AULA 05. A teoria da equivalência dos antecedentes causais é extraída do art.13 do CP:

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1 Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Responsabilidade Civil / Aula 05 Professora: Andréa Amim Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 05 CONTEÚDO DA AULA: Teoria da Equivalência dos Antecedentes Causais (introdução). Teoria da Casualidade Adequada. Teoria da Casualidade Direta e Imediata. Concausa. Responsabilidade Objetiva. Histórico. Teoria do Risco. Espécies. NEXO CAUSAL (cont.) Teoria da equivalência dos antecedentes causais A teoria da equivalência dos antecedentes causais é extraída do art.13 do CP: Art O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. A teoria é muito utilizada na responsabilidade criminal e não faz diferença entre causa e condição. A primeira se relaciona à existência, enquanto a segunda se relaciona a efeitos. Tanto aquele que causou o dano como aquele que contribuiu para o resultado final serão responsáveis dentro do âmbito penal. O STJ já se manifestou afirmando que todas as teorias sobre a responsabilidade podem ser utilizadas no âmbito civil, como no caso da teoria da equivalência dos antecedentes causais. Na esfera civil ela não é muito utilizada, pois, segundo Caio Mário, corre o risco da responsabilidade estendida demais. Exemplo: Causa1 Causa2 Causa3 Dano\Resultado.

2 Para saber qual das causas antecedentes foi determinante para o dano, Caio Mário faz diz para se fazer um exercício de exclusão: tirando a Causa1 o resultado se alterou? Não, logo a Causa1 não é causa. Excluindo-se a Causa2 o resultado se alterou? Sim, então ela é a causa. Note-se que para a teoria em questão tanto pode ser causa (genericamente) a causa propriamente dita (causa verdadeira) como aquilo que também agravou o resultado final. Seja causa ou condição haverá responsabilização do agente. Exemplo: na seara penal aquele que contribuiu, dando todas as informações necessárias para que o agente entrasse em um estabelecimento é responsabilizado. A crítica do Caio Mário é no sentido de que no Direito Civil não há fato típico, diferente do Direito Penal, podendo ocorrer uma ampliação dos possíveis responsáveis. Exemplo: um adulto deixa uma arma em cima do armário; a criança pega; atira na porta e, do outro lado, passava uma pessoa que é atingida. Se for aplicada a teoria da equivalência dos antecedentes causais até o fabricante da arma poderá ser responsabilizado, na medida em que, de alguma forma, contribuiu para que o dano ocorresse. É por isso que na responsabilidade civil essa teoria é pouco utilizada, ficando de stand by quando as outras teorias forem insuficientes. Teoria da causalidade adequada Segundo a teoria da causalidade adequada, a causa será apenas o evento adequado para gerar aquela espécie de dano. Não é causa tudo aquilo que contribui para o resultado final danoso. Se a conduta daquele que contribui para o dano com uma condição, sozinha, não causaria o dano ela não é considerada causa e, portanto, o agente não será responsabilizado. Note-se que se um evento depender do outro para causar o dano estarão presentes mais de uma causa. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro utiliza muito essa teoria. Sérgio Cavalieri faz uso de uma lição de Antunes Varela para explicar o que é verdadeiramente a causa adequada, pois às vezes tudo que contribuiu para o evento aparentemente é causa (ex.: se A não tivesse feito Y, B não teria causado o dano). Para ser causa aquele evento no abstrato e no concreto tem que ter potencialidade e ser idôneo para causalidade. Não basta que no fato concreto ele tenha contribuído para o resultado danoso. Exemplo: uma pessoa está no aeroporto para pegar um avião. Ela é indevidamente retida para averiguação e perde o voo, pegando o seguinte. Esse segundo avião cai e a família ingressa com uma ação contra a empresa aérea e a empresa de segurança que tinha feito a retenção indevida. Aparentemente, no caso concreto, os dois eventos foram determinantes

3 para causar o dano. No entanto, no plano abstrato, o dano sofrido foi a morte. Queda de avião é idôneo para causar a morte? Sim, é causa. Retenção indevida que leva a pessoa a entrar no avião que caiu é causa idônea para o dano morte? Não. Questão da prova da magistratura do RJ: um fazendeiro tinha uma plantação e precisava fazer a colheita. Ele precisava de mais um boi para puxar o arado, vindo a comprá-lo do seu vizinho. O segundo boi estava doente, contaminando o primeiro e os dois morreram. Por conta disso o fazendeiro perdeu a sua safra e não pagou a sua dívida no banco. Em desespero, por não ter conseguido pagar a dívida, se matou. A família ingressou com a ação contra o vizinho vendedor do segundo boi. Perguntava-se qual era o dano indenizável. R.: No vício redibitório se tem a questão de não saber do vício ou saber e vender, cabendo no último caso perdas e danos. Feita essa primeira análise, partindo da premissa de que o vendedor não sabia do vício ele responde apenas pelo valor do boi. Partindo da premissa de que ele sabia do vício e agiu com dolo, resta saber quais são as perdas e danos indenizáveis (calculadas com base na extensão do dano). Em concreto, se ele não tivesse vendido o boi doente nada teria acontecido. No entanto, de acordo com a lição de Antunes Varela, causa é somente o meio adequado para o resultado danoso: venda do boi doente é meio idôneo para que uma pessoa se suicide? Não. Venda do boi doente é causa idônea para que a pessoa deixe de pagar a sua dívida no banco? Não. Venda do boi doente é causa idônea para perda da safra? Não (se a prova tivesse trazido a informação de que o vendedor tinha ciência de que o boi seria usado para a colheita da safra a resposta seria sim ). Venda do boi doente é causa idônea pela perda do outro boi? Sim. Assim, as perdas e danos se estendem até a morte do primeiro boi. Teoria da causa direta e imediata Alguns a chamam de teoria da causa estranha (é uma causa estranha que pode romper o nexo de causalidade). A teoria da causa direta e imediata é um aprimoramento da causalidade adequada e foi adotada pelo Código Civil: Art Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual. É examinada a relação de causalidade, imputando a responsabilidade até o momento em que a conduta do agente é idônea para o dano. Se o dano ocorrer no meio da relação de causalidade por um fato estranho que tenha gerado um resultado muito mais grave do que a conduta originária idônea, o agente não responde pelo dano final.

4 Exemplo: contrato de locação. O locador turba a todo tempo a posse do locatário. O imóvel está cheio de vazamento, descumprindo o locador com a sua obrigação de manter conservar o bem. Com essas condutas ele força o locatário a sair do imóvel. O locatário sofreu um dano, pois se o contrato era de 30 meses, teve que se mudar no 6º. Quando o locatário realiza a mudança ocorre uma chuva torrencial que destrói todos os móveis que estavam no caminhão aberto. Aplicando-se a teoria da causa direta e imediata, o locador só responderá pelas despesas materiais tidas com a interrupção do contrato. Pode haver dano moral pela perturbação do locador (moral). Pode, também, ter lucros cessantes porque o locatário ministrava aulas de matemática e perdeu a clientela que havia feito no local. No entanto, não poderá ser imputado ao locador o dano pela perda dos móveis porque surgiu uma causa estranha no meio da relação de causalidade (a chuva torrencial). O STJ tem julgados sobre a teoria da causa direta e imediata: ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DANOS MATERIAIS E MORAIS. MORTE DECORRENTE DE "BALA PERDIDA" DISPARADA POR MENOR EVADIDO HÁ UMA SEMANA DE ESTABELECIMENTO DESTINADO AO CUMPRIMENTO DE MEDIDA SÓCIO- EDUCATIVA DE SEMI-LIBERDADE. AUSÊNCIA DE NEXO DE CAUSALIDADE. 1. A imputação de responsabilidade civil, objetiva ou subjetiva, supõe a presença de dois elementos de fato (a conduta do agente e o resultado danoso) e um elemento lógico-normativo, o nexo causal (que é lógico, porque consiste num elo referencial, numa relação de pertencialidade, entre os elementos de fato; e é normativo, porque tem contornos e limites impostos pelo sistema de direito). 2. Ora, em nosso sistema, como resulta do disposto no artigo do Código Civil [art. 403 do CC/2002], a teoria adotada quanto ao nexo causal é a teoria do dano direto e imediato, também denominada teoria da interrupção do nexo causal. Não obstante aquele dispositivo da codificação civil diga respeito à impropriamente denominada responsabilidade contratual, aplica-se também à responsabilidade extracontratual, inclusive a objetiva (...). Essa teoria, como bem demonstra Agostinho Alvim (Da Inexecução das Obrigações, 5ª ed., nº 226, p. 370, Editora Saraiva, São Paulo, 1980), só admite o nexo de causalidade quando o dano é efeito necessário de uma causa (STF, RE , 1ª Turma, DJ de , Min. Moreira Alves). 3. No caso, não há como afirmar que a deficiência do serviço do Estado (que propiciou a evasão de menor submetido a regime de semi-liberdade) tenha sido a causa direta e imediata do tiroteio entre o foragido e um seu desafeto, ocorrido oito dias depois, durante o qual foi disparada a "bala perdida" que atingiu a vítima, nem que esse tiroteio tenha sido efeito necessário da referida deficiência. Ausente o nexo causal, fica afastada a responsabilidade do Estado. Precedentes de ambas as Turmas do STF em casos análogos. 4. Recurso improvido. (REsp /DF, Rel. Ministro LUIZ FUX, Rel. p/ Acórdão Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/08/2008, DJe 15/09/2008) Segundo a professora, as duas últimas teorias não se conflitam. A diferença surge apenas quando aparece uma causa estranha capaz de romper o nexo causal.

5 Obs.: Quando se tem uma responsabilidade objetiva, o agente não responde apenas pelo ilícito pela quebra da segurança, por exemplo, somando-se o risco da atividade com a conduta do preposto (no caso do motorista de ônibus que escolhe via alternativa para se livrar do trânsito, ocasião em que um dos passageiros é ferido por uma bala perdida). Assim, deve-se ter cuidado com o tipo da responsabilidade que tem princípios próprios que devem ser observados. As teorias trazidas são ferramentas de base. Eventualmente, a depender do caso concreto, principalmente se a responsabilidade for objetiva, outras ferramentas deverão ser utilizadas. Concausa A concausa concorre com a causa, interferindo nos efeitos. Sozinha ela não gera o resultado; se gerar ela passa a ser causa e deixa de ser concausa. É um evento que concorre com a causa para o resultado. Se a concausa é idônea a ponto de romper o nexo causal original e causar um dano completamente independente da conduta do agente ela deixa de ser concausa e dá origem a nova relação causal. A concausa pode ser: (i) Preexistente:... as concausas supervenientes não eliminam a relação causal, considerando-se como tais aquelas que já existiam quando da conduta do agente, que são antecedentes ao próprio desencadear do nexo causal... (Sérgio Cavalieri Filho, Programa de Responsabilidade Civil, 9ª edição, p.60). Normalmente as doenças se enquadram nessa classificação. Exemplo: lesão leve que se agrava em razão da vítima ser diabética. O agente responderá pelo dano mais grave, independentemente de ter ou não conhecimento da concausa antecedente. (ii) Superveniente ou concomitante. Trata-se de concausa absolutamente independente da causa original e, sozinha, traz o resultado final. Nesse caso haverá rompimento do nexo de causalidade. Exemplo: durante a realização de um parto uma aneurisma cerebral rompe, vindo a mulher a falecer. Aneurisma cerebral não guarda qualquer relação com o parto, não obstante concomitante a ele. Assim, a causa idônea para o

6 resultado morte é a ruptura do aneurisma, não imputável aos médicos que realizaram o parto (exemplo do livro Programa de Responsabilidade Civil). Sobre o tema, o TR\RJ se manifestou no julgamento da Apelação Cível n (relatoria des. Sidney Hartung). RESPONSABILIDADE CONTRATUAL OBJETIVA Introdução\Histórico Apesar de até o momento ter sido estudada a responsabilidade civil sob o enfoque subjetivo, o que foi examinado constitui uma teoria geral da responsabilidade civil. Na responsabilidade objetiva só não é necessário o elemento culpa. Atualmente, a responsabilidade objetiva é tendência. Antigamente, no entanto, não era assim. Na sua origem somente era possível imputar a alguém a obrigação de reparar o dano quando se comprovava que o agente tinha causado o dano com a sua conduta com culpa (latu sensu dolo ou culpa em sentido estrito). No modelo ocidental a responsabilidade era subjetiva. Imputa-se a fase da industrialização pela mudança desse cenário, pois para certos danos sofridos a prova da culpa era muito difícil. Para não fugir do campo da responsabilidade subjetiva, a solução encontrada era facilitar a prova da culpa, invertendo-se o ônus da prova através da chamada culpa presumida. A responsabilidade por fato de terceiro ou de outrem (o pai respondendo pelo dano causado pelo seu filho menor, o patrão pelo seu preposto) estava prevista no Código Civil (hoje, essa responsabilidade é objetiva). Ainda que fosse facilitada a prova da culpa pela culpa presumida, isso não foi possível para acompanhar a evolução. Percebeu-se que o dano não decorria da conduta de uma pessoa em si. Exemplo: o dano decorria de um trem que estava passando na ferrovia quando uma peça se soltava batendo no vidro de uma casa às margens da ferrovia. Qual foi o trem que passou? Não se sabe, mas é de conhecimento quem explora a ferrovia. Quando a empresa passa a explorar uma atividade de risco, trazendo probabilidade de dano, eventual dano é por ela assumido. A reparação não está na sua conduta direta, tendo fundamento na teoria do risco. Coube aos franceses a origem sobre o que seria a base da responsabilidade objetiva.

7 Teoria do risco Risco, em síntese, é a probabilidade de dano. Atualmente, a visão de risco é mais clara e para minimizá-lo é necessária a ampliação da segurança ( cercar a sorte ), tomandose todas as medidas de segurança esperadas e adequadas para a atividade e, se ainda assim houver a probabilidade de um dano maior social, há a possibilidade da socialização do dano através de seguros coletivos. Quanto maior o risco da atividade maior é o dever de segurança. ilícito. Quando há violação do dever de segurança imposto pelo risco assumido, aparece o Costuma-se dizer que a regra hoje é a responsabilidade objetiva. Segundo a professora isso não é bem verdade, pois são duas responsabilidades (subjetiva e objetiva) distintas e cada qual tem uma finalidade própria. Pontue-se que há forte tendência em se ampliar o rol da responsabilidade objetiva em razão dos maiores casos de transindividuais. Espécies de risco (mais relevantes) Teoria do risco-proveito Pela teoria do risco-proveito aquele que tirava proveito da atividade é obrigado a reparar o dano dela decorrente. O problema é: o que vem a ser proveito? Ele é sempre econômico? Exemplo: em um trabalho voluntário a pessoa pode tirar um enorme proveito pessoal. Quando a atividade econômica não dá lucro (proveito), não deve haver responsabilidade? Ademais, a vítima deveria comprovar o proveito. Por essas razões, a teoria sofreu muitas críticas. Teoria do risco criado Essa teoria foi trazida para o Brasil através de Caio Mário que, de certa forma, também é a teoria encontrada no art.927, parágrafo único, do CC\02: Art.927. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

8 A teoria em questão não exige proveito, lucro, etc., mas apenas a criação de um risco. Certas atividades notoriamente são atividades de risco e, portanto, a teoria contempla mais casos de responsabilidade objetiva. Teoria do risco profissional Sérgio Cavalieri Filho: A teoria do risco profissional sustenta que o dever de indenizar tem lugar sempre que o fato prejudicial é uma decorrência da atividade ou profissão do lesado. Foi ela desenvolvida especificamente para justificar a reparação dos acidentes ocorridos com os empregados no trabalho por ocasião dele, independentemente da culpa do empregador (Programa de Responsabilidade Civil, 9ª ed., p. 142). Hoje, pelo nosso sistema jurídico, para os casos de responsabilidade do empregador, a depender de quem está sendo imputada a obrigação de indenizar, aplica-se ou a teoria subjetiva ou a do risco integral. Teoria do risco integral Existem inúmeros acidentes de trabalho e há a chamada seguridade social. Por conta desses acidentes, o trabalho, em si, tem potencialidade de dano, que pode ser causado pelo próprio trabalhador ou não. Como todo empregador sabe que os seus empregados podem sofrer dano em razão do trabalho ele é obrigado a recolher um valor para a seguridade social (o empregado também contribui). Esse capital é administrado pelo INSS. A indenização paga pelo INSS pelo período em que o trabalhador não poderá exercer suas atividades laborativas é benefício previdenciário. O fundamento dessa responsabilidade é a teoria do risco exacerbada: teoria do risco integral. A responsabilidade fundada no risco é integral dispensa prova do nexo causal, sendo necessário comprovar o dano indenizável ocorrido na atividade do trabalho ou por conta da atividade do trabalho (na ida, na vida ou durante). Mesmo que o INSS ou o empregador comprovem que o acidente foi causado dolosamente pelo empregado haverá indenização. O fato exclusivo da vítima é excludente de nexo causal e como a responsabilidade é de risco integral, sem necessidade de prova do nexo, a indenização pelo dano permanece. Esse não é o único caso de responsabilidade fundada na teoria do risco integral. Sempre que se pensar em coletividade dividindo a reparação do dano aplica-se a teoria do risco integral. Exemplo: além de INSS, DPVAT.

9 Um trabalhador que se machuca dentro do ambiente de trabalho receberá a indenização previdenciária (teoria do risco integral), mas se ele também comprovar a culpa latu sensu do empregador (ex. ausência de manutenção do maquinário) também pode haver responsabilidade, mas subjetiva. A CRFB\88, no art.7º, permite a responsabilidade do empregador. Ainda que o dano seja único o fundamento de cada indenização é diferente. A ação indenizatória ajuizada em face do empregador deve ser proposta, em razão da EC 45, na Justiça do Trabalho (art.114). Mesmo quando a ação é ajuizada pela família do trabalhador em razão do seu falecimento a competência é da Justiça do Trabalho.

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