Indicador de inadimplência de Pessoas Jurídicas SPC Brasil e CNDL

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1 Indicador de inadimplência de Pessoas Jurídicas SPC Brasil e CNDL Dados referentes a dezembro de 2016 RESUMO ANÁLISE ECONÔMICA METODOLOGIA DOS INDICADORES INFORMAÇÕES RELEVANTES Presidentes Honório Pinheiro (CNDL) Roque Pellizzaro Junior (SPC Brasil)

2 RESUMO O número de empresas registradas nos cadastros de inadimplentes cresceu 5,01% ao longo de Desde o início da série histórica, foi a menor variação em um ano, o que mostra que o ritmo de crescimento dos atrasos vem perdendo força. Para comparação, em 2015, o avanço do número de empresas devedoras fora de 11,9. A negativação de empresas desacelera mesmo em um ambiente de crise econômica. Isso porque o movimento da inadimplência sofre a influência de dois vetores principais que atuam em direção oposta: o primeiro é redução da capacidade de pagamento das empresas, que tende a elevar o número de contas pendentes; o segundo é a restrição do crédito, que, ao reduzir o estoque de dívidas, limita também o crescimento da inadimplência. Em todas as regiões do país, o número de empresas negativadas cresceu, porém a taxas menos vultosas do que as observadas ao início do ano. O mesmo acontece com o número de pendências registradas em nome de pessoas jurídicas. No país todo, em 2016, o crescimento do número dessas pendências foi de 3,37%. Também neste caso, a variação ficou muito abaixo daquela observada em 2015 (13,62%). Pessoas jurídicas inadimplentes e dívidas na base do SPC Brasil Número de devedores Variação Anual (dez/16) Número de dívidas Variação Anual (dez/16) 2 1 5,01% 1 3,37% Os dados regionais mostram que o resultado maior foi o do Nordeste, que registrou avanço de 6,96% no número de pessoas jurídicas negativadas. A região destacou-se também no tocante ao número de pendências registradas em nome de pessoas jurídicas, com variação de 6,9. Mas a maior parte das dívidas está registrada em nome de empresas do Sudeste (37,93%), o que não surpreende, haja vista que é a região com maior participação no PIB brasileiro. O principal credor das dívidas em nome de empresas é o setor de, o que se explica pelo fato de o setor conter os Bancos. 68,53% do total dessas dívidas tem como contraparte alguma empresa prestadora de serviços. As empresas também têm pendências com o Comércio 17,52% das dívidas em atraso tem como contraparte esse setor; e com a Indústria, credora de 12,31% do total dessas dívidas. Em 2016, o que mais cresceu foi o número de dívidas com o Comércio, cuja variação foi de 11,34%.

3 Pessoas jurídicas inadimplentes e dívidas na base do SPC Brasil Número de dívidas por setor credor (dez/16) Participação dos setores credores (dez/16) 8,4 11,34% 1,42% 0,11% 12,31% 3,37% 1,13% Agricultura -1,0 Indústria 17,62% Comércio -15,0 68,53% Outros Resumo da evolução do número de pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Variação mensal Variação anual Região (em relação ao mês anterior) (em relação ao mesmo mês do ano anterior) dez/15 nov/16 dez/16 dez/15 nov/16 dez/16 Total Brasil 1,67% 0,42% -0,03% 11,9 6,8 5,01% Centro-Oeste 1,7-0,22% 0, 14,84% 6,11% 4,49% Nordeste 1,8 0,42% 0,32% 17,3 8,6 6,96% Norte 2,21% 0,28% -0, 12,09% 8,97% 6,4 Sudeste 1,43% 0,98% -0,2 8,7 6, 4,44% Sul 1,86% -0,74% -0,19% 12,09% 5,31% 3,19% Fonte: SPC Brasil. Um mesmo CNPJ é contado neste indicador apenas uma vez, mesmo que tenha mais de uma dívida em atraso. Resumo da evolução do número de dívidas de pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Região Variação mensal (em relação ao mês anterior) Variação anual (em relação ao mesmo mês do ano anterior) dez/15 nov/16 dez/16 dez/15 nov/16 dez/16 Total Brasil 2,24% -0,13% -0,53% 13,62% 6,26% 3,37% Centro-Oeste 2,4-0,56% 0,01% 17,4 6,72% 4,17% Nordeste 2,73% -0,09% -0,2 21,22% 10,09% 6,9 Norte 2,99% -0,2-0,3 15,57% 10,1 6,59% Sudeste 1,74% 0,2-0,7 8,59% 3,6 1,11% Sul 2,57% -0,9-0,78% 15,53% 6,4 2,92% Fonte: SPC Brasil.

4 Região Nordeste Número de Devedores Em 2016, o número de pessoas jurídicas negativadas cresceu 6,96% na região Nordeste. A base de comparação é o ano anterior. O dado vem confirmar a tendência de desaceleração do avanço da inadimplência, que ocorre desde o segundo trimestre do ano, quando o número de empresas devedoras cresceu a taxas superiores a 13%. O dado mensal, que compara os resultados de dezembro e novembro, mostra um crescimento de 0,32%, o maior entre as cinco regiões do país. Ao longo de praticamente toda a série, o crescimento da inadimplência no Nordeste ficou acima das demais regiões. Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Região Nordeste Variação Anual (dez/16) 2 Variação Mensal (dez/16) 1,8 1 6,96% 0,68% 0,56% 0,32% Número de Dívidas Seguindo o número de pessoas físicas inadimplentes, o número de dívidas não pagas cresceu na comparação entre 2015 e A variação foi de 6,9. Também no caso desta variável se observa, ao longo do ano, clara desaceleração da taxa de crescimento, que chegou a ultrapassar a marca dos 20, nos meses do primeiro trimestre. Na comparação mensal, entre outubro e novembro, a variação foi negativa, de -0,2. Dívidas em Atraso PJ Região Nordeste 2 2 Variação mensal (dez/16) 2,73% 1 6,9 0,06% 0,59% -0,2 Na região, o setor credor que registrou o maior crescimento das pendências devidas por outras empresas foi o Comércio, com variação de 14,46% na comparação com o mesmo

5 mês do ano anterior. A Indústria apresentou a segunda maior variação: as dívidas de empresas com o segmento avançaram 8,98%. Já o número pendências de empresas com o setor de tiveram crescimento de 5,4. Em termos de participação, a maior parte do total de dívidas tem como setor credor os (60,12%). Aparece em seguida o setor de Comércio, credor de 21,12% do total de dívidas. A Indústria por sua vez é contraparte de 15,56% das dívidas. Dívidas em atraso por setor Credor Região Nordeste Participação no total de dívidas (dez/16) Região Centro-Oeste Número de Devedores Em 2016, o número de empresas inadimplentes na região Centro Oeste cresceu 4,49%, um pouco abaixo da média nacional. A comparação é com o mesmo mês do ano anterior. No início do ano, essa taxa ultrapassou a marca de 15, na região, por onde se vê clara desaceleração da inadimplência. O fenômeno é comum a todas as regiões do país. Na comparação mensal, a variação foi de 0,. Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Região Centro-Oeste Variação Anual (dez/16) 2 Variação Mensal (dez/16) 1,7 1 4,49% -0,34% 0, -0,02%

6 Número de Dívidas O número de pendências de empresas com outras empresas também cresceu em 2016, na comparação com A variação na região Centro Oeste foi de 4,17%. Depois de acelerar o ritmo de crescimento do número dessas pendências, no segundo trimestre de 2016, o avanço começou a perder fôlego. Ainda assim, a quantidade de dívidas continua crescendo. Na comparação mensal, isto é, entre os meses de dezembro e novembro, este indicador permaneceu estagnado, com variação ligeira de 0,01%. Dívidas em Atraso PJ Região Centro-Oeste 2 Variação mensal (dez/16) 2,4 1 4,17% 0,12% 0,01% -0,82% Na região, o setor credor que viu o maior avanço das pendências de pessoas jurídicas foi a Indústria. A quantidade de dívidas de empresas com esse setor avançou 16,49% na comparação entre outubro de 2016 e o mesmo mês do ano anterior. Em seguida aparecem o Comércio (11,04%) e o setor de (0,11%), em que o crescimento do número de dívidas ficou praticamente estagnado. Mais da metade do total de dívidas (65,31%) tem como contraparte o setor de, que engloba os bancos. Um quinto do total (21,0) é devido ao Comércio. Por fim, 13,02% das dívidas têm o setor industrial como credor. Dívidas em atraso por setor Credor Região Centro-Oeste Participação no total de dívidas (dez/16)

7 Região Norte Número de Devedores Em 2016, o número de pessoas jurídicas inadimplentes cresceu 6,4 na região Norte. A variação só ficou abaixo daquela observada no Nordeste. É notável, na região, a desaceleração do crescimento da inadimplência, cuja taxa superou os 16, em janeiro de O dado mensal, que compara os meses de novembro e dezembro, mostra variação de -0,. Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Região Norte Variação Anual (dez/16) Variação Mensal (dez/16) 2,21% 1 0,72% 1,16% 6,4-0, Número de Dívidas Em 2016, o número de pendências de empresas com outras cresceu 6,59%, na comparação com o ano anterior. Seguindo o número de devedores, o número de dívidas em atraso também apresentou desaceleração nos últimos meses. Na comparação mensal, entre novembro e outubro de 2016, houve uma ligeira queda, de 0,3. É a terceira queda mensal consecutiva.

8 Dívidas em Atraso PJ Região Norte Variação mensal (dez/16) 2 2,99% 1 6,59% 1,11% -0,3-0,07% Os setores credores que mais viram as pendências de empresas crescerem na região Norte foi Comércio e o setor de Agricultura, com variações de respectivamente 12,6 e 10,53%. Por sua vez, a Indústria observou variação de 10,27%. Em termos de participação, o credor que concentra o maior número de atrasos de pessoas jurídicas é o setor de, com 57,51% do total. O Comércio aparece em seguida, como contraparte de 26,9 das dívidas, e a Indústria (12,89%). Dívidas em atraso por setor Credor Região Norte Participação no total de dívidas (dez/16) Região Sul Número de Devedores Em 2016, o número de empresas registradas nas listas de inadimplentes avançou 3,19%. A variação foi a menor entre as cinco regiões do país e reforça, mais uma vez, a tendência de desaceleração do crescimento da inadimplência ao longo do ano. Na comparação mensal, isto é, entre novembro e dezembro, houve ligeira queda de 0,19% no número de pessoas jurídicas negativadas.

9 Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Sul Variação Anual (dez/16) Variação Mensal (dez/16) 1,86% 1 3,19% 0,5 0, -0,19% Número de Dívidas Com relação ao número de pendências devidas por pessoas jurídicas, a região Sul registrou crescimento de 2,92%. Também neste caso se observa desaceleração do crescimento da inadimplência, que, medido pelo número de dívidas, esteve próximo dos 17, no início do ano. Na comparação mensal, entre novembro e dezembro, a variação foi de -0,78%. Dívidas em Atraso PJ Região Sul Variação mensal (dez/16) 2 2,57% 1 2,92% 0,33% -0,49% -0,78% O número de pendências de pessoas jurídicas devidas à Industria foi o que mais cresceu no Sul, frente aos demais setores, exibindo avanço de 11,8 na comparação entre 2016 e Nessa mesma base de comparação, o número de dívidas com o Comércio teve crescimento muito parecido, de 11,78%. Em termos de participação, a maior parte das dívidas (70,0) tem como contrapartida o setor de serviços. Em seguida, aparecem o Comércio (17,98%) e Indústria (11,68%).

10 Dívidas em atraso por setor Credor Região Sul Participação no total de dívidas (dez/16) Região Sudeste Número de Devedores Em 2016, o número de empresas negativadas na região Sudeste cresceu 4,44%, um pouco abaixo da média nacional. Até novembro, os dados de inadimplência da região ficaram suspensos em razão da Lei Estadual , que dificulta a negativação de consumidores e empresas inadimplentes. Na comparação mensal, entre dezembro e novembro de 2016, o número de empresas apresentou recuo de 0,2. Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Sudeste Variação Anual (dez/16) Variação Mensal (dez/16) 1,43% 1 4,44% 0,32% 0,28% -0,2 Número de Dívidas O número de dívidas em nome de pessoas jurídicas avançou 1,11% em 2016, na região Sudeste. A variação resulta da comparação entre o número de pendências de 2015 e Na comparação mensal, entre dezembro e novembro, houve queda de 0,78% do número de pendências devidas por empresas.

11 Dívidas em Atraso PJ Sudeste Variação mensal (dez/16) 1,74% 1 1,11% 0,12% -0,29% -0,7 O número de pendências devidas ao Comércio foi o que mais cresceu no Sudeste, quando comparado ao de pendências devidas aos demais setores. As dívidas contra o segmento avançaram 8,33%, enquanto o número de pendências devidas por empresas ao setor de Agricultura cresceu 4,5, e ao setor de industrial, 3,92%. A maior parte das dívidas (74,37%) tem como contrapartida o setor de serviços, que engloba os Bancos. Em seguida, aparecem o Comércio (13,64%) e Indústria (10,72%). Dívidas em atraso por setor Credor Sudeste Participação no total de dívidas (dez/16)

12 METODOLOGIA DOS INDICADORES Os indicadores de inadimplência apresentados neste material sumarizam todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil tem acesso (simplificadamente chamados de "Bases de dados do SPC Brasil"). A abrangência dos dados é nacional, com informações de capitais e interior de todos os 26 estados da federação, além do Distrito Federal. Quando um consumidor deixa de pagar um título, seja ele uma fatura de cartão de crédito, uma conta de água ou um boleto de uma compra parcelada em uma loja, a empresa associada ao SPC Brasil pode (mas não é obrigada a) registrar essa inadimplência junto ao SPC Brasil. Em geral, as empresas credoras costumam registrar a inadimplência depois de verificar que o pagamento não ocorre mesmo após 30 dias após o vencimento. Entretanto, não há regra, e o registro pode ocorrer no dia seguinte ao vencimento ou mais de um ano após o vencimento. O consumidor é informado via correspondência sobre o registro e poderá, a qualquer momento, pagar a dívida ou renegociá-la. Em ambos os casos, o registro referente àquela pendência será retirado da base do SPC Brasil, mas o consumidor ainda pode constar como inadimplente ( negativado ) se tiver outras pendências. Para todos os indicadores abaixo, o SPC Brasil considera que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Assim, se o consumidor deixa de pagar quatro parcelas de uma mesma compra e tem por isso quatro registros no SPC Brasil, os indicadores abaixo assumem que esse consumidor tem apenas uma dívida, já que os registros foram, todos, feitos pela mesma empresa credora associada (mesmo CNPJ). As séries históricas relativas aos dados comentados nesse texto estão disponíveis para download em Indicador 1: Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Este indicador mostra a variação mês a mês do número de pessoas jurídicas registradas na base do SPC Brasil. Cada pessoa jurídica inadimplente é contada apenas uma vez, independente do número de dívidas que tenha em atraso. É importante notar que a variação no número de empresas inadimplentes registradas na base do SPC Brasil não representa, exatamente, o número de empresas inadimplentes no Brasil, por três motivos. A base de dados do SPC Brasil é a que tem a maior capilaridade nacional, mas existem outros serviços de proteção ao crédito, cujos dados não são considerados para este indicador. Há empresas que, eventualmente ou sempre, decidem não registrar o atraso de seus clientes. Isso pode ocorrer, por exemplo, porque o cliente tem uma relação de longa data com a empresa. Há empresas que só registram o atraso de seus clientes muito tempo após o vencimento da fatura, possivelmente após esgotarem todas as tentativas de negociação. Por isso, pode ocorrer que a inadimplência tenha aumentado em janeiro, mas o aumento do número de devedores só ocorra em março na base do SPC Brasil. Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil Pessoa Jurídica

13 Este indicador mostra a variação mês a mês da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas jurídicas. As dívidas em atraso são classificadas de acordo com: Setor credor, identificado de acordo com a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). As empresas credoras foram classificadas pelas seções CNAE (identificadas por letras), conforme tabela abaixo. Seção CNAE IBGE A - AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA B - INDÚSTRIAS EXTRATIVAS C - INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO D - ELETRICIDADE E GÁS E - ÁGUA, ESGOTO, ATIVIDADES DE GESTÃO DE RESÍDUOS E DESCONTAMINAÇÃO F - CONSTRUÇÃO G - COMÉRCIO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E MOTOCICLETAS H - TRANSPORTE, ARMAZENAGEM E CORREIO I - ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO J - INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO K - ATIVIDADES FINANCEIRAS, DE SEGUROS E SERVIÇOS RELACIONADOS L - ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS M - ATIVIDADES PROFISSIONAIS, CIENTÍFICAS E TÉCNICAS N - ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E SERVIÇOS COMPLEMENTARES O - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DEFESA E SEGURIDADE SOCIAL P - EDUCAÇÃO Q - SAÚDE HUMANA E SERVIÇOS SOCIAIS R - ARTES, CULTURA, ESPORTE E RECREAÇÃO S - OUTRAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS T - SERVIÇOS DOMÉSTICOS U - ORGANISMOS INTERNACIONAIS E OUTRAS INSTITUIÇÕES EXTRATERRITORIAIS Classificação SPC Brasil para comparação Agricultura Indústria Indústria Comércio