qualquer forma, e se considerarem que, por falta de conhecimento ou formação, se for o caso, não teria o perfil adequado para exercer essa responsabilidade, teriam de analisar outras possibilidades para a composição do conselho. Este tipo de acordos, tal como os relacionados com a incorporação de familiares, directos ou por afinidade, na empresa, são obrigatoriamente objecto de análise no protocolo familiar. Não é, portanto, necessário, nem conveniente, que se sinta obrigada a compensar o não envolvimento da sua filha no trabalho da empresa com a incorporação do seu marido. Existem outras formas mais adequadas e eficazes para sua representação. Abel Maia Envie-nos as suas questões para consultorio@efconsulting.es Especialistas na Consultoria a Empresas Familiares e elaboração de Protocolos Familiares Santiago Compostela Valencia Porto efconsulting@efconsulting.es

18 18 telecomunicações sexta-feira, 04 Abril de 2008 Optimus Negócios lança a novidade Empresas vão poder enviar mensagens gratuitas durante três meses Uma campanha destinada aos clientes empresariais. O autor é a Optimus Negócios e a promessa, a seguinte: mensagens grátis escritas e multimédia, durante três meses, Abril, Maio e Junho, para todos aqueles que comunicarem entre si através desta rede, uma benesse que se aplica a todos os dias úteis para as ligações realizadas entre as 8h e as 20h. Como aceder a esta promoção? Aqui, a Optimus fala no envio de uma mensagem. O custo de adesão, esse, fica por um euro por cartão/mês. A Optimus Negócios reforça, assim, a sua aposta na competitividade e atractividade dos seus produtos e serviços, procurando a satisfação plena dos seus clientes, destacam em comunicado. Apritel destaca a transparência dos tarifários do sector para contestar norma sobre práticas desleais A Apritel associação dos operadores de telecomunicações não deixa os seus créditos por mãos alheias e já veio a público dar conta da sua insatisfação perante o novo diploma do Governo sobre práticas comerciais desleais. Este foi publicado muito recentemente e, só para o leitor ter uma ideia, prevê coimas que, no caso de as empresas serem provadas como infractoras, podem ultrapassar os 44 mil euros. Esta associação considera que a nova norma não está vocacionada para o sector, comentando, em particular, a questão dos tarifários. A Apritel destaca a transparência e lealdade dos seus associados e diz, em comunicado, que em nenhum outro sector é praticada uma facturação tão detalhada, utilizada uma unidade de contagem tão pequena ou colocadas tão poucas barreiras à saída de um cliente. E para Em nenhum outro sector é praticada uma facturação tão detalhada, utilizada uma unidade de contagem tão pequena ou colocadas tão poucas barreiras à saída de um cliente aqueles que temem os ditos arredondamentos, a Apritel esclarece que estes receios não encontram nenhum fundamento na directiva agora transposta, a qual não contempla qualquer proibição deste género. A Apritel, na defesa da sua dama, destaca ainda aquilo que tem sido a prática do sector: o lançamento das ofertas tipo flat rate consumo ilimitado para um determinado pagamento fixo -, a diversidade dos tarifários ou os preços, estes, dizem ainda, ao nível dos melhores da Europa. Por último, a associação ligada às telecomunicações faz uma promessa: a de continuar, como até agora, a procurar enriquecer e sofisticar as suas ofertas comerciais e, em particular, os seus modelos tarifários, para melhor irem ao encontro das necessidades dos consumidores. SANDRA RIBEIRO sandraribeiro@vidaeconomica.pt Zeinal Bava é o novo presidente executivo da Portugal Telecom Henrique Granadeiro permanece, mas como presidente do Conselho de Administração Zeinal Bava, o ex-presidente da PT Multimédia, é o novo presidente executivo da Portugal Telecom. Uma decisão que acaba de ser tomada pela Assembleia Geral do operador que deliberou ainda, entre outros assuntos, sobre o relatório de gestão, balanço e contas consolidadas relativas ao exercício de Um nome que surge por sugestão de Henrique Granadeiro e que faz de Zeinal Bava não só o mais jovem presidente da maior empresa portuguesa como também o mais jovem líder do sector a nível europeu. Ao contrário do que seria de pensar, o até agora presidente do grupo vai permanecer na PT, mas agora como presidente do concelho de administração. Um modelo de gestão bicéfalo um presidente executivo e um presidente administrativo que é, podemos dizê-lo, um regresso ao passado e que só foi abandonado durante a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Sonaecom sobre o operador histórico. Zeinal Bava, lembramos ainda, recebe a empresa numa boa situação financeira, apesar da redução de lucros de que foi alvo. Em 2007, a PT atingiu os 741,9 milhões de euros, menos 14,4% do que em 2006, algo que, na altura da apresentação de resultados, foi explicado com os custos ligados à redução de pessoal e provisões. O futuro, esse, deverá ficar marcado pela aposta na oferta triple play voz, televisão e internet, integração do fixo/móvel ou pelo lançamento de produtos de convergência. Em termos de estratégia pura, as opções de Zeinal Bava vão para coisas como o aumento da produtividade, a gestão das relações com a espanhola Telefónica e parceiros africanos, bem como para a reestruturação do balanço e redução da dívida. Uma escalada ascendente dentro do grupo Não é de um dia para o outro que se chega a presidente de uma empresa. Se isto é verdade para qualquer organização, mais o é para a Portugal Telecom. Olhemos um pouco para o percurso de Zeinal Bava. Casado, com 42 anos e três filhos, este gestor de topo chega à PT há 10 anos atrás. Curioso é que não chega de imediato, através de uma prospecção de mercado que vai buscar um quadro a outra empresa, mas por via de uma aproximação que se vai fazendo aos poucos com Zeinal Bava a mostrar o seu valor como consultor financeiro da Merrill Lynch. Ora, há uma década, o dono e senhor da PT era Murteira Nabo que viu no jovem quadro qualidades como a capacidade de execução e energia, convidando-se, assim, a integrar o grupo. Este aceitou o desafio num momento em que o incumbente passava por um período, particularmente, importante da sua história. Estamos a falar da Zeinal Bava é o mais jovem líder do sector a nível europeu transição da empresa da sua condição de entidade pública para empresa privada a que se juntava também o desafio internacional ligada ao alargamento de actividade da PT ao mercado brasileiro. Este e noutros negócios de âmbito internacional conheceram o cunho de Zeinal Baval com este a liderar e trabalhar com equipas dos principais negócios do grupo: PT.com, PT Comunicações, PT Multimédia e TMN. Mas a energia e capacidade executiva do agora presidente da Portugal Telecom alargaram-se também a outros mundos deste universo das telecomunicações. Pelo menos é isso que nos dizem quando referem que Zeinal Bava está também associado a projecto que, tendo menos visibilidade pública, são pilares fundamentais da maior empresa portuguesa, como é o caso da PT PRO. Esta uma organização responsável por todos os serviços de backoffice e de suporte do grupo e que, agora, já trabalha para terceiros. A motivação pelo exemplo Do perfil de gestor de Zeinal Bava vale ainda a pena recordar algo que não é muito comum, pelo menos, em Aposta no triple play, no aumento da produtividade ou nas relações com a Telefónica vão ser algumas das prioridades de Zeinal Bava para os tempos mais próximos Portugal, e que passa por acompanhar, por testemunhar por motivar pelo exemplo. O relato que nos chega da PT é revelador: Na PT Comunicações como na TMN e na PT Multimédia, as equipas habituaram-se a ver o seu presidente a entrar na loja nos momentos mais inesperados, passar manhãs no call center a ouvir e, por vezes, responder às solicitações dos clientes e, mesmo, a participar em programas de venda porta a porta, integrado nas equipas. Mas os elogios da PT ao seu presidente não ficam por aqui ao salientarem ainda que Zeinal Bava vê na progressão pelo mérito e na promoção de talentos uma mais-valia para qualquer organização. Algo, diz ainda a PT, que é visível numa das paixões deste quadro de topo, ou seja, a educação. Para Zeinal Bava, esta desempenha um papel fundamental na promoção de valores como a excelência, a inovação e a criatividade. Lembramos ainda que Zeinal Bava é reconhecido pelos mercados financeiros internacionais como um dos melhores do sector. Uma característica que a PT considera ter sido decisiva na altura em que foi alvo da OPA por parte da Sonaecom. A formação académica de Zeinal Bava, essa, é em Engenharia Eléctrica e Electrónica pela University College London, tendo ainda este gestor passado, para além, da Merrill Lynch, por empresas como a Deutsch Morgan Grenfell e pela Warburg Dillon Read. SANDRA RIBEIRO sandraribeiro@vidaeconomica.pt

19 sexta-feira, 04 Abril de 2008 COMÉRCIO EXTERNO 19 OPORTUNIDADE DE COMPRA E VENDA DE EMPRESAS VENDA NORTE Empresa de Transportes Nacionais e Internacionais de Mercadorias sedeada no Norte de País. Especialização na área dos perecíveis. Clientes fidelizados. Vol. Vendas 2006: J Ref. PT 003 HB Empresa de Transporte Rodoviário de Mercadorias com Líder no Mercado Ibérico. Clientes directos, nacionais e estrangeiros (nicho de mercado na Península Ibérica). Preço pedido: J ,00. Ref. PT 004 MC GRANDE PORTO Restaurante no Porto. Cozinha tradicional portuguesa. Excelente notoriedade. Boa localização. Pratos premiados em Concursos Gastronómicos. Ref. PT 003 PG Health Club. Localização privilegiada no Grande Porto. Reputação e Experiência Preço de pedido: J ,00. Ref. PT 0004 MCA Empresa de Distribuição, Operadora Logística e Transporte de Bebidas. Actividade com crescimentos significativos. Exclusividade em zonas de actuação geográfica. Cliente Trade On e Trade Off. Vol. Vendas: J Valor transacção: J Ref. PT 0004 MC Berçário, Infantário e ATL Actividades de Tempos Livres, no Grande Porto. Em funcionamento, licenciado e com imóvel. Bem localizado e equipado e bonito espaço exterior. Excelente qualidade dos serviços. Baixa estrutura de custos. Excelente Negócio. Preço Pedido: J ,00. Ref. PT 004 MC Empresa concessionária de duas marcas de automóveis, com experiência de mais de duas décadas e líderes no mercado em que actua. Preço pedido: J ,00. Ref. PT 004 HB Pastelarias de Renome no Grande Porto. Empresa opera em 2 Estabelecimentos com excelente localização no Grande Porto e elevada Notoriedade. 20 Anos de Experiência. Oferta diversificada e de excelência. Óptima Carteira de Clientes. Vários Prémios. Preço pedido: J ,00. Ref. PT 004 JP Empresa Vinícola Região Demarcada Vinhos Verdes: Várias marcas de vinho conceituadas e premiadas; Exportação para diversos países; Boa carteira de clientes no mercado interno e externo; Elevado Knowhow; Imagem de marca e qualidade. Valor sob Pedido. Ref. PT 005 PR Empresa especializada na Fabricação e Comercialização de Produtos de Descanso/Colchoaria. Isolada no mercado no que se refere ao seu produto de maior valor. Vendas para Portugal e Espanha: J Restaurante com ambiente acolhedor e sofisticado onde predomina o requinte e a qualidade dos seus serviços. Envolvido por uma imagem histórica, onde é conjugada a tradição com conceitos inovadores, o restaurante fornece o espaço ideal para a realização de um elevado leque de eventos. Vendas: J. Ref. PT 005 PR Ref. PT 005 PR Comércio/Design de Vestuário e Acessórios Têxteis. Empresa dinâmica e versátil vocacionada para importação, exportação e comércio de vestuário e acessórios têxteis com departamento de design. Procura de parceiro para projecto de investimento. Vendas: J. Ref. PT 005 PR LISBOA E VALE DO TEJO centro Comércio a retalho de vestuário e calçado. 14 lojas na Grande Lisboa, com excelentes localizações e rendas extremamente baixas. Preço de pedido: J ,00. Ref. PT 004 JP Importação e comercialização de equipamentos para distribuição de Gás canalizado e Água. Venda de participação em sociedade anónima. Empresa consolidada, financeiramente equilibrada. Estrutura de custos muito leve. Não tem endividamento bancário. Preço pedido: J ,00. Ref. PT 004 MC Empresa Manutenção Industrial, Certificada, localizada em Lisboa. Vendas de 1,9 milhões Euros. Boa Carteira de Clientes. Ref. PT 009 JC Grossista de vinhos e bebidas alcoólicas, com marca própria, vocacionada para a importação e distribuição de grandes marcas nacionais e estrangeiras, com contrato com as principais grandes superfícies (Distribuição moderna). Ref. PT 0009 JCL Cabeleireiro e Centro de Estética, em Lisboa, numa zona privilegiada e em franca expansão. Ref. PT 0009 JCL Restaurante no Centro de Lisboa. Excelente localização. Conceito totalmente inovador a nível mundial. Ref. PT 0009 JCL Comércio por Grosso de Produtos Farmacêuticos. Preço pedido: J 750,000. Ref. PT 0014 VFE Transformação de Mármores, Granitos e Calcários (Nacionais e Estrangeiros). Especialmente vocacionada para o fornecimento de materiais para a indústria da construção civil. Ref. PT 003 HBE Indústria de calçado de protecção. Preço pedido: J Ref. PT 0014 VFE Indústria de Moldes para plásticos. Preço pedido: J Ref. PT 0014 VFE Comércio de equipamento industrial para hotelaria e restauração. Preço pedido: J Ref. PT 0014 VFE Projecto de empreendimento hoteleiro. Preço sob pedido. Ref. PT 0017 MMO Indústria de ferragens fabricação de fechaduras, dobradiças e outras ferragens. Ref. PT 0016 FMV Grande superfície de venda de electrodomésticos, artigos de electrónica, produtos para o lar e outros bens de consumo. Ref. PT 0016 FMV COMPRA Empresas de segurança com ligações a centrais receptoras de alarmes (CRA). Tipo de clientes: empresariais e/ou particulares. Ref. PT 0009 JCL Empresas de vending alimentar, situadas a sul de Coimbra com mais de 100 máquinas instaladas. Só interessam empresas que se dedicam à distribuição (não fabricantes). Ref. PT 0009 JCL Industria cerâmica decorativa (Zona Centro). Ref. PT 0014 VFE serviços e produtos para empresas PUB

20 20 sexta-feira, 04 Abril de 2008 UE e IBM juntas para desenvolver soluções de privacidade na Web 2.0 Tecnologias de Informação Logica anuncia Director Global de Inovação e reforça operações na Índia Pedro Pereira, director de marketing, pondera ainda Espanha incentea instala-se em Cabo Verde e estuda mercado de Moçambique Há seis meses que a incentea, empresa especializada em serviços de tecnologia de gestão, decidiu avançar para o mercado cabo-verdiano. Com presença directa, como salientou à Vida Económica Pedro Miguel Pereira, director de marketing. Uma opção justificada por este responsável por uma questão de parcerias de negócio que nos facilitaram a entrada e o acesso a negócio localmente. Mas houve mais razões, como o facto de Cabo Verde ser um mercado estável, lusófono e porque a InCentea tem produtos e serviços necessários e competitivos localmente. E ainda por terem empresas portuguesas potencialmente clientes no mercado local. Como vê, quem conhecer o modelo teórico de internacionalização de Upsala, compreende que fizemos uma abordagem de risco moderado com base nos factores mais comuns para que uma empresa internacionalize o seu negócio. Nascia assim a Advance, empresa de direito local. E a experiência tem corrido tão bem que neste momento a empresa portuguesa abriu já outro braço em Angola, denominado Accensus. Ao fim de seis meses, o responsável classifica a experiência como frutuosa, com percalços normais decorrentes da distância e da dificuldade de arranjar recursos, mas, Filipe Rolo Director de vendas da Trend Micro em Portugal O aumento crescente da perda de dados é uma preocupação constante para as empresas. De acordo com um estudo realizado em 2007 pelo King Research, a maior parte dos profissionais de TI sentem que os seus empregos entrariam numa espiral perigosa em caso de quebra de segurança. Por outro lado, não têm plena confiança nos mecanismos de combate à perda de dados pessoais e corporativos - cerca de três quartos dos mais de 250 profissionais de TI inquiridos manifestaram preocupação relativa à perda dos seus empregos na sequência de uma grave violação de segurança na sua empresa*. Roubo de Identidade Nos EUA, o roubo de identidade está em pleno crescimento, apresentando uma média de 31 mil dólares gastos em cada caso em perdas para as empresas e utilizadores. Embora o roubo de identidade possa ocorrer quando é roubada uma carteira ou usados, com fins maliciosos, cartões de crédito de outras pessoas, a ameaça de fuga de dados e o acesso não autorizado a informações sensíveis de uma empresa é uma realidade cada vez mais crescente na protecção de dados e de privacidade. Segundo a Attrition.org, uma organização de monitorização, mais de 162 milhões de registos, tais como cartões de crédito e números da Segurança Social, foram comprometidos em 2007, em detrimento dos 49 milhões de registos identificados em Confirmando esta estatística, o Identity Theft Resource Center salienta que, até 18 de Dezembro de 2007, nos EUA, foram comprometidos mais de 79 milhões de registos, um aumento quatro vezes superior aos 20 milhões de registos de 2006**. Perda de dados um problema generalizado felizmente, está a decorrer conforme planeado. E obviamente que, apesar de existirem sempre ajustamentos a fazer, quer seja no modelo de gestão, quer seja no próprio modelo de negócio, Pedro Miguel Pereira assume que os mercados funcionam com regras próprias e a adaptação a esses pressupostos exigiu a nossa adequação nos projectos, especialmente em Angola. Mais uma vez a dificuldade assenta em angariar técnicos qualificados para operar nestes mercados. Actualmente, a percentagem do negócio captado fora de Portugal é ainda relativamente pequena, menos de 10%, mas o director de marketing pensa que rapidamente vai crescer exponencialmente, atendendo à carteira de oportunidades que temos. Entretanto, já têm em vista outros mercados externos. Estamos a planificar a entrada em Moçambique e a equacionar Espanha, mais uma vez e em ambas as circunstâncias com parcerias de negócio. Só assim uma empresa da nossa dimensão pode entrar e estabelecer-se nestes mercados. O mercado cabo-verdiano tem estado estável, atendendo a que é um mercado relativamente pequeno, mas com alguma dinâmica. Cabo Verde tem sofrido uma evolução bastante positiva nos últimos anos e alguns sectores estão em crescimento acelerado, levantando oportunidades de negócio a que estamos atentos. A empresa actua em Cabo Verde com recursos locais, através de uma pequena estrutura de suporte comercial e técnico, que queremos que ganhe competências e capacidade num futuro próximo. Os trabalhos especializados são fornecidos com recursos portugueses. A in- Centea está directamente representada, com recursos próprios. A Advance foi constituída em parceria com uma empresa de consultoria portuguesa que tinha já escritórios localmente. Operamos ainda em parceria com uma empresa local na área das TI. Relativamente às dificuldades de operar A perda de dados atinge consumidores e empresas. Todos os anos, nos EUA, as organizações registam perdas de milhões de dólares em propriedade intelectual quando software, design de produto, contratos, apresentações, formulários e planos de negócio são ilegalmente copiados. Surpreendentemente, são os colaboradores autorizados que provocam a maioria das perdas de dados corporativos provavelmente porque têm fácil acesso a informação valiosa. De acordo com o Instituto Ponemenon, 78% da perda de dados envolve acessos autorizados***. Apesar do facto de as empresas terem implementado medidas cautelares de protecção, como redes virtuais privadas (VPNs), firewalls e redes de vigilância, para prevenir o acesso externo não autorizado a informações privilegiadas, estas soluções não conseguem ainda enfrentar adequadamente a crescente ameaça dos utilizadores internos. A perda de dados pode ocorrer quer através da quebra de políticas da empresa, como o roubo de dados com fins lucrativos, quer por acidente, como a perda de portáteis. Para além desta ameaça, a perda de dados ocorre quando hackers externos ou ladrões têm acesso às redes corporativas ou quando fisicamente entram nas instalações da empresa para roubar dados. Para além disso, os cibercriminosos são capazes de remotamente infectar os sistemas usando software malicioso para roubar informação valiosa e transferi-la para outros equipamentos que controlam. A indefinição entre o trabalho e casa O crescimento de sistemas de mensagens instantâneas, rede sem fios, e dispositivos de armazenamento USB torna cada vez mais difícil a protecção de dados nas empresas. Além disso, cada vez mais os colaboradores transportam informação corporativa do trabalho para casa e vice-versa, o que aumenta a troca de informações através de dispositivos móveis. Esta realidade cria um enorme desafio para as empresas que pretendem proteger os seus dados contra a perda e o roubo de informações. num mercado como Cabo Verde, Pedro Miguel Pereira salienta, sobretudo, o facto de ser um país mais estável a nível político e organizativo, com bastantes semelhanças com Portugal. As dificuldades são por isso sobretudo ao nível de recrutamento de recursos locais com competências necessárias para este negócio. Hoje as comunicações permitem que operemos à distância, controlando a actividade operacional da mesma forma que o fazemos aqui. Angola tem outras características burocráticas, organizativas e eu diria sociais que levantam outro tipo de dificuldades, mas obviamente que o mercado é muito mais atractivo. Roubo de identidade: a verdade assustadora sobre perda de dados Desafios de Segurança Implementar soluções de segurança no ambiente de trabalho virtual é um desafio, especialmente com a proliferação de dispositivos móveis e sistemas de correio electrónico, Webmail, ftp, mensagens instantâneas (IM), Wi-Fi, discos USB, câmaras digitais, telemóveis, PDAs, laptops, CD/DVD e ipods. É pouco prático e ineficaz bloquear o correio electrónico ou outras informações nos dispositivos móveis. Em vez disso, as soluções tecnológicas devem ser implementadas para proteger perdas de dados em cada end-point da empresa e qualquer rede corporativa ou privada, para que os dados empresariais permaneçam activos e seguros e os dados dos utilizadores permaneçam pessoais. * IT Professionals Fear Security Breach Could Cost Them Their Jobs, According to Recent Survey, art.php?724, 30 de Abril de 2007 ** Mark Jewell, AP, Groups: Record Data Breaches in 2007, 03.html *** Eric Sinrod, CNET News, Going after the Bigger Insider Threats, html, 20 Setembro de 2006

Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates

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